Baixe Sistemas Prediais de Água Pluviais e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Civil, somente na Docsity! 1 Texto Técnico Escola Politécnica da USP Departamento de Engenharia de Construção Civil ISSN 1413-0386 TT/PCC/18 _______________________________________________________________ Sistemas Prediais de Águas Pluviais _______________________________________________________________ Orestes Marraccini Gonçalves Lúcia Helena de Oliveira São Paulo - 1998 SISTEMAS PREDIAIS DE ÁGUAS PLUVIAIS
Engº. Lúcia Helena de Oliveira
Eng. Orestes Marraccini Gonçalves
ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO CIVIL
O projeto de sistemas de águas pluviais deve ser desenvolvido de forma a
garantir a captação, condução e destinação a local adequado das águas de
chuvas que se precipitam sobre os edifícios. É necessário também prever no
projeto a acessibilidade do sistema para os serviços de manutenção.
Desta forma, abordamos neste trabalho os principais aspectos relacionados a
projetos de sistemas prediais de águas pluviais, ressaltando as recomendações
da Norma Brasileira NBR 10844/88 - Instalações Prediais de Águas Pluviais,
sem, contudo, deixar de apresentar critérios de outras normas internacionais.
* Professora do Departamento de Construção da Universidade Federal de Goiás, Mestre em
Engenharia Civil.
* Professor do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Escola Politécnica da
Universidade de São Pauto, Dautor em Engenharia Civil.
SISTEMAS PREDIAIS DE ÁGUAS PLUVIAIS
Eng”. Lúcia Helena de Oliveira
Eng. Orestes Marraccini Gonçalves
ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO CIVIL
O projeto de sistemas de águas pluviais deve ser desenvolvido de forma a
garantir a captação, condução e destinação a local adequado das águas de
chuvas que se precipitam sobre os edifícios. É necessário também prever no
projeto a acessibilidade do sistema para os serviços de manutenção.
Desta forma. abordamos neste trabalho os principais aspectos relacionados a
projetos de sistemas prediais de águas pluviais, ressaltando as recomendações
da Norma Brasileira NBR 1084488 - Instalações Prediais de Águas Pluviais,
sem, contudo, deixar de apresentar critérios de outras normas internacionais.
* Protessora do Departamento de Construção da Universidade Federal de Gaiás, Mestre em
Engenharia Civil.
** Professor do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo, Doutor em Engenharia Civil.
Inicialmente, são apresentados os dois tipos de sistemas prediais de águas
pluviais e abordagens sobre as características dos escoamentos que se verificam
nos elementos destes sistemas, ou seja, em calhas, condutores verticais e
condutores horizontais.
Em seguida, são apresentados os critérios para a determinação das solicitações
sobre o sistema, bem como os processos de dimensionamento de cada um dos
elementos do sistema a partir das solicitações determinadas.
Finalmente, são apresentadas as principais etapas para o desenvolvimento de
projetos, bem como as recomendações no que se refere aos materiais e
componentes a serem especificados para a execução destes sistemas.
1 OS SISTEMAS PREDIAIS DE ÁGUAS PLUVIAIS
Segundo conclusões da comissão de trabalho do CIB, o edifício é constituído
de subsistemas inter-relacionados, classificados de acordo com suas funções,
conforme ilustra a tabela 1.1
Tabela 1.1 - Classificação dos subsistemas do edifício segundo norma
ISO/DP6241 (extraído de CIB - Publication 64)
SUBSISTEMAS
ESTRUTURA: * Fundações
e Superestrutura
ENVOLTÓRIA EXTERNA: Sob nívei do solo
DIVISÕES DE ESPAÇOS EXTERNOS:
DIVISORES DE ESPAÇOS INTERNOS:
SERVIÇOS:
Sobre níve! do solo
Verticais
Horizontais
Escadas
Verticais
Horizontais
Escadas
Suprimento e disposição de água
Controle térmico e ventilação
Suprimento de gás
Suprimento de energia elétrica
Telecomunicações
Transporte mecânico
Transporte pneumático e
gravidade
Segurança e proteção
por
Ap projetar cada subsistema é indispensável considerar as diversas interações
com os demais subsistemas, de tal forma que o produto final apresente a
harmonia funcional solicitada peio usuário. Segundo GRAÇA (1985), a
4.1 Elementos dos Sistemas de Águas Pluviais
As figuras 1.1 6 1.2 ilustram um sistoma de águas pluviais.
Draio hemisterico
(3 calha
(G) condutor vertical
(D rolo seco
(3) canaleta
(8) condutor horizontal
(7 coixo de areia
O sorjeto
(3) coixa coletora de aguas pluviais
Figura 1.1 - Sistema de águas pluviais com saída para sarjeta.
JA
(D ralo hemisferico
O colro
() condutor vertical
rolo seco
() canaleto
(3) condutor horizontal
(2 caixa de areia
O sarieto
(3) coixo coletora de aguas pluviais
Figura 1.2 - Sistema de águas pluviais com saída para o sistema público de
águas pluviais.
As águas pluviais são armazenadas nos seguintes casos:
e destino específico de uso no edifício (aproveitamento da água de chuva);
e quando a rede predial encontra em nível inferior à rede pública de captação
de águas pluviais, necessitando da instalação de sistema de recalque;
* quando deve-se reduzir a vazão máxima de contribuição à rede pública de
drenagem, conforme Resolução/CEUS 0/60/92 da cidade de São Paulo.
Esta resolução regulamentou a Lei 10774 de 11/11/89 para a cidade de São
Paulo e estabelece que deve ser reservada 15% da área do terreno livre de
construção ou pavimentação com a finalidade de captar, reter e absorver parte
das águas pluviais que se precipitam sobre o imóvel.
A captação e condução das águas pluviais devem ser o mais rápido possível
de tal forma que o término de todo o escoamento coincida com o tempo de
duração da chuva.
Segundo DEL CONTI! (1993), a destinação das águas pluviais estabelece uma
interação funcional do sistema predial de drenagem e o meio em que se
insere. Desta forma, as águas pluviais provenientes de sistemas prediais
apresentam os seguintes tipos de destino final:
e escoamento superficial;
« infiltração no solo por meia de poço absorvente;
tratamentos como floculação, sedimentação, cloração e outros, e finalmente
recalcadas e distribuídas separadamente do sistema de água potável.
1
2 CARACTERIZAÇÃO DOS ESCOAMENTOS NOS ELEMENTOS DOS
SISTEMAS PREDIAIS DE ÁGUAS PLUVIAIS
Normalmente os escoamentos verificados no interior dos sistemas prediais de
águas pluviais são do tipo a conduto livre, ou seja, tenta-se adequar o sistema
para que o escoamento a conduto forçado e suas consequências não venham
a ocorrer.
21 Escoamento em calhas
O escoamento verificado em calhas é dito livre, ou à superfície livre,
considerando-se que parte do contorno da veia liquida está em contato com a
atmosfera.
O regime de escoamento a conduto livre que se considera para efeitos de
dimensionamento de calhas inclinadas é o permanente uniforme. Na realidade,
ocorre o escoamento não permanente, que para a determinação de seu perfil,
é necessária a resolução de equações diferenciais, cujo processo é muito
trabalhoso. A fórmula de Manning, adotada pela NBR 10844 (1988), bassia-se
no escoamento permanente uniforme em calhas inclinadas.
