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Guias e Dicas
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Forragicultura e manejo de pastajens - Apostilas - Agronomia Parte1, Notas de estudo de Agronomia

Apostilas de Agronomia sobre o estudo da Forragicultura e manejo de pastajens, Plantas forrageiras, Características botânicas, classificação, Importância das pastagens.

Tipologia: Notas de estudo

2013
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Compartilhado em 20/03/2013

Alexandre98
Alexandre98 🇧🇷

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Baixe Forragicultura e manejo de pastajens - Apostilas - Agronomia Parte1 e outras Notas de estudo em PDF para Agronomia, somente na Docsity! FORRAGICULTURA E MANEJO DE PASTAJENS 1. Introdução: O Brasil é um país que possui vasta extensão territorial e um clima privilegiado para o crescimento de plantas herbáceas, cujas condições são excelentes para o desenvolvimento da pecuária. Assim sendo, a formação de boas pastagens e capineiras assume real importância, tornando-se a melhor opção para a alimentação do rebanho nacional, pois, além de se constituir no alimento mais barato disponível, oferece todos os nutrientes necessários para um bom desempenho dos animais. Felizmente, a mentalidade de reservar os piores terrenos para a formação das pastagens, já está sendo substituída por outra, muito mais atual e tecnificada, onde a escolha das glebas e forragens, adubações, combate às pragas e plantas invasoras e, principalmente, um bom manejo, são práticas que vêm recebendo o devido crédito dos pecuaristas. O elevado custo dos insumos modernos, a grande valorização das terras próximas aos grandes centros, a necessidade de se conseguir altas produtividades a baixos custos, para que os lucros também sejam maiores, fazem das pastagens um dos principais elementos de uma pecuária tecnicamente evoluída 2. Plantas forrageiras As plantas forrageiras são conhecidas como alimentos volumosos aquosos (pastos e capineiras). Os alimentos volumosos englobam todos os alimentos de baixo teor energético, principalmente em virtude de seu alto teor de fibra bruta ou em água. Todos os alimentos que possuem menos de 60% de NDT e ou mais de 18% de fibra bruta, são considerados alimentos volumosos. Podem ser divididos segundo o teor de água em : a) Secos: Fenos, palhas, sabugos, casacas, farinha de polpa e feno. b) Forragens verdes, as silagens, as raízes e tubérculos e os frutos. 2.1 Características botânicas das plantas forrageiras A grande maioria das forrageiras está incluída em duas famílias botânicas que são: Gramíneas e leguminosas. 2.1.1 Gramíneas As gramíneas pertencem ao Reino vegetal, divisão angiospermae, classe monocotiledoneae e ordem gramínelas. As mesmas estão agrupadas em 600 gêneros e 5000 espécies; 75% das forrageiras são desta família, que constitui no verdadeiro sustentáculo da sobrevivência universal, onde são incluídas as ervas designadas pelos nomes de capins e gramas. O porte é muito variável , indo desde as rasteiras (gramas), passando pelas de porte médios (capins), até as de porte alto (milho, sorgo etc.). São utilizadas na forma de pastagens, fenos ou silagens. As características morfológicas de seus órgãos são: - Raiz: fasciculada (cabeleira) e adventícias; - Caule: colmo- típico (não se ramifica), com nós e entre-nós Rizomas: subterrânea, nas perenes Estolhoes: decumbentes, de comprimento variável; - Folhas: séssil, invaginates, de disposição dísticas, cuja lígula caracteriza a espécie. Lâmina comprida, lanceolada, com nervuras paralelinérveas. - Flores: unissexuadas ou hermafroditas, aclamídeas, superovariadas, com androceu trímero. Estão dispostos em estruturas características, chamadas espiguetas. Espiguetas: duas brácteas na base (gluma I e gluma II) duas brácteas relacionadas diretamente com a flor (lema e pálea) e eixo interno (ráquila); - Inflorescência: as espiquetas estão dispostas em paniculas, rácemos ou espigas; - Fruto: tipo cariopse. - Exemplos: milho, aveia cana, colonião, etc... 2.1.2. Leguminosae Reino vegetal, divisão angiospermae, classe dicotiledonea e ordem rosales. Porte variável, onde as utilizadas como forrageiras são herbáceas, muito ricas em proteína. As características morfológicas de seus órgãos são: - Raiz: axial, pivotante; - Caule: variável (herbáceo, arbustivo e arbóreo); - Folhas compostas, alternadas e estipuladas; - Flores: diclamídeas, unicarpelares e multiovuladas; - Inflorescência: pániculada, rácemo, etc.; - Fruto: tipo legume (vagem). - Exemplo: leucena, alfafa, siratro, cornichão, trevos etc. Gramíneas: São plantas com folhas estreitas, como: gramas, capins e macegas. Leguminosas: São plantas com folhas mais largas, geralmente, compostas e seus frutos são legumes (vagens). Esta família tem ainda a capacidade de fixar nitrogênio do ar numa associação com bactérias radiculares dos gêneros Rhyzobium e Bradirhyzobium. Em geral, o teor de proteína destas forrageiras é mais elevado que o das gramíneas. 3. Formação e manejo de pastagens 3.1 Importância das pastagens A pastagem é a fração mais econômica da alimentação dos herbívoros, pois, além de ser produzida na própria fazenda, não precisa ser colhida, sendo consumida diretamente pelos animais. As pastagens tropicais, devido a maior quantidade de energia luminosa, a sua distribuição e a própria fisiologia (capacidade fotossintética, etc. das espécies forrageiras são, praticamente, duas vezes mais produtivas que as pastagens de clima temperado (Cooper,1970). Pastos bem formados, em solos férteis, fornecem proteína, energia, minerais e vitaminas em proporções adequadas à nutrição dos herbívoros. Resultados experimentais demostraram (Aranovich, 1965) que pastagens de boa qualidade são capazes de fornecer nutrientes para manutenção e produção de uma vaca de porte médio, produzindo mais de 10 kg de leite/dia.. Caro Costa (1972) demostrou que em pastagens tropicais bem formadas e manejadas, a necessidade de suplementação com concentrado é mínima, para produção em torno de 17kg/cab./dia ou cerca de 4 a 5 mil kg de leite/ lactação. 3.2 Formação das pastagens Por definição, pastagens são áreas cobertas por vegetação nativa ou plantas introduzidas e adaptadas, que são utilizadas para pastoreio dos animais. Se “naturais”, não houve alteração da vegetação original e, se “artificiais” ou cultivadas, são de espécies adaptadas e bom rendimento, introduzidas pelo homem. Nas áreas onde as pastagens são cultivadas, alguns procedimentos para sua formação e manutenção se faz necessários. Entre estes procedimentos temos o preparo do terreno, o manejo e o melhoramento das pastagens. 3.2.1 Escolha do local: Os principais fatores a serem considerados: * Topografia (plana), * Características físicas e químicas do solo, * Presença de aguadas naturais. 3.2.2 Escolha da forrageira A escolha de boas forrageira, adaptadas à região, é fundamentalmente para o êxito da implantação de pastagens artificiais. Os critérios relacionados às características agronômicas das forrageiras ( potencial produtivo, persistência e adaptação a fatores bióticos, climáticos e edáficos, hábitos de crescimento, etc...), somados às de qualidade, infra-estrutura da propriedade e às condições do fazendeiro, poderão orientar os técnicos e proprietários na escolha das forrageiras ( Corsi, 1976). As exigências e tolerâncias das gramíneas e leguminosas tropicais poderão ser descritas, conforme os quadros abaixo. (Exercício de pesquisa Segundo o Engo Agro José Vicente Silveira Pedreira, do Instituto de Zootecnia, Nova Odessa-SP, pode-se ainda incluir: Capins mais resistentes à seca Andropogon gayanus Pennisetum purpurium Cynodon (diversos) Capins mais