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Guias e Dicas
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Enfermagem em Emergências Respiratórias 05, Notas de estudo de Enfermagem

Enfermagem_em_Emergências_Respiratórias_05.pdf

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 02/07/2010

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leonardo-daladier-feitosa-leite-11 🇧🇷

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Baixe Enfermagem em Emergências Respiratórias 05 e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! Portal Educação e Poste Esdecação Sites Associados CURSO DE ENFERMAGEM EM EMERGENCIAS RESPIRATORIAS MÓDULO V tenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. E proibida qualquer forma de comercialização do OQ Portal Educação MÓDULO V PRINCIPAIS CAUSAS DE EMERGÊNCIA RESPIRATÓRIA E A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM . RINITE Rinite é uma inflamação das mucosas do nariz. Várias pessoas têm a doença, cuja incidência é de quatro em cada 10 pacientes, tanto adultos quanto crianças. As causas são várias: desde resfriados, produtos químicos, irritantes, até medicamentos e alergia. Seus sintomas são muito parecidos entre todos os tipos, levando as pessoas a pensar que rinite é um resfriado que não passa ou uma “sinusite” acompanhada de dor de cabeça crônica. A rinite medicamentosa é muito frequente, pois as pessoas usam medicamentos no nariz sem orientação médica, ignorando os riscos que estão correndo. Muitos medicamentos usados no nariz podem causar rinite, ao invés de curá-la. A rinite irritativa é comum nas grandes cidades, em locais muito poluídos e com agentes irritantes na atmosfera. Os sintomas podem acontecer em pessoas que trabalham sem usar máscaras em fábricas, onde são manipulados materiais industriais ou em ambientes com muita poeira, ou que trabalham com tecidos. As crianças que estudam em locais poluídos, ou locais que estão em reforma, podem ter rinite irritativa. A rinite vasomotora é também comum em ambientes poluídos, mas podem acontecer em outras áreas. As pessoas que têm rinite vasomotora podem apresentar os sintomas quando ficam nervosas ou quando estão cansadas ou com estresse. 125 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação O diagnóstico é feito por meio da história que o paciente relata exame físico da região e de exames radiológicos eventualmente necessários. TRATAMENTO DE ENFERMAGEM O ensino do paciente é um importante aspecto do cuidado de enfermagem para o paciente com sinusite. A enfermagem deve instruir o paciente sobre os métodos para promover a drenagem, como a inalação de vapor, aumentar a ingesta de líquidos e aplicar compressas úmidas quentes. Além de ensinar a utilizar os medicamentos prescritos pelo médico. O profissional de enfermagem deve explicar ao paciente que febre, cefaleia e rigidez na nuca são sinais potenciais de complicações e ele deve procurar cuidado adicional. . FARINGITE A faringite é uma inflamação da garganta (faringe) normalmente causada por um vírus, mas também comumente causada por bactérias. A faringite pode ocorrer em infecções virais (p.ex., resfriado comum, gripe e mononucleose infecciosa) e em infecções bacterianas (ex., faringite estreptocócica) e por doenças sexualmente transmissíveis (ex., blenorragia [gonorreia]). Os sintomas, que incluem a dor de garganta e a dor à deglutição, são semelhantes tanto na faringite viral quanto na bacteriana. Em ambas, a membrana mucosa que reveste a faringe pode estar discreta ou intensamente inflamada e recoberta por uma membrana esbranquiçada ou uma secreção purulenta. A febre, o aumento dos linfonodos do pescoço e o aumento da contagem de leucócitos no sangue caracterizam tanto a faringite viral quanto a bacteriana, mas podem ser mais pronunciados na forma bacteriana. 128 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Tratamento Os analgésicos comuns, as pastilhas para a garganta ou o gargarejo com água morna e sal podem aliviar o desconforto da garganta, mas a aspirina não deve ser utilizada em crianças e adolescentes com menos de 18 anos devido ao risco da síndrome de Reye. Os antibióticos não são úteis quando a infecção é viral, mas podem ser prescritos quando o médico suspeita fortemente que a infecção é de origem bacteriana. Caso contrário, nenhum antibiótico é administrado até os exames laboratoriais confirmarem um diagnóstico de faringite bacteriana. Quando os exames indicam que a faringite é causada por uma infecção estreptocócica (faringite estreptocócica), o médico prescreve a penicilina, normalmente sob a forma de comprimidos, para erradicar a infecção e prevenir complicações como a moléstia reumática (febre reumática). Os indivíduos alérgicos à penicilina devem utilizar a eritromicina ou outro antibiótico. Dois Tipos de Faringite Usualmente, não há secreção Secreção purulenta na garganta purulenta na garganta muito comum Febre baixa ou ausência de Febre leve a moderada febre Contagem de leucócitos Contagem de leucócitos no sangue normal ou discretamente elevada discreta a moderadamente elevada Linfonodos normais ou Linfonodos discretamente a 129 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores > Portal Educação discretamente aumentados moderadamente aumentados Exame do swab da garganta Exame do swab da garganta, negativo positivo para a faringite estreptocócica Ausência de crescimento de Crescimento bacteriano na cultura bactérias na cultura laboratorial laboratorial Disponível em: <www.msd-brazil.com>. Acesso em: 12 de Março de 2009. . TONSILTE E ADENOIDITE Adenoides são estruturas semelhantes às amídalas. Estão localizadas atrás do céu da boca (palato mole) e não podem ser vistas quando se abre a boca. Da mesma forma, quando estão funcionando adequadamente, ajudam a prevenir infecções. As jAdenoides podem causar sérios problemas quando estão infeccionadas ou aumentadas. A Inflamação das adenoides chama-se Adenoidite. As Amígdalas são pequenas estruturas arredondadas, em forma de amêndoa, localizadas na parte de trás da boca, ao lado da garganta. Acredita-se que sirvam para ajudar a evitar infecções, produzindo anticorpos. As amídalas também são chamadas de tonsilas palatinas e podem ser vistas quando se abre bem a boca. Quando as amígdalas se inflamam, chamamos esta doença de Amigdalite. 130 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores — a Portal Educação Tratamento: . Idade, condições gerais de saúde e antecedentes médicos; . Extensão da infecção; . Tipo de infecção; e Tolerância do paciente para medicamentos, internações e procedimentos; . Evolução das inflamações e infecções; . Parecer do paciente e/ou da família. Os tratamentos podem ser clínicos (com medicamentos) ou cirúrgicos dependendo da causa, extensão, repetição ou severidade dos quadros. Antibióticos são úteis para ajudar o organismo a combater as infecções, mas nem sempre são necessários. Só o médico deve prescrevê-los. A automedicação muitas vezes é prejudicial. Algumas vezes, os quadros não se resolvem clinicamente e nestes casos, o médico poderá propor um tratamento cirúrgico. . ABSCESSO PERITONSILAR O abscesso peritonsilar é a complicação mais comum das infecções supurativas dos espaços perifaríngeos. Os pacientes se queixam de odinofagia intensa, febre e apresentam trismo. Ocorrem sempre em consequência de uma infecção de vizinhança, sobretudo da orofaringe ou dos dentes, podendo raramente advir de processos sinusais ou mesmo otológicos. 