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Guias e Dicas
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Motores elétricos de indução trifásicos de, Manuais, Projetos, Pesquisas de Cultura

O manual de instalação e manutenção de MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS DE BAIXA E ALTA TENSÃO tem como objetivo ajudar os profissionais do ramo, facilitando-lhes a tarefa de conservar o mais importante de todos os equipamentos:

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

Antes de 2010

Compartilhado em 15/06/2009

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Baixe Motores elétricos de indução trifásicos de e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Cultura, somente na Docsity! MANUAL DE INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS DE ALTA E BAIXA TENSÃO 2 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS PREFÁCIO O motor elétrico é o equipamento mais utilizado pelo homem na sua caminhada em busca do progresso, pois, praticamente todas as máquinas e muitos inventos conhecidos dependem dele. Como desempenha um papel de relevante importância para o conforto e bem-estar da humanidade, o motor elétrico precisa ser identificado e tratado como uma máquina motriz, cujas características envolvem determinados cuidados, dentre os quais os de instalação e manutenção. Isso significa dizer, que o motor elétrico deve receber tratamento adequado. Sua instalação e manutenção exigem cuidados específicos, para garantir o perfeito funcionamento e vida mais longa à máquina motriz. O manual de instalação e manutenção de MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS DE BAIXA E ALTA TENSÃO tem como objetivo ajudar os profissionais do ramo, facilitando-lhes a tarefa de conservar o mais importante de todos os equipamentos: O motor elétrico! WEG EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS S.A. - MÁQUINAS. ---- IMPORTANTE ---- LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES DESTE MANUAL PARA PERMITIR A OPERAÇÃO SEGURA E CONTÍNUA DO EQUIPAMENTO. 9300.0008 P/9 Material 10040209 Fevereiro 2008 5 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 4.9. RECOMENDAÇÕES GERAIS .......................................................................................................................................... 64 4.10. PLANO DE MANUTENÇÃO .......................................................................................................................................... 65 5. PEÇAS SOBRESSALENTES.............................................................................................................................................. 66 5.1. ENCOMENDA .............................................................................................................................................................. 66 5.2. MANUTENÇÃO DO ESTOQUE ....................................................................................................................................... 66 6. ANORMALIDADES EM SERVIÇO .................................................................................................................................... 67 6.1. DANOS COMUNS A MOTORES DE INDUÇÃO ................................................................................................................. 67 6.1.1. CURTO ENTRE ESPIRAS ......................................................................................................................................... 67 6.1.2. DANOS CAUSADOS AO ENROLAMENTO ................................................................................................................... 67 6.1.3. DANOS CAUSADOS AO ROTOR (gaiola) ................................................................................................................... 68 6.1.4. DANOS EM ROTORES COM ANÉIS ........................................................................................................................... 68 6.1.5. CURTOS ENTRE ESPIRAS EM MOTORES COM ANÉIS ................................................................................................ 68 6.1.6. DANOS AOS MANCAIS............................................................................................................................................ 68 6.1.7. FRATURA DO EIXO................................................................................................................................................. 69 6.1.8. DANOS DECORRENTES DE PEÇAS DE TRANSMISSÃO MAL AJUSTADAS OU DE ALINHAMENTO DEFICIENTE DOS MOTORES ....................................................................................................................................................................... 69 6.2. INSTRUÇÕES PARA A DETERMINAÇÃO DA CAUSA E ELIMINAÇÃO DAS CONDIÇÕES ANORMAIS NO MOTOR...................... 70 6.3. INSTRUÇÕES PARA A DETERMINAÇÃO DA CAUSA E ELIMINAÇÃO DE CONDIÇÕES NÃO USUAIS E DEFEITOS NOS ROLAMENTOS ................................................................................................................................................................... 72 7. TERMO DE GARANTIA PRODUTOS ENGENHEIRADOS ................................................................................................... 73 8. ASSISTENTES TÉCNICOS WEG MÁQUINAS ................................................................................................................... 74 6 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 1. INTRODUÇÃO IMPORTANTE: Este manual visa atender todos os motores trifásicos de indução com rotor de gaiola e anéis da WEG Máquinas. Motores com especialidades podem ser fornecidos com documentos específicos (desenhos, esquema de ligação, curvas características...). Estes documentos devem ser criteriosamente avaliados juntamente com este manual, antes de proceder a instalação, operação ou manutenção do motor. Para os motores com grandes especialidades construtivas, caso seja necessário algum esclarecimento adicional, solicitamos contatar a WEG. Todos os procedimentos e normas constantes neste manual deverão ser seguidos para garantir o bom funcionamento do equipamento e segurança do pessoal envolvido na operação do mesmo. A observância destes procedimentos é igualmente importante para que o termo de garantia constante na contracapa deste manual seja aplicado. Aconselhamos, portanto, a leitura detalhada deste manual, antes da instalação e operação do motor e, caso permaneça alguma dúvida, favor contatar a WEG. 7 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 2. INSTRUÇÕES GERAIS 2.1. INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA Todos que trabalham em instalações elétricas, seja na montagem, na operação ou na manutenção, deverão ser permanentemente informados e atualizados sobre as normas e prescrições de segurança que regem o serviço, e aconselhados a seguí-las. Cabe ao responsável certificar-se antes do início do trabalho, de que tudo foi devidamente observado, e alertar seu pessoal para os perigos inerentes à tarefa proposta. Motores deste tipo quando impropriamente utilizados, incorretamente utilizados ou se receberem manutenção deficiente ou ainda se receberem intervenção de pessoas não qualificadas, podem vir a causar sérios danos pessoais e/ou materiais. Em função disto, recomenda-se que estes serviços sejam efetuados por pessoal qualificado. Entende-se por pessoal qualificado pessoas que, em função de seu treinamento, experiência, nível de instrução, conhecimentos de normas relevantes, especificações, normas de segurança e prevenção de acidentes e conhecimento das condições de operação, tenham sido autorizadas pelos responsáveis pela realização dos trabalhos necessários e que possam reconhecer e evitar possíveis perigos. Equipamentos para combate a incêndios e avisos sobre primeiros socorros não devem faltar no local de trabalho, devendo estar sempre em lugares bem visíveis e acessíveis. 2.2. RECEBIMENTO Os motores fornecidos são testados e estão em perfeitas condições de operação. As superfícies usinadas são protegidas contra corrosão. A caixa ou container deverá ser checado logo após sua recepção, a fim de verificar-se a existência de eventuais danos provocados pelo transporte. Os motores são transportados com um sistema de travamento de eixo para evitar danos aos mancais. Sugerimos que o dispositivo de travamento seja devidamente armazenado para ser utilizado quando o motor necessitar ser transportado. Qualquer não conformidade deverá ser comunicada imediatamente à empresa transportadora, à seguradora e à WEG Máquinas. A não comunicação acarretará a perda da garantia. Ao se levantar a embalagem (ou container) devem ser observadas as partes de içamento, o peso indicado na embalagem e a capacidade da talha. Motores acondicionados em engradados de madeira devem sempre ser levantados pelos seus próprios olhais ou por empilhadeira adequada e nunca pelo madeiramento. A embalagem nunca poderá ser tombada. Coloque-a no chão com cuidado (sem impactos) para evitar danos aos mancais. Não retire a graxa de proteção existente na ponta do eixo nem as borrachas ou bujões de fechamento dos furos das caixas de ligações. Estas proteções deverão permanecer até a hora da montagem final. Após o desempacotamento, deve-se fazer uma completa inspeção visual no motor. Para os motores com sistema de travamento de eixo, este deve ser retirado. Para os motores com mancais de rolamentos, deve-se girar manualmente o rotor algumas vezes. Caso se verifiquem danos, comunique imediatamente à empresa transportadora e à WEG Máquinas. 2.3. ARMAZENAGEM 2.3.1. ARMAZENAGEM INTERNA Caso o motor não seja desempacotado imediatamente, a caixa deverá ser colocada em lugar protegido de umidade, vapores, rápidas trocas de calor, roedores e insetos. Os motores devem ser armazenados em locais isentos de vibrações para que os mancais não se danifiquem. 2.3.2. ARMAZENAGEM EXTERNA Se possível escolha um local de estocagem seco, livre de inundações e livre de vibrações. Repare todos os danos à embalagem antes de pôr o equipamento no armazenamento, o que é necessário assegurar condições de armazenamento apropriadas. Posicione as máquinas, os dispositivos e os engradados em palhetas, feixes de madeira ou fundações que garantem a proteção contra a umidade da terra. Impeça o equipamento de afundar-se na terra. A circulação do ar debaixo do equipamento também não pode ser impedida. A cobertura ou lona usada para proteger o equipamento de contra intempéries não devem fazer o contato com as superfícies do equipamento. Assegure a circulação de ar adequada posicionando blocos de madeira espaçadores entre o equipamento e tais coberturas. 10 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 2.4. ARMAZENAGEM PROLONGADA 2.4.1. INTRODUÇÃO As instruções para armazenagem prolongada, descritas a seguir são válidas para motores com armazenamento prolongado e / ou períodos de parada prolongada anterior ao comissionamento. 2.4.2. GENERALIDADES A tendência existente, especialmente durante a construção da planta, para armazenar os motores por um período prolongado antes do comissionamento ou instalar imediatamente algumas unidades, resulta no fato que os motores são expostos a influências que não podem ser avaliadas com antecedência para este período de tempo. O stress (atmosférico, químico, térmico, mecânico) imposto ao motor, que pode acontecer durante manobras de armazenamento, montagem, testes iniciais e espera até o comissionamento de diferentes formas, é difícil avaliar. Outro fator essencial é o transporte, por exemplo, o contratante geral pode transportar o motor ou unidade completa com motor como transporte conjunto para local de instalação. Os espaços vazios do motor (interior do motor, rolamentos e interior da caixa de ligação) são expostos ao ar atmosférico e flutuações de temperatura. Devido à umidade do ar, é possível a formação de condensação, e, dependendo de tipo e grau de contaminação de ar, substâncias agressivas podem penetrar nos espaços vazios. Como conseqüência depois de períodos prolongados, os componentes internos como rolamentos, podem enferrujar, a resistência de isolamento pode diminuir a valores abaixo dos admissíveis e o poder lubrificante nos mancais é adversamente afetado. Esta influência aumenta o risco de dano antes do comissionamento da planta. Para manter a garantia do fabricante, deve ser assegurado que as medidas preventivas descritas nestas instruções, como: aspectos construtivos, conservação, embalagem, armazenamento e inspeções, sejam seguidos e registrados. 2.4.3. LOCAL DE ARMAZENAGEM Para proporcionar as melhores condições de armazenagem ao motor durante longos períodos de armazenagem, o local de armazenagem deve obedecer rigorosamente aos critérios descritos nos itens a seguir. 2.4.3.1. ARMAZENAGEM INTERNA - O ambiente deve ser fechado e coberto; - O local deve estar protegido contra umidade, vapores, descarga de fumo agressivo, roedores e insetos. - Não deve apresentar gases corrosivos, tais como: cloro, dióxido de enxofre ou ácidos; - Não deve apresentar severas vibrações contínuas ou intermitentes. - Possuir sistema de ventilação com filtro; - Temperatura ambiente (5° C, > t < 60 °C), não devendo apresentar flutuação de temperatura súbita; - Umidade relativa do ar <50%; - Possuir prevenção contra sujeira e depósitos de pó; - Possuir sistema de detecção de incêndio. - Deve estar provido de eletricidade para alimentação das resistências de aquecimento e Iluminação. Caso algum destes requisitos não seja atendido pelo ambiente de armazenagem, a WEG sugere que proteções adicionais sejam incorporadas na embalagem do motor durante o período de armazenagem, conforme segue: - Caixa de madeira fechada ou similar com instalação que permita que as resistências de aquecimento sejam energizadas; - Se existe risco de infestação e formação de fungo, a embalagem deve ser protegida no local de armazenamento borrifando ou pintando-a com agentes químicos apropriados. - A preparação da embalagem deve ser feita com maior cuidado por uma pessoa experiente. A empresa contratada para esta finalidade deve ser responsável pela embalagem da máquina. 