Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Manual Técnico de Pedologia, Manuais, Projetos, Pesquisas de Geografia

Manual técnico de pedologia do IBGE

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

Antes de 2010

Compartilhado em 22/09/2009

ana-maria-sanches-3
ana-maria-sanches-3 🇧🇷

3 documentos

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Manual Técnico de Pedologia e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Geografia, somente na Docsity! MANUAIS TÉCNICOS EM GEOCIÊNCIAS MANUAL TÉCNICO DE PEDOLOGIA 2º edição EsIBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão Paulo Bernardo Silva INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE Presidente Eduardo Pereira Nunes Diretor-Executivo Sérgio da Costa Côrtes ÓRGÃOS ESPECÍFICOS SINGULARES Diretoria de Pesquisas Wasmália Socorro Barata Bivar Diretoria de Geociências Luís Paulo Souto Fortes Diretoria de Informática Luiz Fernando Pinto Mariano Centro de Documentação e Disseminação de Informações David Wu Tai Escola Nacional de Ciências Estatísticas Sérgio da Costa Côrtes (interino) UNIDADE RESPONSÁVEL Diretoria de Geociências Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais Celso José Monteiro Filho Sumário Apresentação Introdução Manual técnico de pedologia Pequeno histórico da pedologia no Brasil Caracterização geral do solo Conceito de solo Taxonomia de solos Descrição morfológica de perfi s de solos Nomenclatura de horizontes e camadas de solos Defi nição de horizontes e camadas Defi nição de símbolos e sufi xos de horizontes e camadas Comparação da simbologia que qualifi ca horizontes e camadas principais Características morfológicas Transição Profundidade e espessura dos horizontes e camadas Cor Granulometria e textura _________________________________________________________ Manual técnico de pedologia - 2a edição Estrutura Consistência Outras características morfológicas (ocorrência ocasional) Cerosidade Superfícies de compressão Superfícies de fricção - Slickensides Superfícies foscas Cimentação Coesão Efl orescências Nódulos e concreções minerais Conteúdo de carbonatos e manganês Outros aspectos a serem observados na descrição dos solos Atividade biológica Classes de reação do solo Profundidade Raízes Porosidade Registro das descrições gerais e morfológicas Critérios para distinção de classes de solos Atributos diagnósticos Álico Atividade da fração argila Caráter ácrico Caráter alítico Caráter alofânico Caráter alumínico Caráter aniônico Caráter argilúvico Caráter carbonático Caráter coeso Caráter com carbonato Caráter concrecionário Caráter crômico Caráter ebânico Caráter epiáquico Caráter êutrico Caráter fl úvico Caráter litoplíntico Caráter plânico Caráter plíntico Sumário ______________________________________________________________________________________ Caráter rúbrico Caráter salino Caráter sálico Caráter sódico Caráter solódico Caráter vértico Cauliníticos, oxídicos e gibbsíticos Contato lítico Contato lítico fragmentário Cor e teor de óxidos de ferro (hipoférrico, mesoférrico, férrico e perférrico) Descontinuidade litológica Epiálico, epidistrófi co e epieutrófi co Esmectíticos, vermiculíticos e mistos Gradiente textural (argílico) Grau de decomposição do material orgânico Material mineral Material orgânico Material sulfídrico Micáceo, anfi bolítico, feldspático e silicoso Mudança textural abrupta Plintita Petroplintita Relação Ki Relação textural Saturação por bases (eutrofi a e distrofi a) Outros atributos Autogranulação self-mulching Gilgai Minerais alteráveis Relação silte/argila Constituição esquelética Horizontes diagnósticos superfi ciais Horizonte A antrópico Horizonte A chernozêmico Horizonte A fraco Horizonte A húmico Horizonte A moderado Horizonte A proeminente Horizonte hístico Horizontes diagnósticos subsuperfi ciais Horizonte B espódico Horizonte B incipiente Horizonte B latossólico Horizonte B nítico _________________________________________________________ Manual técnico de pedologia - 2a edição • Fases de declividade • Fases de drenagem • Fases de pedregosidade • Fases de rochosidade • Fases erodida e assoreada • Fase de substrato 2 Sistema Brasileiro de Classifi cação de Solos (SiBCS) • A estrutura do sistema • Formas de grafi a das denominações empregadas no SiBCS 3 Informações úteis para execução de levantamentos de solos • Planejamento do trabalho – escolha da escala e sensores adequados • Seleção da posição (local) na paisagem onde examinar, descrever e coletar os perfi s de solos • Seleção do melhor ponto para exame • Seqüência para exame morfológico (descrição e coleta) do perfi l • A coleta de amostras • Considerações sobre o desenvolvimento dos trabalhos de campo • Informações adicionais que podem auxiliar os trabalhos de mapeamento 4 Material cartográfi co utilizado em levantamentos de solos • Generalidades • Sistemas de projeções mais usuais e suas características • Geoprocessamento • Material utilizado em levantamentos de solos • Classifi cação dos sensores remotos • Características das imagens de sensoriamento remoto • Evolução e características dos sistemas sensores • Critérios para seleção de imagens 5 Principais determinações e métodos de análises utilizados em levantamentos de solos no Brasil • Determinações físicas • Determinações químicas • Determinações especiais • Determinações em pasta saturada (extrato de saturação) • Determinações de campo Sumário ______________________________________________________________________________________ 6 Apresentação de resultados analíticos 7 Principais solos do Brasil 8 Dados auxiliares Figuras 1 - Perfi l de ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófi co típico. Goiânia – GO 2 – Exemplos de tipos de transição 3 – Exemplo de tomada de profundidades e espessuras para solos com transição plana e ondulada 4 – Exemplo de tomada de profundidades e espessuras para solos com mais de um horizonte ou camada apre- sentando transição ondulada ou irregular 5 – Exemplo de tomada de profundidades e espessuras para solos com transição descontínua ou quebrada, entre horizontes ou camadas 6 – Exemplo de tomada de profundidades e espessuras para solos com ocorrência de lamelas 7 – Arranjamento de notações e padrões de cores em uma carta de cores para solos 8 – Exemplos de percentuais de mosqueados 9 – Triângulo textural: classes texturais da fração terra fi na 10 – Guia para grupamentos de classes de textura 11 – Exemplos de tipos de estrutura 12 – Critérios para determinação da plasticidade 13 – Unidades de área (U.A.) para as várias classes de ta- manho de raízes 14 – Exemplos de mapas de solos de uma mesma área, elaborados em escalas diferentes 15 – Exemplos de mapas de solos elaborados em níveis diferenciados e utilizando sensores remotos diferentes 16 – Exemplo de preenchimento de etiquetas 17 – Formulário para apresentação de resultados analíticos 18 – Delimitação esquemática dos principais solos brasileiros 19 – Principais ocorrências dos Argissolos 20 – Principais ocorrências dos Cambissolos 21 – Principais ocorrências dos Chernossolos 22 – Principais ocorrências dos Espodossolos 23 – Principais ocorrências dos Gleissolos _________________________________________________________ Manual técnico de pedologia - 2a edição 24 – Principais ocorrências dos Latossolos 25 – Principais ocorrências dos Luvissolos 26 – Principais ocorrências dos Neossolos 27 – Principais ocorrências dos Nitossolos 28 – Principais ocorrências dos Planossolos 29 – Principais ocorrências dos Plintossolos 30 – Principais ocorrências dos Vertissolos 31 – Exemplos de percentual de área coberta 32 – Modelo de fi cha para descrição morfológica dos solos no campo Fotos 1 – “Stone line” (pedras subarredondadas) em perfi l de ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófi co típico. Anápolis – GO 2 – “Stone line” (pedras angulosas) em perfi l de LATOSSOLO VERMELHO Distrófi co típico. Posse – GO 3 – Paleossolo recoberto por espessa camada de sedimen- tos. Petrópolis – RJ 4 – Capa do Sistema Brasileiro de Classifi cação de Solos – SiBCS 5 – Exemplo de tomada de cores 6 – Exemplo de tomada de cores 7 – Detalhe de coleta de amostra indeformada para análi- se da microestrutura 8 – Lâmina delgada de solo vista no microscópio ótico sob luz natural. Pode-se observar grãos do esqueleto (E), poros (V) e separações plásmicas (P) 9 – Exame da macroestrutura em campo 10 – Exemplos de estrutura grande prismática 11 – Exemplo de estrutura muito grande prismática (subtipo colunar) 12 – Exemplo de estrutura muito grande prismática (subtipo colunar) 13 – Exemplo de estrutura muito grande prismática 14 – Exemplos de estrutura grande em blocos angulares 15 – Exemplos de estrutura média em blocos subangulares e angulares 16 – Exemplos de estrutura muito grande em blocos subangulares 17 – Exemplos de estrutura muito pequena, pequena e média granular 18 – Exemplos de estrutura média e grande granular Sumário ______________________________________________________________________________________ 71 – Floresta Tropical Perenifólia / Floresta Ombrófi la Densa. Aripuanã – MT 72 – Floresta Tropical Perenifólia / Floresta Ombrófi la Densa. Juína – MT 73 – Floresta Tropical Caducifólia / Floresta Estacional Deci- dual. São Fidélis – RJ 74 – Floresta Tropical Subperenifólia / Floresta Ombrófi la Densa (Mata Atlântica). Nova Friburgo – RJ 75 – Floresta Subtropical Perenifólia / Floresta Ombrófi la Densa (Mata Atlântica). Serra de Lages – SC 76 – Floresta Subtropical Subperenifólia / Floresta Ombrófi la Mista (Floresta de Araucária). Lebon Régis – SC 77 – Floresta Subtropical Subcaducifólia / Floresta Ombrófi - la Mista (Floresta de Araucária) 78 – Floresta não Hidrófi la de Restinga / Formações Pioneiras de Infl uência Marinha. Região dos Lagos – RJ 79 – Restinga Arbustiva e Campo de Restinga / Formações Pioneiras de Infl uência Marinha. Região dos Lagos – RJ 80 – Restinga Arbustiva e Campo de Restinga / Formações Pioneiras de Infl uência Marinha. São João da Barra (Grussaí) – RJ 81 – Cerradão Tropical Subcaducifólio / Savana Florestada. Região Nordeste de Goiás 82 – Cerradão Tropical Subcaducifólio / Savana Arbórea Densa (Carrasco). Chapada dos Parecis – MT 83 – Cerrado Tropical Subcaducifólio / Savana Arborizada. Cocalzinho – GO 84 – Cerrado Tropical Caducifólio / Savana Arborizada. Novo Acordo – TO 85 – Campo Cerrado Tropical / Savana Parque. Parque das Emas – GO 86 – Vereda Tropical / Savana Gramíneo-Lenhosa com Flo- resta de Galeria. Parque Estadual do Jalapão – TO 87 – Caatinga Hiperxerófi la / Savana Estépica Parque. Sertão Nordestino 88 – Caatinga Hiperxerófi la / Savana Estépica Parque. Petrolina – PE 89 – Caatinga Hipoxerófi la / Savana Estépica Arborizada. Jaíba – MG 90 – Campo Equatorial Hidrófi lo de Várzea / Formações Pio- neiras de Infl uência Fluvial. Planície do rio Amazonas. Parintins – AM _________________________________________________________ Manual técnico de pedologia - 2a edição 91 – Campo Tropical / Savana Gramíneo-Lenhosa. Nova Brasilândia – MT 92 – Campo Subtropical Subúmido / Estepe Parque. Bagé – RS 93 – Manguezal / Formações Pioneiras de Infl uência Fluviomarinha. Carutapera – MA 94 – Formação Rupestre / Savana Parque. Chapada dos Veadeiros – GO 95 – Campo Subtropical Subúmido / Estepe Parque (Parque de Espinilho da barra do rio Quaraí). Barra do Quaraí – RS 96 – Relevo plano. Chapada dos Parecis – MT 97 – Relevo suave ondulado. Rio Branco – AC 98 – Relevo ondulado. Nova Brasilândia – MT 99 – Relevo forte ondulado com topos abaulados (em “meia laranja”). Ponte Nova – MG 100 – Relevo forte ondulado com topos aguçados. Santo Antônio do Escalvado – MG 101 – Relevo montanhoso. Vale do rio Iguaçu – PR 102 – Relevo montanhoso. São Fidélis – RJ 103 – Relevo montanhoso. Ponte Nova – MG 104 – Relevo escarpado. Nova Friburgo – RJ 105 – Relevo escarpado. São Domingos – GO 106 – Microrrelevo tipo “gilgai” 107 – Murundus. Chapada dos Parecis – MT 108 – Murundus. Iramaia – BA 109 – Dolina. Janaúba – MG 110 – Duna. Delta do Parnaíba – PI 111 – Sambaqui. Ilha Comprida – SP 112 – Cordilheiras e vazantes/corixos. Poconé – MT 113 – Dique marginal do rio Paraná. Divisa SP/MS 114 – Dique marginal do rio Santo Antônio. Gurupi – TO 115 – Cultivo de hortaliças sobre dique do rio Cuiabá. Cuiabá – MT 116 – Cavidade 117 – Cavidade (“sumidouro” em fundo de dolina) 118 – Microrrelevo tipo “folha de zinco”. Praia de Grussaí. São João da Barra – RJ 119 – Talus de sopé de escarpa. São Domingos – GO 120 – Classe extremamente pedregosa. Juína – MT 121 – Fase pedregosa I. Ribeira – SP 122 – Fase pedregosa II. Niquelândia – GO 123 – Fase pedregosa III. Niquelândia – GO 124 – Classe ligeiramente rochosa. Juruena – MT Sumário ______________________________________________________________________________________ 125 – Classe rochosa. Juruena – MT 126 – Classe muito rochosa. Juruena – MT 127 – Erosão eólica. Chapadão dos Gaúchos – MS 128 – Erosão laminar. Ervália – MG 129 – Erosão laminar e em sulcos. Cassilândia – MS 130 – Erosão em sulcos. Uraí – PR 131 – Erosão em ravinas. Ceres – GO 132 – Erosão em voçoroca. São Gabriel d’Oeste – MS 133 – Erosão em voçoroca. Costa Rica – MS 134 – Erosão em voçoroca. Jataí – GO 135 – Perfi l de ORGANOSSOLO HÁPLICO Sáprico típico, fase assoreada. Campo Erê – SC 136 – Perfi l de GLEISSOLO HÁPLICO Tb Distrófi co plíntico, fase assoreada. Primavera do Leste – MT 137 – Limpeza de barranco para exame e coleta 138 – Trincheira aberta para exame e coleta 139 – Preparo de perfi l em barranco para fotografi a e exame 140 – Avaliação da textura em campo através do tato 141 – Preparação da amostra para avaliação da textura em campo 142 – Descrição e coleta de amostras de solo em trincheira 143 – Detalhe de coleta de amostra de solo indeformada (anel de Kopecky) 144 – Exposição de horizonte espódico por erosão em leito de estrada. Área de Campinarana. Cruzeiro do Sul – AC 145 – Aspecto de córrego com água escura, cor de “coca-cola”. 