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Construção de cisterna, Notas de estudo de Engenharia Agronômica

COMO COMO CONSTRUIR CISTERNAS PARA USO NAS PROPRIEDADES

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 28/11/2009

alessandro-do-amaral-silva-12
alessandro-do-amaral-silva-12 🇧🇷

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Baixe Construção de cisterna e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Agronômica, somente na Docsity! FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES E DAS TRABALHADORAS NA AGRICULTURA DO ESTADO DO CEARÁ - FETRAECE PROJETO DE CONSTRUÇÃO DE CISTERNAS E CAPACITAÇÃO PARA CONVIVÊNCIA COM O SEMI-ÁRIDO Projeto Técnico Julho de 2008 Fortaleza - Ceará 2 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO................................................................................................................................................. 3 1 – CONTEXTUALIZAÇÃO................................................................................................................................ 4 1.1 – Justificativa ..................................................................................................................................................... 4 1.2 – Objetivos ......................................................................................................................................................... 5 1.3 – Público Alvo .................................................................................................................................................... 5 2 – DETALHAMENTO DO PROJETO .............................................................................................................. 6 2.1 – O Sistema de Captação e Armazenamento de Água da Chuva ....................................................................... 6 2.3 – Capacitação de Beneficiários ......................................................................................................................... 6 2.4 – Capacitação de Pedreiros ............................................................................................................................... 7 2.5 – Fortalecimento Institucional da Sociedade Civil ............................................................................................ 8 2.6 – Acompanhamento, Monitoramento e Controle ............................................................................................... 8 3 – METODOLOGIA DE TRABALHO .............................................................................................................. 9 3.1 – Definição das localidades a serem beneficiadas............................................................................................. 9 3.2 – Mobilização das Famílias .............................................................................................................................. 9 3.3 – Planejamento Operacional ............................................................................................................................. 9 3.4 – Encontros Micro-Regionais ........................................................................................................................... 9 35 – Realização de Capacitações ............................................................................................................................ 9 3.6 – Construção ...................................................................................................................................................... 9 3.7 – Termo de Recebimento .................................................................................................................................. 10 4. ENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL E ESTRATÉGIA DE EXECUÇÃO ............................................ 10 5. METAS E CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ............................................................................................ 11 6. ORÇAMENTO DAS AÇÕES PREVISTAS .................................................................................................. 11 5 longas caminhadas para a busca de água pelas mulheres e crianças em barreiros cuja água, regra geral, é imprópria para consumo humano. De tecnologia simples, a cisterna é construída junto ao domicílio da família, aproveitando-se do escoamento de água do telhado (por meio de calhas instaladas no mesmo) para propiciar o armazenamento, o que minimiza as perdas decorrentes do transporte e a contaminação decorrente do manejo inadequado. Dessa forma, além de proporcionar melhores condições para a população beneficiária, o consumo de água da cisterna reduz a incidência de contração de doenças de veiculação hídrica, bastante comuns na utilização de água dos barreiros ao ar livre e da água salobra de alguns poços. 