11 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 2.4.3.2. ARMAZENAGEM EXTERNA A armazenagem externa do motor (ao tempo) não é recomendada. Caso a armazenagem externa não puder ser evitada, o motor deve estar acondicionado em embalagem específica para esta condição, conforme segue: - Para armazenagem externa (ao tempo), além da embalagem recomendada para armazenagem interna, deve-se cobrir completamente esta embalagem com uma proteção contra poeira, umidade e outros materiais estranhos, utilizando uma lona ou plástico resistente. - Posicione a embalagem, em engradados, feixes de madeira ou fundações que garantem a proteção contra a umidade da terra. - Impeça a embalagem de se afundar na terra. - Depois que a máquina estiver coberta, um abrigo deve erguido para proteger da chuva direta, neve e calor excessivo do sol. IMPORTANTE É recomendável conferir as condições do local de armazenagem e a condição dos motores conforme plano de manutenção durante longos períodos de armazenagem, descrito neste manual. 2.4.5. PEÇAS SEPARADAS - Caso tenham sido fornecidas peças separadas (caixas de ligação, trocador de calor, tampas, etc...) estas peças deverão ser embaladas conforme descrição acima. - A umidade relativa do ar dentro da embalagem não deve exceder 50% até que a máquina seja desempacotada. 2.4.6. RESISTÊNCIA DE AQUECIMENTO - As resistências de aquecimento do motor devem ser energizadas durante o período de armazenagem para evitar a condensação de umidade no interior do motor, mantendo assim a resistência de isolamento dos enrolamentos em níveis aceitáveis. A RESISTÊNCIA DE AQUECIMENTO DO MOTOR DEVE SER OBRIGATÓRIAMENTE LIGADA QUANDO O MESMO ESTIVER ARMAZENADO EM LOCAL COM TEMPERATURA < 5°C E UMIDADE RELATIVA DO AR > 50%. 2.4.7. RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO - Durante o período de armazenagem, a resistência de isolamento dos enrolamentos do motor deve ser medida conforme item 2.3.5 deste manual e registrada a cada 3 meses e antes da instalação do motor. - Eventuais quedas no valor da resistência de isolamento devem ser investigadas. 2.4.8. SUPERFÍCIES USINADAS EXPOSTAS - Todas as superfícies expostas (por exemplo, à ponta de eixo e flanges) são protegidas na fábrica com um agente protetor temporário (inibidor de ferrugem). - Esta película protetora deve ser reaplicada pelo menos a cada 6 meses. Quando esta for removida e/ou danificada, deve-se fazer a mesma ação preventiva. Produtos Recomendados: Nome: Dasco Guard 400 TX AZ, Fabricante: D.A. Stuart Ltda Nome: TARP, Fabricante: Castrol. 12 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 2.4.9. MANCAIS 2.4.9.1. MANCAL DE ROLAMENTO LUBRIFICADO À GRAXA Os rolamentos são lubrificados na fábrica para realização dos ensaios no motor. Durante o período de armazenagem, a cada dois meses deve-se retirar o dispositivo de trava do eixo e girar o eixo manualmente para conservar o mancal em boas condições. Após 6 meses de armazenagem e antes da entrada em operação, os rolamentos devem ser relubrificados, conforme item 4.2.1.5 deste manual. Caso o motor permaneça armazenado por um período maior que 2 anos, os rolamentos deverão ser lavados, inspecionados e relubrificados segundo o item 4.2 deste manual. 2.4.9.2. MANCAL DE ROLAMENTO LUBRIFICADO A ÓLEO - Dependendo da posição, o motor pode ser transportado com ou sem óleo nos mancais. - O motor deve ser armazenado na sua posição original de funcionamento e com óleo nos mancais; - O nível do óleo deve ser respeitado, permanecendo na metade do visor de nível. - Durante o período de armazenagem, a cada dois meses deve-se retirar o dispositivo de trava do eixo e girar o eixo manualmente para conservar o mancal em boas condições. - Após 6 meses de armazenagem e antes da entrada em operação, os rolamentos devem ser relubrificados, conforme item 4.2.3.1 deste manual. - Caso o motor permaneça armazenado por um período maior que 2 anos, os rolamentos deverão ser lavados, inspecionados e relubrificados segundo o item 4.2 deste manual. 2.4.9.3. MANCAL DE DESLIZAMENTO (BUCHA) - Dependendo da posição, o motor pode ser transportado com ou sem óleo nos mancais e deve ser armazenado na sua posição original de funcionamento com óleo nos mancais; - O nível do óleo deve ser respeitado, permanecendo na metade do visor de nível. - Durante o período de armazenagem, a cada dois meses deve-se retirar o dispositivo de trava do eixo e gira-lo a uma rotação de 30 rpm para recircular o óleo e conservar o mancal em boas condições. Caso não seja possível girar o eixo do motor, o procedimento a seguir deve ser utilizado para proteger internamente o mancal e as superfícies de contato contra corrosão: - Drene todo o óleo do mancal; - Desmonte o mancal, seguindo o procedimento descrito no item 4.2.4.2 deste manual. - Limpe o mancal; - Aplique o anti-corrosivo (ex.: TECTIL 511, Valvoline ou Dasco Guard 400TXAZ) nas metades superior e inferior do casquilho do mancal e na superfície de contato no eixo do motor; - Monte o mancal, seguindo o procedimento descrito no item 4.2.4.3 deste manual; - Feche todos os furos roscados com plugs; - Sele os interstícios entre o eixo e o selo do mancal no eixo através da aplicação de fita adesiva a prova d’água; - Todos os flanges (ex.: entrada e saída de óleo) devem estar protegidas com tampas cegas; - Retire o visor superior do mancal e aplique com spray o anti-corrosivo no interior do mancal; - Coloque algumas bolsas de desumidificador (sílica gel) no interior do mancal. O desumidificador absorve a umidade e previne a formação de condensação de água dentro do mancal; - Feche o mancal com o visor superior. Em casos em que o período de armazenagem for superior a 6 meses. - Repita o procedimento descrito acima; - Coloque novas bolsas de desumidificador (sílica gel) dentro do mancal Em casos em que o período de armazenagem for maior que 2 anos. - Desmonte o mancal - Preserve e armazene as peças do mancal. 2.4.10. ESCOVAS - As escovas dos motores de anéis devem ser levantadas nos porta-escovas, pois não devem permanecer em contato com os anéis coletores durante o período de armazenagem, evitando assim a oxidação dos anéis coletores. - Antes da instalação e comissionamento do motor, as escovas devem voltar à posição original. 15 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 2.5. MANUSEIO Para levantar o motor, use somente os olhais existentes no mesmo. Caso se faça necessário, use uma travessa para proteger partes do motor. Observe o peso indicado. Não levante o motor aos socos ou o coloque no chão bruscamente para assim evitar danos aos mancais. 2.5.1. MANUSEIO DE MOTORES - LINHA H Olhais nas tampas, mancais, radiador, etc., servem apenas para manusear estes componentes. Nunca use o eixo para levantar o motor por meio de cabos, etc. 2.5.2. MANUSEIO DE MOTORES - LINHA M Notas: 1) Os olhais de suspensão da carcaça são para levantar somente o motor. Não os utilize para levantar o conjunto motor + máquina acionada. 2) As correntes ou cabos de içamento devem ter um ângulo máximo de 30º com relação a vertical. 3) Utilizar todos os olhais fixados na carcaça, que acompanham o motor; 4) Não observar estas recomendações poderá causar danos ao equipamento, ferimento a pessoas ou ambos. LINHA M 1) Não levante o motor pelo trocador de calor (se houver). 2) Levantamento sem o trocador de calor. 3) Caso o centro de gravidade não esteja perfeitamente no centro dos olhais de suspensão, utilize uma das formas conforme item 3. 16 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 2.5.3. MANUSEIO DE MOTORES VERTICAIS O manuseio dos motores verticais WEG deverá ser feito conforme figura acima. Utilizar-se sempre dos 4 olhais para movimentação dos motores na posição vertical, de tal forma que as correntes ou cabos de içamento fiquem também na posição vertical evitando assim esforços demasiados nos olhais. 2.5.4. POSICIONAMENTO DE MOTORES VERTICAIS Os motores verticais WEG são fornecidos com 8 pontos para içamento, sendo 4 na parte dianteira e 4 na parte traseira. Alguns motores são transportados na posição horizontal e necessitam ser movimentados para a posição original. O procedimento a seguir serve para movimentação de motores com forma construtiva vertical da posição horizontal para vertical e vice- versa, independente do modelo ou linha do produto. 1) Levante o motor através dos 4 olhais laterais utilizando-se de 2 talhas; 2) Abaixe a talha que está presa na parte dianteira do motor e ao mesmo tempo levante a talha que está presa no lado traseiro do motor até que o motor atinja o equilíbrio. 3) Solte a talha presa na parte dianteira do motor e gire o motor 180º para possibilitar a fixação da talha solta nos outros 2 olhais da parte traseira do motor. 4) Fixe a talha solta nos outros 2 olhais da parte traseira do motor e levante-a até que o motor fique na posição vertical. 17 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 3. INSTALAÇÃO Máquinas elétricas devem ser instaladas em locais que permitam fácil acesso para inspeção e manutenção, principalmente no que se refere aos mancais (relubrificação) e inspeção das escovas. Se a atmosfera ambiente for úmida, corrosiva ou contiver substâncias ou partículas abrasivas, é importante assegurar o correto grau de proteção. A instalação de motores onde existam vapores, gases ou poeiras perigosas, inflamáveis ou combustíveis oferecendo possibilidade de fogo ou explosão, deve ser feita de acordo com as Normas ABNT NBR, NEC-Art.500 (National Electrical Code) e UL-674 (Underwriter's Laboratories Inc.). Em nenhuma circunstância os motores poderão ser cobertos por caixas ou outras coberturas que possam impedir ou diminuir a livre circulação do ar de ventilação. As máquinas dotadas de ventilação externa devem ficar, no mínimo, a 50mm de altura do piso a fim de deixar margem para a entrada de ar. As aberturas para entrada e saída de ar jamais deverão ser obstruídas ou diminuídas por objetos, paredes, colunas, etc. O ambiente no local de instalação deverá ter condições de renovação de ar da ordem de 20m³ por minuto para cada 100kW de potência da máquina. 3.1. ASPECTOS MECÂNICOS 3.1.1. MONTAGEM Afim assegurar a operação adequada, além de uma fundação estável, o motor deve estar precisamente alinhado com o equipamento acoplado e os componentes montados no seu eixo, adequadamente balanceados. Observação: Com a máquina montada e acoplada, as relações entre a freqüência natural da fundação e: - A freqüência de giro do motor; - O dobro da freqüência de giro; - O dobro da freqüência da linha. Devem estar conforme especificado abaixo: - Freqüência natural de 1ª ordem da fundação: ≥ +25% ou ≤ -20% em relação às freqüências acima. - Freqüências naturais da fundação de ordens superiores: ≥ +10% ou ≤ -10% em relação às freqüências acima. 3.1.2. FUNDAÇÕES A fundação onde está colocado o motor deve ser plana e, se possível, isenta de vibrações. Recomenda-se, portanto, uma fundação de concreto. O tipo de fundação a escolher dependerá da natureza do solo no local da montagem, ou da resistência dos pisos. No dimensionamento da fundação do motor, deve ser considerado o fato de que o motor pode, ocasionalmente, ser submetido a um torque maior que o torque nominal. Se este dimensionamento não for criteriosamente executado poderá ocasionar sérios problemas de vibração do conjunto fundação, motor e máquina acionada. OBS: Na base de concreto deverá ser prevista uma placa metálica para apoio do parafuso de nivelamento. Baseado na figura 3.1., os esforços sobre a fundação podem ser calculados pelas equações: Onde: F1 e F2 - Reação dos pés sobre a base (N) g - Aceleração da gravidade (9,81m/s²) m - massa do motor (kg) Cmáx - Torque máximo (Nm) A - Obtido do desenho dimensional do motor (m) Figura 3.1. OBS.: O desenho acima indica os esforços no motor quando o sentido de rotação é horário. Para sentido anti-horário, invertem-se os esforços (F1, F2, 4.Cmáx). )( max)4(...5.01 A CgmF ++= )( max)4(...5.02 A CgmF −+= 20 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS b) Bases deslizantes Em acionamento por polias o motor deve ser montado sobre a base deslizante (trilhos) e a parte inferior da correia deve estar tracionada. O trilho mais próximo da polia motora é colocado de forma que o parafuso de posicionamento fique entre o motor e a máquina acionada. O outro trilho deve ser colocado com o parafuso na posição oposta como mostra a figura 3.5. O motor é parafusado nos trilhos e posicionado na fundação. A polia motora é então alinhada de forma que seu centro esteja no mesmo plano do centro da polia movida e os eixos do motor e da máquina estejam paralelos. A correia não deve ser demasiadamente esticada, ver figura 3.12. Após o alinhamento, os trilhos são fixados. Figura 3.5. c) Bases metálicas A base deverá ter superfície plana contra os pés do motor de modo a evitar deformações na carcaça. A altura da superfície de apoio deve ser determinada de tal modo que debaixo dos pés do motor possam ser colocadas chapas de compensação numa espessura total de 2mm. As máquinas não devem ser removidas da base comum para alinhamento; a base deve ser nivelada na própria fundação, usando níveis de bolha (ou outros instrumentos niveladores). Quando uma base metálica é utilizada para ajustar a altura da ponta de eixo do motor com a ponta de eixo da máquina, esta deve ser nivelada na base de concreto. Após a base ter sido nivelada, os chumbadores apertados e os acoplamentos verificados, a base metálica e os chumbadores são concretados. 3.1.3. ALINHAMENTO/NIVELAMENTO A máquina elétrica deve estar perfeitamente alinhada com a máquina acionada, especialmente nos casos de acoplamento direto. Um alinhamento incorreto pode causar defeito nos rolamentos, vibrações e mesmo, ruptura do eixo. Uma maneira de conseguir-se um alinhamento correto é usando relógios comparadores, colocados um em cada semi-luva, um apontado radialmente e outro axialmente. Assim é possível verificar simultaneamente o desvio de paralelismo (figura 3.6a) e o desvio de concentricidade (figura 3.6b), ao dar-se uma volta completa nos eixos. Uma medição em 4 diferentes pontos de circunferência não poderá apresentar uma diferença maior que 0,03mm. Figura 3.6a - Desvio de paralelismo. Figura 3.6b – Desvio de concentricidade. No alinhamento/nivelamento deve-se considerar o efeito da temperatura sobre o motor e a máquina acionada. As diferentes dilatações das máquinas acopladas podem significar uma alteração no alinhamento/ nivelamento durante o funcionamento da máquina. Após o alinhamento do conjunto e verificação do perfeito alinhamento (tanto a frio como a quente) deve-se fazer a pinagem do motor, conforme figura 3.7. Existem instrumentos que realizam o alinhamento utilizando raio laser visível e computador próprio com programas específicos que conferem alta confiabilidade e precisão no alinhamento de máquinas. 