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Guias e Dicas
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Manual da construção civil, Manuais, Projetos, Pesquisas de Engenharia Civil

MANUAL DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2010

Compartilhado em 24/01/2010

thatiane-dias-5
thatiane-dias-5 🇧🇷

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Baixe Manual da construção civil e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Engenharia Civil, somente na Docsity! (o) 1 U mo) [5 [mm E) a (o) (O) Manual de Obras Públicas-Edificações Práticas da SEAP E AM ANNTERREREEA BN NNEHEHEEE BN NN HEHE HED >>> 1HHH HS ni (a a ni UN lo NNN METEIIIHAS Secretária de Estado da Administração e do Patrimônio Claudia Costin Solon Lemos Pinto Secretário de Logística e Tecnologia da Informação Durval Amaro Diretor do Departamento de Serviços Gerais Secretaria de Estado da Administração e Patrimônio Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação i nformi assessoria de informações institucionais 3 /2 PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO PRÁTICA GERAL DE CONSTRUÇÃO 3.1 Subcontratação 3.1.1 A Contratada não poderá, sob nenhum pretexto ou hipótese, subcontratar todos os serviços e obras objeto do contrato. 3.1.2 A Contratada somente poderá subcontratar parte dos serviços se a subcontratação for admitida no contrato, bem como for aprovada prévia e expressamente pelo Contratante. 3.1.3 Se autorizada a efetuar a subcontratação de parte dos serviços e obras, a Contratada realizará a supervisão e coordenação das atividades da subcontratada, bem como responderá perante o Contratante pelo rigoroso cumprimento das obrigações contratuais correspondentes ao objeto da subcontratação. 3.2 Legislação, Normas e Regulamentos 3.2.1 A Contratada será responsável pela observância das leis, decretos, regulamentos, portarias e normas federais, estaduais e municipais direta e indiretamente aplicáveis ao objeto do contrato, inclusive por suas subcontratadas e fornecedores. 3.2.2 Durante a execução dos serviços e obras, a Contratada deverá: • providenciar junto ao CREA as Anotações de Responsabilidade Técnica - ART’s referentes ao objeto do contrato e especialidades pertinentes, nos termos da Lei n.º 6496/77; • obter junto à Prefeitura Municipal o alvará de construção e, se necessário, o alvará de demolição, na forma das disposições em vigor; • obter junto ao INSS o Certificado de Matrícula relativo ao objeto do contrato, de forma a possibilitar o licenciamento da execução dos serviços e obras, nos termos do Artigo 83 do Decreto Federal n.º 356/91; • apresentar à Delegacia Regional do Trabalho, antes do início dos trabalhos, as informações pertinentes à sua identificação e ao objeto do contrato, bem como o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT, de conformidade com a Portaria N.º 4/95 da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho e modificações posteriores; • responsabilizar-se pelo fiel cumprimento de todas as disposições e acordos relativos à legislação social e trabalhista em vigor, particularmente no que se refere ao pessoal alocado nos serviços e obras objeto do contrato; • atender às normas e portarias sobre segurança e saúde no trabalho e providenciar os seguros exigidos em lei e no Caderno de Encargos, na condição de única e responsável SUMÁRIO 1. Objetivo 2. Terminologia 3. Condições Gerais 4. Normas e Práticas Complementares Anexos • Anexo 1 - Caderno de Encargos • Anexo 2 - Garantia de Qualidade • Anexo 3 - Fiscalização • Anexo 4 - Medição e Recebimento 1. OBJETIVO Estabelecer as diretrizes gerais para a execução de serviços e obras de construção, complementação, reforma ou ampliação de uma edificação ou conjunto de edificações. 2. TERMINOLOGIA Para os estritos efeitos desta Prática, são adotadas as seguintes definições: 2.1 Contratante Órgão setorial ou seccional do SISG que contrata a execução de serviços e obras de construção, complementação, reforma ou ampliação de uma edificação ou conjunto de edificações. 2.2 Contratada Empresa ou profissional contratado para a execução de serviços e obras de construção, complementação, reforma ou ampliação de uma edificação ou conjunto de edificações. 2.3 Caderno de Encargos Parte do Edital de Licitação, que tem por objetivo definir o objeto da licitação e do sucessivo contrato, bem como estabelecer os requisitos, condições e diretrizes técnicas e administrativas para a sua execução. 