1.2 – OBJETIVOS O presente projeto tem como objetivo geral garantir para a população em situação de insegurança alimentar e vulnerabilidade aos possíveis efeitos negativos previstos como conseqüência das mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global, a disponibilidade de água de qualidade para consumo humano através do fornecimento a cada família de uma estrutura simples e eficiente de captação e armazenamento de água da chuva e da mobilização social para localizar, capacitar e envolver essa população de modo que cada família faça o correto uso da estrutura – cisterna e sistema de captação de água - recebida. Com isso, espera-se que as famílias beneficiadas possam melhorar suas condições de vida, facilitando-lhes o acesso à água para consumo humano e evitando que as mesmas despendam grande parte do dia em longas caminhadas em busca de água. Seguem os objetivos específicos do projeto: 1. Capacitar as famílias em gerenciamento de recursos hídricos, convivência com o semi-árido e cidadania; 2. Capacitar pedreiros em construção de cisternas; 3. Construir as cisternas; 4. Contribuir com a integração União, Estados, Municípios e Sociedade Civil na implementação de ações que tenham como foco a convivência com o semi-árido. 5. Contribuir para que as famílias e comunidades do semi-árido cearense possam melhorar suas condições de vida e solucionar o problema da água para o consumo humano, fornecendo-lhes uma estrutura de armazenamento e equipamentos para a captação da água da chuva. 1.3 – PÚBLICO ALVO As famílias a serem beneficiadas com a construção de cisternas devem ser obrigatoriamente famílias em situação de insegurança alimentar e mais vulneráveis aos efeitos da escassez de água (crianças, mulheres, idosos, pessoas com deficiência), que não disponham de fonte de água ou meio suficientemente adequado de armazená-la para o suprimento das suas necessidades. 6 2 – DETALHAMENTO DO PROJETO 2.1 – O SISTEMA DE CAPTAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ÁGUA DA CHUVA A disponibilidade de água de qualidade para consumo da população rural dispersa nas áreas rurais do estado em situação de vulnerabilidade em relação à disponibilidade de água se materializa no presente Projeto através de um sistema de captação e armazenamento da água das chuvas composto de um reservatório - a cisterna de placas, um sistema de captação constituído do telhado das casas rurais e um sistema de coleta constituído de calhas de zinco e tubos de PVC que conduzem a água captada no telhado para dentro da cisterna de placas. A cisterna tem a capacidade de armazenamento de 16.000 litros de água sendo esta quantidade suficiente para as necessidades de consumo, cocção de alimentos e higiene pessoal de uma família de 5 pessoas durante 8 meses. Com uma área de captação de 40 m² é possível encher a cisterna mesmo nos anos em que as chuvas ficam abaixo da média e assim garantir o abastecimento das famílias nos períodos mais críticos. Quadro Resumo Caracterização da Cisterna e Consumo Médio Empreendimento: Cisternas para captação de águas pluviais. Tipo de Construção: Cisternas de placas premoldadas Capacidade: 16.000 litros de água. Consumo diário por pessoa: 13 litros de água – exclusivamente para beber, cozinhar, lavar as mãos e utensílios domésticos de uso imediato. Consumo mensal, por pessoa: 390 litros de água. Consumo, por pessoa, durante 08 meses de estiagem: 3.120 litros de água. Consumo por família com 05 pessoas, em média, durante 08 meses de estiagem: 15.600 litros de água. 2.2 – CAPACITAÇÃO DE BENEFICIÁRIOS A capacitação de beneficiários é parte essencial para o sucesso do projeto. A experiência vem demonstrando que somente o envolvimento das famílias, com a devida conscientização e orientação, garante a adequada utilização da cisterna e a maximização dos benefícios dela decorrentes. O processo de mobilização e conscientização para a convivência com o semi-árido e para a manutenção e utilização adequada da cisterna deve obrigatoriamente estar inserido na realidade econômica e cultural das famílias. Cada capacitação de beneficiários envolverá um grupo de até 25 beneficiários, num processo que deve durar no mínimo 12 horas, divididas em dois dias de capacitação. O conteúdo da capacitação contemplará, pelo menos, os seguintes elementos: • Como efetuar a manutenção das cisternas construídas; • Como cuidar da água reservada; • O clima semi-árido e suas conseqüências; • Meio ambiente e cidadania; 7 • Geração de renda e oportunidades locais. A metodologia do processo de capacitação contemplará espaços de formação e informação, num primeiro momento ressaltando como e para que finalidades a água da cisterna deve ser utilizada, priorizando o seu uso para beber e cozinhar. Num segundo momento, o processo de capacitação deve tratar também das questões de meio ambiente, cidadania e geração de renda, levando em consideração conteúdos que permitam a adequada reflexão sobre: • Valorização do cuidado em relação ao lugar onde se vive (ambiente); • Importância do conhecimento sobre o lugar de moradia no intuito de identificar problemas e suas possíveis soluções; • Participação e envolvimento comunitário como elementos de fortalecimento das localidades; • Potencial local para produção (agropecuária, artesanato, doces, vestuário, etc.); e • Oportunidades externas (agentes institucionais e seus programas, financiamentos, ações não governamentais, etc.). O processo de capacitação levará também em consideração, a organização prévia das comunidades com estruturação de grupos de trabalho para acompanhamento e controle das construções das unidades familiares. Também serão realizados encontros micro-regionais e estaduais de capacitação. 