21 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS Figura 3.7. OBS: Os pinos, porcas e arruelas serão fornecidos com o motor quando solicitados. 3.1.4. ACOPLAMENTOS a) Acoplamento direto Deve-se preferir sempre o acoplamento direto, devido ao menor custo, reduzido espaço ocupado, ausência de deslizamento (correias) e maior segurança contra acidentes. No caso de transmissão com relação de velocidade, é usual também o acoplamento direto através de redutores. CUIDADOS: Alinhar cuidadosamente as pontas de eixos, usando acoplamento flexível, sempre que possível, deixando folga mínima de 3mm entre os acoplamentos. Figura 3.6c - Folga axial. b) Acoplamento por engrenagens Acoplamento por engrenagens mal alinhadas, dão origem a solavancos que provocam vibrações na própria transmissão e no motor. Cumpre cuidar, portanto, para que os eixos fiquem em alinhamento perfeito, rigorosamente paralelos no caso de engrenagens retas e em ângulo certo no caso de engrenagens cônicas ou helicoidais. O engrenamento perfeito poderá ser controlado com inserção de uma tira de papel, na qual apareça após uma volta, o decalque de todos os dentes. c) Acoplamento por meio de polias e correias Quando uma relação de velocidade é necessária, a transmissão por correia é a mais freqüentemente usada. MONTAGEM DE POLIAS: Para montagem de polias em ponta de eixo com rasgo de chaveta e furo roscado na ponta, a polia deve ser encaixada até na metade do rasgo da chaveta apenas com esforço manual do montador. Para eixos sem furo roscado recomenda-se aquecer a polia de 80ºC (figura 3.8). Figura 3.8 - Montagem de polias. DESMONTAGEM DE POLIAS: Para desmontagem de polias recomenda-se o uso de dispositivos como o mostrado na figura 3.9, procedendo-se com cuidado para não danificar a chaveta e o assento da polia. Figura 3.9 - Desmontagem de polias. Deve ser evitado o uso de martelos na montagem de polias evitando a formação de marcas nas pistas dos rolamentos. Estas marcas, inicialmente são pequenas, crescem durante o funcionamento e podem evoluir até danificar totalmente o rolamento. O posicionamento correto da polia é mostrado na figura 3.10. Figura 3.10. 22 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS FUNCIONAMENTO: Evitar esforços radiais desnecessários nos mancais, situando os eixos paralelos entre si e as polias perfeitamente alinhadas (figura 3.11). Correias que trabalham lateralmente enviesadas transmitem batidas de sentido alternante ao rotor, e poderão danificar os encostos do mancal. O escorregamento da correia poderá ser evitado com aplicação de um material resinoso, como o breu, por exemplo. Figura 3.11 - Correto alinhamento das polias. A tensão na correia deverá ser apenas suficiente para evitar o escorregamento no funcionamento (figura 3.12). Figura 3.12 - Tensões na correia. NOTA: Correia com excesso de tensão aumenta o esforço na ponta de eixo, causando vibração e fadiga, podendo chegar até a fratura do eixo. Deve ser evitado o uso de polias demasiadamente pequenas; estas provocam flexões no motor devido ao fato que a tração na correia aumenta à medida que diminui o diâmetro da polia. Em cada caso específico do dimensionamento da polia, o setor de vendas da WEG Máquinas deverá ser consultado para garantir uma aplicação correta. Devido as tensões existentes nas correias, ocorre uma reação atuando como carga radial na ponta de eixo do motor. Os dados para cálculo desta reação (força radial) são: - Potência transmitida [kW] (P) - Rotação motora [rpm] (RPM). - Diâmetro da polia movida [mm] (DPMV). - Diâmetro da polia motora [mm] (DPMT). - Distância entre os centros [mm] (I). - Coeficiente de atrito [-] (MI) - (normalmente 0,5). - Coeficiente de escorregamento [-] (K). - Ângulo de contato da correia na polia menor [RAD] (alfa). - FR: Força radial atuante na ponta do eixo [N] (FR). NOTA: Sempre utilizar polias devidamente balanceadas. Evitar em todos os casos, sobras de chavetas, pois estas representam um aumento da massa de desbalanceamento. Caso estas observações não forem seguidas, ocorrerá um aumento nos índices de vibração. 3.1.4.1. ACOPLAMENTO DE MOTORES EQUIPADOS COM MANCAIS DE BUCHA - FOLGA AXIAL Motores equipados com mancais de bucha devem operar com acoplamento direto à máquina acionada ou a um redutor. Não é possível o acoplamento através de polias e correias. Os motores equipados com mancais de bucha possuem 03 marcas na ponta de eixo, sendo que a marca central (pintada de vermelho) é a indicação do centro magnético, e as 02 marcas externas indicam os limites de movimento axial do rotor. Para o acoplamento do motor é necessário que sejam considerados os seguintes fatores: - Folga axial do mancal, indicada na tabela 1 abaixo, para cada tamanho de mancal; - O passeio axial da máquina acionada (se existente); - A folga axial máxima permitida pelo acoplamento. ( ) ( ) [ ] ( )[ ] 2 121.1(125,18836 1 11.1 1 2 ALFACOSxALFACOSxK x DPMTxRPM NFR MIxALFA MIxALFAxK DPMTDPMVALFA ++− = ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎣ ⎡ − + = ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ −−= χ ε ε π 25 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 3.2.4. ESQUEMAS DE LIGAÇÃO PARA ESTATORES E ROTORES Os esquemas de ligação a seguir mostram a identificação dos terminais na caixa de ligação e as ligações possíveis para o estator (fases) e rotor dos motores de indução trifásicos. Os números descritos em cada esquema na tabela abaixo servem para o usuário identificar o esquema de ligação correspondente ao seu motor através de uma placa de fixada no motor onde estão descritos os números dos códigos correspondentes aos esquemas de ligação do estator, rotor e acessórios: 3.2.4.1. ESQUEMAS DE LIGAÇÃO PARA ESTATORES E ROTORES (norma IEC 60034-8) Identificação geral dos bornes U, V, W = Estator K, L, M = Rotor ESQUEMAS DE LIGAÇÃO DO ESTATOR 3 BORNES 6 BORNES 6 BORNES - DAHLANDER 9100 3 BORNES + NEUTRO 9121 9101 Δ Y 9102 Δ MENOR VELOCIDADE 9103 YY MAIOR VELOCIDADE 9104 Y MENOR VELOCIDADE 9105 YY MENOR VELOCIDADE 9106 Δ MAIOR VELOCIDADE 9 BORNES 12 BORNES 9107 ΔΔ 9108 Δ 9109 YY 9110 Y 9111 ΔΔ 9112 YY 9113 Δ 9114 Y 12 BORNES - (part winding) 9115 PARA PARTIDA EM Y 9116 PARA PARTIDA EM Δ 9117 Y SO PARA PARTIDA 9118 PARA VELOCIDADE NOMINAL ESQUEMAS DE LIGAÇÃO DO ROTOR (MOTOR DE ANÉIS) ROTOR 9120 9119 26 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 3.2.4.2. ESQUEMAS DE LIGAÇÃO PARA ESTATORES E ROTORES (norma NEMA MG1) Identificação geral dos bornes T1 a T12 = Estator M1, M2, M3 = Rotor ESQUEMAS DE LIGAÇÃO DO ESTATOR 3 BORNES 6 BORNES 6 BORNES - DAHLANDER 9200 3 BORNES + NEUTRO 9221 9201 Δ Y 9202 Δ MENOR VELOCIDADE 9203 YY MAIOR VELOCIDADE 9204 Y MENOR VELOCIDADE 9205 YY MENOR VELOCIDADE 9206 Δ MAIOR VELOCIDADE 9 BORNES 12 BORNES 9207 ΔΔ 9208 Δ 9209 YY 9210 Y 9211 ΔΔ 9212 YY 9213 Δ 9214 Y 12 BORNES - (part winding) 9215 PARA PARTIDA EM Y 9216 PARA PARTIDA EM Δ 9217 Y SO PARA PARTIDA 9218 PARA VELOCIDADE NOMINAL ESQUEMAS DE LIGAÇÃO DO ROTOR (MOTOR DE ANÉIS) ROTOR 9220 9219 SENTIDO DE ROTAÇÃO - O sentido de rotação está descrito na placa de identificação e deve ser visto na extremidade do eixo do lado acionado do motor. - Motores com a identificação dos terminais e ligações descritas nos capítulos 3.2.4.1 e 3.2.4.2 deste manual possuem sentido de rotação horário. - Para inverter o sentido da rotação deve-se inverter a ligação de duas fases. - Os Motores com sentido único de rotação, indicados na placa de identificação e por uma seta fixada na carcaça, possuem ventilador unidirecional e devem operar somente no sentido especificado. - Para inversão do sentido de rotação de motores unidirecionais, deve-se consultar a WEG. 27 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 3.2.5. ESQUEMAS DE LIGAÇÃO PARA ACESSÓRIOS Os esquemas de ligação a seguir mostram a identificação dos terminais na caixa de ligação e as ligações dos acessórios dos motores de indução trifásicos. Os números descritos em cada esquema na tabela abaixo servem para o usuário identificar a ligação dos acessórios correspondente ao seu motor através de uma placa de fixada no motor onde estão descritos os números dos códigos correspondentes aos esquemas de ligação do estator, rotor e acessórios: Identificação geral dos terminais dos acessórios 16 a 19 = Resistências de aquecimento. 20 a 27 = Termoresistências no estator. 36 a 43 = Termistores no estator. 52 a 59 = Termostatos no estator. 68 a 71 = Termoresistências nos mancais. 72 a 75 = Termistores nos mancais. 76 a 79 = Termostatos nos mancais. 80 a 82 = Dínamos taquimétricos. 88 a 91 = Termômetros. 92 e 93 = Freios. 94 a 99 = Transformadores de corrente. ESQUEMAS DE LIGAÇÃO DOS ACESSÓRIOS TERMOSTATOS 9029 NO ESTATOR 1 POR FASE 9030 NO ESTATOR 1 POR FASE EM SÉRIE 9031 NO ESTATOR 2 POR FASE ALARME DESLIGAMENTO 9032 NO ESTATOR 2 POR FASE EM SÉRIE ALARME DESLIGAMENTO 9036 NOS MANCAIS 1 POR MANCAL DIANTEIRO TRASEIRO TERMISTORES 9025 NO ESTATOR 1 POR FASE 9026 NO ESTATOR 1 POR FASE EM SÉRIE 9027 NO ESTATOR 2 POR FASE ALARME DESLIGAMENTO 9028 NO ESTATOR 2 POR FASE EM SÉRIE ALARME DESLIGAMENTO 9035 NOS MANCAIS 1 POR MANCAL DIANTEIRO TRASEIRO 30 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 3.2.7. PROTEÇÃO DOS MOTORES Nos circuitos de motores, há, em princípio, dois tipos de proteção: a proteção dos motores contra sobrecarga/rotor bloqueado e proteção dos circuitos (terminais e de distribuição) contra curto circuito. Os motores utilizados em regime contínuo devem ser protegidos contra sobrecargas, ou por um dispositivo integrante do motor, ou um dispositivo de proteção independente, geralmente com relé térmico com corrente nominal ou de ajuste, igual ou inferior ao valor obtido multiplicando-se a corrente nominal da alimentação a plena carga do motor por: - 1,25 para motores com fator de serviço igual ou superior a 1,15 ou; - 1,15 para motores com fator de serviço igual a 1,0. Alguns motores possuem, quando solicitados pelo cliente como parte integrante, dispositivos de proteção contra sobrelevação de temperatura (em casos de sobrecargas, travamento do motor, baixa tensão, falta de ventilação do motor), tais como: termostato (sonda térmica), termistor, termoresistores tipo PT100. 3.2.7.1. LIMITES DE TEMPERATURA PARA OS ENROLAMENTOS A temperatura do ponto mais quente do enrolamento deve ser mantida abaixo do limite da classe térmica. A temperatura total vale a soma da temperatura ambiente com a elevação de temperatura (T) mais a diferença que existe entre a temperatura média do enrolamento e a ponto mais quente. A temperatura ambiente é, no máximo 40°C, por norma, e acima disso as condições de trabalho são consideradas especiais. Os valores numéricos e a composição da temperatura admissível do ponto mais quente, são indicados na tabela abaixo. Classe de isolamento B F H Temperatura ambiente °C 40 40 40 T = elevação de temperatura (método da resistência) °C 80 100 125 Diferença entre o ponto mais quente e a temperatura média °C 10 15 15 Total: Temperatura do ponto mais quente °C 130 155 180 Tabela 3.4. TERMOSTATO (BIMETÁLICO) São detetores térmicos do tipo bimetálico, com contatos de prata normalmente fechados. Estes se abrem com determinada temperatura. Os termostatos são ligados em série ou independentes conforme esquema de ligação. TERMISTORES (TIPO PTC ou NTC) São detetores térmicos, compostos de semicondutores que variam sua resistência bruscamente ao atingirem uma determinada temperatura. Os termistores são ligados em série ou independentes conforme esquema de ligação. NOTA: Os termostatos e os termistores deverão ser conectados a uma unidade de controle que interromperá a alimentação do motor ou acionará um dispositivo de sinalização. TERMORESISTÊNCIA (TIPO PT100-RTD) A termoresistência é um elemento de resistência calibrada feito de platina. Seu funcionamento baseia-se no princípio de que a resistência elétrica de um condutor metálico varia linearmente com a temperatura. Os terminais do detetor são ligados a um painel de controle, que inclui um medidor de temperatura. Normalmente são instalados uma resistência calibrada por fase e um por mancal, regulando-se os dispositivos de controle para alarme e posterior desligamento. (Por motivo de segurança extra, é possível instalar dois protetores por fase). A tabela 3.7 mostra uma comparação entre os sistemas de proteção. OBS: 1) Além dos dispositivos de proteção aqui indicados, outros deverão ser utilizados quando a aplicação assim exigir. 2) A tabela 3.8 mostra os valores de temperatura em função da resistência ôhmica medida. 3) Recomenda-se que os relés sejam ajustados conforme indicado abaixo: Classe F: Alarme: 130ºC. Desligamento: 155ºC. Classe H: Alarme: 155ºC. Desligamento: 180ºC. Os valores de alarme e desligamento podem ser definidos em função da experiência, porém não devem ultrapassar aos indicados anteriormente. 31 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS Proteção em função da corrente Causas de sobreaquecimento Só fusível Fusível e protetor térmico Proteção com sondas térmicas no motor 1. Sobrecarga com corrente 1,2 corrente nominal. não protegido protegido protegido 2. Regimes de carga S1 a S8 EB 120. não protegido semi-protegido protegido 3. Frenagens, reversões e funcionamento com partidas freqüentes. não protegido semi-protegido protegido 4. Funcionamento com mais de 15 partidas por hora. não protegido semi-protegido protegido 5. Rotor bloqueado. semi-protegido semi-protegido protegido 6. Falta de fase. não protegido semi-protegido protegido 7. Variação de tensão excessiva. não protegido protegido protegido 8. Variação de freqüência na rede. não protegido protegido protegido 9. Temperatura ambiente excessiva. não protegido protegido protegido 10. Aquecimento externo provocado por rolamentos, correias, polias, etc. não protegido não protegido protegido 11. Obstrução na ventilação. não protegido não protegido protegido Tabela 3.7 - Comparação entre sistemas de proteção de motores. ºC 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 100.00 100.39 100.78 101.17 101.56 101.95 102.34 102.73 103.12 103.51 10 103.90 104.29 104.68 105.07 105.46 105.95 106.24 106.63 107.02 107.40 20 107.79 108.18 108.57 108.96 109.35 109.73 110.12 110.51 110.90 111.28 30 111.67 112.06 112.45 112.83 113.22 113.61 113.99 114.38 114.77 115.15 40 115.54 115.93 116.31 116.70 117.08 117.47 117.85 118.24 118.62 119.01 50 119.40 119.78 120.16 120.55 120.93 121.32 121.70 122.09 122.47 122.86 60 123.24 123.62 124.01 124.39 124.77 125.16 125.54 125.92 126.31 126.69 70 127.07 127.45 127.84 128.22 128.60 128.98 129.37 129.75 130.13 130.51 80 130.89 131.27 131.66 132.04 132.42 132.80 133.18 133.56 133.94 134.32 90 134.70 135.08 135.46 135.84 136.22 136.60 136.98 137.36 137.74 138.12 100 138.50 138.88 139.26 139.64 140.02 140.39 140.77 141.15 141.53 141.91 110 142.29 142.66 143.04 143.42 143.80 144.17 144.55 144.93 145.31 145.68 120 146.06 146.44 146.81 147.19 147.57 147.94 148.32 148.70 149.07 149.45 130 149.82 150.20 150.57 150.95 151.33 151.70 152.08 152.45 152.83 153.20 140 153.58 153.95 154.32 154.70 155.07 155.45 155.82 156.19 156.57 156.94 150 157.31 157.69 158.06 158.43 158.81 159.18 159.55 159.93 160.30 160.67 Tabela 3.8 - Variação da resistência calibrada de platina. OBS: Quando houver previsão de caixa de ligação para acessórios, nesta caixa estarão os terminais de ligação dos protetores térmicos e outros acessórios. Caso contrário, os terminais dos acessórios estarão na caixa principal. 