133 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 2 Portal Educação Disponível em: <hitp://upload.wikimedia.org/>. Acesso em: 12 de Março de 2009. O exame físico é de um paciente com aparente toxemia e a faringoscopia mostra edema unilateral da área peritonsilar com desvio contralateral da úvula e abaulamento da região póstero-lateral do palato mole, o que não é de difícil diagnóstico na maioria das vezes. Segundo os dados da literatura os germes causadores desta supuração são aqueles encontrados nas infecções das vias aerodigestivas superiores, tanto aeróbios quanto anaeróbios e a causa principal desta complicação seria a seleção microbiana em razão de uma antibioticoterapia mal prescrita ou mal usada. O diagnóstico do abscesso peritonsilar na maioria das vezes é de fácil execução, e assim que se tenha certeza dele o tratamento deve ser imediato para se evitar as complicações locais e sistêmicas, bem como aliviar o sofrimento do paciente. O tratamento cirúrgico de drenagem do abscesso muitas vezes é realizado precocemente ou adiado pela dúvida da existência ou não de uma coleção purulenta na infecção peritonsilar, tratando-se apenas de uma celulite, já que as queixas das duas condições são idênticas bem como o exame físico. O diagnóstico de certeza é complementado pela aspiração com agulha de grosso calibre e drenagem do abscesso, depois de localizado e se existente, seguido de antibioticoterapia. 134 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação TRATAMENTO DE ENFERMAGEM Alívio considerável pode ser obtido, pelo uso de agentes anestésicos tópicos e irrigações da faringe ou pelo uso frequente de colutórios ou gargarejos, usando soluções salinas ou alcalinas a uma temperatura de 40 a 43 graus. Os líquidos que são frios ou a temperatura ambiente geralmente são bem tolerados. . LARINGITE A laringite é uma inflamação da caixa vocal (laringe). A causa mais comum é uma infecção viral das vias respiratórias superiores, como a constipação comum. A laringite também pode acompanhar doenças como a bronquite, a pneumonia, a gripe, a tosse convulsa, o sarampo, a difteria ou qualquer inflamação ou infecção das vias respiratórias superiores. O uso excessivo da voz, as reações alérgicas e a inalação de irritantes, como o tabaco, podem provocar laringite de curta duração (aguda) ou persistente (crônica). Disponível em: <hitp://www.colegiosaofrancisco.com.br>. Acesso em: 12 de Março de 2009. Em geral, o sintoma mais evidente é uma alteração pouco natural na voz, como a rouquidão, ou até a perda da voz. Sente-se um formigueiro na garganta ou então dor e uma necessidade constante de limpar a garganta. Os sintomas variam conforme a gravidade da inflamação. As infecções graves provocam febre, uma sensação geral de mal-estar, dificuldade em engolir e dor de garganta. O inchaço (edema) da laringe pode dificultar a respiração. Valendo-se de um pequeno espelho semelhante ao dos dentistas, o médico distingue uma vermelhidão, que oscila entre 135 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação Caracteristicamente, nesta doença os sintomas aparecem de forma cíclica, com períodos de piora. Dentre os sinais e sintomas principais, estão: . Tosse - que pode ou não estar acompanhada de alguma expectoração (catarro). Na maioria das vezes, não tem expectoração ou, se tem, é tipo "clara de ovo"; . Falta de ar; º Dor ou "aperto" no peito. Os sintomas podem aparecer a qualquer momento do dia, mas tendem a predominar pela manhã ou à noite. A asma é a principal causa de tosse crônica em crianças e está entre as principais causas de tosse crônica em adultos. O diagnóstico é feito baseado nos sinais e sintomas que surgem de maneira repetida e que são referidos pelo paciente. No exame físico, o médico poderá constatar a sibilância nos pulmões, principalmente nas exacerbações da doença. Contudo, nem toda sibilância é devido à asma, podendo também ser causada por outras doenças. Todavia, nos indivíduos que estão fora de crise, o exame físico poderá ser completamente normal. Existem exames complementares que podem auxiliar o médico. Dentre eles, estão: e Aradiografia do tórax; . Exames de sangue e de pele (para constatar se o paciente é alérgico) e a espirometria que identifica e quantifica a obstrução ao fluxo de ar. O asmático também poderá ter em casa um aparelho que mede o pico de fluxo de ar, importante para monitorar o curso da doença. Nas exacerbações da asma, o pico de fluxo se reduz. 138 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação Para se tratar a asma, a pessoa deve ter certos cuidados com o ambiente, principalmente na sua casa e no trabalho. Junto, deverá usar medicações e manter consultas médicas regulares. Duas classes de medicamentos têm sido utilizadas para tratar a asma: . Broncodilatadores; Todo asmático deverá utilizar um broncodilatador. É um medicamento, como o próprio nome diz que dilata os brônquios (vias aéreas) quando o asmático está com falta de ar, chiado no peito ou crise de tosse. Existem broncodilatadores chamados beta2-agonistas - uns apresentam efeito curto e outros efeito prolongado (que dura até 12h). Os de efeito curto costumam ser utilizados conforme a necessidade. Se a pessoa está bem, sem sintomas, não precisará utilizá-los. Já aqueles de efeito prolongado costumam ser utilizados continuamente, a cada 12 horas, e são indicados para casos específicos de asma. Além dos beta2-agonistas, outros broncodilatadores, como teofilinas e anticolinérgicos, podem ser usados. e Anti-inflamatórios; Os corticoides inalatórios são, atualmente, a melhor conduta para combater a inflamação, sendo utilizados em quase todos os asmáticos. Só não são usados pelos pacientes com asma leve intermitente (que têm sintomas esporádicos). Tais medicamentos são utilizados com o intuito de prevenir as exacerbações da doença ou, pelo menos, minimizá-las e aumentar o tempo livre da doença entre uma crise e outra. Os anti-inflamatórios devem ser utilizados de maneira contínua (todos os dias), já que combatem a inflamação crônica da mucosa brônquica, que é o substrato para os acontecimentos subsequentes. Existem outras possibilidades de tratamento, como o cromoglicato de sódio (bastante utilizado em crianças pequenas), o nedocromil, o cetotifeno e os antileucotrienos. Este último é relativamente novo e pode ser usado em casos específicos de asma ou associado aos corticoides. 