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ESTÃO
e
e
Sumário
Apresentação | 5
Introdução | 7
A Transformação do Ambiente Natural em Urbano |g
Os Benefícios da Arborização | 10
Redução da Temperatura |10
Redução da Poluição Urbana | 10
Redução dos Ruídos | 10
O Quanto Vale uma Árvore | 11
Quais Espécies Utilizar | 12
Espécies a Utilizar para Redução da Poluição | 12
Espécies a Utilizar em Estacionamentos | 14
Canteiros Centrais [15
Corredores de Fauna | 16
Espécies Nativas do Rio Grande do Sula Utilizar em Arborização Urbana | 17
Espécies Nativas de Pequeno Porte |18
Espécies Nativas de Médio Porte | 20
Espécies Nativas de Grande Porte | 22
Palmeiras Nativas do Rio Grande do Sul para Uso em Arborização | 25
Espécies que não Devem ser Utilizadas | 26
Plantio | 27
Parâmetros para Implantação de Arborização em Calçadas | 28
Como Realizar a Poda 30
Poda de Formação | 31
Poda de Manutenção | 31
Poda de Segurança | 32
Dendrocirurgia | 35
Destino dos Resíduos da Poda | 35
AVisão e os Benefícios do Manejo Integrado | 37
Legislação | 38
Referências Bibliográficas | 39
Ficha Técnica l so
A Transformação do Ambiente Natural em Urbano |
Antes da existência dos centros urbanos, onde hoje eles se erguem, o
ambiente era composto por florestas, campos e cursos d'água. Em conjunto
e convivendo harmoniosamente com a vegetação, a água e outros elementos
naturais, existiam inúmeros animais silvestres.
Atualmente, a maioria da população mora em
cidades, obedecendo a um movimento de
concentração que somente tende a crescer.
Isto acarretou algumas modificações ao
sistema natural, como a impermeabilização do
solo por pavimentação e construções, a
utilização maciça de materiais como concreto,
vidro, ferro, asfalto e cerâmica, a redução
drástica da cobertura vegetal e o aumento da
poluição atmosférica, hídrica, visuale sonora.
Como consegiiência, o padrão do ambiente urbano tornou-se muito inferior
àquele necessário para dar condições de vida humana mais adequadas.
Entretanto, se o processo de urbanização é
irreversível, o que se deve buscar é tornar este
ambiente urbano o mais próximo possível do
ambiente natural, compatibilizando o
desenvolvimento com a preservação
ambiental e proporcionando uma melhor
qualidade de vida à população do município.
Os Benefícios da Arborização o
Arborizar uma cidade não significa apenas plantar árvores em ruas, jardins e praças, criar áreas verdes de
recreação pública e proteger áreas verdes particulares. Além disso, a arborização deve atingir objetivos de
ornamentação, melhoria microclimática e diminuição da poluição, entre outros, como se pode verificar a
seguir.
Redução da Temperatura
As árvores e outros vegetais interceptam, refletem, absorvem e transmitem
radiação solar, melhorando a temperatura do ar no ambiente urbano. No
entanto, a eficiência do processo depende das caracteristicas da espécie
utilizada, tais como a forma da folha, a densidade foliar e o tipo de
ramificação.
O vento também afeta o conforto humano e seu efeito pode ser positivo ou
negativo, dependendo grandemente da presença de vegetação urbana.
No verão, a ação do vento, retirando as moléculas de água transpiradas
por homens e árvores, aumenta a evaporação. No inverno, significa um
aumento do resfriamento do ar.
Redução da Poluição Urbana
As árvores no ambiente urbano têm considerável potencial de remoção de
partículas e gases poluentes da atmosfera. No entanto, a capacidade de
retenção ou tolerância a poluentes varia entre espécies e mesmo entre
indivíduos da mesma espécie.
Algumas árvores têm a capacidade de filtrar compostos químicos poluentes,
como o dióxido de enxofre (SO ), o ozônio (O ) eo flúor.
Mesmo considerando-se que as árvores podem agir com eficiência para
minimizar os efeitos da poluição, isso só será possivel por meio da utilização
de espécies tolerantes ou resistentes. Os danos provocados pela poluição
atmosférica podem ser muito significativos, dependendo principalmente
das espécies utilizadas e dos indices de poluição.
