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Guias e Dicas
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Manual de Segurança do Trabalho, Manuais, Projetos, Pesquisas de Medicina

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Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

Antes de 2010

Compartilhado em 17/09/2008

cristiane-maria-dos-santos-9
cristiane-maria-dos-santos-9 🇧🇷

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Baixe Manual de Segurança do Trabalho e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Medicina, somente na Docsity! São Paulo 2004 PREFÁCIO DA 1ª EDIÇÃO Por iniciativa da CIPA do Instituto de Química da Universidade de São Paulo, presidida pelo Professor Wilhelm J. Baader e particularmente pelos esforços da técnica Margareth de Lara Capurro que coletou as informações e procedeu à redação final, preparou-se este manual que procura sistematizar diretivas quanto ao armazenamento e o manuseio de produtos perigosos, procedimentos para aperfeiçoar métodos de segurança pessoal e condutas quanto aos primeiros socorros de pessoas acidentadas. O trabalho é uma compilação de várias obras sobre o assunto, procurando-se, sempre, dar o devido crédito às respectivas autorias nas referências bibliográficas. Em anexo, reproduziram-se as normas de bio- segurança elaboradas por grupo técnico do PADCT que foram mantidas em inglês, tal qual divulgadas. O Instituto de Química espera, com essa importante iniciativa, contribuir para o aperfeiçoamento da segurança nos laboratórios e solicita que os leitores contribuam com críticas, sugestões ou correções a fim de enriquecer as futuras edições. São Paulo, 01 de novembro de 1995 Walter Colli Diretor MANUAL DE SEGURANÇA para proteção SEGURANÇA EM LABORATÓRIOS DE QUÍMICA Consulte no site: http://www2.iq.usp.br/comissoes/, em Comissões não Estatutárias, quem são os membros do corpo de docentes e funcionários do IQUSP que integram a Comissão Segurança. Aspectos gerais Pode-se afirmar que os laboratórios são as partes mais importantes dos estabelecimentos de ensino, institutos de pesquisa e indústrias. Pelos tipos de trabalho que neles são desenvolvidos são incontáveis os riscos de acidentes causados por exposição a agentes tóxicos e/ou corrosivos, queimaduras, lesões, incêndios e explosões, radiações ionizantes e agentes biológicos patogênicos. Dados estatísticos provam que a maioria dos acidentes em laboratórios ocorrem pela imperícia, negligência e até imprudência dos técnicos. Existe, portanto, necessidade premente de se estabelecer nas indústrias, laboratórios de ensino e de pesquisa, normas mais rígidas de segurança. Em geral, os profissionais de qualquer área não recebem, nas Universidades, instruções completas sobre normas de segurança do trabalho. Por ocasião da admissão nas indústrias ou mesmo nas instituições científicas, são visadas especialmente às condições técnicas do candidato e raramente é verificado seu nível de conhecimento sobre segurança. Nestas condições, cabe ao chefe do laboratório a responsabilidade de transmitir aos seus subalternos as técnicas corretas de trabalho as atitudes que devem tomar para evitar possíveis acidentes. Normalmente as condições de trabalho são inseguras. Esse fato decorre da má utilização de espaços, do tipo de mobiliário, da disposição incorreta das instalações e da falta de equipamentos de proteção. Uma dificuldade bastante comum é que o laboratório, na maioria das vezes, é montado em local já construído; raramente constroi-se um edifício para ser usado especificamente como laboratório. No IQUSP, a distribuição dos espaços ocupados por laboratórios de ensino e pesquisa acha-se nos Mapas de Risco, queestão afixados nas portas de cada laboratório e sala de instrumentos. Mapas gerais acham-se juntos às portas dos blocos. Estes mapas permitem que se conheçam os riscos envolvidos em cada local de trabalho de modo a que se tomem providências antes de adentrar no mesmo. Equipamentos de proteção individual (EPI) e outros meios devem ser usados para minimizar a exposição do trabalhador aos riscos existentes em cada local. Consulte os mapas de risco do IQUSP em http:// www2.iq.usp.br/cipa/index.dhtml?pagina=174&chave=aGP. Todos os requisitos de segurança devem ser incluídos já na montagem do laboratório e mesmo pequenos detalhes devem ser previstos no projeto inicial. Estudos sobre a topografia do terreno, orientação solar, ventos, PAGE 1 segurança do edifício e do pessoal, distribuição e tipos de bancadas, capelas, estufas, muflas, tipos de piso, iluminação e ventilação devem ser especificamente dirigidos ao tipo de laboratório. Muito importante no projeto é o estudo do local que será destinado ao almoxarifado. Quando são negligenciadas as propriedades físicas e químicas dos produtos químicos armazenados podem ser ocasionados incêndios, explosões, emissão de gases tóxicos, vapores, pós e radiações ou combinações variadas desses efeitos. No que tange a produtos químicos, é importante considerar não somente a sua toxicidade mas também a quantidade manipulada. Algumas drogas, por exemplo, são efetivas na cura de doenças até uma certa dosagem, que se excedida, podem provocar efeitos nocivos. Compostos de mercúrio, arsênio e antimônio, que são considerados pelos leigos como altamente venenosos, têm sido empregados no tratamento de doenças. É de vital importância para aqueles que tabalham no laboratório, conhecer a simbologia existente em frascos de produtos químicos. A simbologia apresentada a seguir é utilizada em embalagens de produtos químicos (classificados ou não pela ONU). Dentre várias normas em vigor, a simbologia abaixo é a que traz informações mais quantitativas sobre os perigos. Esta norma é adotada em todos os paises membros da União Européia. "E" EXPLOSIVO: Este símbolo se refere a uma substância que pode explodir se entrar em contato com uma chama, ou se sofrer choque ou fricção "O" OXIDANTE: Este símbolo se refere a uma substância que produz calor quando reage com outras substâncias, particularmente inflamáveis. "F" ALTAMENTE INFLAMÁVEL: Este símbolo se refere a uma substância que entra em ignição em condições normais de pressão e temperatura. Caso seja um sólido, pode entrar em ignição em contato com a fonte de calor e continuar queimando por reação química, mesmo depois da remoção da fonte. Se esta substância for gás, ela queima em contato com a ar em condições normais de pressão. Em contato com água ou ar úmido esta substância pode lançar gases altamente inflamáveis em quantidades perigosas. PAGE 1 Radioativo Uma observação muito importante a ser colocada quanto à utilização do Diamante de HOMMEL é que o mesmo não indica qual é a substância química em questão mas apenas os riscos envolvidos; ou seja quando considerado apenas o Diamante de HOMMEL sem outras formas de identificação este método de classificação não é completo. PAGE 1 Estocagem e Manuseio Muitos riscos potenciais são associados com a estocagem e manuseio de materiais usados em laboratório químico. Estes riscos sempre existirão mas os acidentes podem ser eliminados por maior conhecimento das propriedades dos materiais estocados e manuseados: planejando procedimentos de segurança para estocagem e segurança e informando todas as pessoas que entrarão em contato com estes materiais dos riscos envolvidos e as medidas de segurança que devem ser tomadas. O grande número de problemas de estocagem em laboratório químico deve-se à diversidade de produtos químicos que devem ser estocados. A estocagem descuidada associada com a falta de planejamento e controle é um convite para acidentes pessoais e danos materiais. Por outro lado, uma área de estocagem cuidadosamente planejada e supervisionada pode prevenir muitos acidentes. Os produtos químicos que necessitam estocagem podem ser sólidos, líquidos e gasosos, podem estar contidos em embalagens de papel, plástico, vidro ou metal que podem ser caixas, garrafas, cilindros ou tambores. A natureza de cada produto pode ser considerada individualmente ou em relação a outros produtos estocados na mesma área. Para facilitar as considerações feitas anteriormente, os produtos químicos podem ser agrupados nas seguintes categorias gerais: Inflamáveis; Tóxicos; Explosivos; Agentes Oxidantes; Corrosivos; Gases Comprimidos; Produtos sensíveis à água; Produtos incompatíveis. 