139 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação Tanto os broncodilatadores quanto os anti-inflamatórios podem ser usados de várias formas: . Por nebulização, nebulímetro ("spray" ou "bombinha"; . Inaladores de pó seco (através de turbohaler, rotahaler, diskhaler ou cápsulas para inalação) — são diferentes (e práticos) dispositivos para inalação; e Comprimido; . Xarope. Os médicos dão preferência ao uso das medicações por nebulização, nebulímetro ou inaladores de pó seco por serem mais eficazes e causarem menos efeitos indesejáveis. Como prevenção de crises de asma, o asmático poderá usar os corticosteroides, os beta2-agonistas de longa duração e os antileucotrienos, além de ter um bom controle ambiental, evitando exposição aos "gatilhos" da crise asmática. Não há como prevenir a existência da doença, mas sim as suas exacerbações e seus sintomas diários. Inflamação e edema Passagem de ar estreita 140 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores O >. Portal Educação Pode haver presença de ruídos hidroaéreos no tórax (difíceis de serem auscultados ). Radiografia de tórax pode mostrar imagem gasosa na base do hemitórax esquerdo, ou apenas velamento não característico nesta região. Frequentemente confunde-se com pneumotórax, cúpula elevada ou derrame pleural. Na dúvida deve ser ministrado contraste baritado ou passada sonda nasogástrica e documentando- se radiograficamente a presença do estômago no tórax. Lembramos que outras vísceras abdominais também podem herniar, mas o mais frequente é o estômago. Radiograma de hérnia diafragmática esquerda Disponível em: <hittp://www.unifesp.br>. Acesso em: 12 de Março de 2009. Conduta É sempre necessária a sutura do diafragma, mesmo nos ferimentos pequenos. A via de acesso depende da época do diagnóstico. Quando diagnosticada na fase aguda optamos (como a maioria dos autores) pela laparotomia, pois permite inventário dos demais órgãos abdominais potencialmente lesados. Se diagnosticada mais tardiamente e, na ausência de sinais de abdômen agudo, preferimos a toracotomia pela melhor exposição da cúpula frênica e pelas possíveis aderências pleurais. 143 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação e FERIMENTOS NO ESFÔFAGO O esôfago torácico pode ser traumatizado por dois mecanismos: em primeiro lugar de uma maneira interna, na maioria das vezes iatrogênica pela passagem de sondas enterais ou instrumentos para dilatação ou cauterização de varizes e, em segundo lugar, menos frequente, mas não menos importante, nos ferimentos externos torácicos, principalmente por arma de fogo e transfixantes laterolaterais no tórax. Esofagograma de ferimento por arma de fogo, as setas indicam a bala. Disponível em: <hittp://www.unifesp.br>. Acesso em: 12 de Março de 2009. Na maior parte das vezes, ao contrário de outras lesões graves, a lesão do esôfago é “silenciosa” na sua fase inicial demonstrando muito pouco os sintomas, muitas vezes nenhum, quando a lesão é exclusiva do esôfago. Assim, não se devem aguardar os sintomas para o diagnóstico do ferimento do esôfago torácico, pois quando os sintomas, já tardios aparecem, manifestam-se por mediastinite, possivelmente acompanhada de empiema pleural. Quadro infeccioso grave, de difícil controle e solução. Conforme a progressão da infecção, isto é, a fase evolutiva da doença, a equipe médica irá decidir sobre o tratamento definitivo: fechamento da fístula esofágica ou esofagectomia com reconstrução futura. 144 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação Diagnóstico: Y Ferimento transfixante laterolateral do mediastino; Y Dor após manipulação no lúmen do esôfago (por sondas, cateteres, etc.); > — Em todo ferimento transfixante do mediastino é obrigatório se descartar lesão de esôfago, mesmo sem sintomas, devendo-se realizar: radiografia contrastada do esôfago, de preferência com contraste não baritado e esofagoscopia para o diagnóstico precoce da lesão esofágica; > Na fase tardia (após 12 a 24 horas), quando não diagnosticado precocemente inicia-se a sequência sintomática da lesão do esôfago, com mediastinite representada por dor e febre, progredindo o quadro para possível empiema pleural e septissemia. Conduta: > Na fase aguda deve ser abordado o esôfago por toracotomia e a lesão ser suturada, mantendo-se o doente em jejum oral por, no mínimo sete dias (mantendo-se a alimentação por sonda enteral); > —Nafase tardia, com mediastinite, deve-se instituir a antibioticoterapia e realizar-se uma toracotomia para desbridamento amplo da região lesada e drenagem, para em um segundo tempo realizar-se o tratamento definitivo. . PNEUMONIA 145 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores > Portal Educação Disponível em: <http://www.med-ed.virginia.edu>. Acesso em: 12 de Março de 2009. TRATAMENTO DE ENFERMAGEM A equipe de enfermagem deve atuar no paciente com pneumonia visando melhorar a permeabilidade das vias aéreas (removendo secreções, encorajar hidratação para fluidificar as secreções mais espessas, mudanças de posição que facilite a respiração), promovendo repouso (o paciente debilitado deve evitar esforço excessivo para não exacerbar os sintomas), incentivando a ingesta de líquidos, monitorando uma dieta e tratando as complicações potenciais. . ENFISEMAS O enfisema pulmonar é uma doença degenerativa, que geralmente se desenvolve depois de muitos anos de agressão aos tecidos do pulmão em razão ao cigarro e outras toxinas no ar. Essas toxinas destroem os pequenos sacos de ar no pulmão, chamados alvéolos os quais incham quando transportam oxigênio do ar para os pulmões e encolhem para forçar o dióxido de carbono para fora. Como resultado, os pulmões 148 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação perdem sua elasticidade e exalar fica difícil. À medida que os danos progridem, o esforço para respirar aumenta. Enfisema é parte de um grupo de doenças pulmonares, denominado "doença pulmonar crônica obstrutiva", que interfere com a respiração normal. Outras doenças desse grupo incluem asma e bronquite. Milhões de pessoas têm enfisema, e fumar cigarro é a causa principal. Acredita-se também que a exposição à poluição atmosférica e inalação de fumaça de cigarro e detritos no trabalho sejam fatores que contribuem para enfisema pulmonar. Principal sintoma de enfisema é a falta de fôlego ou a sensação de não estar inalando ar suficiente. A pessoa pode visitar o médico inicialmente porque sentiu falta de ar durante uma atividade, mas à medida que a doença progride esse sintoma pode ficar presente todo o tempo. Tosse, respiração difícil, e produção crônica de muco são outros sintomas comuns. Disponível em: <http://Awww.drscope.com>. Acesso em: 12 de Março de 2009. O enfisema pulmonar é uma patologia crônica caracterizada pela destruição tecidual dos pulmões o que os torna hiperinsuflados. Há uma dilatação permanente 149 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores > Portal Educação dos espaços aéreos distalmente aos bronquíolos terminais devido à destruição das paredes das vias aéreas, sem fibrose evidente. alvéolos con enfisema vista al microscopio de alvéolos normales ne - NIDA Disponível em: <http://www.umm.edu>. Acesso em: 12 de Março de 2009. Esta doença quase sempre está associada à bronquite crônica e ambas causam obstrução ao fluxo de ar nas vias aéreas resultando em doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Geralmente a bronquite crônica é a principal causa de obstrução, porém, em alguns casos, o enfisema pode predominar. Frequentemente a obstrução ao fluxo de ar é progressiva, e pode vir acompanhada por hiper-responsividade brônquica e ser parcialmente reversível. O termo DPOC é utilizado para definir o complexo evolutivo da bronquite e do enfisema pulmonar, pois apresentam características fisiopatológicas, funcionais e clínicas comuns, onde a principal expressão é a limitação crônica ao fluxo de ar na expiração. 