Redução dos Ruídos
O nível de ruído excessivo nas cidades, provocado pelo tráfego de veículos
e por diversas outras fontes, afeta psicológica e fisicamente as pessoas.
A presença das árvores reduz os níveis da poluição sonora ao impedir que
os ruídos e barulhos fiquem refletindo continuamente nas paredes das casas
e edifícios, causando uma sensação de um som permanente, similar ao
que sentimos ao falar numa sala vazia, sem móveis. Isto é, as árvores e
suas folhas contribuem para absorver a energia sonora fazendo com que
os sons emitidos desapareçam rapidamente.
O Quanto Vale uma Árvore
Pode-se atribuir às árvores um valor sentimental, cultural ou histórico.
Alguns deles são valores subjetivos, difíceis, portanto, de quantificar. A
maioria das pessoas considera o fator estético como o principal valor da
arborização urbana, em virtude da aparência das árvores ser direta e
imediatamente perceptível, ao contrário dos demais benefícios.
As alterações que as árvores sofrem em função das estações do ano fazem
com que estas se apresentem ora com flores, ora com folhas ou sem folhas.
Estas modificações são importantes pela renovação da paisagem urbana.
Elementos como textura, estrutura, forma e cor, inerentes às árvores,
alteram o aspecto da cidade, quebrando a monotonia e a frieza típica das
construções.
Outras qualidades que podem ser atribuídas às árvores urbanas são seu
poder de interferir em microclimas e de reduzir a poluição, os ruídos e a
temperatura. A estes atributos, associam-se as
contribuições sociais, que podem ser definidas
como a saúde física e mental do homem, as
opções de recreação propiciadas pela
arborização e o aumento do valor das
propriedades em função da existência de
árvores ou áreas verdes.
Por este conjunto de razões, é difícil estimar
quanto vale uma árvore, mas a Associação
Americana dos Engenheiros Florestais realizou
um estudo comparativo que chegou a um
valor estimado de US$ 273/árvore/ano.
Considerando-se um tempo de vida de
so anos e umataxa de juros de 5% ao
ano, o valor de uma árvore urbana
chega à incrível marca de US$ 57.151.
Embora possam ser discutiveis estes
valores, os custos de produção e
manutenção de uma árvore somados
aos seus custos ambientais
poderão servir de bases para
aplicação de multas pelas
prefeituras.
A seguir, apresenta-se tabelas com a denominação de espécies indicadas para a redução da poluição:
Pequeno Porte com Folhagem Permanente
[Ceia rio Nome científico EE uefa ETo
Quaresmeira Tibouchina granulosa Pivotante
Quaresmeira —Tibouchinasellowiana Pivotante
Chalchal Allophylus edulis | Pivotante
“Araçã CO Psidium cattleyanum CC Pivotante
Chuva-de-ouro o Cassia multijuga — Pivotante
Médio Porte com Folhagem Semi-caduca
Nome comum Nome científico Sistema radicular
Guabiroba-de-folha-miúda Campomanesig rhombea Fasciculado
cocão Enythroxylum argentinum Fasciculado
Manaça-da-serra Tibouchina mutabilis Pivotante
Vitex montevidensis Pivotante
Tarumã-preta
. “Feijoa sellowiana o Pivotante
“Goiabeira-da-serra
Médio Porte com Folhagem Permanente
Nome comum [Pu teR a es efi tao) Sistema radicular
Goiabeir. Psidium guayava Pivotante
Sibipirun Coesalpinia peitophoroides o Pivotante
Grande Porte com Folhagem Semi-caduca
Nome comum Nome científico Sistema radicular
Guabiroba Campomanesia xanthocarpa Fasciculado
Cam boatá-vermelho o Cupania vernalis o = Pivotante
Maria-preta Diospyrus inconstans Fasciculado
“Camboatá-branco Matayba elacagnoides o Fasciculado
Grande Porte com Folhagem Permanente
[a Cet ut
Nome científico Sistema radicular
— Suajuvira Patagonula americana Pivotante
Aguai Pouteria gardneriana | Pivotante
Aguai-folha-de-salso Pouteria salicifolia Pivotante
— Catiguá Trichiliaclauseni Pivotante
Açoita-cavalo — Luehea divaricata | Fasciculado o
o Louro-preto Chordia ecalyculata Pivotante
louro Chordiatrichotoma Pivotante
“Caroba o Jacarandamicrantha Fasciculado | o
Espécies a Utilizar em Estacionamentos
Se q objetivo é arborizar locais de estacionamento de veículos, deve-se
utilizar espécies que proporcionem sombra, mas que não tenham frutos
grandes, que possam causar danos aos veículos, folhas caducas de grande
tamanho e outras características que dificultem o trânsito dos veículos.