1. PAGE 1 Produtos inflamáveis Na maioria dos laboratórios químicos existem líquidos inflamáveis estocados. Para projetar ou selecionar as instalações adequadas, as propriedades de cada produto devem ser conhecidas. Tais informações podem ser obtidas do fornecedor do produto, da literatura ou por testes de laboratório. Devem ser conhecidas as seguintes propriedades dos produtos inflamáveis: ponto de ebulição (temperatura em que o material passa ao estado de vapor), ponto de fulgor, (temperatura na qual o material se inflama se houver fonte de ignição próxima embora a chama não se mantenha) e tipo de extintor adequado para ser usado em caso de incêndio. O tipo de recipiente adequado para líquidos inflamáveis depende em parte do volume estocado e da freqüência com que é manipulado. A quantidade de líquido inflamável em estoque deve ser a mínima necessária, sendo que grandes quantidades de inflamáveis, devem ser estocados em almoxarifados especiais. No Almoxarifado Central do IQUSP existem dois locais em que se estocam solventes: um para solventes em frascos de 1-5 L e pequenas bombonas e outro para os tambores. Lotes de tambores de líquidos inflamáveis com alta pressão de vapor devem ser protegidos do sol ou borrifados com água . Alta pressão de vapor pode ser definida como 2kgf/cm3 a 40oC. Deve haver no local de estocagem um sistema de drenagem para evitar, no caso de acidente, que o líquido inflamável escoe por baixo ou entre os outros tambores. Todos os drenos devem ser descarregados em um local seguro. Uma rede de hidrantes deve ser localizada de tal forma que todos os tambores possam ser atingidos com jatos. Quando for necessária a estocagem de grandes quantidades de inflamáveis em laboratórios, é necessário um sistema automático de “sprinklers”. Uma ventilação adequada para remoção dos vapores deve ser providenciada além de um sistema de drenagem de líquidos derramados, com descarga em local seguro. Embora seja prático, recipientes de vidro devem ser evitados na estocagem de líquidos inflamáveis. Pequenas quantidades de líquidos inflamáveis (menos de 20 litros podem ser estocados em latas devidamente rotuladas. Recipientes em aço inoxidável são mais adequados quando é considerada a pureza do inflamável). É proibido fumar nas imediações do local de estocagem. O equipamento elétrico deve atender aos requisitos de segurança específicos para o caso. Em caso de dúvida consulte os setores de segurança pertinentes: CIPA e Comissão de Segurança, que procurarão orientação de pessoal especializado, se for o caso. Materiais sólidos também podem apresentar inflamabilidade (materiais pirofóricos). Existe, no Almoxarifado Central do IQUSP, uma “Sala de Alta Segurança” destinada à contenção destes materiais. Informe-se PAGE 1 no sítio de ação considerado. Em decorrência da ação tóxica o dano pode ser reversível ou irreversível. A maioria dos casos de câncer humano são de origem química. A ação carcinogênica de várias substâncias químicas foi identificada a partir da observação de várias incidências de neoplasias em indivíduos a ela expostos ocupacionalmente. O número de compostos químicos com ação carcinogênica para animais de experimentação e para o homem está ao redor de 1000. Vários compostos orgânicos e inorgânicos nos estados sólido, líquido e gasoso podem apresentar ação carcinogênica. A introdução destas substâncias no organismo humano pode se dar através das vias pulmonar, dérmica e oral. • Substâncias Reconhecidamente Carcinogênicas para o homem Arsênico em pó Pentóxido de arsênico Tricloreto de arsênico Trióxido de arsênico Asbestos (amianto) Benzeno Benzidina Crômio em pó Óxido de crômio (IV) Arseniato de chumbo Arseniato de sódio Arsenito de sódio • Substâncias Provavelmente Carcinogênicas para o homem Acrilonitrila Cádmio em pó Cloreto de cádmio Sulfato de cádmio Tetracloreto de carbono Clorofórmio Óxido de etileno Níquel em pó o-Toluidina Fatores que ainda devem ser considerados são a mutagênese química e a teretogênese, associadas ao uso de substâncias químicas. A mutagênese química é a capacidade que uma substância possui de induzir mutações, isto é , promover alterações no patrimônio genético do indivíduo. A teratogênese é o aparecimento de um efeito degenerativo sobre um sistema em desenvolvimento. 3. PAGE 1 Explosivos Alguns produtos químicos são sensíveis a choque, impactos ou calor. Os explosivos estão nesta categoria. Estes materiais expostos a choques impactos, calor, podem liberar instantaneamente energia sob a forma de calor ou uma explosão. É necessário um sério controle de estocagem destes reagentes e severas medidas de segurança. A área de explosivos deve ser bem identificada e isolada das outras áreas. O tipo de área de estocagem requerida dependerá do tipo de produto e da quantidade estocada. É freqüente o uso de blindagem na estocagem de explosivos. A melhor fonte de informação para seleção e projeto da área de estocagem de explosivos é o próprio fornecedor do produto. Existem tabelas contendo as distâncias necessárias para a estocagem dos produtos classificados como altamente explosivos. O IQUSP não dispõe de local para estocagem de explosivos. No entanto alguns materiais deste tipo estão estocados em “Salas de Segurança” no Almoxarifado Central. • Lista de algumas substâncias explosivas Peróxido de benzoíla Dissulfeto de carbono1 Éter di-isipropílico2 Éter etílico2 Ácido pícrico3 Ácido perclórico4 Potássio metálico2 4. Agentes Oxidantes São exemplos de agentes oxidantes os peróxidos, nitratos, bromatos, cromatos, cloratos, dicromatos, percloratos e permanganatos. PAGE 1 1 O ponto de fulgor do dissulfeto de carbono (-300C) é bem abaixo da temperatura ambiente e pequenas quantidades de vapor no ar podem ser explosivas. 2 Estas substâncias tornam-se perigosas pelo envelhecimento durante o armazenamento. Os éteres e o potássio metálico podem formar peróxidos explosivos, sob exposição ao ar. Recipientes abertos e antigos de éter devem ser tratados com muito cuidado, assim como os de potássio metálico, quando o metal não está imerso em querosene. 3 O ácido pícrico deve conter 10-20% de água e os frascos devem ser rejeitados depois de dois anos. O ácido pícrico seco é explosivo. 