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Caldeira Industrial e Tecnologia, Notas de estudo de Engenharia Mecânica

Tudo sobre as novas tecnologias da Caldeiraria

Tipologia: Notas de estudo

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Baixe Caldeira Industrial e Tecnologia e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Mecânica, somente na Docsity! CALDEIRARIA Módulo Tecnologia dos Processos e Execução SENAI FIEMG: CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 2 Presidente da FIEMG Robson Braga de Andrade Gestor do SENAI Petrônio Machado Zica Diretor Regional do SENAI e Superintendente de Conhecimento e Tecnologia Alexandre Magno Leão dos Santos Gerente de Educação e Tecnologia Edmar Fernando de Alcântara Elaboração Equipe Técnica do CFP/ACR Unidade Operacional Centro de Formação Profissional “Alvimar Carneiro de Rezende” CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 5 3.2. FURADEIRA DE COLUNA ...............................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.3. FURADEIRA RADIAL.......................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.4. FURADEIRA DE ÁRVORES MÚLTIPLAS.......ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.5. ACESSÓRIOS...................................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.5.1. MANDRIL ...................................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.5.2. BUCHAS CÔNICAS ...................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.5.3. CUNHA .......................................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.5.4. BROCAS ....................................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.5.5. ESCAREADORES .....................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.5.6. ALARGADORES .......................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.5.7. MACHOS DE ROSCAR .............................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.5.8. DESANDADORES .....................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.5.9. COSSINETES ............................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 4. CORTE................................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 4.1. VELOCIDADE DE CORTE ...............................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5. ESMERILHADORAS ..........................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.1. CONSTITUIÇÃO ...............................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.2. TIPOS USUAIS .................................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.2.1. ESMERILHADORA DE PEDESTAL .........ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.2.2. ESMERILHADORA DE BANCADA ..........ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.3. CONDIÇÕES DE USO......................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.4. PROCEDIMENTO DE UTILIZAÇÃO DE ESMERILHADORAS .. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.5. REBOLOS.........................................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.5.1. RETIFICAÇÃO DOS RELOBOS ...............ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.5.2. CARACTERÍSTICAS DOS REBOLOS .....ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 6. PONTAS MONTADAS........................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 6.1. ABRASIVAS .....................................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 6.2. PONTAS MONTADAS DE DIAMANTE ...........ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 7. LIXADEIRAS.......................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8. SERRA DE FITA.................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.1. SERRA VERTICAL DE FITA............................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.2. SERRA HORIZONTAL DE FITA ......................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 9. TESOURA GUILHOTINA....................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 6 10. TESOURA VIBRATÓRIA UNIVERSALERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 11. PRENSAS DOBRADEIRAS ...............ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 11.1. PRENSA MECÂNICA ........................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 11.2. PRENSA HIDRÁULICA .....................