CPC_04 Ativo Intagivel

Carderno de Atividades Ilustradas para o Educador
(Parte 1 de 8)
Prevenção às Drogas
Projeto Renascer
Tema: VIDA SIM...drogas não.
Carlos Neher 2008
Ficha Técnica
1ª Edição/2008
Obra patrocinada pelo Projeto Renascer
* Para maiores informações escreva para:
Projeto Renascer
Coord. Projetos Especiais / Carlos Neher
Av. Alberto Bins, 954/01 – Porto Alegre-RS
CEP: 90030-141
Coord. Projetos Especiais
Thiago André Santos da Rocha
Fones: (51) 8213-7631 ou 3341-8650
Email: projetorenascer@zipmail.com.br
home-page: http://www.campanhaantidrogas.xpg.com.br
Equipe responsável pela Elaboração:
Helenita Domingues
Américo Jardim Pinto Júnior
Carlos Neher
Hélio Carlos Domingues
Cristine Neher - Colocação dos Desenhos e Arte
IMPRESSO NO BRASIL/PRINTED IN BRAZIL
PREVENÇÃO ÀS DROGAS - Caderno de Atividades para Programas de Prevenção Com Crianças de 09 à 12 anos. Compilado, traduzido e adaptado da Cartilha do D.A.R.E./USA.
1. Dependência Química 2. Prevenção 3. Cursos 4. Projetos Especiais 5. Pedagogia
Caderno de Atividades
Este caderno de atividades contém uma coletânea de exercícios e atividades especialmente adaptada para técnicos, educadores e agentes sociais que atuam diretamente com crianças.
Os exercícios e os vários textos, bem como algumas das cartilhas, foram traduzidas dos PROGRAMAS D.A.R.E. da Polícia dos EUA, e do PROGRAMA PROERD da PM do Estado de São Paulo com os auspícios e bênçãos do Coronel Geraldini, hoje na Reserva.
Apesar do caráter primeiro da obra ser INSTITUCIONAL essa cartilha sofreu profundas alterações a fim de servir como um instrumento pedagógico e de norte para uma caminhada antidrogas por quem quer que fosse! Isso faz parte do nosso projeto de envolver a comunidade, mesmo a leigos, na prática da prevenção primária às drogas!
A possibilidade de se trabalhar a Prevenção Primária às Drogas com crianças de 09 à 12 anos, através dessa obra passa a se tornar concreta, ainda que dependa da força de vontade e da disposição de um agente educador.
Durante alguns meses trabalhei procurando adaptar todas as atividades sugeridas neste manual, para um contexto geral, possibilitando que qualquer pessoa pudesse vir a trabalhar com os conteúdos dessa cartilha com seu grupo de alunos. É um PROGRAMA estruturado em uma ordem cronológica de atividades e assuntos, que pouco a pouco introduz a questão drogas com suas diversas implicações e conseqüências. É um tratado de Valorização da Vida, do Corpo Humano, das Relações Sociais e de Valores Éticos e Morais.
As possibilidades de aplicação desse programa são inúmeras, e certamente ele se adapta as políticas pedagógicas de construção da cidadania de qualquer Instituição de Ensino no Brasil.
Carlos Neher
Orientações ao professor
Amigo educador!
Hoje a escola tem a responsabilidade de ensinar a verdade científica dentro de um processo pedagógico inserido na política de ensino, através de todo o corpo docente, de todas as disciplinas, já que a prevenção às drogas é possível pela ação integrada dos Educadores, num somatório de forças.
Como Prevenir as Drogas na Escola
1- É muito importante que o professor procure se capacitar no assunto para adaptar a sua disciplina as informações que se relacionarem.
2- Dentro desse conhecimento adaptado, o professor deve abordar não apenas a droga como tal. Deve procurar valorizar a pessoa, levantar sua auto-estima, destacar suas necessidades, procurar produzir uma verbalização dos sentimentos de seus alunos, e destacar as influências para o desenvolvimento da personalidade e da maturidade.
3- Ter muito cuidado com as noções científicas e farmacológicas, a fim de evitar especulações, curiosidades próprias das crianças e jovens, sobretudo, quanto aos efeitos e tipos de drogas. Cuidar para não aumentar o leque!