4 Embora a mistura de 70% ácido/ água não seja explosiva, o uso do ácido perclórico leva freqüentemente á formação de percloratos, que são altamente explosivos. Como os agentes oxidantes não devem ser estocados na mesma área que combustíveis, tais como inflamáveis, substâncias orgânicas, agentes desidratantes ou agentes redutores. Qualquer vazamento de material deve ser imediatamente removido pois a limpeza da área é essencial para a segurança. A área para estocagem de agentes oxidantes deve ser resistente ao fogo (blindada inclusive), fresca, bem ventilada e preferencialmente longe das áreas de trabalho. O piso da sala de estocagem deve ser resistente ao fogo, impermeável e sem rachaduras que possam reter algum material. São recomendados “sprinklers” para a área de estocagem. O IQUSP não dispõe de local especial para acondicionamento de grandes quantidades de Oxidantes. • Classes de Produtos Químicos Oxidantes mais perigosos Bromatos Bromo Cloratos Percloratos Cromatos Bicromatos Iodados Nitratos Perbromatos Periodatos Permanganatos Peróxidos 5. PAGE 1 Limites de Inflamabilidade com o Ar % de gás na mistura ar-gás 0----10---20---30---40---50---60---70---80---90---100 Acetileno /////////////////////////////////////////////////////////////// Amônia /////////////// Butano /////////// Isobutano ///////// Butenos ////////// Propano ///////// Monóxido de Carbono ////////////////////////////////////////// Ciclopropano ///////// Etano //////////// Etileno /////////////////////// Óxido Etileno ////////////////////////////////////////////////////////////////////////// Hidrogênio //////////////////////////////////////////////////////// Sulfeto de Hidrogênio //////////////////////////////////// Metano /////// Cloreto de Metila /////////// Metilamina ////////////////////// 7. Produtos Sensíveis à Água Alguns produtos químicos reagem com a água com evolução de calor e de gases inflamáveis ou explosivos. O potássio e o sódio metálico e hidretos metálicos reagem em contato com a água produzindo hidrogênio com calor suficiente para uma ignição com explosiva violência. Áreas de estocagem para produtos químicos sensíveis à água devem ser projetadas para evitar qualquer contato com água, e isto é feito da melhor forma mantendo todas as possíveis fontes de água fora da área. Os “sprinklers” devem ser eliminados onde grande quantidade dos materiais está guardada ou aonde a reação irá definitivamente propagar ou potencializar um incêndio ou causar uma explosão, contudo tem sido demonstrado que os “sprinklers” têm sido efetivos no controle de incêndios causados por materiais tais como o magnésio. A construção do prédio deve ser resistente ao fogo e não se devem estocar outros materiais combustíveis na mesma área. PAGE 1 No Almoxarifado Central do IQUSP há uma “Sala de Segurança” destinada ao acondicionamento de materiais deste tipo. Informe-se sobre o uso e acesso a tais locais junto à Comissão de Segurança. 8. Produtos Incompatíveis Áreas separadas de estocagem devem ser providenciadas para produtos químicos incompatíveis (produtos podem reagir e criar uma condição de perigo devido a esta reação). Alguns exemplos destes produtos químicos incompatíveis são listados a seguir: Substância Química Incompatível com Ácido acético ácido nítrico, peróxidos, permanganatos, etilenoglicol, compostos hidroxilados, ácido perclórico e ácido crômico Acetona ácidos sulfúrico e nítrico concentrados Acetileno bromo, cloro, flúor, cobre, prata, mercúrio e seus compostos Metais alcalinos tetracloreto de carbono (é provável agente carcinogênico para o homem), dióxido de carbono, água e halogênios Metais alcalinos (alumínio ou magnésio em pó) tetracloreto de carbono ou outro hidrocarboneto clorado, halogênios e dióxido de carbono Amônia anidra mercúrio, fluoreto de hidrogênio, hipoclorito de cálcio, cloro e bromo PAGE 1 Nitrato de amônio Ácidos, líquidos inflamáveis, metais em pó, enxofre, cloratos, qualquer substância orgânica finamente dividida ou combustível Anilina Ácido nítrico e peróxido de hidrogênio Bromo, cloro Amônia, gases de petróleo, hidrogênio, sódio, benzeno e metais finamente divididos Carvão ativado Hipoclorito de cálcio e todos os agentes oxidantes cloratos Sais de amônio, ácidos, metais em pó, enxofre e substâncias orgânicas finamente divididas ou combustíveis Ácido crômico Ácido acético glacial, cânfora, glicerina, naftaleno, terebintina, álcoois de baixo peso molecular e muitos líquidos inflamáveis cobre Acetileno e peróxido de hidrogênio Líquidos inflamáveis Nitrato de amônio, ácido crômico, peróxido de sódio, ácido nítrico e os halogênios Hidrocarbonetos (propano, benzeno, gasolina) Flúor, cloro, bromo, peróxido de sódio e ácido crômico Ácido fluorídrico Amônia (aquosa ou anidra) Peróxido de hidrogênio A maioria dos metais e seus sais, álcoois, substâncias orgânicas e quaisquer substâncias inflamáveis Sulfeto de hidrogênio Gases oxidantes e ácido nítrico fumegante PAGE 1 Tudo isto é possível por intermédio de treinamento prévio e específico, cujo principal objetivo é o de orientar e treinar o pessoal de maneira a evitar os acidentes e, caso estes ocorram, a tomar medidas imediatas. Normas de Segurança O que deve ser sempre lembrado é que: “A segurança depende de cada um”. É importante que o pessoal se habitue a trabalhar com segurança fazendo com que ela faça parte integrante de seu trabalho. Toda tarefa a ser executada deve ser cuidadosamente programada pois, nenhum trabalho é tão importante e urgente que não mereça ser planejado e efetuado com segurança. É responsabilidade de cada um zelar pela própria segurança e das pessoas com quem trabalha. O trabalho em laboratórios de ensino só deve ser permitido no horário previsto e sob a supervisão do professor. Em todos os laboratórios, o trabalho só deve ser efetuado quando simultâneo ao de outro pesquisador. As normas especificas fixadas para cada laboratório devem ser rigorosamente obedecidas. Cabe aqui ressaltar que o laboratorista que faz brincadeiras, não é um humorista, é sim, um elemento perigoso”. Este indivíduo deve ser severamente advertido. Assim, em qualquer local de trabalho, não somente nos laboratórios químicos e microbiológicos, devem ser abolidas as brincadeiras. O ato de fumar nos laboratórios, além de ser altamente perigoso, pode levar o individuo a um estado de desatenção. Quando se fuma no laboratório está se pondo em risco a segurança, com possibilidade de provocar um acidente. No IQUSP, é proibido fumar exceto nos corredores largos. É bom lembrar que o professor ou o chefe do laboratório é sempre a pessoa melhor qualificada para orientar quanto aos cuidados específicos a serem tomados em relação a cada experiência. Suas instruções devem ser cuidadosamente seguidas e respeitadas. Todo trabalho efetuado em laboratório oferece risco. Este risco pode ser decorrente da ação de produtos químicos, eletricidade ou chamas e agentes patogênicos, resultando em danos materiais, ferimentos, queimaduras ou graves infecções. Os “Mapas de Risco”, afixados em cada porta do IQUSP, indicam os riscos existentes em cada local de trabalho. Serão enumeradas a seguir, algumas regras básicas de segurança. É evidente, no entanto, que estas são apenas algumas delas mas, desde que sejam seguidas, muitos acidentes poderão ser evitados: PAGE 1 • Conheça o Mapa de Riscos do seu local de trabalho; • Não entre em locais de risco desconhecido; • Não permita a entrada de pessoas alheias aos trabalhos do laboratório; • Não fume no laboratório; • Não se alimente e nem ingira líquidos nos