No caso de calhas em nível, o regime de escoamento que se considera é o
permanente não uniforme. Este critério é o adotado pela BS 6357/BSI (1983).
12
13
As fórmulas da Hidráulica utilizadas no dimensionamento de canais, sem
contribuição lateral, são usualmente aplicadas às calhas inclinadas e
condutores horizontais. Apresentamos a seguir somente as equações que
regem o escoamento permanente uniforme em calhas.
2,1.1 Fórmula de Chézi
A figura 2.1 apresenta o escoamento de um fluido incompressível e aplicando
a equação de energia nas seções 1 e 2 tem-se:
2 2z 24
PM go Er hÊ 1
r 28 vz
onde:
p= pressão;
v = velocidade média do escoamento;
z= cota do ponto considerado;
Y = peso específico da água;
hf = diferença de pressão ou carga entre as seções 1 e 2.
16
Sendo J a perda de carga por unidade de peso e por unidade de comprimento,
que por sua vez é igual à declividade do fundo do canal, I, pois o escoamento
é uniforme, tem-se:
(2.7)
que após a resolução desta equação, resuita em:
(2.8)
onde:
€ = determinado experimentalmente.
O último termo da eguação 2.8 é a conhecida fórmula de Chézy, que para sua
aplicação necessita de outras equações para a determinação do fator C.
2.1.2 Fórmula de Bazin
(2.9)
então:
(2.10)
O valor do coeficiente y varia em função do tipo de material de revestimento,
conforme apresenta a tabela 2.1.
Tabela 2.1 - Valores do coeficiente y da fórmula de Bazin. KING, BRATER
apud DEL CONTI (1993).
Classe de material Ótimo Bom Regular Ruim
Manilhas cerâmicas 0,06 0,22 0,33 0,50
Alvenarias de tijolos e
cimento 0,14 0,22 0,33 0,50
Superfícies lisas de cimento 0,01 0,06 0,14 0,22
Superfícias revestidas com
cimento 0,06 011 0,22 0,33
Tubos de concreto 0,14 0,22 0,33 0,41
Canais revestidos com
concreto 0,14 0,28 0,41 0,55
Condutos metálicos lisos 0,06 0,14 0,22 0,33
Condutos de metai
corrugado 0,88 1,05 1,21 1,38
2.1.3 Fórmula de Ganguillet-Kutter ou Fórmula de Kutter
23+(0,00155/D+L/n
*1+(23+0,00155/D-(n/ Rg 1)
18
O coeficiente “n” é tabelado em função do tipo de revestimento das paredes do
canal, conforme tabela 2.2.
Tabela 2.2 - Valores do coeficiente n, para a fórmula de Ganguillet - Kutter.
NETO; ALVAREZ (1986).
Tipo de Revestimento n
Tubos de cimento e tubos fundidos em perfeitas condições para
transporte de água limpa. 0,011
Tubos fundidos usados, canais de cimento muito liso em trechos
retos. 0,012
Canais com reboco de cimento liso. 0,013
2.1.4 Fórmula de Manning
C= Ry (2.12)
n
então:
28312
= Ry 1 (2.13)
n
e
Q= Srt? (2.14)
so tt (2.19)
L
Fazendo J = |, sendo 1 a declividade do fundo do canal (| = tg 6, sendo 6 o
ângulo da geratriz do canal com um plano horizontal) e substituindo o segundo
termo da equação 2.19 e a equação 2.18 na equação 2.16, tem-se:
pt (2.20)
Ry 8g
ou
q = 8ERal (2.21)
v2
ou ainda:
8 pq 2.22
v= ER (2.22)
(2.23)
21
22
Como se sabe, o fetor de atrito, f, é função do número de Reynoids, Re, e/ou
da rugosidade relativa, D/K, sendo o número de Reynolds assim definido:
vD (2.24)
onde:
v= coeficiente de viscosidade cinemático da água, m/s.
O número de Reynolds caracteriza três tipos de escoamento laminar,
turbulento e intermediário.
a) Escoamento laminar
Re < 2500
f=— (2.25)
b) Região crítica
Na região entre os regimes de escoamento laminar e turbulento tem-se:
2500 < Re < 4000
23
onde é impossível determinar o fator de atrito, f.
cj Escoamento turbulento
Re > 4000
Neste caso há três regiões distintas: .
€.1) Regime turbulento hidraulicamente liso
A equação que caracteriza este regime de escoamento é denominada como
fórmuia de Prandti, válida para Ref a
(D/K)
2,52
Revf
(2.26)
A =-2log(
vf )
onde:
K = coeficiente de rugosidade equivalente das paredes do conduto, cujos
valores estão apresentados na tabela 2.4.
c.2) Regime turbulento hidraulicamente misto
Para este regime tem-se a equação de Colebrook - White, válida para
14< RevVF/(D/K)< 200
26
a) Escoamento laminar
Para o caso de escoamento laminar, a equação 2.25 é igualada à equação
2.33 e a seguir substituindo 2.34 na equação resultante tem-se:
vol REL (2.35)
2 vy
qe tgRil (2.36)
2 vp
Válidas para Re < 2500, onde:
| = declividade da base do canal;
A = área da seção molhada.
b) Escoamento turbulento hidraulicamente liso
Para Re > 4000, tem-se o ragime de escoamento turbulento e neste, a região
em que o escoamento é turbulento hidraulicamente liso satisfaz à seguinte
condição:
27
onde:
K = coeficiente de rugosidade equivalente das paredes do conduto, conforme
apresenta tabela 2.4.
Esta condição é definida pela equação 2.26, que para canais torna-se:
2 RI 252.» (2.37)
= la)
voy Vl Rg
ReRT . 2.38)
BERTO ou 252.v (
y Y vIZ8g R$ 1/q
c) Escoamento hidraulicamente misto
Este regime de escoamento ocorrerá quando:
15 (ES SI00
Y v
v=- 32g Ri Log K + 252v ) (2.38)
VV y 14,84R, JI28gRII/y
528 Ra- ,
q-- (EB g Ko, 2, (2.40)
v M84Rn i28g-Ri-L/y
Segundo KAZEMIPOUR e APELT apud DEI CONTI (1993), o fator de forma wy
foi pesquisado ao se verificar que a distribuição da tensão de atrito exerce
influência na resistência ao escoamento quando se considera o fator f
determinado pela fórmula universal para conduto equivalente D = 4 Ru.
Dois fatores de correção representam a influência exercida pela forma. O
primeiro, w, reflete o efeito da distribuição não uniforme de cisalhamento ao
longo do perímetro e o segundo, wz reflete o efeito das alterações na relação
largura/profundidade da seção transversal.
O fator y é definido por:
”
= 2.41
"= (2.41)
sendo:
P (2.42)
onde:
P = perímetro molhado, m;
28
31
2.2.1 Escoamento Livre ou por Vertedouro
Este tipo de escoamento, ilustrado na figura 2.4, ocorre para pequenos valores
de H/D. A água escoa aderida às paredes do condutor vertical formando um
núcleo central de ar, tornando o seu interior totalmente arejado.
Figura 2.4 - Escoamento tipo vertedouro. LANDI [s.d.].
