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Guias e Dicas
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Apostila da Cultura do Arroz, Notas de estudo de Agronomia

Apostila da Cultura do Arroz

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 17/06/2010

eng0-agronomo-12
eng0-agronomo-12 🇧🇷

4.6

(33)

46 documentos

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Apostila da Cultura do Arroz e outras Notas de estudo em PDF para Agronomia, somente na Docsity! ARROZ ORIGEM DO ARROZ No Mundo, A origem do arroz no mundo tem sido debatida por algum tempo, mas a planta é de tal maneira antiga que a época precisa e o lugar de sua primeiro surgimento talvez nunca venha a ser conhecido. O que é certo, entre tudo, é que a domesticação do arroz é um dos mais importantes progressos na história, pois esse grão alimentou mais pessoas por uma maior período de tempo do que qualquer outra cultura. (4) Pelas teorias dos pesquisadores tudo levar a crer que a domesticação muito provavelmente teve lugar na região do Korat ou em alguma depressão protegida do norte da Tailândia; em um vale ao longo do Planalto de Shan em Myanmar; no sudoeste da China; ou em Assan (estado Indiano). (4) A grande variedade de tipos de arroz encontrada na zona das chuvas das monções, estendendo-se desde o Oriente da India através de Myanmar, Tailândia, Laos, norte do Vietnam, e sul da China. Esta diversidade de espécies, incluindo aquelas consideradas por muitos como envolvidas no processo original de domesticação, vem dar suporte ao argumento de que as regiões continentais do sudeste da Ásia foi o berço do cultivo do arroz. (4) Pesquisas arqueológicas encontraram grãos e casca de O. sativa na região de Non Nok Tha no planalto de Korat na Tailândia, datando de 4000 anos A.C. (teste do carbono 14). Esta evidência junto com a de plantas encontradas na Caverna dos Espíritos na fronteira de Myanmar com a Tailândia datando de cerca de 10.000 anos A.C., sugerem que a agricultura possa ser mais velha do que se estima atualmente. ( 4 ) Com o incremento do preparo da lama e o transplante de mudas, o arroz acabou verdadeiramente domesticado. Na China a história do arroz irrigado nos vales dos rios e nas terras baixas é mais antiga que as lavouras de terras altas. No sudeste da Ásia, ao contrário, o arroz foi originalmente produzido nas condições de lavouras de sequeiro nos planaltos, e somente recentemente ocupou os vastos deltas dos rios. Pessoas migraram do sul da China ou talvez norte do Vietnam, carregando a tradição do arroz irrigado para as Filipinas durante o segundo milênio A.C. e Deutero-Malays levaram a prática para a Indonésia cerca de 1500 A.C. Da China ou Coréia o arroz foi introduzido no Japão não depois de 100 A.C.( 4 ) O arroz é uma planta rústica. São muitas as espécies de arroz as quais podem florescer ( cultivado fácilmente) numa grande variedade de regiões, climas e paisagens. Antes do cultivo do arroz, o arroz selvagem crescia nas regiões do sudeste da Ásia atualmente conhecida como Myanmar, antiga Burma, na Tailândia e Vietnam. Arqueólogos acreditam que o cultivo do arroz pode ter iniciado no nordeste da Tailândia antes de 4.500 A.C. Isto significa que o arroz tem sido cultivado no sudeste da Ásia por pelo menos 7000 anos. Porque o arroz tinha uma abundante colheita e estável, com fácil cultivo, as lavouras de arroz contribuíram para o crescimento das populações e civilizações no sudeste da Ásia. ( 5 ) Apesar das diferentes opiniões sobre a exata origem do cultivo do arroz, muitos arqueólogos confirmam que a prática do cultivo do arroz gradualmente se expandiu para o sul vindo da região do sul da China e nordeste da Tailândia passando para as ilhas do sudeste asiático. ( 5 ) As plantações do arroz, o gosto pelos tubérculos e o cultivo de grãos, fizeram os homens a iniciar a terem grande controle sobre o ambiente natural. Este métodos de controle da terra também mudou a vida diária das pessoas das antigas civilizações do sudetse asiático. ( 5 ) 1.2.1 Raíz Seminal: É apenas uma raiz. Se origina do primórdio existente no embrião. Cresce até mais ou menos o estádio de 7 folhas. Em solo bem drenado é a raiz seminal que emerge primeiro do embrião. Caso contrário, é o Coleóptilo. 