laboratórios; • Não armazene substâncias incompatíveis no mesmo local; • Não abra qualquer recipiente antes de reconhecer seu conteúdo pelo rótulo; Informe-se sobre os símbolos que nele aparecem (ver referências) • Não pipete líquidos diretamente com a boca; use pipetadores adequados; • Não tente identificar um produto químico pelo odor nem pelo sabor; • Não retorne reagentes aos frascos de origem; • Não execute reações desconhecidas em grande escala e sem proteção; • Não adicione água aos ácidos, mas sim os ácidos à água; • Não dirija a abertura de frascos na sua direção ou na de outros; • Não trabalhe de sandálias ou chinelos no laboratório; os pés devem estar protegidos com sapatos fechados; • Não abandone seu experimento, principalmente à noite, sem identificá-lo e encarregar alguém qualificado pelo seu acompanhamento; • Não se distraia, durante o trabalho no laboratório, com conversas, jogos ou ouvindo música alta, principalmente com fones de ouvido; • Evite trabalhar sozinho no laboratório; avise a Portaria do IQUSP (R. 3799) quando trabalhar tarde da noite ou nos finais de semana para que os vigias visitem periodicamente o local; • Aprenda a usar e use corretamente os EPI`s e EPC`s (equipamentos de proteção individual e coletiva) disponíveis no laboratório: luvas, PAGE 1 máscaras, óculos, aventais, sapatos, capacetes, capelas, blindagens, etc. A CIPA dispõe de EPI’s para emergências na sala 500, bloco 05 inferior; • Mantenha os solventes inflamáveis em recipientes adequados e longe de fontes de calor; • Utilize a capela sempre que efetuar uma reação ou manipular reagentes que liberem vapores; • Conheça o funcionamento dos equipamentos, antes de operá-los; • Lubrifique os tubos de vidro, termômetros, etc, antes de inseri-los em rolhas e mangueiras; • Conheça as propriedades tóxicas das substâncias químicas antes de empregá-las pela primeira vez no laboratório; • Prenda à parede, com correntes ou cintas, os cilindros de gases empregados no laboratório; • Certifique-se da correta montagem da aparelhagem antes de iniciar um experimento; • Informe sempre seus colegas quando for efetuar uma experiência potencialmente perigosa; • Mantenha uma lista atualizada de telefones de emergência; uma cópia destes pode ser obtida no Setor de Xerox, no Bloco 6 Superior; • Informe-se sobre os tipos e usos de extintores de incêndio bem como a localização dos mesmos (corredores); • Acondicione em recipientes separados o lixo comum e os vidros quebrados e outros materiais perfuro- cortantes; • Siga as instruções do IQUSP e do laboratório para descartar substâncias químicas, agentes biológicos, radioativos, resíduos e o lixo; informe-se dos procedimentos junto às Comissões pertinentes; • Frascos vazios de solventes e reagentes devem ser limpos e enviados à “caçamba de vidros”, para descarte. Cada laboratório deve se encarregar deste serviço, não podendo qualquer frasco ficar do lado de fora do laboratório; • Se tiver cabelos longos, leve-os presos ao realizar qualquer experiência no laboratório; PAGE 1 • segure o tubo de vidro com uma das mãos o mais próximo possível da extremidade a ser introduzida no orifício; • segure, com a outra mão, a rolha, com firmeza; • introduza o tubo em movimento de rotação, sem fazer força. Maneira Segura de Furar Rolhas Manualmente Os furadores de rolha geralmente são confeccionados com latão, às vezes niquelados. Consistem de tubos de vários diâmetros, usados de acordo com o tamanho do furo desejado. Estes tubos têm na parte superior pinos parafusados, deixando o aparelho em forma de “T”. • Rolhas de Cortiça Parece que as rolhas de cortiça são mais facilmente perfuradas, em virtude da sua fragilidade; mas também devido a ela se espedaçam e se racham com facilidade exigindo do laboratorista maiores cuidados na operação, os quais são: 1. Apoiar sobre a mesa a parte superior da rolha, ou seja, aquela com maior diâmetro; 2. Segurar a rolha firmemente com a mão enluvada porque no caso do furador escapar, sua borda cortante poderá atingir a mão que segura a rolha, ocasionando ferimentos; 3. Furar a rolha com movimentos giratórios, como se fosse um saca rolhas, aprofundando o aparelho aos poucos; 4. Não molhar a rolha ou o furador; 5. Para que o furo saia perfeito e vertical, o operador deverá fazê-lo em uma posição conveniente, ou seja, em pé; 6. Não tentar furar a rolha a partir de ambos os lados, para fazer o encontro de orifícios no centro da rolha. O furo sairá imperfeito, e a parte apoiada, que já tenha sido furada, estará mais fraca, podendo ocasionar a quebra da rolha e possível ferimento no manipulador; 7. Para evitar o rompimento da rolha, pode-se reforçá-la envolvendo suas laterais com fita adesiva; PAGE 1 8. Se, depois de furada a rolha, verificar que o furo é de diâmetro menor que o desejado, não usar um furador maior, acertar o furo com uma grosa cilíndrica. • Rolhas de Borracha Este tipo de rolha é mais difícil de ser perfurada do que o anterior, porque a borracha oferece mais resistência e maior atrito. Pode-se furar segura e facilmente este tipo de rolha seguindo- se estas normas: 1. Ao furar a rolha de borracha, umedecer o furador com solução de sabão ou de silicone. Não deixar que a rolha se molhe; 2. Ao escolher o furador, tomar um que tenha o diâmetro ligeiramente maior que o desejado. A borracha cede quando penetrada e o furo será de diâmetro menor; 3. Os movimentos giratórios para furar as rolhas de borracha devem ser mais rápidos do que aqueles feitos na rolha de cortiça; 4. Os mesmos itens indicados para a rolha de cortiça devem ser seguidos neste tipo de rolha. Acidentes Mais Comuns Um laboratório de Química ou Bioquímica pode ser umas das áreas de trabalho mais perigosas. Desta maneira, é muito importante que sejam conhecidos os procedimentos de segurança que devem ser usados quando ocorrem determinados acidentes. Por esse motivo enumeraremos aqui os acidentes que podem ocorrer com maior freqüência em laboratórios de Química e Bioquímica e quais as providências que devem ser tomadas imediatamente. É de vital importância conhecer a localização das pessoas e equipamentos necessários quando o acidente exigir assistência especializada. Números de telefones, como os de ambulância, bombeiros, posto médico, hospital e médico mais próximos, devem estar visíveis e facilmente acessíveis ao responsável pelo laboratório. Uma listagem de telefones de emergência está à disposição no Setor de Xerox, no Bloco 6 Superior. Todos os acidentes de laboratório devem ser imediatamente comunicados à supervisão, de maneira que se tomem medidas para que eles não voltem a se repetir. É importante também que o acidentado, remetido ao tratamento especializado tenha um acompanhamento durante certo período de tempo, variável segundo o acidente que sofreu. PAGE 1 A grande maioria dos reagentes de laboratório é tóxica. É bom que se conheçam os sintomas provocados pela intoxicação com as diversas substâncias químicas, de maneira a saber, por exemplo se o vômito deve ou não ser provocado. No caso de ingestão de venenos corrosivos não se deve provocar vômito, pois isto fará com que a substância tóxica retornasse mais uma vez através dos delicados tecidos do aparelho digestivo. Neste caso, deve ser feita a diluição da substância corrosiva pela ingestão de grandes quantidades de líquidos. Ministra-se leite ou água, na quantidade de 1 a 2 