Para estacionamentos, são indicadas as espécies abaixo:
Nome comum Nome científico Persistência foliar
Açoita-cavalo Luehea divaricata Co Caducifólia
Melua Senna multijuga Caducifólia
- Angelim-bravo * Lonchocarpus campestris Caducifólia
Angico-vermelho Porapiptadenia rigida Semi- caducifólia
“Aroeira-pririquita Schinusmolle Perenifólia
Bartimão “Cassia leptophylla Perenifólia
Camboatá- vermelho Cupania vemalis “ Perenifólia
o Canafístula Peltophorum dubium | Perenifólia
Canela-amarela o — Nectranda rigida o Es aê fólia
Canela-do-brejo Machaerium stipitatum. Perenifólia
“ Canela-ferrugem Nectrandarigida Caducifólia
Capororoca Rapanea umbellata o Perenifólia
*Came-de-vaca Styraxleprosus Perenifólia
“Carvalho-brasileiro o “Roupala brasiliensis Caducifólia
mM Catiguá — Trichilioclausenil Perenifólia
Cedro Cedrella fissis Cad ucifólia
“Corticeira-da- serra. — Erythrinafalcota Caducifólia
o Grápia Apuleialeiocapa — — Caducifólia —
Guaj uvira * Patagonula americana Caducifólia
Ingá- -fe ijão O Inga marginata Perenifólia
Ingá- macaco | o Inga sessilis CC Perenifólia
o o Ingazeiro o * Lonchocarpus sericeus Perenifólia
Marmeleiro- do» mato Ruprechtia laxiflora o “Caducifólia
— Paubrasil — Coesalpiniaechinata — perenifólia
— Pauferro Caesalpinia ferrea Caducifólia
Quaresmeira Tibouchina granulosa * Perenifólia
— Rabo- de-bugia “Lonchocarpus muehibergiana Perenifólia
— Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides Perenitólia
Timbó. Ateleia glazioviana o Perenifólia
Canteiros Centrais
Na arborização de canteiros centrais pode-se utilizar espécies de grande porte, se o canteiro tiver grandes.
dimensões (mais de q metros de largura), ou então espécies colunares, como as palmeiras. Estas últimas
se apresentam de forma adequada para este fim, além de servirem como referência aos condutores de
automóveis. Sempre que possível, deve-se utilizar espécies nativas, mas se estas não estiverem
disponíveis, pode-se utilizar espécies exóticas adaptadas.
Parâmetros para Implantação de Arborização em Canteiros Centrais
* Quando se tratar de
palmeiras
Largura E
— 2metros ER
— 2metros — som
2 a 3 metros o — sem
2a ametros | com
Aramevo em
“3a 4 metros com
4 metros | sem
me com.