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 11.3. ACESSÓRIOS DAS PRENSAS DOBRADEIRASERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 12. DOBRADEIRA (MANUAL E DE MESA OSCILANTE)ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 12.1. DOBRADEIRAS MANUAIS ...........................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 12.2. DOBRADEIRAS DE MESA OSCILANTE......ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 12.3. DOBRAMENTO LIVRE ..................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 12.4. DOBRAMENTO COM MATRIZ......................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 12.5. DOBRAMENTO COM CUNHA ......................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 12.6. MECANISMO DO DOBRAMENTO................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 13. CALANDRAS......................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 13.1. CALANDRAS MANUAIS ...............................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 13.2. CALANDRA A MOTOR .................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 13.3. CURVAMENTO ..............................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 13.4. DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA DAS CALANDRAS .. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 14. SERRA DE PERFILADO....................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 14.1. PARTES PRINCIPAIS DA SERRA DE PERFILADOS .... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 14.2. CARACTERÍSTICAS DAS SERRAS DE PERFILADO E POSICIONAMENTO ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. BIBLIOGRAFIA .......................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 7 CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 10 O esquadro de base é usado para traçar retas perpendiculares e para verificar ângulos retos de peças que exigem pouca precisão. O esquadro de precisão tem fios retificados e é usado para verificar ângulos de peças que exigem grande precisão. O ângulo de 90° dos esquadros deve, de tempos em tempos, ser comparado com o ângulo de 90° de um esquadro padrão para ser verificada sua exatidão. Após o uso, os esquadros devem ser limpos e lubrificados e guardados em lo- cais apropriados. Salientamos que todos os instrumentos de traçagem, de verificação e de medi- das devem, durante o uso, ser colocados sobre um pano macio assentado so- bre a bancada. Essa medida evitará que ocorra danos com os instrumentos. Figura 2 - Esquadros Figura 3 – Esquadro de Base Figura 4 – Esquadro de Precisão CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 11 A régua de aço é uma lâmina de aço, sem escalas, de faces planas e parale- las, usada como guia ou apoio para o riscador na traçagem de semi-retas. Após o uso, a régua de aço deve ser limpa e lubrificada e guardada em local adequado. 1.2. COMPASSOS DE PONTA E DE CENTRAR São instrumentos de aço ao carbono, constituídos de duas pernas, que se a- brem ou se fecham através de uma articulação. As pernas podem ser retas terminadas em pontas afiadas e endurecidas (Figura 6) ou com uma reta e ou- tra curva (Figura 7). O compasso de pernas retas, denominado compasso de pontas, é utilizado para traçar circunferências, arcos e transportar medidas de comprimento. O de perna curva, denominado compasso de centrar, é utilizado para determinar centros ou traçar paralelas. Os tamanhos mais comuns são: 100, 150, 200 e 250mm (4”, 6”, 8” e 10”, apro- ximadamente). Figura 5 – Esquadro de Traçagem Figura 6 – Compasso de Ponta Figura 7 – Compasso de Face CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 12 1.3. PUNÇÃO DE BICO É uma ferramenta de aço ao carbono, com ponta cônica temperada e corpo geralmente octogonal (Figura 8) ou cilíndrico recartilhado (Figura 9). Serve para marcar pontos de referência no traçado e centros para furação de peças. Classificam-se pelo ângulo da ponta. Pelo ângulo Existem de 30°, 60°, 90° e 120°. Os de 30° são utilizados para marcar os cen- tros onde se apóiam os compassos de traçar e os de 60° para pontear traços de referência (Figura 9). Os de 90° e 120° (Figura 10) são utilizados para marcar os centros que servem de guia para as brocas na operação de furar. O comprimento varia de 100 a 125 mm. Conservação - mantê-lo bem afilado e não deixá-lo cair. 1.4. GRAMINHO É um instrumento formado por uma base geralmente de ferro fundido ou aço ao carbono e uma haste cilíndrica ou retangular, sobre a qual desliza um suporte- corrediça com um