Baixe Farmacologia em Odontogeriatria e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! 1 Farmacologia em Odontogeriatria Evelyn Pacheco 2 Fármacos em Odontogeriatria IDOSO: Indivíduo com mais de 65 anos. Geriatria: Estuda os problemas médicos dos idosos. Envelhecimento (senescência): Eventos biológicos que ocorrem desde as primeiras modificações morfobiológicas e psicosociais da idade adulta até declínio total e morte. Início: metade da segunda década de vida Parte da evolução natural do organismo e não significa doença. 5 25% das pessoas acima de 65 anos apresentam reações adversas a fármacos. Entre 65 e 90% dos idosos consumem algum medicamento (OMS). Polifarmácia – toxicidade aumenta proporcionalmente ao número de fármacos. As reações adversas a fármacos representam a principal causa de iatrogenia em idosos. Alterações Fisiológicas do idoso: Farmacocinética Alterações ABSORÇÃO ↑ PH gástrico Inalterada ↓ motilidade e fluxo sang. Intestinal ↓ mecanismos de transporte ativo DISTRIBUIÇÃO ↓ volume total de água corporal Aumento ↑ massa gordurosa corporal ↓ albumina sérica METABOLISMO ↓ fluxo sanguíneo hepático Reduzido ↓ massa hepática (↑ duração efeito) ↓ atividade enzimática (reações fase I) Alterações Fisiológicas do idoso: EXCREÇÃO ↓ Taxa de filtração glomerular Reduzida ↓ Fluxo sanguíneo renal ↓ Função tubular. ALTERAÇÕES RELATIVAS A CAVIDADE ORAL 1) Mudança acentuada hábitos de mastigação 2) Aumento no número de cáries 3) Aumento probabilidade e gravidade da doença periodontal 4) > risco de xerostomia por outras causas Medidas para a adesão ao tratamento: 1) Simplificar esquemas terapêuticos. 2) Educar e aconselhar pacte e familiares. 3) Incentivar a família a participar do tratamento. 4) Instruções claras, simples e com linguagem acessível 5) Fornecer estas instruções por escrito. 12 6) Utilizar letras grandes e legíveis nas prescrições. 7) Avaliar como as instruções são recebidas e seguidas. 8) Fornecer um mínimo de informações. 9) Encorajar pactes a lerem informações impressas. 10) Orientar a criação de uma rotina de administração de drogas (associar com refeições ou outras atividades) 13 Horário para atendimento: É importante assinalar também que os tratamentos deverão ser realizados preferencialmente no período da tarde, pois das 6 (seis) horas às 12 (doze) horas temos uma grande quantidade de plaquetas e linfócitos agregados facilitando a formação de trombos e conseqüentemente o surgimento de êmbolos, aumentando a área isquêmica (principal causa da morte celular). 16 Função renal e fármacos: DCE > 100ml/min: não necessita ajuste. DCE < 100ml/min, usa-se o cálculo abaixo: DoseIR= DoseN x DCE/100 Onde: DoseIR=dose na insuficiência renal DoseN=dose usual. Se a função renal não é conhecida, iniciar com doses baixas e aumentar de acordo com a resposta clínica. 17 Anestésicos Locais e Vasoconstritores: A) lidocaína metabolizada no fígado e excretada nos rins- 3 tubetes em idosos preferência no uso da adrenalina pois a noraadrenalina e a fenilefrina causam bradicardia reflexa podendo levar o paciente a parada cardíaca B) mepivacaína: metabolizada no fígado, podendo apresentar níveis plasmáticos altos (MOORE) . Indica-se a concentração de 2% associada a adrenalina a 1: 100.000 até 3 tubetes 18 Analgésicos e antiinflamatórios: Menor percepção de dor – menores doses. Agente de escolha: paracetamol. AINE: fármacos alternativos. AINE com menor meia-vida são preferidos como o ibuprofeno e o fenoprofeno. Dores mais intensas: codeína+paracetamol (cuidar efeitos adversos da codeína como sedação, constipação e retenção urinária)