1.2.1 Raízes Adventícias: Se formam dos nós inferiores do colmo. Ramificam-se abundantemente concentrando-se, geralmente, até uma profundidade de 0,15 m. As 3 primeiras saem da parte inferior do nó do coleóptilo, 3 dias após a seminal. Após 2 dias mais 2 raízes saem do nó do coleóptilo (parte superior). Estas 5 raízes mais a seminal, suprem a plântula em água e minerais, além de fixar a mesma ao solo nos estádios iniciais. Quando a planta estiver com 3,2 a 4 folhas emergem 8 novas raízes do primeiro nó, com 5 folhas emergem as do segundo nó e crescem até 7 ou 8 folhas, e com 6 folhas emergem as do terceiro nó que crescem até a planta ter 8 a 9 folhas. As raízes dos perfilhos emergem da mesma maneira sincronizada que a do principal. O número de raízes atinge o máximo entorno do estádio de emergência da panícula. O comprimento radicular total no florescimento pode atingir 15 a 34 km/m² de superfície de solo. 1.2.2 Fatores que afetam o sistema radicular: Condições de solo, clima, umidade, afetam o comprimento final das raízes. porém o fator determinante é o genótipo ou cultivar. a) Tipo de planta: Cultivares de porte baixo, alta capacidade de perfilhamento apresentam o eixo principal das raízes com menor diâmetro. Cultivares com maior número de perfilhos férteis tendem a possuir um número maior de eixos principais, com menor diâmetro e um maior número de raízes superficiais. Cultivares com menor número de perfilhos e maior peso de panícula tendem a ter menor número de eixos principais e com maior diâmetro resultando sistema radicular mais profundo. b) Condições de solo: Solos profundos e bem drenados resultam raízes mais profundas, enquanto que solos rasos e mal drenados encontramos raízes mais na superfície. c) Manejo da água: Solo com boa percolação e sistema de inundação intermitente provocam o aparecimento de sistemas radiculares com maior número de eixos principais e mais profundos. Sem percolação e inundação contínua o número de eixos principais é menor e mais superficial. d) Adubação: O nitrogênio é o elemento que mais influencia a formação do sistema radicular do arroz. A concentração de N na base da planta deve ser maior que 1% para não sofrer deficiência. Níveis mais altos ocasionam um maior número de eixos e mais superficiais, enquanto que níveis mais baixos ocasionam raízes mais longas. e) Densidade de semeadura: Um maior o número de plantas por m² aumentam o número de eixos principais com menor diâmetro e menor comprimento. 1.2.4 Morfologia do sistema radicular de uma cultivar de arroz com alto potencial de rendimento: a) O número, o comprimento e o diâmetro dos eixos principais deve ser grande. b) As raízes laterais e os pêlos absorventes devem ser bem desenvolvidos. c) Raízes superficiais abundantes e bem desenvolvidas. d) Distribuição de raízes mais profundas. 1.3 COLMO. De acordo com a altura de uma planta de arroz (comprimento do colmo mais panícula) classifica-se o colmo em: curto: menos de 0,70 m médio: de 0,70 a 1,10 m Longo: maior de 1,10 m Os colmos são constituídos de nó e entrenós. Em cada nó há uma folha e uma gema capaz de emitir afilhos e raízes caulinares. O septo nodal separa dois entrenós. Os entrenós maduros são ocos, levemente sulcados e sem pilosidade. os entrenós inferiores são curtos, mais grossos e os superiores mais longos e mais finos. A estatura da planta é função do número e do comprimento dos entrenós. Uma planta possui de 12 a 22 entrenós, porém de 4 a 9, dos superiores, podem ultrapassar 5 cm de comprimento. O número e o comprimento dos entrenós varia com a cultivar e com o ambiente. As tardias formam maior número de entrenós. 1.3.1 Afilhos: É uma característica genética com domínio da pesquisa. Sofre influencia do meio ambiente e podem ser de 1 a 30 por planta. Os afilhos saem dos nós inferiores, alternadamente, sendo que do colmo principal saem os afilhos primários, destes saem os afilhos secundários, que por sua fez podem emitir os afilhos terciários. O primeiro afilho surge junto com a quarta folha. O segundo afilho com a quinta folha e o terceiro com a sexta folha e assim por diante. Os afilho formados quando surge a quarta e a quinta folha são os que provavelmente irão produzir grão. Na produção de sementes o afilhamento pode atrapalhar pela diferença de maturação. 1.3.1.1 Fatores que influenciam o afilhamento. a) Concentração foliar de Nitrogênio: maior de 3,5% = bom afilhamento 2,5% = paralisa o afilhamento menor de 1,5% = pode ocorrer morte de afilhos. b) Fósforo: Necessita de concentração maior que 0,25% para não ser limitante. c) Radiação Solar: Quanto maior a radiação solar, maior o afilhamento. d) Água: Lâmina alta no início do desenvolvimento prejudica o afilhamento. e) Época e cultivar: Plantio atrasado tem pouco afilho, enquanto que o plantio no cedo pode ter mais afilhos. f) Plantas invasoras: Grande número de invasoras prejudica o afilhamento. g) Temperatura da água: A ideal é cerca de 31 graus Celsius. h) Temperatura do Ar: Temperatura menores que 19 graus Celsius, restringem o número de afilhos. 1.4 Folhas. São envaginadas, dispostas alternadamente no colmo, uma em cada nó. A primeira folha que nasce do colmo principal e dos afilhos é uma bráctea = prophillum. O número de folhas varia de 6 a 12. Os colmos principais possuem mais folhas que os afilhos. A folha completa possui: Bainha, lâmina, lígula (6 a 15 mm) e aurícula. FOLHA BANDEIRA: É a última folha, geralmente é mais curta e mais larga. Nas cvs. modernas permanece ereta sobre a panícula. ÂNGULO DE INSERÇÃO DAS FOLHAS: Plantas com folhas espessas e eretas, aproveitam melhor a radiação solar. Permitem > número de plantas por área = > índice de área foliar = aumento de produção. 