riscador. A haste e o suporte-corrediça são de aço ao carbo- no. Existem graminhos de precisão que possuem escala graduada e nônio. O graminho serve para traçar e controlar peças, assim como para centragem de peças nas máquinas-ferramentas (Figuras 11, 12 e 13). Figura 8 – Punção Figura 9 – Punção de 60° Figura 10 – Punção de 90° CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 15 Os rasgos laterais serve para encaixe de um grampo especial com o arco forjado na largura dos blocos; esse grampo somente é usado em casos de fixação de peças sobre os mesmos. Os blocos prismáticos são utilizados para darem um apoio estável às peças, geralmente cilíndricas, facilitando, assim, a execução de várias operações, principalmente a de traçados de peças. Características Os de aço são temperados e retifica- dos, enquanto os de ferro fundido são apenas retificados. Seus tamanhos são variáveis, porém os mais comuns têm 2” (50,8mm) e 1½” (38mm). Para serem usados, os blocos prismáticos devem ter suas faces completamen- te planas e paralelas e devem ser mantidas em lugares livres de choques e de contatos com outras ferramentas que possam causar deformações. Figura 16 – Utilização dos Bolcos Prismáticos Figura 17 – Traçgem da Linha de Centro Figura 15 – Grampo Especial CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 16 1.7. SUBSTÂNCIAS PARA RECOBRIMENTO DE SUPERFÍCIE As substâncias para recobrir superfícies a traçar são representadas por pro- dutos químicos como: verniz, solução de alvaiade, giz escolar e tinta negra especial. Esses produtos são utilizados para pintar as superfícies das peças que devem ser traçadas, com a finalidade de obter um traçado mais nítido para facilitar a execução de outras operações. O tipo de produto a ser utilizado depende da superfície do material a ser traça- do e da precisão do traçado desejado. Vejamos, agora, as características dos produtos químicos utilizados para reco- brir superfícies a traçar. Verniz O verniz é uma solução de goma-laca (resina vegetal) e álcool na qual adicio- na-se um corante artificial a base de anilina (composto orgânico de fórmula C6H7N). Solução De Alvaiade É uma solução obtida diluindo-se o alvaiade (óxido de zinco de fórmula ZnO) em água. A solução apresenta a cor branca. Giz Escolar O giz escolar é uma mistura de carbonato de cálcio (CaCO3) e gesso (sulfato de cálcio hidratado de fórmula CaSO4.1/2 H2O). Tinta Negra Especial Os componentes dessa tinta constituem-se em um segredo de fabricação; con- tudo, um de seus componentes é a anilina. Essa tinta é encontrada no comér- cio, pronta para o uso. 1.8. SUTA A suta é um instrumento utilizado para traçar, transferir, comparar e verificar ângulos. É constituída de uma base, uma lâmina e uma porca-borboleta para fixação. A base é de aço ou de madeira, com um rasgo onde se encaixa a lâmina. CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 17 A lâmina é de aço e também tem um rasco que possibilita seu deslocamento para frente ou para trás, conforme a dimensão da superfície da peça. A porca-borboleta é acompanhada de uma arruela e serve para prender a lâmina à base e para fixar a lâmina na abertura desejada do ângulo. 1.8.1. Outros Tipos de Suta As Figuras de 18 a 21 mostram outros tipos de suta. A da Figura 18 é uma suta de articulação simples: não há rasgo na base para deslizamento da lâmina. A da Figura 20, semelhante à da Figura 18, apresenta, como particularidade, lâ- mina bem mais longa que a base. A Figura 21 é uma suta de lâmina angular, muito usada para a verificação de dentes inclinados nas engrenagens cônicas. A da Figura 22 é uma suta de dupla lâmina (com um rasgo longitudinal) e a base são articuladas por meio de uma outra lâmina com rasgo de duas borboletas. Figura 18 – Suta Figura 19 – Suta Simples Figura 20 – Suta com Articulação Figura 21 – Suta de Lâmina Angular Figura 22 – Suta Dupla CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 20 Níveis de Bolha Nível de Linha Nível de Bolso Nível de Bancada Figura 31 Figura 32 Figura 33 Figura 34 Figura 35 Figura 36 Figura 37 CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 21 1.9.2. Execução de Medição Utilizando um nível de bolha com sensibilidade de 0,05 mm/m, vamos procurar entender como ficaria a leitura de um desnível de ampola graduada. A sensibilidade de 0,05 mm/m quer dizer que, quando a bolha de ar se desloca uma divisão, existe uma inclinação de 0,05 mm em 1 metro. Considerando-se a figura anterior e um nível de sensibilidade de 0,05 mm/m, o declive com a seguinte marcação no nível seria: Cada divisão vale 0,05 mm/m 0,05 x 2 = 0,10 mm/m Comprimento da peça = 3,5 m Portanto: 0,10 mm x 3,5 m = 0,35 M Figura 38 – Nível de Bolha Figura 39 – Exemplo de Medição Figura 40 – Escala do Nível de Bolha Figura 41 CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 22 1.9.3. Aferição do Nível A aferição do nível deve ser feita em uma base plana, marcando-se os extre- mos do nível nessa base. Mudando-se a posição do nível em 180°, a bolha deverá manter a mesma posição. 