xícaras, no caso de crianças de 1 a 5 anos e até 1 litro, para maiores de 5 anos. PAGE 1 Sintomas como dor, inchaço e deformação são típicos em casos de fraturas. A vítima não deve ser removida do local do acidente a menos que vapores, fumaça ou fogo assim o determinem. Os ossos fraturados devem ser mantidos imóveis, assim como as juntas adjacentes. A hemorragia e o estado de choque devem ser tratados. Quando se torna absolutamente necessário o transporte da vítima deve ser improvisada uma tala suporte para impedir que a fratura se agrave durante o trânsito. Deve ser utilizado material rígido, almofada ou cobertor para apoiar a região e entalar como estiver. • Estado de choque O estado de choque pode ocorrer em todos os casos de lesões graves ou hemorragias. Existem outras situações que podem causar estado de choque, como queimaduras e ferimentos graves ou extensos, esmagamentos, perda de sangue, acidentes por choque elétrico, ,envenenamento por produtos químicos, ataque cardíaco, exposição a extremos de calor ou frio, dor aguda, infecções, intoxicações alimentares e fraturas. A gravidade do choque varia de indivíduo para indivíduo, podendo às vezes provocar a morte. Alguns sintomas facilmente reconhecíveis caracterizam bem o estado de choque, assim como palidez com expressão de ansiedade; pele fria e molhada; sudação na fronte e nas palmas das mãos; náusea e vômitos; respiração ofegante, curta rápida e irregular; frio com tremores; pulso fraco e rápido; visão nublada e perda total ou parcial de consciência. Diante desse quadro, enquanto se espera a chegada do recurso médico ou se providencia o transporte, a vítima, depois de rapidamente inspecionada, deve ser colocada em posição inclinada, com a cabeça abaixo do nível do corpo. A causa do estado de choque deve ser combatida, evitada ou contornada, se possível. No caso de Ter sido provocada por hemorragia, controle-a imediatamente. A roupa do acidentado deve ser afrouxada no pescoço, no peito e na cintura e retirada da boca dentaduras, gomas de mascar, etc. O aparelho respiratório superior da vítima deve ser conservado totalmente desimpedido. Caso a vítima vomite, sua cabeça deve ser virada para o lado. As pernas do acidentado devem ser elevadas, caso não haja fratura. Mantenha-o agasalhado, utilizando cobertores e mantas. Se não houver hemorragia, as pernas e os braços deve ser friccionados para restauração da circulação. Não devem ser ministrados :estimulantes, até que a hemorragia esteja controlada; bebidas alcoólicas, em nenhuma hipótese; líquidos a uma pessoa inconsciente ou semiconsciente; ou líquidos, caso suspeite de uma lesão abdominal. • Choque Elétrico PAGE 1 A vítima que sofreu um acidente por choque elétrico não deve ser tocada até que esteja separada da corrente elétrica. Esta separação deve ser feita empregando-se luva de borracha especial. A seguir deve ser iniciada imediatamente a respiração artificial, se necessário. A vítima deve ser conservada aquecida com cobertores ou bolsas de água quente. • Intoxicação por Ácido Cianídrico e Cianetos O ácido cianídrico mata por parada respiratória; assim, a ação para salvamento deve ser rápida. O acidentado deve ser levado imediatamente para ambiente bem arejado. Em seguida, deve ser efetuada a respiração artificial e a aplicação de oxigênio. • Intoxicação por Monóxido de Carbono Também neste caso, a vítima deve ser retirada com urgência do ambiente contaminado e transportada para o ar livre. Em caso de apnéia, procede- se à respiração artificial, seguida de oxigenoterapia e carbogenioterapia. Não há necessidade de antídoto. Este mesmo procedimento dá bons resultados na intoxicação por gás sulfídrico. • Intoxicação por Amoníaco Se o acidente tiver ocorrido por inalação , o paciente deve ser removido para ambiente arejado, fazendo-o respirar vapores de ácido acético. • Substâncias Tóxicas na Pele Se o acidente tiver atingido grande parte do corpo, a vitima deve ser encaminhada ao chuveiro e toda a área afetada lavada com muita água corrente . É importante lembrar que o cabelo é grande depósito de substâncias tóxicas; assim é aconselhável mantê-los preso e se possível cobertos durante o trabalho. • Pipetagem de Soluções Normalmente, quando certas soluções são ingeridas deve-se induzir o vômito. A melhor maneira para provocá-los é a excitação mecânica da garganta. Em alguns casos, o vômito não deve ser provocado, como nas intoxicações em conseqüência da ingestão de substâncias cáusticas e derivados de petróleo. • Incêndios PAGE 1 Há uma série de fatores que podem prevenir incêndios ou evitar propagação do fogo. Toda e qualquer situação perigosa que ocorre no laboratório deve ser imediatamente comunicada ao responsável. De maneira nenhuma equipamentos de proteção contra incêndios devem ser usados para outros fins. Estes equipamentos devem ser colocados em locais de fácil acesso e totalmente desimpedidos e todo o pessoal do laboratório deve saber como operá-los corretamente. O hábito de fumar nos laboratórios e corredores está proibido. Todos os aparelhos elétricos avariados devem sofrer reparos apenas por técnicos especializados; além disso, devem ser observados com cuidado os equipamentos que aquecem muito, após pouco tempo de uso. Pedaços de pano e papéis embebidos com óleos, graxas ou solventes inflamáveis não devem ser abandonados nas bancadas ou cantos dos laboratórios. Os solventes já utilizados devem ser armazenados em recipientes especiais e fechados. Para que haja fogo é necessária a associação de três elementos essenciais: o combustível (madeiras, tecidos, plásticos, fibras couros, gasolina, éter álcool, etc.), o comburente (oxigênio) e o calor ou temperatura de ignição. A combinação deste três elementos em determinadas proporções é denominada de triângulo do fogo. A intensidade de um incêndio é medida em função do calor produzido e depende de uma série de fatores. Pode extinguir um incêndio pela remoção de um dos três elementos que compõem o triângulo de fogo. Nestas condições, a extinção de um incêndio pode ser feita pela retirada do combustível ou pela expulsão do oxigênio (quando o fogo é resfriado pela água). Para a transformação do combustível em fogo, na presença de oxigênio, devem ser levados em consideração: o ponto de fulgor (temperatura na qual os vapores do combustível se inflamam com a aproximação de chama ou centelha, porém a chama não se sustenta). Acima de tal temperatura temos o ponto de combustão. A temperatura de ignição é aquela em que os vapores ou gases desprendidos do combustível entram em combustão sem a necessidade da presença de chamas ou centelhas). A transmissão do calor é a causa principal da propagação de incêndios. Esta transmissão é feita através do ar, pela própria estrutura do corpo ou por líquidos e gases que estão nas proximidades do fogo. A extinção de qualquer incêndio pode ser feita por abafamento ou resfriamento. Os agentes extintores mais empregados atualmente são a água, espuma química ou mecânica, dióxido de carbono e pó-químico. A água é o agente extintor de maior emprego; apaga o fogo por resfriamento. A espuma apaga principalmente por abafamento. Existem dois tipos de espuma: a química, na qual a formação de espuma é obtida pela reação de PAGE 1 SEGURANÇA EM LABORATÓRIOS DE MICROBIOLOGIA Consulte no site: http://www2.iq.usp.br/comissoes/, em Comissões não Estatutárias, quem