2.3 – CAPACITAÇÃO DE PEDREIROS A capacitação de pedreiros envolve a organização de equipes de até dez pedreiros para participar do processo orientado de aprendizagem de técnicas e suas aplicações na construção da cisterna de placas. É destinada a pedreiros que já atuem na construção civil, e que não possuam conhecimento específico de construção de cisternas. A capacitação ocorre paralelamente à construção demonstrativa de uma ou mais cisternas, tendo suas etapas coordenadas por um pedreiro instrutor já experiente, que explica e demonstra as técnicas e os procedimentos de construção aos demais pedreiros. O objetivo do curso é estabelecer um padrão de atuação dos profissionais responsáveis pela construção que garanta a qualidade da obra, evitando falhas de construção, o que pode prejudicar ou até comprometer o funcionamento adequado da cisterna. A capacitação de pedreiros deverá contemplar, pelo menos, habilidades relativas à: • Definição adequada da localização da cisterna; • Definição da capacidade de captação de água a partir das dimensões do telhado; • Técnicas adequadas de construção: • Marcação da borda da cisterna; • Escavação; • Confecção de placas; • Confecção de piso e assentamento de placas; • Amarração da parede; 10 • Construção do chapéu; • Confecção de bicas; • Colocação de bicas e tanque; • Retoques e acabamentos; • Fixação de Placa de Identificação (conforme modelo padrão). 3.7 – TERMO DE RECEBIMENTO • Preenchimento do formulário de registro de cisterna construída (conforme modelo padrão); • Fotografar a família beneficiária na frente da cisterna. 4. ENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL E ESTRATÉGIA DE EXECUÇÃO GOVERNO FEDERAL MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME SECRETARIA DE SEGURANÇA ALIMENTAR GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO COORDENADORIA DE DESENVOLVIMENTO TERITORIAL E COMBATE À POBREZA RURAL FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS NA AGRICULTURA DO ESTADO DO CEARÁ – FETRAECE CENTRO DE ESTUDOS DO TRABALHO E DE ASSESSORIA AO TRABALHADOR – CETRA CENTRO DE ESTUDOS E APOIO AO TRABALHADOR E TRABALHAORA – CEAT CENTRO DE DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS ANTÔNIO CONSELHEIRO – CDDH-AC ASSOCIAÇÃO CRISTÃ DE BASE – ACB BENEFICIÁRIOS FAMÍLIAS RURAIS A Secretaria do Desenvolvimento Agrário, através da Coordenadoria de Desenvolvimento Territorial e Combate à Pobreza Rural coordena a Ação de Cisternas do Governo do Estado, sendo responsável pelos componentes de construção (material de construção) e de comunicação, bem como pelo acompanhamento e monitoramento das atividades. A execução de campo ocorrerá em parceria com a FETRAECE, o CETRA, o CEAT, o CDDH-AC e ACB que fará planejamento operacional da execução e as seguintes atividades: • Orientação e seleção das comunidades e das famílias a serem beneficiadas. Para tanto, deverão ser considerados os seguintes critérios: disponibilidade de água, distância da comunidade à fonte do abastecimento, qualidade da água disponível, tamanho da família, número de crianças e idosos na família. As Comissões do Plano de Ação de Convivência com a Seca, realiza a seleção das comunidades. 11 • Definição da quantidade de pedreiros e auxiliares necessários às obras de construção em cada comunidade. • Identificação e seleção de quem irá trabalhar na construção das cisternas e em qual a função (pedreiros ou auxiliares). • Capacitação de pedreiros e auxiliares. • Supervisão da construção das cisternas. • Capacitação dos beneficiários no manejo das cisternas, qualidade da água e destinação e uso da água armazenada. As famílias que se beneficiarão das cisternas participarão, direta ou indiretamente, de sua construção e serão as responsáveis pela manutenção das mesmas. 5. METAS E CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO 1. Acompanhar e monitorar a execução das 13.450 cisternas junto as 4 UGMs – Unidades Gestoras Micro-Regionais; 2. Orientar e capacitar as 4 UGMs nos aspectos técnicos-operacioanis, metodológicos e administrativo-financeiro. 3. Consolidar as informações da execução física das 4 UGMs e manter o parceiro financiador atualizado (SDA). ANO: 2008 META JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO 1 2 3 ANO: 2009 META JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO 1 2 3 6. ORÇAMENTO DAS AÇÕES PREVISTAS Tipo de Despesa Total (R$) CUSTEIO Pessoal da UGE 184.563,55 Custeio Fixo da UGE 120.000,00 Subtotal custeio 839.639,30 TOTAL GERAL 304.563,55 Obs.: O detalhamento orçamentário encontra-se em anexo
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