resistentes ao frio Paspalum guenoarum Paspalum notatum (pesacola) Capins mais resistentes a baixadas úmidas Echinochloa polystachia (canarana) Brachiaria mutica (angola) Capins de menor exigência em fertilidade Digitaria decumbens Paspalum notatum (comum) Paspalum notatum (pensacola) Capins mais exigentes em fertilidade Pennisetum purpureum Capins mais resistentes à sobra parcial Panicum maximum (green panic) Melinis minutiflora Ribeiro (1968) relata que uma boa forrageira deve possuir as seguintes características: a) alta relação folha/haste; b) bom crescimento durante o ano todo; c) ser perene; d) facilidade em se estabelecer e dominar; e) produzir sementes férteis em abundância e de fácil colheita; f) boa palatabilidade; g) resistência às pragas e doenças; h) resistência a extremos climáticos; i) resistência ao fogo e abalos mecânicos; j) alto valor nutritivo 3.2.3 Preparo da área: Qualquer que seja o tipo de desmatamento, deve-se inicialmente localizar os cursos d’água, visado a delimitar as áreas de proteção das sua nascentes e margens, bem como proporcionar condições de existência de água para abastecimento do gado em cada pasto. Por outro lado, deve-se sempre procurar áreas que já estejam desmatada, afim de preservar as matas. No que se refere ao preparo da área, pode ser realizado através do preparo manual ou mecanizado. Preparo manual: em se tratando de mata, as operações desenvolvidas são de broca, derrubada, rebaixamento e queima, dificilmente ocorre o encoivaramento pelo seu elevado custo. No caso de mata de terreno inundável, apesar do custo elevado, torna-se geralmente necessário o encoivaramento, visto ser muito difícil uma queima eficiente, devido ás condições de elevada umidade do terreno. Preparo mecanizado: de área de capoeira, destaca-se dois processos de desmatamento: um empregando-se trator de esteiras com lâmina e rolo-faca. No primeiro, o trator derruba a vegetação e a empurra, para formação de leiras, que devem estar distanciadas cerca de 50 m entre si. Para obtenção desse afastamento, o trator é operado empurrando o material numa distância aproximada de 25 m para cada lado. Após a secagem do material enleirado, procede-se à sua queima. No segundo processo, o trator de esteiras derruba com a lâmina a vegetação, que é dividido em pequenas partes pelo rolo-faca acoplado ao mesmo. Em áreas do cerrado costume-se empregar dois tratores de esteira arrastando correntão ou cabo de aço para remoção e amontoa do estrato superior da vegetação com vistas à posterior queima. O preparo mecanizado em áreas de mata densa devem ser evitadas. No entanto, tornando-se indispensável, um trato de esteira de grande potência. Quando a operação de preparo é manual, após o uso de fogo, geralmente é efetuada a semeadura ou o plantio das mudas. Quando a limpeza é mecanizada, usam-se a aração e gradagem, ou as duas operações são substituídas por uma só, utilizando-se arado-gradeador ou grade pesada. Por ocasião do preparo mecanizado para semeadura ou plantio, o terreno deve estar completamente destocado, a fim de evitar danificação do trator e implemento. 3.2.4. Plantio O plantio das gramíneas para formação de pastagens é realizado pela semeadura ou por mudas. O primeiro método é aplicado quando o plantio envolve grande extensão e o segundo é comumente empregado em áreas menores, ou quando não há disponibilidade se sementes. Plantio por semente: a semeadura do capim pode ser efetuada a lanço, manualmente ou de avião, no inicio do período chuvoso, desde que a intensidade das chuvas e a declividade do terreno favoreçam o arrasto das sementes. Quando as condições não permite a semeação a lanço, utiliza-se semeadura manual, conhecida por “tico-tico”, regulando-se a máquina para obtenção da quantidade desejada de sementes, nas covas, distanciadas de 0,50 a 1,00 m. Quando o terreno estiver destocado e gradeado, além dos métodos de semeadura já mencionados, as sementes podem ser distribuídas no solo através de semeadeira acoplada ao trator. 