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desenho técnico
(Parte 1 de 4)
FUNDAÇÃO DE APOIO À ESCOLA TÉCNICA Centro de Ensino Técnico e Profissionalizante Quintino


Prof. Alexandre Velloso
Desenho Básico | Prof. Alexandre Velloso |

Capítulo | Pág. |
Introdução | 03 |
I - Material | 04 |
I – Uso do Material | 05 |
I – Formatos de Papel | 08 |
IV – Caligrafia Técnica | 09 |
V – Legenda | 1 |
VI – Tipos de Linhas | 13 |
VII – Geometria – Figuras Planas | 15 |
VIII – Geometria Espacial | 17 |
IX – Escalas | 20 |
X – Vistas Ortográficas | 2 |
XI – Cotagem | 29 |
XII – Perspectiva Isométrica | 42 |
XIII –Perspectiva Cavaleira | 50 |
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Introdução
O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica que tem por finalidade a representação de forma, dimensão e posição de objetos de acordo com as diferentes necessidades requeridas pelas diversas modalidades de engenharia e também da arquitetura. Utilizando-se de um conjunto constituído por linhas, números, símbolos e indicações escritas normalizadas internacionalmente, o desenho técnico é definido como linguagem gráfica universal da engenharia (civil, mecânica) e da arquitetura. Assim como a linguagem verbal escrita exige alfabetização, a execução e a interpretação da linguagem gráfica do desenho técnico exigem treinamento específico, porque são utilizadas figuras planas (bidimensionais) para representar formas espaciais. Conhecendo-se a metodologia utilizada para elaboração do desenho bidimensional é possível entender e conceber mentalmente a forma espacial representada na figura plana. Na prática pode-se dizer que, para interpretar um desenho técnico, é necessário enxergar o que não é visível e a capacidade de entender uma forma espacial a partir de uma figura plana é chamada visão espacial.
A Padronização dos Desenhos Técnicos
Para transformar o desenho técnico em uma linguagem gráfica foi necessário padronizar seus procedimentos de representação gráfica. Essa padronização é feita por meio de normas técnicas, seguidas e respeitadas internacionalmente. As normas técnicas são resultantes do esforço cooperativo dos interessados em estabelecer códigos técnicos que regulem relações entre produtores e consumidores, engenheiros, empreiteiros e clientes. Cada país elabora suas normas técnicas e estas são acatadas em todo o seu território por todos os que estão ligados, direta ou indiretamente, a este setor. No Brasil as normas são aprovadas e editadas pela Associação Brasileira deNormas Técnicas – ABNT, fundada em 1940. Para favorecer o desenvolvimento da padronização internacional e facilitar o intercâmbio de produtos e serviços entre as nações, os órgãos responsáveis pela normalização em cada país, reunidos em Londres, criaram em 1947 a Organização Internacional de Normalização (International Organization for Standardization – ISO). Quando uma norma técnica proposta por qualquer país membro é aprovada por todos os países que compõem a ISO, essa norma é organizada e editada como norma internacional. As normas técnicas que regulam o desenho técnico são normas editadas pela ABNT, registradas pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) como normas brasileiras - NBR e estão em consonância com as normas internacionais aprovadas pela ISO.
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I Material
• Par de esquadros em acrílico com graduação em cm;
• Lapiseira 0,5 ou 0,7 – grafite tipo HB;
• Borracha de vinil;
• Compasso de metal;
• Fita crepe;
• Bloco Prancha Formato A4 ;
• Lixa para apontar o compasso.
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I Uso do Material
I.a - Algumas Técnicas de Manuseio |
O grafite do compasso deverá ser apontado em forma de cunha, sendo o chanfro voltado para o lado contrário da ponta seca, conforme o ilustrado abaixo:
I.b – Uso da Régua “T”
A régua “T” será utilizada sempre de modo horizontal, e seu manuseio se dará com a mão que não utilizamos para desenhar, ou seja, se o indivíduo é destro, deverá movimentá-la com a mão esquerda e vice-versa.