1.9.4. Correção dos Desvios do Nível Quando os níveis são dotados de parafusos ou outros dispositivos de ajuste, deve-se proceder ao ajuste da bolha seguindo-se o mesmo processo de verifi- cação descrito anteriormente. Caso o nível por corrigir não possua dispositivos de ajuste, deve ser rejeitado. 1.10. Mesa de Traçagem e Controle É um bloco robusto, retangular ou quadrado, construído em ferro fundido ou granito, com a face superior rigorosamente plana (Figura 43). Constitui esta face o plano de referência para traçado com graminho ou para o controle de superfícies planas. Figura 42 - Aferição do Nível Figura 43 – Mesa de Traçagem Figura 44 – Vista Inferior da Mesa. CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 25 a) Martelos de face plana, próprios para alisar as superfícies. b) Martelos de face convexa, próprios para curvar as superfícies planas, para cavar, nas chapas, zonas côncavas ou convexas. c) Martelos com ângulo agudo, entre o cabo e a face, adequados a trabalhar superfícies internas. 1.11.1. Precauções a tomar quanto aos martelos 1) Nunca usar pregos para prender o cabo ao corpo do martelo; no caso de se usar uma cunha, banhá-la em cola antes de introduzi-la na fenda do cabo. Figura 53 – Martelos de Face Plana. Figura 54 – Martelos de Face Convexa. Figura 55 – Martelos com Ângulo Agudo. CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 26 2) Verificar sempre, antes do uso, se o cabo ficou bem firme e vertical à linha da face. Um bom método para impedir que o corpo escape durante o traba- lho é inserir duas cunhas laterais, perfurá-las juntamente com o cabo e a- travessá-las com um pino. 3) Conservar o martelo limpo, principalmente de graxa e óleo, que poderiam permitir que o cabo deslizasse da mão ou que a face escorregasse sobre o material em que se bate. 4) Verificar, antes do uso, se a face se acha em bom estado, para evitar peri- gosos estilhaços; rejeitar, decididamente, martelos com faces rachadas, com farpas e acentuado desgaste. 5) Nunca deixar um martelo suspenso em lugar algo, pois ele pode, numa que- da, atingir alguém. 1.12. Macete O macete é uma ferramenta de impacto, constituído de uma cabeça de madei- ra, alumínio, plástico, cobre, chumbo ou couro e um cabo de madeira. É utilizado para bater em peças ou materiais cujas superfícies não podem so- frer deformações por efeito de pancadas. O encabeçado de plástico ou cobre pode ser substituído quando gasto. Os macetes se caracterizam pelo seu peso e pelo material que constitui a ca- beça. (Figura 57, 58 e 59) Condições de uso: • A cabeça do macete deve estar bem presa ao cabo e livre de rebarbas. • Devem ser utilizados unicamente em superfícies lisas. Figura 56 Figura 57 - Macete de Madeira CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 27 1.13. Bigorna A bigorna é um importante utensílio nas operações de forja, porque é neles que o ferreiro apóia ou prende a peça aquecida para dar-lhe o formato desejado. Ela é a “mesa de trabalho” do ferreiro. Além da forma da Figura 60 (com chifre e cauda retangular), a bigorna pode-se apresentar com o tipo de dois chifres opostos, sendo um arredondado (como na Figura 60) e o outro de arestas. Figura 58 - Macete Ferrado. Figura 59 - Macete de Couro Enrolado Figura 60 - Bigorna CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 30 1.15. Vazador O vazador é uma ferramenta de corte de aço temperado. É furada e apresenta um extremo cônico que termina por um gume. O diâmetro do furo do vazador é igual ao do furo que se deseja executar. A chapa de furar é assentada sobre uma placa de chumbo ou sobre o topo de um pedaço de madeira. 1.16. Escova de aço e picadeira São ferramentas adequadas para a limpeza das peças antes e depois de sol- dar. Se estudam em conjunto, embora tenham características diferentes. 1.16.1. Escova de aço É formada por um conjunto de arames de aço e um cabo de madeira por onde se segura. 