Livreto informativo sobre biossegunça em laboratorios

manual de risco biologico
(Parte 1 de 9)
2Risco Biológico - Biossegurança na Saúde Coordenação da Atenção Básica - SMS - PMSP
PREFEITO Gilberto Kassab
SECRETÁRIA MUNICIPAL DA SAÚDE Maria Cristina Faria da Silva Cury de: mai. de 2005 a 1 de out. de 2006
Maria Aparecida Orsini de Carvalho Fernandes de: 1 de out. de 2006 à publicação deste
COORDENADORA DA ATENÇÃO BÁSICA Maria de Fátima Faria Duayer de: abr. de 2006 a 07 de nov. de 2006
Neide Miyako Hasegawa de: 07 de nov. de 2006 à publicação deste
Projeto gráfico e editoração: Olho de Boi Comunicações Impressão: Uni Repro Soluções para documentos Fotos: Rogério Lacanna
Endereços: · ATENÇÃO BÁSICA · DST/Aids
· CRH-G/CEFOR Rua General Jardim nº 36 – República – CEP: 01223-906 – PABX: 3218-4000 · COVISA Rua Santa Isabel nº 181 – Vila Buarque – CEP: 01221-010 – PABX: 3350-6619
COORDENAÇÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE - COVISA Marisa Lima de Carvalho
Maria Cristina Abatte
Marly Hatsuco Kajimoto
Coordenação da Atenção Básica - SMS - PMSP
Anna Luiza de F. P. Lins GryschekMarisa Beraldo
Solange T. Prieto Santos Vera Regina de Paiva Costa
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE SÃO PAULO 2007
Alberto Fischer (HSPM); Ana Maria Amato Bergo (CEFOR); Anna Luiza Lins Gryschek (DST/Aids); Antonio Sérgio Melo Barbosa (DST/Aids); Celia Regina Cicolo da Silva (CCD Hepatites); Denise L. dos Santos (HM Cachoeirinha); Eliete Melien Bechara (SUVIS Vila Mariana); Elvira Belini Azevedo (HM Proença de Gouveia); Jefferson Benedito Pires de Freitas (CODPPS - Saúde do Trabalhador);Juvenal Vieira Filho(UBS Pq Novo Mundo I); Lisiane M. T. Antón (AE Vila Prudente); Luiz Cláudio Sartori (CODEPPS - Saúde Bucal); Márcia Maria de S. C. R. de Camargo (HM Menino Jesus);
Magda Andreotti (Vig. Saúde do Trabalhador); Maria Eugênia C. Pereira (HSPM); Maria Stella Barbosa Dantas (DST/AIDS); Marilisa Baralhas (CSE Butantã); Marisa Beraldo (Atenção Básica); Midori Nakaguma (HSPM); Naira Regina dos Reis Fazenda (PSF/Atenção Básica); Naomi Kawaoka Komatsu (CCD Tuberculose); Necha Goldgrub (CCD Tuberculose); Rita de Cássia Bessa dos Santos (Vig. Saúde do Trabalhador); Solange T. Prieto Santos (UBS Jd. Seckler); Sonia Regina T. Ramos (CCDCOVISA); Vera Regina de Paiva Costa (CCD-COVISA) e Adriana Marcos (Enfª. Convidada).


4Risco Biológico - Biossegurança na Saúde Coordenação da Atenção Básica - SMS - PMSP
Risco Biológico - Biossegurança na Saúde
Ficha Catalográfica
Coordenadoria de Atenção Básica |
São Paulo (Cidade). Secretaria da Saúde Risco biológico, biossegurança: recomendações gerais / Secretaria da Saúde. Coordenação de Desenvolvimento de Programas e Políticas de Saúde – CODEPPS. Coordenação de Vigilância em Saúde – COVISA – São Paulo: SMS, 2007.
120p.