são os membros do corpo de docentes e funcionários do IQUSP que integram a Comissão Interna de Biosegurança - CIBio Introdução As infecções associadas ao trabalho com micro-organismos em laboratórios têm ocorrido desde os primórdios da Microbiologia. Muitas vezes tais infecções podem resultar na morte do indivíduo. Ao contrário dos acidentes envolvendo substâncias químicas e fogo, onde a causa e o efeito são prontamente identificados, é muito difícil, na maioria das vezes, determinar-se que certa moléstia infecciosa foi contraída no laboratório. O indivíduo pode ficar enfermo por muitos dias ou semanas após o contagio, sem fazer associação. É particularmente difícil fazer tal tipo de associação com doenças que são freqüentes na comunidade, tais como tuberculose, hepatite e febre tifóide. A experiência tem demonstrado que a inocuidade do trabalho de pesquisa com micro-organismos perigosos depende das boas práticas de laboratório, da disponibilidade e uso de equipamentos de segurança da instalação, do funcionamento do local das pesquisas e de uma organização eficiente. Os riscos inerentes às pesquisas com micro-organismos patogênicos e vários acidentes trágicos ocorridos em laboratórios suscitam atualmente muita preocupação, levando assim, ao fortalecimento de medidas de segurança nos laboratórios e durante o transporte de amostras entre laboratórios. O programa especial da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre medidas de segurança em Microbiologia, estabeleceu, com o apoio financeiro de grande número de países, uma classificação dos micro-organismos segundo os riscos que apresentem, normas internacionais sobre segurança nos laboratórios, medidas de urgência nos casos de acidentes nos laboratórios ou durante o transporte de amostras. Materiais que podem causar infecções ou que são tóxicos, são sempre potencialmente perigosos. Tais materiais devem ser tratados com o devido respeito e com muito cuidado. Quando empregados de maneira incorreta no laboratório podem ser muito perigosos, não somente para o indivíduo que está trabalhando, mas para os outros que estão próximos ou mesmo para a comunidade, pois muitas vezes mecanismos de disseminação, como correntes de ar, podem espalhar e distribuir os agentes patogênicos ou toxinas a grandes distâncias. Desde que, para evitar contaminação, existe a necessidade de aplicação das boas práticas de laboratório, o microbiologista deve estar seguro de que seus técnicos cultivam e empregam estas práticas. PAGE 1 Classificação dos Micro-Organismos Infectantes Para que se tomem as providências adequadas, num caso de emergência, é necessário que se tenha conhecimento do grau do perigo apresentado pelo microorganismo em questão. Existem várias classificações de micro-organismos, mas nenhuma delas dá ênfase suficiente na transmissão dos agentes microbianos; assim, para direcionar as emergências foi elaborada uma classificação dos micro-organismos infectantes, de acordo com o grupo de risco. • Grupo de Risco I – Pouco risco individual e comunitário Neste grupo estão incluídos os micro-organismos que têm baixas probabilidades de provocar moléstias humanas e são de pouca importância veterinária. • Grupo II – Risco individual moderado, risco comunitário limitado Estão aqui agrupados os agentes patogênicos que podem provocar moléstias humanas e os animais, mas que têm baixas probabilidades de causar perigo grave para o pessoal do laboratório e a comunidade, animais de criação ou para o meio ambiente. A exposição no laboratório pode provocar infecção grave, mas, são disponíveis medidas eficazes de tratamento e prevenção, limitando assim, o risco de propagação. • Grupo III – Risco individual elevado, pequeno risco comunitário Os agentes patogênicos deste grupo provocam moléstias humanas graves, mas que não se propagam de uma pessoa infectada para outra. • Grupo IV – Elevado risco individual e comunitário Os agentes patogênicos deste grupo provocam graves moléstias humanas e noa animais, podendo propagar-se facilmente de um indivíduo para outro direta ou indiretamente. PAGE 1 Normas de Segurança As normas de segurança nos laboratórios de Microbiologia foram elaboradas com o objetivo de proteger a saúde do pessoal do laboratório e do público, assim como o meio ambiente, dos riscos associados à exposição acidental de micro-organismos e materiais biológicos experimentais. Os acidentes em laboratórios de Microbiologia, normalmente ocorrem pela formação de aerossóis, por respingos, pipetagens incorretas, injeções, trabalhos com grandes quantidades e/ou concentrações elevadas de micro- organismos, laboratórios superlotados de pessoal e material, infestação por roedores, por insetos e entrada de pessoas não autorizadas. Para evitar a maior parte destes riscos, devem ser tomados cuidados especiais, desde a concepção geral e instalação do laboratório. As infecções por micro-organismos em laboratórios de Microbiologia podem ocorrer através da pele, das vias digestivas e mucosa bucal, das vias respiratórias e mucosa nasal e dos olhos e ouvidos. As regras enumeradas a seguir constituem a base das práticas seguras de laboratório. Em muitos laboratórios estas normas podem ser estabelecidas como regulamento de trabalho. Serão apresentadas aqui as regras mais importantes, às quais, podem ser acrescentadas outras, muitas delas, específicas para cada laboratório onde se trabalha particularmente com determinado agente patológico. • Conheça o Mapa de Riscos de seu local de trabalho; • Não se alimente, não beba ou fume, não guarde alimentos e não aplique cosméticos no recinto de trabalho; • Não pipete com a boca material infeccioso ou tóxico; proteja a ponta superior das pipetas com algodão antes da esterilização; • O laboratório deve ser mantido limpo e em ordem, devendo ser dele retirados quaisquer materiais que não tenham relação com o trabalho; • As superfícies de trabalho devem ser descontaminadas, pelo menos, uma vez por dia e sempre que ocorrer caso de derramamento de substâncias potencialmente perigosas; • O pessoal de laboratório deve lavar as mãos depois de haver manipulado materiais e animais infectados, e também ao deixar o laboratório; • Deve ser desenvolvido no pessoal o hábito de conservar as mãos longe da boca, nariz, olhos e rosto; PAGE 1 • culturas líquidas de organismos altamente infecciosos requerem cuidados especiais, pois qualquer movimento que agite a superfície do líquido, produzirá aerossol; os liqüidificadores dão origem a pesados aerossóis; • Os meios de cultura sólidos e/ou líquidos utilizados para crescimento de bactérias devem ser autoclavados antes de serem encaminhados ao lixo; • Siga as instruções do IQUSP e do laboratório para descartar substâncias químicas, agentes biológicos, radioativos, resíduos e o lixo; informe-se dos procedimentos junto às Comissões pertinentes; • O chefe do laboratório deve providenciar para que o pessoal receba uma formação apropriada sobre segurança no laboratório. Deve ser adotado um manual sobre segurança ou de operações, no qual sejam identificados os riscos a que o pessoal está exposto e indicadas as práticas ou procedimentos adequados par reduzi-los ao mínimo ou eliminá-los. O pessoal também deve ser informado sobre a existência de riscos especiais. Todas as instruções devem ser lidas e observadas rigorosamente. Referências Bibliográficas Manual de