146 – Tradagem em área de ORGANOSSOLO. Brasília – DF 147 – Utilização do ímã para estimativa do teor de ferro 148 – Limalhas de ferro na superfície do terreno 149 – Fendas na superfície de VERTISSOLO 150 – Desalinhamento de mourões de cerca em área de VERTISSOLO 151 – Desalinhamento de postes em área de solos com argila expansiva. Uruguaiana – RS 152 – Aspecto de pavimento desértico. Cabrobó – PE 153 – Aspecto de barranco em área de PLANOSSOLO NÁTRICO. Pantanal “Chaquenho”. 154 – Ombreira. Tarauacá – AC 155 – Palmeira bacuri – Attalea phalerata _________________________________________________________ Manual técnico de pedologia - 2a edição 207 – NEOSSOLO FLÚVICO Psamítico típico. Margem do rio Tocantins. Peixe – TO 208 – NEOSSOLO FLÚVICO Psamítico típico. Terraço do rio de Contas. Ipiaú – BA 209 – NEOSSOLO LITÓLICO Húmico típico. São José dos Ausentes – SC 210 – NITOSSOLO BRUNO Distrófi co típico. Lages – SC 211 – NITOSSOLO VERMELHO Eutrófi co típico. Castanheira – MT 212 – NITOSSOLO VERMELHO Distrófi co típico. Oriximiná – PA 213 – NITOSSOLO VERMELHO Eutroférrico típico. Ceres – GO 214 – ORGANOSSOLO HÁPLICO Sáprico típico. Campo Erê – SC 215 – ORGANOSSOLO HÁPLICO Sáprico térrico. Parque Estadual do Jalapão – TO 216 – ORGANOSSOLO FÓLICO Hêmico típico. Chapada dos Veadeiros – GO 217 – PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófi co típico. Pelotas – RS 218 – PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófi co solódico. Caruaru – PE 219 – PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico típico (Solonetz Solo- dizado “cabeça vermelha”). Petrolina – PE 220 – PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófi co típico. Pantanal Mato-grossense. Poconé – MT 221 – PLANOSSOLO NÁTRICO Sálico dúrico. Cabo Frio – RJ 222 – PLINTOSSOLO ARGILÚVICO Distrófi co típico. Ilha de Marajó – PA 223 – PLINTOSSOLO ARGILÚVICO Distrófi co típico. São Miguel do Araguaia – GO 224 – PLINTOSSOLO ARGILÚVICO Distrófi co espessarênico. Natividade – TO0 225 – PLINTOSSOLO PÉTRICO Concrecionário argissólico. São Félix do Araguaia – MT 226 – PLINTOSSOLO PÉTRICO Concrecionário léptico. Niquelândia – GO 227 – PLINTOSSOLO PÉTRICO Concrecionário latossólico. Canarana – MT 228 – PLINTOSSOLO PÉTRICO Litoplíntico típico. São Miguel do Araguaia – GO 229 – Paisagem de PLINTOSSOLO PÉTRICO Litoplíntico típico. Reisópolis – GO Manual técnico de pedologia ___________________________________________________________________ 230 – VERTISSOLO HIDROMÓRFICO Órtico típico. Pantanal Mato-grossense. Poconé – MT 231 – VERTISSOLO HÁPLICO Órtico típico. Souza – PB 232 – VERTISSOLO HÁPLICO Sódico típico. Sertão Pernambucano Quadros 1 – Comparação da simbologia que qualifi ca horizontes e camadas principais 2 – Correspondência em português para os nomes de cores 3 – Caracterização de mosqueados quanto ao contraste 4 – Classes de estrutura 5 – Relação entre escalas de mapas/cartas, distância e área mínima mapeável nos terrenos 6 – Diferenciação de mapas/cartas e tipos de levantamen- tos de solos 7 – Convenções para plotagem de pontos amostrais 8 – Critérios para ordenação de legendas de solos 9 – Ordem de apresentação das classes de solos e simbo- logia correspondente 10 – Equivalência aproximada dos sistemas de classifi cação da vegetação 11 – Etimologia dos termos usados no 1º nível categórico do SiBCS e principais características associadas 12 – Correlação entre as subordens do SiBCS e a classifi ca- ção utilizada anteriormente 13 – Principais “plantas indicadoras” endêmicas no Brasil 14 – Principais espécies invasoras 15 – Aplicações dos canais espectrais do LANDSAT/TM 16 – Conversão das unidades usadas anteriormente para as unidades do sistema internacional (SI) e unidades adotadas pelo CNPS/EMBRAPA 17 – Unidades do sistema internacional adotadas pelo CNPS/EMBRAPA para determinações físicas e precisão decimal 18 – Unidades do sistema internacional adotadas pelo CNPS/EMBRAPA para determinações químicas e precisão decimal 19 – Unidades do sistema internacional (SI) adotadas por algumas instituições, para as várias regiões do Brasil _________________________________________________________ Manual técnico de pedologia - 2a edição 20 – Lista de equipamentos para trabalhos de campo 21 – Alguns fatores para conversão de unidades 22 – Nomes das cores em português para os códigos do livro Munsell soil color charts Tabela Convenção de cores para mapas/cartas de solos (sistemas PANTONE, CMYK e RBG) ________________________________________________________ Manual técnico de pedologia - 2a edição Os fatos acima e os grandes avanços verifi cados na ciência do solo nos últimos anos, especialmente na área de Pedologia, que no Brasil teve como fato marcante o lançamento do Sistema Brasileiro de Classifi cação de Solos - SiBCS, determinaram a necessidade de elaboração de uma nova edição daquele Manual Técnico, atualizada, contemplando todas as inovações pertinentes. A presente edição traz como importante novidade em relação à anterior, o fato de ter sido elaborada com a colaboração de técnicos do Centro Nacional de Pesquisa de Solos - CNPS da Embrapa (Embrapa Solos) e de outros pesquisadores não pertencentes ao quadro de funcionários do IBGE. Além da atualização de conceitos, critérios e normas, em função do que é adotado atualmente pela Embrapa Solos e das inovações atreladas ao Sistema Brasileiro de Classifi cação de Solos, a presente edição traz, também, na forma de apêndices, descrição em linguagem simples dos métodos de laboratório empregados para levantamentos de solos no Brasil adotados pela Embrapa Solos, sua importância, conveniência de execução e limitações, além de informações sobre: principais solos brasileiros; principais tipos de materiais básicos empregados para levantamentos de solos; novas unidades para apresentação de resultados analíticos (Sistema Internacional e Embrapa Solos); informações sobre o Sistema Brasileiro de Classifi cação de Solos; e ainda algumas recomendações úteis para execução de levantamento de solos. Importante esclarecer que os conceitos e defi nições relacionados a atribu- tos e horizontes diagnósticos, bem como as informações sobre o Sistema Brasileiro de Classifi cação de Solos – SiBCS, constantes desse documento, representam o que estava em vigor no Brasil até a data de sua publicação. Fica, porém, o alerta de que podem vir a sofrer modifi cações ou ajustes, em função das necessidades/conveniências atreladas ao desenvolvimento e aperfeiçoamento do SiBCS. Ao longo do texto as referências a tipos de solos, foram feitas de acordo com a terminologia constante no Sistema brasileiro de classifi cação de solos (2006) e, quando julgado conveniente, foi mencionada em seguida à denominação correspondente, a classifi cação usada anteriormente, entre parênteses. Com o intuito de levar ao usuário um documento rico em informações visu- ais, constam desta edição 264 ilustrações, das quais 32 caracterizadas como fi guras e 232 como fotografi as. Algumas delas foram extraídas e/ou adaptadas de obras consagradas, e outras, como no caso principalmente de fotografi as, foram gentilmente cedidas por pesquisadores da Fundação IBGE ou perten- centes a outras instituições. Nestes casos, consta em seguida à numeração e legenda de cada uma, a citação da fonte de origem ou do autor. Nos casos em que esta informação não é fornecida, signifi ca tratar-se de material de autoria da coordenação técnica do trabalho. Considerando que há muito, profi ssionais das áreas de planejamento e, particularmente, executores de mapeamento de solos, ressentem-se da falta de Introdução ___________________________________________________________________________________ um documento com informações sobre os levantamentos de solos realizados no Brasil, e por entender ser este tipo de informação de grande relevância para a ciência do solo e para o Brasil, o IBGE levantou informações de fontes diversas e as apresenta sob a forma de Banco de Dados Relacional no CD-ROM que acompanha esta publicação. Trata-se de um esforço inicial no sentido de organizar uma base preliminar com tal tipo de informação, e o propósito maior é que este constitua o primeiro passo para montar um grande Banco de Dados, na medida em que sejam desenvolvidos novos trabalhos e que os senhores usuários e executores de levantamentos passem a colaborar, enviando dados de levantamentos existentes, ainda não inseridos na presente relação. Esta relação foi organizada com base em fontes diversas, dentre as quais: informações diretas do(s) autor(es), ou da empresa ou instituição executora, consulta direta à obra, ou levantamento em anais de congressos e listas de referências bibliográfi cas. Contém informações sobre a área objeto de cada levantamento, o ano de publicação ou de conclusão, a empresa executora e a autoria do trabalho (esta última quando constante da fonte consultada), o nível de detalhamento ou a natureza do trabalho, os documentos que compõem a obra e a escala dos mapas, quando elaborados. Com o intuito de facilitar ao usuário a obtenção de informações sobre onde adquirir ou consultar os vários trabalhos ou, pelo menos, onde obter orientações que o levem a isto, incorporou-se uma coluna com dados de prováveis locais ou instituições, que poderão dispor de elementos sobre a localização da obra. Trata-se de uma informação pouco precisa, visto que boa parte das obras foram realizadas no meio privado, regidas por contratos particulares, e quase sempre com tiragem muito limitada, na maioria das vezes contando apenas com um ou dois exemplares, além de serem propriedade exclusiva das empresas ou organismos contratantes. As informações contidas na referida listagem, que constitui o documento “Catálogo de Levantamentos de Solos”, poderão ser extraídas por regiões geográficas, por Unidades da Federação, por tipos de levantamentos, ou mesmo pela escala dos mapas elaborados, empregando-se o software Access 1995. Informações sobre trabalhos não relacionados podem ser enviadas para o IBGE – Gerência de Recursos Naturais da Unidade Estadual de Goiás (GRN/UE-GO), com referência ao “Manual Técnico de Pedologia”, ou para o e-mail virlei@ibge.gov.br. Objetivando maior versatilidade e facilidade de manuseio, a presente publicação é apresentada em uma versão convencional, impressa, e outra em meio digital, na forma de CD-ROM. Cabe, entretanto, alertar, mais uma vez, que a listagem dos levantamentos pedológicos, por limitação de espaço, constará apenas da versão em meio digital. Pequeno histórico da pedologia no Brasil1 As bases da Pedologia, ramo do conhecimento relativamente recente, ou Ciência do Solo como também é chamada, foram lançadas em 1880 na União Soviética por Dokuchaiev, ao reconhecer que o solo não era um simples amontoado de materiais não consolidados, em diferentes estádios de alteração, mas resultava de uma complexa interação de inúmeros fatores genéticos: clima, organismos e topografi a, os quais, agindo durante certo período de tempo sobre o material de origem, produziam o solo. A preocupação inicial de Dokuchaiev, de cunho pedológico - explicar a formação dos solos e estabelecer um sistema de classifi cação - era, sem dúvida, uma preocupação oportuna em defi nir uma nova área de estudo e delimitar-lhe o espaço dentro do contexto do campo da Ciência. A expansão dos estudos pedológicos decorreu, em grande parte, da necessidade de: - corrigir a fertilidade natural dos solos, depauperada ao longo dos anos de exploração agrícola e agravada pela erosão; - elevar a fertilidade natural de solos originalmente depauperados; - neutralizar a acidez do solo; 1Extraído de Moniz (1997) e Trajetória evolutiva do sistema brasileiro de classifi cação de solos (1999). Manual técnico de pedologia ________________________________________________________ Manual técnico de pedologia - 2a edição por Thorp e Smith (1949). Esta classifi cação, que veio a ser nacionalizada, tem sua base fundada, em essência, nos conceitos centrais daquele sistema americano, contando, porém, com o amparo complementar de exposições elucidativas de conceitos e critérios, como foram proporcionados por algumas obras-chave. Os conceitos centrais do antigo sistema americano formam a base da atual classifi cação brasileira transmudada, cuja esquematização atual descende de modifi cações de critérios, alteração de conceitos, criação de classes novas, desmembramento de algumas classes originais e formalização de reconhecimento de subclasses de natureza transicional ou intermediárias. O processo foi sempre motivado pela apropriação das modifi cações às carências que se iam revelando, com a realização de levantamentos em escalas médias e pequenas, em que concorriam classes de categorias hierárquicas mais elevadas. O enfoque principal sempre esteve dirigido ao nível hierárquico de grandes grupos de solos, aliado ao exercício da criatividade tentativa no que corresponde ao nível de subgrupo, posto que classes dessa categoria nunca foram estabelecidas no sistema primitivo de Baldwin, Kellogg e Thorp (1938) e Thorp e Smith (1949). O Sistema Brasileiro de Classifi cação de Solos é uma prioridade nacional compartilhada com várias instituições de ensino e pesquisa no Brasil, desde as primeiras tentativas de organização, a partir da década de 1970, conhecidas como aproximações sucessivas, buscando defi nir um sistema hierárquico, multicategórico e aberto, que permita a inclusão de novas classes, e que torne possível a classifi cação de todos os solos existentes no Território Nacional. No período entre 1978 e 1997 foram elaboradas pela Embrapa as seguintes aproximações do Sistema Brasileiro de Classifi cação de Solos: 1a aproximação (1980), 2a aproximação (1981), 3a aproximação (1988) e 4a aproximação (1997), compreendendo discussões, organização, circulação de documentos para crítica e sugestões, assim como a divulgação entre participantes e a comunidade científi ca em geral. A retomada como um projeto nacional, de interesse e responsabilidade da comunidade de Ciência do Solo no País e coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisa de Solos da Embrapa (Embrapa Solos), foi o princípio norteador das novas ações planejadas para a elaboração do Sistema, com base nos es- tudos anteriores e na evolução dos conhecimentos nesses últimos anos (1995 a 1998). Em Agosto de 2006, foi lançada a 2ª edição do SiBCS. Caracterização geral do solo Na identifi cação, caracterização e classifi cação de solos são considerados conceitos, critérios e procedimentos metodológicos que a seguir são descritos. Estas informações foram em sua maioria extraídas de fontes bibliográfi cas diversas, destacando-se: Soil map of the world (1974),da FAO; Normas e crité- rios para levantamentos pedológicos (1989), da Embrapa; Soil survey manual (1993), do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos; Manual técnico de pedologia, de Souza (1995); Procedimentos normativos de levantamentos pedológicos (1995), da Embrapa; Manual de descrição e coleta no Manual técnico de pedologia __________________________________________________________________ no campo, de Lemos e Santos (1996); Manual para interpretação de análise de solo, de Tomé Junior (1997); Manual de métodos de análise de solo (1997), da Embrapa; Field book for describing and sampling soils, de Schoeneberger e outros (1998); Sistema brasileiro de classifi cação de solos (1999), da Embrapa; Soil taxonomy: a basic system of soil classifi cation for making and interpreting soil surveys (1999) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos; Field book for describing and sampling soils, version 2.0, de Schoeneberger e outros (2002); Manual de descrição e coleta de solo no campo, de Santos e outros (2005) e Sistema brasileiro de classifi cação de solos (2006), da Embrapa.. Conceito de solo Dentre as diversas defi nições de solo, a que melhor se adapta ao levantamento pedológico é a do Soil taxonomy (1975) e do Soil survey manual (1984): Solo é a coletividade de indivíduos naturais, na superfície da terra, eventu- almente modifi cado ou mesmo construído pelo homem, contendo matéria orgânica viva e servindo ou sendo capaz de servir à sustentação de plantas ao ar livre. Em sua parte superior, limita-se com o ar atmosférico ou águas rasas. Lateralmente, limita-se gradualmente com rocha consolidada ou parcialmente desintegrada, água profunda ou gelo. O limite inferior é talvez o mais difícil de defi nir. Mas, o que é reconhecido como solo deve excluir o material que mostre pouco efeito das interações de clima, organismos, material originário e relevo, através do tempo. Em razão da necessidade de se fazer referência a determinados solos ou porções deles, alguns termos ou expressões passaram a integrar o cotidiano dos cientistas de solos. A seguir serão relacionados alguns, que são empregados com razoável freqüência na área de Pedologia, cuja conceituação está de acordo com o Vocabulário de ciência do solo, de Curi (1993). Solo - material mineral e/ou orgâ- nico inconsolidado na superfície da terra que serve como meio natural para o crescimento e desenvolvi- mento de plantas terrestres. Observação: O termo solo, quando empregado em sistemas taxonô- micos, se refere a todas as partes do perfi l do solo, presentes acima do material de origem (camadas e horizontes genéticos). Figura 1- Perfi l de ARGISSOLO VERMELHO- AMARELO Eutrófi co típico. Goiânia - GO. ________________________________________________________ Manual técnico de pedologia - 2a edição Solum - parte superior e pressupostamente mais intemperizada do perfi l do solo, compreendendo somente os horizontes A e B (excluído o BC). Solo autóctone - solo desenvolvido a partir de material de origem proveniente das rochas imediatamente subjacentes. Solo alóctone - solo desenvolvido de material de origem não proveniente das rochas subjacentes. Podem ter natureza distinta ou compatível com as rochas subjacentes. Observação: A natureza alóctone é de difícil percepção no campo quando se tratam de solos de constituição semelhante à das rochas subjacentes. Linhas de pedras (stone lines) de formato arredondado ou subarredondado (seixos), geralmente são indícios de descontinuidade entre os solos e as rochas locais. Porém não é uma regra geral, visto que ocorrem linhas de pedras em perfi s de solos (angulosas), devido a outros condicionantes. Foto 1 - Stone line (pedras subarre- dondadas) em perfil de ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófi co típico. Anápolis – GO. Foto 2 - Stone line (pedras angulosas) em perfi l de LA- TOSSOLO VERMELHO Distrófi co típico. Posse – GO. Paleossolo – solo formado em uma paisagem numa época passada e que foi posteriormente recoberto por sedimentos. Os paleossolos podem estar à superfície caso tenham sido expostos pela erosão do manto de sedimen- tos sobrejacente. Foto 3 - Paleossolo recoberto por espessa camada de sedimentos. Petrópolis – RJ. Neusa Maria Costa Mafra Paleossolo Manual técnico de pedologia __________________________________________________________________ Para a designação dos horizontes e camadas do solo, usam-se letras mai- úsculas, minúsculas e números arábicos. As letras minúsculas são usadas como sufi xos para qualifi car distinções específi cas dos horizontes ou cama- das principais, diagnósticos ou não, enquanto as maiúsculas são usadas para designar horizontes ou camadas principais, horizontes transicionais ou combinações destes. Prefi xos numéricos (ex.: 2, 3, etc.) são usados para denotar descontinuidade lito- lógica. Por convenção o 1 não é mostrado, ex.: A, E, Bt1, 2Bt2, 2BC, 3C1, 3C2. Sufi xos numéricos são usados para subdivisão de horizontes principais em profundidade. A divisão é feita a partir da parte superior do horizonte, de forma sucessiva, sendo o símbolo numérico colocado após todas as letras usadas para designar o horizonte. Ex. A1, A2, E, Bt1, Bt2, Bt3, BC e C. A numeração é reiniciada sempre que houver mudança de simbolização alfabética na seqüência vertical de horizontes. Ex.: Bt1, Bt2, Btx1, Btx2; C1, C2, Cg1, Cg2. Para horizonte A ou H qualifi cados com sufi xo p, a numeração não é reiniciada. Observações: - Prefi xo numérico pode ser usado em R, se admitido que o material originário do solo não foi produzido por rocha da mesma natureza da subjacente. - Em caso de Organossolos, não se usam os prefi xos numéricos para expressar material contrastante. - Em caso de ocorrer dois ou mais horizontes com a mesma designação, separados por horizontes ou camadas de natureza diversa, usa-se o símbolo (‘) posposto à letra maiúscula designativa do segundo horizonte repetido na seqüência, como no exemplo: A, E, BE, Bhs, E’, BC, ou Hd, C, H’d, C. - Caso raro de ocorrência de três horizontes com a mesma designação no mesmo perfi l, usa-se o símbolo duplo ( “ ), posposto à letra maiúscula de- signativa do 3º horizonte. - Quando cabível o uso de mais de um sufi xo, as letras d, i, o, h, s, t, u, r, w têm precedência sobre os demais sufi xos necessários para completar a designação integral de horizontes ou camadas. - Sufi xo b, conotativo de horizonte enterrado, deve ser precedido de outro sufi xo, quando em notação binária, como por exemplo, Btb. A seguir é apresentada de forma sintética, a conceituação de símbolos e sufi xos utilizados para designação de horizontes e camadas. Símbolos de horizontes e camadas O - Horizonte ou camada superfi cial de cobertura, de constituição orgâ- nica, sobreposto a alguns solos minerais, podendo estar ocasionalmente saturado com água. ________________________________________________________ Manual técnico de pedologia - 2a edição H - Horizonte ou camada de constituição orgânica, superfi cial ou não, composto de resíduos orgânicos acumulados ou em acumulação sob condições de prolongada estagnação de água, salvo se artifi cialmente drenado. A - Horizonte mineral, superfi cial ou em seqüência a horizonte ou camada O ou H, de concentração de matéria orgânica decomposta e perda ou decomposição principalmente de componentes minerais. (Fe, Al e argila). AB (ou AE) - Horizonte subsuperfi cial, com predomínio de características de horizonte A e algumas características de horizonte B (ou E). A/B (ou A/E ou A/C) - Horizonte mesclado com partes de horizonte A e de horizonte B (ou A e E ou A e C), porém com predomínio de material de A. AC - Horizonte subsuperfi cial, com predomínio de características de horizonte A e algumas características de horizonte C. E - Horizonte mineral, cuja característica principal é a perda de argilas silicata- das, óxidos de ferro e alumínio ou matéria orgânica, individualmente ou em conjunto, com resultante concentração residual de areia e silte constituídos de quartzo ou outros minerais resistentes e/ou resultante descoramento. EA (ou EB) - Horizonte subsuperfi cial, com predomínio de características de horizonte E e algumas características de horizonte A (ou B). E/A - Horizonte mesclado com partes de horizonte E e de horizonte A, porém com predomínio de material de E. E/Bt - Presença de lamelas espessas (Bt), dentro de horizonte E. BA (ou BE) - Horizonte subsuperfi cial, com predomínio de características de horizonte B e algumas características de horizonte A (ou E). B/A (ou B/E) - Horizonte mesclado com partes de horizonte B e de horizonte A (ou E), porém com predomínio de material de B. B - Horizonte subsuperfi cial de acumulação de argila, Fe, Al, Si, húmus, CaCO3, CaSO4, ou de perda de CaCO3, ou de acumulação de sesquióxidos; ou com bom desenvolvimento estrutural. BC - Horizonte subsuperfi cial, com predomínio de características de horizonte B e algumas características de horizonte C. B/C - Horizonte mesclado com partes de horizonte B e de horizonte C, porém com predomínio de material de B. CB (ou CA) - Horizonte subsuperfi cial, com predomínio de características de horizonte C e algumas características de horizonte B (ou A). C/B (ou C/A) - Horizonte mesclado com partes de horizonte C e de horizonte B (ou A), porém com predomínio de material de C. C - Horizonte ou camada mineral de material inconsolidado sob o solum, relativamente pouco afetado por processos pedogenéticos, a partir do qual o solum pode ou não ter se formado, sem ou com pouca expressão de proprie- dades identifi cadoras de qualquer outro horizonte principal. F - Horizonte ou camada de material mineral consolidada sob A, E ou B, rico em ferro e/ou alumínio e pobre em matéria orgânica, proveniente do endure- Manual técnico de pedologia __________________________________________________________________ cimento irreversível da plintita, ou originado de formas de concentração pos- sivelmente não derivadas de plintita, inclusive promovidas por translocação lateral de ferro e/ou alumínio. R - Camada mineral de material consolidado, que constitui substrato rochoso contínuo ou praticamente contínuo, a não ser pelas poucas e estreitas fendas que pode apresentar. Sufi xos de Horizontes e Camadas a - Propriedades ândicas Usado com A, B e C para designar constituição dominada por material amorfo, de natureza mineral, oriundo de transformações de materiais vulcanoclásticos. b - Horizonte enterrado Usado com H, A, E, B e F para designar horizontes enterrados, se suas carac- terísticas pedogenéticas principais puderem ser identifi cadas como tendo sido desenvolvidas antes do horizonte ser enterrado. c - Concreções ou nódulos endurecidos Usado com A, E, B e C para designar acumulação signifi cativa de concreções ou nódulos, cimentados por material outro que não seja sílica. d - Acentuada decomposição de material orgânico Usado com O e H para designar muito intensa ou avançada decomposição do material orgânico, do qual pouco ou nada resta de reconhecível da estrutura dos resíduos de plantas, acumulados conforme descrito nos horizontes O e H. e - Escurecimento da parte externa dos agregados por matéria orgânica não associada a sesquióxidos Usado com B e parte inferior de horizontes A espessos, para designar horizontes mais escuros que os contíguos, podendo ou não ter teores mais elevados de matéria orgânica, não associada com sesquióxidos, do que o horizonte sobrejacente. f - Material laterítico e/ou bauxítico brando (plintita) Usado com A, B e C para designar concentração localizada (segregação) de constituintes minerais secundários, ricos em ferro e/ou alumínio, em qualquer caso, pobre em matéria orgânica e em mistura com argila e quartzo. Indicativo de presença de plintita. g - Glei Usado com A, E, B e C para designar desenvolvimento de cores cinzentas, azuladas, esverdeadas ou mosqueamento bem expresso dessas cores, de- correntes da redução do ferro, com ou sem segregação. h - Acumulação iluvial de matéria orgânica Usado exclusivamente com B para designar relevante acumulação iluvial, es- sencialmente de matéria orgânica ou de complexos orgânico-sesquioxídicos amorfos dispersíveis, se o componente sesquioxídico é dominado por alumínio e está presente em quantidade muito inferior em relação à matéria orgânica. i - Incipiente desenvolvimento de horizonte B Usado exclusivamente com B para designar transformações pedogenéticas pouco expressivas, que se manifestam como: decomposição fraca do material ________________________________________________________ Manual técnico de pedologia - 2a edição Características morfológicas Transição Descreve-se como transição entre horizontes ou camadas, a faixa de separação entre os mesmos, defi nida em função da sua nitidez ou contraste, espessura e topografi a. Quanto à nitidez ou contraste e espessura, a transição é classifi cada como: Abrupta - quanto a faixa de separação é menor que 2,5cm; Clara - quando a faixa de separação varia entre 2,5 e 7,5cm; Gradual - quando a faixa de separação varia entre 7,5 e 12,5cm; e Difusa - quando a faixa de separação é maior que 12,5cm. Quanto à topografi a a transição é classifi cada como: Plana ou horizontal - quando a faixa de separação dos horizontes é pratica- mente horizontal, paralela à superfície do solo; Ondulada ou sinuosa - quando a faixa de separação é sinuosa, sendo os desníveis, em relação a um plano horizontal, mais largos que profundos; Irregular - quando a faixa de