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Circuitos Integrados Familias Logicas, Notas de estudo de Cultura

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Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 09/10/2008

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marcos-zampa-5 🇧🇷

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Baixe Circuitos Integrados Familias Logicas e outras Notas de estudo em PDF para Cultura, somente na Docsity! 1 Circuitos Integrados e Famílias Lógicas 1. Revisão de Técnicas Digitais: Circuitos Integrados e Famílias Lógicas. Introdução O desenvolvimento da tecnologia dos circuitos integrados, possibilitando a colocação num único invólucro de diversos componentes já interligados, veio permitir um desenvolvimento muito rápido da Eletrônica Digital e conseqüentemente do projeto de sistemas digitais. Foi criada então uma série de circuitos integrados que continham numa única pastilha as funções lógicas digitais mais usadas e de tal maneira projetadas que todas eram compatíveis entre si. Estas séries de circuitos integrados formaram então as Famílias Lógicas, a partir das quais os projetistas tiveram facilidade em encontrar todos os blocos para montar seus sistemas digitais. Em virtude da massificação do uso de CIs, torna-se necessário conhecer as características gerais desses circuitos e de algumas das famílias lógicas mais populares. Uma vez entendidas tais características, estaremos muito mais bem preparados para trabalhar no projeto de circuitos digitais. Terminologia dos Circuitos Integrados Apesar do grande número de fabricantes de circuitos integrados, grande parte da nomenclatura e da terminologia empregadas nesta área são mais ou menos padronizadas. Os termos mais usais serão definidos e discutidos a seguir. Parâmetros de Tensão e Corrente ALTO BAIXO VIH (mínimo) – Tensão de Entrada Correspondente ao Nível Lógico Alto. É o nível de tensão necessário a representar o nível lógico 1 na entrada de um circuito digital. Qualquer tensão abaixo deste nível não será considerada nível lógico ALTO por um circuito digital. VIL (máximo) - Tensão de Entrada Correspondente ao Nível Lógico Baixo. É o nível de tensão necessário a representar o nível lógico 0 na entrada de um circuito digital. Qualquer tensão acima deste nível não será considerada nível lógico BAIXO por um circuito digital. VOH (mínimo) - Tensão de Saída Correspondente ao Nível Lógico Alto. É o nível de tensão necessário a representar o nível lógico 1 na saída de um circuito digital. Tal parâmetro normalmente é especificado por seu valor mínimo. 2 VOL (máximo) - Tensão de Saída Correspondente ao Nível Lógico Baixo. É o nível de tensão necessário a representar o nível lógico 0 na saída de um circuito digital. Tal parâmetro normalmente é especificado por seu valor máximo. IIH (mínimo) – Corrente de Entrada Correspondente ao Nível Lógico Alto. Valor da corrente que circula na entrada de um circuito digital, quando um nível lógico alto é aplicado em tal entrada. IIL (máximo) – Corrente de Entrada Correspondente ao Nível Lógico Baixo. Valor da corrente que circula na entrada de um circuito digital, quando um nível lógico baixo é aplicado em tal entrada. IOH (mínimo) – Corrente de Saída Correspondente ao Nível Lógico Alto. Valor da corrente que circula na saída de um circuito digital, quando um nível lógico alto é gerado em tal circuito, respeitadas as limitações para carregamento da saída. IOL (máximo) – Corrente de Saída Correspondente ao Nível Lógico Baixo. Valor da corrente que circula na saída de um circuito digital, quando um nível lógico baixo é gerado em tal circuito, respeitadas as limitações para carregamento da saída. Fan-Out: Em geral, a saída de um circuito lógico é projetada para alimentar várias entradas de outros circuitos lógicos. O fan-out , também chamado fator de carga, é definido como o número máximo de entradas de circuitos lógicos que uma saída pode alimentar de maneira confiável. Se tal número não for respeitado, os níveis de tensão na saída do circuito poderão não respeitar as especificações. Exemplo: Uma porta lógica com fan-out de 10 pode alimentar até 10 entradas lógicas padrão. Para determinar quantas entradas diferentes a saída de um CI pode alimentar, precisamos conhecer IOL (máx) e IOH (máx) de tal CI e as necessidades de corrente de cada entrada, IIL e IIH. Estas informações estão sempre presentes nas especificações do chip fornecidas pelo fabricante. Assim, (máx) máx)( (BAIXO)out -fan IL OL I I = ; (máx) máx)( (ALTO)out -fan IH OH I I = Se o fan-out para o nível