A equação teórica para este caso é:
Q=maDH 22H (2.45)
onde:
Q = vazão de água, m's;
D = diâmetro do condutor vertical, m:
H = aitura da lâmina d'água sobre a saída, m,
g = aceleração da gravidade, mis”;
m = coeficiente de descarga (variável com H).
O coeficiente “m” pode ser escrito na forma:
32
2.46,
m=(« a ( )
sendo:
a e p= coeficientes adimensionais que variam com o tipo de embocadura,
a = 0,453 e E = 0,35 para embocadura com aresta viva;
a = 0,578 e p = 0,35 para embocadura cônica.
Substituindo 2.46 em 2.45 tem-se:
Q=(a+ ph DaDE ZE (247)
No escoamento por vertedouro a vazão não depende do comprimento do
condutor vertical ou de sua configuração.
Para um diâmetro constante, a curva que representa este tipo de escoamento
é ilustrada pela figura 2.5.
o
Figura 2.5 - Curva do escoamento tipo vertedouro, H = (0). LANDI [s.d.].
33
2.2.2 Escoamento Semi-Afogado ou por Orifício
Este tipo de escoamento é uma transição entre O escoamento por vertedouro e
o escoamento a seção plena ou conduto forçado.
O estágio de transição se verifica para valores intermediários de H/D. Neste
caso ocarre o transporte de uma emulsão de água e ar em movimento, que
normalmente não é permanente e o surgimento de pressões negativas.
A fórmula clássica para esta tipo de escoamento, representado pela figura 2.6,
é:
Q=C8,22H (2.48)
onde:
S = seção do orifício, m”;
Co = coeficiente de descarga, adimensionai,
Q,g, De H=já definidos anteriormente.
36
2.2.3 Escoamentos à Seção Plena, Afogado ou Conduto em Carga
O escoamento à seção plena ocorre para valores elevados de H/D e não há
arraste de ar pela água. As vazões que se estabelecem dependem
essencialmente do comprimento do condutor vertical, L.
A equação clássica para este tipo de escoamento, representado pela figura
2.9, é dada por:
2 2 2 2 2.50
HsLtyta=Lsçõãe Vsglyo (2.50)
22 “2g 2; D2g
onde:
v = velocidade média da água no condutor vertical, m/s;
f = coeficiente de atrito no condutor vertical, adimensional;
<= coeficiente de perda de carga devido ao tipo de embocadura (cerca de 0,5
para embocadura com arestas vivas e muito pequeno para embocaduras
cônicas), adimensional;
tc = coeficiente de perda de carga devido à(s) curva(s) da base, no
escoamento afogado, adimensional,
y = altura da embocadura tronco cônica, m;
a = comprimento vertical das conexões da base do condutor, m.
A vazão pade ser determinada através da seguinte equação:
37
Q=CoS,2g(H + L) (2.51)
onde: Co = é o coeficiente de descarga do condutor, assim expresso:
(2.52)
CG= — Loo
d+ctg sf L
y e D
Substituindo 2.52 em 2.51 para condutor de seção circular tem-se:
1 (2.53)
xD é, L+h+Y+a
Q=",— 24)
L
vo l+s+ç+f—
y s+ç% D
Na curva da figura 2.9, a vazão positiva existe para alturas “H”" nulas ou
negativas, pelo fato de existir escoamento ce água no condutor, mesmo
quando não existe uma altura “H" de água sobre a sua extremidade superior.
H 4
Figura 2.9 - Curva do escoamento tipo afogado, H = f(Q). LANDI [s.d).
38
2.2.4 Representação Geral do Escoamento em Condutores Verticais
Combinando-so as três curvas representativas dos três tipos de escoamento,
obtém-se a curva da figura 2.10, que será explicada a seguir.
oV
Vazão de
os/2 gD* Afogamento
Figura 2.10 - Curva do escoamento em embocaduras, H = f(0). csTC (1972).
Segundo LANDI [s.d.] os trabalhos experimentais conduzidos por PIMENTA
(1963), NOGUEIRA (1964) e pelo CENTRE SCIENTIFIQUE ET TECHNIQUE
DE LA CONSTRUCION - CSTC (1972) permitem a seguinte descrição do
escoamento de água em condutor vertical. Conforme a figura 2.10, fazendo “H”
variar a partir de zero, de maneira progressiva, tem-se inicialmente um
escoamento por vertedouro. A água escoa formando um ane! aderento à
parede do condutor e O núcleo central de ar ocupando a maior parte da seção.
Em seguida, aumentando-se "H”, a água permanece ainda aderida às paredes,
mas observa-se o aparecimento de diversas bolhas de ar. À medida que “H”
cresce, há um aumento correspondente da vazão e da espessura do anel de
41
Este limite deve ser observado para evitar que o aumento do ane! provoque a
mudança do regime de escoamento anular, com o aparecimento de ruídos,
turbulência e flutuações na pressão.
Liquido/Água
Ar
Figura 2.11 - Seção transversal de condutor vertical com escoamento anular
de água. DEL CONTI (1993).
Segundo PINK e CUOMO apud DEL CONTI (1993), o escoamento de água em
condutores verticais é do tipo turbulento, onde são válidas as equações 2.26,
2.27 e 2.28. A determinação da espessura da lâmina d'água pode ser obtida a
partir destas equações, conforme o regime de escoamento.
Considerando o regime de escoamento turbulento hidraulicamente misto, a
espessura do anel de água do escoamento em condutores verticais pode ser
calculado através da equação de Colebrook-White 2.27.
Conforme PINK apud DEL CONTI (1993), quando o conduto escoa à seção
plena:
onde:
f = fator de atrito,
To = tensão devido ao atrito;
p = massa específica da água:
v = velocidade do escoamento.
Substituindo "f na equação 2.27, tem-se:
pv K 252 pv
PN tg PM
V 8, ED * Re | Br,
Substituindo a equação 2.24 e 2.18 na equação 2.55, tem-se:
7
pvt K 2,52v [ex
+
=-2Zlog(
8x, 148R, 4vRy) 8%,
(2.54)
(2.55)
(2.56)
43
Considerando-se que no escoamento em um condutor vertical, ocorre o
equilibrio das forças, em uma dada extensão, L, se o fluido escoa aderido às
paredes, com uma espessura “e” e com uma velocidade terminal, vt, então:
a-D-7,-AL=p-mDe-e')AL-g
simplificando tem-se:
De-e?
D
To = pel ) (2.57)
onde:
e = espessura do escoamento anular, no condutor vertical;
to, p, ge D = definidos anteriormente.
Tem-se também:
A=m(De-e) (2.58)
Q=m(De-&)vt (2.59)
e
a:
Rg De-e') (2.60)
D
46
e=Da-NITTO) (2.65)
onde:
TO = taxa de ocupação do escoamento em relação à seção transversal total do
condutor,
D = diâmetro do condutor vertical, m;
e = espessura do anel de água, m.
E a equação para o comprimento terminal é dado por:
vt?
Lt = Latso-o (2.68)
onde:
Lt = comprimento terminal, m;
vt = velocidade terminal, m;
g= aceleração da gravidade, m/s”.
A tabela 2.5 apresenta os valores da capacidade máxima, velocidade e
comprimento terminais em função da taxa de ocupação, limitador em 1/4, 7/24
e 1/3 da seção total.