separação dos horizontes apresenta, em relação a um plano horizontal, desníveis mais profundos que largos; e Quebrada ou descontínua - quando a separação entre os horizontes não é contí- nua. Neste caso, partes de um horizonte estão parcial ou completamente desco- nectadas de outras partes desse mesmo horizonte. Figura 2 - Exemplos de tipos de transição Adaptado de Schoeneberger e outros (1998). Manual técnico de pedologia __________________________________________________________________ Observação: As informações referentes à transição devem ser registradas ao fi nal da descrição morfológica de cada horizonte ou camada, considerando a seqüência: topografi a - nitidez. Exemplo: transição irregular e clara. Profundidade e espessura dos horizontes e camadas Em alguns solos a profundidade dos limites dos horizontes ou camadas, varia dentro do mesmo perfi l. Deve-se então registrar a profundidade e espessura verifi cadas na parte do perfi l que é mais comum ou representativa no local do exame. A profundidade do limite inferior de um horizonte coincide com a do limite superior do horizonte subjacente. Após a separação dos horizontes ou camadas, efetua-se a medida de suas profundidades e espessuras de acordo com os seguintes critérios: - A profundidade é obtida colocando-se uma fi ta métrica ou trena na posição vertical, fazendo-se coincidir o zero da mesma com a parte superior do hori- zonte ou camada superfi cial do solo e fazendo-se a leitura de cima para baixo a partir da marca zero. Para cada um dos horizontes ou camadas, anota-se então a medida observada nos seus limites superior e inferior. No caso de horizontes ou camadas com limites de transição ondulada ou irregular, anota-se o valor médio, conforme exemplos abaixo. Deve-se juntamente anotar a unidade utili- zada, preferencialmente centímetros. - A espessura por sua vez, deve ser anotada ao fi nal da descrição morfológica, sempre que se tratar de horizontes ou camadas com transição ondulada, irregular ou quebrada e deve conter as espessuras dos limites máximos e mínimos. Nota: Sempre que a profundidade do último horizonte examinado for além da profundidade de observação, utilizar o sinal “+”, para indicar que o mesmo se estende a maiores profundidades. Exemplo: 78-110cm+. Figura 3 - Exemplo de tomada de profundidades e espessuras para solos com transição plana e ondulada Profundidade dos Horizontes Horizonte A - 0 - 28cm Horizonte E - 28 - 56cm Horizonte EB - 56 - 78cm Horizonte B - 78 - 110cm+ Espessura dos Horizontes Horizonte A - 28cm Horizonte E - 22 - 33cm Horizonte EB - 17 - 28cm Horizonte B - 32cm+ A E EB B ________________________________________________________ Manual técnico de pedologia - 2a edição Para caso de horizontes ou camadas apresentando transição ondulada ou irre- gular em seus limites superior e inferior, e em razão disto, com profundidades variáveis em cada um deles, registra-se para as profundidades o valor médio e para a espessura, adota-se os valores mínimos e máximos, considerando-se ambos os limites, conforme exemplo abaixo. Figura 4 - Exemplo de tomada de profundidades e espessuras para solos com mais de um horizonte ou camada apresentando transição ondulada ou irregular Profundidade dos Horizontes Horizonte Ap - 0 - 9cm Horizonte Bi - 9 - 42cm Horizonte BC - 42 - 58cm Horizonte Cr - 58 - 90cm Camada R - 90 - 140cm+ Espessura dos Horizontes Horizonte Ap - 9cm Horizonte Bi - 30 - 37cm Horizonte BC - 9 - 24cm Horizonte Cr - 16 - 45cm Camada R - 40 - 51cm+ Ap Bi BC Cr R Manual técnico de pedologia __________________________________________________________________ Cor As cores dos solos, são mais convenientemente defi nidas por meio de com- paração com cartas de cores. Normalmente se utiliza para determinação de cores de solos, parte da coleção de cores do livro Munsell (Munsell book of color). Esta parte do livro, também denominada Munsell soil color charts, contém somente aquela porção de cores necessária para a caracterização dos solos. As principais ou mais comuns edições do Munsell soil color charts, contêm sete cartas (correspondentes a sete notações de matiz) que somam 199 padrões de cores, organizados com base nas variáveis matiz, valor e croma, apresentados na forma de caderno ou caderneta. As notações de matiz em número de sete, são representadas pelos símbolos 10R, 2,5YR, 5YR, 7,5YR, 10YR, 2,5Y e 5Y, que são formados pelas iniciais em inglês das cores que entram em sua composição (R de red - vermelho; Y de yellow - amarelo e YR de yellow-red - vermelho-amarelo), precedidos de algarismos arábicos de 0 a 10, organizados a intervalos de 2,5 unidades. Dentro de cada composição de matiz (R, YR ou Y), os algarismos crescem da esquerda para a direita da caderneta, representando o aumento da participação do amarelo em detrimento da participação do vermelho. O ponto 0 de cada composição de matiz, coincide com o ponto de máxima participação da composição anterior e não é representado. Assim os sím- bolos de matiz variam sempre de 2,5 a 10 para cada composição, sendo 5 a posição central. As notações de valores indicam a maior ou menor participação do branco ou do preto (claridade ou escurecimento) em relação a uma escala neutra (acromática) e variam de 0 a 10, posicionadas em escala vertical no lado esquerdo das páginas das cartas, aumentando a intervalos regulares da base para o topo. A notação zero corresponde ao preto absoluto e o 10 ao branco absoluto. As notações de cromas indicam o grau de saturação pela cor espectral. São representadas horizontalmente no fundo das páginas das cartas, aumentan- do de 0 a 8 (no caso das cartas de solos). O croma zero, corresponde a cores absolutamente acromáticas (branco, preto e cinzento) e na sua representação a notação de matiz é substituída pela letra N de neutra. Em síntese, os cadernos ou cadernetas de cores para solos, contêm comumente sete cartas ou cartões de cores, correspondentes a sete notações de matiz, sendo cada uma delas constituída de duas páginas, ambas contendo o respectivo símbolo em sua parte superior. Na página da direita constam os vários padrões de cores pertinentes àquela notação de matiz, junto a perfurações em forma de círculo, que têm o objetivo de facilitar a comparação das amostras com os diversos padrões de cores. Na página da esquerda, constam os códigos de notação de valor e croma correspondentes a cada padrão de cor, junto ao nome da cor em inglês. ________________________________________________________ Manual técnico de pedologia - 2a edição Para a seleção correta da carta ou cartão de matiz no qual a cor da amostra está inserida, aconselha-se posicionar a amostra do lado direito da caderneta de cores aberta, e alternando-se as páginas das várias cartas, proceder a com- paração da cor da amostra com o conjunto de padrões de cores constantes em cada notação de matiz. Figura 7 - Arranjamento de notações e padrões de cores em uma carta de cores para solos Após selecionada a carta do matiz, obtém-se as notações de valor e croma por comparação direta da amostra de solo com cada um dos padrões de cores constantes na mesma. Para isto, deve-se aproximar a amostra do verso da página que contém os padrões de cores e proceder a comparação posicio- nando a mesma nas perfurações existentes, até se detectar o padrão de cor Foto 5 - Exemplo de tomada de cores Manual técnico de pedologia __________________________________________________________________ mais parecido. Em poucos casos, a cor da amostra será exatamente igual à da carta, deve-se então anotar a cor mais próxima. Foto 6 - Exemplo de tomada de cores Os seguintes procedimentos são recomendados: - Fazer a determinação da cor em amostra úmida para todos os horizontes do perfi l. - Para os horizontes “A” deve-se registrar as cores determinadas em amostra úmida e seca, objetivando a distinção entre os vários tipos. - No caso de dúvida para identifi cação de horizonte E, deve-se fazer também a determinação da cor em amostra seca para o mesmo. - Deve-se especifi car se a determinação da cor foi feita em amostra seca ou úmida. Se houver registro somente de uma notação de cor, fi ca subentendido que este se refere à cor determinada em amostra úmida. - Para horizontes hísticos, somente a cor em amostra úmida é sufi ciente. - Nas descrições de perfi s, o registro das cores deverá obedecer ao seguinte padrão: nome da cor em português (conforme quadro 2) e, entre parênteses, notações de matiz, valor e croma, seguido da condição em que foi determi- nada a cor, usando sempre a seqüência: úmido, seco. Exemplo: bruno-escuro (10YR 3/3, úmido) e bruno (10YR 5/3, seco). - Anotar nas descrições de perfi s, no item Observações, se o perfi l foi descrito com chuva, em época seca ou chuvosa, céu nublado, à sombra, dentro da mata, ou seja, informar as condições de luminosidade. - Restringir ao máximo a interpolação de cores. Quando estritamente necessário interpolar matizes, procurar fazer o registro fi nal da interpolação com números inteiros que mostrem as tendências de evolução da cor no perfi l do solo. Exemplo: Interpolação de matizes 2,5YR e 5YR, porém tendo o perfi l tendência para o amarelo, registrar 4YR. Para interpolação de valores e cromas, usar o valor médio, porém registrar apenas o nome da cor de maior tendência no perfi l. Exemplo: Interpolação de cromas: 2,5YR 4/6 e 2,5YR 4/4, com tendência para 2,5YR 4/6, registrar vermelho (2,5YR 4/5). No quadro 22 (Apêndice 8), pode ser encontrada uma correspondência entre o nome das cores em português e os códigos constantes na Munsell soil color charts. ________________________________________________________ Manual técnico de pedologia - 2a edição Na caracterização da cor de horizonte com mosqueado, deverá ser usada a seguinte seqüência: primeiramente se determina a cor de fundo (matriz), em seguida a cor do(s) mosqueado(s) que deve(m) ser registrado(s) na seguinte ordem: quantidade, tamanho, contraste, nome da cor em português e notação Munsell do mosqueado, conforme exemplo a seguir: bruno-amarelado (10YR 5/6), mosqueado comum, pequeno e difuso, bruno-amarelado-claro (10YR 6/4). Quando os mosqueados não forem conseqüência de drenagem restringida, registrar a sua natureza no item Observações. - Coloração variegada Na caracterização de horizonte com coloração variegada, deve-se fazer o re- gistro conforme exemplo que segue: Coloração variegada constituída de: bruno-acinzentado (10YR 5/2), bruno-forte (7,5YR 5/8) e bruno-oliváceo-claro (2,5YR 5/4). No caso de ocorrência de coloração variegada com manchas de tamanho pe- queno e muito pequeno e arranjamento complexo, pode-se registrar estima- tivamente as cores mais prontamente perceptíveis, usando-se denominações genéricas aproximadas, conforme exemplo abaixo: Coloração variegada, com mescla de cores avermelhadas, acinzentadas e esbranquiçadas. Granulometria e textura Os termos granulometria ou composição granulométrica são empregados quando se faz referência ao conjunto de todas as frações ou partículas do solo, incluindo desde as mais fi nas de natureza coloidal (argilas), até as mais grosseiras (calhaus e cascalhos). O termo textura, por sua vez, é empregado especifi camente para a composição granulométrica da terra fi na do solo (fração menor que 2mm de diâmetro). Expressa a participação em g.kg-1 das suas várias partículas constituintes, separadas por tamanho, conforme especifi cado a seguir, que corresponde à escala de Atterberg modifi cada: Fração Diâmetro (mm) Argila - < 0,002 Silte - 0,002 - < 0,05 Areia fi na - 0,05 - < 0,2 Areia grossa - 0,2 - < 2 Em caso de estudos especiais de solos (Por exemplo: estudos para determi- nação da erodibilidade dos solos), costuma-se necessitar de determinações granulométricas de forma mais detalhada, separando-se mais, algumas das frações mencionadas acima, conforme especifi cado a seguir: Fração Diâmetro (mm) Argila - < 0,002 Silte - 0,002 - < 0,05 Areia muito fi na - 0,05 - < 0,1 Manual técnico de pedologia __________________________________________________________________ Areia fi na - 0,1 - < 0,25 Areia média - 0,25 - < 0,5 Areia grossa - 0,5 - < 1 Areia muito grossa - 1 - < 2 Pelo fato das várias frações ocorrerem no solo, sempre em combinações as mais diversas possíveis, necessário se faz o seu agrupamento em classes texturais, conforme diagrama mostrado a seguir. De acordo com os conteúdos de areia, silte e argila, estimados em campo ou determinados com análises de laboratório, são caracterizadas então as seguintes classes de textura: areia, silte, argila, areia-franca, franco, franco- argiloarenosa, franco-argilosa, franco-arenosa, argiloarenosa, muito argilosa, argilossiltosa, franco-argilossiltosa e franco-siltosa. A textura no campo é avaliada em amostra de solo molhada, através de sensação de tato, esfregando-se a amostra entre os dedos após amassada e homogeneizada. A areia dá sensação de atrito, o silte de sedosidade e a argila, de plasticidade e pegajosidade. Quando o solo apresentar sensação tátil micácea (sensação de sedosidade, ma- terial escorregadio, deslizante), comum em solos derivados de rochas xistosas (mica xistos) e alguns solos de natureza aluvionar, acrescentar após a classe de textura, entre parênteses, a palavra micáceo. Exemplo: franco (micáceo). Quando se tratar de material orgânico, a textura deverá ser descrita como orgânica, ou orgânica fi brosa, em caso de material com elevados teores de fi bras. Exemplo: textura orgânica fi brosa. Figura 9 - Triângulo textural: classes texturais da fração terra fi na Adaptado de Lemos e Santos (1996). 