1.16.2. Picadeira É constituída por um cabo que pode ser de madeira, como se observa na Figu- ra 75 ou de aço, como indicam as Figuras 76, 77 e 78. Figura 73. Figura 74. Figura 75. Figura 76. Figura 77. Figura 78. CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 31 Seu corpo é alargado; um de seus extremos termina em ponta e o outro em forma de talhadeira. A picadeira tem suas pontas endurecidas e agudas. 1.17. Lima É uma ferramenta de aço ao carbono, manual, denticulada e temperada, que se usa na operação de limar. 1.17.1. Classificação As limas se classificam pela sua forma, riscado e tamanho. As Figuras 79 a 86 indicam as formas mais usuais de lima. Figura 79 – Lima Paralela Figura 83 – Lima Meia-Cana Figura 80 – Lima de Bordos Redondos Figura 81 – Lima Quadrada Figura 82 – Lima Chata Figura 84 – Lima Faca Figura 85 – Lima Redodnda Figura 86 – Lima Triangular CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 32 As limas podem ser de picado simples ou cruzado. Classificam-se, ainda em bastarda, bastardinhas e murças. Os tamanhos mais usuais de lima são: 100, 150, 200, 250 e 300 mm de com- primento (corpo). O quadro seguinte apresenta os tipos de limas e suas aplicações. LIMAS CLASSIFICAÇÃO TIPO APLICAÇÕES CHATAS Superfícies planas PLANAS PARALELAS Superfícies planas internas, em ângulo reto, rasgos internos e exter- nos. QUADRADAS Superfícies planas em ângulo reto, rasgos internos e externos REDONDAS Superfícies côncavas MAIAS-CANAS Superfícies côncavas TRIANGULARES Superfícies em ângulo agudo maior que 60 graus QUANTO À FORMA FACAS Superfícies em ângulo menor que 60 graus SIMPLES Materiais metálicos não-ferrosos (alumínio, chumbo) QUANTO À INCLINAÇÃO DUPLO (CRUZADO) Materiais metálicos ferrosos BASTARDAS Desbastes grossos QUANTO AO PICADO QUANTO AO NÚ- MERO DE DENTES BASTARDINHAS Desbastes médios Figura 87 – Lima Murça Figura 88 – Lima Bastardinha Figura 90 – Lima Murça Figura 89 – Lima Bastarda Figura 91 – Lima Bastardinha Figura 92 – Lima Bastarda CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 35 O quadro abaixo compara as escalas antigas e modernas. 1.19. Grampos Os grampos em “C” e “U” caracterizam-se por ter um parafuso de aperto ma- nual e servem de elemento auxiliar para prender as peças (Figura 93). Escalas antigas Escalas modernas Tipos de granulação Símbolos das escalas antigas ESMERIL “FLINT” “GARNET” CARBORUNDUM DUREXITE 12/0 600 11/0 500 500 PÓ 10/0 400 400 360 9/0 320 320 8/0 280 280 280 7/0 240 240 240 MUITO FINA 6/0 4/0 220 220 220 3/0 180 5/0 3/0 150 180 180 4/0 2/0 2/0 120 150 150 3/0 1/0 120 120 1/0 100 FINA 2/0 100 100 1/2 1/2 80 1/0 1 80 80 1 60 1/2 1 ½ 50 60 60 MÉDIA 1 2 1 ½ 50 50 2 ½ 2 40 1 ½ 40 40 2 ½ 2 3 36 36 36 GROSSA 2 ½ 3 30 30 30 3 24 24 24 3 ½ 20 20 20 4 16 16 MUITO GROSSA 4 ½ 12 12 Figura 93 – Grampo CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 36 Esses tipos de grampo são fabricados de aço fundido. Os grampos em “C”, além de servirem para prender peças sobre a mesa das máquinas, servem também, para unir peças em que se deseja fazer a mesma operação. Existem grampos acionados por dois parafusos; estes são denominados grampos paralelos (Figura 94). O acionamento conveniente dos dois parafu- sos mantém o paralelismo das faces das duas mandíbulas produzindo um melhor aperto. 1.20. Morsa Morsa é um dispositivo de fixação, constituído por duas mandíbulas, uma fixa e outra móvel, que se desloca por meio de parafuso e porca (Figura 95). Fig.1 Morsa de bancada de base fixa. Figura 94 – Sargento Figura 95 – Morsa de B ncada de Base Fixa CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 37 As mandíbulas são providas de mordentes estriados e temperados para maior segurança na fixação das peças. Em certos casos, estes mordentes devem ser cobertos com mordentes de proteção, para evitar marcas nas faces já a- cabadas das peças. As morças podem ser construídas de aço ou ferro fundido, em diversos tipos e tamanho. Existem morsas de base fixa (Figura 96) e de base giratória (Figura 97). Figura 96 – Corte mostrando o dispositivo de mandíbula CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 40 Alicate de Compressão Trabalha por pressão e dá um aperto firme às pe- ças. Por intermédio de um parafuso existente na extremidade, consegue regular a pressão (Figura 108). Alicate de Eixo Móvel Sua articulação é móvel, para possibilitar maior abertura. É utilizado para traba- lhar com perfis redondos (Figuras 109 e 110). 