Tabela 2.5 - Vazão máxima de condutores verticais, suas respectivas
velocidade e comprimento terminais em função da taxa de
ocupação. DEL CONTI (1993).
K Diám. To=1/4 TO = 7/24 T0=13
Int.
(mm) | (mm) Q ve L Q ve L q we L
vs) | ms | im | o | (ms | qm | do | (ms) | (m
50 1.64 3,35 1,62 213 3,72 2,00 2,67 4,08 2,40
75 485 441 280 | 6,32 4,91 3,48 17 5,33 4,140
0,015 109 10,55 5.37 4,16 | 13,64 5,95 5,41 18,82 647 6,04
150 30,83 7 7,09 | 40,06 7,78 873 44,94 7,66 847
200 80,34 7,88 851 | 77,52 846 10.34 | 96,04 9,19 12,20
50 118 241 0,84 1,53 2,68 1,03 3.92 2,93 1,24
75 3,48 317 1,45 4,54 3,52 178 643 4,05 2,37
0.150 400 7,57 3,85 2,14 2,78 4,27 263 12,06 464 3,10
150 22.09 5,02 364 | 28,67 5,56 447 35,52 6.05 5,29
200 47,70 6,07 5,32 | 61,40 8,70 6,48 76.49 7a 787
so 1,05 214 0,66 1,36 2,39 0.82 171 2,62 0,09
75 34 2,83 1415 4.07 3,18 1,44 5,04 3,46 1,73
0.300 100 6.85 3,48 1,75 B,B6 3,86 2,18 10,93 4,20 2,55
150 20,05 4,56 3,00 | 26,07 5,06 3,69 32,34 5,51 438
200 43,43 5,52 4,41 | 55,99 811 5,39 69,56 6.65 6.40
50 0,81 1,87 0,50 1,19 2,09 0,63 1.50 2,30 0,76
75 2,74 2,49 0,89 3,59 279 1,12 443 3,04 1,33
0,800 100 6.02 3,06 1.35 | 7,82 3,41 1,68 2,87 3,72 2,00
150 17,79 | 404 | 2,38 | 23,20 | 4,80 2,92 | 2885 | 49 3,49
200 38,75 | 483 [3,51 | 50,09 | 5.46 4,31 62,38 | 5.97 544
2.3 Escoamenta em Condutores Horizontais
O estudo do escoamento apresentado para calhas é válido para condutores
horizontais, desde que o escoamenta se realize à pressão atmosférica.
Normalmente considera-se o escoamento de condutores horizontais em regime
permanente uniforme. Verifica-se também o fenômeno do ressalto hidráulico,
provocado pelas mudanças de direção do escoamento.
47
2.3.1 O Ressaito Hidráulico
O ressalto hidráulico caracteriza-se pela mudança do regime de escoamento,
de supercrítico para subcrítico, tendo como consequências a redução da
velocidade, aumento da altura da lâmina d'água e perda de energia. O ressaito
pode, em certos casos, preencher completamente a seção do condutor.
Nos sistemas prediais de águas pluviais a ocorrência de ressalto hidráulico é
verificada nos seguintes locais:
» mudança de direção do escoamento de vertical para horizontal, como por
exemplo do condutor vertical para o condutor horizontal, a região
denominada pé-de-coluna;
e mudança de direção do escoamento em um mesmo plano, como, por
exemplo, após curvas;
« inserção de ramais quer seja na direção horizontal, como na vertical, após
junções.
Pode-se verificar, no entanto, que as conexões e/ou inserções de vazão
podem provocar modificações no escoamento a montante e a jusante,
aumentando o grau de solicitação do sistema.
48
3.2 Coeficiente de Escoamento Superficial ou Coeficiente de Deflúvio
O coeficiente de escoamento superficial, c, representa o grau de absorção de água
pela superfície que recebe a precipitação, ou seja:
(3.2)
si
onde: ,
h = altura da lâmina d'água escoada, mm;
hp = altura da lâmina d'água precipitada, mm.
O valor de c varia na faixa O< c < 1, sendo:
c= 0, quando há absorção total da água e não ocorre escoamento superficial,
c= 1, quando não há qualquer absorção da água pela superfície, ou seja, a chuva
precipitada escoa totalmente.
No dimensionamento de sistemas prediais, considera-se o valor do coeficiente c=1
para os caso de lajes, coberturas, pavimentações, enfim, para as superfícies
consideradas impermeáveis.
Na realidade, existe uma pequena absorção por parte destas superfícies no início
da precipitação, pois elas estão secas e os seus vazios contêm ar. Após algum
tempo, estes vazios tornam-se saturados reduzindo a taxa de absorção da água. No
caso de telhas, supõe-se que não estejam mais absorvendo a água a que toda ela
51
esteja escoando para as calhas. Assim o valor de c = 1 é adotado considerando-se
a situação mais desfavorável.
3.3 Intensidade de Precipitação ou Intensidade Pluviométrica
Para tins de projeto, as chuvas intensas são avaliadas a partir de dados registrados
em pluviogramas, conforme a relação localidade, precipitação, duração e
frequência.
As precipitações decorrentes de chuvas intensas são tratadas para fins de projeto
em termos de sua intensidade de precipitação, i, como uma variável aleatória. Seu
valor é estudado estatisticamente na forma de probabilidade de ocorrência.
3.3.1 Pluviômetros e Pluviógrafos
Os pluviômetros são aparelhos que determinam a altura total de água precipitada
em um período de 24 horas, intervalo de tempo entre duas ieituras consecutivas.
Os pluviógratos coletam e registram a altura de água precipitada, em função do
tempo, em uma fita de papel denominada pluviograma, que permite determinar
índices pluviométricos & os tempos durante os quais eles ocorreram. Estes dados
têm subsidiado os informes estatísticos de comportamento da natureza. A
probabilidade de repetitividade tem sido observada no decorrer do tempo, com O
que se pode manipular estes Índices estatísticos com razoável confiabilidade.
Desta forma, a intensidade pluviométrica é definida como a altura de água
precipitada durante um intervalo de tempo, conforme equação 3.3.
i=D (3.3)
onde:
i= intensidade pluviométrica, mm/h;
Ah = altura de água precipitada, mm;
At = intervalo de tempo de duração da chuva, h.
3.3.2 Período de Retorno ou Tempo de Recorrência
O tempo de duração das chuvas é variável e observa-se que as precipitações são
maiores para intervalos de tempo menores e vice-versa.
Segundo DEL CONTI (1993), para cada localidade e para cada intervaio de duração
de chuva, At, por exemplo 5, 10 e 15 minutos, os dados são organizados em ordem
decrescente de grandezas das precipitações. São consideradas as “n” máximas
chuvas, acima de um valor mínimo escolhido durante o periodo total de observação
de “n” anos. Os dados assim dispostos constituem-se as chamadas séries parciais.
Uma outra maneira é considerar a máxima chuva de cada ano hidrológico, pelo
período total de “n' anos de observação. Esta forma de arranjo é denominada sério
anual,
53
Tabela 3.1 - Tabela de chuvas intensas no Brasil. NBR 10844 (1988).