Palmeiras para Uso em Arborização
Euro Nome científico
Local de plantio
Calçadas e/ou
Canteiros Centrais
Palmeira-real- da- Austrália
B utiazeiro
Tamareira
Robeline
“Palmeira imperial
* Gerivá
“Palmeira cabeluda
Buriti. palito
* Tamareira-das-canárias
Espécie
Porte (P,M,G) Sistema Radicular
no PO Pivotante
PMMG Pivotante
IR o o Pivotante
E Pivotante/ |Fasciculado*
P Pivotante
PM “Pivotante/Fasciculado
P,M,G Pivotante/ Fasciculado
Archanophoenix cunninghamiana
Butia capiata
Phoenix canariensis
Phoenix dactylifera —
* Phoenix roebelinii
Roystonea oleracea
Sabal | plametto
Trithrinax brasiliensis
* Washingtonia robusta
Goiabeira
Psidium guayava
MYRTACEAE
setembro novembro
Semidecidua
Aroeira-periquita
Sehinus molle
ANACARDIACEAE
setembro /novembro
Perene
Aroeira-vermelha
Sechinus molle
ANACARDIACEAE
agosto /novembro
Perene
Camboim
Myrciaria tenella
MYRTACEAE
novembro /dezembro
Semidecídua
Espécies Nativas de Pequeno Porte
Angiquinho
Calliandra selloi
MIMOSACEAE
todo o ano
Perene
Ipê-amarelo
Tabebuia chrysotrica
BIGNONIACEAE
agosto setembro
Decídua
Corticeira-do-banhado
Erythrina cristagalli
PAPILHONOIDEAE
setembro /dezembro
Decídua
Pitangueira
Eugenia uniflora
MYRTACEAE
agosto /novembro
Semidecidua
Caúna
Hex brevicuspis
AQUIFOLIACEAE
setembro janeiro
Perene
Araçá
Psidium cattleyanum
MYRTACEAE
junho /dezembro
Semidecídua
Cancorosa
Prunus sellowii
CELESTRACEAE
setembro/janeiro
Perene
Chal-chal
Allophylus edulis
SAPINDACEAE
novembro / dezembro
Semidecidua
Espécies Nativas de Médio Porte
Açoita-cavalo
Luehea divaricata
TILIACEAE
novembro /dezembro
Semidecidua
Timbaúva
Enterolobium contortisiliguum
MIMOSOIDEAE
setembro/novembro
Decídua
Guajuvira
Patagonula americana
BORAGINACEAE
setembro /novembro
Decidua
Canela-amarela
Nectandra lanceolata
LAURACEAE
setembro/ dezembro
Semidecidua
Canela-do-brejo
Nectandra leucothyrsus
LAURACEAE
janeiro /abril
Perene
Guapuruvu
Schizolobium parahyba
CAESALPINOIDEAE
agosto /novembro
Decídua
Pinheiro
Araucaria angustifolia
ARAUCARIACEAE
setembro /outubro
Perene
Jaboticabeira
Myrciaria trunciflora
MYRTACEA
janeiro /fevereiro
Perene
Podocarpus
Podocarpus lombertii
PODOCARPACEAE
setembro /outubro
Perene
Paineira
Chorisia speciosa
BOMBACACEAE
dezembro abril
Decidua
Palmeiras Nativas do Rio Grande do Sul para Uso em Arborização
Butiazeiro
Butia eriospatha
PALMAE
outubro /janeiro
Perene
Gerivá Palmito
Syagrus romanzoffianum Euterpe edulis
PALMAE PALMAE
setembro/março setembro/outubro
Perene Perene
Ruas e passeios estreitos:
*Não se deve arborizar.
“Se houver afastamento entre a
construção e o passeio, plantar
dentro do lote, com autorização
do proprietário.
“Escolher sempre as espécies de
pequeno porte.
Ruas estreitas com passeios
médios:
“Plantar apenas do lado onde não
houver fios.
“Plantar espécies de porte médio.
Ruas largas e passeios estreitos:
“Plantar apenas do lado onde não
houver fios, a 50 cm fora do
passeio.
“Plantar espécies de pequeno
porte.
Ruas estreitas e passeios largos:
“No lado com fios plantar
espécies de pequeno porte.
“No lado sem fios plantar espécies
de porte médio ou grande.
Ruas largas e passeios largos
com recuo nos dois lados e fiação
elétrica:
* No lado com fios plantar
espécies de pequeno porte.
* No lado sem fios plantar
espécies de grande porte.
Ruas largas, passeios médios:
“No lado sem fios, plantar espécies
de médio ou grande porte.
“No lado com fios, plantar espécies
de pequeno porte.
8.00 2 3.00
7 - Ruas largas e passeios largos
* No lado com fios plantar espécies
de pequeno porte.
* No lado sem fios plantar espécies
de médio ou grande porte.
8 - Ruas largas e passeios largos:
“No lado sem fios, plantar
espécies de médio ou grande
porte.
“No lado com fios, plantar
espécies de pequeno porte.
9 - Ruas largas e passeios largos
sem fiação elétrica:
* Plantar espécies de grande
porte nos dois lados.
(Jo 400
Largura (m)
Menor ou igual
Recuo de Jardim
Rede Aérea
sem
com is
com
sem
com
com
sem
com
Espécie (porte)
não arborizar
pequeno
pequeno
pequeno
pequeno e médio
pequeno
médio e grande —
— pequeno.
peq., médio e grande
pequeno
Como Realizar a Poda
A poda das árvores urbanas é uma prática constante, seja para proporcionar
mais vitalidade às árvores, seja por questões de segurança ou mesmo
simplesmente por estética. Esta prática consiste na retirada de ramos,
galhos ou mesmo de parte das raízes. O período para a realização da poda
no Rio Grande do Sul é o inverno, no período de latência da vegetação, a
menos que a espécie a ser podada seja caducifólia, a qual deverá ser podada
na primavera, pois neste período já recobrou as folhas, o que torna possível
a identificação dos ramos secos, doentes ou danificados.