32 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 3.2.7.2. RESISTÊNCIAS DE AQUECIMENTO Quando o motor encontra-se equipado com resistência de aquecimento para impedir a condensação de água durante longos períodos sem operação estas devem ser ligadas de modo a serem sempre energizadas logo após o desligamento do motor e serem desenergizadas logo que o motor entre em operação O desenho dimensional e uma placa de identificação específica existem no motor indicam o valor da tensão de alimentação e a potência das resistências instaladas. 3.2.7.3. LIMITES DE VIBRAÇÃO Os motores e geradores WEG são balanceados em fábrica atendendo os limites de vibração estabelecidos pelas normas IEC34-14, NEMA MG1 - Parte 7 e NBR 11390 (exceto quando o contrato de compra especifique valores diferentes). As medições de vibração são realizadas nos mancais traseiro e dianteiro, nas direções vertical, horizontal e axial. Quando o cliente envia a meia luva de acoplamento para a WEG o motor é balanceado com a meia luva montada no eixo. Caso contrário, de acordo com as normas acima, o motor é balanceado com meia chaveta (isto é, o canal de chaveta é preenchido com uma barra de mesma largura, espessura e altura que o canal de chaveta durante o balanceamento). Os níveis máximos de vibração recomendados pela WEG para motores em operação são informados na tabela abaixo. Esses valores são orientativos e genéricos, sendo que condições específicas da aplicação devem ser consideradas: Níveis de Vibração (mm/s RMS) Rotação nominal (rpm) Carcaça < 355 355 à 630 > 630 Alarme 4,5 4,5 5,5 600 ≤ n ≤ 1800 Desligamento 7,0 7,0 8,0 Alarme 3,5 4,5 5,5 1800 < n ≤ 3600 Desligamento 5,5 6,5 7,5 Tabela 3.5. As causas de vibração encontradas mais freqüentemente no campo são: - Desalinhamento entre o motor e o equipamento acionado; - Fixação do motor à base inadequada, com “calços soltos” debaixo de um ou mais pés do motor, e parafusos de fixação mal apertados; - Base inadequada, ou com falta de rigidez; - Vibrações externas provenientes de outros equipamentos. Operar o motor com valores de vibração acima dos descritos acima pode prejudicar a sua vida útil e/ou seu desempenho. 3.2.7.4. LIMITES DE VIBRAÇÃO DO EIXO Em motores equipados ou com previsão para instalação de sensor de proximidade (normalmente utilizados em mancais de bucha) as superfícies do eixo são preparadas com acabamento especial nas áreas adjacentes aos mancais, visando garantir a correta medição da vibração do eixo. A vibração do eixo nestes motores é medida e deve atender às normas IEC 34-14 ou NEMA MG 1. Os valores de alarme e desligamento da tabela 3.6 representam valores de vibração do eixo admissíveis para máquinas elétricas acopladas conforme norma ISO7919-3. Estes valores são orientativos e genéricos, sendo que as condições específicas da aplicação devem ser consideradas, principalmente a folga diametral entre o eixo e o mancal. Vibração do Eixo (μm pico-a-pico) Rotação Nominal (rpm) Carcaça 280 e 315 355 a 450 > 450 Alarme 110 130 150 1800 Desligamento 140 160 190 Alarme 85 100 120 3600 Desligamento 100 120 150 Tabela 3.6. Operar o motor com valores de vibração do eixo na região de alarme ou desligamento pode causar danos ao casquilho do mancal. As principais causas para aumento na vibração do eixo são: - Problemas de desbalanceamento, acoplamento ou outros problemas que repercutem também na vibração da máquina; - Problemas de forma do eixo na região de medição, minimizados durante a fabricação; - Tensão ou magnetísmo residual na superfície do eixo onde é feita a medição; - Arranhões, batidas ou variações no acabamento do eixo na região de medição. 35 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 3.5.1. CUIDADOS GERAIS COM MOTORES ELÉTRICOS APLICADOS EM ÁREAS DE RISCO Antes de instalar, operar ou proceder manutenção em motores elétricos de áreas de risco, devem ser tomados os seguintes cuidados: - As normas citadas abaixo, aplicáveis para o caso em questão, devem ser estudadas e entendidas; - Todos os requisitos exigidos nas normas aplicáveis devem ser atendidos. Exe - Segurança Aumentada: IEC 79-7 / NBR 9883 / EN 50019. Exp - Pressurizado: IEC 79-2 / NBR 5420. Exn - Não ascendível: IEC 7915. 3.5.2. CUIDADOS ADICIONAIS RECOMENDADOS PARA MOTORES APLICADOS EM ÁREAS DE RISCO - Desenergizar o motor e aguardar que o mesmo esteja completamente parado, ante de executar qualquer processo de manutenção, inspeção ou reparo nos motores; - Todas as proteções existentes devem estar instaladas e devidamente ajustadas antes da entrada em operação; - Certificar-se que os motores estejam devidamente aterrados; - Os terminais de ligação devem estar devidamente conectados de modo a evitar qualquer tipo de mal contato que possa gerar aquecimento ou faísca. NOTA: Todas as outras instruções quanto a armazenagem, movimentação, instalação e manutenção existentes nesse manual e aplicável ao tipo de motor em questão, também devem ser observadas. 36 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 4. MANUTENÇÃO Em uma manutenção de motores elétricos, adequadamente aplicados, deve-se inspecionar periodicamente níveis de isolamento, a elevação de temperatura (enrolamentos e mancais), desgastes, lubrificação dos rolamentos, vida útil dos mancais, eventuais exames no ventilador, quanto ao correto fluxo de ar, níveis de vibração, desgastes de escovas e anéis coletores. A não observância de um dos itens anteriormente relacionados podem significar paradas não desejadas do equipamento. A freqüência com que devem ser feitas as inspeções, depende do tipo do motor e das condições locais de aplicação. A carcaça deve ser mantida limpa, sem acúmulo de óleo ou poeira na sua parte externa para facilitar a troca de calor com o meio. Advertência quanto ao transporte: Os motores providos com rolamentos de esferas ou rolos, sempre que necessitem de transporte, deve-se observar que o eixo esteja devidamente travado, a fim de evitar danos aos mancais. Para o travamento do eixo, utilizar o dispositivo fornecido juntamente com o motor, ver o disposto no item 2.2. 4.1. LIMPEZA Os motores devem ser mantidos limpos, isentos de poeira, detritos e óleos. Para limpá-los, deve-se utilizar escovas ou panos limpos de algodão. Se a poeira não for abrasiva, deve-se empregar um jateamento de ar comprimido, soprando a sujeira da tampa defletora e eliminando toda acumulação de pó contida nas pás do ventilador e nas aletas de refrigeração. Os tubos dos trocadores de calor (quando existirem) devem ser mantidos limpos e desobstruídos para garantir uma perfeita troca de calor. Para limpeza dos tubos, pode ser utilizada uma haste com escova redonda na extremidade que, ao ser introduzida nos tubos, retira a sujeira acumulada. NOTA: Para limpeza dos tubos, retirar a tampa traseira do trocador de calor e inserir a escova nos tubos. Em caso de trocadores de calor ar-água, é necessário uma limpeza periódica nas tubulações do radiador a fim de que se retire quaisquer incrustações. Em motores de anéis, o compartimento das escovas deve ser limpo com aspirador de pó, retirando o pó das escovas para fora do motor. Os anéis coletores devem ser limpos com um pano limpo e seco e que não solte fiapos. Os espaços entre os anéis devem ser limpos com uma mangueira de aspirador de ar com uma varinha de plástico na ponta. Não devem ser usados solventes para limpeza dos anéis coletores, pois o vapor destes produtos é prejudicial ao funcionamento das escovas e anéis coletores. Os detritos impregnados de óleo ou umidade podem ser limpos com panos embebidos em solventes adequados. Em motores com proteção IP 54, recomenda-se uma limpeza na caixa de ligação. Esta deve apresentar os bornes limpos, sem oxidação, em perfeitas condições mecânicas e sem depósitos de pó nos espaços vazios. Em ambiente agressivo, recomenda-se utilizar motores com proteção IP(W)55. 4.1.1. LIMPEZA PARCIAL - Drene a água condensada. - Limpe o interior da caixa de ligação. - Inspeção visual do isolamento do enrolamento. - Limpe os anéis coletores (vide item 4.4 e 4.5). - Verifique as condições da escova. - Limpeza do trocador de calor. 4.1.2. LIMPEZA COMPLETA - Limpe os enrolamentos sujos com pincel ou escova. Use um pano umedecido em álcool ou com solventes adequados para remover graxa, óleo e outras sujeiras que aderiram sobre o enrolamento. Seque com ar seco. - Passe ar comprimido através dos canais de ventilação no pacote de chapas do estator, rotor e mancais. - Drene a água condensada, limpe o interior das caixas de ligação e os anéis coletores. - Meça a resistência de isolamento (ver tabela 2.3a). - Limpe o conjunto escovas/porta-escovas conforme item 4.5. - Limpe completamente o trocador de calor. NOTA: Caso o motor possua filtros na entrada e ou saída de ar, os mesmos deverão ser limpos através da passagem de ar comprimido. Caso a poeira seja de remoção difícil, lave-o em água fria com um detergente neutro e seque-o na posição horizontal. 37 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 4.2. LUBRIFICAÇÃO 4.2.1. MANCAIS DE ROLAMENTO LUBRIFICADOS A GRAXA A finalidade de manutenção, neste caso, é prolongar o máximo possível, a vida útil do sistema de mancais. A manutenção abrange: a) Observação do estado geral em que se encontram os mancais. b) Lubrificação e limpeza. c) Exame mais minucioso dos rolamentos. O ruído nos motores deverá ser observado em intervalos regulares de 1 a 4 meses. Um ouvido bem treinado é perfeitamente capaz de distinguir o aparecimento de ruídos anômalos, mesmo empregando meios muito simples (uma chave de fenda, etc.). Para uma análise mais confiável dos mancais, aconselha-se a utilização de equipamentos que permitam fazer análises preditivas. O controle da temperatura num mancal também faz parte da manutenção de rotina. Sendo o mancal lubrificado com graxas recomendadas no item 4.2.1.2 a elevação de temperatura não deverá ultrapassar os 60ºC, medido no anel externo do rolamento (T = 60ºC/ambiente máx. = 40ºC, temperatura absoluta = T + ambiente). A temperatura poderá ser controlada permanentemente com termômetros, colocados do lado de fora do mancal, ou com termo-elementos embutidos. As temperaturas de alarme e desligamento para mancais de rolamento podem ser ajustadas respectivamente para 110ºC e 120ºC. A temperatura de alarme deverá ser ajustada em 10ºC acima da temperatura de regime de trabalho, não ultrapassando o limite de 110ºC. Os motores WEG são normalmente equipados com rolamentos de esfera ou de rolos, lubrificados com graxa. Os rolamentos devem ser lubrificados para evitar o contato metálico entre os corpos rolantes e também para proteger os mesmos contra corrosão e desgaste. As propriedades dos lubrificantes deterioram-se em virtude de envelhecimento e trabalho mecânico, e, além disso, todos os lubrificantes sofrem contaminação em serviço, razão pela qual devem ser completados ou trocados de tempos em tempos. 4.2.1.1. INTERVALOS DE LUBRIFICAÇÃO Os motores WEG são fornecidos com graxa POLYREX EM 103 (Fabricante: Esso) até a carcaça 450 e a graxa STABURAGS N12MF (Fabricante Klüber) para a carcaça 500 e acima, suficientes para o período de funcionamento indicado na folha de dados a na placa de identificação dos rolamentos. O período de relubrificação depende do tamanho do motor, da velocidade de rotação, das condições de serviço, do tipo de graxa utilizado e da temperatura trabalho. O período de lubrificação e o tipo dos rolamentos para cada motor estão gravados na placa de identificação fixada no motor. O motor que permanecer em estoque deve ser relubrificado a cada 6 meses. A cada 2 meses deve-se girar o eixo algumas voltas para homogeneizar a graxa pelos mancais. Os intervalos de lubrificação, quantidade de graxa e os rolamentos usados nos motores, estão nas tabelas 4.2a e 4.2b, como valores orientativos. Os dados dos rolamentos, quantidade e tipo de graxa e intervalo de lubrificação são informados em uma placa de identificação fixada no motor. Antes do procedimento de lubrificação dos mancais, verifique estes dados. 40 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 4.2.1.2. TIPO E QUANTIDADE DE GRAXA Graxas fornecidas com os motores FABRICANTE GRAXA TEMPERATURA DE TRABALHO CONSTANTE (°C) APLICAÇÃO ESSO POLYREX EM 103 (BASE DE POLIURÉIA) (-30 a +170) KLÜBER STABURAGS N12MF (BASE DE COMPLEXO DE SÓDIO E MoS2) (-20 a +140) NORMAL Tabela 4.3a. Opções de graxas FABRICANTE GRAXA TEMPERATURA DE TRABALHO CONSTANTE (°C) APLICAÇÃO ESSO UNIREX N2 (BASE COMPLEXO DE LÍTIO) (-35 a +175) PETROBRAS LUBRAX GMA-2 (BASE DE LÍTIO) (0 a +130) ALVÂNIA R3 (BASE DE LÍTIO) (-35 a +130) NORMAL SHELL AEROSHELL 7 (MICROGEL) (-55 a +100) ESSO BEACON 325 (BASE DE LÍTIO) (-50 a +120) BAIXA TEMPERATURA Tabela 4.3b. Quantidade de graxa (g) Rolamento de esferas Rolamento de rolos Rolamento de rolos autocompensador Rolamento Graxa (g) Rolamento Graxa (g) Rolamento Graxa (g) 6222 40 NU222 40 23032 75 6224 45 NU224 45 23036 105 6226 50 NU226 50 23040 130 6230 65 NU228 55 Tabela 4.4c. 6234 85 NU230 65 6314 30 NU232 70 6316 35 NU234 85 6320 50 Tabela 4.4b. 6322 60 Tabela 4.4a. 4.2.1.3. QUALIDADE E QUANTIDADE DE GRAXA É importante que se faça uma lubrificação correta, isto é, aplicar graxa correta e em quantidade adequada, pois tanto uma lubrificação deficiente quanto uma lubrificação excessiva, trazem efeitos prejudiciais. A lubrificação em excesso acarreta elevação de temperatura, devido à grande resistência que oferece ao movimento das partes rotativas, e principalmente devido ao batimento da graxa, que acaba por perder completamente suas características de lubrificação. Isto pode provocar vazamento, com penetração da graxa para o interior do motor, depositando-se sobre as bobinas, anéis coletores e escovas. 