DURAÇÃO - 5 MINUTOS
LOCAL INTENSIDADES PLUVIOMETRICAS (mm/hora)
PERÍODOS DE RETORNO (ANOS)
1 5 26
1 - Alegrete/RS A 238 383AD
2 - Aito ltaliaia/RJ 124 164 240
3 - Aito Tabajos/PA 168 ! 229 287 (21)
4 - Alto Terezópotis/RJ 114 1370) meme
5 - Aracajú'SE 116 122 128
6 - Avaré/SP 115 144 179
7- Bagé'RS 126 204 234 (10)
8 - Barbacena'MG 156 222 265 (12)
9 - Barra do Corda/MA 120 128 152 (20)
40 - Bauru/SP 110 120 148 (9)
11 - Belém/PA 138 157 185 (20)
12 - Belo Horizonte/MG 132 227 230 (12)
13 - Blumenau/SC 120 125 152 (15)
14 - Bonsucesso/MG 143 198 =
15 - Cabo Frio/RJ 113 148 218
16 - Campos/RJ 132 206 240
17 - Campos do Jordão/SP 122 144 164 (9)
18 - Catalão/GO 132 174 198 (22)
19 - Caxambu/NG 108 137 (3 e
20 - Caxias do Sul/RS 120 127 218
21 - Corumbá/MT 120 131 1616)
22 - Cruz Alta/RS 204 246 347 (14)
23 - Cuiabá/MT 144 190 230 (12)
24 - Curitiba/PR 132 204 228
25 - Encruzilhada/RS. 408 126 158 (17)
26 - Fernando de Noranha/FN so 120 140 (8)
27 - Florianópolis/SC 114 120 144
28 - Formosaíco 136 176 217 (20)
29 - Fortaleza/CE 120 156 180 (21)
30 - Goiânia/GO 120 178 192 (17)
31 - Suaramiranga/CE 14 126 152 (19)
32 - IraíjRS 120 198 228 (18)
33 - Jacarezinho/PR 115 122 146 (11)
34 - Juareté/AM 192 240 288 (10)
35 - João Pessoa/PB 15 140 163 (23)
38 - Km 47 - Rodovia Presidente 122 164 174 (14)
Dutra/R$
37 - Lins/SP se 122 137013)
38 - Maceió/aL 102 122 174
39 - Manaus/AM 138 180 188
40 - Natal/RN 113 120 143 (19)
41 - Nazaré/PE 118 134 155 (19)
42 - NiteróiRS 130 183 280
43 - Nova Friburgo/RJ 120 124 156
44 - Olinda/PÉ 115 167 473 (20)
45 - Ouro Preto/MG 120 211 —
48 - ParacatiyMG 122 233 —
47 - Paranaguá/PR 127 186 191 (23)
48 - Paratins/AM 130 200 205 (13)
56
LOCAL
INTENSIDADES PLUVIOMÉTRICAS (mm/hora)
PERÍODOS DE RETORNO (ANOS)
1 5 25
49 - Passa Quatro/MG 118 180 192 (10)
50 - Passo Fundo/RS 10 125 180
51 - Petrópolis/RJ 120 126 156
52 - Pinheiral/RJ 142 214 244
53- cicaba/SP 118 122 15140)
54 - Ponta Grossa/PR 120 128 148
55 - Porto Alegre/RS 1 146 187 (21)
56 - Porto Velho/RO 130 167 184 (10)
57 - Quixeramobim/CE 115 121 126
58 - Resende/RJ 130 203 264
589 - Rio BrancoiÃG 128 138 (2) aroma
60 - Rio de Janeiro/RJ (Bangu) 122 156 174 (20)
61 - Rio de Janeiro/RJ (Ipanema) 119 125 180 (15)
62 - Rio de Janeiro/RJ 120 142 152 (6)
(Jacarepaguá)
83 - Rio de Janeiro/RJ (Jardim 122 167 227
Botânico).
84 - Rio de Janeiro/RJ (Praça XV) 120 174 204 (14)
65 - Rio de Janeiro/RJ (Praça Saenz 125 +39 167 (18)
Peia)
88 - Rio de Janeiro/RJ (Santa Cruz) 121 132 172 (20)
67 - Rio Grande/RS 121 20M 222 (20)
68 - Salvacor/BA 108 122 145 (24)
69 - Santa Maria/RS 114 122 145 (16)
TO - Santa Maria Madalena/RJ 120 126 152 (7)
T1 - Santa Vitória do Palmar/RS 120 126 152 (18)
72 - Santos-ltapema/SP 120 174 204 (21)
73 - Santos/SP 136 198 240
TA - São Carlos/SP 120 178 181 (10)
75 - São Francisco do Sul/sC 118 132 167 (18)
76 - São Gonçalo/PB 120 124 152 (15)
77 - São LuiziMA 120 126 152 (21)
?B - São Luiz Gonzaga/RS 158 209 253 (21)
79 - São Paulo/SP (Congonhas) 122 132 —
80 - São Paulo/SP (Mirante 122 172 19147)
Santana)
81 - São Simão 116 148 175
82 - Sena Madureira/AC. 120 180 170 (7)
83 - Sete Lagoas/MG 122 182 281 (19)
84 - Soure/iPA 149 162 212(18)
85 - Taperinha/PA 149 202 241
86 - Taubaté/SP 122 172 208 (6)
87 - Teófilo OtonifMG 108 121 154 66)
88 - Teresina/P! 154 240 282 (23)
BO - Terezópolis/RJ 115 140 176
80 - Tupi/sP 122 154 e—
81 - Turiassu/MG 126 162 230
82 - Uaupés/AM 144 204 230 (17).
83 - Ubatuba/SP 422 149 184 (7)
84 - Uruguaiana/RS 120 142 3161017)
95 - Vassouras/RS 125 179 222
86 - Viamão/RS 114 128 152 (15)
97 - VitóriadEs 102 158 240
96 - Volta Redonda/RJ 156 216 265 (13)
SÁ
58
3.3.3 Tempo de Concentração
Denomina-se tempo de concentração, tc, o tempo necessário para que toda a
cobertura contribua com água para um determinado condutor vertical ou o tempao
gasto para a gota de água mais distante chegar ao condutor vertical, considerando-
se que quando isto ocorrer a vazão será máxima.
Analisemos a cobertura da figura 3.1, ou seja, uma cobertura com duas “águas”,
calhas nos beirais e condutores verticais em uma das extremidades de cada tado.
Quando a chuva inicia, a vazão de água na condutor é pequena e vai aumentando
conforme aumenta a área de contribuição de toda a cobertura.
Cobertura de
telha ondulada
Ponto mais Saida da calha
distante f
Elgura 3.1 - Cobertura de duas “águas” com calhas nos beirais e condutor vertical
em uma das extremidades. LANDI [s.d].
Através do período de retorno, T, e do tempo de duração da chuva pode-se
determinar a intensidade pluviométrica, conforme ilustra a figura 3.4.
= 10 anos
t=Smin t
Figura 3.4 - Intensidade pluviométrica em função do tempo de retorno e do tempo
de concentração. LANDI [s.d].
Observando a figura 3.4 verifica-se que a escolha de um tempo de duração da
chuva menor que te implicaria em um valor de intensidade pluviométrica maior para
o mesmo tempo de retomo. No entanto, isto não implica uma vazão de projeto
maior, pois conforme apresenta a figura 3.2, a curva 1, apesar da vazão aumentar
mais rapidamente que na curva 3, atinge valores menores de Q, uma vez que a
chuva tem uma duração menor.