10 00 90 0 80 0 70 0 60 0 50 0 40 0 30 0 20 0 10 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 Te or de Ar gi la (g .kg ) -1 -1 Teor de Areia (g.kg )-1 Argiloarenosa Franco-argilosa Franco-argiloarenosa Muito argilosa Argila Argilossiltosa Franco- argilossiltosa Franco Franco-arenosa Areia-francaAreia Franco-siltosa Silte Teor de Silte (g.kg ) ________________________________________________________ Manual técnico de pedologia - 2a edição Grupamentos de classes de textura Constitui característica distintiva de unidades taxonômicas com respeito à composição granulométrica e distingue os vários solos considerando as classes texturais primárias de textura, agrupadas conforme os seguintes critérios: Arenosa - Compreende as classes texturais areia e areia-franca Argilosa - Compreende classes texturais ou parte delas tendo na composição granulométrica de 350 a 600g.kg-1 de argila Média - Compreende classes texturais ou parte delas tendo na composição granulométrica menos de 350g.kg-1 de argila e mais de 150g.kg-1 de areia, excluídas as classes texturais areia e areia-franca Muito argilosa - Compreende a classe textural muito argilosa com mais de 600g.kg-1 de argila Siltosa - Compreende parte de classes texturais que tenham silte maior que 650g.kg-1, areia menor que 150g.kg-1 e argila menor que 350g.kg-1 Para esta distinção é considerada a prevalência textural do horizonte B ou C, quando não existe B, sendo também levada em conta no horizonte A de alguns solos. Não é pertinente a especifi cação do grupamento textural, no caso de solos que tenham esta característica implícita em sua defi nição. Quando o solo apresentar textura binária ou ternária (grupamentos de clas- ses de textura diferentes entre os horizontes superfi ciais e subsuperfi ciais), a caracterização da textura será feita sob forma de fração. Exemplos: textura média/argilosa e textura arenosa/média/argilosa. Adaptado de Lemos e Santos (1996). Figura 10 - Guia para grupamentos de classes de textura 10 00 90 0 80 0 70 0 60 0 50 0 40 0 30 0 20 0 10 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 Te or de Ar gi la (g .kg -1 Teor de Silte (g.kg -1 Teor de Areia (g.kg-1 Muito argilosa Argilosa Média Arenosa Siltosa ) ) ) Manual técnico de pedologia __________________________________________________________________ Na caracterização dos tipos de estrutura as seguintes situações podem ocorrer: a) Ausência de agregação das partículas - O material se apresenta em partícu- las individualizadas, sem coesão entre si. Neste caso, a estrutura deve ser registrada como grãos simples. Esta situação é comum em horizontes ou camadas de textura arenosa. b) Ausência de agregação das partículas - Há coesão entre as partículas, mas elas se apresentam como uma massa contínua, uniforme, sem que se consiga individualizar agregados naturais. Neste caso, a estrutura deve ser registrada como maciça. (Exemplo: alguns horizontes coesos de solos dos tabuleiros, alguns horizontes E, Bh ou Bhs). c) Presença de agregação entre as partículas - se arranjam em formatos espe- cífi cos, e são assim caracterizados. Adaptado de Schoeneberger e outros (2002). Figura 11 - Exemplos de tipos de estrutura Laminar - aquela onde as partículas do solo estão arranjadas em torno de uma linha horizontal, confi gurando lâminas de espessura variável, ou seja, fi guras geométricas regulares onde as dimensões horizontais são sempre maiores que as verticais. Este tipo de estrutura pode ocorrer em regiões secas e frias com ocorrência de congelamento e podem ser também produzidas por compactação (pisoteio, motomecanização, implementos, etc.), comumente nos horizontes superfi ciais ( A e E) e em alguns casos podem ser herdados da rocha matriz, neste caso, são mais comuns nos horizontes C de alguns solos. Prismática - Estrutura onde as partículas se arranjam em forma de prisma (com faces e arestas), sendo sua distribuição preferencialmente ao longo de um eixo vertical e os limites laterais entre as unidades são relativamente planos. Portanto, as dimensões verticais são maiores que as horizontais. Granular Blocos Prismática Colunar MaciçaGrãos simples Cuneiforme Laminar (Subangulares) (Angulares) ________________________________________________________ Manual técnico de pedologia - 2a edição Para este tipo de estrutura são reconhecidos dois subtipos: prismática e colunar. Ambas têm as dimensões verticais maiores que as horizontais, porém diferem entre si pelo formato da extremidade superior que é anguloso ou “arestado” no caso do subtipo prismática e mais arredondado ou “abaulado” no caso do subtipo colunar. São típicas de horizonte B, sendo verifi cadas também no horizonte C. O subtipo colunar é característico de solos com horizonte plânico sódico. Foto 10 - Exemplos de estrutura grande pris- mática Foto 11 - Exemplo de estru- tura muito grande prismática (subtipo colunar) Blocos (poliédricas) - estrutura em que as partículas estão arranjadas na forma de polígonos mais ou menos regulares, ou seja, com tamanho equivalente para as três dimensões. É bastante difundida em solos e muito comum em horizontes B, particularmente B dos tipos textural, plânico e nítico, com textura argilosa. São reconhecidos dois subtipos: Foto 12 - Exemplo de estrutu- ra muito grande prismática (sub- tipo colunar) Paulo Klinger Tito Jacomine Foto 13 - Exemplo de estrutura muito grande prismática João Bertoldo de Oliveira Manual técnico de pedologia __________________________________________________________________ Foto 15 - Exemplos de estrutura média em blo- cos subangulares e angulares Antônio José Wilman Rios Foto 14 - Exemplos de estrutura grande em blocos angulares Blocos subangulares - ocorre mistura de faces planas e arredondadas, com poucas arestas e ângulos suavizados. Foto 16 - Exemplos de estrutura muito gran- de em blocos subangulares Antônio José Wilman Rios Blocos angulares - tem as faces planas, formando arestas e ângulos aguçados. Granular - as partículas estão arranjadas em torno de um ponto, formando agregados arredondados, cujo contato entre as unidades não se dá através de faces e sim de pontos. São também reconhecidos dois subtipos: granular e grumos, que se diferenciam pela porosidade, sendo que os grumos são mais porosos. Foto 17 - Exemplos de estrutura muito peque- na, pequena e média granular Foto 18 - Exemplos de estrutura média e grande granular ________________________________________________________ Manual técnico de pedologia - 2a edição A caracterização da estrutura deverá ser feita pelo registro do grau, seguido do registro da classe e do tipo de estrutura, conforme exemplo: Para horizonte “B” latossólico tipo “pó-de-café”, a estrutura deverá ser descrita como: forte muito pequena granular. Quando o horizonte apresentar mais de um tipo de estrutura, sendo al- gumas unidades arranjadas ou formando outras unidades estruturais maiores, trata-se de estrutura composta e neste caso deve-se descrever primeiramente a estrutura maior e secundariamente a menor. É comum ocorrerem no horizonte B ou C de alguns solos, como Gleissolos, Planos- solos e Nitossolos (Terras Roxas Estruturadas) e o registro deve ser feito conforme o exemplo a seguir: forte grande prismática, composta de forte média blocos angulares e subangulares. Quando o horizonte apresentar mais de um tipo de estrutura, porém ocorrendo de forma independente na massa do solo, descreve-se os dois tipos, sendo que em primeiro lugar o que tiver maior ocorrência. É comum esta situação no horizonte A de muitos solos. O registro deve ser feito da seguinte maneira: Exemplo: moderada pequena granular e fraca pequena blocos subangulares. Microestrutura - A microestrutura dos solos é objeto de estudo na parte de micromorfologia, que tem grande importância para esclarecimento dos pro- cessos genéticos e avaliação do intemperismo dos mesmos. A pedogênese altera a posição e o tamanho dos constituintes dos solos, e o co- nhecimento do arranjamento fi nal dos mesmos pode dar informações seguras sobre fenômenos ocorridos e mesmo de alguns aspectos do comportamento dos solos, desde que não se perca de vista as correlações de interdependência entre as micro e macro características dos solos. O estudo da micromorfologia se procede através de seções fi nas (lâminas) de amostras indeformadas de solo, analisadas com uso de microscópio ótico polarizante, e por conseguinte, requer amostragem e técnicas especiais, o que de certa forma difi culta o seu emprego de forma sistemática em levantamentos de solos. Em razão disto vem sendo utilizado com o propósito principal de complementação e/ou confi rmação de informações em estudos de gênese. Consistência Termo usado para designar as manifestações das forças físicas de coesão e adesão verifi cadas no solo, conforme variação dos teores de umidade. A terminologia para a consistência inclui especifi cações distintas para a descrição em três estados de umidade padronizados: solo seco, úmido e molhado. A consistência do solo quando seco e úmido (dureza e friabilidade, respecti- vamente) deve ser avaliada em material não desagregado. Manual técnico de pedologia __________________________________________________________________ Importante observar que embora ainda não adotado no Brasil pelo Centro Nacional de Pesquisa de Solos - CNPS, da Embrapa, há uma tendência para determinação da consistência do solo no campo em amostras secas e úmidas, utilizando-se em lugar das tradicionais dureza e friabilidade, outros parâmetros como resistência à ruptura, resistência à penetração e formas de desagrega- ção, enquanto que as determinações em amostra molhada (plasticidade e pegajosidade), permanecem como determinações distintas. A consistência do solo quando seco é caracterizada pela dureza ou tenacidade. Para avaliá-la, deve-se selecionar um torrão seco e comprimi-lo entre o polegar e o indicador. Assim, tem-se: Solta - Não coerente entre o polegar e o indicador. Macia - fracamente coerente e frágil, quebrando-se em material pulverizado ou grãos individuais sob pressão muito leve. Ligeiramente dura - fracamente resistente à pressão, sen- do facilmente quebrável entre o polegar e o indicador. Dura - moderadamente resistente à pressão. Pode ser quebrado nas mãos, sem difi culdade, mas difi cilmente quebrável entre o indicador e o polegar. Muito dura - muito resistente à pressão. Somente com difi culdade pode ser quebrado nas mãos. Não quebrável entre o indicador e o polegar. Extremamente dura - extremamente resistente à pressão. Não pode ser que- brado com as mãos. A consistência do solo quando úmido é caracterizada pela friabilidade que é determinada num estado de umidade aproximadamente intermediário entre seco ao ar e a capacidade de campo. A resistência da amostra de solo diminui com o aumento do conteúdo de água, e a precisão das descrições de campo dessa forma de consistência é limitada pela precisão da estimativa do conteúdo de água na amostra. Para avaliação dessa consistência, deve-se selecionar e tentar esboroar entre o polegar e o indicador uma amostra (torrão) que esteja ligeiramente úmida, tendo-se: Solta - não coerente. Muito friável - o material do solo esboroa-se com pressão muito leve, mas agrega-se por compressão posterior. Friável - o material do solo esboroa-se facilmente sob pressão fraca e moderada entre o polegar e o indicador e agrega-se por compressão posterior. Firme - o material do solo esboroa-se sob pressão moderada entre o indicador e o polegar, mas apresenta resistência distintamente perceptível. Foto 20 - Determinação da con- sistência em amostra seca. ________________________________________________________ Manual técnico de pedologia - 2a edição Muito fi rme - o material do solo esboroa-se sob forte pressão. Difi cilmente esmagável entre o indicador e o polegar. Extremamente fi rme - o material do solo somente se esboroa sob pressão muito forte. Não pode ser esmagado entre o indicador e o polegar e deve ser fragmentado pedaço por pedaço. No caso de material estruturado, difícil de ser umedecido, por fi carem as amostras molhadas externamente, porém secas internamente, em razão de o material ab- sorver água muito lentamente e com difi culdade, pode-se optar pela não descrição da consistência úmida, sendo registrado o porque no item Observações. Compacidade - a compacidade do material do solo caracteriza a combinação de consistência fi rme e grupamento ou arranjamento cerrado das partículas, devendo ser usada somente nesse sentido. É classifi cada do seguinte modo: compacto, muito compacto e extremamente compacto. Consistência do solo quando molhado caracteriza a plasticidade e pegajosidade e é determinada em amostra pulverizada e homogeneizada, com conteúdo de água ligeiramente acima ou na capacidade de campo, tendo-se: a) Plasticidade - é a propriedade que pode apresentar o material do solo de mudar continuamente de forma, pela ação da força aplicada, e de manter a forma imprimida, quando cessa a ação da força. Para determinação de campo da plasticidade, rola-se, depois de amassado, o material do solo entre o indicador e o polegar e observa-se se pode ser feito ou modelado um fi o ou cilindro fi no de solo, com cerca de 4cm de comprimento, conforme fi gura abaixo: Figura 12 - Critérios para determinação da plasticidade Fonte: Schoeneberger e outros (1998). Foto 21 - Preparação da amostra para determinação da plasticidade Foto 22 - Avaliação da plasticidade Manual técnico de pedologia __________________________________________________________________ Para quantifi cação da cerosidade, são utilizados os termos: pouca, comum e abundante, conforme critérios a seguir: Pouca - qualifi cação dada quando a ocorrência de cerosidade no horizonte se dá de maneira inexpressiva, onde a proporção de elementos ou agregados estruturais recobertos por cerosidade é bem inferior a de elementos não- re- cobertos. Comum - qualifi cação dada quando a presença de cerosidade é verifi cada em quantidade considerável no horizonte. A proporção de elementos/agregados estruturais recobertos por cerosidade é equivalente a de elementos não- recobertos. Abundante - qualifi cação dada quando a presença de cerosidade é verifi cada de forma ostensiva no horizonte. A proporção de elementos ou agregados estruturais recobertos por cerosidade é muito superior a de elementos/agre- gados não recobertos. Quando presente, a cerosidade deve constar da descrição do horizonte, imedia- tamente após a descrição da estrutura, citando-se primeiramente a quantidade, seguida