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Estruturalismo, Notas de estudo de Administração Empresarial

Teoria Geral da Administração - Estruturalismo

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 15/07/2010

mario-sergio-fonseca-mendes-3
mario-sergio-fonseca-mendes-3 🇧🇷

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Baixe Estruturalismo e outras Notas de estudo em PDF para Administração Empresarial, somente na Docsity! TGA : Escola Estruturalista Max Weber (1864-1920), autor de "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo", foi um das mais importantes fontes de inspiração para esta escola. Analisou diversos tipos de sociedade, criando uma tipologia que as dividia em... Max Weber (1864-1920), autor de "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo", foi um das mais importantes fontes de inspiração para esta escola. Analisou diversos tipos de sociedade, criando uma tipologia que as dividia em tradicionais, carismáticas e racionais (ou legais ou burocráticas), procurando compreender as formas de manifestação da autoridade e do poder. Nas sociedades tradicionais predominariam características patriarcais e patrimonialistas, bem representadas na sociedade romana, com as figuras poderosas e hereditárias dos pater familias. As carismáticas fundam-se em líderes com características carismáticas ou mesmo messiânicas, representadas por movimentos revolucionários; no Brasil temos o exemplo de Antônio Conselheiro. Nas racionais a base são as normas impessoais, como nas empresas e estados modernos. Na prática temos combinações desses modelos: o Reino de Portugal, ao tempo do Brasil Colônia, mesmo fortemente patrimonialista, convivia com legislação impessoal; no Brasil de hoje, formalmente uma sociedade racional, encontramos traços patrimonialistas e messiânicos. Weber definiu extensivamente as características da burocracia (sem sentido pejorativo), enfatizando o caráter legal das normas, a formalidade das comunicações, a impessoalidade das relações, a divisão do trabalho, a hierarquia, a padronização de comportamentos e procedimentos, a previsibilidade dos resultados, a competência técnica, a seleção e promoção por mérito, a profissionalização, a administração separada da propriedade. A Teoria da Burocracia enfatiza a estrutura das empresas; acrescentando-se uma maior preocupação com as pessoas e o ambiente temos a Teoria Estruturalista. Autor: Paulo Werneck TGA : Esola Estruturalista Origem: O estruturalismo teve sua origem com Amitai Etzioni, partindo do princípio que em uma empresa qualquer que seja o departamento analisado, deve-se efetuar esta análise a luz dos demais. Não há setores isolados, mas uma estrutura... Origem O estruturalismo teve sua origem com Amitai Etzioni, partindo do princípio que em uma empresa qualquer que seja o departamento analisado, deve-se efetuar esta análise a luz dos demais. Não há setores isolados, mas uma estrutura inter-relacionada de coisas que se associam e se completam. A partir dessa premissa, a Teoria Clássica e de Relações Humanas expressam uma incoerência para a proposta estruturalista, uma vez que ambas concebem formas organizacionais bastante antagônicas: A primeira só vê o lado material, enquanto a segunda enfatiza o incentivo psicossocial. Portanto a origem do estruturalismo reside no antagonismo entre esses dois enfoques. Teoria Estruturalista Analisa a estrutura de uma organização considerando as partes internas (subsistemas), comparando-as com o todo. É portanto tudo que a analise interna da organização possa revelar e sua principal fonte de análise advém das propostas conflitantes. Características: * Cooperação dos empregados: Os indivíduos cooperam com a organização quando tem interesses comuns, por exemplo, tornar a empresa viável economicamente para mantê-los no emprego. Por interesse conflitante entende- se a distribuição de lucros que ocorre em desproporção a produção; * Não recompensado devidamente o empregado tende a promover o boicote; * Conflitos desejáveis: Os conflitos entre empregados e patrões não devem ser estimulados, mas são desejáveis sob o ponto de vista estruturalista. O conflito estimula a criatividade e o dinamismo entre patrão e empregado além de conduzir a não alienação da classe dominada (até certo ponto benéfico para a organização); * Autoridade do especialista e autoridade dos administradores: Na organização, convivem especialistas e administradores cada qual comprometido com sua área de atuação. O adm. busca o lucro, enquanto o especialista busca a eficiência técnica. Por essa razão tende ao conflito; * Criatividade e planejamento: É fato comprovado que o planejamento feito por especialistas é uma variável fundamental para o desenvolvimento da empresa. O conflito existente é proveniente do distanciamento do operário que vai executá-lo, uma vez que este se sente inibido de promover as modificações, num plano não elaborado por ele. * A organização, na visão estruturalista, é uma unidade social intencionalmente planejada, construída, reconstruída, com divisão do trabalho, centro de poder e controle que permitem direcionar, comunicar, substituir e administrar o pessoal; * Diversidade de público: Existindo vários públicos (empregados, clientes, fornecedores, etc), os objetivos da empresa se multiplicam e encontram-se em constante evolução, razão pela qual favorecem os conflitos; * Incentivos mistos: A tentativa de compreender e administrar a organização de forma global levou ainda a proposta de incentivos mistos. Para os estruturalistas, permitir apenas o incentivo econômico (T.Clássica), ou somente o psicossocial (TRH), é ter uma visão isolada da organização. Portanto para representar o estruturalismo (homo organizacional) deve ser premiado por ambas as recompensas. Tipologia de organização Tipologia de Etzioni As organizações possuem as seguintes características: * Divisão do trabalho e atribuição do poder; * Centros de poder; * Substituição de pessoal. Tipologia de Blau e Scott Apresentam a tipologia da organização baseada no: * Beneficiário principal: Quem se beneficia com a organização (os próprios membros da organização; proprietários, acionistas; clientes; público em geral). Conseqüências: * Concepção da Organização: A organização deve ser