1.5 PANÍCULA É a inflorescência do arroz, constituída por um grupo de espiguetas uniflorais. A ramificação é do tipo racimosa. As panículas podem ser Abertas, Compactas ou Intermediárias. De acordo com o ângulo de inserção das ramificações primárias : Eretas, Pendentes, Intermediárias. 1.6 FLOR Possui 6 anteras biloculares, estames unidos de 3 em 3, apresenta 1 ovário com 1 óvulo, e lodículas que comandam a abertura das flores. A abertura da Lema e da Pálea caracteriza a Antese. Ocorre após a emissão da panícula e inicia no topo da mesma, antes mesmo da completa emergência da panícula. O fechamento ocorre entre 50 a 80 minutos após a abertura, devido ao murchamento das lodículas. Na maioria das cultivares a liberação do pólen ocorre antes da antese, ocasionando uma taxa de alogamia < 1%. Em dias chuvosos as lodículas não incham e na maioria dos casos não acontece a abertura. 1.7 FRUTO O que chamamos de semente, é na realidade um fruto (cariopse) envolto por duas brácteas: Lema (pode ou não arista) e a Pálea. 1.7.1 Estrutura interna da cariopse (GRÃO) Embrião (contém os primórdios) Endosperma ( tecido de reserva) Tegumento (envolve os outros) Pericarpo (é removido no beneficiamento) 2 Fases e estádios de desenvolvimento da planta do arroz. O ciclo de desenvolvimento do arroz é dividido em várias etapas que vão desde a germinação até a maturação. De modo geral o ciclo dura de 115 a 160 dias. O ciclo apresenta 3 FASES fisiológica e morfologicamente bem distintas: 3. Aspectos Climáticos e sua influência na cultura do arroz. O arroz é de ampla adaptação, podendo ser encontrado nos mais diferentes tipos de clima e solo. 3.1 – Temperatura do ar. O arroz se adapta bem a regiões onde a temperatura média está entre 20 e 35 C durante o ciclo vegetativo da cultura. A soma térmica do ciclo seria de: 3000 a 3500 C em cvs. ciclo curto. 4400 a 6600 C em cvs. ciclo longo. A temperatura tem efeito marcante durante todo o ciclo da cultura. Temp. elevada acelera a taxa de desenvolvimento de todas as fases fisiológicas. Quanto > a temp. numa determinada fase, < a duração da mesma Pesquisa com diversas cvs. no RS mostraram que há uma relação linear entre a temperatura média do ar durante a fase e a sua duração em dias. GRAUS-DIAS ( unidade de calor ou constante térmica). Usado para estimar a duração das fases da planta. No RS cvs. de ciclo curto necessitam +ou- 600 graus dias da semeadura até o estádio de DPF. GD = (TEMP. MÁXIMA + TEMP. MÍNIMA) – TEMP. BÁSICA 2 Temp. base do arroz = a 10 C. 3.1.1 – Efeito da Temperatura na Germinação: A faixa ideal para a germinação em menor período de tempo está entre os 30 - 35 C. (22 a 31 (C&K)). Temperaturas acima de 40C são prejudiciais e abaixo de 20°C retarda a germinação. Abaixo de 13-11°C inibem a germinação. No RS em condições ideais: germinação inicia após 48 horas e a emergência em 5 dias.(semeadura no cedo 10 dias e no tarde em 6-8 dias) 3.1.2 - Efeito da temperatura sobre o afilhamento: A temperatura ideal está entre 32°C a 34°C. Temperaturas menores de 19°C cessam o afilhamento e maiores são prejudiciais. 3.1.3 - Efeito da temperatura sobre a diferenciação do primórdio floral (DPF). A temperatura ótima para a DPF e o desenvolvimento da panícula está entre 20°C e 30 °C. Temperaturas abaixo de ±17°C (consideradas baixas temperaturas para o arroz) e acima de ±34°C (consideradas altas para o arroz) afetam o número de espiguetas produtivas por panícula. Neste estádio temos 2 períodos críticos quanto à baixas temperaturas (abaixo de 17°C). a) 22 dias antes da emissão da panícula( está ocorrendo a diferenciação das ramificações primárias e secundárias) - Ocorre degeneração das ramificações primárias e secundárias, não havendo formação de grande número de espiguetas. b) 16 dias antes da emissão da panícula - Ocorre a degeneração das espiguetas já formadas e/ou indução de anormalidades nas mesmas, causando esterilidade das espiguetas. OBS: temperaturas baixas na fase reprodutiva causam perdas na produção em até 30%. 3.1.4 Efeito de baixas temperaturas no desenvolvimento da panícula (durante o emborrachamento)- A temperatura ideal está entre 25°C a 30°C. Temperaturas baixas, 8 a 10 dias antes da emissão da panícula, causam redução no número de espiguetas férteis por panícula, e entre os motivos estão a má formação da membrana celular no grão de pólen, ou anormalidades ou degeneração do saco embrionário e/ou dos grãos de pólen. 