1.Biossegurança. I. Brasil. Coordenadoria de Atenção Básica e PSF. Coordenação de Gestão Descentralizada. Coordenação de Vigilância em Saúde. I.Título.
Coordenação da Atenção Básica - SMS - PMSP
Este material, fruto de intenso trabalho de revisão de literatura, tem como objetivo principal trazer subsídios para uma prática profissional segura nas instituições de saúde.
A biossegurança, frente aos riscos biológicos, é uma preocupação que recrudesceu com o advento da aids no início da década de 80, quando os profissionais da área da saúde vislumbravam a vulnerabilidade de suas atividades profissionais e a possibilidade de contrair o vírus HIV.
Portanto, o principal objetivo deste manual é oferecer fundamentos para que os profissionais da saúde, técnicos em segurança do trabalho e gestores possam reduzir os riscos de exposição a materiais biológicos e os agravos infecciosos.
Esperamos que este material seja utilizado em toda a Secretaria Municipal da Saúde e que seja um guia para a realização de procedimentos seguros, capazes de prevenir a ocorrência de riscos biológicos entre trabalhadores da área da saúde.
Coordenadora de Atenção Básica

6Risco Biológico - Biossegurança na Saúde Coordenação da Atenção Básica - SMS - PMSP
E CONTROLE DE INJEÇÃO | 18 |
01BIOSSEGURANÇA NA SAÚDE | 10 |
EPI | 29 |
APRESENTAÇÃO | 5 |
INTRODUÇÃO | 9 |
Breve histórico | 1 |
Equipamentos de proteção | 30 |
Equipamentos de proteção individual | 41 |
Microbiologia da pele | 19 |
Higienização das mãos | 19 |
Produtos a serem utilizados na higienização das mãos | 2 |
Preparo pré-operatório das mãos | 25 |
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL | 42 |
VIGILÂNCIA OCUPACIONAL | 74 |
Risco biológico | 75 |
Acidentes de trabalho | 75 |
Ministério do trabalho | 7 |
Previdência social | 78 |
Notificações do acidente biológico - orientações gerais | 79 |
Legislação na saúde: SINABIO | 80 |
Anexo 1: Orientações em casos de acidentes biológicos | 82 |
profissionais da saúde | 83 |
profissionais da saúde instruções para o preenchimento | 83 |
anti-retroviral após a exposição ocupacional | 87 |
Ficha de notificação acidentes de trabalho SIVAT | 93 |
Portaria nº 7/2004, de 28 de abril de 2004 | 96 |
Lei nº 8.213/1991, de 24 de julho de 1991 | 98 |
exercício de suas atribuições ou atacado de doença profissional | 101 |
de acidentes de trabalho | 107 |
do trabalho - CAT | 115 |
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | 117 |
Acidentes com material biológico | 43 |
Cuidados com material perfurocortante e material biológico | 48 |
biológico nas instituições de saúde em geral | 50 |
Vacinação para profissionais de saúde | 53 |
Hepatite B | 54 |
Medidas de controle da infecção pelo VHB | 5 |
Vacina contra Hepatite B | 56 |
material contendo sangue | 57 |
Hepatite C | 58 |
Medidas de controle da infecção pelo VHC | 58 |
Tuberculose – aspectos gerais | 59 |
Coordenação da Atenção Básica - SMS - PMSP Ficha de notificação de acidentes biológicos com Anexo 2: Ficha de notificação de acidentes biológicos com Anexo 3: Fluxograma de orientação quimioprofilática Fluxo de procedimentos da licença do funcionário ou servidor acidentado no Orientações para o preenchimento da ficha de notificação Prefeitura do Município de São Paulo - comunicação de acidente Procedimentos recomendados pós exposição com material Exposição percutânea ou mucosa a sangue ou
NOTIFICAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DOS ACIDENTES BIOLÓGICOS EM PROFISSIONAIS DA SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO PORTARIA Nº1892/2001 SMS-G (SINABIO)
Risco Biológico - Biossegurança na Saúde 8Coordenação da Atenção Básica - SMS - PMSP
É de grande importância que todos os profissionais da área da saúde, em um contexto multidisciplinar, compreendam que a biossegurança é uma normalização de condutas visando a segurança e proteção da saúde de todos aqueles que trabalham na área da saúde, e não apenas um conjunto de regras criadas com o simples objetivo de atrapalhar ou dificultar nossa rotina de atendimento. Devemos nos basear principalmente no conhecimento científico disponível, não para termos apenas uma atitude de obediência diante dessas normas, mas para que possamos fazer com satisfação aquilo que sabemos ser o certo.