do grau de desenvolvimento. Exemplo: cerosidade abundante e forte. É comum a ocorrência simultânea de cerosidade com mais de um grau de desenvolvimento no mesmo horizonte ou camada. Neste caso, a defi nição deve contemplar os dois graus. Exemplo: cerosidade fraca e moderada, comum. Superfícies de compressão São superfícies alisadas, virtualmente sem estriamento, proveniente de com- pressão na massa do solo em decorrência de expansão do material, podendo apresentar certo brilho quando úmidas ou molhadas. Constituem feições mais comuns em solos de textura argilosa ou muito ar- gilosa, cujo elevado conteúdo de argila ocasiona expansibilidade por ação de hidratação, sendo que as superfícies não têm orientação preferencial inclinada em relação ao prumo do perfi l e normalmente não apresentam essa disposição. Quando presentes no solo, devem ter seu registro feito após a descrição da estrutura. Superfícies de fricção - Slickensides Superfícies alisadas e lustrosas, apresentando na maioria das vezes, estria- mento marcante produzido pelo deslizamento e atrito da massa do solo, causados por movimentação devido à forte expansão do material argiloso quando reumedecido. São superfícies tipicamente inclinadas em relação ao prumo do perfi l. ________________________________________________________ Manual técnico de pedologia - 2a edição Foto 25 - Slickensides Soil taxonomy (1999) Slickensides Foto 26 - Slickensides Eswaran e outros (1999) Quando presentes no solo, devem ter seu registro feito após a descrição da estrutura. Superfícies foscas Constituem superfícies ou revestimentos muito tênues e pouco nítidos, que não podem ser identifi cados como cerosidade, apresentando normalmente pouco contraste entre a parte externa revestida e a matriz sob esse revestimento. Tal revestimento inclui também fi lmes de matéria orgânica infi ltrada e manganês, revestimentos enegrecidos que podem ser resultantes de translocação, podendo apresentar nesse caso, forte contraste entre a parte revestida e a matriz capeada e sua nitidez ser maior do que nos casos de revestimentos de argilas. Quando presentes no solo, devem ter seu registro feito após a descrição da estrutura. Manual técnico de pedologia __________________________________________________________________ Cimentação Refere-se à consistência quebradiça e dura do material do solo, ocasionada por qualquer agente cimentante que não seja mineral de argila, tais como: carbonato de cálcio, sílica, óxido ou sais de ferro ou alumínio. A presença de agentes cimentantes faz com que os torrões não se desmanchem em água, como acontece com materiais endurecidos sem agentes cimentantes (Exemplo: materiais coesos). A ocorrência de cimentação é responsável pela existência de vários hori- zontes endurecidos denominados genericamente horizontes pãs (duripã, petroplintita, etc.). O grau de cimentação detectado deve ser descrito conforme segue: Fracamente cimentado - a massa cimentada é quebradiça, dura, mas pode ser quebrada nas mãos; Fortemente cimentado - a massa cimentada é quebradiça, não sendo possível sua quebra nas mãos, mas pode ser quebrada facilmente a martelo; e Extremamente cimentado - a massa cimentada é quebradiça, não enfraquece sob prolongado umedecimento e é tão extremamente dura que para quebrá-la é necessário um golpe vigoroso com o martelo. A cimentação pode se dar tanto de forma contínua quanto descontínua no horizonte ou camada do solo. O registro do grau de cimentação deve prefe- rencialmente ser feito junto à descrição da consistência de cada horizonte ou camada. Exemplo: material fortemente cimentado, muito duro, muito fi rme, plástico e pegajoso. Coesão Refere-se à atuação de forças entre as partículas do solo, fazendo com que horizontes minerais subsuperfi ciais dos solos sejam duros, muito duros e mes- mo extremamente duros quando secos e friáveis quando úmidos. A origem dos horizontes coesos, ainda, não está esclarecida, mas é uma característica bastante comum, principalmente em solos dos tabuleiros costeiros. O grau de manifestação da coesão é muito variável. Quando detectada, o registro do grau de coesão, deve ser feito juntamente com a descrição da estrutura, conforme exemplo: material coeso com aspecto maciço, que se desfaz em pequenos blocos subangulares. Efl orescências Tratam-se de concentrações de sais cristalinos na superfície do terreno, que se formam nos períodos secos em locais onde a evaporação é maior que a precipitação pluviométrica, mais comumente nas regiões de clima semi-ári- do. Os sais se movimentam para a superfície por ascensão capilar, onde se concentram após evaporação da água e se cristalizam. Costumam ocorrer também em fendas, em pequenos barrancos e nas superfícies dos elementos estruturais, na forma de revestimentos, crostas ou bolsas. ________________________________________________________ Manual técnico de pedologia - 2a edição Outros aspectos a serem observados na descrição dos solos Atividade biológica Refere-se à ação de pequenos organismos como minhocas, cupins, formigas, e outros organismos, na massa de solo. Devem ser registrados os locais de máxima atividade e a distribuição nos horizontes. Tais registros devem ser feitos no item Observações, posicionado após a descrição morfológica de raízes. Classes de reação do solo Refere-se às distinções de estado de acidez ou alcalinidade do material dos solos, assim identifi cadas: Extremamente ácido - < 4,3 Fortemente ácido - 4,3 - 5,3 Moderadamente ácido - 5,4 - 6,5 Praticamente neutro - 6,6 - 7,3 Moderadamente alcalino - 7,4 - 8,3 Fortemente alcalino - > 8,3 As classes de reação dos solos, relacionadas acima, são denominações ge- néricas aplicadas às descrições dos solos, não constituindo característica distintiva de unidade taxonômica. Profundidade As classes de profundidade do solo são qualifi cadas pelos termos raso, pouco profundo, profundo e muito profundo. Estes termos são empregados para designar condições de solos em que um contato lítico ocorra conforme limites especifi cados a seguir: Raso - menor ou igual a 50cm; Pouco profundo - maior que 50cm e menor ou igual a 100cm; Profundo - maior que 100cm e menor ou igual a 200cm; e Muito profundo - maior que 200cm. Os termos usados para qualifi car as classes de profundidade dos solos são denominações genéricas aplicadas às descrições dos solos, não constituindo características distintivas de unidade taxonômica. Raízes Sua descrição deverá constar imediatamente após o registro da descrição do per- fi l, sob o título Raízes. A ausência de raízes normalmente não é mencionada. Usualmente, o objetivo principal é descrever as diferentes quantidades de raízes por horizontes ou camadas, visando a dar informações sobre a maior ou menor facilidade de penetração das mesmas nos diversos horizontes ou camadas. Manual técnico de pedologia __________________________________________________________________ Figura 13 - Unidades de área (U.A.) para as várias classes de tamanho de raízes Adaptado de Schoeneberger e outros (1998). Nota: Para a classe Muito Grossa - Usar 1m2 (100 x 100cm.) Na descrição das raízes, recomenda-se informar as classes de tamanho, com base no diâmetro das mesmas, usando-se os termos muito fi nas, fi nas, médias, grossas e muito grossas, conforme especifi cado abaixo: Muito fi nas - < 1mm Finas - 1 a < 2mm Médias - 2 a < 5mm Grossas - 5 a < 10mm Muito grossas - > 10mm Para a quantidade de raízes, sugere-se fazer sua estimativa com base no nú- mero de raízes por unidade de área (U.A.) do perfi l do solo, utilizando-se as classes poucas, comuns e abundantes, conforme discriminado abaixo: Poucas - < 1 por U.A. Comuns - 1 a 5 por U.A. Abundantes - > 5 por U.A. As referidas unidades de área (U.A.) por sua vez, devem ser função da classe de tamanho das raízes, conforme discriminado abaixo: Muito fi nas -1cm2 Finas -1cm2 Médias -1dm2 Grossas -1dm2 Muito grossas - 1m2 Observação: 1dm2 corresponde a um quadrado de 10cm de lado Ex.: Raízes: Finas, comuns no hori zon- te Ap e raras nos demais horizontes; médias, raras no ho- ri zonte Ap. Observações: - Disposição anô ma- la ou estranha das raízes em relação à seqüência de ho- rizontes no perfil deve constar em sua descrição. ________________________________________________________ Manual técnico de pedologia - 2a edição - Sempre que discernível, fazer constar na descrição das raízes, se são pivo- tantes, fasciculadas, secundárias, etc. Porosidade Refere-se ao volume do solo ocupado pela água e pelo ar. Deverão ser con- siderados todos os poros existentes no material, inclusive os resultantes de atividades de animais e os produzidos pelas raízes. Para observação da porosidade deve ser usada lupa de aumento de mais ou menos 10x. Quando o material não apresenta poros visíveis, mesmo com lupa de aumento, usa-se a expressão “sem poros visíveis”. No campo, a porosidade deve ser caracterizada quanto ao tamanho e quanto à quantidade dos macroporos, usando-se os mesmos critérios descritos an- teriormente para raízes. A seguir, alguns exemplos de horizontes genéticos e quantidade de poros: Poucos - horizonte B de Planossolo Nátrico; Comuns - horizonte B textural de textura argilosa; e Abundantes - alguns horizontes B latossólicos e solos arenosos. A descrição de porosidade deve constar do item Observações, após a descri- ção de raízes. Registro das descrições gerais e morfológicas As descrições gerais e morfológicas de perfi s e amostras extras de solos de- vem conter, de modo geral, as seguintes informações: Descrição geral Perfi l nº - deve constar o número pelo qual o ponto de amostragem está iden- tifi cado no mapa de solos. Informar entre parênteses o número de campo e/ou o número constante do trabalho original, quando se tratar de perfi l extraído de outros levantamentos de solos. Fonte - quando se tratar de perfi l extraído de levantamentos de solos realizados anteriormente, informar neste espaço a referência. Data - deve ser registrada a data de exame e coleta do perfi l. Classifi cação - deve constar a classifi cação, segundo o Sistema Brasileiro de Classifi cação de Solos - SiBCS. Unidade de mapeamento - refere-se ao símbolo da unidade de mapeamento do mapa de solos, na qual o ponto está localizado. Manual técnico de pedologia __________________________________________________________________ RELEVO REGIONAL - ondulado e forte ondulado. EROSÃO - moderada. DRENAGEM - bem drenado. VEGETAÇÃO PRIMÁRIA - fl oresta tropical subcaducifólia. USO ATUAL - Pastagem e pequenos talhões de culturas de milho e mandioca, além de ocorrência de pequena parcela de capoeira. DESCRITO E COLETADO POR - F. N. Lima e L. G. de Souza. DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA Ap 0 - 15cm, bruno-acinzentado muito escuro (10YR 3/2, úmido) e bruno- claro-acinzentado (10YR 6/3, seco); franco-argiloarenosa; fraca muito pequena e pequena granular e fraca pequena blocos angulares e subangulares; dura, friável, plástica e pegajosa; transição plana e clara. E 15 - 20cm, cinzento-avermelhado-escuro (5YR 4/2, úmido) e bruno- claro-acinzentado (10YR 6/3, seco); argiloarenosa; maciça; muito dura, friável, muito plástica e muito pegajosa; transição plana e clara. 2BE 20 - 45cm, vermelho (3,5YR 4/8, úmido); argila; moderada pequena a grande blocos angulares e subangulares; cerosidade comum e moderada; muito dura, fi rme, muito plástica e muito pegajosa; transição plana e di- fusa. 2Bt 45 - 100cm, vermelho (2,5YR 4/6, úmido); mosqueado pouco, peque- no e distinto, amarelo-avermelhado (7,5YR 6/6, úmido); argila cascalhen- ta; forte pequena a grande blocos angulares e subangulares; cerosidade abundante e forte; muito dura, friável, plástica e pegajosa; transição plana e clara. 2BC1 100 - 150cm, vermelho (2,5YR 4/6, úmido); mosqueado comum, pequeno e distinto, amarelo-avermelhado (7,5YR 6/6, úmido); argila; forte pequena e média blocos angulares e subangulares; cerosidade comum e forte; muito dura, friável, plástica e pegajosa; transição ondulada e clara (20-70cm). 