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Guias e Dicas
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Programa SESC - Apostilas - Arquitetura, Notas de estudo de Arquitetura

Apostilas de Arquitetura sobre o estudo dos equipamentos do centro cultural e desportivo, conceituação do equipamento, atividades socioculturais.

Tipologia: Notas de estudo

2013
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Compartilhado em 26/03/2013

Cunha10
Cunha10 🇧🇷

4.5

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Baixe Programa SESC - Apostilas - Arquitetura e outras Notas de estudo em PDF para Arquitetura, somente na Docsity! PROGRAMA DE CENTRO CULTURAL E DESPORTIVO A. CONSIDERAÇÕES GERAIS Para os equipamentos do centro cultural e desportivo a primeira função da arquitetura é a de sinalizar - no seu próprio desenho – os conteúdos e valores do tempo de lazer: a liberdade, a imaginação, a subjetividade, o prazer, a alegria, o convívio. Mais que sinalizar, é seu papel suscitar e amplificar nos usuários esses traços. Daí, por exemplo, não haver nada que mais negue o tempo de lazer que uma arquitetura cívica ou monumental, escolar ou religiosa, de estilo fabril ou empresarial, nas quais necessariamente estão expressos a autoridade e o poder, a obediência à regra e à disciplina, o sentido de aplicação e do dever e, naturalmente, seu acentuado utilitarismo. Em contrapartida, reforçam e potencializam os valores do lazer e do tempo livre as soluções arquitetônicas em que estão presentes a diversidade das formas, a flexibilidade, a transparência, a legibilidade e a reversibilidade dos espaços, as transições suaves e, acima de tudo, um apurado senso estético, elementos fundamentais para traduzir e preservar, na rigidez final da obra pronta, a característica essencial desse tempo peculiar: a disponibilidade das pessoas para vivenciar, a cada instante, novas experiências existenciais. É importante, também, que todo o conjunto seja o mais possível exposto ao olhar do freqüentador, não apenas no sentido da fruição estética de suas linhas e soluções arquitetônicas, como no de favorecer a rápida identificação dos espaços, do que ocorre neles e sua apropriação imediata. Como se sabe, o tempo de lazer é um tempo desconstruído, no qual transitam fragmentos do tempo de trabalho e de compromissos sociais, de um lado, e pequenos desejos de felicidade, liberdade e fruição mal formulados, de outro. A reconstrução desse tempo, que é de extrema subjetividade, exige que o indivíduo dê forma a essas pequenas e mal definidas aspirações, traduzindo-as em escolhas objetivas - assistir a um show, ver uma exposição ou dar um mergulho na piscina - naturalmente partir de certo espectro de possibilidades reais e do que estas podem suscitar ou sugerir. Nesse contexto, a transparência, a visibilidade, a legibilidade dos espaços - quando bem resolvidas - podem adquirir duas funções pedagógicas de grande relevância e que são mutuamente complementares: a do desvendamento das oportunidades e a do estímulo à participação. Sabemos, por fim, que um centro cultural e desportivo constitui um mix complexo de espaços e vocações diferenciados que articulam entre si, nem sempre de forma pacífica, imbricadas relações de vizinhança e convivência. Como fazer conviver ritmos e horários diferentes, interesses diferentes, públicos diferentes, e ao mesmo tempo garantir a satisfação desses interesses e aspirações com o máximo de eficiência e racionalidade, tal é o desafio que se coloca para o arquiteto e para o planejador. B. CONCEITUAÇÃO DO EQUIPAMENTO 1. Conceito Tipológicamente, o conceito é de um centro de lazer polivalente, para atendimento nos dias de semana - preferencialmente no período noturno, e nos fins-de-semana - manhã, tarde e noite. Estruturalmente, o conceito é de um equipamento de lazer integrado, no qual as instalações componentes se harmonizam espacial, estética e funcionalmente, completando-se no atendimento aos freqüentadores e as instalações de apoio devem ser projetadas para atender ao conjunto. Esse conceito exige conseqüentemente um estudo cuidadoso das combinações espaciais possíveis, de forma a se aproveitar ao máximo as áreas disponíveis. 2. Composição e características O equipamento de lazer é uma composição de instalações para atividades e de instalações de apoio. O projeto deve combinar as instalações de atividades em grupos funcionais, de acordo com as suas respectivas finalidades; todos esses grupos funcionais, bem como as instalações de apoio devem ser associados e integrados no conjunto dos equipamentos. Os ambientes devem ser acolhedores e agradáveis para o público, e seus sistemas de circulação devem ser fáceis e sem barreiras ou obstáculos. As soluções arquitetônicas devem privilegiar a programação do centro a qual compreende, conceitualmente, os sistemas de funcionamento, de atendimento e de oferta de atividades de lazer. 