150 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação do ar residual e queda da área de superfície para as trocas gasosas por destruição da parede dos alvéolos. Os pacientes com enfisema pulmonar tornam-se gradativamente incapacitados, com consequente morte por insuficiência respiratória. O enfisema pulmonar não tem cura, portanto as medidas de tratamento têm por finalidades o alívio dos sintomas e a melhora da qualidade de vida dos pacientes. Os objetivos do tratamento de pacientes com o enfisema pulmonar consistem em aliviar os sintomas e prevenir sua progressão. O uso de medicações como, corticoides ou broncodilatadores (por via oral ou inalatória), pode ser feito para se obter uma melhora parcial do quadro. O uso de broncodilatadores é mais eficiente em pacientes com bronquite crônica e asma, porém a terapia de reabilitação em pacientes enfisematosos pode ser bastante eficaz, pois ajuda os pacientes a usar sua energia de forma mais eficiente, procurando fazer com que ocorra um menor gasto energético melhorando assim, sua qualidade de vida. Em casos de doença mais avançada a oxigenoterapia e as cirurgias redutoras de volume pulmonar (com retirada de áreas comprometidas do pulmão) podem ser realizadas. Para prevenir o enfisema pulmonar pode-se evitar o tabagismo e diminuir a exposição à poluição atmosférica. Recentemente há como tratamento cirúrgico do enfisema, a cirurgia redutora de volume pulmonar, sendo a remoção de áreas pulmonares que se encontram mais afetadas pela doença. Fazendo com que outras áreas menos comprometidas possam realizar as funções pulmonares de maneira mais adequada, ajudando também a melhorar a função diafragmática. O tratamento cirúrgico é feito em pacientes que apresentem grandes áreas de enfisema com dispneia incapacitante pelo aprisionamento de ar e na ausência de alguma patologia importante das vias aéreas. 153 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação RUPTURA TRAQUEOBRÔNQUICA A ruptura traqueobrônquica pode ser dividida em lesões de traqueia cervical e de traqueia torácica ou brônquios principais. Traqueia cervical O mecanismo mais frequente é o trauma direto com contusão traqueal e ruptura, também a hiperextensão do pescoço nos impactos frontais pode lesar esta região. Diagnóstico: > Sinais externos de trauma cervical (escoriações e hematomas no pescoço); > | Cornagem ou voz rouca; > —Crepitação dos anéis traqueais à palpação cervical; > | Enfisema subcutâneo cervical; > Broncoscopia confirma o diagnóstico (se houver condições respiratórias). Conduta: > Emergência: restabelecer a perviabilidade das vias aéreas com intubação traqueal ou traqueostomia, fazendo a cânula ultrapassar o local de ruptura; 154 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação > Após a recuperação da ventilação: abordagem cirúrgica com sutura da lesão ou dependendo do grau de destruição traqueal ressecção segmentar e anastomose término-terminal. Traqueia torácica ou brônquios principais Pode resultar de compressão ântero-posterior violenta do tórax ou de desaceleração súbita como nos impactos frontais ou nas quedas de grandes alturas. O local mais comum de lesão é na carina ou no brônquio principal direito. Diagnóstico: > — História do trauma com possível desaceleração súbita; > | Desconforto respiratório; > | Escarro com sangue ou mais raramente hemoptise moderada; > | Enfisema subcutâneo grande e logo disseminado; > Radiografia de tórax com presença de pneumomediastino, pneumotórax ou atelectasia total do pulmão; > Grande perda de ar pelo dreno após a drenagem pleural sob selo d'água (pode não haver, caso a lesão esteja bloqueada pela pleura); > — Fibrobroncoscopia que irá confirmar o diagnóstico e mostrar o local da lesão. 155 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Portal Educação Durante muitos anos julgou-se que o movimento paradoxal, fosse à causa da insuficiência respiratória desses doentes. Atualmente já foi provado que o grande problema não é o movimento paradoxal e sim a contusão pulmonar consequente ao trauma torácico grave. Foto evidenciando a contusão pulmonar Disponível em: <http://www .unifesp.br>. Acesso em: 12 de Março de 2009. Diagnóstico: > À inspeção, presença de movimento paradoxal do tórax, isto é, depressão da região fraturada à inspiração e abaulamento à expiração; > À palpação nota-se crepitação nos arcos costais à respiração, com intensa dor; 158 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ > Portal Educação > | Radiografia de tórax mostra os arcos fraturados (múltiplas soluções de continuidade), podendo-se ver a sua mudança de posição, da área flácida, conforme a radiografia for inspirada ou expirada. Disponível em: <hittp://www.unifesp.br>. Acesso em: 12 de Março de 2009. Tomografia do tórax, apesar de não ser imprescindível para o diagnóstico, quando o paciente tiver condições pode ser realizada, revelando com detalhes a presença de intercorrências pleurais, laceração pulmonar e pneumomediastino. É útil na avaliação da extensão do dano parenquimatoso pulmonar, fornecendo dados prognósticos quanto ao aparecimento de insuficiência respiratória. Conduta: > —Sedação eficiente da dor iniciando-se com analgésicos comuns, sendo que se houver necessidade, podemos realizar até a anestesia peridural torácica, que 159 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação é muito útil nesta situação (a sedação da dor é a prioridade no tratamento destes doentes, não devendo nunca ser desprezada ou esquecida); > Se o movimento paradoxal for bem evidente pode-se colocar peso de aproximadamente um quilo sobre a região afetada e fixá-lo com tiras de esparadrapo, sendo um método apenas paliativo; > Tratar as complicações pleurais quando presentes (pneumotórax ou hemotórax) da maneira descrita na sequência deste capítulo; > — Intubação traqueal e ventilação mecânica, já na admissão ou na evolução do doente, quando houver sinais clínicos ou laboratoriais de insuficiência respiratória. É importante ressaltar que a falência respiratória não é somente resultado da alteração mecânica do gradeado costal, mas, principalmente, decorrente de contusão pulmonar associada com possível síndrome do desconforto respiratório do adulto (SDRA). Habitualmente o quadro de insuficiência respiratória é mais tardio, após 12 a 24 horas do trauma, quando se manifestarão as consequências do edema intersticial pulmonar, devendo o socorrista manter o doente em observação rigorosa mesmo quando bem na fase inicial; > A fixação cirúrgica da parede torácica nos casos de tórax flácido ainda é uma polêmica, mas para a maior parte dos autores, sendo também a nossa opinião, não há necessidade de ser realizada para a grande maioria dos doentes, já que o problema principal é a contusão pulmonar e não o movimento paradoxal. A fixação estará indicada nos doentes que necessitarem ser submetidos à toracotomia, por outra causa, ou nas grandes instabilidades torácicas principalmente bilaterais. . FRATURA DO ESTERNO Decorrente da compressão ântero-posterior do tórax pode estar associada à contusão cardíaca. O principal mecanismo é a batida do tórax sobre o volante do automóvel, nos acidentes automobilísticos (o uso do cinto de segurança faz diminuir intensamente o risco dessa fratura). 