1.22. Tesoura de Mão e de Bancada São ferramentas de corte manual, formadas por duas lâminas, geralmente de aço carbono, temperadas e afiladas em ângulo determinado. As lâminas são furadas. Unidas e articuladas por meio de um eixo (parafuso e porca). Usa-se para cortar metais de espessura determinada. Os ângulos do gume de corte das lâminas variam de 76o a 84o (Figuras 111 e 112). Figura 108 Figura 109 Figura 110 Figura 111 Figura 112 CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 41 1.22.1. Classificação As tesouras são classificadas conforme suas lâminas. Tesoura manual reta de lâminas estreitas (para cortes em curva, de pe- queno raio) (Figura 113). Tesoura manual reta de lâminas largas (para cortes retos e curtos) (Figura 114). Tesoura manual curva (para cortes em curvas) (Figura 115). As tesoura manuais são encontradas nos tamanhos de 6”, 8”, 10” e 12” (com- primento total dos braços mais as lâminas). As tesouras de bancada e guilhoti- nas são identificadas de acordo com o comprimento das lâminas (Figura 116 e 117), Figura 113 Figura 114 Figura 115 CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 42 1.22.2. Condições de Uso As lâminas devem estar corretamente afiadas. A articulação deve estar bem ajustada com o mínimo de folga. 1.22.3. Conservação Evite choques e quedas. Mantenha o gume de corte das lâminas sempre protegido. Após o uso, lime-as e unte-as com fina película de óleo ou graxa, para evitar oxidação. 1.23. Chaves de Aperto 1.23.1. Chaves O manejo de parafusos e porcas realiza-se com o auxílio da “chaves”, ferra- mentas destinadas a imprimir ao parafuso ou à porca o esforço de torção que é necessário para produzir o respectivo aperto ou afrouxamento. De acordo com a forma e o tipo do parafuso ou da porca, emprega-se a chave adequada. As mais comuns são as chaves de boca e as chaves de estrias (Figura 118 e 119). Figura 116 Figura 117 Figura 118 – Chave de Boca CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 45 Chave de gancho que pode ser simples (tipo de mangueira) ou dupla (tipo U), próprias para porcas cilíndricas com rebaixos laterais ou no topo (Figura 125). Os parafusos de cabeça de encaixe hexagonal (Allen) ou quadrados (mais raros) exigem cha- ves especiais que, no caso de parafusos sex- tavados, são conhecidas como chaves Allen, as quais existem em jogos de 4 e 6 chaves padronizadas para os parafusos (Figura 126). Para apertar ou desapertar um parafuso, deve-se sempre puxar o punho, ao invés de empurrá-lo. Empurrando haverá sério risco de acidente, se a chave escapar (Figura 127). Figura 125 – Chave de Gancho Figura 125 – Chave Allen Figura 127 – Utilização das Chaves CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 46 O punho da chave de boca é calculado para dar um aperto vigoroso com o esforço normal da mão. 1.23.2. Chave de Fenda A chave de fenda ou chave de parafuso é uma ferramenta manual utilizada na montagem e desmontagem de peças unidas por parafusos cujas cabeças a- presentam fenda ou ranhura Na fenda ou ranhura da cabeça do parafuso, a cunha da chave de fenda é encaixada e, por meio de giros dados à ferramenta, o parafuso pode sair ou entrar em um furo. A chave de fenda comum é constituída por uma haste de aço-carbono ou aço especial. Essa haste geralmente é cilíndrica e apresenta uma das extremida- des forjada em forma de cunha. A outra extremidade apresenta-se na forma de espiga prismática ou cilíndrica estriada, na qual é acoplado um cabo. O cabo normalmente é feito de plástico rígido e apresenta ranhuras longitudi- nais que permitem uma boa empunhadura do operador; assim, a ferramenta não escorrega da mão. Para permitir o correto ajustamento na fenda do parafuso, as chaves de fenda comuns de boa qualidade apresentam faces esmerilhadas em planos paralelos, próximas ao topo (Figura 130). Figura 128 – Utilização da Chaves de Fendas Figura 129 – Chave de Fenda Figura 130 CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 47 A vantagem das faces esmerilhadas em planos paralelos é dificultar o escor- regamento da cunha na fenda do parafuso quando ele está sendo apertado ou desapertado. O escorregamento da cunha da chave de fenda, além de poder causar aci- dentes, pode danificar a fenda do parafuso que fica inutilizado. A região da cunha de uma chave de fenda de boa qualidade é temperada para resistir à ação cortante das ranhuras existentes nas fendas dos parafusos. O restante da haste, incluindo a espiga, deve apresentar uma boa tenacidade para resistir ao esforço de torção quando a chave de fenda estiver sendo utili- zada. 1.24. Tenazes Durante as operações de forja, sempre a quente, necessita o ferreiro de uma ferramenta que lhe permita segurar a peça com firmeza, seja para colocá-la ou retirá-la do fogo, seja para