2.4 Fiscalização Atividade exercida de modo sistemático pelo Contratante e seus prepostos, objetivando a verificação do cumprimento das disposições contratuais, técnicas e administrativas, em todos os seus aspectos. 3. CONDIÇÕES GERAIS Deverão ser obedecidas as seguintes condições gerais: PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 4 /2 por acidentes e danos que eventualmente causar a pessoas físicas e jurídicas direta ou indiretamente envolvidas nos serviços e obras objeto do contrato; • efetuar o pagamento de todos os impostos, taxas e demais obrigações fiscais incidentes ou que vierem a incidir sobre o objeto do contrato, até o Recebimento Definitivo dos serviços e obras. 3.3 Projeto dos Serviços e Obras 3.3.1 O Contratante fornecerá à Contratada todos os projetos executivos que compõem o objeto do contrato, de conformidade com as disposições do Caderno de Encargos. 3.3.2 O Contratante fornecerá em tempo hábil os projetos aprovados pelos órgãos Federais, Estaduais e Municipais e concessionárias de serviços públicos que exerçam controle sobre a execução dos serviços e obras, como a Prefeitura Municipal (Projeto Legal), o Corpo de Bombeiros (Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio), as concessionárias de energia elétrica e de telefonia (Projetos de Entrada de Energia Elétrica e de Telefonia), as concessionárias de gás, água e esgotos (Projetos de Instalações Hidráulicas, Sanitárias e Gás Combustível) e CONAMA ou orgão estadual competente ( Licença Ambiental de Instalação - LAI). 3.3.3 A Contratada deverá executar os serviços e obras em conformidade com desenhos, memoriais, especificações e demais elementos de projeto, bem como com as informações e instruções contidas no Caderno de Encargos. 3.3.4 Todos os elementos de projeto deverão ser minuciosamente estudados pela Contratada, antes e durante a execução dos serviços e obras, devendo informar à Fiscalização sobre qualquer eventual incoerência, falha ou omissão que for constatada. 3.3.5 Nenhum trabalho adicional ou modificação do projeto fornecido pelo Contratante será efetivado pela Contratada sem a prévia e expressa autorização da Fiscalização, respeitadas todas as disposições e condições estabelecidas no contrato. 3.3.6 Todas as eventuais modificações havidas no projeto durante a execução dos serviços e obras serão documentadas pela Contratada, que registrará as revisões e complementações dos elementos integrantes do projeto, incluindo os desenhos “como construído”. 3.3.7 Desde que prevista no projeto, a Contratada submeterá previamente à aprovação da Fiscalização toda e qualquer alternativa de aplicação de materiais, serviços e equipamentos a ser considerada na execução dos serviços e obras objeto do contrato, devendo comprovar rigorosamente a sua equivalência, de conformidade com os requisitos e condições estabelecidas no Caderno de Encargos. 3.3.8 Os projetos de fabricação e montagem de componentes, instalações e equipamentos, elaborados com base no projeto fornecido pelo Contratante, como os de estruturas metálicas, caixilhos, elevadores, instalações elétricas, hidráulicas, mecânicas e de utilidades, deverão ser previamente submetidos à aprovação da Fiscalização. 3.4 Segurança e Saúde no Trabalho 3.4.1 Antes do início dos trabalhos, a Contratada deverá apresentar à Fiscalização as medidas de segurança a serem adotadas durante a execução dos serviços e obras, em atendimento aos princípios e disposições da NR 18 - Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção. 3.4.2 A Contratada fornecerá aos funcionários todos os equipamentos de proteção individual exigidos pela NR 6 - Equipamentos de Proteção Individual (EPI), tais como: capacetes e óculos especiais de segurança, protetores faciais, luvas e mangas de proteção, botas de borracha e cintos de segurança, de conformidade com a natureza dos serviços e obras em execução. 3.4.3 A Contratada manterá organizadas, limpas e em bom estado de higiene as instalações do canteiro de serviço, especialmente as vias de circulação, passagens e escadarias, refeitórios e alojamentos, coletando e removendo regularmente as sobras de materiais, entulhos e detritos em geral. 3.4.4 A Contratada deverá estocar e armazenar os materiais de forma a não prejudicar o trânsito de pessoas e a circulação de materiais, obstruir portas e saídas de emergência e impedir o acesso de equipamentos de combate a incêndio. 