Segundo LANDI [s.d] para o Brasil, propõe-se chuva com duração de 5 minutos,
uma vez que é a menor duração de chuva da qual se dispõe de dados estatísticos.
61
62
3.4 Área de Contribuição
Geralmente, as chuvas são direcionadas pela ação do vento, que desloca as
gotículas de água e faz com que se precipite inclinada, formando um ângulo 6 com
a vertical, atingindo também as superfícies verticais, conforme ilustra a figura 3.5.
Figura 3.5 - Superfícies horizontal e vertical considerando a precipitação da chuva
sob influência da ação do vento. DEL CONTI (1993).
Vários fatores influenciam a variação do ângulo 6 a cada instante, tais como: a
intensidade e a constância do vento, o volume das gotículas de chuva e a posição
do edifício em relação ao vento. O conhecimento do ângulo 8 conforme sua
orientação seria bastante útil no fornecimento das intensidades máximas de
precipitação nas direções horizontal e vertical. Não se dispõe também de aparelho
que registra a altura da água precipitada que atravessa uma superfície vertical
padrão, tal como o pluviógrafo coleta na área horizontal.
Verifica-se, ainda, uma redução de quantidade de água de chuva, um retardamento
do escoamento ao longo das superfícies verticais devido à rugosidade das paredes
63
- variável em função do tipo de revestimento, da presença de aberturas,
reentrâncias e saliências, BS 6367/BS! (1983) apud DEL CONTI. Considerando-se
o desconhecimento da influência destes fatores, utilizam-se percentagens de áreas
verticais, de forma padronizada em todos os casos. Existem várias recomendações
para determinação destas contribuições e dentre elas apresentamos a
recomendação proposta peta NBR 10844 (1988).
3.4.4 Recomendação Proposta pela Norma Inglesa - CP 308/BSI
As coberturas planas inclinadas contribuem com uma área que intercepta a chuva,
ou seja, considerando-se o efeito da inclinação da precipitação e não em projeção
horizontal. Propõe-se então, um ânguio de 26,56º com a vertical, correspondente
atg 6=2, conforme ilustra a figura 3.6,
Figura 3.6 - Influência do vento na inclinação da chuva. CP 308/BSI (1974).
Ao= ab
a - SUPERFÍCIE PLANA E HORIZONTAL
66
efe
db - SUPERFÍCIE INCLINADA
A
€ - SUPERFÍCIE PLAHA VERTICAL ÚNICA
é - DUAS SUPERFÍCIES PLANAS
VERTICAIS OPOSTAS.
Se abred, então Ac-(ab co)? senão Acetedaby
q - DUAS SUPERFÍCIES PLANA
VERTICAIS OPOSTAS.
> -
A 2 RENAS
?
f- DUAS SUPERFÍCIES PLANAS VERTICAIS
ADJACENTES E PERPENDICULARES.
E
Ar= nho
g- TRÊS SUPERFÍCIES PLANAS VERTICAIS,
ADJACENTES E PERPENDICULARES,
SENDO AS DUAS PAREDES OPOSTAS
IDÉNTICAS.
Ac- ab?
h - QUATRO SUPERFÍCIES PLANAS,
VERTICAIS. SENDO UMA COM
MAIOR ALTURA.
Figura 3.8 - Áreas de contribuição. NBR 10844 (1988).
Uma vez definidos c, i e A, pode-se determinar a vazão de projeto, conforms a
equação.
4 DIMENSIONAMENTO DOS ELEMENTOS DOS SISTEMAS PREDIAIS DE
ÁGUAS PLUVIAIS
Os critórios de dimensionamento dos sistemas prediais de águas pluviais têm
evoluído a partir de pesquisas realizadas por vários estudiosos que avançam no
conhecimento dos fenômenos decorrentes do escoamento no interior destes
sistemas.
DEL CONTI (1993) agrupou os métodos de dimensionamento existentes segundo
os critérios adotados:
» métodos baseados em critérios cujo dimensionamento considera as partes do
sistema independentes entre si - abordagem analítica;
» métodos baseados em critérios cujo dimensionamento considera as partes do
sistema interdependentes entre si - abordagem sistêmica.
Os métodos segundo a abordagem analítica, surgiram como forma de resolver o
problema desconhecendo-se 0s fenômenos decorrentes do escoamento no sistema.
Estes métodos não consideram. por exemplo, as condições de ligação entre os
elementos do sistema. Conforme esta abordagem um escoamento no condutor
vertical ocorreria independentemente do escoamento na calha e o escoamento no
condutor horizontal independentemente do escoamento no condutor vertical. Para
quaisquer tipos de configuração, mantendo-se o mesmo material, diâmetro e
declividade, a capacidade de vazão destes elementos permanecerá invariável.
68
Este tipo de consideração conduz a soluções aproximadas devido às simplificações
feitas durante a análise dos escoamentos.
Os métodos resultantes da abordagem sistêmica implicam num melhor
conhecimento dos fenômenos que ocorrem durante o escoamento no interior do
sistema
Os métodos segundo a abordagem analítica são:
+ método proposto por GARCEZ (1961),
* método proposto pelo PLUMBING MANUAL (s.d);
e método proposto pelo STANDARD PLUMBING ENGINEERING DESIGN (1963),
STANDARD PLUMBING CODE (1975) e THE BOCA BASIC PLUMBING CODE
(1975);
* método proposto pelo NATIONAL STANDARD PLUMBING CODE (s.d);
e método proposto pelo UNIFORM PLUMBING CODE (s.d);
* método proposto pelo THE BOCA BASIC PLUMBING CODE (1987),
* método recomendado pelo NATIONAL SWEDISH INSTITUTE (s.d);
Os métodos segundo abordagem sistêmica são:
* método proposto pelo Building Research Station - BRS (1969),
e método proposto pelo CP 308/BSI (1974);
e método proposto pela NBR 10844 (1988);
e método proposto pela BS 6367/BSI (1983).
Neste trabalho apresentamos apenas alguns destes, mas todos eies estão
detalhados em DEL CONTI (1993).
4.1.2 Método Proposto pela BS 6367 da BS!
A BS 6387 - British Standard Code of Practice for Drainage of Roofs and Paved
Areas, da BSI (1983), é uma revisão do CP 308 (1974).
Os critérios propostos por esta norma para O dimensionamento de calhas foram
estabelecidos com base no escoamento sm regime permanente não-uniforme em
calhas em nível.
4.1.2.1 Calhas de Beiral
As calhas de beiral são localizadas na parte externa das edificações e extremidades
das coberturas.
Considera-se que a profundidade do escoamento na saída da calha (embocadura)
seja 5/9 da profundidade do escoamento no ponto mais distante, quando a calha
está trabalhando em sua capacidade máxima.
A tabela 4.4 apresenta a capacidade de vazão de calhas semi-circulares
descarregando livremente. A figura 4.1 ilustra os dois tipos de calha apresentados
na tabela 4.4.
A
n
Wa Wo
(a) o)
(a) Calha semi - circular verdadeira
(b) Caiha semi - circular nominai
Figura 4.1 - Calhas semi - circulares. MAY et al. apud DEL CONTI (1993).