BAIXO for diferente do fan-out para o nível ALTO, como ocorre em alguns casos, devemos escolher o menor dos dois. Obs.: O Fan-In indica a quantidade máxima de saídas que podemos ligar a uma entrada. Retardo de Propagação: Um sinal lógico sempre sofre retardo em sua passagem através de um circuito. Os dois tempos correspondentes aos retardos de propagação são definidos como: tPLH: tempo de retardo correspondente à passagem do nível lógico 0 para o nível lógico 1 (BAIXO para ALTO). tPHL: tempo de retardo correspondente à passagem do nível lógico 1 para o nível lógico 0 (ALTO para BAIXO). A figura a seguir ilustra tais retardos de propagação para um circuito NOT. Observe que tPHL é o tempo necessário para que a saída do NOT passe do nível ALTO para o nível BAIXO, em resposta a uma entrada ALTO. Ele é medido a partir da metade dos pontos de transição dos sinais de entrada e de saída. O parâmetro tPHL corresponde ao tempo que a saída leva para responder a uma entrada no nível BAIXO. 5 • Outros Termos Utilizados em Circuitos Integrados Buffer/Driver: Circuito projetado para fornecer uma corrente de saída alta e/ou tensão também alta se comparadas aos parâmetros normalmente associados aos circuitos lógicos comuns. CIs bipolares: Circuitos Digitais integrados nos quais transistores PNP ou NPN são os principais formadores do circuito. CIs Unipolares: Circuitos Integrados digitais nos quais um transistor unipolar por efeito de campo (MOSFET) é o principal elemento para a construção dos circuitos. Dispositivo Lógico Programável (PLD): Circuito integrado que contém um grande número de funções lógicas interconectadas. O usuário pode programar o CI para uma função específica, abrindo as conexões apropriadas. Driver: Termo técnico adicionado a algumas descrições de CIs, para indicar que as saídas do CI podem operar a altas correntes e/ou altas tensões, se comparado com os CIs comuns. Entrada flutuante ou em flutuação: Sinal em alta impedância, apresentado como entrada de um circuito digital. Atua como se estivesse logicamente desconectado ao circuito. Lógica absorvedora de corrente: Família lógica na qual a saída de um circuito lógico drena corrente da entrada de um outro circuito lógico. Lógica acoplada pelo emissor (ECL): Também conhecida como lógica em modo de corrente. Lógica fornecedora de corrente: Família lógica na qual a saída de um circuito lógico fornece corrente para a entrada de um outro circuito lógico. Saída a coletor aberto: Tipo de estrutura de saída de alguns circuitos TTL (Transistor-Transistor Logic), no qual só é usado um transistor com seu coletor em flutuação. Saída de três estados (tristate): Tipo de estrutura que permite que uma saída seja colocada em um dos três estados: ALTO, BAIXO ou ALTA IMPEDÂNCIA. Saída totem-pole: Termo usado para descrever a forma na qual dois transistores bipolares são ligados na saída de alguns circuitos TTL. Resistor de pull-up: Assegura em uma entrada (que pode ser compartilhada) de uma porta lógica o nível lógico 1. Resistor de pull-down: Assegura em uma entrada (que pode ser compartilhada) de uma porta lógica o nível lógico 0. Spike: Mudança momentânea e espúria em um nível de tensão. Strobing: Técnica utilizada para eliminação de spikes. Substrato: Pedaço de material semicondutor, onde são colocados os componentes eletro-eletrônicos de um circuito integrado. Transientes de corrente: Picos de corrente gerados pela saída totem-pole de um circuito TTL. Causados quando ambos os transistores conduzem simultaneamente. “Unasserted” : Termo usado para descrever o estado de um sinal lógico, sinônimo de inativo. 6 Famílias Lógicas de Circuitos Integrados Durante muito tempo, os circuitos construídos a partir da Álgebra booleana foram implementados utilizando-se dispositivos eletromecânicos como, por exemplo, os relês. Portanto, o nível de tensão correspondente a um nível lógico, poderia assumir qualquer valor dependendo apenas das características do projeto. A partir do surgimento do transistor, procurou-se padronizar os sinais elétricos correspondentes aos níveis lógicos. Esta padronização ocasionou o surgimento das famílias de componentes digitais com características bastante distintas. As famílias lógicas diferem basicamente pelo componente principal utilizado por cada uma em seus circuitos. As famílias TTL (Transistor-Transistor Logic) e ECL (Emitter Coupled Logic) usam transistores bipolares como seu principal componente, enquanto as famílias PMOS, NMOS e CMOS usam os transistores unipolares MOSFET (transistor de efeito de campo construído segundo a técnica MOS - Metal Oxide Semicondutor) como seu elemento principal de circuito. Atualmente a Família TTL e a CMOS são as mais usadas, sendo empregadas em uma grande quantidade de equipamentos digitais e também nos computadores e periféricos. Dessa forma, essas serão as famílias abordadas. • Família Lógica TTL TTL significa Transistor-Transistor – Logic (Lógica Transistor-Transistor). A tensão de alimentação se restringe a 5V contínuos, tendo, porém, uma faixa de tensão correspondente aos níveis lógicos 0 e 1. A figura a seguir mostra as faixas de tensão correspondentes aos níveis lógicos de entrada de um circuito integrado da família TTL. Observa-se, na figura, que existe uma faixa de tensão entre 0,8V e 2V na qual o componente TTL não reconhece os níveis lógicos 0 e 1, devendo, portanto, ser evitada em projetos de circuitos digitais. A figura a seguir mostra as faixas de tensão correspondentes aos níveis lógicos de saída de um circuito integrado da família TTL. A figura a seguir apresenta um exemplo de um circuito elétrico (porta lógica que implementa a função AND), utilizando a tecnologia TTL. 7 Observação: Quando não desejamos utilizar uma determinada entrada de um circuito TTL, podemos proceder de uma das formas apresentadas no exemplo da figura a seguir. Na figura (a) a entrada está desconectada (em flutuação), que age exatamente como se o nível lógico 1 estivesse aplicado a ela. Isto significa que, em qualquer CI TTL, todas as entradas serão 1 se não estiverem conectadas a nenhuma fonte de sinal lógico ao à terra. Quando uma entrada estiver aberta, diz-se que a mesma está em “flutuação”. Quando não desejamos utilizar uma entrada essa não é a melhor opção, pois as entradas desconectadas agirão como uma antena, captando sinais espúrios que podem fazer com que o circuito opere indevidamente. Uma técnica mais adequada é apresenta na figura (b), em que tal entrada é conectada a uma tensão de +5V, através de um resistor de 1KΩ, forçando o nível lógico 1 nessa entrada. O resistor serve apenas para proteger a entrada, em caso de correntes elevadas serem geradas, em função de picos de tensão na fonte de energia. Uma terceira técnica é mostrada na figura (c), em que a entrada não usada é conectada a uma das entradas utilizadas. Isto é aceitável, caso o circuito que estiver alimentando a entrada B não venha a ter seu fan-out excedido com a conexão da entrada não utilizada. A família TTL foi originalmente desenvolvida pela TEXAS Instruments, mas hoje, muitos fabricantes de semicondutores produzem seus componentes. 10 • Família MOS A tecnologia MOS (Metal Oxide Semiconductor) tem seu nome extraído do fato de sua estrutura básica ser formada por um eletrodo de metal conectado a uma camada de óxido isolante que, por sua vez, é depositada sobre um substrato de silício. Os transistores construídos na técnica MOS são transistores por efeito de campo (field-effect transistor) chamados por conseguinte de MOSFETs. As principais vantagens do MOSFET residem nos fatos de ele ser relativamente simples, de ter um custo de fabricação bem baixo, de ser pequeno e de consumir muito pouca potência. Além disso, o MOS ocupa muito menos espaço no chip do que os transistores bipolares (aproximadamente, 50 vezes menos espaço). Um outro aspecto muito importante sobre a tecnologia MOS é o fato de seus CIS não usarem resistores na sua construção. Os resistores tomam parte da área de chip ocupada pelos CIs bipolares. A alta densidade de integração dos CIs MOS permite a construção de sistemas de alta confiabilidade, em virtude da redução no número de conexões externas necessárias à implementação de determinada função lógica. A principal desvantagem da técnica MOS é a velocidade de operação relativamente baixa de seus componentes, se comparada com as apresentadas por componentes das famílias bipolares. Em resumo, comparada com as famílias lógicas bipolares, as famílias MOS são mais lentas na operação, requerem muito menos potência, têm uma margem de ruído melhor, uma faixa de tensão maior, e um fan-out também maior (o fan-out da família CMOS é completamente ilimitado, sendo restrito apenas por atrasos e considerações sobre o tempo de subida). Além disso, requer menos espaço. Obs.: A lógica MOS é especialmente susceptível a danos causados pela eletricidade estática, enquanto que as famílias bipolares não são tão afetadas. A descarga eletrostática é responsável pela perda de milhões de dólares, devido a danos causados por ela em equipamentos eletrônicos. Alguns procedimentos são adotados para evitar esse problema, por exemplo, deve-se conectar à