Biossegurança; Mario H. Hirata e Jorge Mancini Filho Ed. Manole Ltda., 2002 (exemplar disponível junto à CIPA, para consulta) Manual de Segurança; Santoro, Maria Inês Rocha Miritello – Prof. Livre Docente – Depto de Farmácia – USP –. Handbook of Laboratory Safety – CRC Press, Boca Raton, 1971, 2a ed. PAGE 1 PROTEÇÃO RADIOLÓGICA Consulte no site: http://www2.iq.usp.br/comissoes/, em Comissões não estatutárias, quem são os membros do corpo de docentes e funcionários do IQUSP que integram a Comissão de Radioproteção. A Filosofia da Proteção Radiológica Tendo em vista os efeitos indesejáveis da radiação ionizante existe, desde sua constatação, uma preocupação geral em estabelecer políticas e regulamentações do uso da radiação. A Comissão Internacional de Proteção Radiológica (ICRP), que congrega especialistas dos campos da Ciência relacionados à radiação, publica, periodicamente, recomendações relativas ao assunto. A filosofia da proteção radiológica adota os seguintes princípios: • Princípio da Justificação: Qualquer atividade envolvendo radiação ou exposição deve ser justificada em relação a outras alternativas e produzir um benefício líquido positivo para a sociedade. • Princípio de Otimização: O projeto, o planejamento do uso e a operação de instalação e de fontes de radiação devem ser feitos de modo a garantir que as exposições sejam tão reduzidas quanto razoavelmente exeqüíveis, levando-se em consideração fatores sociais e econômicos. • Princípio da Limitação de dose individual: As doses individuais recebidas por trabalhadores e indivíduos do público não devem exceder os limites anuais de dose equivalente estabelecidos na norma do CNEN. Limites Nacionais e Internacionais Os limites atualmente em vigor no Brasil estão publicados nas normas do CNEN, disponíveis pela Internet no item “Segurança”, do site do CNEN. Os limites de dose a que uma pessoa pode se sujeitar têm diminuído desde que a radiação foi descoberta: de 70 rem, em 1934 a 20 rem/5anos, em 1990. Deve-se ressaltar que estes limites pressupõem uma exposição relativamente uniforme ao longo de um ano. Não se deve admitir, por exemplo, que uma pessoa receba 50 mSv em um mês supondo que não seja mais exposta ao longo do ano. Usualmente se aceita um limite trimestral igual a um quarto do limite primário anual. PAGE 1 Manutenção dos níveis de Radiação dentro dos limites Partindo dos dados que já temos sobre os radioisótopos e suas radiações, podemos definir as medidas de proteção necessárias para trabalhar com esses materiais. Nessas medidas de proteção, são levados em conta os seguintes parâmetros: distância e barreiras entre o usuário (e a sua vizinhança) e a fonte emissora de radiação, e o tempo de exposição. Para começar, a distância é uma forma de reduzir a exposição. Para F 0 6 7 por exemplo, dobrando-se a distância entre a fonte radioativa e o alvo, a exposição cai para ¼ do valor inicial. Em seguida, devemos saber que tipos de barreiras são necessários para bloquear a radiação ionizante antes que atinja o corpo do usuário e das vizinhanças. Para radiações corpusculares (F 06 2) sabemos que existe um alcance máximo para cada tipo de meio. Desta forma, basta interromper o caminho das partículas com uma espessura suficiente do material adequado para barrar toda radiação primária. Certo cuidado deve ser tomado na escolha do material de barreira pois, partículas aceleradas podem provocar a emissão de uma radiação de frenagem ao interagirem com elementos pesados. Para radiação F 06 7 e X não existe esse valor de alcance máximo. Estas radiações são absorvidas gradativamente em cada tipo de meio. Podemos assim definir um valor de meia espessura, que é a espessura de um dado material que bloqueia metade de uma dada radiação eletromagnética. Conhecendo-se este valor pode-se calcular a espessura de uma barreira capaz de reduzir a intensidade de um feixe de radiação a um valor aceitável. Os materiais recomendados para uso como barreiras são: • F 06 2 fraca – (14C, 3 H, 45Ca e 35S) – usualmente plásticos ou água, quando o espaço disponível permitir. • F 06 2 forte – (32P) – uso de barreira tipo “Lucite/acrílico”. • F 06 7 e X - ( 125I, 59Fe e 51Cr) – uso de barreiras plumbíferas (castelos, placas ou “Lucite/acrílico” impregnada de chumbo). Por último, deve se levar em conta o fator tempo, ou seja, o tempo que o usuário vai necessitar para lidar com materiais radioativos. Quanto menor for este tempo, menor será o risco do usuário a uma exposição radioativa. Cuidados no uso de Materiais Radioativos Cuidados com o Local de Trabalho PAGE 1 • ATIVIDADE ESPECÍFICA PARA LÍQUIDOS E ATIVIDADE TOTAL PARA SÓLIDOS • DATA DO DESCARTE 5. Cumpridas essas normas, o encarregado da remoção do lixo radioativo deverá ser comunicado para que se encarregue do descarte do material. O material não será removido caso as normas acima não tenham sido respeitadas. 6. O modo de descarte de lixo radioativo que não se encaixe nas categorias acima especificadas (por ex. putrescíveis, patogênicos) deverá ser consultado junto à Comissão de Radioproteção. Descontaminação Equipamentos e Instrumentos Devem ser descontaminados imediatamente após o uso/ acidente. Recomendamos o uso de detergentes do tipo “Count off” (New England Nuclear) embebido em toalhas de papel que deverão ser descartadas em seguida como lixo sólido radioativo. Monitorar, nos casos pertinentes, com um monitor de radiação apropriado. Em caso de dúvidas no procedimento, consulte a Comissão de Radioproteção. Vidrarias e demais utensílios NÃO descartáveis Os resíduos devem ser descontaminados em água corrente pelo menos por 24 horas, em pias utilizadas apenas para esse fim. Após a descontaminação, o material poderá ser lavado normalmente. Materiais descartáveis Devem ser eliminados sem lavagem prévia com água, em sacos plásticos brancos para lixo sólido radioativo, como descrito acima. Acidentes com Radiação Existem basicamente dois tipos de acidentes envolvendo radioatividade: exposição excessiva e contaminação. Em caso de exposição de pessoas sem contaminação, só é possível tratar dos sintomas imediatos como queimaduras ou outras lesões e a Síndrome Aguda da Radiação. Nos casos de contaminação (derramamentos, vazamentos) há cinco passos a serem seguidos: PAGE 1 a) Isolar a área contaminada para evitar exposição de pessoas. b) Retirar do local as pessoas não contaminadas e não necessárias ao trabalho de descontaminação. c) Descontaminar pessoas atingidas pelo material radioativo. d) Descontaminar as superfícies atingidas. e) Delimitar e isolar a área se restar contaminação. Para a descontaminação das pessoas é importante que o processo de limpeza, não cause maiores danos. Para descontaminar a pele deve-se utilizar água e detergentes neutros e não esfregar a pele com força. Em caso de contaminação interna e recomendado o uso de substâncias quimicamente semelhantes ao contaminante para acelerar a eliminação deste pelo organismo. Para descontaminar superfícies, o princípio é o mesmo. Não usar produtos ou processos abrasivos, pois a alteração da superfície pode facilitar a maior penetração do material radioativo. Podem-se também usar substâncias quimicamente semelhantes ao contaminante, de modo a competir com este pela ocupação da superfície. Referências Bibliográficas Consulte o site do CNEN para conhecer em detalhes as normas de segurança em radioproteção: http://www.cnen.gov.br/seguranca/normas.asp#radioprotecao Okuno, E 1991 Radiação, Instrução aos Trabalhadores do IFUSP. CIPA- IFUSP, São Paulo. Comissão Nacional de Energia Nuclear, 1988. Diretrizes Básicas de Radioproteção, CNEN-NE-3.01. Comissão Nacional de Energia Nuclear, 1985. Gerência de Rejeitos Radioativos em Instalações Radiativa. CNEN-NE-6.05. ICRP, 1977. Recommendations of the International Commission on Radiological Protection. ICRP Publication 26 New York, Pergamon Press. ICRP, 1990. Recommendations of the International Commission on Radiological Protection. ICRP Publication 60 New York, Pergamon Press. PAGE 1 Achilles, A. Suarez e Miyamoto, Hissae, Gerenciamento de Rejeitos Radioativos Provenientes do Uso de Materiais Radioativos na Medicina, Indústria e Pesquisa. Publicação IPEN 289, São Paulo. Ver Efeitos da Radiação em Seres Vivos em http://www.energiatomica.hpg.ig.com.br/Bio.html PAGE 1 3.1 Todos os laboratórios deverão observar as regras básicas de armazenamento e incompatibilidade de reagentes que constam no manual de segurança e no ANEXO II (não disponível). 