3.3.1.3. Pastejo protelado ou diferido É um sistema um pouco mais adiantado, evoluído, que os anteriores. Como o próprio nome diz, protela-se, adia-se à ocupação de uma invernada em cada ano, possibilitando à forrageira, condições de “sementear”, para garantir a renovação ou reforma natural da pastagem. Enquanto uma das parcelas está vedada, as demais são utilizadas através de um pastejo rotativo comum. Após a citada “sementeação”, a parcela recebe novamente os animais para “bater” a vegetação existente enterrar as sementes, possibilitando condições para que elas germinem e cresçam na primavera. Recomenda-se a divisão da área em 3 ou mais parcelas, para que haja sensível melhoria na vegetação e consequentemente, maior capacidade de suporte. Desta maneira, protela-se o pastoreio a cada 3 ou mais anos, possibilitando sua “reforma” sem onerar os custos de produção. Como todos os sistemas, o protelado também possui vantagens e desvantagens em seu emprego. 3.3.1.4. Pastejo rotativo Já utilizado há muitos anos entre nós, o pastejo rotativo também chamado vulgarmente de “rodízio”, caracteriza-se pela utilização mais intensiva das pastagens. Nela a área de pastagem e dividida em parcelas, sendo cada parcela pastoreada periodicamente. O número de parcelas é bem superior e o gado passa sucessivamente em cada uma até retornar a primeira, já suficientemente descansada, portanto apta a receber novamente os animais. O tempo de pastoreio e a carga de cada parcela são regulados pelo próprio crescimento das forrageiras. Ë um sistema de pastoreio aplicado quase que exclusivamente para pastagens cultivadas, em condições climáticas favorável, impondo um máximo de aproveitamento. Trata-se, com este método, de aumentar a capacidade produtiva das forrageiras, pela restauração da fertilidade do solo, pelos cuidados constantes dispensados à pastagem e pelos métodos racionais de aproveitamento das forrageiras, no pastoreio ou no corte. A vantagem deste processo de pastoreio reside na utilização total da produção forrageira da cada parcela, sempre em estado vegetativo novo, época as plantas são muito mais nutritivas e palatáveis. 3.3.1.5 Pastejo rotativo racional (Voisin) Uma forma aperfeiçoada desse tipo de pastoreio é o pastoreio racional de A. Voisin, médico veterinário que, após estudos experimentais em sua fazenda na Normandia, passou a ser recomendado no mundo inteiro. Esse sistema caracteriza-se por uma intensa rotação das parcelas, obedecendo as exigências do animal e da planta. O número de parcelas é variável e o gado deve estar separado em categorias, como: vacas com cria e em gestação, animais em crescimento e gado solteiro, que ocupam sucessivamente cada parcela, na ordem mencionada acima, por tempo limitado, até que toda a forragem seja consumida sem prejuízo da rebrota. As parcelas deverão Ter dimensões e rendimento forrageiro iguais e o equilíbrio da produção durante o ano é conseguido através de adubação nitrogenadas para apressar o crescimento do capim (Voisin). 3.3.1.6 Pastejo em faixas Caracteriza-se pelo consumo diário de apenas uma faixa do pasto, limitado somente do lado não pastado por uma cerca móvel, de preferência elétrica (1 fio). Essa cerca é deslocada diariamente, de modo a colocar ao alcance do gado nova faixa de pasto, suficiente para o consumo diário previamente calculado. FATORES DO MANEJO DAS PASTAGENS A experiência e as pesquisas regionais possibilitam estabelecer padrões de manejo de pastagem para aumentar a possibilidade da pastagem e, por conseguinte, a produção animal. Na Tabela 1 se encontra o padrão da resposta das pastagens, manejadas extensivamente, à pressão de rastejo (lotação animal) nas condições