Tabela 4.4 - Capacidade de vazão, em L/s, de calhas semi - circulares comerciais
em nível, para beiral, BS 6367 (1983).
Dimensão da calha Calha semi - circular Calha semi - circular
(mm) verdadeira nominal
75 0,38 027
100 0,78 0,55
115 1,41 0,78
125 41,37 0,96
150 2,16 1,52
As capacidades de vazão para calhas semi-circulares verdadeiras e nominais são
fornecidas pelas equações 4.2 e 4.3, respectivamente.
5
Qo = 7,861-10%.WG2 (4.2)
5
Qo=5511-:10*.wG? (4.3)
onde:
Qo = capacidade de vazão na saída da calha, L/s;
We = largura de topo da calha, mm.
73
A resistência devido ao atrito reduz a capacidade de calhas longas. Uma calha de
beirai é considerada longa se a distância entre o ponto mais distante e a
embocadura, L, for superior a 50 vezes a altura da lâmina d'água, na saída da
calha, ho. Neste caso, a capacidade real de vazão deve ser multiplicada pelo fator
de requção, conforme tabela 4.5.
Tabela 4.5 - Fatores de redução da capacidade de calhas semi-circulares longas.
BS 6367 (1983).
Liho Fator de redução
50 1,00
100 0,93
150 0,86
200 0,80
A mudança de direção ao longo de sua extensão contribui para reduzir a
capacidade de calhas de beiral, conforms apresenta a tabela 4.6.
Tabela 4.6 - Fatores de redução da capacidade de calhas semi-circulares devido à
presença de mudança de direção. BS 6367 (1983).
Tipo de mudança de direção | Mudança direção a | Mudança direção entre 2
menos de 2m de e 4m da saída
saída
Em canto reto 0,80 0,90
Em canto arredondado 0,90 2,95
4.1.2.2 Calhas Internas
Recomenda-se para calhas centrais a largura mínima de 500 mm e para as calhas
de platibanda 300 mm, para facilitar a manutenção, permitindo que uma pessoa
possa caminhar.
76
Tabela 4.8 - Áreas máximas em projeção horizontal, em mí, a serem drenadas por
calhas semi - circulares. UNIFORM PLUMBING CODE (1973).
Diâm. Calha Intensidade máxima de precipitação
semi-circ. (mmih)
(mm) 50 75 100 125 450
1=0,5%
75 3 21 15 12 10
100 ES 44, 33 26 22
125 116 mM 58 46 38
150 178 118 89 " so
175 256 170 128 102 8s
200 369 246 184 147 123
250 669 sas 334 267 223
Diâm. Calha Intensidade máxima de precipitação
semi-circ. (mm/h)
(mm) so 78 100 126 150
1=1,0%
75 44 29 22 17 14
100 94 63 47 38 M
125 163 108 8 8s 54
150 252 168 126 190 ga
175 362 241 181 145 120
290 520 347 260 208 173
250 947 e31 473 379 35
Diám. Calha Intensidade máxima de precipitação
semi-circ. (mmih)
tmm) so 75 100 125 150
1=2,0%
75 E 42 31 25 21
400 133 39 se 53 44
125 232 155 116 E nm
150 356 257 178 142 119
175 512 3a 256 204 171
200 739 493 389 295 286
250 133 891 689 534 448
Diâm. Calha Intensidade máxima de precipitação
semi-circ. tmm/h)
mm) 50 75 100 125 150
|=4,0%
75 89 E 44 35 29
100 189 126 94 78 83
125 328 219 164 131 109
150 514 343 257 206 1
175 Toa 483 362 289 241
200 4040 93 =s20 416 348
250 1858 1238 829 743 618
4.2 Dimensionamento de Condutores Verticais
4.2.1 Método Proposto por Garcez
Devido ao desconhecimento das condições de escoamento no interior de
conduiores verticais de águas pluviais, o processo de dimensionamento proposto
por GARCEZ (1981), considera a igualdade de velocidades do escoamento nos
condutores vertical e horizontal, obtendo-se a tabela 4.7.
Tabela 4.7 - Velocidade e vazão máximas para condutores verticais de águas
pluviais.
Diâmetro nominal Velocidade Área total Vazão
tmm) (ms) (er?) (Lis)
50 0.30 19,80 0,57
75 0,40 44,00 1,76
100 0.50 78,00 3,83
150 0.65 176,00 11,43
A partir da intensidade pluviométrica regional que, para São Paulo, foi estimada em
150 mmih, o que corresponde à vazão de 0,042 L/s.mº, obtém-se a tabela 4.8 que
relaciona o diâmetro do condutor vertical com a área de cobertura a ser drenada.
Tabela 4.8 - Áreas máximas de cobertura, em mº, a serem drenadas por condutores
verticais - | = 150 mmih. GARCEZ (1963).
Diâmetro Nominal
Área da cobertura
(mm) [ud]
50 13,60
75 42,00
100 91.00
150 275,00
78
GARCEZ (1981), obteve a relação “um cm? de área de conduto para cada mê de
área de cobertura de telhado a ser esgotada”.
PIMENTA (1963) conduziu pesquisa com o objetivo de determinar a capacidade de
condutores verticais de seção circular. Os resultados desta pesquisa mostraram que
a capacidade dos condutores verticais é bem superior àquelas propostas por
GARCEZ (1981).
NOGUEIRA (1964) dando continuidade aos trabalhos de PIMENTA (1953), reatizou
ensaios que tiveram por objetivo a determinação da capacidade de condutores
verticais funcionando com lâminas d'água de pequenas alturas em calhas ou
terraços. Estes dois trabalhos foram os últimos realizados no Brasil a respeito de
condutores verticais de águas pluviais.
4.2.2 Método Proposto pela NBR 10844 (1988)
Os condutores verticais de águas pluviais, segundo a NBR 10844 (1988), devem ser
dimensionados através de dois ábacos, construídos com base nas equações 2.3 e
2.9, conforme ilustram as figuras 4.1 e 42. Estes ábacos resultaram de pesquisa
realizada pelo CENTRE SCIENTIFIQUE ET TECNIQUE DE LA CONSTRUCTION -
CSTC, da Bélgica (1972, 1975). Esta pesquisa teve como objetivo estudar as
condições de sscoamento em condutores verticais, conforme apresentado em 2.2.
81
4.2.3 Método Proposto pelo Uniform Plumbing Code (1973)
O Uniform Plumbing Code (1973) propõe a tabela 4.9 para a determinação do
diâmetro do condutor vertical em função das áreas máximas a serem drenadas e da
intensidade de precipitação.
Tabela 4.9 - Áreas máximas em projeção, em mº, a serem drenadas por condutores
verticais. UNIFORM PLUMBING CODE (1973).