4- Os trabalhos sobre drogas devem procurar abordar as conseqüências do abuso e as seqüelas deixadas naqueles que se tornaram dependentes químicos (mesmo estando eles em abstinência ficam seqüelas para o resto da vida!).
5- As palestras feitas por pessoas estranhas à Escola podem ser muito úteis para a sensibilização do corpo docente, funcionários, pais e alunos matriculados, porém a escola deve responder a um processo que deve ser contínuo e pedagógico.
6- O educador de 1ª à 4ª série produz uma estratégia preventiva sem despertar a curiosidade com nomes de drogas ou suas características, evitando a curiosidade. Deve trabalhar mostrando as qualidades do corpo e da mente, além do prazer de viver a vida com saúde ao lado da família e de bons amigos.
7- O Educador de 5ª à 8ª série deve Ter muito mais cuidado já que está com o grupo de risco! A abordagem deve ser segura, evitando trabalhos sobre as drogas em si, os direcionando a procurar os problemas por elas causados, à nível bio-psico-social.
8- Uma boa idéia é procurar discutir com seus alunos as notícias do momento sobre o problema. Isso cria uma atmosfera de interesse, e com a reflexão e a crítica o Educador estará despertando o senso crítico do aluno.
9- No 2º grau o Professor deve estimular o desenvolvimento de estudos referentes à problemas psicológicos, reflexos na personalidade, a formação do id, ego e superego, contribuindo para que os alunos conheçam um pouco mais sobre si mesmos.
10- Nos cursos de Magistério deve ser incluído o estudo sobre as diversas abordagens, técnicas pedagógicas, terapias existentes para o tratamento de dependentes químicos, aspectos jurídicos, etc.
11- A Escola deve oferecer orientação à família, como palestras, debates, informativos, trocas de experiências, em reuniões específicas (uma boa idéia é aproveitar os dias de entrega de boletins!).
12- Funcionários e corpo administrativo da Escola devem também ser orientados nos trabalhos de prevenção, para juntos desenvolverem em harmonia a política da proposta preventiva.
13- A Direção da Escola deve estar atenta para elementos estranhos no espaço físico do estabelecimento. Linhas disciplinares devem orientar a Comunidade Escolar.
14- No caso de assédio de maus elementos, “aviões” na porta da Escola, solicitar via ofício aos órgãos da Segurança Pública, à Polícia federal, a ajuda necessária para combater o mal.
15- A Direção de Estabelecimento Escolar tem a competência e a responsabilidade de tomar todas as medidas necessárias na prevenção do tráfico ilícito e do uso indevido de drogas, nos recintos ou imediações de suas atividades(conforme artigo 4º da Lei Federal nº 6368/76).
O processo de sensibilizar vem antes do informar...
Todo o educador deve compreender que no processo de educar, um método pedagógico específico para cada comunidade alvo deve ser adotado...
Já podemos chegar a conclusão de que apenas a informação pura não faz prevenção, portanto alternativas para se atingir os alunos devem ser criadas;
A informação técnica pode ser uma faca de dois gumes, pode fazer prevenção, mas também poderá induzir à experimentação da droga;
A curiosidade pela experimentação pessoal dos efeitos de cada droga é um fato constatável em todo o adolescente atingido pela atual conjuntura social e cultural;
Para inibir a curiosidade teremos que desenvolver o potencial autocrítico dos alunos através de um processo de sensibilização, antes mesmo do início de um programa de prevenção às drogas efetivo e permanente na escola.
Diversas técnicas de sensibilização podem ser utilizadas...
Do jardim à 4ª série
A criança possui uma sensibilidade mais apurada e já compreende o sofrimento, visível nas ruas, na TV e entre os adultos.
Apesar da tentativa de se superproteger a criança promovida pelos pais, fatos diários são observados por elas e estas notícias do dia-a-dia devem ser aproveitadas para a prática da sensibilização para o problema.
As crianças estão acostumadas a receber informação pelos vários veículos de comunicação em massa disponíveis no ambiente doméstico, por isso quando abordadas, os problemas decorrentes do abuso de drogas devem ser lembrados pelo educador.
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