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Guias e Dicas
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O ambiente downstream na cadeia produtiva do petróleo transporte, Notas de estudo de Química Industrial

Downstream transporte

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 13/06/2009

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dalmo-marques-de-moura-8 🇧🇷

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Baixe O ambiente downstream na cadeia produtiva do petróleo transporte e outras Notas de estudo em PDF para Química Industrial, somente na Docsity! Ambiente Downstream Unidade 1: O ambiente downstream na cadeia produtiva do petróleo Transporte UNIDADE 1: O AMBIENTE DOWNSTREAM NA CADEIA PRODUTIVA DO PETRÓLEO TRANSPORTE 1.1. INTRODUÇÃO Enquanto as atividades de upstream dizem respeito à exploração e produção de petróleo, seja off-shore ou on-shore, as atividades de downstream são relativas, de um modo geral, à distribuição e ao refino de derivados. O petróleo resultante da prospecção seja em terra, seja no mar, precisa ser transportado para as refinarias onde é processado e transformado em produtos de maior utilidade e valor agregado, como gasolina, nafta, querosene, diesel etc. As operações de transferência e estocagem iniciam-se após a prospecção, quando se necessita transportar o petróleo, seja por oleodutos ou por navios. Também acontecem entre navios e terminais, terminais e refinarias, terminais e terminais, ou seja, sempre que se deseje movimentar volumes de petróleo ou derivados. Na Figura 1, há um diagrama simplificado do caminho do petróleo – do “poço ao posto”. Figura 1: O caminho do petróleo Ambiente Downstream Unidade 1: O ambiente downstream na cadeia produtiva do petróleo Transporte 2 1.2. ORIGENS E EVOLUÇÃO DO TRANSPORTE Transporte é o conjunto de meios que permite o deslocamento físico de pessoas e bens de um local de origem para outro de destino. No transporte de cargas, o deslocamento de pesos é limitado pelo volume disponível, ou seja: em um caixa de um metro cúbico que sustente – em teoria – qualquer peso, é possível transportar uma tonelada de água, pois tal peso corresponde a um metro cúbico. Entretanto, não se pode transportar, naquela caixa, uma tonelada de algodão, já que o peso dessa mercadoria necessitaria de muitas caixas de um metro cúbico cada para ser transportada. A importância do transporte, todavia, transcende sua capacidade de movimentar pesos e volumes. Hoje, o transporte é um fator preponderante para a integração entre as nações do mundo globalizado. A evolução do transporte se deu em duas frentes: a evolução da capacidade transportada e a evolução da tração utilizada. Essas duas frentes, entretanto, desenvolveram-se de forma integrada, acompanhado o desenvolvimento tecnológico. Em resumo, a evolução do transporte pode ser vista sob dois prismas:  Pela tração: a evolução se deu desde a humana, passando pela tração animal, pela eólica, pela mecânica a vapor, pela mecânica a óleo e pela eletro- mecânica, chegando, hoje, a contar com a eletrônica e com a energia nuclear (esta atualmente restrita a embarcações militares);  Pela capacidade transportada: o aperfeiçoamento dos modais terrestres, o surgimento dos modais ferroviário e rodoviário e a evolução dos modais aquaviários permitiram o crescimento da carga transportada por um único veículo, diminuindo, assim, os custos de transporte. Por outro lado, o último passo evolutivo – o modal aéreo – relegou a capacidade e o custo de transporte em favor da velocidade. Ambiente Downstream Unidade 1: O ambiente downstream na cadeia produtiva do petróleo Transporte 5 Classe 1: Explosivos – as mercadorias mais perigosas que podem ser transportadas. Os explosivos são divididos em cinco categorias.  Substâncias ou produtos que apresentam um risco de explosão maciça (aquela que afeta quase toda a carga instantaneamente);  Substâncias ou produtos que apresentam um risco de projeção, mas não um risco de explosão maciça;  Substâncias e produtos que apresentam um risco de incêndio e um risco de que se produzam pequenos efeitos de onda de choque ou projeção, ou ambos os efeitos, mas que não apresentam um risco de explosão maciça;  Substâncias e produtos que não apresentam nenhum risco considerável;  Substâncias muito insensíveis e que não apresentam um risco de explosão maciça. Classe 2: Gases – comprimidos, liquefeitos ou dissolvidos sob pressão.  Gases inflamáveis;  Gases não inflamáveis e gases não tóxicos;  Gases tóxicos. Classe 3: Líquidos inflamáveis – líquidos, misturas de líquidos ou líquidos contendo sólidos em solução ou suspensão que desprendam vapores inflamáveis em temperaturas inferiores a 60°C.  