3. Recomendações gerais • Prever instalações e equipamentos de baixo custo de manutenção, de baixo consumo de energia e baixo consumo de água (dentro dos limites possíveis e da tecnologia existente). • Prever o uso de materiais de grande resistência e durabilidade e de fácil conservação. • Prever possibilidade de grande atendimento nos fins-de-semana. • Prever soluções de melhor aproveitamento do espaço, de forma a torná-lo modulável, quando possível, com materiais e tecnologia existentes. • Prever acesso de pessoas portadoras de deficiência física e de idosos às instalações, inclusive aos vestiários e sanitários. • Obedecer a critérios de acessibilidade entre as diversas instalações. • Integrar com objetividade e com critérios funcionais os projetos complementares, entre os quais devem ser previstos os projetos de ambientação e de comunicação visual. • A concepção arquitetônica do projeto deve prever a segurança e o bem estar das pessoas sem comprometer os critérios de acessibilidade ao equipamento como um todo e às instalações. Conforto, proteção e prevenção sem barreiras agressivas ou inibidoras para os freqüentadores. • Prever acesso de serviços e saída para lixo. • As soluções arquitetônicas devem se harmonizar igualmente com as condições naturais da região. • Utilizar com eficiência a iluminação e a ventilação naturais. • Atenção especial quanto aos processos de impermeabilização, climatização e aquecimento de água. • Estacionamento protegido, de acordo com a legislação. • Prever informatização de todos os sistemas operacionais e funcionais. DESCRIÇÃO DAS INSTALAÇÕES 1. ATIVIDADES SOCIOCULTURAIS 1.1 ÁREA DE CONVIVÊNCIA a. Conceito: instalação para estar e convivência dos freqüentadores, e para atividades sociais e culturais alternativas - festas, reuniões, performances, oficinas (work-shops), e com recursos para exposições. b. Características: deve ser local para estar (incluindo leitura e jogos de salão) e não local de passagem. Deve fazer a integração visual e física do centro, permitindo acesso às principais instalações. Atenção para o pé-direito. c. Ambientes: - recepção: 25,00m² - área de convivência: 1000,00m² - sanitários: masculino: 25,00m² (4 bacias, 6 mictórios, 8 lavatórios); feminino: 25,00m² (8 bacias, 8 lavatórios) - depósitos: 2 de 25,00m² cada 1.2 AUDITÓRIO a. Conceito: instalação para a realização de seminários, cursos, congressos e convenções de público restrito, e pequenas apresentações teatrais e musicais. b. Características: Com 480 lugares, com equipamentos para projeção de cinema e de vídeo; complementado com salas para cursos, moduláveis; integrado à área de convivência. Atenção especial para acústica e climatização. Com acesso independente, com bilheteria. c. Ambientes: - vestíbulo: 200,00m²; café: 25,00m²; sanitário masculino: 12,50m² (2 bacias, 3 mictórios, 4 lavatórios); sanitário feminino: 12,50m² (4 bacias, 4 lavatórios) - platéia: 400,00m² - palco: 200,00m² (sem caixa cênica) - áreas de apoio: 125,00m² (camarins, sanitários, depósitos, sala técnica, ...) - circulação: 125,00m² 1.3 SALAS PARA CURSOS a. Conceito: salas moduláveis, podendo ser transformadas em um único espaço, utilizando-se divisórias apropriadas existentes no mercado. b. Características: atenção especial para sua integração com o auditório e com a área de convivência. c. Ambientes: - salas: 400,00m² (módulos de 50,00m²) - sanitários: masculino: 12,50m² (2 bacias, 3 mictórios, 4 lavatórios); feminino: 12,50m² (4 bacias, 4 lavatórios) - depósito: 2 de 12,50m² - circulação: 25,00m² 1.4 SALÃO PARA VÍDEO E AUDIO a. Conceito: espaço para exibição de vídeos, com telão, e com equipamentos audiovisuais. Também para audições musicais com pequenos públicos. b. Características: Para 160 lugares; atenção especial para acústica e climatização. c. Ambientes: - salão: 250,00m² 1.5 LANCHONETE a. Conceito: lanchonete fast-food, self-service; com um ambiente interno e um externo, este voltado para o parque aquático para atendimento ao público que utiliza as instalações do centro. b. Características: deve ser integrada à área de convivência, se possível agregando o seu espaço de atendimento com aquele ambiente, de modo a aumentar a superfície para as atividades, quando necessário (em eventos, atividades especiais, etc.). Na área de produção, prever equipamentos para preparo das refeições dos servidores, em refeitório próprio. c. Ambientes: - mesas: 500,00m²; auto serviço: 50,00m²; caixas: 25,00m²; sanitário masculino: 25,00m² (4 bacias, 6 mictórios, 8 lavatórios); sanitário feminino: 25,00m² (8 bacias, 8 lavatórios); café: 25,00m²; lanchonete: 25,00m². - cozinha: 100,00m²; câmara fria: 25,00m²; higienização: 25,00m²; refeitório: 25,00m²; sanitário masculino: 6,25m² (1 bacia, 1 mictório, 2 lavatórios); sanitário feminino: 6,25m² (2 bacias, 2 lavatórios); nutricionista: 12,50m². - refeitório (administração): 25,00m² - circulação: 225,00m² 2. PAVILHÃO DE EVENTOS 2.1 PAVILHÃO a. Conceito: área livre, coberta e fechada, para ser utilizada em atividades culturais, esportivas, recreativas e sociais - festas, torneios e competições esportivas, apresentações musicais e de dança, shows, bailes, para grandes públicos.
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