vista de forma completa e sua concepção deve ser formal e informal, condições essas que se completam e se equilibram; * Concepção Humana: Mesmo na organização social de estrutura complexa, o homem deve ser flexível, adaptável, além de paciente para as recompensas. Esse tipo veste a camisa da organização, assumem os objetivos, os conflitos: é o homo organizacional que acima de tudo deseja vencer e realizar-se. O estruturalismo na sua versão final, constitui o pré requisito para uma visão ainda mais abrangente da organização, evoluindo para a Teoria do Sistema, que analisa a empresa em toda sua amplitude, incorporando também o ambiente externo. Crítica ao estruturalismo: * Na visão do empresário: Sabendo que o empregado possui desejo permanente de realizar-se e adaptar-se as situações mais diversas, o empresário tirará proveito disso. Desse modo, a cooperação do empregado é inevitável, porque os desejos de realização material e psicossocial suplantam os males existentes, incluindo-se a troca da liberdade pela submissão do empregado. * Na visão do empregado: O empregado por viver e depender de uma organização complexa, é solicitado, a adiar suas recompensas em favor da empresa. Criando um comportamento conformista em relação as suas aspirações: resistência às frustrações, constante adaptação às adversidades. Nada mais tem a oferecer além de seu trabalho, já que os fazem com dedicação. 7. Competência Técnica e Mérito 8. Especialização da administração 9. Profissionalização 10. Previsibilidade do funcionamento Conseqüências Previstas Previsibilidade do comportamento humano. Padronização do desempenho dos participantes. Objetivos Máxima eficiência da organização 5 • Uma organização é racional se os meios mais eficientes são escolhidos para a implementação das metas. • A racionalidade funcional é atingida pela elaboração – baseada no conhecimento cientifico – de regras que servem para dirigir, partindo de cima, todo comportamento de encontro à eficiência. Weber usa o termo burocratização em um sentido mais amplo, referindo-se também às formas de agir e de pensar que existem não somente no contexto organizacional, mas que permeiam toda a vida social. Disfunções da burocracia - (conseqüências imprevistas) são oito conseqüências não previstas: 1- Internalização das regras e exagerado apego aos regulamentos: as normas e regulamentos passam a se transformar de meios em objetivos. Passam a ser absolutos e prioritários: o funcionário adquire “viseiras” e esquece que a flexibilidade é uma das principais características de qualquer atividade racional. Os regulamentos, passam a ser os principais objetivos do burocrata e passa a trabalhar em função deles. 2- Excesso de formalismo e de papelório: é a mais gritante disfunção da burocracia. A necessidade de documentar e de formalizar todas as comunicações pode conduzir a tendência ao excesso de formalismo, de documentação e, consequentemente de papelório. 3- Resistência as mudanças: o funcionário acostuma com a repetição daquilo que faz, torna-se simplesmente um executor das rotinas e procedimentos. Qualquer novidade torna-se uma ameaça à sua segurança. Com isto a mudança passa a ser indesejável. 4- Despersonalização do relacionamento: a burocracia tem como uma de suas características a impessoalidade no relacionamento entre os funcionários. Pois enfatiza os cargos e não as pessoas, isto leva a uma diminuição das relações personalizadas entre os membros da organização. 5- Categorização como base do processo decisorial: a burocracia se assenta em uma rígida hierarquização da autoridade, portanto quem toma decisões será aquele mais alto na hierarquia. 6- Superconformidade às rotinas e procedimentos: a burocracia se baseia em rotinas e procedimentos, como meio de garantir que as pessoas façam exatamente aquilo que delas se espera. • As normas se tornam absolutas • As regras e a rotina se tornam sagradas para o funcionário. • Funcionário passa a trabalhar em função dos regulamentos e das rotinas e não em função dos objetivos organizacionais que foram realmente estabelecidos. 7- Exibição de sinais de autoridade: como a burocracia enfatiza a hierarquia de autoridade, torna-se necessário um sistema capaz de indicar, aos olhos de todos, aqueles que detêm o poder. Daí surge a tendência à utilização intensiva de símbolos ou sinais de status para demonstrar a posição hierárquica, como o uniforme, localização da sala, do banheiro, do estacionamento, do refeitório, tipo de mesa etc. 8- Dificuldade no atendimento aos clientes e conflitos com o público: o funcionário está completamente voltado para dentro da organização, para as suas normas e regulamentos internos, para as suas rotinas e procedimentos. Com isso a burocracia torna-se esclerosada, fecha-se ao cliente, que é seu próprio objetivo, e impede totalmente a inovação e a criatividade. As causas das disfunções da burocracia residem basicamente no fato de que a burocracia não leva em conta a chamada organização informal que existe fatalmente em qualquer tipo de organização, nem se preocupa com a variabilidade humana (diferenças individuais entre as pessoas) que necessariamente introduz variações no desempenho das atividades organizacionais. Em face da exigência de controle que norteia toda a atividade organizacional é que surgem as conseqüências imprevistas da burocracia. Disfunções da Burocracia Internalização das Normas. 1. Excesso de formalismo e papelório. 2. Resistência a mudanças 3. Despersonalização do relacionamento. 4. Categorização das decisões. 5. Superconformidade. 6. Exibição de sinais de autoridade. 7. Dificuldades com clientes. Imprevisibilidade do Funcionamento. Modelo Burocrático de Merton Merton procura representar a burocracia através de um conjunto bastante complexo de relações que se estabelecem entre o número relativamente grande de variáveis. Para ele a burocracia é uma estrutura grupal secundária, destinada a desempenhar determinadas atividades que não podem ser cumpridas satisfatoriamente por critérios grupais primários. Para ele, a burocracia não é tão eficiente como salienta Weber, mas apresenta, na prática, uma série de distorções (disfunções), que prejudicam o seu funcionamento e a levam à ineficiência.
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