Líquidos com ponto de fulgor baixo: inferior a -18°C;  Líquidos com ponto de fulgor médio: entre -18°C e 23°C;  Líquidos com ponto de fulgor alto: entre 23°C e 61°C. Classe 4: Sólidos inflamáveis  Sólidos inflamáveis (facilmente combustíveis);  Substâncias sujeitas à combustão espontânea1; 1Combustão ou queima é uma reação química exotérmica entre uma substância (o combustível) e um gás (o comburente), geralmente o oxigênio, para liberar calor. Em uma combustão completa, um combustível reage com um comburente, e como resultado se obtém compostos resultantes da união de ambos, além de energia, sendo que alguns desses compostos são os principais agentes causadores do efeito estufa. De uma forma geral: CxHy + (x+y/4)O2 → xCO2 + (y/2)H2O. Ambiente Downstream Unidade 1: O ambiente downstream na cadeia produtiva do petróleo Transporte 6  Substâncias que, em contato com a água, emitem gases inflamáveis. Classe 5: Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos  Substâncias oxidantes – substâncias que, sozinhas, não são necessariamente combustíveis, mas podem, em contato com o oxigênio, causar ou contribuir para a combustão de outros materiais;  Peróxidos orgânicos – substâncias termicamente instáveis que podem produzir autodecomposição exotérmica. Classe 6: Substâncias tóxicas ou infectantes  Substâncias tóxicas – capazes de causar a morte, sérios ferimentos ou danos à saúde humana quando inaladas, ingeridas ou colocadas em contato com a pele;  Substâncias infectantes – substâncias contendo microorganismos vivos ou suas toxinas que causam ou são suspeitas de causar doenças em animais ou no homem. Classe 7: Substâncias radioativas  Substâncias que emitem radiação2. Classe 8: Substâncias corrosivas  Substâncias que, por ação química, causam danos quando em contato com tecido vivo ou, quando derramadas, causam danos ao navio ou a outras cargas. Classe 9: Substâncias e materiais perigosos diversos  Substâncias e materiais perigosos que se enquadram nas classes 1 a 8. A combustão de um combustível líquido em uma atmosfera oxidante acontece na verdade em forma gasosa. Isto quer dizer, quem queima é o vapor, não o líquido. Portanto, um líquido inflamável normalmente só irá pegar fogo acima de uma certa temperatura, que é seu ponto de fulgor. Abaixo dessa temperatura, o líquido não irá evaporar rápido o suficiente para sustentar o fogo caso a fonte de ignição seja removida. 2 No Brasil, o transporte de substâncias radioativas deverá ser executado de acordo com as normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Ambiente Downstream Unidade 1: O ambiente downstream na cadeia produtiva do petróleo Transporte 7 1.4. MODAIS E A LOGÍSTICA DE TRANSPORTE Somente o profissional que conheça os diversos modais de transporte existentes é capaz de decidir sobre qual o meio mais adequado à movimentação de sua carga, considerando o trinômio do transporte (qualidade, custo e tempo). O domínio sobre os diversos modais, os veículos utilizados em cada um deles e a sua adequação à carga em questão é imprescindível a qualquer decisão acertada em logística de transporte. É prática apresentar os modais de transporte em número de seis: rodoviário, ferroviário, fluvial, lacustre, marítimo e aéreo. Todavia, o profissional de petróleo conhece a importância de dois modais imprescindíveis à indústria de petróleo e gás: o dutoviário terrestre e o dutoviário marítimo. Assim, temos ao todo oito modais. 1.4.1. TRANSPORTE POR VIAS TERRESTRES  Rodoviário A carga é transportada por rodovias, nacionais ou internacionais, em caminhões, carretas, treminhões etc. É o modal cujos veículos oferecem o menor espaço de carga individual, entretanto, sua agilidade, flexibilidade, simplicidade e velocidade, aliadas ao grande número de veículos existentes, lhe dão grande importância na logística de transporte. Além disso, é o único modal que permite o transporte porta a porta sem a necessidade de complementação por outros modais. O modal rodoviário é, portanto, de extrema importância à multimodalidade e à intermodalidade e fundamental ao processo logístico, por ser o único capaz de unir todos os outros modais. Desvantagens  Aumento do preço com a distância  Espaço limitado  Sujeito às condições climatéricas  Sujeito ao trânsito  Sujeito à regulamentação (circulação, horários) Ambiente Downstream Unidade 1: O ambiente downstream na cadeia produtiva do petróleo Transporte 10  Lacustre A carga é transportada em embarcações, através de lagos e/ou lagoas. Também pode ser nacional ou internacional. É relativamente pouco importante, por ser limitado ao transporte dentro dos limites do lago ou lagoa onde é operado.  Marítimo A carga é transportada em embarcações, pelos mares e oceanos. Este modal é, de longe, preponderante na movimentação internacional de cargas. O transporte marítimo é mais vantajoso, em relação a outros meios de transportes, quando se trata de transportar produtos em grande quantidade e com um custo reduzido por unidade. As principais desvantagens estão relacionadas com a pouca flexibilidade e a baixa velocidade que este meio de transporte oferece.  