Com a régua “T” procede-se o traçado de linhas horizontais. Para o traçado de linhas inclinadas e/ou horizontais, servirá como base para os esquadros, que deslizarão apoiados sobre a mesma.
Para traçados apoiados em esquadro ou |
régua, o grafitejamais deverá tocar suas superfícies, evitando assim indesejáveis borrões.Para conseguir isso, incline ligeiramente a lapiseira/lápis conforme a figura ao lado.
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o O antebraço deve estar totalmente apoiado sobre a Prancheta. o A mão deve segurar o lápis naturalmente, sem forçar, e também, estar apoiada na prancheta. o Deve-se evitar desenhar próximo às beiradas da prancheta, sem o apoio do antebraço. o O antebraço não estando apoiado acarretará um maior esforço muscular, e, em conseqüência, imperfeição no desenho. o Os traços verticais, inclinados ou não, são geralmente desenhados, de cima para baixo o Os traços horizontais são feitos da esquerda para a direita.
B | F |
A C | D E |
I.c –Esquadros Podemos demarcar diversos ângulos conjugando os esquadros:
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7 Traçando linhas verticais com os esquadros
Traçando linhas horizontais com os esquadros
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I Formatos de Papel
margens são os seguintes: |
Os formatos de papel recomendados pela A.B.N.T. e suas respectivas
OBSERVAÇÕES: Todas as dimensões da tabela acima têm como unidade m.
• Relação dos tamanhos dos formatos de papel
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IV Caligrafia Técnica
Normas Técnicas) | |
Abaixo as duas formas de caligrafia a serem utilizadas. |
As letras e algarismos que compõe a caligrafia utilizada no desenho técnico seguem normatização da A.B.N.T. (Associação Brasileira de IV .a – Padrão Vertical o Letras Maiúsculas. A B C D E F G H I J K L M N O
P Q R S T U V W X Y Z |
o Letras Minúsculas a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z o Algarismos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
IV.b – Padrão Inclinado (75°) o Letras Maiúsculas A B C D E F G H I J K L M N O
o Letras Minúsculas |
P Q R S T U V W X Y Z a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z
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o Algarismos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
IV.c – Proporções
A tabela abaixo apresenta as relações de proporção para letras e algarismos.
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V Legenda
A legenda deve estar situada sempre no canto inferior direito, em todos os formatos de papel, à exceção do formato A4, no qual a legenda se localiza ao longo da largura da folha.
Dimensões da legenda:
o - Formatos A0/ A1 : L = 175 / H = variável; o - Formatos A2/ A3/ A4 : L = 185/ H = variável.
EXEMPLO 1: Legenda no Formato A4
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As legendas utilizadas nas indústrias variam de acordo com o padrão adotado por cada uma delas, como se pode observar na figura abaixo:
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VI Tipos de Linhas
Ao analisarmos um desenho, notamos que ele apresenta linhas e tipos e |
espessuras diferentes. O conhecimento destas linhas é indispensável para a interpretação dos desenhos. Quanto à espessura, as linhas podem ser:
o grossas o Finas
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A seguir, exemplos dos principais tipos de linha e sua utilização: |
o Linhas para arestas e contornos visíveis são de espessura grossa e de traço contínuo.
o Linhas para arestas e contornos não visíveis são de espessura fina e tracejadas.
o Linhas de centro e eixo de simetria são de espessura fina e formadas por traços e pontos.
o Linhas de corte são de espessura grossa, formadas por traços e pontos. Servem para indicar cortes e seções.
A. Contorno visível B. Linha de cota C. Linha de chamada D. Linha de extensão E. Hachura F. Contorno de peça adjacente G. Contorno de secção de revolução H. Limite de vista parcial J. Contorno não-visível K. Linha de centro L. Posição extrema de peça móvel M. Plano de corte
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