regionais. Tabela 1- Padrão de resposta das pastagens, manejadas extensivamente, à pressão rastejo (carga animal) nas condições regionais. Lotação animal (U.A 1/ha) Resposta da pastagem Reflexo na produção animal Baixa (<0,75) Acúmulo de forragem de baixa qualidade, porém os animais podem selecionar. Maior persistência da pastagem e maior concorrência com as plantas daninhas. A produção por animal é alta, porém a produção por hectare é baixa. Média (0,75 a 1,25) Situação intermediária. Situação intermediária. Alta (>1,25) A quantidade de forragem, embora de boa qualidade, tem de a diminuir. Menor persistência da pastagem e menor concorrência com a plantas daninhas. A produção por animal é baixa, porém a produção por hectare é alta. A partir de certo nível de lotação, a produção por animal e por hectare são baixas. Tabela 2 Desempenho das pastagens em função da freqüência de rastejo (sistema de rastejo) nas condições regionais. Produção Freqüênci a ou sistema de pastejo Definição Indicação Investimento Por anima l Por ha Contínuo O gado fica mais de 30 dias numa mesma pastagem. Sistema extensivos (pastagens de baixa produtividade ou nativas, baixa lotação) Baixo (em cercas) Méd./ Alta Méd. /Baix Rotativo menos intensivo Pastagem com no máximo quatro sub- divisões. O gado fica numa sub- divisão por 7 a 30 dias, enquanto as outras descansam. Sistemas menos intensivos (pastagem recém e bem formada, média lotação). Médio (em cercas) Méd. Méd. Rotativo mais intensivo Pastagem com mais de quatro piquetes. o gado fica numa sub- divisão por 1 a 7 dias, enquanto as outras descansam Sistema intensivos (pastagem de alta produção e qualidade, solos adubados, alta lotação animal). Média (em cercas e adubo) Méd./ Baixa Méd. /Alta Tabela 3- Altura da pastagem em sistema de manejo de pastagem contínuo e tempo de descanso e de rastejo em sistema de manejo pastagem rotativo para algumas forrageiras e estações do ano nas condições regionais. Altura da pastagem em pastejo contínuo (cm) Tempo em pastejo rotativo (dias) De descanso Espécies forrageiras/hábito de crescimento Máxima1 Mínimo2 Inverno 3 Verão4 De pastejo Quicuio (decubente) 35- 45 15 - 20 Braquiarão (semi-decubente) 45 - 50 25 - 30 Colonião e outroas espécies do gênero Panicum (erecto, entoicerado) 60 - 80 30 - 40 28 - 35 35 - 42 10 - 15 EXEMPLO DE SISTEMAS DE RASTEJO ROTACIONADO Um sistema de rastejo rotacionado, com seis piquetes e com tempo de rastejo de seis dias e descanso de 30 dias, apenas com adubação na formação da pastagem, foi testado satisfatoriamente em pastagem de braqiarão em propriedade leiteira da “Zona Bragqntina” (Camarão et al., no prelo) A seguir descrevem-se os passos na concepção de dois exemplos de sistema de pastagem rotacionado. Esse sistemas são mais intensivos que a média dos praticados nas propriedades leiteiras da “Zona Bragantina), Exemplo - Sistema de rastejo rotacionado Especificações Quantidade de animais 12 vacas e um touro Tempo de descanso de cada piquete 30 dias Tempo de pastejo de cada piquete 15 dias 1 U.A (unidade animal) 450 kg de PV 1 vaca 400kg de PV 1 touro 600kg de PV Taxa de lotação 1,5 U.A/ha Adubação da pastagem Nenhuma ou apenas na formação CÁLCULO DOS PIQUETES PARA 6 DIAS PASTEJO Exemplo: No de unidade animal----------200U.A Cons. de forragem U.A/dia---45kg Prod. de forragem calculada/dia/ha----139,4kg Período de ocup. em cada piq.------3 dias Período de repouso de cada piq.