3.2 Deve-se armazenar somente as quantidades absolutamente necessárias de reagentes e solventes dentro dos laboratórios. 3.3 Todos os reagentes devem ser adequadamente embalados e rotulados. O bom estado de embalagens e rótulos deve ser periodicamente vistoriado pelo técnico responsável, sob supervisão do pesquisador responsável. Os produtos sintetizados também devem ter um rótulo padrão. Deve constar na etiqueta a data da preparação, o nome do composto (sem abreviações/códigos), o nome da pessoa responsável, e qualquer outra informação que seja pertinente. 3.4 Deve-se exigir dos usuários do laboratório a identificação clara de todos os reagentes e soluções armazenados; mesmo aqueles que estão dentro do armário individual e por pouco tempo. 3.5 As regras para os usuários da Sala de Drogas do Almoxarifado Central estão colocadas em anexo (ANEXO III (não disponível)). 3.6 Cada grupo de pesquisa deve informar-se sobre a toxicidade e a periculosidade dos compostos utilizados, além dos procedimentos adequados em caso de acidentes ou intoxicações. 3.7 Deve-se incentivar o IQ-USP a descartar o lixo dos laboratórios e dos escritórios de maneira seletiva, separado nas seguintes categorias:6 • Lixo de papel para reciclagem; • Vidro quebrado, frascos de reagentes de vidro, etc., somente limpos7; • Lixo de plástico para recuperar; • Lixo de metais para recuperar; • Lixo comum, não recuperável. 3.8 No lixo comum não podem ser colocados em hipótese nenhuma: • Vidros quebrados, frascos de reagentes de vidro; • Restos de reagentes, papel impregnado com reagentes; • Lixo biológico, material radioativo; • Outros descartes que poderão ser prejudiciais para o bem estar do transportador ou do meio ambiente. 3.9 Todos os laboratórios devem dispor de cestas de lixo para a coleta seletiva de lixo e providenciar seu transporte. Um recipiente para vidro já está à disposição ao lado do Bloco da Química Fina e Biotecnologia. 3.10 Os pesquisadores são responsáveis pelo descarte dos seus resíduos, que devem ser reduzidos parcimoniosamente da seguinte forma: • adquirindo quantidades pequenas de reagentes, a serem prontamente usadas, • reciclando e recusando seus reagentes, • quando o descarte for inevitável, o produto deve ser convenientemente tratado antes de descartá-lo. PAGE 1 6 O IQ-USP deverá, no devido tempo, colocar à disposição recipientes para a coleta seletiva de lixo. 7 No lixo de vidro só devem ser colocados vidros limpos, isso quer dizer sem restos de reagentes. Deve-se limpar os vidros, também os quebrados, antes de se colocar no lixo. 3.11 Nenhum solvente orgânico deve ser descartado na pia. Existem bombonas para solventes orgânicos, os quais podem ser requeridas com o ALMOXARIFE DE DROGAS (Almoxarifado Central). 3.12 É absolutamente proibido abandonar frascos de reagente (cheios ou vazios), equipamentos, mobiliários, etc., nos corredores ou em qualquer lugar do IQ. 3.13 É proibido o armazenamento de produtos químicos em lugares de acesso comum. 4. PESSOAS QUE DEIXAM O LABORATÓRIO Todas as pessoas envolvidas num grupo de pesquisa têm responsabilidade sobre seus produtos e devem proceder a correta armazenagem ou o descarte dos mesmos. Deve ser implantado um termo de responsabilidade a ser assinado por todos que deixarem o laboratório, definitiva ou temporariamente. Isso envolve estagiários, pós-graduandos, pesquisadores se aposentando, pesquisadores visitantes de partida, pesquisadores que irão se ausentar para pós-doutoramento, etc. Desse termo deve constar uma declaração assinada atestando que efetuou devidamente o descarte, a rotulagem e o armazenamento de seus produtos, além de seu futuro telefone e endereço para contato. Mecanismo de Controle: 4.1 Alunos: Esse termo de responsabilidade passa a ser um documento obrigatório, a ser entregue na Seção de Alunos ou na Secretaria de Pós- Graduação para conseguir encerrar programas de iniciação científica (obtenção de histórico escolar) ou pós-graduação. 4.2 Docentes: Esse termo de responsabilidade passa a ser documento obrigatório a ser entregue aos órgãos competentes antes do pesquisador se aposentar ou se afastar. 4.3 Visitantes e Pós-Doutorandos: A responsabilidade é do pesquisador chefe do laboratório. 5. SEGURANÇA NO ENSINO DE GRADUAÇÃO 5.1 No início de cada semestre, os docentes de disciplinas com laboratório devem receber da Seção de Alunos as Normas de Segurança no Laboratório (ANEXO IV (não disponível)). Essas normas devem ser lidas e discutidas obrigatoriamente com os alunos no primeiro dia da aula de laboratório. 5.2 Durante a primeira semana de aulas deve ser ministrada aos alunos ingressantes uma palestra sobre segurança no laboratório. 5.3 Deve-se colocar à disposição nos laboratórios didáticos o “Manual de Segurança do IQ-USP”. 5.4 A aquisição de avental, óculos de segurança e alguns itens úteis (espátulas, pinças , etc.) deve ser encorajada logo que os alunos ingressam no IQ-USP. 5.5 O uso de avental e óculos de segurança deve ser obrigatório dentro do laboratório. 5.6 Deve haver nos laboratórios: PAGE 1 EPI’s adicionais, conforme a necessidade; Caixas de Primeiros Socorros; Chuveiros de Segurança com Lava Olhos; Extintores de Incêndio adequados e os alunos devem ser instruídos sobre o seu uso. 5.7 Nos laboratórios deve ficar à disposição dos alunos material bibliográfico sobre segurança no laboratório, toxicidade e periculosidade de reagentes, descarte de reagentes, etc. 5.8 Uma relação de telefones de emergência deve ser afixada em todos os laboratórios didáticos (vide anexo (não disponível)). 5.9 Aspectos de segurança e de proteção ao meio ambiente devem sempre ser enfatizados nas aulas práticas e teóricas. 5.10 Os experimentos efetuados nas aulas práticas devem ser escolhidos considerando-se aspectos de segurança, toxicidade, periculosidade e proteção ao meio ambiente. 5.11 O descarte de resíduos deve ser efetuado somente de maneira adequada. Os alunos devem ser incentivados de efetuar pesquisas sobre o descarte dos materiais utilizados antes do início dos experimentos. 5.12 O instituto deve oferecer uma disciplina obrigatória sobre segurança no laboratório químico, segurança de trabalho na indústria química e proteção do meio ambiente. 6. PAGE 1
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