3.1.5 – Efeito da baixa temperatura sobre o florescimento: A temperatura ótima está entre 30 e 32° C. Temperaturas abaixo de 15°C, se ocorrer até 1 hora após a abertura das glumelas, impede a fertilização. Temperaturas altas por 1 a 2 horas reduz a deiscência das anteras e reduz a germinação do grão de pólen sobre o estigma, causando esterilidade. Visualmente, o efeito do frio na planta de arroz , na fase reprodutiva se manifesta em: a)Esterilidade das espiguetas; b)Má exserção da panícula; c)Espiguetas do terço superior da panícula estéreis, atrofiadas e/ou de coloração branca. d)Sementes mal formadas na maturação. Obs. As cultivares diferem em sua resposta ao frio. 3.1.6 – Efeito da temperatura sobre a maturação: A temperatura ideal está em torno de 25° C. A duração do enchimento de grãos está diretamente associada à temperatura. À campo com temperatura média diária de 28° C o período dura cerca de 30 dias, com temperatura média diária de 18° C passa para 53 dias. Temperatura acima de 35° C aceleram a maturação, reduzindo o peso do grão. Fatores que afetam negativamente o enchimento de grãos: - Temperaturas acima ou abaixo da ótima (25-30° C ) - Baixa radiação solar pode reduzir o peso do grão. - Ocorrência de doenças que diminuam a área foliar. 3.2 – Temperatura da água de irrigação. No caso do arroz irrigado por inundação há diferença entre a temperatura da água e a do ar. Lâmina de água estagnada: Durante a noite a água pode ficar até 6° C acima da temperatura do ar. Durante o dia fica de 1° a 2° C acima da do ar. Lâmina corrente: A temperatura da água é sempre inferior a do ar em qualquer período do dia. A temperatura ótima da água de irrigação está entre 31° e 34° C no afilhamento. Temperaturas abaixo de 29° C retardam o afilhamento. Para o momento em que ocorre a DPF (diferenciação do primórdio floral) a temperatura ideal fica entre 30° a 32° C . Temperaturas abaixo de 25 ° C aumentam a esterilidade das flores. Obs. Há diferenças entre cvs. E entre estádios de desenvolvimento, mas de maneira geral podemos assumir que a temperatura da água não deva ser inferior a 13° C nem superior a 43° C. Temperaturas da água acima de 50° C causa a morte de plântulas. 3.3 - Umidade relativa do ar. Com alta umidade relativa do ar a evapotranspiração é menor, diminuindo o crescimento da planta. Na maturação é desejável baixa umidade relativa do ar. Alta umidade relativa do ar + altas temperaturas = ambiente propício para doenças fúngicas. 3.4 - Ventos. Ventos leves: Podem favorecer as plantas, renovando o ar entre as mesmas, aumentando o fornecimento de CO2 . Desfavorecem quando podem conduzir agentes causadores de doenças. Ventos fortes: Podem acamar as plantas, ou causar a queda de grãos na maturação. (colher com 20 a 25% de umidade) Obs. A Transpiração da planta aumenta na raíz quadrada da velocidade do vento. 3.5 - Granizo. Conforme a época e a intensidade pode comprometer a produção, principalmente após a floração. 3.6 - Processos determinantes da produção: -economia de insumos. Desvantagens: -dificulta a alternância de cultivos (solo fica com drenagem superficial deficiente) -Custo inicial é mais elevado. 4.2. Sistema de Cultivo do Arroz Atualmente no RS e SC o arroz irrigado é cultivado em um dos seguintes sistemas de preparo e manejo do solo: Sistema Convencional;Cultivo Mínimo; Plantio Direto; Pré-Germinado; Mix; Transplante de Mudas. 4.2.1. Sistema Convencional -65% da área do RS -Preparo Primário -Arado ou grade pesada: Visam eliminar ou incorporar plantas estabelecidas e os restos de cultura, além de soltar a camada superficial do solo. -Preparo Secundário -Grades ou plainas visando nivelar, destorroar, incorporar herbicidas. IMPORTANTE: O solo deve estar num ponto de umidade adequada. Solo com umidade elevada ocasiona danos físicos na estrutura e aderência aos implementos. Com solo muito seco:ocorre a formação de torrões exigindo maior número de passadas. 4.2.2. Cultivo Mínimo -25% da área do RS. -Utiliza uma menor mobilização do solo. -O preparo é realizado com antecedência, até uma mínima que permita formação de cobertura vegetal e compactação das taipas. -A semeadura é realizada diretamente sobre o cobertura vegetal dessecada. 4.2.3. Plantio Direto A semeadura é feita direta sobre solo não preparado anteriormente, devendo-se revolver não mais de 25% a 30% da superfície. Faz-se apenas as taipas de base larga e perfil baixo e aplainamentos. Oferece redução de custos e controle do arroz vermelho. 4.2.4. Sistema pré-germinado -95% do estado de SC. A semeadura é com sementes pré-germinadas em solo previamente inundado. No preparo do solo há a necessidade da formação da lama e o nivelamento e alisamento são realizados normalmente,com o solo inundado. 1ª FASE do preparo:Visa formar a lama e pode ser em solo seco e posterior inundação, ou em solo inundado. A) Aração em solo úmido + destorroamento com rotativa sob inundação. B)Aração + gradagem ou rotativa em solo seco+rotativa sob inundação. C)Rotativa em solo inundado+rotativa sob inundação. 