-----33 dias Com esses dados, calcula-se: # Produção de forragem em 30 dias. 139,4 x 30 = 4182kg # Consumo de forragem por dia das 200 U.A 200 x 45 = 9000 # Consumo de forragem em 3 dias pelas 200 U.A 9000 x 3 = 27000kg # Área necessária para produzir o total de forragem em 3 dias. NP = 33 + 1 = 12 27000 / 4182 = 6,4ha 3 OBS: Portanto, a propriedade em questão, necessitará de 12 piquetes de 6,4ha cada um para manejar seus 200 animais. CAPIM ELEFANTE (para pasto/ fita de vídeo) – Demarcação da área → Altura atingida 6m –util. 4m → Produção/ha = 240t (6 cortes) → 45 dis valor nutritivo x crescimento ponto ótimo Para se Ter rebrota máx. faz-se a adubação EX: área 47.700m2 ~ 4,8 há C.suport, inicio das águas: 4 cab./ha mín 7 cab./ha Número de vacas- 4 cab./ha 10.000m2 ___________4 cab./ ha 47.700m2____________x X= 19 cab./ha 10.000m2 ___________7 cab./ ha 47.700m2____________x X= 33 cab./ha Cálculo de piquetes: 46piq._______1 47.700______X X= 1.037 m2 46 = 1.037 m2, 5% de corredor: 100%-5%= 95% 100%_____1.037m2 95%______x x= 985,15 = 990m2 cada piq. Corredor 3m Porteira dos piq.= 3m 30x33, 31x32, 20x49, 24x40 SEMENTE # As sementes representam 7% do custo total da formação da pastagem, não justificando assim a utilização de produtos sem garantia e sem origem, colocando em risco todo o investimento. VALOR CULTURAL # É a quantidade de sementes em percentagem, que germina em 1kg, em condições normais de umidade, temperatura e luminosidade. Calculado pela fórmula: VC% = %PUREZA x %GERMINAÇÃO 100 EX: Sementes Puras 50% VC = 50x 80 = 4000 = 40% Impureza 50% 100 100 Germinação 80% ⇒ Ou seja, se o Valor Cultural indica 40%, significa que cada 100kg, vão nascer 40kg. ⇒ Com o parâmetro VALOR CULTURAL você compra, vende e também calcula a quantidade de sementes para formar 1há, evitando o desperdício e economizando dinheiro. TAXA DE SEMEADURA # Conhecendo o Valor Cultural da semente, podemos calcular a taxa de semeadura por hectare(ha). Para isto, utilizamos índices diferentes, para condições de plantio também diferentes. Cálculo da Taxa de Semeadura # Utiliza-se índices ⇒ Condições de Plantio ⇒ Valor Cultural ÍNDICES DE PLANTIO Condições Ideais Condições Médias Condições Adversas Sementes Índices Índices Índices Profundidade de Plantio (cm) Brachiarias 240 VC 320 VC 480 VC 2 Andropogon 240 VC 320 VC 480 VC 1 P. maximum 180 VC 240 VC 340 VC 1 Setárias 180 VC 240 VC 340 VC 1 Rhodes 180 VC 240 VC 340 VC 1 EX: Para plantio de Brachiarias com Valor Cultural de 40% em condições ideais, usando o índice 240, ou seja: Kg/ha = 240 / 40% = 6kg/ha # # Sugestões de taxas adequadas de semeadura (kg de sementes/ha) são mostradas na Tabela abaixo; Tabela: Sugestões de taxas de semeadura mínimas para algumas gramíneas, quando plantadas entre novembro e janeiro (Brasil Central, em áreas de solo preparado. Capim Taxa mínima de semeadura1 (kg/ha deSPV2)3 Andropógon Brizantão, braquiarão, Marandu Decumbens, braquiarinha Humidícuola Colonião, Mobança, Tanzânia 2,80 2,80 1,80 2,50 1,80 1Valores sugeridos com base em observações práticas, que poderão ser alterados em função de disponibilidade de dados experimentais. 2kg/ha SPV= sementes Puras Viáveis, equivalentes a um Valor Cultural de 100%, aqui usado apenas como referência. 3Para ajustar a taxa de semeadura para lotes comerciais de sementes que não apresentam 100%VC, faz-se o seguinte cálculo: Taxa de semeadura = kg/ha SPV(vide tabela) x 100 %VC do lote de sementes disponíveis ⇒ O valor resultante corresponderá à quantidade mínimo de quilogramas do lote de sementes disponível, a ser plantado por ha . ⇒ No caso de plantio aéreo, esta taxa deverá ser aumentada em, pelo menos, 50%. TX = 2,50 x 100 = 250 = 6,25kg/ha ANEXO MODELOS DE PASTEJO ROTACIONADO FIG Sistema do pastejo rotacionado intensivo com oito piquetes, bebedouro e cocho de sal mineral localizados na área de repouso. FIG Sistema de pastejo rotacionado intensivo, doze piquetes, bebedouro e cocho de sal mineral localizados na área de repouso. Adubação 1 2 Limpeza Descanso Descanso 8 3 Descanso Descanso 7 4 Descanso Descanso 6 5 Adubação 2 Descanso 12 1 3 Descanso 11 4 Descanso Descanso 10 5 Descanso Descanso 9 8 7 6 Descanso Descanso Descanso Descanso FIG Sistema de pastejo rotacionado intensivo com oito piquetes, bebedouro e cocho de sal mineral localizado na área de repouso. FIG Sistema de pastejo rotacionado intensivo com corredor, doze piquetes, bebedouro e cocho de sal mineral localizado na área de repouso. 