160 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação É uma situação grave, que afeta principalmente os pulmões e o aparelho digestivo, podendo afetar também outras glândulas secretoras do corpo, o que causa danos a órgãos como, pâncreas, fígado e ao reprodutor. Nos pulmões, essas secreções obstruem a passagem do ar e retém bactérias, facilitando as infecções respiratórias. No trato gastrintestinal, a falta de secreções adequadas compromete o processo digestivo. Os pacientes geralmente apresentam uma mistura de sintomas respiratórios e gastrintestinais de graus variáveis, podendo uns predominar sobre os outros. Sua incidência é variável de acordo com a população estudada, sendo razoável a incidência de um para 2500, com frequência de um portador do gene em 40 pessoas na raça branca. A doença é pouco frequente na raça negra um para 17 mil negros americanos e, rara em orientais um para 90 mil. Apesar disso a fibrose cística ocorre em todas as raças. No Brasil, os estudos realizados por Raskin (1993) em cinco Estados do Sul e Sudeste estimam um incidência menor: um par em 10 mil casos. O diagnóstico da FC pode ser feito com um teste de dosagem de cloro no suor, pois os indivíduos afetados segregam quantidades excessivas de sal no suor. Também pode ser feito um exame genético com amostra de sangue. Como tratamento, o paciente deve tomar enzimas para facilitar a digestão e seguir uma dieta rica em calorias, vitaminas e sais minerais. Deve também realizar fisioterapia respiratória, e fazer tratamentos com antibióticos para prevenir complicações pulmonares. Mesmo sem proporcionar a cura, o tratamento tem melhorado em muito o prognóstico da doença. A terapia gênica para Fibrose Cística já está sendo testada e representa uma grande esperança para os pacientes afetados. Fibrose Cística (FC) é uma doença genética autossomal recessiva. 163 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação A doença pulmonar na fibrose cística é caracterizada por infecção endobrônquica associada à doença pulmonar obstrutiva crônica. As principais causas de óbito entre os pacientes com FC são a insuficiência respiratória e a cor pulmonale, além da desnutrição resultante da síndrome de má- absorção. Entre os sintomas otorrinolaringológicos da FC, descreve-se a produção de secreção salivar espessa ainda na infância, com dilatação e fibrose dos ductos glandulares. A ocorrência de otite média nas crianças com FC não é superior à observada em crianças normais. A doença nasossinusal é a manifestação otorrinolaringológica clássica da FC, com elevada frequência de polipose nesses indivíduos, quer na infância quer na idade adulta. A ocorrência de sintomas nasossinusais é bastante variável, segundo os dados de literatura. Alguns estudos encontraram sintomas de rinorreia e obstrução nasal em mais de 65% dos indivíduos afetados, enquanto outros revelam que cerca de 90% dos indivíduos permaneciam assintomáticos. Os principais sintomas relatados pelos indivíduos com FC são: tosse, obstrução nasal, rinorreia e sinusites de repetição. Diagnóstico Os primeiros programas de Rastreamento para a Fibrose Cística foram instituídos em 1979 e tinha por base o diagnóstico precoce e a possibilidade de alterar a evolução da Doença, no paciente afetado, pela instituição de medidas de apoio e terapia profilática, além da oportunidade de prevenir, por meio do aconselhamento genético, a expansão da prole de pais afetados. Mundialmente implantado, o rastreamento tem demonstrado uma incidência variada em determinadas partes do mundo. A suspeita de FC é feita por meio dos sintomas apresentados e da história familiar do indivíduo, confirmando-se o diagnóstico por intermédio da dosagem de sódio e cloro no suor, pelo método de Gibson e Cooke. Valores de cloro acima de 60 164 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação mEq/I firmam o diagnóstico, enquanto valores entre 40 e 60 mEg/l são duvidosos, estando indicada a repetição do exame. Valores inferiores a 40 mEq/l são considerados normais. A dosagem de sódio e cloro no suor tem sensibilidade diagnóstica de aproximadamente 98%. Além do exame de suor, a doença pode ser identificada pelo exame de sangue, DNA e também pelo exame do pezinho. O exame do pezinho é de extrema importância para a identificação de diversas doenças genéticas, entre elas a FC, que é considerada a principal doença diagnosticada pelo teste, pois é a mais comum entre as doenças genéticas graves da infância. Este exame contribui para que a FC seja tratada o quanto antes, pois caso contrário o portador morre antes de chegar à adolescência. Consequências da Fibrose Cística no organismo Vias respiratórias bloqueadas durante curtos ou longos períodos, ocasionalmente com perda da função das áreas pulmonares subjacentes (atelectasias); vias respiratórias parcialmente estreitadas ocasionando tecido pulmonar hiperinsulflado; processo degenerativo alveolar causado por inflamações (pneumonia e enfisemas) ou enzimas (proteases); inflamações e fibroses no tecido pulmonar intersticial (pneumonia intersticial, fibrose pulmonar). Dependendo da gravidade das alterações pulmonares pode ocorrer a insuficiência respiratória parcial ou global. Insuficiência parcial: ocorre por hiperventilação (respiração acelerada) se mantém a pressão parcial normal do oxigênio na circulação sanguínea; com isso cai a pressão parcial de CO2. Insuficiência global: a pressão parcial sanguínea de oxigênio está diminuída, e de CO2 está aumentada. Colabamento bronquial: fenômeno ao qual o fisioterapeuta deve ter atenção especial. Ele se instala quando o impedimento mecânico do transporte de muco leva a uma pressão intrabronquial distal à rolha de secreção maior que proximal. Como esta pressão intrabronquial proximal ao bloqueio é menor que a pressão intratorácica, pode ocorrer facilmente o colabamento bronquial. O risco de isso 165 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação A má nutrição tem repercussões diretas no agravamento da doença pulmonar e, por isso, muitas vezes há indicações de terapêutica de suporte