Dutoviário submarino A carga é transportada por meio de dutos instalados no fundo do mar, de lagos ou de lagoas ou no leito de rios. Este modal é largamente utilizado, por exemplo, no transporte de óleo produzido pela Petrobras na Bacia de Campos. 1.4.3. TRANSPORTE AÉREO A carga é transportada em aeronaves, através do espaço aéreo. O alto custo é compensado pela velocidade inigualável. É um modal que deve ser utilizado quando o tempo é fator preponderante à logística de transporte, ou quando a carga a ser transportada é de pequeno peso e volume e apresente alto valor agregado. A capacidade individual de carga de algumas aeronaves cargueiras é ínfima se comparada aos grandes navios cargueiros, mas bastante superior à dos caminhões. O transporte aéreo foi o que mais contribuiu para a redução da distância-tempo, ao percorrer rapidamente distâncias longas. Rápido, cômodo e seguro, o avião suplantou outros meios de transporte de passageiros a médias a longas distâncias. Contudo, esse Ambiente Downstream Unidade 1: O ambiente downstream na cadeia produtiva do petróleo Transporte 11 meio de transporte implica em construção de estruturas muito especiais. Os aeroportos requerem enormes espaços e complicadas instalações de saída e entrada dos voos. Por outro lado, os custos e a manutenção de cada avião são bastante elevados. Tudo isto contribui para encarecer esse meio de transporte. Desvantagens  Pouco flexível, pois trabalha terminal a terminal  Mais lento do que rodoviário para pequenas distâncias  Elevado custo para grande parte dos produtos Melhorias Possíveis  Melhor adaptação ao multimodal, transportando partes de veículos rodoviários  Sistemas informatizados mais sofisticados para a gestão das capacidades de transporte  Melhoria de cargas e descargas em terminais Nas indústrias em geral, o transporte é um fator importante do custo logístico. A competitividade exige a escolha do modal de transporte que agregue menor custo ao produto durante o seu percurso. O transporte não ocorre, sempre, por meio de um único modal. Há combinações de modais que permitem o transporte integrado de cargas de porta a porta. No Brasil, o Decreto 80.145 / 77 regulamentou as formas de transporte de carga unitizada. Essa regulamentação, todavia, poderia ser extrapolada a outros tipos de cargas, propiciando um modelo único de tratamento. 1.5. CLASSIFICAÇÃO DO TRANSPORTE QUANTO À MODALIDADE Quando a unidade de carga é transportada diretamente, utilizando um único veículo, em uma modalidade de transporte e com apenas um contrato de transporte temos o chamado transporte modal ou unimodal. Ambiente Downstream Unidade 1: O ambiente downstream na cadeia produtiva do petróleo Transporte 12 Quando se utilizam veículos diferentes, de uma ou mais modalidades de transporte, em vários estágios, sendo contratados separadamente os vários serviços e os diferentes transportadores que terão a seu cargo a condução da unidade de carga do ponto de expedição até o destino final, temos o chamado transporte segmentado. O transporte sucessivo ocorre quando a unidade de carga, para alcançar o destino final, necessita ser transbordada para prosseguimentos por um ou mais veículos da mesma modalidade de transporte, abrangidos por um ou mais contratos de transporte. O transporte intermodal ou multimodal é definido quando a unidade de carga é transportada em todo o percurso utilizando duas ou mais modalidades de transporte, abrangidas por um único contrato de transporte. É importante esclarecer que, apesar dos transportes multimodal e intermodal serem apresentados como similares pelo Decreto 80.145 / 77, a indústria costuma estabelecer uma diferença entre eles. No transporte multimodal, há a emissão de um único conhecimento de embarque, sem importar quantos diferentes modais tenham sido utilizados e quantos transbordos possa haver ocorrido. Além disso, esse transporte é executado por um OTM – Operador de Transporte Multimodal (No Brasil, o OTM deve ser credenciado na forma da Lei 9.611 / 98), único responsável por toda a operação de transporte. 1.6. PERFIS DE TRANSPORTE NO COMÉRCIO A distância a ser percorrida, as características do percurso (zona urbana ou rural, por exemplo), ocorrências naturais (oceanos, montanhas, rios etc.), obras tecnológicas (portos, aeroportos, ferrovias, estradas) e exigências legais ou ambientais são fatores que afetam o transporte e nos possibilitam identificar perfis típicos para diferentes percursos, desde o transporte local (municipal, seja urbano ou rural), até o internacional transcontinental, conforme demonstrado na Tabela 1.
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