1 2 3 4 Adubação Limpeza Descanso Descanso 8 7 6 5 Descanso Descanso Descanso Descanso 1 2 3 4 5 6 Adubação Limpeza Descanso Descanso Descanso Descanso 12 11 10 9 8 7 Descanso Descanso Descanso Descanso Descanso Descanso PRINCIPAIS GRAMÍNEAS FORRAGEIRAS NOME CIENTÍFICO NOME VUGAR Andropogon gayanus,Kunt. Andropogon Brachiaria decumbens,Stap. Brachiaria ruziziensis, germain Evrad Brachiaria humidicula (Rendle) Schweickt Brachiaria brizanta, Stap Brachiaria arrecta, Napper Brachiaria mutica (Fordk) Stap. Cenchrus ciliaris,L. Chloris gayana, Kunth Cynodon nlemfuensis, Vanderyst Var. Nlemfuensis Estrela Africana Cultivar Florona Cultivar Florico Cynodon dactylon (L.) Pers. Cultivar “Coast cross” Cultivar Tifton 85 e Tifton 68 Cultivar Florakirk Digitaria decumbens Stent. Hiparrhenia rufa (Ness) Stapf. Melinis minutiflora, Beauv. Panicum maximum, Jacq. Cultivar Colonião Cultivar Vencedor Cultivar Tobiatã Cultivar Centauro Cultivar Mombaça Cultivar Tanzânia Cultivar Green Panic Setaria sphacelata (Schum.) Moss. Pennissetum purpureum (Schum.) Cultivar Mineiro Cultivar Napier Cultivar Cameroon Cultivar Taiwan A-16 Cultivar Pioneiro ALGUMAS LEGUMINOSAS FORRAGEIRAS NOME CIENTÍFICO NOME VULGAR Calopogonium mucunoides, Desv. Centrosema pubescens, Benth Desmodium intortum (Mill) Urb. Galactia striata (jacq) Urb Leucena leucocephala (Lam.) de Wit Macroptilium atropurpurem (DC) c.v. Siratro Neonotonia wightii (R. Grah. Ex wight & Arn) Lackey Cultivar Tinaroo Cultivar Cooper Cultivar Clarence Pueraria phaseoloides var. Javanica (Benth Hoox) Stylosanthes guianensis (Aubl.sw) MANEJO DAS PASTAGENS CULTIVADAS ⇒ O manejo de pastagens pode ser caracterizado como o controle das relações do sistema: SOLO ⇔ PASTAGEM ⇔ ANIMAL - SOLO: é a base do sistema e atua como fonte de nutriente para a pastagem; - PLANTA: é a fonte de nutriente para o animal e atua como modificador das condições físicas e químicas do solo; - ANIMAL: atua como modificador das condições do solo e planta. OBJETIVO: a) Atingir Maior produção e melhor utilização das pastagens; b) Persistência na produção das pastagens; c) Reduzir o custos no sistema de criação; d) Evitar a de gradação do solo ⇒ Para se Ter um manejo satisfatório é preciso: 1 Controlar a pressão de pastejo, isto é, o número de animais por unidade de área, verificando-se a altura mínima de consumo da pastagem 2 Controlar o período de descanso, constatando a perfeita recuperação da pastagem. SISTEMAS DE MANEJO DE PASTEJO OBJETIVOS PRINCIPAIS: • Proporcionar ao gado alimentação mais regular e nutritiva durante o ano todo; • Aumentar o rendimento forrageiro por unidade de área; • Reduzir a degradação; • Conservar a fertilidade do solo. ☺ PASTEJO CONTÍNUO → É o mais primitivo de todos; → Caracteriza-se, pela existência de apenas uma pastagem; → É utilizada de forma contínua durante o ano todo e os anos consecutivos; → Lotação fixa, onde os animais não saem para que haja um descanso dos pastos; EX: CRIAÇÃO EXTENSIVA VANTAGEM: ⇒ Baixo custo DESVANTAGENS: • Possibilita um pastejo seletivo e irregular; • Provoca o desaparecimento de várias espécies forrageiras; • Favorece a entrada de plantas invasoras; • Contribui para degradação do solo • Favorece o desenvolvimento de ectoparasitas, como bernes e carrapatos; • Diminui a capacidade de lotação por unidade de área ☺ PASTEJO ALTERNADO ⇒ É a primeira evolução do sistema contínuo; ⇒ A área de pastagem é dividida em pelo menos duas parcelas; ⇒ Os animais são transferidos de uma área p/ outra. EX: CAMPOS DO MARAJÓ ☺ PASTEJO PROTELADO OU DIFERIDO ⇒ É um sistema um pouco mais adiantado, evoluído,
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