mantê-las nas posições convenientes à execução do trabalho. A ferramenta de pega utilizada chama-se Tenaz. Tenaz é uma ferramenta fabricada em aço de baixo teor de carbono, cujas gar- ras podem Ter variadas formas, de acordo com os perfis das peças a serem seguradas e os tipos de trabalhos a serem executados nas mesmas. Apresenta-se, em geral, no comprimento de 500 mm. Há, entretanto, tenazes menores e maiores, segundo as dimensões e os trabalhos a serem executados nas peças. Dada a simplicidade da ferramenta, é muito comum a sua confecção pelo pró- prio ferreiro, conforme a exigência da tarefa que executa. Figura 131 CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 50 Nos arcos de serra ajustáveis ou reguláveis, podem-se notar lâminas de 8”, e 12” (comprimentos comerciais). Em todos os modelos de arco de serra há um dis- positivo, nos extremos, que nos permite girar a lâ- mina num ângulo de 90°, tornando-se, assim, possí- vel serrar grande comprimento, como mostra a Figu- ra 143. Lâmina de serra é uma peça estreita e fina com dentes em uma das bordas (Figura 144) de aço carbono temperável ou de aço rápido. Estas últimas, em geral, são empregadas nas máquinas de serrar. Quando a têmpera abrange toda a lâmina, ela é chamada de rígida, devendo ser usada com mais cuidado, porque é muito frágil. Quando apenas o dentado é temperado, ele é denomina- do flexível ou semi-flexível. A lâmina de serra funciona como se fosse uma lima, de uma só série de den- tes. Ela corta atritando e destacando pequenas partículas do material. As Figuras 145 a 150 mostram algumas das disposições laterais dos dentes, inclinadas para um e outro lado, com alternações variadas. A essas inclinações dos dentes dá-se o nome de trava. Assim, se evita, como mostra a Figura 149, que a lâmina se agarre na fenda do corte que produz. Figura 141 – Arco de Serra Ajustável de Cabo de Plástico Figura 142 – Arco de Serra Fixo com Cabo de Alumínio Figura 143 Figura 144 CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 51 A Figura 150 indica os ângulos dos dois flancos do dente e também mostra a orientação dos dentes com relação à direção do golpe. O flanco a 90° é o que ataca o material. As lâminas de serra são especificadas pelo comprimento (8”, 10” ou 12”), pela largura (1/2” ou 1”) e pelo número de dentes por polegada. A lâmina de serra deve ser escolhida levan- do-se em conta a natureza do trabalho, a qualidade e a espessura do material a serrar. Quanto mais duro for o material a serrar, mais estreito deverá ser o dentado da lâmi- na. Também, quanto mais fino o material a serrar, mais estreito será o dentado da lâmi- na. comercialmente, o dentado mais largo é de 18 dentes por polegada, o médio 24 e o mais fino é de 32 dentes por polegada. 1.25.1. Indicações práticas para a escolha da lâmina Materiais muito duros ou muito finos, usar lâmina de serra de 32 dentes por polegada; materiais de dureza ou de espessura médias, usar lâmina de serra de 24 dentes por polegada; materiais macios e espessos, usar lâmina de serra de 18 dentes por polegada. Materiais macios como chumbo, estanho e zinco não deverão ser serrados com lâminas como para os materiais acima especificados, porque dá-se o en- crustamento do material entre os dentes, dificultando o corte. Recomenda-se neste caso o uso de lâminas de 10 a 14 dentes por polegadas. Figura 145 Figura 146 Figura 147 Figura 148 Figura 149 Figura 150 CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 52 2. Corte a oxigás O processo de corte a oxigás consiste em utilizar um gás combustível (aceti- leno, GLP-metano, butano...) e um gás comburente (oxigênio) para, através de um maçarico, se obter a chama. O GLP é empregado para o corte e soldagem de metais de baixo ponto de fusão. Sua temperatura de queima com o oxigênio varia entre 2400° a 2800°C. Nos processos de corte a oxigás, o acetileno é o gás mais usado por atingir 3200°C, de calor quando em contato com o oxigênio. 