Enfermagem e Medicina

Revista hemo/6-2009
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HEMO Ano 2 - Nº 6 - outubro/novembro/dezembro - 2008

AIDS aos 50 anos
Brasil Cord Miscigenada como os brasileiros
Filhos do coraçãoSangue e culinária
HEMO EM REVISTA 3outubro/novembro/dezembro índice
Editorial | 6 |
Diretoria SBHH | 7 |
Destaque | 8 |
Reportagem | 12 |
Hemo 2008 | 14 |
Gastronomia | 24 |
Especial | 30 |
Educação | 34 |
Comportamento | 38 |
Panorama | 42 |
Terceiro Setor | 46 |
Cultura | 50 |
História | 58 |
Giro pela Hemoterapia | 60 |
Aconteceu | 64 |
seção 46 destaque cultura terceiro setor
Histórias de um professor
Dr. Roberto Passetto Falcão conta sua trajetória na Hematologia
Museu do Futebol
O esporte que virou paixão nacional tem novo endereço
Há 17 anos instituição transforma vidas de crianças e adolescentes com câncer
Jornalista responsável: Roberto Souza (Mtb 1.408) Editor: Fábio Berklian | Subeditora: Lilian Burgardt Reportagem: Daniela Guerra / Lilian Burgardt / Renata Costa / Tatiana Almeida / Thiago Bento | Revisão: Renata Costa Fluxo de anúncios: Caroline Frigene | Projeto gráfico: RS PRESS Editora / Sidney João de Oliveira | Editor de Arte: Sidney João de Oliveira | Diagramação: Leonardo Fial / Gabriel Rabesco
HEMOHEMOÉ uma publicação trimestral da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH) distribuída gratuitamente para médicos. O conteúdo dos artigos assinados é de inteira responsabilidade de seus autores e não representa necessariamente a opinião da ABHH. Tiragem: 5.0 exemplares
editorial
6 HEMO EM REVISTA outubro/novembro/dezembro
Tempo de renovação
OS BONS RESULTADOS DO HEMO 2008 e as novas perspectivas que se abrem com a criação da AssociaçãoBrasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH) ampliam os horizontes e mostram que agora o tempo é de renovação.
Ao passo que a Sociedade Brasileira de Hematologia e
Hemoterapia (SBHH) e o Colégio Brasileiro de Hematologia (CBH) se fundem e projetam uma nova realidade, o setor demonstra profundas transformações cuja dimensão atinge desde os jovens profissionais, como quem há tempos batalha pela área e já é parte da história da hematologia e hemoterapia no país.
A consolidação dos bancos de sangue de cordão umbilical é outra novidade que promete expressiva modificação no setor e, conseqüentemente, ganhou espaço nesta edição da Hemo emRevista.E já que estamos falando de mudanças, a editoria “Educação” aproveita o ensejo e traz à tona os desafios da pós-graduação na especialidade, tanto para a formação de especialistas como de pesquisadores.
Como o mês de dezembro marca o dia internacional de combate à AIDS não podíamos deixar o tema de fora desta edição, especialmente no momento em que o Ministério da Saúde promove mudanças na campanha de conscientização tendo agora como público-alvo homens acima dos 50 anos, faixa etária em que cresceu nos últimos 10 anos o número de infectados. Você confere o assunto na seção “Especial” de Hemo em Revista.
Uma boa leitura! O EDITOR diretoria
João Pedro Marques Pereira Diretor de EventosNelson Spector Vice-diretor de Eventos
Sergio Barroca Mesiano Diretor de Defesa de ClasseSilvia Maria Meira Magalhães Vice-diretora de Defesa de Classe
Marília Álvares Rugani Diretora de Comunicações
Cármino Antonio de Souza Diretor Científico
Fernando Ferreira Costa Vice-diretor Científico
João Carlos Pina Saraiva Diretor Financeiro
Dimas Tadeu Covas Vice-diretor Financeiro
Dante Langhi Junior Diretor AdministrativoEduardo Magalhães Rego Vice-diretor Administrativo
HEMO EM rEvista 7outubro/novembro/dezembro
Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia
Diretoria
Carlos Sérgio Chiattone PresidenteJosé Orlando Bordin Vice-Presidente destaque
8 HEMO EM rEvista
Lições de mestre
O professor Roberto Passetto Falcão acredita que o educador se realiza por quem forma. Por isso, além das conquistas individuais na carreira, se orgulha de ter ensinado grandes nomes da especialidade
TaTiana almeida
A admiração por um professor despertou a curiosidade do hematologista Roberto Passetto Falcão pela especialidade e pela arte de ensinar. Hoje, além de ser referência na hematologia graças à vasta experiência que tem na bagagem, o jovem que aos 18 anos já ministrava aulas em cursinho ocupa o cargo de professor titular de clínica médica e hematologia da faculdade de medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP).
Além da sala de aula, diagnosticar é outra de suas paixões, atividade que Passetto também exerce como supervisor e coordenador do laboratório de hematologia do hospital
RobeRto Passetto Falcão outubro/novembro/dezembro
HEMO EM rEvista 9 destaque das clínicas da instituição. Um dos grandes especialistas em anemia aplástica, linfócitos e doenças mielo e linfoproliferativas, o médico ainda contribuiu para a literatura hematológica com 140 estudos publicados em veículos científicos nacionais e internacionais, além de ter criado uma linha de pesquisa própria.
O hematologista também já esteve à frente do Colégio Brasileiro de Hematologia (CBH) entre 1997 e 2005, fase em que lutou por ideais e conquistas para a área como a que acabou de presenciar no último mês de outubro, a tão esperada fusão da SBHH/CBH e a consolidação de uma entidade única na especialidade: a Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH).
Em entrevista, o carismático Dr. Passetto falou sobre sua vida, seus valores e, claro, do significado da palavra “professor” para quem desde cedo encarou a hematologia como uma lição a ser passada adiante mesmo perante inúmeros desafios. Determinado, quando é questionado se em algum momento pensou em desistir, a resposta vem acompanhada de um largo sorriso: “desistir jamais”.
Hemo em Revista - Como surgiu seu interesse pela área médica?
Dr. Roberto Passetto Falcão - Houve uma época em que pensei ser jornalista e, na realidade, fui quando jovem. Escrevia para um jornal de esportes em Araraquara, minha cidade natal, porém a atividade era muito mal remunerada. Como naquele tempo existiam poucas grandes áreas de especialização - direito, engenharia, medicina, odontologia e farmácia - minha opção foi medicina.
Hemo - Houve algo ou alguém que o influenciou nessa decisão?
Dr. Passetto - Quando tinha entre sete e oito anos de idade, minha mãe teve câncer de mama e foi tratada por um dos fundadores do Hospital do Câncer, o Dr. Antônio Prudente. É difícil estabelecer o porquê do interesse pela medicina, mas acredito que este médico - profissional de extrema qualidade - despertou meu interesse pela área.
Hemo – Em qual instituição cursou a graduação?
Dr. Passetto - Tinha duas opções ou fazia medicina em São Paulo ou em Ribeirão Preto. Como Ribeirão era a cidade mais próxima de Araraquara e a faculdade “um braço” da USP no interior voltado à pesquisa, optei por esse destino. Além de ter uma excelente reputação, os professores da instituição trabalhavam em regime de dedicação exclusiva, o que me interessava. Concluí a graduação em 1966.
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