4.2.1.4. COMPATIBILIDADE A compatibilidade dos diversos tipos de graxas constitui, ocasionalmente, um problema. Pode-se dizer que as graxas são compatíveis, quando as propriedades da mistura se encontram entre as faixas de propriedades das graxas individualmente. Graxas com diferentes tipos de base nunca deverão ser misturadas. Exemplo: Graxas à base de Lítio nunca devem ser misturadas com outras que tenham base de sódio ou cálcio. 41 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS Para se evitar qualquer possível problema de incompatibilidade de graxas. Uma boa prática de lubrificação consiste em se introduzir uma nova graxa no equipamento, eliminando-se por completo a graxa velha e limpando perfeitamente o local que vai ser lubrificado. Quando isto não for possível, deve-se aplicar graxa nova sob pressão. Expulsando-se a antiga, até sair graxa limpa pelo dreno do mancal. Em geral, graxas com o mesmo tipo de sabão são compatíveis entre si, mas dependendo da proporção de mistura, pode haver incompatibilidade. Assim sendo, não é recomendada a mistura de diferentes tipos de graxas, sem antes consultar o fornecedor da graxa ou a WEG. Alguns espessantes e óleos básicos, não podem ser misturados entre si. Forma-se então uma mistura não homogênea. Neste caso, não se pode descartar uma tendência ao endurecimento, ou ao contrário, um amolecimento da graxa, (ou queda do ponto de gota da mistura resultante). 4.2.1.5. INSTRUÇÕES PARA LUBRIFICAÇÃO O sistema de lubrificação foi projetado para que na relubrificação dos rolamentos, toda a graxa seja removida das pistas dos rolamentos e expelida através de um dreno que permite a saída e impede a entrada de poeira ou outros contaminantes nocivos ao rolamento. Este dreno também evita a danificação dos rolamentos pelo conhecido problema de relubrificação excessiva. É aconselhável fazer a relubrificação durante o funcionamento do motor, de modo a permitir a renovação da graxa no alojamento do rolamento. Se isto não for possível devido à presença de peças girantes perto da engraxadeira (polias, etc.) que podem por em risco a integridade física do operador, procede-se da seguinte maneira: - Injeta-se aproximadamente metade da quantidade total estimada da graxa e coloca-se o motor a girar durante aproximadamente 1 minuto em plena rotação; - Desliga-se o motor e injeta-se o restante da graxa. A injeção de toda a graxa com o motor parado pode levar a penetração de parte do lubrificante no interior do motor, através da vedação interna da caixa do rolamento. OBS: É importante manter as graxeiras limpas antes da introdução da graxa a fim de evitar a entrada de materiais estranhos no rolamento. Para lubrificação, use exclusivamente pistola engraxadeira manual. Fig. 4.2. - Rolamentos e sistemas de lubrificação. 4.2.1.6. ETAPAS DE RELUBRIFICAÇÃO DOS ROLAMENTOS 1. Retirar a tampa do dreno. 2. Limpar com pano de algodão as proximidades do orifício da graxeira. 3. Com o rotor em funcionamento, adicionar a graxa por meio de pistola engraxadeira manual até que a graxa comece a sair pelo dreno ou até ter sido introduzida a quantidade de graxa nas tabelas. 4. Deixar o motor funcionando durante o tempo suficiente para que se escoe todo o excesso de graxa. 5. Inspecione a temperatura do mancal para certificar-se de que não houve nenhuma alteração significativa. 4.2.1.7. DISPOSITIVO DE MOLA PARA RETIRADA DA GRAXA Quando a saída de graxa do mancal não está acessível ao operador, alguns motores são providos de um dispositivo com mola para retirada da graxa durante a relubrificação dos mancais. Etapas para lubrificação: 1. Antes de iniciar o procedimento de lubrificação do mancal, limpe a graxeira com pano de algodão; 2. Retire a vareta com mola, limpe a mola e coloque de volta; 3. Com o rotor em funcionamento, adicione a quantidade de graxa especificada na placa de identificação dos rolamentos, por meio de equipamento engraxador manual. 4. O excesso de graxa sai pelo dreno inferior do mancal e se deposita na mola. 5. Permanecer com o motor funcionando durante o tempo suficiente para que escoa todo o excesso de graxa. 42 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 6. Esta graxa deve ser retirada puxando-se a vareta da mola e limpando-se a mola. Este procedimento deve ser feito tantas vezes quanto forem necessárias até que a mola permaneça sem graxa. 7. Inspecione a temperatura do mancal para certificar-se de que não houve nenhuma alteração significativa. Figura 4.3. - Exemplo de um mancal de rolamento traseiro vertical com saída de graxa com dispositivo de mola. 4.2.1.8. SUBSTITUIÇÃO DE ROLAMENTOS A fim de evitar danos aos núcleos, será necessário após a retirada da tampa do mancal calçar o rotor no entreferro com cartolina de espessura correspondente. A desmontagem dos rolamentos não é difícil, desde que sejam usadas ferramentas adequadas (com 3 garras conforme figura 4.4). Figura 4.4. - Extrator de rolamentos. As garras do extrator deverão ser aplicadas sobre a face lateral do anel a ser desmontado, ou sobre uma peça adjacente. É essencial que a montagem dos rolamentos seja efetuada em condições de rigorosa limpeza e por pessoal competente, para assegurar um bom funcionamento e evitar danificações. Rolamentos novos somente deverão ser retirados da embalagem, no momento de serem montados. Antes da colocação do rolamento novo, será necessário corrigir quaisquer sinais de rebarba ou pancadas no assento do rolamento no eixo. Os rolamentos não podem receber golpes diretos durante a montagem. Recomenda-se que sejam aquecidos (aquecedor indutivo) visando, a partir da dilatação do anel interno, facilitar a montagem. O apoio para prensar o rolamento deve ser aplicado sobre o anel interno. 4.2.2. MANCAIS DE ROLAMENTO A GRAXA – MOTORES VERTICAIS 4.2.2.1. CARACTERÍSTICAS Os dados característicos dos mancais, tais como, tipo de rolamento, intervalo de lubrificação quantidade e tipo de graxa, estão descritos em uma placa de características no motor. 4.2.2.2. INSTRUÇÕES PARA LUBRIFICAÇÃO 1) Antes de iniciar a lubrificação do mancal, limpe a graxeira com um pano limpo. 2) Retire o dispositivo de mola (17), limpe-a e recoloque-a no local. 3) Com o motor em operação, adicione a quantidade de graxa indicada na placa de características do mancal, preferencialmente com engraxadeira manual. 4) O excesso de graxa sai pelo dreno de saída de graxa e deve ser retirado através do dispositivo de mola. 5) Mantenha o motor funcionando por um período suficiente para drenagem de todo o excesso de graxa. 6) Este excesso de graxa deve ser retirado retirando o dispositivo de mola e limpando a mola tantas vezes quanto necessário até que todo o excesso de graxa seja drenado. 7) Verifique a temperatura do mancal certificando-se de que não houve nenhuma variação significante. Manutenção e troca do rolamento Se for necessária a limpeza ou a retirada do rolamento para manutenção, siga as instruções a seguir: Entrada de graxa Mola para retirada da graxa 45 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 4.2.3. MANCAIS DE ROLAMENTO LUBRIFICADOS A ÓLEO 4.2.3.1. INSTRUÇÕES PARA LUBRIFICAÇÃO Retirada do óleo - Quando é necessário efetuar a troca do óleo do mancal, remova a tampa da saída de óleo (3) e deixe sair o óleo completamente. Para inserção de óleo no mancal: - Feche a saída de óleo com a tampa (3). - Remova a tampa da entrada de óleo ou filtro (1) (se houver). - Coloque o óleo especificado até o nível indicado no visor de óleo. NOTAS: 1) Todos os furos roscados não usados devem estar fechados por plugues e nenhuma conexão deve apresentar vazamento. 2) O nível de óleo é atingido quando o lubrificante pode ser visto aproximadamente no meio do visor de nível. 3) O uso de maior quantidade de óleo não prejudica o mancal, mas pode ocasionar vazamentos através das vedações de eixo. Tipo de óleo - O tipo e a quantidade de óleo a ser utilizado estão especificados na placa de características fixada no motor perto do mancal Troca do óleo - A troca do óleo dos mancais deve ser efetuada obedecendo a tabela abaixo, de acordo com a temperatura de trabalho do mancal: Abaixo de 75ºC = 20.000 horas Entre 75 e 80ºC = 16.000 horas Entre 80 e 85ºC = 12.000 horas Entre 85 e 90ºC = 8.000 horas Entre 90 e 95ºC = 6.000 horas Entre 95 e 100ºC = 4.000 horas IMPORTANTE: A vida útil dos mancais depende de suas condições de operação, das condições de operação do motor e dos procedimentos seguidos pelo pessoal de manutenção. As seguintes recomendações devem ser observadas: - O óleo selecionado para a aplicação deve ter a viscosidade adequada para a temperatura de operação do mancal. O tipo de óleo recomendado pela WEG já considera estes critérios. - Quantidade insuficiente de óleo pode danificar o mancal. - O nível de óleo mínimo recomendado é alcançado quando o lubrificante pode ser visto na parte inferior do visor de nível de óleo, com o motor parado. O nível de óleo deve ser inspecionado diariamente e deve permanecer no meio do visor de nível de óleo. 4.2.3.2. OPERAÇÃO DOS MANCAIS A operação de motores equipados com mancais de rolamento lubrificado a óleo é similar a de motores equipados com mancais de rolamento à graxa. A partida do sistema deve ser acompanhada cuidadosamente, assim como as primeiras horas de operação. Antes da partida verifique: - Se o óleo utilizado está de acordo com o especificado na placa de características. - As características do lubrificante - O nível de óleo. - As temperaturas de alarme e desligamento ajustadas para o mancal. Durante a primeira partida deve-se ficar atento para vibrações ou ruídos. Caso o mancal não trabalhe de maneira silenciosa e uniforme o motor deve ser desligado imediatamente. O motor deve operar durante várias horas até que a temperatura dos mancais se estabilize dentro dos limites citados anteriormente. Caso ocorra uma sobre elevação de temperatura o motor deverá ser desligado e os mancais e sensores de temperatura checados. Depois de atingida a temperatura de trabalho dos mancais cheque se não há vazamento de óleo pelos plugues, juntas ou pela ponta de eixo. 4.2.3.3. AJUSTE DAS PROTEÇÕES Cada mancal está equipado com um detector de temperatura (4) tipo PT100. Este dispositivo deverá ser conectado a um painel de controle com a função de indicar sobre aquecimentos e de proteger o mancal de danos devido a operação com temperatura elevada. IMPORTANTE: As seguintes temperaturas devem ser ajustadas no sistema de proteção do mancal: ALARME 110ºC / DESLIGAMENTO 120ºC. A temperatura de alarme deverá ser ajustada em 10ºC acima da temperatura de regime de trabalho, não ultrapassando o limite de 110ºC. 1 2 3 1- Entrada de óleo 2- Visor de nível de óleo 3- Saída de óleo 4- Sensor de temperatura 4 46 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 4.2.3.4. MANUTENÇÃO DO MANCAL Para desmontar o mancal, siga as instruções abaixo: Antes de desmontar - Limpe externamente todo o mancal. - Remova o dreno (12); - Remova completamente o óleo do mancal; - Remova o sensor de temperatura (15) do mancal; - Remova a escova de aterramento (se houver); - Providencie um suporte para o eixo para sustentar o rotor durante a desmontagem. Desmontagem do mancal: - Tenha cuidado para evitar danos nas esferas, rolos ou na superfície do eixo. - Para desmontar o mancal, siga com cuidado as informações abaixo: - Mantenhas as peças desmontadas em local seguro e limpo. 1) Retire o parafuso (9) que fixa o anel com selo labirinto (8); 2) Retire o anel com selo labirinto (8); 3) Retire os parafusos (16) que fixam o reservatório de óleo externo (1); 4) Retire o reservatório externo de óleo (1); 5) Retire os parafusos (14) que fixam o anel de fixação externo (3); 6) Retire o anel de fixação externo (3). 7) Retire os parafusos (5) que fixam o centrifugador de óleo (4) e remova-o. 8) Retire a tampa dianteira (17); 9) Retire o rolamento (7). 10) Se for necessária a desmontagem completa do mancal, retire o anel de fixação interno (6) e o reservatório interno de óleo (2). Montagem do mancal Limpe completamente o rolamento, os reservatórios de óleo e inspecione todas as peças para montagem do mancal. - Certifique-se que as superfícies de contato do rolamento, anéis estejam lisas, sem sinais de riscos ou corrosão. - Antes da inserção do rolamento no eixo, aquecer o mesmo à uma temperatura entre 50 e 100ºC. - Para montagem completa do mancal, siga as instruções de desmontagem na ordem inversa. Atenção Na montagem do mancal, aplique Curril T para vedar as superfícies do reservatório de óleo. NOTA: Os motores podem ser fornecidos com filtro (10) no local indicado no desenho acima ou na entrada de óleo. 1- Resevatório de óleo externo 2- Reservatório de óleo interno 3- Anel de fixação externo 4- Centriffugador de óleo 5- Parafuso 6- Anel de fixação interno 7- Rolamento 8- Anel com labirinto 9- Parafuso 10- Filtro 11- Visor de nível de óleo 12- Dreno (saída de óleo) 13- Tampa (entrada de óleo) 14- Parafuso 15- Protetor térmico (RTD) 16- Parafuso 17- Tampa 47 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 4.2.4. MANCAIS DE DESLIZAMENTO Figura 4.5. 1) Bujão de dreno; 2) Carcaça do mancal; 3) Carcaça do motor; 4) Parafusos de fixação; 5) Capa da carcaça do mancal; 6) Parafusos da capa do mancal bipartido; 7) Selo máquina; 8) Parafusos de selo máquina; 9) Olhal de suspensão; 10) Parafusos da tampa externa; 11) Tampa externa; 12) Casquilho inferior; 13) Casquilho superior; 14) Anel pescador; 15) Entrada de óleo; 16) Conexão para sensor de temperatura; 17) Nível de óleo ou saída de óleo para lubrificação; 18) Bujão para tubos; 19) Parafusos de proteção externa; 20) Alojamento do labirinto; 21) Metade inferior do alojamento do labirinto. 22) Tubo de respiro 50 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS IMPORTANTE: As seguintes temperaturas devem ser ajustadas no sistema de proteção do mancal: ALARME 110ºC DESLIGAMENTO 120ºC A temperatura de alarme deverá ser ajustada em 10ºC acima da temperatura de regime de trabalho, não ultrapassando o limite de 110ºC. 4.2.4.5. REFRIGERAÇÃO COM CIRCULAÇÃO DE ÁGUA Nestes casos o reservatório de óleo, no mancal, possui uma serpentina por onde circula a água. A água circulante deve apresentar, na entrada do mancal, uma temperatura menor ou igual a do ambiente, a fim de que ocorra a refrigeração. A pressão da água deve ser de 0,1 Bar e a vazão igual a 0,7 l/s. O pH deve ser neutro. NOTA: Sob hipótese alguma pode haver vazamento de água para o interior do reservatório de óleo, o que representaria em contaminação do lubrificante. 