A prática da poda inicia-se ainda no viveiro, com o objetivo de direcionar o
desenvolvimento da copa contra a tendência natural do modelo
arquitetônico da espécie. Isto é feito para compatibilizar a árvore com os
espaços urbanos ou para promover sua conformação estética. Este tipo de
poda é chamado de poda de formação.
Após alcançado o objetivo da configuração arquitetônica da
MM
“48 copa, as árvores necessitam de cuidados, como a retirada
É Í de galhos secos e a eliminação de focos de fungos
da % a)
ou plantas parasitas. Então, é realizada a poda
a de manutenção.
Mesmo após estes procedimentos podem ocorrer alterações
do ambiente urbano que demandem a realização de outra
modalidade, a poda de segurança, com o objetivo de prevenir
acidentes.
Para entender melhor o processo é preciso imaginar a estrutura de
uma árvore, suas características, como forma da copa, galhos, folhas
e outros. O conhecimento prévio da
arquitetura das espécies que se pretende
utilizar em arborização é fundamental para
DRA j : o seu planejamento, reduzindo os custos
E 2 É de manutenção e melhorando a vitalidade
das árvores.
Espécies Nativas de Médio Porte
Nome comum Nome científico tuas
— Chatchal Allophylusedulis Baixa
Pata-de-vaca Bauhinia candicans Alta
" Gojabeira-da-serra — Feijoa sellowiana l Alta
* Guabiroba-folha-miúda | Campomanesia rhonbea Baixa
— Gussatunga Coscaoponifoo Média
Maria preta Diatenopteryx sorbifia Baixa
Corticeira-do-banhado Erythrina cristagolli Alta
Cocão Erythroxyllum argentinum Média o o
— Uvaia Eugenia puriformis Média
Camboim-de-folha-larga Myrcia multiflora Média
Bacopari o Rheedia gardneriana o Média
Araticum Rollinia silvatica o — Média
Aleluia Senna multijuga alta
Manduirana Senna macrantera Alta
Ipê-rosa Tabebuiaroseo-alba Média
Baixa Manutenção = raramente requer podas de condução
Média Manutenção = requer podas de condução com média frequência
Alta Manutenção = requer podas de condução com muito fregiiência
Espécies Nativas de Grande Porte
Nome comum
Nome científico Manutenção
Albizia Albizia lebeck
Grápia Apuleia leiocarpa
Pinheiro Araucaria angustifolia Ba
Guatambu Aspidosperma parvifolium o
— Timbó o * Ateleia glazioviana
“Canjerana Cabraleia canjerana no
Sibi piruna Coesalpinea peltophoroides
—Guabiroba a * Campomanesia xanthocarpa — “ Baxa
— Embaúba Cercopia catarinensis o
E Cedo * Cedrela fissilis |
TT louro Chordiatichotoma Média
Camboatá vermelho o Cupania vernalis Baixa
Canela do brejo Dalbergia variabilis Média
— Maria preta Diospyros inconstans Baixa
“Corticeira da serra Erythrina falcata Média
Cerejeira Eugeniainvolucrata Baixa
Batinga o “Eugenia rostrifolia CC Ba É
Maria mole Guapira opositae
O Média
Erva-mate Hex paraguariensis Média
Es Ingá feij ijão Inga marginata Alta
Jacarandá, o — Jecaranda mimosifolia Alta
— Açoita-ci cavalo Luehea divaricata Média
“ Camboatá-branco o “Motayba elaegnoides Média
— Guabiju CC Myrciantes pungens Baixa
— Jaboticabeira Co Myrciaria trunciflora Baixa o
Cabruva “Myrocarpus frondosus Média
“Canelas Ocotea spp. e Nectranda spp. Média
— Angico- vermelho * Parapiptadenia rigida Baixa
— Guajuvira o o “Patagonula americana o Alta
“Canafístula Peltophorum dubium Média
o l “Capororoca o Rapanea umbeilata pu Baixa Es
“Carvalho- brasileiro Roupala brasiliensis Média
“Aroeiraperiquita Schinusmolle Alta
Grandiwa — Tremamicranto ata
Baixa Manutenção = raramente requer podas de condução
Média Manutenção = requer podas de condução com média frequência
Alta Manutenção = requer podas de condução com muito frequência
Dendrocirurgia
Como todo ser vivo, a árvore tem mecanismos de defesa para reduzir os riscos de morte total após uma
lesão. Mas, diferentemente dos organismos animais, as árvores não cicatrizam com a substituição das
células afetadas. No tecido vegetal, são processadas alterações químicas e formadas novas células para
recompor a estrutura afetada. Este processo é denominado de compartimentalização.