2ª FASE do preparo: Renivelamento e alisamento visando preparar a superfície para receber a semente, usando-se pranchões de madeira. 4.2.4.1 O preparo do solo utilizado em áreas extensas (sul do RS). A) 1 ou 2 arações em solo seco; B) 1 ou 2 gradagens para destorroar (com cuidado para deixar torrões pequenos para impedir o arraste pelo vento); C) aplainamento e entaipamento; D) inundação da área com lâmina de no máximo 10 cm pelo mínimo de 15 dias antes da semeadura (contr.AV). E) alisamento com pranchões de madeira. F) semeadura com sementes pré-germinadas (de avião). 4.2.5. Sistema de transplante de mudas Objetiva, principalmente, a obtenção de sementes de alta qualidade. A) Produção de mudas: São produzidas em caixas com fundo perfurado, cujas dimensões dependem da máquina utilizada.São semeadas em torno de 300 g de sementes pré-germinadas por caixa (0,60 x 0,30) cobertas com 1 cm de solo. Leva de 2 a 4 dias até a emergência. As caixas são empilhadas, cobertas com lona e irrigadas abundantemente. B) Transplante: Feito com mudas de 10 a 12 cm (12 a 18 dias após semeadura) em área previamente drenada. Normalmente com 3 a 10 mudas por cova no espaçamento de 14 a 22 cm entre covas e 30 cm entre linhas. A irrigação permanente deve iniciar de 2 a 3 dias após o enraízamento das mudas. OBS: Uma máquina transplantadora com 6 linhas rende cerca de 3.000 m2 por hora. Usa de 110 a 130 caixas de mudas por hectare, (30 a 40 kg de sementes por ha). Referência: Recomendações Técnicas da Pesquisa Para o Sul do Brasil 2001-2002 5.CALAGEM E ADUBAÇÃO 5.1- Calagem. Na cultura do arroz pré-germinado a calagem pode ser dispensada, pois a planta pega o solo inundado desde o início e a disponibilidade de nutrientes já é grande.Quando semeado em solo seco e a inundação iniciar cerca de 30 dias após a emergência, o uso da calagem já é recomendado (3 a 6 meses antes da semeadura). Quando se planta culturas em rotação ou sucessão, deve-se levar em consideração estas plantas para a aplicação do calcário. A calagem também pode minimizar os efeitos prejudiciais da toxidez de ferro. Neste caso a análise deve ser feita especificamente para este fim. 5.2- Adubação Mineral. Baseia-se fundamentalmente na análise do solo. 5.2.1- Fósforo: O arroz irrigado tem poucas diferenças de resposta às diferentes formas de fósforo. Pode-se usar fertilizantes fosfatados solúveis (superfosfato tríplo, simples) os termofosfatos e escórias para solos com teor de P inferior a 3mg/L, e os fosfatos naturais isoladamente ou em misturas para solos com teor de P superior a 3mg/L. 5.2.2- Potássio. Recomenda-se para o arroz irrigado o uso de cloreto de potássio (KCl) por ser mais barato e seguro. O sulfato de potássio (K2SO5) em doses acima de 60 kg/ha de K2O e sob temperatura alta, pode liberar H2S em níveis tóxicos para a planta. 5.2.3- Modo de aplicação do fertilizante. Pré-germinado- preparados sob inundação podemos colocar o K2O e o P2O5 incorporados na formação da lama ou após, no nivelamento da área, antes da semeadura. Na semeadura no seco- colocamos o K2O e o P2O5 na semeadura. 5.3 Adubação Nitrogenada. Como as formas de N mineral são muito móveis no solo, podendo ser lixiviados, a recomendação é de apenas 10 kg de N/ha na adubação de base. Para o Pré-germinado em SC, não se aplica N na semeadura. (Aplica-se N apenas na cobertura, no afilhamento e no início da diferenciação do primórdio de panícula - Ponto de Algodão) As fontes recomendadas: -Uréia amídica (Amídica) -Sulfato de Amônio (Amoniacal) OBS: As fontes nítricas não são recomendadsa devido às elevadas perdas que ocorrem no solo. 5.3.1 Adubação de cobertura. É usado exclusivamente o N e devem ser levadas em consideração alguns fatores importantes para o sucesso da prática. - Teor de Matéria Orgânica; - Tipo de cultivar; - Histórico da área ( Qual foi a resposta da cultura nos anos anteriores?); - Época de semeadura (Quanto mais dentro da época ideal, aumenta a expectativa de resposta a doses de N); - Incidência de doenças (A brusone é favorecida por excesso de N); Em solos com nível freático alto, ou camadas impermeáveis próximas a superfície. ( como a maioria dos solos cultivados com arroz) – percolação baixa < 10 mm/dia. Em solos leves podem ser > 10 mm/dia ( o que dificulta manter uma lâmina). OBS: Algum nível de percolação seria benéfico, pois arrastaria possíveis substâncias tóxicas oriundas do metabolismo microbiano aneróbico. 6.4. Qualidade da água de irrigação. É importante. Quando houver suspeita, deve-se fazer uma análise para se estabelecer a concentração dos elementos que podem ser tóxicos a planta. 6.4.1. Salinidade. Das culturas atuais, não existe uma que tolere irrigação com água em nível igual ou superior a 0,25 % de NaCl. Este teor no início da fase reprodutiva, pode reduzir em 50% ou mais a produtividade. Medida da condutividade elétrica igual ou acima de 2mmhos/cm deve ser suspensa a irrigação. 