As condições de segurança dos trabalhadores da área de saúde dependem de vários fatores: características do local, material utilizado, cliente a ser assistido, informação e formação da equipe etc.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), bem como o Ministério da Saúde (MS) publicam periodicamente manuais sobre normas de segurança. Da mesma forma a Secretaria Municipal da Saúde do Município de São Paulo se propõe, com este instrumento, atender a tal necessidade, fornecendo recomendações técnicas baseadas em referencial teórico atualizado para subsidiar a gerência, a assistência e instrumentalizar as equipes de trabalho para a educação continuada nas suas unidades de saúde.
10Risco Biológico - Biossegurança na Saúde
Coordenação da Atenção Básica - SMS - PMSPBIOSSEGURANÇA NA SAÚDE 10Coordenação da Atenção Básica - SMS - PMSP
Risco Biológico - Biossegurança na Saúde
ELABORAÇÃO E ORGANIZAÇÂO |
Marisa Beraldo | |
Solange T. Prieto Santos |
Anna Luiza de F. P. Lins Gryschek Vera Regina de Paiva Costa
Coordenação da Atenção Básica - SMS - PMSP
I – Breve Histórico
“O isolamento de pessoas com doenças contagiosas é praticado desde tempos antigos, como fica evidente a partir dos relatos bíblicos sobre as colônias de leprosos.”
“O isolamento de um grupo de pessoas para evitar infecção generalizada remonta ao século XIV. Os navios que retornavam de portos mediterrâneos onde houvesse doenças epidêmicas ou aqueles com um doente incomum a bordo, precisavam submeter-se a um período de 40 dias de isolamento do navio, carga, passageiros e tripulação.” (CASTLE; AJEMIAN, 1987). “Este procedimento conhecido como quarentena é proveniente da palavra quaranta, que significa quarenta em italiano” (Oxford Reference Dictionary, 1986).
As precauções de isolamento são cruciais para o controle eficaz de infecções nos ambientes hospitalares. As práticas de isolamento desenvolveram-se consideravelmente ao longo dos últimos 150 anos; os sistemas e procedimentos atuais de isolamento são racionais e com base científica. Os padrões epidemiológicos das doenças modificam-se e as precauções
Coordenação da Atenção Básica - SMS - PMSP de isolamento têm como meta evitar sua disseminação. (GAMMON, 1998).
Historicamente, o Centro de Controle de Doenças (CDC – Center for Disease Control), um órgão dos Estados Unidos da América, tem regulamentado as questões relativas às precauções e isolamentos. Já em 1970, dividia os tipos de isolamento em sete categorias determinadas pelas características epidemiológicas da doença e por suas formas de transmissão.
Na década de 80, com a constatação da transmissão ocupacional de várias doenças transmissíveis, bem como da síndrome recentemente identificada, a Aids, sentiuse a necessidade de utilizar técnicas de isolamento, na assistência a todos os pacientes, independentemente de sua suspeita diagnóstica.
Foi assim que, em 1985, o CDC publicou as precauções universais, que recomendavam o uso de medidas de barreira todas as vezes que houvesse a possibilidade de contato com sangue, secreções e/ou fluidos corpóreos, independentemente do conhecimento do diagnóstico ou status sorológico do paciente.
(Parte 1 de 9)