A compartimentalização é fundamental para a poda, pois evita a degradação da madeira após o corte. É
importante observar que quanto mais ativo for o metabolismo, mais rapidamente se processará a
compartimentalização.
A dendrocirurgia é uma técnica que objetiva a recuperação de árvores por meio da eliminação de tecidos
necrosados, especialmente na região do tronco, realizando a desinfeção através de fungicidas à base de
cobre. Depois disso, a região é coberta com material de alvenaria, geralmente cimento.
Esta prática é muito contestada e deve, nos próximos anos, ser adotada ou totalmente abolida, pois os
fungicidas geralmente são ineficientes ou causam danos ao processo natural de compartimentalização.
Segundo a ISA (International Society of Arboriculture), a prática da dendrocirurgia deve ser abandonada.
Cabe aos responsáveis técnicos pela arborização do município optarem, ou não, pela utilização desta
técnica.
Destino dos Resíduos da Poda
A poda na arborização urbana é uma prática fundamental e vital para a
implantação e manutenção das espécies arbóreas, mas os resíduos da poda
nos centros urbanos podem se tornar um problema, a menos que a
administração municipal disponha de um projeto para a destinação destes
resíduos.
A maioria dos municípios destina estes resíduos para os depósitos de lixo. O mais recomendável, porém,
é a sua remoção para um aterro sanitário onde exista um local apropriado para sua disposição final.
Em um ambiente natural, os resíduos gerados pela queda espontânea dos galhos e folhas são incorporados
ao solo e retornam às próprias árvores sob forma de nutrientes. Sendo assim, o ideal dentro de um programa
ecologicamente integrado é que estes resíduos sejam transformados e incorporados na arborização urbana.
A forma para que isto ocorra é a formação de um sistema de compostagem que utilize estes resíduos na
formação de adubo orgânico, o qual poderá ser utilizado no viveiro municipal ou na adubação da própria
arborização, retornando assim à sua origem.
Podemos dividir os resíduos gerados pela poda em função do seu tamanho. Isto é fundamental para definir
a destinação mais adequada para este material.
O material de maior diâmetro, ou seja, de diâmetro igual ou superior a 8cm, deve ser destinado para uso
como combustível. Neste caso, podem ser utilizados em olarias, programas assistenciais, caldeiras para
creches, hospitais, padarias de escolas técnicas, entre outros.
O gas sea =
De acordo com a Constituição Federal, toda cidade com mais de 20 mil habitantes deve, obrigatoriamente,
contar com plano diretor aprovado pela Câmara Municipal. Daí a existência de zoneamentos urbanos
identificando setores com vocações, destinações e regras de ocupação específicas. Os zoneamentos
determinam as regras de ocupação específicas que, por sua vez, geram facilidades e/ou dificuldades para
a existência da arborização urbana.
Somam-se a estes instrumentos legais básicos as leis normativas complementares como os Códigos de
Obras ou Posturas Municipais e os Códigos de Loteamentos ou parcelamento do solo urbano.
A junção destas determinações legais básicas define as possibilidades de efetivação da arborização
urbana em seus diferentes aspectos.
A criação de praças e parques públicos requer para sua efetivação, além de
embasamento legal e recursos econômicos, a disponibilidade de espaços físicos.
As leis de zoneamento urbano e de loteamentos ao definirem regras e condições
de parcelamento, destinação e ocupação do solo urbano
podem garantir esses espaços, constituindo instrumentos
de grande eficácia para a efetivação de um adequado
sistema de arborização.
As Leis que atribuem às prefeituras a responsabilidade sobre a realização da poda são
o Art. 65 do Código Civil e o Art. 151 do Código das Águas.