4.2.4.6. LUBRIFICAÇÃO Mancais auto-lubrificados A troca do óleo dos mancais deve ser efetuada obedecendo a tabela abaixo, de acordo com a temperatura de trabalho do mancal: Abaixo de 75ºC = 20.000 horas Entre 75 e 80ºC = 16.000 horas Entre 80 e 85ºC = 12.000 horas Entre 85 e 90ºC = 8.000 horas Entre 90 e 95ºC = 6.000 horas Entre 95 e 100ºC = 4.000 horas Mancais com lubrificação forçada (externa) A troca do óleo dos mancais deve ser efetuada a cada 20.000 horas de trabalho, ou sempre que o lubrificante apresentar alterações em suas características. A viscosidade e o pH do óleo devem ser verificados periodicamente. O nível do óleo deve ser acompanhado diariamente, devendo ser mantido aproximadamente no centro do visor de nível. O mancal deve ser lubrificado com o óleo especificado através do orifício do visor superior. Todos os furos roscados não usados devem estar fechados por plugues e nenhuma conexão deve apresentar vazamento. O nível de óleo é atingido quando o lubrificante pode ser visto aproximadamente no meio do visor de nível. O uso de maior quantidade de óleo não prejudica o mancal, mas pode ocasionar vazamentos através das vedações de eixo. IMPORTANTE: Os cuidados tomados com a lubrificação determinarão a vida útil dos mancais e a segurança no funcionamento do motor. Por isso, é de suma importância observar as seguintes recomendações: - O óleo selecionado deverá ser aquele que tenha a adequada para a temperatura de trabalho dos mancais. Isso deve ser observado em uma eventual troca de óleo ou em manutenções periódicas. - Insuficiente de lubrificante, devido a enchimento incompleto ou falta de acompanhamento do nível pode danificar os casquilhos. O nível mínimo de óleo é atingido quando o lubrificante pode ser visto tocando na parte inferior do visor de nível com o motor fora de operação. 4.2.4.7. VEDAÇÕES As duas metades do anel labirinto de vedação são unidas por uma mola circular. Elas devem ser inseridas no alojamento do anel de modo que o pino de travamento esteja encaixado em seu rebaixo na metade superior da carcaça. A instalação incorreta destrói a vedação. Antes de montar as vedações limpe cuidadosamente as faces de contato do anel e de seu alojamento, e recubra-as com um componente de vedação não endurecível. Os furos de drenagem existentes na metade inferior do anel devem ser limpos e desobstruídos. Ao instalar esta metade do anel de vedação, aperte-a levemente contra a parte inferior do eixo. Uma vedação adicional está instalada internamente ao motor para prevenir a sucção do óleo devido a baixa pressão gerada pelo sistema de ventilação da máquina. 51 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 4.2.4.8. OPERAÇÃO A operação de motores equipados com mancais de escorregamento é similar a de motores equipados com mancais de rolamento. A partida do sistema deve ser acompanhada cuidadosamente, assim como as primeiras horas de operação. Antes da partida verifique: - Se o óleo utilizado está de acordo com o especificado. - As características do lubrificante. - O nível de óleo. - As temperaturas de alarme e desligamento ajustadas para o mancal. Durante a primeira partida deve-se ficar atento para vibrações ou ruídos. Caso o mancal não trabalhe de maneira silenciosa e uniforme o motor deve ser desligado imediatamente. O motor deve operar durante várias horas até que a temperatura dos mancais se estabilize dentro dos limites citados anteriormente. Caso ocorra uma sobre elevação de temperatura o motor deverá ser desligado e os mancais e sensores de temperatura. Após atingida a temperatura de trabalho dos mancais cheque se não há vazamento de óleo pelos plugues, juntas ou pela ponta de eixo. 4.3. CONTROLE DO ENTREFERRO (motores abertos de grande potência) Após desmontagens e montagens do motor, será necessário analisar a medida do entreferro para verificar a concentricidade do mesmo. A variação do entreferro em dois pontos diametralmente opostos, terá que ser inferior a 10% da medida do entreferro médio. 4.4. ANÉIS COLETORES (para motores com rotor bobinado) Estes deverão ser mantidos limpos e lisos. A limpeza deverá ser feita via de regra a cada mês, ocasião em que deverá ser removida a poeira que tenha se depositado entre os anéis (ver item 4.10). Em caso de desmontagem dos anéis coletores, a montagem deve garantir sua centralização evitando ovalização ou batimentos radiais. Também deverá ser garantido o correto posicionamento da escova sobre o anel (100% de contato). Caso esses cuidados não sejam tomados, ocorrerão problemas de desgastes de anéis coletores e escovas. 4.5. PORTA-ESCOVAS E ESCOVAS (para motores com rotor bobinado) Os porta-escovas devem ficar em sentido radial com referência ao anel coletor, e afastados no máximo 4mm da superfície de contato, a fim de evitar ruptura ou danos às escovas (figura 4.6). Figura 4.6 – Montagem do porta-escovas. OBS.: Semanalmente, as escovas deverão ser verificadas para garantir o livre deslizamento no alojamento do porta-escovas. Escovas Os motores elétricos dotados de anéis coletores, são fornecidos com um determinado tipo de escovas, que são especificados para a potência nominal do motor. NOTA: Caso o motor esteja operando abaixo de sua potência nominal (carga baixa) ou carga intermitente, o conjunto de escovas (tipo de escova e quantidade), deverão ser adequados as condições reais de trabalho, sob pena de danificar completamente o motor. Esta adequação deverá ser feita sob consulta a WEG Máquinas. Nunca deverão ser misturados sobre o mesmo anel, escovas de tipos diferentes. Qualquer alteração no tipo de escova somente deverá ser feita, com a autorização da WEG Máquinas, porque as diferentes espécies de escovas provocam modificação no comportamento da máquina em serviço. As escovas deverão ser semanalmente observadas durante o serviço. As que revelam desgastes ultrapassando a marca indicada na figura 4.7, deverão ser substituídas em tempo hábil. 52 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS Figura 4.7 - Marca de desgaste da escova. Em máquinas que trabalham sempre no mesmo sentido de rotação, o assentamento das escovas deverá ser feito somente no mesmo sentido e não em movimentos alternados, devendo a escova ser levantada durante o movimento de retorno do eixo (figura 4.8). Figura 4.8 - Assentamento das escovas. As escovas deverão assentar com uma pressão uniforme sobre a superfície de contato, para que fique assegurada uma distribuição uniforme da corrente e um baixo desgaste das escovas. É importante que em todas as escovas montadas, a pressão seja igual, com uma tolerância de mais ou menos 10%. Desvios maiores levam a uma distribuição desigual da corrente e com isso há desgastes desiguais das escovas. O controle da pressão das escovas é feito com um dinamômetro. Molas cansadas devem ser substituídas. 4.5.1. DISPOSITIVO DE ATERRAMENTO DO EIXO Em alguns motores de indução, principalmente nos que há necessidade de controle da velocidade com inversor de freqüência, é utilizado um conjunto de porta-escovas e escova para aterramento do eixo. Este dispositivo evita a circulação de corrente elétrica pelos mancais, que são altamente prejudiciais ao seu funcionamento. A escova é colocada em contato com o eixo e ligada através de um cabo à carcaça da máquina, que deve estar aterrada. Deve-se verificar a fixação do porta- escovas e sua ligação com a carcaça. Figura 4.9 – Escova para aterramento do eixo. Para não haver dano ao eixo dos motores WEG durante o transporte, estes são protegidos com um óleo secativo. Para um funcionamento adequado da Escova de Aterramento, deve-se remover este óleo da superfície do eixo antes da posta em marcha da máquina, bem como qualquer resíduo que estiver entre o eixo e a escova. A escova deverá ser constantemente observada durante o seu funcionamento e, ao chegar ao fim de sua vida útil, deve ser substituída por outra de mesma qualidade (granulação). 55 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS OPERAÇÃO MANUAL: Figura 4.12. SIMBOLOGIA: CLD = Chave de torque para desligamento em sobre carga durante o abaixamento das escovas (ou inversão de fases). Se houver falha no CCD. Figura 4.13. CLE = Chave de torque para desligamento em sobre carga durante o levantamento das escovas (ou inversão das fases). Se houver falha no CCE. Figura 4.14. CCD = Chave fim de curso para indicar quando as escovas estiverem totalmente abaixadas. CCE = Chave fim de curso para indicar quando as escovas estiverem totalmente levantadas. CLR = Chave seletora indicando posição manual ou motorizado. Figuras 4.15. CHAVES FIM DE CURSO ADICIONAL PARA SINALIZAÇÃO CCL1 e CCL2 = Chave fim de curso para indicar quando as escovas estiverem totalmente levantadas. CCA1 e CCA2 = Chave fim de curso para indicar quando as escovas estiverem totalmente abaixadas. 4.6.2. PROCEDIMENTO PARA A PARTIDA DO MOTOR Antes de efetuar a partida do motor, deverá ser feita uma inspeção no dispositivo de levantamento e curto-circuitamento verificando através da tampa de inspeção a posição da escova ou através de uma sinalização proveniente da chave CCD, que indica a posição da escova, totalmente abaixada. Caso esta sinalização não estiver indicando a posição de escovas totalmente abaixadas, não deve ser dada a partida do motor, sem antes levar o comando para a posição de escovas totalmente abaixadas. Isto poderá ser feito manualmente, através do volante (7), acionando-se a alavanca (8) ou automaticamente acionando-se o atuador eletromecânico (9). Caso seja utilizado o sistema manual (7), a alavanca (8) retorna a posição anterior acionando-se o atuador eletromecânico (9). Nesta condição (escovas totalmente abaixadas), os anéis (5) não se encontram curto- circuitados, permitindo desta forma a ligação das resistências externas (reostato) em série com o enrolamento rotórico, através das escovas (6). OBS.: Realizar os testes de comando com o sistema de levantamento de escovas antes da partida em carga do motor. 4.6.3. PROCEDIMENTO APÓS A PARTIDA DO MOTOR Quando o motor tiver atingido a rotação nominal, deve ser iniciado o procedimento de curto- circuitamento dos anéis coletores, acionando-se o dispositivo de levantamento e curto-circuitamento (1), em sentido contrário, através do atuador eletromecânico (9), ou manualmente através do volante (7). O curto-circuitamento é feito através da bucha de deslize (2), que suporta os contatos de prata (3). Em seguida é acionado o mecanismo de levantamento das escovas (4). Quando as escovas estiverem totalmente levantadas, o dispositivo é desligado automaticamente, através da chave CCE. OBS.: 1) O sistema automático de levantamento das escovas, possui um sistema de proteção de sobrecarga do atuador eletromecânico de acionamento (9), através das chaves de torque para desligamento em sobrecarga, durante o abaixamento (CLD) ou levantamento das escovas (CLE). 56 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 2) Antes de dar o start up do motor, certificar-se de que as chaves CLD, CLE, CCD e CCE estejam corretamente conectadas ao painel. 3) Quando uma das chaves CLE ou CLD atuarem, deve ser evitado o uso do sistema novamente, antes que seja verificado o motivo pelo qual elas atuaram. 4) O usuário deverá instalar sinalização indicando o funcionamento da lógica do sistema no painel de comando do sistema motorizado de levantamento de escovas. 5) O sistema de comando e sinalização do sistema de levantamento de escovas não é fornecido pela WEG. 6) Após a partida do motor, as escovas não poderão permanecer em contato com os anéis coletores, o que pode causar desgaste excessivo nas escovas e anéis coletores, bem como causar danos ao sistema de levantamento de escovas. Figura 4.16. Figura 4.17. 57 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 4.6.4. MONTAGEM 4.6.4.1. CONJUNTO DE LEVANTAMENTO DO PORTA ESCOVAS 1. Fixar o disco suporte dos pinos com fixador do conjunto de levantamento na caixa de proteção do conjunto porta escovas. 2. Montar rolamento no pino suporte e fixar com pino de fixação que deve ser fixo com anel de retenção. Fixar o pino suporte do rolamento no disco suporte. 3. Fixar os pinos de levantamento do porta escovas no disco suporte dos pinos. OBS.: Rolamento do pino suporte: 6305 2ZRS1. Figura 4.18. 60 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 4.6.4.4. CONJUNTO DO PINO DE RETORNO 1. Montar o eixo da mola no suporte do eixo., Montar a arruela guia do eixo, colocar no eixo e travar com porca. 2. Fechar o conjunto com anel de fixação externo e fixá-lo na caixa de proteção do porta escovas. Figura 4.21. 4.6.4.5. CONJUNTO DO PORTA ESCOVA 1. Fixar as escovas no porta escovas. Fixar os pinos isolados no suporte, montar os discos isolantes, porta escovas e anéis de contato sobre os pinos. 2. Acertar o raio de curvatura existente nas escovas com anéis coletores e colocar uma lixa entre a escova e o anel. A lixa deve ser movimentada de um lado para outro para promover um melhor acentamento do raio da escova com o do anel. Soltar o parafuso de fixação do porta escovas e girar o porta escovas no sentido horário, até o raio da escova coincidir perfeitamente com o anel. Figura 4.22. – Escovas levantadas. Figura 4.23. - Posição Não Curto Cirtuitado. Figura 4.24. - Posição Curto Cirtuitado. Figura 4.25. – Escovas abaixadas. 61 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 4.6.5. DESMONTAGEM Para a desmontagem do porta escovas levantável, proceder da maneira inversa ao da montagem. 4.6.6. AJUSTE DO SISTEMA DE LEVANTAMENTO DAS ESCOVAS 1. Girar o disco de levantamento até a posição de curto circuito e depois girar um pouco mais até liberar os roletes, para evitar esforços desnecessários sobre os rolamentos do rolete. 2. Rosquear o parafuso de ajuste até o disco batente e depois travar o parafuso de ajuste. 3. Girar o disco de levantamento até a posição de não curto circuito (escovas abaixadas) e repetir a mesma operação realizada de curto circuito. 4.7. SECAGEM DOS ENROLAMENTOS Esta operação deve ser feita com o máximo cuidado e, somente por pessoal qualificado. A taxa de incremento da temperatura não deve exceder a 5ºC por hora, e a temperatura final não deve exceder a 150ºC. Tanto uma temperatura final quanto uma taxa de incremento da temperatura muito elevada pode gerar vapor, danificando a isolação. Durante o processo de secagem, a temperatura deve ser cuidadosamente controlada e a resistência da isolação medida a intervalos regulares. No início do processo, a resistência irá diminuir como conseqüência ao aumento de temperatura, para crescer é medida que a isolação for sendo desumidificada. O processo de secagem deve continuar até que sucessivas medições de resistência de isolamento indiquem que esta atingiu um valor mínimo indicado, conforme especificado no item 2.3.5. É extremamente importante impor uma boa ventilação no interior do motor durante a operação de secagem para assegurar que a umidade seja efetivamente removida. 