2BC2 150 - l90cm+, vermelho (10R 4/5, úmido); mosqueado pouco, pequeno e distinto, bruno-amarelado (10YR 5/6, úmido); argila; moderada pequena e média blocos angulares e subangulares; cerosidade comum e forte; muito dura, muito friável, plástica e pegajosa. Raízes: Finas, abundantes no Ap e E, comuns no 2BE e poucas no 2Bt. ________________________________________________________ Manual técnico de pedologia - 2a edição Observações: - Perfi l descrito e coletado em trincheira de 190cm de profundidade. - Os mosqueados encontrados são provenientes do material originário. - Nos horizontes 2BE, 2Bt, 2BC1 e 2BC2 onde foi constatada presença de ce- rosidade, esta dá origem a mosqueado de cor bruno-avermelhado-escuro (2,5YR 3/5). - Presença de cascalho rolado de quartzo entre os horizontes Ap e E. - Poros comuns, pequenos a médios ao longo de todo o perfi l. - Presença de calhaus no 2Bt, ocupando, aproximadamente, 20% do horizonte, com diâmetro variando de 5 a 10cm. - Intensa atividade biológica nos horizontes Ap e E, principalmente devido à atividade de termitas. - Perfi l coletado em dia nublado. Critérios para distinção de classes de solos As defi nições e conceitos apresentados nesta seção, são de suma importân- cia para fi ns taxonômicos, ou seja, tratam-se de parâmetros ou indicadores empregados como elementos de referência para a distinção e classifi cação dos solos em Sistemas de Classifi cação. Em sua maioria foram adaptados ou criados para atender as conveniências ou necessidades do Sistema brasileiro de classifi cação de solos, lançado pela Embrapa. Quando extraídos ou adap- tados de outras obras, têm a referência feita logo em seguida à sua defi nição ou conceituação. Muitos deles estão em uso há bastante tempo no Brasil e já são consagrados no meio pedológico, outros são mais recentes e foram criados ou estabelecidos com o propósito de atender às necessidades do Sistema Brasileiro de Classifi cação de Solos - SiBCS. Tanto uns quanto outros, estão sujeitos a alterações de ajustes ou adequações na medida em que são testados, ou simplesmente pela necessidade de atualização diante do avanço dos conhecimentos na área de pedologia. Por tais razões, recomenda-se que sempre que forem aplicados, que se consulte as publicações mais atuais relativas ao Sistema Brasileiro de Classifi cação de Solos, tanto na forma de documentos impressos, quanto por consulta ao site da Embrapa Solos, para verifi car se foram procedidas alterações. Atributos diagnósticos São características ou propriedades dos solos, utilizadas para separação de classes em vários níveis categóricos do Sistema de Classifi cação ou na defi - nição de alguns horizontes diagnósticos. Manual técnico de pedologia __________________________________________________________________ Álico Indicativo de saturação por alumínio (100Al+++ / Al+++ + S) igual ou superior a 50%, associado a teor de alumínio extraível maior que 0,5cmolc.kg -1 de solo. Característica identifi cada no horizonte B, ou no C quando não existe B, ou então no horizonte A de alguns solos, sobretudo nos Neossolos Litólicos. Observação: A característica acima foi muito utilizada em trabalhos de levan- tamentos realizados utilizando-se a classifi cação de solos anterior. No Sistema Brasileiro de Classifi cação de Solos - SiBCS, tem sua utilização recomendada para os 5o ou 6o níveis categóricos, ainda não estruturados. Atividade da fração argila Refere-se à capacidade de troca de cátions (valor T) correspondente à fração argila, calculada pela expressão: T.1000/teor de argila em g.kg-1. Atividade alta (Ta) refere-se a valor igual ou superior a 27cmolc.kg -1 de argila e atividade baixa (Tb) valor inferior a 27cmolc.kg -1 de argila, ambos os casos sem correção para carbono. Este critério não se aplica a solos de textura arenosa. Oportuno esclarecer que o cálculo da atividade da fração argila como apresenta- do acima, não procedeu a correção relativa à participação da matéria orgânica, procedimento este que está sendo adotado a partir do lançamento do SiBCS. Anteriormente, para este cálculo, era feita a referida correção, utilizando-se o valor médio universal de 4,5cmolc.kg -1 de CTC para cada 10g.kg-1 de carbono, por meio da fórmula: T - (teor de carbono em % x 4,5).100/teor de argila em %. Naquela ocasião, utilizava-se como referência o valor de 24cmolc.kg -1 de argila para separar material de atividade baixa e alta. Trata-se de característica muito empregada, para distinção de classes de solos, nos 1º e 3º níveis categóricos do SiBCS. Não se aplica a material de textura arenosa. Observação: CTC obtida segundo metodologia da Embrapa Solos - pela soma das bases (valor S) com H+ e Al+++ extraíveis pelo Ca(OAc)2 1N a pH 7. Não corresponde aos valores determinados pela metodologia do Natural Resources Conservation Service (antigo Soil Conservation Service) dos Es- tados Unidos (Apêndice 5). Caráter ácrico O caráter ácrico refere-se a materiais de solos contendo bases trocáveis (Ca++, Mg++, K+ e Na+) mais Al+++ extraível com KCl 1N, em quantidades iguais ou menores que 1,5cmolc.kg -1 de argila e satisfazendo ainda a pelo menos uma das seguintes condições: 1. pH KCl 1N igual ou superior a 5,0; ou 2. Δ pH positivo ou nulo. Observação: Δ pH = pH KCl – pH H2O ________________________________________________________ Manual técnico de pedologia - 2a edição Caráter concrecionário Usado para solos que apresentam ocorrência de material petroplíntico des- contínuo (forma de concreções ou nódulos) em quantidade e/ou espessura inferiores às requeridas para horizonte concrecionário, em um ou mais hori- zontes em alguma parte da seção de controle que defi na a classe. Para esta caracterização é requerida uma quantidade mínima de 5% em volume. Caráter crômico O caráter crômico é usado para distinguir alguns solos que apresentam, na maior parte do horizonte B, excluído o BC, predominância de cores (amostra úmida) conforme defi nido a seguir: - matiz 5YR ou mais vermelho com valor igual ou superior a 3 e croma igual ou superior a 4; ou - matiz mais amarelo que 5YR com valor 4 ou 5 e croma 3 a 6. Observação: Caráter recém-criado para distinguir classes de solos no 2º nível da Ordem dos Luvissolos. Em razão disto, os parâmetros de cores encontram-se em fase de teste e estão sujeitos a ajustes. Recomenda-se quando de seu uso, verifi car possíveis alterações nos meios ofi ciais de divulgação do SiBCS. Caráter ebânico Caráter utilizado para individualizar classes de solos de coloração escura, quase preta, na maior parte do horizonte diagnóstico subsuperfi cial com predominância de cores conforme especifi cado a seguir: - para matiz 7,5YR ou mais amarelo: • cor úmida: valor < 4 e croma < 3 • cor seca: valor < 6 - para matiz mais vermelho que 7,5YR: • cor úmida: preto ou cinzento muito escuro • cor seca: valor < 5 Observação: Caráter empregado para distinguir classes do 2º nível das Ordens Chernossolos e Vertissolos do SiBCS. Caráter epiáquico Este caráter ocorre em solos que apresentam lençol freático elevado tempo- rariamente, resultante da má condutividade hidráulica de alguns horizontes ou camadas. Esta condição de saturação com água, permite que ocorram os processos de redução e segregação de ferro nos horizontes que antecedem o B e/ou no topo deste. Foto 30 - Caráter ebânico em perfi l de CHERNOSSOLO EBÂNICO. Ipiaú – BA. Manual técnico de pedologia __________________________________________________________________ Um solo apresenta caráter epiáquico se ele é, temporariamente, completamente saturado com água na parte superfi cial, a menos que tenha sido drenado, por um período sufi cientemente longo para possibilitar o aparecimento de condições de redução (isto pode variar de alguns dias nos trópicos a algumas semanas em outras áreas), exibindo padrões de cores provenientes de estagnação de água na parte superfi cial do solo. O solo apresenta coloração variegada ou mosqueados, no mínimo comuns e distintos, devido aos processos de redução e oxidação. O croma aumenta sua expressão, com cores mais vivas em profundidade. O padrão de mosqueado pode ocorrer na parte inferior ou abaixo do horizonte A ou da camada arável (horizonte Ap), ou imediatamente abaixo de um horizonte E, topo do horizonte B, ou no próprio horizonte E. O padrão de distribuição das evidências dos processos de redução e oxidação, com concentrações de óxidos de ferro e/ou manganês no interior dos elementos estruturais (ou na matriz do solo se os elementos de estrutura estão ausentes), constitui uma boa indicação do caráter epiáquico. Critério derivado de World reference base for soil resources (1998). Observação: Caráter empregado para distinguir classe do 4º nível da Ordem dos Argissolos no SiBCS. Caráter êutrico Usado para distinguir solos que apresentam pH (em H2O) = 5,7 , conjugado com valor S (soma de bases) = 2,0 cmolc.kg -1 de solo dentro da seção de con- trole que defi na a classe. Caráter fl úvico Usado para solos formados sob forte infl uência de sedimen- tos de natureza aluvionar, que apresentam um dos seguintes requisitos: 1) distribuição irregular (errática) do conteúdo de carbono orgânico em profundidade, não relacionada a proces- sos pedogenéticos; e/ou 2) camadas estratifi cadas em 25% ou mais do volume do solo. Caráter litoplíntico Caráter usado para solos que apresentam ocorrência de petroplintita na forma contínua e consolidada em um ou mais horizontes em alguma parte da seção de controle que defi na a classe, em quantidade mínima de 10% do volume total do(s) horizonte(s) e não satisfazendo as exigências de espessura para caracterizar horizonte litoplíntico. Foto 31 - Perfi l de Gleissolo com cama- das estratifi cadas (caráter fl úvico). ________________________________________________________ Manual técnico de pedologia - 2a edição Caráter plânico Usado para distinguir solos intermediários com Planossolos, ou seja, com ho- rizonte adensado e permeabilidade lenta ou muito lenta, cores acinzentadas ou escurecidas, neutras ou próximo delas, ou com mosqueados de redução que não satisfazem os requisitos para horizonte plânico, exclusive horizonte com caráter plíntico. Caráter plíntico Caráter usado para distinguir solos que apresentam plintita em quantidade insufi ciente para caracterizar horizonte plíntico, ou que apresentem horizonte com a quantidade exigida de plintita (15%), porém com espessura insufi ciente para caracterizar horizonte plíntico, em um ou mais horizontes ou camadas em alguma parte da seção de controle que defi na a classe. Para essa caracterização, é requerida uma quantidade mínima de plintita de 5% em volume. Caráter rúbrico Caráter utilizado para solos que apresentam, em alguma parte da seção de con- trole que defi ne a classe, cor úmida amassada com matiz mais vermelho que 5YR, valores em amostra úmida menores que 4 e em amostra seca, apenas uma unidade a mais que estes. Observação: Caráter empregado no SiBCS apenas para distinguir classes do 4º nível de Latossolos Brunos e Nitossolos Brunos. Caráter salino Atributo referente à presença de sais mais solúveis em água fria que o sulfato de cálcio (gesso), em quantidade que interfere no desenvolvimento da maioria das culturas, expresso por condutividade elétrica do extrato de saturação igual ou maior que 4dS/m e menor que 7dS/m (a 25º C), em alguma época do ano. Critério derivado de Soil survey manual (1951) e Diagnosis and improvement of saline and alkali soil (1954). Caráter sálico Propriedade referente à presença de sais mais solúveis em água fria que o sulfato de cálcio (gesso), em quantidade tóxica à maioria das culturas, expressa por condutividade elétrica no extrato de saturação maior que ou igual a 7dS/m (a 25º C), em alguma época do ano. Caráter sódico Usado para distinguir solos que apresentem saturação por sódio (100 Na+/T) maior ou igual que 15%, em algum ponto da seção de controle que defi na a classe. Critério derivado de Diagnosis and improvement of saline and alkali soils (1954). Manual técnico de pedologia __________________________________________________________________ Férrico: solos com teores de óxido de ferro entre 180 e < 360g.kg-1; e Perférrico: solos com teores de óxido de ferro > 360g.kg-1. Observações: 1 - O SiBCS utiliza os critérios de cor acima, para separar algumas classes no 2º nível categórico para as Ordens de Argissolos e Latossolos, e os teores de ferro, junto a algumas outras características, para separar classes no 3º nível de algumas Ordens. 2 - O termo férrico é empregado (em formação composta) na classe dos Ni- tossolos, para solos que apresentam teores de Fe2O3 (pelo H2SO4) iguais ou maiores que 150g.kg-1 e menores que 360g.kg-1. 3 - Os termos hipoférrico e mesoférrico, estão recomendados para separar classes de solos no 5º nível categórico do SiBCS. Descontinuidade litológica São diferenças signifi cativas na natureza litológica, entre horizontes ou camadas do solo, refl etidas principalmente na composição granulométrica e na minera- logia. No campo podem ser detectadas por algumas evidências como: - Mudança textural abrupta que não seja devido à atuação de processos pe- dogenéticos (migração de argila, por exemplo); - Contraste ou irregularidade no tamanho de partículas de areias (por exemplo: horizonte com predomínio de areia fi na sobre horizonte com predomínio de areia grossa ou muito grossa), e - Natureza litológica do substrato rochoso diferente da natureza litológica de fragmentos de rocha no perfi l do solo. Critério derivado de Soil taxonomy: a basic system of soil classifi cation for making and interpreting soil surveys (1999). Epiálico, epidistrófi co e epieutrófi co Estas designações indicam divergência para as características álico, distrófi co e eutrófi co, entre os horizontes superfi ciais e subsuperfi ciais, sendo: Epiálico: indica que solos distrófi cos ou eutrófi cos são superfi cialmente álicos. Epidistrófi co: indica que solos eutrófi cos ou álicos são superfi cialmente distrófi cos. Epieutrófi co: indica que solos distrófi cos ou álicos são superfi cialmente eutrófi cos. Observação: As características mencionadas foram muito utilizadas em tra- balhos de levantamentos que utilizaram a classifi cação de solos anterior. No SiBCS deverão ser empregadas nos 5º ou 6º níveis categóricos, que se encon- tram em fase de estruturação. ________________________________________________________ Manual técnico de pedologia - 2a edição Esmectíticos, vermiculíticos e mistos Termos utilizados para distinguir classes de solos com base na constituição mineralógica de suas frações fi nas (silte e argila), conforme critérios a seguir: Esmectíticos - solos com predominância de argilominerais do grupo das esmectitas. Vermiculíticos - solos com predominância de vermiculitas. Mistos - sem predominância de qualquer argilomineral em particular. Observação: A utilização destes termos é prevista para separação de classes no 5º nível categórico do SiBCS. Gradiente textural (argílico) Expressa incremento signifi cativo de argila, orientada ou não, dos horizontes superfi ciais A ou E para o horizonte subsuperfi cial B, desde que não exclusi- vamente por descontinuidade. Grau de decomposição do material orgânico Os seguintes atributos são utilizados na classe dos Organossolos do SiBCS: Fíbrico - material orgânico constituído de fi bras, facilmente identifi cáveis como de origem vegetal. O material fíbrico deve atender a pelo menos um dos seguintes critérios: a) ser classifi cado na escala de decomposição de von Post nas classes de 1 a 4; b) apresentar cores (pelo pirofosfato de sódio) com valores e cromas de 7/1, 7/2, 8/1, 8/2 ou 8/3 (MUNSELL..., 1994, p.10YR); e c) conter 40% ou mais de fi bras esfregadas por volume. Hêmico - material orgânico em estádio de decomposição intermediário entre fíbrico e sáprico. O material hêmico deve atender a pelo menos um dos se- guintes critérios: a) ser classifi cado na escala de decomposição de von Post nas classes 5 ou 6; b) apresentar teor de fi bra esfregada variando de > 17 e < 40% por volume. Sáprico - material orgânico em estádio avançado de