2.1. Corte oxiacetileno 2.1.1. Gases utilizados Neste tipo de corte, são utilizados os gases oxigênio e acetileno. Oxigênio É o principal alimentador da combustão, sendo, portanto, o comburente. A velo- cidade da combustão e a temperatura da chama variam de acordo com a pure- za e a dosagem do oxigênio. O oxigênio é encontrado no ar (21%); está sempre combinado com o nitrogênio (78%) e outros. O oxigênio apresenta-se na temperatura ambiente como um gás incolor (sem cor), insípido (sem sabor) e inodoro (sem cheiro). Esse gás tem a propriedade de combinar com vários elementos químicos, formando óxidos. O sucesso do corte, portanto, depende da quantidade de oxigênio contido na chama. O oxigênio é acondicionado em cilindros e os cilindros sem costura são especiais para alta pressão, pois garante um manuseio com maior segurança. Sua capacidade varia de 6m3 a 10m3 de gás e sua pressão entre 150 a 200kgf/cm2. Figura 151 – Cilindro de Oxigênio CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 55 Regulador de pressão Esta válvula serve para medir a pressão existente no cilindro e reduzir a pres- são para o sistema de trabalho. Compõe-se de: • Um manômetro de maior pressão e um de menor pressão; • Um parafuso de ajuste; • Um diafragma de válvula reguladora. Válvula de segurança É uma válvula interceptadora de explosão, destinada a parar qualquer tipo de retrocesso de gás combustível ou comburente. Pode ser adaptada no maçari- co, mangueiras e reguladores de pressão. DISPOSITIVO DE SEGURANÇA PARA PUNHO DO MAÇARICO DISPOSITIVO DE SEGURANÇA PARA MANGUEIRAS Figura 155 – Regulador de Pressão Figura 156 – Válvula Contra Retrocesso de Chama Figura 157 – Válvula Contra Retrocesso de Chama CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 56 DISPOSITIVO DE SEGURANÇA PARA REGULADORES 2.1.3. Posto de soldagem É o local onde o maçariqueiro trabalha; cabine de solda ou corte ou outros lo- cais onde seja necessário executar a soldagem ou corte. Encontram-se a seguir algumas precauções a serem observadas: • Não se devem soldar ou cortar peças pintadas ou encharcadas de óleo ou graxa; • O local deve ter boa ventilação, para a exaustão de fumaça; • O local deve ter boa iluminação; • Deve haver no local um extintor; • O local deve ser adaptado para as normas de segurança; • Os equipamentos devem estar em bom estado de conservação. 2.1.4. Como acender e apagar o maçarico Seqüência para acender a chama de aquecimento: • Desapertar totalmente o parafuso de regulagem do regulador de pressão (oxigênio e combustível); • Abrir a válvula do cilindro de oxigênio e combustível; • Abrir totalmente o volante do oxigênio de aquecimento do maçarico; • Com o volante aberto, regular a pressão desejada do oxigênio de aqueci- mento, fechando-o em seguida; • Abrir totalmente o volante do combustível do maçarico; • Com o volante aberto, regular a pressão desejada do combustível, fechando- o em seguida; • Abrir levemente o volante do combustível e acender a chama; • Ajustar a chama de aquecimento desejada através dos volantes do maçarico (oxigênio e combustível). Seqüência para apagar a chama de aquecimento: • Regular a chama para oxidante; • Fechar a válvula do acetileno do maçarico; • Fechar a válvula do oxigênio do maçarico; • Fechar as válvulas dos cilindros de oxigênio e do combustível; Figura 158 CALDEIRARIA / Tecnologia dos Processos e Execução ____________________________________________________________ 57 • Abrir os volantes de oxigênio e combustível do maçarico, para esvaziar as mangueiras; • Quando os manômetros dos reguladores (oxigênio e combustível) estive- rem indicando pressão zero, desapertar os parafusos de regulagem dos reguladores de pressão; • Deixar abertos os volantes do maçarico; • Arrumar as mangueiras e o maçarico sobre o suporte adequado. 2.1.5. Desvantagens do processo • Limitado basicamente a aços de baixo carbono e de baixa liga; • Dependendo da composição química do metal de base, pode propiciar alte- rações na estrutura metalúrgica do material, afetando, conseqüentemente, as propriedades mecânicas do mesmo; • Riscos decorrentes da projeção de materiais fundidos a distâncias conside- ráveis; • Apresenta baixa velocidade de corte em relação a outros processos de corte mais modernos. 2.1.6. Aplicações industriais • Desempenamento de estruturas em geral; • Desmontagem de equipamentos em geral; • Pré-aquecimento e/ou pós-aquecimento de juntas; • Preparação de chapas na indústria mecânica e naval; • Tratamento térmico de peças avulsas. 2.1.7. Tipos de chama É um dos fatores principais da soldagem ou do corte a oxigás, pois todo o su- cesso da operação dependerá, principalmente, do tipo de chama empregado, variando conforme a espessura do material, tipo de metal e pressões de traba- lho, conforme a tabela operacional. Existem três tipos de chama: carburante, neutra e oxidante. Chama carburante Maior quantidade de acetileno presente na chama. Esta chama é obtida acen- dendo o maçarico e abrindo lentamente a válvula do oxigênio até a chama to- mar o aspecto de um cone maior. Figura 159 – Chama Carburante
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