mais agressiva, como sondas gástricas ou enterais e mesmo gastrotomia. Terapia de Insuficiência Pancreática É baseada na reposição oral de preparados enzimáticos pancreáticos. Atualmente, são disponíveis preparados com alta potência enzimática, protegidos da desnaturação ácida no estômago pelo revestimento entérico das microesferas. A liberação das enzimas do revestimento entérico é um processo complexo, afetado pelo esvaziamento gástrico, tamanho das partículas e características de dissolução, pH e sais biliares. Por estas razões pode ser útil, nos pacientes com esteatorreia persistente e adequada reposição enzimática, a administração de bicarbonato de sódio com o preparado enzimático oral. Deficiências Vitamínicas e Minerais Os pacientes devem receber complementos vitamínicos com o dobro do correntemente recomendado, isto é, vitamina A, vitamina D e vitamina E Vitamina K é administrada durante antibioticoterapia prolongada e na doença hepática com cirrose e hipertensão portal. O sódio também deve ser acrescentado, durante períodos de calor, febre e exercícios físicos. Deve-se pesquisar atentamente a presença de anemia e repor zinco nas crianças com má nutrição proteica. Terapêutica Inalatória de Broncodilatadores: B2 adrenérgicos - Além de promoverem broncodilatação, melhoram o batimento ciliar e clearence do muco. A desvantagem é predispor ao colapso das vias aéreas (Zack, 1990). (orientar-se pela prova de função pulmonar). 168 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação Brometo de ipratropium - Não parece superior ao b2 adrenérgicos. O papel da via colinérgica não está bem esclarecido na FC e a avaliação desta droga demonstra broncodilatação extremamente variável. Mucolíticos: Acetilcisteína- É ativa na mucólise, na presença de DNA e debris na secreção pulmonar. Não tem eficácia clínica comprovada e pode, com frequência, acarretar broncoespasmo. Drogas Moduladoras do Transporte lô : Amiloride - Um diurético que, utilizado por via inalatória, bloqueia a reabsorção de sódio, aumentando sua concentração e, consequentemente, também a de água na secreção brônquica, diminuindo sua viscosidade. Indicado na prevenção do declínio da função pulmonar. Um problema a ser resolvido é a curta duração da ação (uma hora), o que implica em numerosas inalações. DNAse Humana Recombinante A infecção crônica pulmonar promove grande influxo de leucócitos polimorfonucleares nas vias respiratórias. Com a degranulação e morte celular há liberação de quantidade significativa de DNA, que se acumula nas secreções brônquicas, formando um gel altamente viscoso. DNAse é uma enzima que quebra a cadeia de DNA, diminuindo a viscosidade do muco e facilitando a expectoração. A necessidade de antibióticos e hospitalizações também foi reduzida, nos estudos clínicos conduzidos com esta droga. Novos agentes, como drogas que estimulam a secreção de cloro nas vias respiratórias (uridina trifosfato-UTP), antiproteases (a tantitripsina) etc., estão sendo avaliados para uso terapêutico. 169 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação Técnicas fisioterápicas Em razão às alterações das vias respiratórias, os pacientes com FC apresentam grandes problemas na eliminação de secreção. A secreção é densa e presa ao epitélio bronquial e frequentemente a sua eliminação é ainda dificultada por barreiras mecânicas (edemas das mucosas, broncoespasmo e colabamento bronquial). Segue abaixo os princípios de ação das técnicas fisioterápicas isoladas e combinadas: 1) Oscilações dos calibres (inspiratórios e expiratórios) O calibre dos brônquios oscila com os movimentos inspiratórios e expiratórios, facilitando assim o soltar da secreção da parede bronquial e sua mobilização. Este princípio forma a base da ação da drenagem autógena, mas também pode ser relacionado à respiração PEP e à aplicação do VRPI-Dessitin. 2) Estenose expiratória Por intermédio do uso de uma estenose expiratória artificial mantém-se a pressão interna, evitando o colabamento bronquial. Este é o princípio do freio labial, da respiração PEP e do VRPI-Desitin. 3) Oscilações A sequência rápida de oscilações de pressão, que encontramos no VRPI- Desitin na subida e descida da bola de metal, provoca rápidas oscilações do calibre bronquial no mesmo ritmo. Além disso, a constante variação do fluxo, ora turbulento, ora linear, provocam o fenômeno “stop and go”, auxiliando o deslocamento do muco do epitélio bronquial. 4) Mudança de decúbito Pela ação da gravidade a irrigação sanguínea é mais intensa na base dos pulmões, enquanto que as partes superiores apresentam melhor troca de ar. Por 170 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação O processo inflamatório crônico pode produzir alterações dos brônquios (bronquite crônica), bronquíolos (bronquiolite obstrutiva) e da estrutura pulmonar — parênquima (enfisema pulmonar). Às duas formas mais comum de DPOC são a Bronquite Crônica e o Enfisema Pulmonar que apesar dessas doenças estarem habitualmente presentes no mesmo paciente, podendo predominar os sintomas de uma ou outra, dificilmente encontradas na sua forma “pura”. Na bronquite crônica a passagem do ar (brônquios) está inflamada, com aumento da produção de muco pelas glândulas, causando tosse, catarro e mal estar ao longo de anos. No enfisema pulmonar, os alvéolos pulmonares são paulatinamente destruídos pelo cigarro e sua cicatriz leva a uma perda da elasticidade pulmonar dificultando a respiração. Aos poucos vão se formando grandes espaços aéreos decorrentes da destruição da árvore brônquica e alvéolos, reduzindo a capacidade de troca de ar normal (a troca de oxigênio por gás carbônico). Como resultado, a respiração torna-se cansada e ineficiente, levando a uma de falta de ar persistente (dispneia). A prevalência da DPOC, segundo a ALAT — Associação Latino-Americana de Tórax, é de 6 a 15,8% da população com idade igual ou superior a 40 anos. Em 2004 foi a 5º maior causa de internação no sistema público de saúde no Brasil (196.698 internações) e com gasto aproximado de 72 milhões de reais. A taxa de mortalidade subiu de 7.88 em cada 100.000 habitantes na década de 80 para 19,04 em cada 100.000 habitantes na década de 90 (340% de aumento). Oscila entre a 4º e 7º causa de morte no Brasil. Os fatores de risco para a bronquite crônica e o enfisema pulmonar incluem: o Fatores externos: 173 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação . O tabagismo (a prática de fumar); . Exposição aos irritantes no ar conhecidos específicos ou substâncias químicas nocivas (cola, mercúrio, pó de carvão e sulfeto de hidrogênio); . Exposição à poluição (níveis altos de dióxido de enxofre e particulatos — partículas suspensas no ar); . Exposição nos locais de trabalho a produtos orgânicos no ar ou gases tóxicos, especialmente em moinhos de algodão e em industriais de plantas artificiais (plástico); . Fumaça de lenha; . Infecções respiratórias graves na infância; . Problemas respiratórios frequentes, . Dia a dia compartilhado com um fumante (exposição secundária ao fumo); . Condição socioeconômica. o | Fatores individuais: . Deficiência de alphai-antitripsina: É causada por uma mutação genética (herdada) resultante da falta dessa proteína protetora aos pulmões. Em pessoas com esta forma de enfisema, a lesão pulmonar pode aparecer antes dos 30 anos de idade, décadas mais cedo que o começo habitual do enfisema relacionado ao fumo; . Deficiência de glutationa transferase; . Alfa-1 antiquimotripsina; . Hiper-responsividade brônquica; . Desnutrição; . Prematuridade. 