3.4.5 A Contratada manterá no canteiro de serviço equipamentos de proteção contra incêndio e brigada de combate a incêndio, na forma das disposições em vigor. 3.4.6 Caberá à Contratada comunicar à Fiscalização e, nos casos de acidentes fatais, à autoridade competente, da maneira mais detalhada possível, por escrito, todo tipo de acidente que ocorrer durante a execução dos serviços e obras, inclusive princípios de incêndio. 3.4.7 Cumprirá à Contratada manter no canteiro de serviço medicamentos básicos e pessoal orientado para os primeiros socorros nos acidentes que ocorram durante a execução dos trabalhos, nos termos da NR 18. 3.4.8 Caberá à Contratada manter vigias que controlem a entrada e saída de materiais, máquinas, equipamentos e pessoas, bem como manter a ordem e disciplina em todas as dependências do canteiro de serviço. 3.4.9 O Contratante realizará inspeções periódicas no canteiro de serviço, a fim de verificar o cumprimento das medidas de segurança adotadas nos trabalhos, o estado de conservação dos equipamentos de proteção individual e dos dispositivos de proteção de máquinas e ferramentas que ofereçam riscos aos trabalhadores, bem como a observância das demais condições estabelecidas pelas normas de segurança e saúde no trabalho. 5 /2 PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 3.5 Execução dos Serviços e Obras 3.5.1 Durante a execução dos serviços e obras, a Contratada deverá: • submeter à aprovação da Fiscalização até 5 (cinco) dias após o início dos trabalhos o projeto das instalações provisórias ou canteiro de serviço compatível com o porte e características do objeto do contrato, definindo todas as áreas de vivência, dependências, espaços, instalações e equipamentos necessários ao andamento dos serviços e obras, inclusive escritórios e instalações para uso da Fiscalização, quando previstas no Caderno de Encargos; • providenciar as ligações provisórias das utilidades necessárias à execução dos serviços e obras, como água, esgotos, energia elétrica e telefones, bem como responder pelas despesas de consumo até o seu recebimento definitivo; • manter no local dos serviços e obras instalações, funcionários e equipamentos em número, qualificação e especificação adequados ao cumprimento do contrato; • submeter à aprovação da Fiscalização até 5 (cinco) dias após o início dos trabalhos o plano de execução e o cronograma detalhado dos serviços e obras, elaborados de conformidade com o cronograma do contrato e técnicas adequadas de planejamento; • providenciar para que os materiais, mão-de-obra e demais suprimentos estejam em tempo hábil nos locais de execução, de modo a satisfazer as necessidades previstas no cronograma e plano de execução dos serviços e obras objeto do contrato; • alocar os recursos necessários à administração e execução dos serviços e obras, inclusive os destinados ao pagamento de todos os impostos, taxas e demais obrigações fiscais incidentes ou que vierem a incidir sobre o objeto do contrato; • submeter previamente à aprovação da Fiscalização eventuais ajustes no cronograma e plano de execução dos serviços e obras, de modo a mantê-la perfeitamente informada sobre o desenvolvimento dos trabalhos; • submeter previamente à aprovação da Fiscalização qualquer modificação nos métodos construtivos originalmente previstos no plano de execução dos serviços e obras; • executar os ajustes nos serviços concluídos ou em execução determinados pela Fiscalização; • comunicar imediatamente à Fiscalização qualquer ocorrência de fato anormal ou extraordinário que ocorra no local dos trabalhos; • submeter à aprovação da Fiscalização os protótipos ou amostras dos materiais e equipamentos a serem aplicados nos serviços e obras objeto do contrato; • realizar, através de laboratórios previamente aprovados pela Fiscalização, os testes, ensaios, exames e provas necessárias ao controle de qualidade dos materiais, serviços e equipamentos a serem aplicados nos trabalhos; • evitar interferências com as propriedades, atividades e tráfego de veículos na vizinhança do local dos serviços e obras, programando adequadamente as atividades executivas; • elaborar os relatórios periódicos de execução dos serviços e obras, elaborados de conformidade com os requisitos estabelecidos no Caderno de Encargos; • providenciar as ligações definitivas das utilidades previstas no projeto, como água, esgotos, gás, energia elétrica e telefones; • providenciar