6.5. Manejo da água de irrigação. Existe uma interação irrigação/cultivo, e a água além de influir no aspecto físico das plantas, influi: - na disponibilidade dos nutrientes, - na população e espécie de invasoras presentes, e - na incidência de algumas pragas e doenças. A cultura necessita de água durante todo o seu ciclo. Porém há 3 períodos mais exigentes: - estabelecimento do cultivo, - afilhamento, - período entre o IDPF e o enchimento de grãos. O solo saturado é suficiente para o arroz, mas a presença de lâmina influi na população de invasoras (espécie e número). -Lâminas baixas ou saturação: favorecem gramíneas, ciperáceas, folhas largas. -Em áreas mal drenadas, ou lâminas altas: favorecem o surgimento e desenvolvimento de invasoras aquáticas. Para determinarmos a altura da lâmina mais adequada, devemos considerar: a)Cultivar: - Tradicional - suportam lâminas mais altas.(EEA 406, IAS 12-9 Formosa) - Intermediárias (Blue-belle) e Modernas (outras) – lâmina não deve ultrapassar 10 cm b)Topografia do Solo: Menor declividade – maior uniformidade da lâmina. Maior declividade – maior desuniformidade da lâmina. 6.6 - Quando iniciar a irrigação ? Vai depender do manejo adotado na lavoura: se no sistema de quadros em nível (pré-germinado) ou no sistema de taipas em nível. 6.6.1. Quadros em nível. A irrigação começa antes da semeadura, no preparo do solo. Semeia-se com uma lâmina de 5 a 10 cm. Dependendo da temperatura, deixa-se assim por até 5 dias. Após, drena-se o quadro e deixa-se encharcado. Com o crescimento das plantas a lâmina é aumentada progressivamente até 10 cm. 6.6.2.Taipas em nível. O início da irrigação depende das condições de umidade do solo. É comum o uso de um banho para favorecer a germinação. Se a umidade do solo permitir, pode-se iniciar a inundação 30 dias após a emergência para cultivares precoces e até 40 dias para as cultivares ciclo médio e longo.(cuidado com as invasoras) 6.6.2. Interação Herbicida-Água. É importante para o controle das invasoras. Aplicar o herbicida com as invasoras com 1 a 3 folhas aumenta a eficiência e diminui a dosagem. Deve-se iniciar a irrigação logo após a aplicação para evitar a reinfestação. Em anos normais isto ocorre de 15 a 20 dias após a emergência.(início da irrigação) 6.6.3. Eficiência da irrigação. Pode atingir 50 a 60% na inundação contínua. No RS considerando-se a ET média 7,2 mm/dia e usando-se 2 l/s/ha na vazão, ou seja 17,3 mm/dia, a eficiência é 42%.  Toescher(87/88) Inundação Contínua 0,65 a 0,59 Inund. intermitente 0,81 a 0,7 Aspersão 0,69 a 0,57  IRGA (97/98) Inundação Contínua 1,01 6.6.5. Manejo da lâmina de água no combate ao frio. Em regiões onde existe a possibilidade de ocorrer frio (<16oC) durante o emborrachamento precoce das cvs. modernas, devemos elevar o nível da lâmina para mais de 15 cm por um período de 15 a 20 dias, para aumentar o efeito “termoregulador”, reduzindo a esterilidae das espiguetas. 6.6.4. Drenagem. No geral, quando os grãos estiverem em estado pastoso. Se o solo apresentar uma boa drenagem, podemos efetuar a drenagem após o completo enchimento dos grãos. No caso de solo argiloso, com difícil drenagem , aconselha-se 10 dias após o florescimento pleno(80%) para as cultivares intermediárias, e 15 dias, para as cultivares modernas. 7. Cultivares de arroz Cultivares registradas no SNPC. (www.agricultura.gov.br/snpc) 7.1 Tipo de Plantas As cvs. de arroz irrigadas do RS são classificadas, quanto ao tipo de planta em : -tradicionais -intermediárias -modernas 7.1.1 Tipo de planta Tradicional Porte alto, folhas largas e decumbentes, menos exigentes às condições de cultivo; Ciclo médio ou semi-tardio; Baixo afilhamento; Boa resistência a doenças; Grãos curtos, médios ou longos com secção transversal de forma elíptica e de aceitação restrita; Alto vigor na competição com invasoras; Acamam sob alta fertilidade natural ou com altas doses de N; Resistentes a solos frios no início do desenvolvimento. Ex. EEA 406, IAS 12-9 Formosa 7.1.2 Tipo de planta Intermediária Baixo vigor inicial (principalmente com temp. do solo baixa); Exigentes em preparo do solo, N e controle de invasoras. Porte médio, folhas curtas, estreitas, semi-eretas e lisas; Ciclo precoce; Baixo afilhamento; Sucetível à brusone e doenças do colmo; Grãos longos tipo “patna” ( longo, fino e cilíndrico) de alta qualidade e boa aceitação; Tolera semeaduras tardias (ciclo de até 120 dias). Ex: Bluebelle 7.1.3 Tipo de planta Moderna -Preferências bastante diversificadas -Produto busca se adequar às exigências -Produto busca entrar em outros mercados -Ter preço diferenciado 8.2. Principais formas de consumo de arroz no Brasil Consumido principalmente na forma de grãos inteiros, como produto de mesa. Praticamente inexistente o seu uso pela indústria de transformação (alimentar ou não). Três tipos de produto para consumo na mesa : Integral, Branco Polido, Parboilizado. 