4.8. MONTAGEM E DESMONTAGEM DO MOTOR 4.8.1. LINHA MASTER A) ROTOR GAIOLA Lado acionado: 1. Retire o trocador de calor (se houver). 2. Retire os detetores de temperatura de mancal (se existir). 3. Solte os parafusos que fixam o conjunto mancal. 4. Retire os anéis de fixação externos (para motores com mancais de rolamento). 4.1. Para motores com mancais de deslizamento, seguir o procedimento descrito no item 4.2.4.2. 5. Desparafuse a tampa. Os parafusos que forem retirados deverão ser inseridos nas roscas vazias existentes nas tampas para forçar sua saída. Certifique-se que o eixo esteja apoiado para evitar a queda do rotor sobre o estator. 6. Remova o(s) rolamento(s) (para motores com mancais de rolamentos). 7. Retire o anel de fixação interno (para motores com mancais de rolamentos). Lado não acionado: 1. Desparafuse a tela de proteção do ventilador (motores fechados). 2. Retire o ventilador soltando os parafusos que o prendem sobre o eixo. 3. Solte as 4 porcas que fixam a caixa de proteção do ventilador e remova-a. Retire os parafusos distanciadores. 4. Repita a operação 2 a 7 do item anterior. B) ROTOR DE ANÉIS Lado acionado: Idêntico ao de rotor gaiola. Lado não acionado: 1. Retire a tampa traseira de proteção do porta-escovas. 2. Desconecte os cabos do anel coletor. Retire as escovas e desmonte o porta-escovas. 3. Desparafuse a caixa de proteção do porta-escovas da caixa de ventilação. 4. Retire o coletor de anéis e o disco de ventilação. 5. Repita as operações 2 a 4 do "lado não acionado" para motores de gaiola. 62 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 4.8.1.1. RETIRADA DO ROTOR: Por meio de um dispositivo adequado, retire o rotor de dentro do estator. O dispositivo deverá impedir que o rotor raspe no pacote do estator ou nas cabeças de bobina. 4.8.2. LINHA A A) Lado acionado: 1. Desconecte os cabos das resistências de aquecimento das caixas de ligação. 2. Retire os detetores de temperatura dos mancais (se houver). 3. Solte os parafusos que fixam o conjunto mancal. 4. Retire os anéis de fixação externos (para motores com mancal de rolamento). 4.1. Para motores com mancal de deslizamento, seguir o procedimento descrito no item 4.2.4.2. 5. Desparafuse a tampa. Por meio de ferramenta adequada vá forçando a tampa a sair, girando-a. Certifique-se que o eixo esteja apoiado para evitar a queda do rotor sobre o estator. 6. Remova o(s) rolamento(s) (para motores com mancais de rolamentos). 7. Retire o anel de fixação interno. B) Lado não acionado: 1. Retire a tampa defletora. 2. Solte o anel de retenção do ventilador. 3. Repita as operações 2 a 7 do item 4.8.2 (A). OBS: 1. Para retirar o rotor observe o item 4.8.1.1. 2. O estator não necessita ser retirado da carcaça para eventual rebobinamento. 4.8.3. LINHA F Lado acionado: Idêntico a linha A e H. Lado não acionado: 1. Repetir operações 1 a 3 do item 4.8.2 (B). 2. Retire a tampa traseira de proteção dos porta- escovas. 3. Desconecte os cabos dos anéis coletores. 4. Retire as escovas e desmonte o porta-escovas. 65 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 4.10. PLANO DE MANUTENÇÃO COMPONENTE DIARIAMENTE SEMANALMENTE CADA 3 MESES ANUALMENTE (revisão parcial) CADA 3 ANOS (revisão completa) - Motor completo. - Inspeção de ruído e de vibração. - Drenar água condensada (se houver). - Reapertar parafusos. - Desmontar motor; - Checar partes e peças. - Enrolamento do estator e rotor. - Inspeção visual; Medir resistência de isolação. - Limpeza; - Checar fixação do enrolamento; - Estecas; - Medir resistência de isolação. - Mancais. - Controle de ruído. - Reengraxar; - Respeitar intervalos conforme placa de lubrificação; - Controle de vibração. - Limpeza dos mancais, substituir, se necessário; - Inspecionar casquilho e substituir, se necessário (mancal de bucha); - Inspecionar pista de deslize (eixo) e recuperar quando necessário. - Caixas de ligação, aterramentos. - Limpar interior, reapertar parafusos. - Limpar interior e reapertar parafusos. - Acoplamento (observe as instruções de manutenção do fabricante do acoplamento). - Após 1ª semana: cheque alinhamento e fixação. - Cheque alinhamento e fixação. - Cheque alinhamento e fixação. - Dispositivos de monitoração. - Registre os valores da medição. - Se possível, desmontar e testar seu modo de funcionamento. - Filtro. - Limpe (quando necessário). - Limpe (quando necessário). - Limpe (vide item 4.1.2). - Áreas dos anéis. - Controle a limpeza, se necessário. - Controle a limpeza. - Anéis. - Controle da superfície, limpeza e contato. - Escovas (motores de anéis); - Escova de aterramento do eixo (se houver). - Controle, substituir quando estiver gasto (verificar marca de desgaste, figura 4.5). - Trocador de calor ar-ar. - Limpar os tubos do trocador. Tabela 4.6. 66 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 5. PEÇAS SOBRESSALENTES 5.1. ENCOMENDA Ao se fazer uma encomenda de peças sobressalentes, deve-se indicar o tipo do motor e o número de série da máquina conforme especificado na placa de identificação. 5.2. MANUTENÇÃO DO ESTOQUE Recomendamos manter em estoque as peças que, em funcionamento normal, apresentam desgaste: - Jogo de rolamentos; - Escovas (tipo e quantidade conforme especificado); - Feltros para filtro (se houver). As peças sobressalentes devem ser armazenadas em ambientes limpos, secos e bem arejados. Se possível sob uma temperatura constante. Os casquilhos dos mancais de deslizamento também são peças de reposição, porém, devido ao seu alto custo sugerimos analisar a real necessidade de manter estas peças em estoque. 67 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 6. ANORMALIDADES EM SERVIÇO Grande parte das anormalidades que prejudicam a operação normal das máquinas elétricas, podem ser evitadas com providências e cuidados de caráter preventivo. Ventilação suficiente, limpeza e manutenção cuidadosa, são fatores de maior importância. Outro fator importante é intervir imediatamente ao surgirem, ou serem notados quaisquer fenômenos, como por exemplo: vibrações, batidas de eixo, resistência de isolação permanentemente decrescente, indícios de fumaça e fogo, centelhamento ou forte desgaste nos anéis coletores e escovas, variações bruscas de temperatura nos mancais ou nos rolamentos. A primeira providência a ser tomada quando ocorrem anormalidades de natureza elétrica ou mecânica, é desligar os motores e examinar todas as partes mecânicas e elétricas da instalação. Em caso de incêndio, a instalação deverá ser isolada da rede; o que é feito geralmente pelo desligamento das respectivas chaves. Na presença de fogo no interior do motor, deve-se procurar detê-lo e sufocá-lo, cobrindo as aberturas de ventilação. Para combatê-lo, devem ser usados extintores de pó químico seco ou CO2, mas nunca a água. 6.1. DANOS COMUNS A MOTORES DE INDUÇÃO Os motores da WEG Máquinas são normalmente projetados para classe de isolamento F (155ºC), e para temperatura ambiente de 40ºC (conforme verificado na placa de identificação). A maioria dos defeitos nos enrolamentos se origina quando são ultrapassados as temperaturas limites em todo o enrolamento, ou em partes do mesmo, em conseqüência de sobrecarga de corrente. Eles se revelam por escurecimento ou carbonização da isolação dos fios. 6.1.1. CURTO ENTRE ESPIRAS O curto-circuito entre espiras pode ser conseqüência de coincidirem casualmente dois pontos defeituosos na isolação dos fios ou resultarem de defeitos provocados simultaneamente em dois fios que correm lado a lado. Nas três fases, se manifestam correntes desiguais cuja diferença porém, conforme as circunstâncias, poderá ser tão pequena que a proteção do motor nem reaja. Curto entre espiras, contra o ferro ou entre fases em conseqüência de defeitos na isolação, ocorrem raramente e assim mesmo, quase sempre nos primeiros tempos após a colocação em serviço. 6.1.2. DANOS CAUSADOS AO ENROLAMENTO a) UMA FASE DE ENROLAMENTO QUEIMADA Este dano ocorre quando o motor trabalha ligado em triângulo e falta corrente num condutor da rede. A corrente sobe de 2 a 2,5 vezes no enrolamento restante, ao mesmo tempo em que a rotação cai acentuadamente. Se o motor parar, a corrente subirá de 3,5 até 4 vezes o seu valor nominal. Na maioria das vezes a ocorrência desse defeito se deve ao fato de não ter sido instalada nenhuma chave de proteção ou então, dessa chave ter recebido uma regulagem excessivamente alta. b) DUAS FASES DO ENROLAMENTO QUEIMADAS Este defeito ocorrerá se faltar corrente num condutor da rede e o enrolamento do motor estiver ligado em estrela. Uma das fases do enrolamento fica sem corrente enquanto que as outras passam a absorver toda a potência e a conduzir uma corrente demasiadamente elevada. O escorregamento chega quase a duplicar. c) TRÊS FASES DO ENROLAMENTO QUEIMADAS Causa provável 1: O motor é protegido apenas por fusíveis; sobrecarga no motor será a causa da anormalidade. A conseqüência será a carbonização progressiva dos fios e da isolação culminando com curto entre espiras ou curto contra a massa. Se o motor for precedido por uma chave de proteção esta anormalidade poderá ser facilmente evitada. Causa provável 2: O motor está ligado errado. Vejamos por exemplo: Um motor com enrolamento projetado para 220/380V é ligado através de chave estrela-triângulo a uma rede de 380V. A corrente absorvida será tão alta que o enrolamento queimará em poucos segundos se os fusíveis ou uma chave de proteção incorretamente ajustada não reagirem imediatamente. 70 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 6.2. INSTRUÇÕES PARA A DETERMINAÇÃO DA CAUSA E ELIMINAÇÃO DAS CONDIÇÕES ANORMAIS NO MOTOR NOTA: As instruções a seguir constituem uma relação básica de anormalidades, causas e ações corretivas. Em caso de dúvida, favor contatar a WEG Máquinas, Assistência Técnica ou Serviços. ANORMALIDADE POSSÍVEIS CAUSAS CORREÇÃO - Não dá partida nem acoplado e nem desacoplado. - No mínimo dois cabos de alimentação estão interrompidos, sem tensão. - Rotor está bloqueado. - Problemas nas escovas. - Mancal danificado. - Verificar o painel de comando, os cabos de alimentação, os bornes, o assentamento das escovas. - As escovas podem estar gastas, sujas ou colocadas incorretamente. - Substitua o mancal. - Motor parte a vazio, mas falha ao se aplicar carga. Parte muito lentamente e não atinge rotação nominal. - Torque de carga muito grande durante a partida. - Tensão de alimentação muito baixa. - Queda de tensão muito alta nos cabos de alimentação. - Rotor com barras falhadas ou interrompidas. - Um cabo de alimentação ficou interrompido após a partida. - Não aplicar carga na máquina acionada durante a partida. - Medir a tensão de alimentação, ajustar o valor correto. - Verificar dimensionamento da instalação (transformador, seção dos cabos, verificar relés, disjuntores, etc.). - Verificar e consertar o enrolamento do rotor (gaiola), testar dispositivo de curto-circuito (anéis). - Verificar os cabos de alimentação. - A corrente do estator oscila em carga com o dobro de freqüência de escorregamento, o motor apresenta zumbido na partida. - Enrolamento do rotor está interrompido. - Problemas nas escovas. - Verificar e consertar o enrolamento do rotor e dispositivo de curto-circuito. - As escovas podem estar gastas, sujas ou colocadas incorretamente. - Corrente a vazio muito alta. - Tensão de alimentação muito alta. - Medir a tensão de alimentação e ajustá-la no valor correto. - Aquecimentos localizados no enrolamento do estator. - Curto-circuito entre espiras. - Interrupção de fios paralelos ou fases do enrolamento do estator. - Ligação deficiente. - Rebobinar. - Refazer a ligação. - Aquecimentos localizados no rotor. - Interrupções no enrolamento do rotor. - Consertar enrolamento do rotor ou substituí-lo. - Ruído anormal durante operação em carga. - Causas mecânicas. - Causas elétricas. - O ruído normalmente diminui com a queda de rotação; veja também: "operação ruidosa quando desacoplado". - O ruído desaparece ao se desligar o motor. Consultar o fabricante. - Quando acoplado aparece ruído, desacoplado o ruído desaparece. - Defeito nos componentes de transmissão ou na máquina acionada. - Defeito na transmissão de engrenagem. - Base desalinhada/desnivelada. - Balanceamento deficiente dos componentes ou da máquina acionada. - Acoplamento. - Sentido de rotação do motor errado. - Verificar a transmissão de força, o acoplamento e o alinhamento. - Alinhe o acionamento. - Realinhar/nivelar o motor e a máquina acionada. - Fazer novo balanceamento. - Inverta a ligação de 2 fases. 