Intens. Diâmetro do condutor vertical
Precip. (mm)
(qmnh) 50 75 100 125 150 200
25 257 Bs” 1709 3214 5016 10776
sq 133 408 854 1607 2508 5388
75 89 272 569 1071 1671 3591
100 87 204 427 aos 1254 2694
125 53 163 341 642 1003 2155
150 44 136 285 535 838 1794
175 38 17 244 459 716 1539
200 33 102 213 401 627 1347
225 29 j 9 190 357 557 1197
250 27 81 171 321 El 1077
275 24 74 155 292 456 979
300 22 87 142 287 418 B97
4.3 Dimensionamento de Condutores Horizontais
Os condutores horizontais são dimensionados utilizando-se as equações da
Hidráulica para condutos livres, supondo-se o escoamento em regime permanente
uniforme,
4.3.1 Método Proposto pela NBR-10844 (1988)
A NBR-10844 (1988) da ABNT recomenda o dimensionamento de condutores
horizontais com uma declividade uniforme e mínima de 0,5%, através da equação
82
de Manning (4.1). comentada no item (41.1) Neste caso, considera-se O
escoamento como a altura da lâmina d'água igual 2/3 do diâmetro interno do
condutor horizontal, D.
A tabela 4.10 propõe o dimensionamento de condutores horizontais de seção
circular para diferentes tipos de materiais e declividades.
Tabela 4.10 - Capacidade de vazão de condutores horizontais de seção circular
em Li/min. NBR-10844 (1988).
Diâmetro interno (D) n=0,011
mm) 0,8% 1,0% 2,0% 4,0%
50 32 as 64 90
E se 84 11B 168
75 es 133 188 267
100 204 287 405 575
125 370 521 735 1040
150 602 847 1190 1690
200 1300 1820 2570 3850
250 2350 3310 4880 6620
300 3820 5380 7590 10800
Diâmetro interno (D) n= 0,012
(mm 0,5% 1,0% 2,0% 4,0%
50 29 43 59 83
83 55 7" 108 154
75 87 122 172 245
100 187 284 372 E
125 339 478 674 956
150 552 mm 1100 1550
200 1190 1670 2360 3350
230 2150 3030 4280 6070
300 3500 4930 8960 9870
Diâmetro interno (D) n= 0,013
(mm) 0,5% 1,0% 2,0% A0%
50 27 38 E 78
83 50 "1 300 442
75 o 113 459 226
100 173 243 34a 486
125 313 441 622 B82
150 509 "7 1010 1430
200 1100 1549 2180 3040
250 1990 2800 3950 5800
300 3230 4550 6420 8110
83
4.3.2 Método Proposto pelo Uniform Plumbing Code (1973)
O Uniform Piumbing Code (1973) apresenta a tabela 4.11 para o dimensionamento
de condutor horizontal de águas pluviais em função da intensidade máxima de
precipitação e da área a ser drenada.
Tabela 4.19 - Áreas máximas em projeção horizontal, em m”, a serem drenadas por
condutores horizontais. UNIFORM PLUMBING CODE (1973).
Diam. (mm) Intensidade Máxima de Precipitação (mm/h)
Cond. Hor. '
[= 4% so 75 100 425 150
75 152 101 78 e1 51
100 349 232 174 139 116
125 e20 413 30 248 206
150 em 662 497 397 3H
200 2136 1524 1068 854 706
250 3846 2564 1923 1540 1282
300 6187 4124 3093 2475 2062
375 10128 783 5527 4422 3683
Diam. (mm) Intensidade Máxima de Precipitação (mm/h)
Cond. Hor.
|=2% so 75 400 126 150
75 215 143 107 88 1
100 492 328 246 196 184
125 87” 584 438 350 292
150 1402 sas 701 581 so
200 3028 2019 1514 120 1009
250 5425 3615 2712 2169 1807
300 8732 5815 4356 3403 2912
375 15807 10405 7803 6247 5202
Diam. (mm) Intensidade Máxima de Precipitação (mmuh)
Cond. Hor.
1=4% so 75 100 125 450
75 305 213 152 121 101
100 696 465 39 29 232
125 1241 826 820 494 413
150 1988 1272 94 797 8e3
200 4273 2847 2136 1708 1423
250 7692 5128 3846 3079 2584
300 12374 8249 6187 4942 4124
ELE) 22110 14753 11055 assa 7382
86
Aci=Ac2=30x21
Ac=610mº
b) Dimensionamento da calha e condutores verticais
Para o dimensionamento da calha e condutores verticais obtém-se da tabela 3.1 o
valor de | = 178 mmfh, para um período de retorno (T) de 5 anos.
b.1) Vazão de projeto
cci-Ãc
0=
sendo:
1xi78x 610
Q=0,=0—— = 1810/min
b.2) Dimensões da calha conforme a NBR - 10844 (1988)
Para calha retangular a vazão de projeto pode ser obtida pela equação de Manning:
A
Q=Ko Rg IS
87
A declividade mínima recomendada pela NBR 10844 (1988) é de 0,5%, portanto
será a adotada.
K = 60.000
n=0,011
Considerando-se uma calha retangular cuja base seja o dobro da altura, tem-se:
' | bora livre
r 7
! Ed Ed
a | A a
; po Dad
b=2a b
A=2a
Ru=aiz
Substituindo-se na equação de Manning, tem-se:
q Qu
à=(sgra37 (12
1º 1830x00115
a=( 53
7561437 (0,5/100)/2
a=0,123m=> 12,5em
88
b=0,246 m => 25 cm
borda livre = 7,5 cm
Considerando-se que a NBR 10844 (1988) não faz referência à altura da borda
livre, adotamos h = 2/5 da altura do nível da água com um máximo de 75 mm (BS
6357 da BSI). Assim, tem-se que a altura da borda livre será de 7,5 cm.
b.3) Dimensionamento dos condutores verticais
Os condutores verticais serão dimensionados conforme o ábaco da figura 4.1 e com
os dados obtidos do dimensionamento da calha (H) e da figura 4.3. Então:
H=125cm
L=55m
D=? > ábaco da figura 4.1 => D = 100 mm
Para que não ocorra a mudança do regime de escoamento anular com o
consequente aparecimento de ruídos, turbulências e flutuações de pressão.
limitamos a espessura do anel de água a um máximo de 1/3 da área da seção
transversal do condutor e conforme a tabela 2.5. O diâmetro dos dois condutores
verticais será de 150 mm.
Pela tabela 4.10 obtém-se D = 200 mm.
Trecho 34: i= 2%
120x11x5 120x10x7
Qu axo 12370
03.4 =2550L/mia
Pela tabela 4.10 obtém-se D = 200 mm.
Trecho 4.5: | = 2%
120x11x55 120x11x7
Css tango +20
Qu.s = 2737L/min
Pela tabsla 4.10 obtém-se D = 250 mm.
Trecho 5-7: | = 2%
120x1ix5 120x1ix7
Vr= O to anão 12737
91
Qs.7 = 3089L/min
Pela tabela 4.10 obtém-se D = 250 mm.
Trecho 8-7: i= 2%
120x15x5 120x15x7
O=0 taxéo + t81O
Q6-7 = 206SL / min
Peta tabela 4.10 obtém-se D = 200 mm.
Trecho 7-5: i = 2%
120x1ix5 120x10x7
Qs= 0º! 2x60 + 3089 +2065
Qr-s = S341L/ min
Pela tabela 4.10 obtém-se D = 300 mm.
92
4.3.3.2 Exercicio 2
93
Dimensionar O sistema de águas pluviais apresentado na figura 4.4. O sistema será
executado em São Paulo. Considerar calha de aresta viva em chapa de aço
galvanizado e c=1.
Calha
Act
AcZ
Ac3
20
Figura 4.4 - Cobertura de duas águas.
a) Determinação da Área de Contribuição
A=(q+Dd
FRA
NE?