junto aos órgãos Federais, Estaduais e Municipais e concessionárias de serviços públicos a vistoria e regularização dos serviços e obras concluídos, como a Prefeitura Municipal (Habite-se ou Certificado de Conclusão), o Corpo de Bombeiros (Prevenção e Combate a Incêndio), as concessionárias de energia elétrica e de telefonia (Entrada de Energia Elétrica e Telefonia), as concessionárias de gás, água e esgotos (Instalações Hidráulicas, Sanitárias e Gás Combustível) e CONAMA ou órgão estadual competente (Licença Ambiental de Operação - LAO); • retirar até 15 (quinze) dias após o recebimento definitivo dos serviços e obras, todo pessoal, máquinas, equipamentos, materiais, e instalações provisórias do local dos trabalhos, deixando todas as áreas do canteiro de serviço limpas e livres de entulhos e detritos de qualquer natureza. 3.6 Responsabilidade 3.6.1 Durante 5 (cinco) anos após o Recebimento Definitivo dos serviços e obras, a Contratada responderá por sua qualidade e segurança nos termos do Artigo 1245 do Código Civil Brasileiro, devendo efetuar a reparação de quaisquer falhas, vícios, defeitos ou imperfeições que se apresentem nesse período, independentemente de qualquer pagamento do Contratante. 3.6.2 A presença da Fiscalização durante a execução dos serviços e obras, quaisquer que sejam os atos praticados no desempenho de suas atribuições, não implicará solidariedade ou corresponsabilidade com a Contratada, que responderá única e integralmente pela execução dos serviços, inclusive pelos serviços executados por suas subcontratadas, na forma da legislação em vigor. 3.6.3 Se a Contratada recusar, demorar, negligenciar ou deixar de eliminar as falhas, vícios, defeitos ou imperfeições apontadas, poderá o Contratante efetuar os reparos e substituições necessárias, seja por meios próprios ou de terceiros, transformando-se os custos decorrentes, independentemente do seu montante, em dívida líquida e certa da Contratada. 3.6.4 A Contratada responderá diretamente por todas e quaisquer perdas e danos causados em bens ou pessoas, inclusive em propriedades vizinhas, decorrentes de omissões e atos praticados por seus funcionários e prepostos, fornecedores e subcontratadas, bem como originados de infrações ou inobservância de leis, decretos, regulamentos, portarias e posturas oficiais em vigor, devendo indenizar o Contratante por quaisquer pagamentos que seja obrigado a fazer a esse título, incluindo multas, correções monetárias e acréscimos de mora. PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 8 /2 ANEXO 2 GARANTIA DE QUALIDADE Normas NBR 19.000 - Normas de Gestão de Qualidade e Garantia de Qualidade - Diretrizes para Seleção e Uso, NBR 19.001 - Sistemas de Qualidade - Modelo para Garantia de Qualidade em Projetos/Desenvolvimento, Produção, Instalação e Assistência Técnica, NBR 19.002 - Sistemas de Qualidade - Modelo para Garantia de Qualidade em Produção e Instalação e NBR 19.003 - Sistemas de Qualidade - Modelo para Garantia de Qualidade em Inspeção e Ensaios Finais. 3.3 O Contratante poderá discriminar os componentes do Sistema de Qualidade a ser adotado pela Contratada, ajustando, suprimindo ou adicionando componentes ao Sistema selecionado, de forma a adequar o modelo de Garantia de Qualidade aos serviços e obras objeto do contrato. 3.4 O Sistema de Qualidade adotado pela Contratada deverá ser estruturado de conformidade com a Norma NBR 19004 - Gestão da Qualidade e Elementos do Sistema da Qualidade - Diretrizes, contemplando, no mínimo, os seguintes elementos: • responsabilidade e autoridade pela qualidade, definindo explicitamente as responsabilidades gerais e específicas pela qualidade; • estrutura organizacional, apresentando a estrutura da Gestão de Qualidade da Contratada, bem como as linhas de autoridade e comunicação; • recursos e pessoal, indicando os recursos humanos e materiais a serem utilizados pela Contratada; • procedimentos operacionais, indicando as atividades da Contratada para o cumprimento dos objetivos da qualidade. 3.5 A Contratada deverá apresentar o Sistema de Gestão de Qualidade através de um “Manual de Qualidade”, que conterá a descrição completa e adequada do Sistema, servindo de referência permanente para a sua implementação e manutenção. 