174 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ > Portal Educação ERC: Doença Pusmonar Obsitisa trica 1 E Disponível em: <http:/Jegal-anatomical.medicalillustration.com>. Acesso em: 12 de Março de 2009. Pessoas com DPOC têm geralmente sintomas de bronquite crônica e de enfisema pulmonar. Bronquite crônica: o Tosse com catarro matutina (é o sintoma mais encontrado): pode preceder a falta de ar ou aparecer simultaneamente; o | Persistência e progressão da tosse ao longo do dia e não somente no inverno, mas ao longo do ano, com crescente produção de muco; o Faltadear; o — Cianose (uma cor azulada na pele — em razão à falta de oxigênio); o — Taquipneia (respiração rápida); 175 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação de hospitalizações, aumentar a tolerância aos exercícios, ajudar a aliviar a insuficiência cardíaca, melhorar a função mental e o humor; o Transplantes pulmonares ou transplantes de coração-pulmão - Transplantes são considerados em casos selecionados de DPOC severa. . HIPERTENSÃO PULMONAR A hipertensão arterial pulmonar (HAP) compreende um conjunto de doenças que têm achados patológicos comuns, porém apresentam diferenças fisiopatológicas e prognósticas. Hemodinamicamente define-se por: Pressão média de artéria pulmonar > 25mmHg em repouso; ou Pressão média de artéria pulmonar > 30 mmHg durante exercício, com pressão de oclusão de artéria pulmonar ou pressão de átrio esquerdo menor que 15 mmHg, medidas por meio de cateterismo cardíaco direito. A hipertensão pulmonar também pode ser identificada pelo ecocardiograma por intermédio da estimativa da pressão sistólica da artéria pulmonar, calculada a partir da velocidade regurgitação tricúspide e da pressão de átrio direito. Pacientes com infecção pelo vírus HIV e pacientes com hipertensão portal também apresentam maior chance de desenvolver HAP. A incidência de HAP entre os pacientes com o vírus HIV é estimada em torno de 0,5% e o prognóstico melhora com a redução da carga viral. Já nos pacientes com hipertensão portal, a prevalência é de cerca de 0,6% a 2%, e entre os candidatos a transplante hepático chega a 8,5%. 178 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores > Portal Educação Disponível em: <hitp:/Avww.bibliomed.com.br>. Acesso em: 12 de Março de 2009. O arsenal terapêutico disponível para o tratamento da HAP apresentou um desenvolvimento extremamente significativo a partir da década de 1990, quando novas drogas foram desenvolvidas tendo como base a fisiopatologia da doença. A vasoconstrição, o remodelamento da parede dos vasos pulmonares e a trombose in situ são fatores envolvidos no aumento da resistência vascular pulmonar na HAP. Porém, acredita-se que o remodelamento vascular pulmonar seja o principal determinante da patogenia e da evolução da HAP. EEE LITE Disponível em: <http:/Awww.actelion.com.br>. Acesso em: 12 de Março de 2009. 179 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ > Portal Educação Hipertensão Arterial Pulmonar: características histopatológicas Disponível em: <http:/Awww.hipertensaopulmonar.com.br>. Acesso em: 12 de Março de 2009. Investigar a gravidade da hipertensão arterial pulmonar é essencial para a seleção da terapia adotada. O prognóstico dos pacientes pode ser inferido a partir de dados preditores de mortalidade. Não existe consenso quanto à forma ideal de se seguir os pacientes portadores de HAP, no entanto ressalta-se a necessidade de avaliação contínua desses pacientes ao longo de todo o período de tratamento, a fim de se identificar precocemente quaisquer sinais de deterioração. Enquanto o real papel dos diversos marcadores não está estabelecido, recomenda-se a realização do teste de caminhada de seis minutos como monitoração básica dos pacientes frente ao tratamento instituído. 180 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação Disponível em: <http://www.geocities.com>. Acesso em: 12 de Março de 2009. . TUBERCULOSE Doença infectocontagiosa causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas, também podem ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro). Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK). Outras espécies de micobactérias também podem causar a tuberculose. São elas: Mycobacterium bovis, africanum e microti. Alguns pacientes não exibem nenhum indício da doença, outros apresentam sintomas aparentemente simples que são ignorados durante alguns anos (ou meses). Contudo, na maioria dos infectados, os sinais e sintomas mais frequentemente descritos são: tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue, cansaço excessivo, febre baixa geralmente à tarde, sudorese noturna, falta de apetite, palidez, emagrecimento acentuado, rouquidão, fraqueza e prostração. Os casos graves apresentam dificuldade na respiração; eliminação de grande quantidade de sangue, colapso do pulmão e 183 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Portal Educação acúmulo de pus na pleura (membrana que reveste o pulmão) - se houver comprometimento dessa membrana, pode ocorrer dor torácica. A transmissão é direta, de pessoa a pessoa, portanto, a aglomeração de pessoas é o principal fator de transmissão. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contém o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo contaminando-o. Má alimentação, falta de higiene, tabagismo, alcoolismo ou qualquer outro fator que gere baixa resistência orgânica, também favorece o estabelecimento da doença. aro RES E ih | Disponível em: <http://epcpalmas files. wordpress.com>. Acesso em: 12 de Março de 2009. O tratamento à base de antibióticos é 100% eficaz, no entanto, não pode haver abandono. A cura leva seis meses, mas muitas vezes o paciente não recebe o devido esclarecimento e acaba desistindo antes do tempo. Para evitar o abandono 184 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ > Portal Educação do tratamento é importante que o paciente seja acompanhado por equipes com médicos, enfermeiros, assistentes sociais e visitadores devidamente preparados. Para prevenir a doença é necessário imunizar as crianças com a vacina BCG. Crianças soropositivas ou recém-nascidas que apresentam sinais ou sintomas de AIDS não devem receber a vacina. A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, e não utilizar objetos de pessoas contaminadas. Disponível em: <http:/Awww .fortunecity.com>. Acesso em: 12 de Março de 2009. e — HEMOTÓRAX É a presença de sangue na cavidade pleural resultante de lesões do parênquima pulmonar, de vasos da