decomposição. O material sáprico deve atender a pelo menos um dos seguintes critérios: a) ser classifi cado na escala de decomposição de von Post na classe 7 ou mais alta; b) apresentar cores (pelo pirofosfato de sódio) com valores 7 ou menores, exceto as combinações de valor e croma de 5/1, 6/1, 6/2, 7/1, 7/2, ou 7/3 (MUNSELL..., 1994, p.10YR); e c) conter teor de fi bra esfregada < que 17% por volume. Observação: A escala de von Post pode ser encontrada no Apêndice “E” do SiBCS. Critério derivado de Keys to soil taxonomy (1998). Manual técnico de pedologia __________________________________________________________________ Material mineral É aquele formado essencialmente por compostos inorgânicos, em vários estágios de intemperismo. O material do solo é considerado mineral quando não satisfi zer os requisitos exigidos para material orgânico. Critério derivado de Soil map of the world (1974) e Soil taxonomy: a basic system of soil classifi cation for making and interpreting soil suveys (1975). Material orgânico É aquele constituído por materiais orgânicos, originários de resíduos vegetais em diferentes estádios de decomposição, fragmentos de carvão fi namente divididos, substâncias húmicas, biomassa meso e microbiana e outros com- postos orgânicos naturalmente presentes no solo, que podem estar associa- dos à material mineral em proporções variáveis. O conteúdo de constituintes orgânicos impõe preponderância de seus atributos sobre os constituintes mi- nerais. O material é considerado orgânico quando o teor de carbono orgânico for maior ou igual a 80g.kg-1, avaliado na fração TFSA, tendo por base valores de determinação analítica conforme método adotado pelo Centro Nacional de Pesquisa de Solos da Embrapa, Embrapa Solos (MANUAL..., 1997). Material sulfídrico Aquele que contém compostos de enxofre oxidáveis e ocorre em solos de natureza mineral ou orgânica, de áreas encharcadas, com valor de pH maior que 3,5, os quais, se incubados na forma de camada com 1cm de espessura, sob condições aeróbicas úmidas (capacidade de campo), em temperatura ambiente, mostram um decréscimo no pH de 0,5 ou mais unidades para um valor de pH 4,0 ou menor (1:1 por peso em água, ou com um mínimo de água para permitir a medição) no intervalo de oito semanas. Materiais sulfídricos se acumulam em solos ou sedimentos permanentemente saturados, geralmente com água salobra. Os sulfatos na água são reduzidos biologicamente a sulfetos à medida que os materiais se acumulam. Materiais sulfídricos, muito comumente, se acumulam em alagadiços costeiros, próximos a foz de rios que transportam sedimentos não calcários, mas podem ocorrer em alagadiços de água fresca se houver enxofre na água. Materiais sulfídricos de áreas altas podem ter se acumulado de maneira similar no passado geológico. Se um solo contendo materiais sulfídricos for drenado, ou se os materiais sulfídricos forem expostos de alguma outra maneira às condições aeróbicas, os sulfetos oxidam-se e formam ácido sulfúrico. O valor de pH, que normal- mente está próximo da neutralidade antes da drenagem ou exposição, pode cair para valores abaixo de 3. O ácido pode induzir a formação de sulfatos de ferro e de alumínio. O sulfato de ferro, jarosita, pode segregar, formando os mosqueados amarelos que comumente caracterizam o horizonte sulfúrico. A ________________________________________________________ Manual técnico de pedologia - 2a edição ções ferruginosas (ironstones, concreções lateríticas, cangas, tapanhoacangas) de dimensões e formas variadas, (laminar, no- dular, esferoidal ou irregular), individualizadas ou aglomera- das, podendo mesmo confi gurar camadas maciças, contínuas, de espessura variável. Critério derivado de Sys (1967), e Daniels e outros (1978). Relação Ki O índice Ki foi originalmente proposto por Harrassovitz (KEHRIG, 1949) para indicar a relação molar SiO2 / Al2O3 da fração argila do solo. É calculado da seguinte forma: Ki = SiO2/Al2O3 x 1,7 Devido ao fato do índice Ki da caulinita corresponder a 2,0, esse valor foi es- tabelecido como limite entre solos muito intemperizados (Ki < 2,0) e pouco intemperizados (Ki > 2,0). No Brasil, é um dos referenciais empregados na defi nição de horizonte B latossólico (Ki < 2,2). Relação textural Representa a quantifi cação do incremento de argila, do horizonte superfi cial A para o horizonte B dos solos (gradiente textural). É calculada pela divisão do teor médio (média aritmética) de argila total do B (excluído o BC) pelos teores médios de A, de conformidade com os itens que seguem: a) quando o horizonte A for menor que 15cm de espessura, considerar uma espessura máxima de 30cm do horizonte B; b) quando o horizonte A for igual ou maior que 15cm, considerar uma espes- sura do horizonte B que seja o dobro da espessura do A. Observação: Quando os subhorizontes do B somarem mais do que as es- pessuras especifi cadas nos itens a e b, deverão ser considerados os valores correspondentes às espessuras dos subhorizontes. Saturação por bases (eutrofi a e distrofi a) Refere-se à proporção (percentagem) de cátions básicos trocáveis em relação à capacidade de troca de cátions, determinada a pH 7. É empregada para dis- tinguir condições de eutrofi a e distrofi a no 3º nível categórico do SiBCS. Alta Foto 35 - Petroplintita (canga laterítica) Manual técnico de pedologia __________________________________________________________________ saturação especifi ca valores de saturação por bases iguais ou superiores a 50% (eutrófi cos) e baixa saturação especifi ca valores de saturação por bases inferiores a 50% (distrófi cos). No SiBCS a aplicação deste critério obedece recomendações específi cas constantes na defi nição de cada classe. Há algum tempo se cogita, acoplar a este parâmetro um valor mínimo de S (soma de bases), para estas distinções. Utiliza-se, ainda, o limite de 65% para auxiliar na identifi cação do horizonte A chernozêmico. Para os solos com elevados teores de sódio trocável ou com elevados teores de sais solúveis, o valor da saturação não deve ser levado em consideração para as distinções acima, pelo fato dessas situações serem nocivas à maioria das plantas cultivadas, além de criar condições físicas desfavoráveis nos solos. Nos solos altamente intemperizados (tendentes para, ou com saldo de cargas positivas) também não se deve levar em conta este valor. Observação: Para auxiliar a distinção de classes de solos no 5º nível categórico do SiBCS, são recomendados os seguintes termos: Hipodistrófi co - valores de saturação por bases menores que 35%. Mesodistrófi co - valores de saturação por bases maiores ou iguais a 35% e menores que 50%. Mesoeutrófi co - valores de saturação por bases maiores ou iguais a 50% e menores que 75%. Hipereutrófi co - valores de saturação por bases maiores ou iguais a 75% Outros atributos Características ou propriedades dos solos, que por si só não diferenciam classes em nenhum nível categórico do SiBCS, porém são características auxiliares importantes para defi nição de alguns horizontes ou mesmo classes de solos. Autogranulação self-mulching Propriedade inerente a alguns materiais argilosos, manifesta pela formação de camada superfi cial de agregados geralmente granulares e soltos, fortemente desenvolvidos, resultantes de umedecimento e secagem. Quando destruídos pelo uso de implementos agrícolas, os agregados se re- compõem normalmente pelo efeito de apenas um ciclo de umedecimento e secagem. Critério conforme Soil taxonomy: a basic system of soil classifi cation for making and interpreting soil surveys (1975). ________________________________________________________ Manual técnico de pedologia - 2a edição Gilgai Microrrelevo típico de solos argilosos que têm alto coefi ciente de expansão com aumento no teor de umidade. Consiste em saliências convexas distribu- ídas em áreas quase planas, ou confi guram feição topográfi ca de sucessão de microdepressões e microelevações. Critério conforme Soil taxonomy: a basic system of soil classifi cation for making and interpreting soil surveys (1975). Minerais alteráveis São aqueles instáveis em condições de clima úmido, em comparação com ou- tros minerais de grande resistência, tais como quartzo, zircão, rutilo e argilas do grupo das caulinitas. São incluídos como minerais alteráveis os seguintes: Minerais encontrados na fração menor que 0,002mm (minerais da fração argila): inclui todas as argilas do tipo 2:1, exceto a clorita aluminosa interestratifi cada; a sepiolita, o talco e a glauconita também são incluídos neste grupo de minerais alteráveis, ainda que nem sempre sejam pertencentes à fração argila; Minerais encontrados na fração entre 0,002 a 2mm (minerais das frações silte e areia): feldspatos, feldspatóides, minerais ferromagnesianos, vidros vulcâ- nicos, fragmentos de conchas, zeolitos, apatitas e micas, neste caso incluindo também a muscovita que resiste por algum tempo a intemperização, mas que termina, também desaparecendo. Critério derivado de Mapa mundial de suelos: leyenda revisada (1990) e Keys to soil taxonomy (1994). Relação silte/argila Obtida dividindo-se o conteúdo de silte pelo de argila, resultantes da análise granulométrica. A relação silte/argila é indicativa do estágio de intemperismo de solos de regiões tropicais. É empregada em solos de textura franco-arenosa ou mais fi na e indica baixos teores de silte quando apresenta, na maior parte do horizonte B, valor inferior a 0,7 nos solos de textura média ou inferior a 0,6 nos solos de textura argilosa ou muito argilosa. Foto 36 - Microrrelevo tipo gilgai. Eswaran e outros (1999). Manual técnico de pedologia __________________________________________________________________ Horizonte A fraco É um horizonte mineral superfi cial fracamente desenvolvido, seja pelo redu- zido teor de colóides minerais ou orgânicos ou por condições externas de clima e vegetação, como as que ocorrem na zona semi-árida com vegetação de caatinga hiperxerófi la. O horizonte A fraco é identifi cado pelas seguintes características: - cor do material de solo com valor > 4, quando úmido, e > 6, quando seco; - estrutura em grãos simples, ma- ciça ou com grau fraco de desen- volvimento; - teor de carbono orgânico inferior a 6g.kg-1; ou - espessura menor que 5cm, in- dependente das características acima (todo horizonte superfi cial com menos de 5 cm de espessura é considerado fraco). Horizonte A húmico É um horizonte mineral superfi cial, com valor e croma igual ou inferior a 4 para solo úmido, saturação por bases (V%) inferior a 65% e que apresenta espes- sura e conteúdo de carbono orgânico dentro de limites específi cos, conforme critérios a seguir: - Teor de carbono orgânico inferior ao limite mínimo para caracterizar o hori- zonte hístico (< 80g.kg-1, avaliado na terra fi na); - Espessura mínima coincidente com a de A chernozêmico; - O somatório do produto do teor de carbono orgânico de cada suborizonte A pela espessura do mesmo (dm), deve ser proporcional à média ponderada do teor de argila dos suborizontes A1, de acordo com a seguinte equação: ∑(teor de carbono orgânico (g.kg-1) de cada suborizonte A x espessura) > 60 + (0,1 x média ponderada de argila do horizonte superfi cial em g.kg-1) Horizonte B plíntico Foto 39 - Perfil de PLINTOSSOLO ARGILÚVICO Distrófico t ípico. Poconé - MT. Horizonte A fraco 1 Para solos que apresentam apenas um horizonte superfi cial, ou seja, não apresentam suborizontes, o cálculo é efetuado considerando-se o teor de carbono desse horizonte, multiplicado pela sua espessura. Procedimento semelhante deve ser seguido para cálculo da média ponderada de argila ________________________________________________________ Manual técnico de pedologia - 2a edição A seguir são exemplifi cados os procedimentos para identifi cação de horizonte A húmico considerando-se um solo com as características abaixo: horizonte Ap com profundidade de 0 - 24cm, teor de argila de 278g.kg-1 e teor de carbono de 40,6g.kg-1 (4,06%). horizonte AB com profundidade de 24 - 70cm, teor de argila de 296g.kg-1 e teor de carbono de 14,1g.kg-1 (1,41%). 1 - Determinação da espessura total em decímetros Ap - 0 - 24cm = espessura de 24cm = 2,4dm AB - 24 - 70cm = espessura de 46cm = 4,6dm Espessura total = 7,0dm 2 - Somatório do produto da espessura de cada horizonte (dm) pelo respectivo teor de carbono orgânico (g.kg-1): Ap - 2,4 x 40,6 = 97,4 AB - 4,6 x 14,1 = 64,8 total = 162,2 3 - Cálculo da média ponderada de argila (g.kg-1) Ap - 2,4 x 278 : 7,0 = 95,3 AB - 4,6 x 296 : 7,0 = 194,5 média = 289,8 Empregando-se a equação: 162,2 > 60 + (0,1 x 289,8g.kg-1), ou 162,2 > 88,98 Vê-se que o solo em questão satisfaz amplamente este requisito, mesmo que tivesse apenas o horizonte Ap. Horizonte A moderado São incluídos nesta categoria horizontes superficiais que não se enqua- dram no conjunto das definições dos demais horizontes diagnósticos superficiais. Em geral o horizonte A moderado difere dos horizontes A chernozêmico, pro- eminente e húmico pela espessura e/ou cor e do horizonte A fraco pelo Horizonte A húmico Horizonte B incipiente Horizonte Cr Foto 40 - Perfi l de CAMBISSOLO HÚMICO Distrófi co típico. Campinápolis - MT. Manual técnico de pedologia __________________________________________________________________ teor de carbono orgânico e estrutura, não apresentando ainda os requisitos para caracterizar o horizonte hístico ou A antrópico. Foto 41 - Perfi l de ARGISSOLO AMARELO Distrófi co abrúptico. São Mateus - ES. Horizonte A moderado Horizonte B textural Horizonte A proeminente As características deste horizonte são comparáveis àquelas do A chernozêmi- co, no que se refere à cor, teor de carbono orgânico, consistência, estrutura e espessura, diferindo essencialmente, por apresentar saturação por bases (V%) inferior a 65%. Horizonte A proeminente Horizonte glei Foto 42 - Perfil de GLEISSOLO ME- LÂNICO Tb D is t ró f i co t íp ico . Nova Xavantina - MT.
Docsity logo



Copyright © 2024 Ladybird Srl - Via Leonardo da Vinci 16, 10126, Torino, Italy - VAT 10816460017 - All rights reserved