3.6 Os procedimentos operacionais deverão abordar, no mínimo, as seguintes atividades a serem realizadas durante a execução dos serviços e obras: • análise do contrato, abrangendo o Caderno de Encargos e todos os demais documentos anexos; • controle de documentos, incluindo correspondência, atas de reuniões, e demais documentos pertinentes à execução do contrato; • registro e utilização dos elementos de projeto, inclusive de eventuais modificações posteriores; • controle de execução dos serviços, abrangendo aquisição, registro, manuseio e armazenamento de materiais e SUMÁRIO 1. Objetivo 2. Terminologia 3. Condições Gerais 1. OBJETIVO Estabelecer as diretrizes gerais para a definição do modelo de Garantia de Qualidade e do Sistema de Qualidade a serem adotados na execução de serviços e obras de construção, complementação, reforma ou ampliação de uma edificação ou conjunto de edificações. 2. TERMINOLOGIA Para os estritos efeitos desta Prática, são adotadas as seguintes definições: 2.1 Garantia de Qualidade Ações planejadas e sistemáticas a serem realizadas pela Contratada durante a execução dos serviços e obras, de modo a infundir no Contratante a confiança de que os produtos, fornecimentos ou serviços atendem aos requisitos de qualidade estabelecidos no Caderno de Encargos. 2.2 Sistema de Qualidade Estrutura organizacional, responsabilidades, processos, procedimentos e recursos mobilizados pela Contratada na gestão da qualidade dos serviços e obras objeto do contrato. 2.3 Gestão de Qualidade Parte da função gerencial da Contratada que implementa o Sistema de Qualidade a ser adotado na execução dos serviços e obras objeto do contrato. 2.4 Controle de Qualidade Técnicas operacionais e atividades da Contratada para verificar o atendimento dos requisitos de qualidade pertinentes aos serviços e obras objeto do contrato. 3. CONDIÇÕES GERAIS 3.1 O Caderno de Encargos será o instrumento hábil para a indicação do modelo de Garantia de Qualidade selecionado pelo Contratante para os fornecimentos e produtos relativos ao objeto do contrato. 3.2 A seleção do modelo de Garantia de Qualidade deverá ser efetuada de conformidade com as disposições das 9 /2 PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO equipamentos, utilização de equipamentos e técnicas de construção, tratamento de interfaces e pendências de execução, saúde e segurança no trabalho, inspeção e ensaios de controle de materiais, equipamentos e serviços, bem como instrumentos de planejamento, como fluxogramas e cronogramas; • auditorias e registros de qualidade; • contratação e supervisão de serviços de terceiros; • registro, qualificação e treinamento de profissionais. PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 10 /2 ANEXO 3 FISCALIZAÇÃO habilitados que considerar necessários ao acompanhamento e controle dos trabalhos. 3.2 A Contratada deverá facilitar, por todos os meios ao seu alcance, a ampla ação da Fiscalização, permitindo o acesso aos serviços e obras em execução, bem como atendendo prontamente às solicitações que lhe forem efetuadas. 3.3 Todos os atos e instruções emanados ou emitidos pela Fiscalização serão considerados como se fossem praticados pelo Contratante. 3.4 A Fiscalização deverá realizar, dentre outras, as seguintes atividades: • manter um arquivo completo e atualizado de toda a documentação pertinente aos trabalhos, incluindo o contrato, Caderno de Encargos, orçamentos, cronogramas, caderneta de ocorrências, correspondência, relatórios diários, certificados de ensaios e testes de materiais e serviços, protótipos e catálogos de materiais e equipamentos aplicados nos serviços e obras; • analisar e aprovar o projeto das instalações provisórias e canteiro de serviço apresentados pela Contratada no início dos trabalhos; • analisar e aprovar o plano de execução e o cronograma detalhado dos serviços e obras a serem apresentados pela Contratada no início dos trabalhos; • obter da Contratada o Manual de Qualidade contendo o Sistema de Gestão de Qualidade e verificar a sua efetiva utilização; • promover reuniões periódicas no canteiro de serviço para análise e discussão sobre o andamento dos serviços e obras, esclarecimentos e providências necessárias ao cumprimento do contrato; • esclarecer ou solucionar incoerências, falhas e omissões eventualmente constatadas nos desenhos, memoriais, especificações e demais elementos de projeto, bem como fornecer informações e instruções necessárias ao desenvolvimento dos trabalhos; • solucionar as dúvidas e questões pertinentes à prioridade ou seqüência dos serviços e obras em execução, bem como às