parede torácica ou de grandes vasos como aorta, artéria subclávia, artéria pulmonar ou mesmo do coração. Apesar de na maioria dos doentes a presença do hemotórax não significar uma lesão extremamente grave, todo doente traumatizado com derrame pleural supostamente hemorrágico, deve ser encarado e acompanhado como um doente potencialmente 185 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação pleura, uma laceração do pulmão pela compressão aguda do tórax, ou uma espícula óssea, de uma costela fraturada, perfurando o pulmão. Se houver fístula de parênquima pulmonar com mecanismo valvulado o pneumotórax pode se tornar hipertensivo com desvio do mediastino para o lado contralateral, com torção das veias cavas e choque e se não for rapidamente tratado pode levar à morte. Diagnóstico: o —Dispneia (relacionada ao grau de compressão do parênquima pulmonar); o — Abaulamento do hemitórax afetado (mais nítido em crianças); o — Hipertimpanismo à percussão; o Ausência ou diminuição do murmúrio vesicular; o — Nos casos de pneumotórax hipertensivo, aparecem sinais de choque com pressão venosa alta (estase jugular); o Radiografia de tórax revela a linha de pleura visceral afastada do gradeado costal. Julgamos importante lembrar que quando o paciente estiver com condição clínica desfavorável (principalmente se com sinais de pneumotórax hipertensivo), deve-se instituir a terapêutica sem os exames radiológicos, apenas com os dados do exame físico. Radiograma de pneumotórax hipertensivo, meramente ilustrativa mostrando o risco que corre o paciente. Disponível em: <hittp://www.unifesp.br>. Acesso em: 12 de Março de 2009. 188 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação Na dúvida, pode-se realizar a punção pleural com seringa contendo líquido, o que confirma o diagnóstico. Conduta: . Drenagem pleural sob selo d'água no 6º ou 7º espaço intercostal na linha axilar média, com dreno tubular multiperfurado. Nos casos de pneumotórax traumático recomendamos sempre a drenagem em espaços baixos e laterais nunca nos primeiros espaços e anteriores, pois no trauma o pneumotórax se associa com grande frequência ao hemotórax; . Após a drenagem pleural sob selo d'água notaremos um borbulhamento pelo dreno, o qual poderá continuar nos casos de persistência de extravasamento de ar pelo parênquima pulmonar (fístula de parênquima). Habitualmente esse borbulhamento para espontaneamente. Para ajudar no fechamento dessa fístula e melhorar a expansão pulmonar podemos utilizar a aspiração contínua com pressão de 10 a 20 cm de água. Se o borbulhamento persistir por um período prolongado (acima de 10 dias) indicamos a cirurgia para a sutura do pulmão a qual poderá ser realizada por toracotomia ou por cirurgia videoassistida; . A ocorrência de fístula broncopleural com borbulhamento intenso à respiração, acompanhada de enfisema subcutâneo e insuficiência respiratória, levanta a suspeita de ruptura traqueobrônquica e obriga a investigação com fibrobroncoscopia e caso confirmada, a toracotomia deve ser imediata. . PNEUMOTÓRAX ABERTO Situação em que há perda de substância na parede torácica comunicando o meio externo e a cavidade pleural. Ocorre pneumotórax imediato, balanço do mediastino e ar pêndulo, podendo levar à instabilidade súbita da mecânica 189 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação respiratória e, caso a conduta não seja realizada imediatamente, a morte do paciente poderá ocorrer. Diagnóstico Apenas pela inspeção, observando-se a lesão na parede torácica e ouvindo- se o ruído do ar entrando e saindo pelo orifício torácico, conforme a inspiração e expiração. Conduta Oclusão imediata do orifício na parede do tórax, transformando o pneumotórax aberto em fechado. A seguir procede-se à drenagem pleural por outra via que não o ferimento, que deverá ser desbridado e suturado. Cuidados de Enfermagem: 1) Aspiração; 2) Posição de fowler com pernas e pés mais baixos que o resto do corpo; 3) Observar sinais sudorese, náuseas e vômitos; ) ) ) 4) Oxigenação (administração de O2 a 100% por meio de máscara facial); 5) Controle de sinais vitais; 6) Apoio psicológico; 7) Administração dos medicamentos solicitados pelo médico. PRESCRIÇÕES GERAIS DE ENFERMAGEM PARA O PACIENTE COM PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO SISTEMA RESPIRATÓRIO: . Manter uma via aérea permeável; . Promover o conforto; . Promover o conhecimento do paciente; 190 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação do nebulizador de cada vez que este é cheio de novo, ou pelo menos a intervalos de 24 horas. - Fazer penso do estoma conforme norma do serviço. 2-Assegurar adequada ventilação e oxigenação PRODECIMENTOS FUNDAMENTOS - Vigilância das - Assegurar que o doente está a saturações de 02. ventilar bem. - Vigiar frequências - Obter máxima ventilação e respiratórias e expansão torácica que | perfusão pulmonar, prevenindo também deverá ser simétrica. as úlceras de pressão. - Posicionar o doente de duas em duas horas ou de três em Para que não haja fuga de ar três horas se doente inconsciente. entre o estoma e a cânula. - Proporcionar segurança e conforto. - O cuff deve ser insuflado caso seja necessário ambuzar o doente. 193 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação 3-Proporcionar frequentes cuidados à boca As secreções têm tendência a acumular-se na boca e na faringe. PROCEDIMENTOS FUNDAMENTOS - Fazer da cuidadosa aspiração orofaringe quando necessário. - Inspecionar os lábios, a língua e a cavidade oral regularmente. - Limpar a cavidade oral - Aplicar vaselina ou qualquer outro lubrificante nos lábios Melhorar o conforto do doente, removendo as secreções que se tenham acumulado num acesso de tosse. - Proporcionar higiene oral ao doente e hidratação oral e lábios. 4-Minimizar as dificuldades resultantes da privação da fala. PROCEDIMENTOS FUNDAMENTOS - Estabelecer um método de comunicação aceitável. - Organizar as perguntas, de modo que o doente possa responder com um simples «sim» ou «não», acenar de cabeça ou por movimentos das mãos. 194 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação - Se o doente sabe - Estabelecer uma boa escrever, incentivá-lo a escrever num | comunicação com o doente, de papel para se comunicar. maneira que ele fique menos - Conversar com o doente e explicar-lhe todas as atividades - Encorajar a família e os amigos a falarem com o doente. - Ter sempre a campainha ao alcance do doente. - Orientar com frequência o doente. - Repetir com insistência que a capacidade de falar regressará quando a cânula for retirada. apreensivo em relação ao seu estado, de forma que possamos entendê-lo melhor. - Ajudar o doente a orientar-se no espaço e no tempo. 5-Manter o equilíbrio nutricional. O doente com cânula de traqueostomia é geralmente capaz de deglutir e de fazer uma ingestão oral normal, exceto no caso de o doente estar inconsciente, tendo que ser alimentado por SNG. 195 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
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