71 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS ANORMALIDADE POSSÍVEIS CAUSAS CORREÇÃO - Enrolamento do estator esquenta muito sob carga. - Refrigeração insuficiente devido a canais de ar sujos. - Sobrecarga. - Elevado número de partidas ou momento de inércia muito alto. - Tensão muito alta, conseqüentemente, as perdas no ferro são muito altas. - Tensão muito baixa, conseqüentemente a corrente é muito alta. - Interrupção em um cabo de alimentação ou em uma fase do enrolamento. - Rotor arrasta contra o estator. - A condição de operação não corresponde aos dados na placa de identificação. - Desequilíbrio na alimentação (fusível queimado, comando errado). - Enrolamento sujos. - Dutos de ar interrompidos. - Filtro de ar sujo. - Sentido de rotação não compatível com o ventilador utilizado. - Abrir e limpar os canais de passagens de ar. - Medir a corrente do estator, diminuir a carga, analisar a aplicação do motor. - Reduzir o número de partidas. - Não ultrapassar a 110% da tensão nominal, salvo especificação na placa de identificação. - Verificar a tensão de alimentação e a queda de tensão no motor. - Medir a corrente em todas as fases e corrigir. - Verificar entreferro, condições de funcionamento (vibração...), condições dos mancais. - Manter a condição de operação conforme placa de identificação, ou reduzir a carga. - Verificar se há desequilíbrio das tensões ou funcionamento com duas fases e corrigir. - Limpe. - Limpar o elemento filtrante. - Analisar o ventilador em função do sentido de rotação do motor. - Operação ruidosa quando desacoplado. - Desbalanceamento. - Interrupção em uma fase do enrolamento do estator. - Parafusos de fixação soltos. - As condições de balanceamentos do rotor pioram após a montagem do acoplamento. - Ressonância da fundação. - Carcaça do motor distorcida. - Eixo torto. - Entreferro não uniforme. - O ruído continua durante a desaceleração após desligar a tensão. - Fazer novo balanceamento. - Medir a entrada de corrente de todos os cabos de ligação. - Reapertar e travar os parafusos. - Balancear o acoplamento. - Ajustar o fundamento. - Verificar planicidade da base. - O eixo pode estar empenado; - Verificar o balanceamento do rotor e a excentricidade. - Verificar o empenamento do eixo ou o desgaste dos rolamentos. - Motor de anéis funcionando a uma velocidade baixa com resistência externa desligada. - Condutores mal dimensionados entre motor e reostato. - Circuito aberto nos enrolamentos do rotor (incluindo ligações com reostato. - Sujeiras entre a escova e o anel coletor. - Escovas presas no alojamento. - Pressão incorreta sobre as escovas. - Anéis coletores com superfícies ásperas ou anéis ovalizados. - Densidade de corrente alta nas escovas. - Escovas mal assentadas. - Redimensionar os condutores. - Testar continuidade. - Limpar os anéis coletores e o conjunto isolante. - Verificar mobilidade das escovas nos alojamentos. - Verificar a pressão sobre cada escova e corrigir, se necessário. - Limpar, lixar e polir ou usinar, quando necessário. - Adequar as escovas a condição de carga. - Assentar corretamente as escovas. - Faiscamento. - Escovas mal assentadas. - Pressão baixa entre escovas e anéis. - Sobrecarga. - Anéis coletores em mau estado (ovalizados, superfícies ásperas, estrias...). - Escovas presas nos alojamentos. - Vibração excessiva. - Baixa carga provocando danificação aos anéis coletores. - Corrigir o assentamento da escovas e estabelecer a pressão normal. - Adequar a carga às características do motor ou dimensionar novo motor para aplicação. - Usinar os anéis coletores. - Verificar a mobilidade das escovas os alojamentos. - Verificar origem da vibração e corrigir. - Adequar as escovas a real condição de carga e usinar os anéis coletores. Tabela 6.2. 72 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS 6.3. INSTRUÇÕES PARA A DETERMINAÇÃO DA CAUSA E ELIMINAÇÃO DE CONDIÇÕES NÃO USUAIS E DEFEITOS NOS ROLAMENTOS NOTA: As instruções a seguir relacionam características básicas de problemas em rolamentos. Em certos casos é necessário uma análise do fabricante do rolamento para determinação da causa do defeito. DEFEITO POSSÍVEIS CAUSAS DETERMINAÇÃO E ELIMINAÇÃO - Motor ronca durante a operação. - Rolamentos danificados. - Substitua o rolamento. - Ruídos moderados no rolamento, pontos foscos, formação de ranhuras nas pistas. - Rolamento foi montado em posição enviezada. - Recuperar o assento no eixo e substituir o rolamento. - Alto ruído do rolamento e um aquecimento maior do rolamento. - Corrosão na gaiola, pequenos cavacos na graxa, formação de falhas nas pistas devido a deficiência de graxa, eventualmente folga de rolamento inadequada. - Fazer limpeza e reengraxar segundo as prescrições. - Substituir o rolamento. - Aquecimento dos rolamentos. - Graxa em demasia. - Excessivo esforço axial ou radial da correia. - Eixo torto/vibração excessiva. - Falta de graxa. - Graxa endurecida ocasionando o travamento das esferas. - Matéria estranha na graxa. - Retirar o bujão de escapamento da graxa e deixar o motor funcionando até que se verifique a saída do excesso de graxa. - Diminuir o esforço da correia. - Corrigir o eixo e verificar o balanceamento do rotor. Verificar a origem da vibração e corrigir. - Adicionar graxa no rolamento. - Substituir os rolamentos. - Lavar os rolamentos e lubrificar. - Manchas escuras num lado da pista do rolamento posteriormente ranhuras. - Força axial muito grande. - Examinar as relações de acionamento e acoplamento. - Linhas escuras nas pistas ou ranhuras transversais bastante juntas; - No caso de rolamento de esferas, marcas puntiformes. - Circulação de corrente pelos mancais. - Limpe e substitua o isolamento do mancal. Coloque isolamento, se não houver. - Desviar a corrente evitando passá-la pelo rolamento. - Sulcos nas pistas, posteriormente claros. - Recalcamentos na divisão dos elementos cilíndricos. - Vibrações externas, principalmente quando o motor esteve parado por um longo período. - Falta de manutenção durante a armazenagem. - De tempos em tempos girar o rotor do motor parado para uma outra posição, principalmente em se tratando de motor sobressalente. Tabela 6.3. IMPORTANTE: As máquinas referenciadas neste manual experimentam aperfeiçoamentos constantes, por isso as informações deste manual estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. 75 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS MACAÉ (27910-230) ELETRO SOSSAI DE MACAÉ LTDA R: Aluisio da Silva Gomes, 123 Tel.: (22) 2762 4124 Fax: (22) 2762 7220 Nível: 1.1, 2.2 e 3.3 eletrosossai@terra.com.br RIO DE JANEIRO (20911-290) ELÉTRICA TEMPERMAR LTDA Av. Dom Helder Câmara, 186 - Benfica Tel.: (21) 3890 4949 Fax: (21) 3890 1500 Nível: 1.3, 2.4 e 3.4 tempermar@tempermar.com.br SÃO JOÃO DE MERITI (25555-440) ELETRO JULIFER LTDA R: Senador Nereu Ramos, Lt.06 Qd.13 Tel.: (21) 2751 6846 Fax: (21) 2751 6996 Nível: 1.2, 2.3 e 3.3 julifer@julifer.com.br RIO GRANDE DO NORTE NATAL (59040-340) ELÉTRO MEC.IND.E COM.LTDA R: Dr.Luiz Dutra, 353 - Alecrim Tel.: (84) 3213 1252 Fax: (84) 3213 3785 Nível: 1.1, 2.1 e 3.3 cemweg@bol.com.br RIO GRANDE DO SUL PELOTAS (96020-380) CEM CONSTR. ELÉTR E MEC. LTDA R: Santos Dumont, 409 Tel./Fax: (53) 3225 8699 Nível: 1.1 e 3.3 cemweg@bol.com.br PORTO ALEGRE (90200-001) JARZYNSKI & CIA LTDA Av. dos Estados, 2215 - Anchieta Tel.: (51) 3371 2133 Fax: (51) 3371 1449 Nível: 1.1 e 3.3 jarzynski@jarzynski.com.br RIO GRANDE (96200-400) CRIZEL ELETROMECÂNICA LTDA R: General Osório, 521 - Centro Tel.: (53) 3231 4044 Fax: (53) 3231 4033 Nível: 1.1 e 3.3 crizel@mikrus.com.br SÃO LEOLPOLDO (93010-260) M.V.M. REBOBINAGEM DE MOTORES LTDA R: São Pedro, 365 Tel.: (51) 3592 8213 Fax: (51) 3589 7776 Nível: 1.1, 2.2 e 3.4 mvmcom@mvmcom.com.br SANTA CATARINA ITAJAÍ (88303-040) ELETRO MAFRA COM. REPRES. MOT. LTDA R: Almirante Barroso, 257 Tel./Fax: (47) 3348 2915 Nível: 1.1 e 3.3 eletromafra@brturbo.com.br LUZERNA (89609-000) AUTOMATIC IND.COM.EQUIP.ELET. LTDA R: Rui Barbosa, 564 Tel./Fax: (49) 3523 1033 Nível: 1.1 e 3.4 automatic@automatic.com.br SIDERÓPOLIS (88860-000) INO INOCÊNCIO LTDA R: Família Inocêncio, 57 - Centro Tel.: (48) 3435 3088 Fax: (48) 3435 3160 Nível: 1.2 e 2.4 ino@ino.com.br SÃO PAULO ADAMANTINA (17800-000) OLIVEIRA & GOMES ADAMANTINA LTDA Av. Francisco Bellusci, 707 Tel./Fax: (18) 3521 4712 Nível: 1.2 e 3.3 eo.adt@terra.com.br ARUJÁ (07400-000) PRESTOTEC TECN. EM MANUT. INDUST. LTDA R: Bahia, 414 Cx. Postal 80 Tel.: (11) 4655 2899 Fax: (11) 4652 1024 Nível: 1.4, 2.3, 3.4 prestotec@uol.com.br CAPIVARI (13360-000) ELETRO TÉCNICA MS LTDA Al. Faustina F. Annicchino, 960 Tel.: (19) 3491 5599 Fax: (19) 3491 5613 Nível: 1.2, 2.2 e 3.3 eletrotecnicams@uol.com.br CATANDUVA (15805-160) MACIAS ELÉTROTÉCNICA LTDA R: Rosa Cruz, 130 – Jd. Caparroz Tel./Fax: (17) 3522 8421 Nível : 1.1 maciaseletro@uol.com.br JABOTICABAL (14870-010) ELÉTRICA RE-VOLTIS LTDA Av. Carlos Berchieri, 200 - Centro Tel./ Fax: (16) 3202 3711 Nível: 1.2, 2.2, 3.2, 4 e 5.2 revoltisfilial@netsite.com.br JANDIRA (06618-010) THEMA IND. COM. ASSES. E MANUT. ELÉTRICA LTDA R: Manoel Alves Garcia, 130 - Vl. Márcia Tel./ Fax: (11) 4789 2999 Nível: thema@thema-motores.com.br JUNDIAÍ (13211-410) REVIMAQ ASSIST. TEC. DE MÁQ. E COM. LTDA Av. Com. Gumercindo Barranqueiros, 20 Tel.: (11) 4582 8080 Fax: (11) 4815 1128 Nível: 1.1, 2.1 e 3.3 revimaq@revimaq.com.br LIMEIRA (13480-743) GOMES PRODUTOS ELET. LTDA R: Pedro Antonio de Barros, 314 Tel.: (19) 3451 0909 Fax: (19) 3442 7403 Nível: 1.1, 2.2 e 3.3 gomes@gomes.com.br MATÃO (15990-000) WALDEMAR PRIMO PIN.& CIA. LTDA R: Narciso Baldan, 135 - Centenário Tel.: (16) 3382 1142 Fax: (16) 3382 2450 Nível: 1.2, 2.4 e 3.4 wpp@process.com.br MOGI GUAÇU (13844-282) ELETROSILVA ENROL.MOTOR. LTDA Av. Ulisses Leme, 1426 Tel.: (19) 3861 0972 Fax: (19) 3861 2931 Nível: 1.2, 2.2, 3.2, 4 e 5.2 eletrosilva@eletrosilva.com.br PIRACICABA (13400-770) ENROLAMENTOS DE MOTORES PIRACICABA LTDA R: do Vergueiro, 183 - Centro Tel.: (19) 3417 8080 Fax: (19) 3417 8081 Nível: 1.2, 2.2 e 3.3 emp@emp.com.br SANTO ANDRÉ (09111-410) MANUTRONIK COM.SERV.MOT.ELETR. LTDA Av. São Paulo, 330-Parque Marajoara Tel.: (11) 6875 6280 Fax: (11) 6875 6290 Nível: 1.2, 2. 2 e 3.3 vendas@manutronik.com.br SANTOS (11013-152) ELETROTÉCNICA L.S. LTDA Rua Armadro Bueno, 438-Paqueta Tel.: (13) 3222 4344 Fax: (13) 3235 8091 Nível: 1.2, 2.2, 3.2, 4 e 5.2 is@eletrotecnicals.com.br S. BERNARDO CAMPO (09832-270) ERG - ELETROMOTORES LTDA R: Luiza Viezzer Finco, 175 Tel.: (11) 4354 9259 Fax: (11) 4354 9886 Nível: 2.1 erg@erg.com.br S. BERNARDO CAMPO (09844-150) HRISTOV ELETROMEC. LTDA Estrada Marco Pólo, 601/611 Tel.: (11) 4347 0399 Fax: (11) 4347 0251 Nível: 1.1 e 2.2 hristoveletromec@uol.com.br S. BERNARDO CAMPO (09735-520) YOSHIKAWA COM. MANUT. MÁQS. EQUIPS. LTDA R: Assahi, 28 - Rudge Ramos Tel.: (11) 4368 4955 Fax: (11) 4368 0697 Nível: 1.1, 2.2 e 3.2 yoshikawa@yoshikawa.com.br SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (12245-031) J. R. FERNANDES MOT. E MAQS. ELÉTRICAS LTDA Rua Miguel Couto, 32 - Jd. São Dimas Tel./Fax: (12) 3922 4501 Nível: 1.1 jrmotores@hotmail.com.br SÃO PAULO (03055-000) ELETRO BUSCARIOLI LTDA R: São Leopoldo, 225/301 Tel.: (11) 6618 3611 Fax: (11) 6693 3824 Nível: 1.3, 2.3 e 3.4 buscarioli@buscarioli.com.br SÃO PAULO (04366-000) ESA-ELETROT. SANTO AMARO LTDA 76 MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS Av. Cupece, 1678 - JD Prudência Tel.: (11) 5562 8866 Fax: (11) 5562 6562 Nível: 1.2, 2.4 e 3.3 esa@esa.com.br SÃO PAULO (02111-031) YAMADA–ASSIST.TEC.MOT.LTDA R: Itauna, 1111 – Vila Maria Tel.: (11) 6955 6849 Fax: (11) 6955 6709 Nível: 1.1 eletrotec.yamada@uol.com.br SUZANO (08674-080) ELETRO MOTORES SUZANO LTDA R: Barão de Jaceguai, 467 Tel./Fax: (11) 4748 3770 Nível: 1.1 emsmotores@emsmotores.com.br OUTROS PAÍSES ARÁBIA SAUDITA DAMMAM ISCOSA – INDUSTRIES & MAINTENCE, LTD P.O BOX 1032, 31431 Tel.: 966 (03) 842 8380 Fax: 966 (03) 843 4333 john.pead@siemens.com ARGENTINA CASEROS – BUENOS AIRES ELECTROMECANICA ANTONIO CATTOZZO e HIJOS S.A.I.C Av. Mitre, 3628 Tel.: (01) 750 2873/6987 Fax: (01) 734 2121/6885 Nível: 1.2 e 3.3 info@cattozzo.com.ar GODOY CRUZ - MENDOZA ELECTROMECANICA SASSO S.A R: Rodriguez Peña y Acceso Sur Tel./Fax: (054) 261 405 5100 Nível: 1.3, 2.4 e 3.4 servicio@elesasso.com MÓRON – BUENOS AIRES REDINTER S.A Monteagudo, 871, 1708 Tel.: (054) 11 4629 4142 Fax: (01) 11 4627 2611 Nível: 1.3, 2.4 e 3.4 redinter@redinter.com.ar CHILE ANTOFAGASTA P&M MINE PRO Av. Pedro Aguirre Cerda, 6551 Tel.: (56) 55 350 200 Fax: (56) 55 350 228 Nível: 1.4 caaraya@phmining ANTOFAGASTA SALAR ELECT. ELECTM. INDUST. Av. Argentina, 4274 Tel.: (56) 55 260 262 Fax: (56) 55 265 934 Nível: 1.4, 2.5 e 3.4 elsalar@ctcinternet.cl CHUQUICAMATA CODELCO CHUQUICAMATA Bairro: Tocopilla, s/n Tel.: (56) 55 352 185 Fax: (56) 55 325 167 Nível: 1.4, 2.5 e 3.5 mpavlov@codelco.cl SANTIAGO FERROMAN S.A Av. José Miguel Carrera, 13104 Tel.: (56) 252 80851 Fax: (56) 252 84032 Nível: 1.4, 2.5 e 3.5 ferroman-jsn@entelchile / jsepulveda@ferroman.cl SANTIAGO JORGE E. PINTO CARRASCO (TCHEM) R. José Joaquim Perez, 4385 Tel.: (56) 2 773 3815 Fax: (56) 2 775 1868 Nível: 1.4, 2.5 e 3.4 CHINA SHANGHAI SHANGHAI DON GHAO ELEC. MACHINERY CO. LTDA 399 Jin Wan Road, Jin Qiao Export Processing Zone, Pudong, Shang Hai, China. Zip: 201206 Tel.: 86 21 5834 0165 Fax: 86 21 5834 2775 Nível: 1.4, 2.4 e 3.4 dhdjyzm@126.com / dhdjyx@sh163.net COLOMBIA BARRANQUILLA CENTRAL DE BOBINADOS S.A Carrera 13 Nº 30 - 44 Tel.: (5) 363 6634 Fax: (5) 362 7041 cebosanorte@yahoo.es BUCARAMANGA CENTRAL DE BOBINADOS S.A Calle 17 Nº 17 – 18 Tel.: (7) 671 2643 – 671 9394 Fax: (7) 671 3781 cebosa@epm.net.co SANTAFE DE BOGOTÁ L.K.S DEL CARIBE LTDA Carrera, 24 nº 23-89 Tel.: (57) 1 596 7493 Fax: (57) 1 268 1957 Nível: 1.4, 2.5 e 3.5 CUBA HABANA WALDO DIAS FUENTES Calle Jon de La Concha, 25 Tel.: (537) 863 8371 Fax: (537) 863 8285 Nível: 1.3, 2.5 e 3.5 ESTADOS UNIDOS CEDAR RAPIDS, IOWA HUPP ELECTRIC 275 33rd Avenue Southwest Tel.: 1 319 366 0761 Fax: 1 319 366 4597 chuck_rutledge@hupp-electric.com LONGVIEW, TEXAS FLANDERS ELECTRIC INC. 901 Harrison Road Tel.: (903) 759 9439 Fax: (903) 297 9439 mflorczykowski@flanderselectric.com ÍNDIA BANGALORE RAJAMANE & HEGDE SERVICES (P) LTD Whitefield Road Mahadevapura Post Bangalore, 5600 48 Tel.: 91 80 8524252 / 91 80 8524409 Fax: 91 80 8524950 Nível: 2.3, 1.3 e 3.5 rewinding@vsnl.net DIST. PUNE IEC MOTOR SERVICES PVT. LTD Shed Nº 1094, Seurvey Nº 32/1/2/3, Tathwade, Tal. Mulshi, 411033 Tel.: 91 20 5886651/ 91 20 5880689 Fax: 91 20 5889206 Nível: 1.3, 2.3 e 3.4 concepteng@vsnl.net NAGAR (MAHALI) HSB ELECTRO HI-TECH PVT LTD C 142, Industrial Área, Phase VIII SAS, 160 057 Tel.: 91 11 256624 / 91 11 390790 Fax: 91 11 390796 / 91 11 390438 Nível: 1.3, 2.3 e 3.4 hsbmohali@indiatimes.com PARAGUAI SAN LORENZON RECORD SERVICE R. Mcal. Estigarribiá km 10,5 Tel.: (59) 521 511 991 Fax: (59) 521 585 096 Nível: 1.3, 2.4 e 3.4 TAILÂNDIA SAMUTSAKOM U-SERVICES CO. LTD 1/116 Moo 6 Industrial Park, Thasai, Muang, 74000 Tel.: 66 34 490 584 5 Fax: 66 34 490 586 Nível: 1.3, 2.3 e 3.4 amphans@ubtet-thailand.com PATHUMTHANI AMC SERVICE – ASIA MOTOR SERVICE CENTER CO. LTD 13/2 Moo 6 Sanphigthai, Amphur Muang, 12000 Tel.: 975 0223 30 Fax: 975 0231 32 Nível: 1.3, 2.3 e 3.4 VENEZUELA CIUDAD OJEDA RIMES ELECTRO MEC. C.A Av. Intercomunal Tel.: (58) 65 411 763 Fax: (58) 65 413 261 Nível: 1.4, 2.5 e 3.5 1020.25/1206 1. MOTORES DE INDUÇÃO 1.1. Até Carcaça 355 – Baixa Tensão – Gaiola 1.2. Até Carcaça 355 – Baixa Tensão – Gaiola e Anéis 1.3. Até Carcaça 500 – Baixa e Alta Tensão (até 6,6 KV) – Gaiola e Anéis 1.4. Até Carcaça 500 e acima – Baixa e Alta Tensão (até 6,6 KV) - Gaiola e Anéis 2. MOTORES DE CORRENTE CONTÍNUA 2.1. Até Carcaça 132 2.2. Ate Carcaça 180 2.3. Até Carcaça 280 2.4. Até Carcaça 355 2.5. Até Carcaça 355 e acima 3. GERADORES SÍNCRONOS 3.1. Até Carcaça 160 (Auto Regulado) 3.2. Até Carcaça 225 (Baixa Tensão) 3.3. Até Carcaça 250 (Baixa Tensão) 3.4. Até Carcaça 400 (Baixa Tensão) 3.5. Até Carcaça 400 e acima – Baixa e Alta Tensão (6,.6 KV) 4. TACOGERADORES g z 3 «a -o 2 SÊS E Bóias | Eistei Bait qEio gabi E“ & g x PA RV NUA RA o AA, Pi ade Ds PN SES a aaa SPAS ASAS VASTAS VA ando a A VAVAVAV sa RAT AN , a EA Bio PN A A A
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