terra o chassi de todos os instrumentos de testes, o operador deve se conectar à terra através de uma pulseira especial, não deixar desconectada nenhuma entrada de qualquer CI que não esteja sendo utilizado, etc. • Família CMOS CMOS significa Complementary Metal Oxide Semiconductor (Semicondutor de Óxido-Metal Complementar), usa tanto FETs canal-N quanto canal-P no mesmo circuito, de forma a aproveitar as vantagens de ambas as famílias lógicas. As características principais desta família são o reduzido consumo de corrente (baixa potência), alta imunidade a ruídos e uma faixa de alimentação que se estende de 3V a 15V ou 18V dependendo do modelo. O processo de fabricação do CMOS é mais simples que o do TTL, possuindo também uma densidade de integração maior, porém são mais lentos do que os TTL, apesar da nova série CMOS de alta velocidade competir em pé de igualdade com as séries TTL 74 e 74LS. A família CMOS possui, também, uma determinada faixa de tensão para representar os níveis lógicos de entrada e de saída, porém estes valores dependem da tensão de alimentação e da temperatura ambiente. A figura a seguir, ilustra o exemplo de um circuito implementado utilizando a tecnologia CMOS (NOT CMOS básico). 11 Características das séries CMOS 4000/14000: foram as primeiras séries da família CMOS, são bastante utilizadas, apesar do aparecimento de novas séries, pelo fato de implementarem diversas funções ainda não disponíveis nas novas séries. 74C: compatível, pino a pino e função por função, com os dispositivos TTL de mesmo número. A performance desta série é quase idêntica à da série 4000. 74HC (CMOS de Alta Velocidade): versão melhorada da 74C, o principal melhoramento é o tempo de comutação (em torno de 10 vezes maior), bem como a capacidade de suportar altas correntes na saída. A velocidade dos dispositivos desta série é compatível com a velocidade dos dispositivos da série TTL 74LS. 74HCT: CMOS de alta velocidade. A principal diferença entre esta série e a 7HC é o fato de ela ser desenvolvida para ser compatível em termos de tensões com dispositivos da família TTL. Ou seja, os dispositivos 74HCT podem ser alimentados diretamente por saídas de dispositivos TTL. Compatibilidade: Ao contrário da família TTL, que é produzida com as mesmas características elétricas por todos os fabricantes, a CMOS, embora padronizada em sua numeração, apresenta grandes variações na capacidade de saída e velocidade de operação, de um fabricante para outro. Algumas vezes, até as funções sào diferentes e incompatíveis, com o que deve-se ter muito cuidado. O quadro a seguir compara as características típicas das principais séries de circuitos integrados das famílias CMOS e TTL. 12 “Interfaceando”: Mesmo tendo uma faixa de tensões ampla e características diferentes dos circuitos integrados, existe a possibilidade de “interfacear” circuitos TTL e CMOS, desde que sejam tomados cuidados no que se refere a compatibilidade. A partir do exposto, verifica-se que existem vantagens e desvantagens no uso dos circuitos CMOS em lugar dos TTL, mas os fabricantes conseguem pouco a pouco eliminar as diferenças existentes entre as duas famílias com o desenvolvimento de tecnologias de fabricação, aumentando ainda mais a velocidade e reduzindo o consumo. De uma forma geral, podemos dizer que existem aplicações em que é mais vantajoso usar um tipo e aplicações em que o outro tipo é melhor. Exercícios Resolvidos ER.1 - Consulte a especificação do CI 7400 NAND e responda: Quantas entradas de portas NAND 7400 podem ser ligadas à saída de uma porta NAND 7400 ? Solução: 10 6,1 16 (máx) máx)( (BAIXO)out -fan === mA mA I I IL OL 10 40 400 (máx) máx)( (ALTO)out -fan === A A I I IH OH µ µ Este resultado indica que o fan-out tem o valor 10 para ambos os níveis lógicos. Então a saída da porta NAND 7400 pode alimentar até 10 entradas de outras portas 7400. Se o fan-out para o nível BAIXO for diferente do fan-out para o nível ALTO, devemos escolher o menor dos dois. ER.2 – Consulte a especificação do CI 7400 NAND quádruplo, de duas entradas. Determine a potência máxima dissipada e o tempo médio máximo para o retardo de propagação de uma única porta. Solução: mWVmAVIP mA mAII I CCCCD CCLCCH CC 75,7825,515(média) (média) 15 2 )128( 2 (média) =×=×= = + = + = Este valor corresponde à potência consumida por todas as portas do chip. A potência máxima consumida por porta NAND é, portanto dividida por 4: NAND portapor 7,19 (média) mWPD = O retardo médio máximo é de: ns nstt t PHLPLHpd 5,182 )1522( 2 (médio) = + = + =
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