As leis que determinam e regulamentam as áreas de preservação permanente e as espécies arbóreas
nativas imunes ao corte são a Lei Federal Nº 4.771 de 15 de setembro de 1965 - Código Florestal e a Lei
Federal Nº 8.518 de 21 de janeiro de 1922 - Código Florestal Estadual.
Em áreas urbanas, os cortes e as podas são licenciados pelos municípios, normalmente pelas Secretarias
de Agricultura e de meio Ambiente.
Nas áreas rurais, ou em casos de empreendimentos especificos, o licenciamento do corte e/ou poda,
deverá ser encaminhado à Secretaria Estadual do Meio Ambiente, mais especificamente, ao Departamento
de Recursos Naturais Renováveis. Em caso de dúvidas, deve-se entrar em contato com a própria Secretaria
Estadual do Meio Ambiente.
Além desse conjunto de leis, o município deve possuir uma legislação específica, Com o intuito de auxiliar
os municípios, a RGE efetuou uma coletânea de Leis e Projetos ambientais que podem orientar na definição
das melhores diretrizes legais para implantação de uma política de gestão ambiental. Todos esses
documentos podem ser facilmente encontrados na nossa página da Internet (www.rge-rs.com.br).
Referências Bibliográficas
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In: ENCONTRO BRASILEIRO DE ARBORIZAÇÃO URBANA,
3, 1990, Curitiba. 1990, p.15-25.
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Urbana; Exemplo de Maringá -PR. Curitiba: UFP, 1988.272 p.il.
Tese apresentada ao curso de Pos-Graduação em Engenharia Florestal
do setor de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná, como
requisito parcial para obtenção do Título de “Doutor em Ciências
Florestais”.
PORTO ALEGRE. Plano Diretor de Arborização de Vias Públicas,
21 de setembro, Vol-ll, Porto Alegre-RS. 416p.
PORTO ALEGRE: Atlas Ambiental de Porto Alegre. Porto Alegre
Ed. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1998.228 p.il.
SANCHOTENE: Maria do Carmo: Frutiferas Nativas Úteis à Fauna na
Arborização Urbana. 2a ed, Porto Alegre, SAGRA, 1989.306 p.il.
UNIVERSIDADE LIVRE DO MEIO AMBIENTE. Curso Sobre Arborização
Urbana, 27 de setembro a 01 de outubro de 1993, Curitiba, PR. 144p.
Este manual foi desenvolvido entre outubro de 1999 e março de 2009,
na gestão de Wilson P. Ferreira |r.
Direitos reservados.
DIRETORIA EXECUTIVA
Diretor Presidente
SIDNEY SIMONAGGIO
Diretor Comercial
EDUARDO GUS CAMARGO
Diretor de Operações
JOÃO ALFREDO SPADA
Departamento de Engenharia
PAULO RICARDO BOMBASSARO
Divisão de Normas, Padrões e Qualidade do Fornecimento
LUCAS THADEU ORIHUELA DA LUZ
Elaboração:
Geolinks Geólogos Associados Ltda,
Equipe Técnica
Participaram das diversas etapas de elaboração do trabalho os seguintes técnicos:
ALEXANDRE STEGMAYER MONCHISKI
Engenheiro Florestal Especialista pela UFRGS, CREA R$ 87.646-D
JÚLIO MORETTI GROSS
Geólogo M.5c. em Engenharia pela UFRGS, CREA RS 57.661-D
EVANDRO GOTTARDO
Geólogo M.Sc. e Doutoranda em Engenharia pela UFRGS, CREA R5 83.699-D
ANDRÉ BERNARDI BICCA DE BARCELLOS
Geólogo M.Sc. em Engenharia pela UFRGS, CREA R5 63.760-D
GABRIEL SIMON, Físico
M.Sc. é Doutorando pela LIFRGS
Ilustrações
RODRIGO PELLHCCHOLI (Peli)
Projeto Gráfico
GAD'DESIGN
Levantamento Fotográfico
ALEXANDRE STEGMAYER MONCHISKI
GEOLINKS GEÓLOGOS ASSOCIADOS LTDA.
Textos
ALEXANDRE STEGMAYTER MONCHISKI]
Fotolito
GRÁFICA E EDITORA PALLOTTI
Impressão
GRÁFICA E EDITORA PALLOTTI