8.2.1. Arroz Integral O arroz é limpo e seco e descascado. Mais rico em nutrientes que o arroz polido. É pouco consumido no Brasil (pessoas com hábitos mais sofisticados e de maior poder aquisitivo). 8.2.2. Arroz Branco Polido É a forma predominante de consumo no Brasil. O arroz integral é polido removendo-se camadas externas do endosperma e do germe. Subprodutos: Além da casca, grãos quebrados e farelo. 2.3. Arroz Parboilizado O arroz em casca é submetido a um processo hidrotérmico, antes das etapas de descasque e polimento, proporcionando a gelatinização total ou parcial do amido. Pode ser Polido ou Integral. 20% do arroz consumido no país. O processo aumenta o valor nutricional do arroz polido. Possui teores mais elevados de tiamina, riboflavina e niacina. Elevado rendimento de grãos inteiros no beneficiamento. 8.3. Componentes de qualidade Comportamento no beneficiamento. Qualidade comestível, de cocção e de processamento. Valor nutritivo. Adequação aos padrões de comercialização do produto. 8.3.1. Comportamento no Beneficiamento A preferência dos consumidores é um produto uniforme, sem grãos quebrados e/ou danificados. Busca-se bom rendimento de grãos inteiros no processamento. Arroz de sequeiro sofre mais variabilidade de um ano para o outro, no rendimento de inteiros, devido a estresse ambiental (def. hídrica, doenças, insetos). 8.3.1.1. Influenciam o rendimento de inteiros. Sistema de cultivo. Características próprias da cultivar. Condições climáticas. Condições de processamento. Teor de umidade dos grãos na colheita e no beneficiamento. 8.3.1.2. Propriedades do grão que influenciam seu comportamento no beneficiamento. Características das glumas. Dimensões e forma do grão. Aparência do endosperma. Dureza do endosperma. Teor de umidade. 8.3.1.2.1 Características das glumas. Cv com casca mais escura: resulta um produto mais escurecido após a parboilização, diminuindo a aceitação. Casca pubescente: quase sempre rejeitados pelos cerealistas por ser mais abrasiva (desgaste nas máquinas e alergia nos operadores). Grãos mal empalhados: problemas de conservação após a colheita; > danos por insetos, prejudica qualidade e aspecto visual do produto. 8.3.1.2.2. Dimensões e formato do grão. Comprimento e forma são herdados independentemente e podem ser combinados como desejado. Os padrões para classificar em função do comprimento e forma variam de um país para outro. No Brasil a preferência é o longo fino (agulhinha). 8.3.1.2.3. Aparência do endosperma. Característica importante para o consumidor que prefere endosperma: -Translúcido. -Sem áreas opacas. -Livre de manchas. -Livre de imperfeições causadas por insetos ou doenças. Exemplo: Grãos de arroz com áreas opacas no endosperma: Barriga branca: causada por um acondicionamento mais frouxo das partículas de amido e proteína, são mais propensas ao quebramento. As manchas desaparecem com o cozimento, e não diminuem o valor nutritivo do grão. Grão gessado: o gessamento do endosperma ocorre quando o grão é colhido ainda imaturo e com alto teor de umidade . Cultivares glutinosas ou cerosas: endosperma é naturalmente opaco, e não deve ser confundido com defeitos. Danos por insetos: também podem causar o endosperma opaco. 8.3.1.2.4. Dureza do endosperma. O grau de resistência a rachaduras reflete-se diretamente no rendimento de grãos inteiros durante o beneficiamento. Estruturas celulares e intercelulares ( a proteína e os fenômenos de hidratação e desidratação do endosperma intervêm diretamente na manutenção da integridade estrutural do grão. Principais fatores que contribuem para a resistência dos grãos ao trincamento podem ser agrupados sob quatro aspectos: -Hidratação -Amido -Parede celular -Orientação da estrutura celular 8.3.1.2.5. Teor de umidade. Além da característica da cultivar e do método de colheita, é fundamental para a obtenção de maior percentual de grãos inteiros, o teor de umidade dos grãos na: -Colheita; -Secagem, trilha e estocagem; -Beneficiamento; -Nas várias interações entre esses componentes. O maior problema é determinar o ponto adequado de colheita de modo a maximizar o retorno econômico que pode ser estimado na ocasião da colheita com base na: produtividade da lavoura; qualidade do arroz colhido e nos custos envolvido com a secagem do produto. Estes fatores são função do teor de umidade do grão sendo os dois primeiros dependentes das características da cultivar. De maneira geral recomenda-se colher com 18 a 22% de umidade, secar à baixas temperaturas e em tantas etapas quantas forem necessárias para evitar a fissura. É preciso ponderar sobre os custos envolvidos. 8.3.2. Qualidade comestível, de cocção e de processamento. Qualidade de cocção: -Tempo de cozimento. -Absorção de água. -Perda de sólidos solúveis. -Ganho de volume no cozimento. Qualidade comestível (palatabilidade). -O aroma. -A consistência. -Textura do arroz cozido. -Comportamento no processamento: Estes fatores estão ligados às características físico-químicas. Ocorrem uma série de alterações no período de pós-maturação do grão para consumo, durante o armazenamento, que acabam modificando as propriedades organolépticas do arroz. 8.3.2.1 Propriedades do amido. -Teor de amilose e amilopectina. -Temperatura de gelatinização. -Consistência de gel. A reação do arroz ao calor, embora tenha outros fatores envolvidos (estádio de maturação do grão na colheita, grau de polimento do grão, ou tempo de armazenamento) seu comportamento é extremamente dependente da sua composição química onde o amido é 90% do grão beneficiado polido. 8.3.2.1.1. Amilose e amilopectina. Amido, formado por: Amilose – 1000 unidades de -glucose (cadeia longa, helicoidal e sem ramificação) Amilopectina- se diferenciam pois apresentam ramificações a cada 20 a 25 unidades de -glucose . Arroz beneficiado polido. Arroz beneficiado parboilizado. Arroz beneficiado parboilizado integral. 8.3.4.3. Classes. Qualquer dos sub-grupos pode ser incluido em uma das 5 classes, conforme as dimensões dos grãos inteiros após o descasque e polimento. No mínimo 80% dos grãos inteiros tem que ter as dimensões previstas. Grão Longo-fino Comprimento  6 mm Espessura  1,90 mm Relação comprimento/largura  2,75 mm. Grão longo: comprimento  6 mm. Grão médio: comprimento entre 5 mm a menos de 6 mm. Grãos curtos: comprimento < 5 mm. Misturado: quando não se enquadra em nenhuma das classes anteriores, mistura de 2 ou mais classes, sem predominância de nenhuma (80%). 8.3.4.4. Tipos. São 5 tipos expressos em numerais (1, 2, 3, 4 e 5), e definidos de acordo com o percentual de ocorrência de defeitos e com o percentual de grãos quebrados e quirera. Os percentuais máximos de defeitos permitidos em cada um dos 5 tipos encontram-se expressos em tabelas de tolerância, para cada subgrupo, a serem aplicadas na tipificação do produto. 8.3.4.5. Produto sem enquadramento. Quando não atendem às exigências podem ser: Abaixo do padrão: pode ser comercializado como tal, pode ser rebeneficiado, desdobrado e recomposto. Desclassificado: comercialização é proibida por estar em mau estado de conservação (fermentado, mofado, odor estranho, teores de micotoxinas acima dos limites. 8.3.4.6. Renda no benefício. Percentual total de arroz beneficiado (grãos inteiros, quebrados e quirera). A legislação prevê Renda Base em nível nacional de 68% . 8.3.4.7. Rendimento do grão. Expresso pelo percentual de grãos inteiros e de quebrados. A legislação prevê rendimento de grãos de 40% inteiros e 28% quebrados e quirera. Rendimentos inferiores ou superiores aos estabelecidos pela Renda Base, devem ser corrigidos pela aplicação de coeficientes específicos. 8.3.4.8. Outros critérios considerados. -Teor de umidade. -Percentual de matérias estranhas e impurezas. Se acima de determinados limites, devem ser usados para efeito de desconto no peso líquido do lote em questão. 9. Variedades exóticas de arroz. No Brasil, a variedade predominante é conhecida como arroz "agulhinha" e é mais cultivada na região sul. Alguns estados da região central ainda produzem a variedade "amarelão", também conhecida como "semente americana", e no Maranhão ainda é possível encontrar a variedade "cateto" ou "catete" (miudinho, em tupi-guarani ). Variedades internacionais Arbório Ao contrário do agulhinha, de grãos longos e compridos, o Arroz Arbório possui grãos arredondados. Ele não deve ser preparado ou substituído pelo arroz comum, e nem deve ser servido com feijão: durante o cozimento os seus grãos liberam mais amido e, ao invés de ficar soltinho, ele fica ligado, cremoso. É essa vocação para a cremosidade que faz dele o arroz ideal para se fazer risotos. Aromático O arroz aromático ou Jasmine tem grãos alongados, levemente translúcidos. É a variedade de arroz preferida por gourmets de todo o mundo, tanto pelo aroma natural que se desprende desde o cozimento como pelo sabor delicado, levemente amanteigado. Arroz Selvagem É um grão raro, produzido por uma planta aquática que cresce espontaneamente nas margens dos Grandes Lagos norte-americanos e canadenses. Sua textura crocante e seus grãos escuros atraem tanto pelo sabor único, com leve acento de avelãs, como pelo aroma marcante, que lembra ervas torrada. Conhecido como o "caviar dos grãos", apresenta uma parte externa firme e escura, enquanto o interior é claro e macio, formando um contraste atraente de cor e textura. Arroz Sasanishiki Originário da parte Norte da ilha de Honshu, o Sasanishiki já era cultivado antes mesmo do tempo dos samurais. A qualidade dos grãos reside no frescor, no sabor delicado e neutro, na textura úmida e nos grãos unidos, macios, que permitem a modelagem durante o preparo.
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