interferências e interfaces dos trabalhos da Contratada com as atividades de outras empresas ou profissionais eventualmente contratados pelo Contratante; • promover a presença dos Autores dos projetos no canteiro de serviço, sempre que for necessária a verificação da exata correspondência entre as condições reais de execução e os parâmetros, definições e conceitos de projeto; • paralisar e/ou solicitar o refazimento de qualquer serviço que não seja executado em conformidade com projeto, norma técnica ou qualquer disposição oficial aplicável ao objeto do contrato; SUMÁRIO 1. Objetivo 2. Terminologia 3. Condições Gerais Apensos • Apenso 1 - Modelo de Relatório de Andamento de Serviços e Obras 1. OBJETIVO Estabelecer as diretrizes gerais para a Fiscalização de serviços e obras de construção, complementação, reforma ou ampliação de uma edificação ou conjunto de edificações. 2. TERMINOLOGIA Para os estritos efeitos desta Prática, são adotadas as seguintes definições: 2.1 Contratante Órgão setorial ou seccional do SISG que contrata a execução de serviços e obras de construção, complementação, reforma ou ampliação de uma edificação ou conjunto de edificações. 2.2 Contratada Empresa ou profissional contratado para a execução de serviços e obras de construção, complementação, reforma ou ampliação de uma edificação ou conjunto de edificações. 2.3 Caderno de Encargos Parte do Edital de Licitação, que tem por objetivo definir o objeto da licitação e do sucessivo contrato, bem como estabelecer os requisitos, condições e diretrizes técnicas e administrativas para a sua execução. 2.4 Fiscalização Atividade exercida de modo sistemático pelo Contratante e seus prepostos, objetivando a verificação do cumprimento das disposições contratuais, técnicas e administrativas, em todos os seus aspectos. 3. CONDIÇÕES GERAIS Deverão ser observadas as seguintes condições gerais: 3.1 O Contratante manterá desde o início dos serviços e obras até o seu recebimento definitivo, a seu critério exclusivo, uma equipe de Fiscalização constituída por profissionais 13 /2 PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO ANEXO 4 MEDIÇÃO E RECEBIMENTO 3.2 A medição de serviços e obras será baseada em relatórios periódicos elaborados pela Contratada, registrando os levantamentos, cálculos e gráficos necessários à discriminação e determinação das quantidades dos serviços efetivamente executados. 3.3 A discriminação e quantificação dos serviços e obras considerados na medição deverão respeitar rigorosamente as planilhas de orçamento anexas ao contrato, inclusive critérios de medição e pagamento. 3.4 O Contratante deverá efetuar os pagamentos das faturas emitidas pela Contratada com base nas medições de serviços aprovadas pela Fiscalização, obedecidas as condições estabelecidas no contrato. 3.5 O Recebimento dos serviços e obras executados pela Contratada será efetivado em duas etapas sucessivas: • na primeira etapa, após a conclusão dos serviços e solicitação oficial da Contratada, mediante uma vistoria realizada pela Fiscalização e/ou Comissão de Recebimento de Obras e Serviços, será efetuado o Recebimento Provisório; • nesta etapa, a Contratada deverá efetuar a entrega dos catálogos, folhetos e manuais de montagem, operação e manutenção de todas as instalações, equipamentos e componentes pertinentes ao objeto dos serviços e obras, inclusive certificados de garantia; • após a vistoria, através de comunicação oficial da Fiscalização, serão indicadas as correções e complementações consideradas necessárias ao Recebimento Definitivo, bem como estabelecido o prazo para a execução dos ajustes; • na segunda etapa, após a conclusão das correções e complementações e solicitação oficial da Contratada, mediante nova vistoria realizada pela Fiscalização e/ou Comissão de Recebimento de Obras e Serviços, será realizado o Recebimento Definitivo; • o Recebimento Definitivo somente será efetivado pelo Contratante após a apresentação pela Contratada da Certidão Negativa de Débito fornecida pelo INSS, certificado de Recolhimento de FGTS e comprovação de pagamento das demais taxas, impostos e encargos incidentes sobre o objeto do contrato. SUMÁRIO 1. Objetivo 2. Terminologia 3. Condições Gerais 1. OBJETIVO Estabelecer as diretrizes gerais para a medição e recebimento dos serviços e obras de construção, reforma ou ampliação de uma edificação ou conjunto de edificações 2. TERMINOLOGIA 2.1 Contratante Órgão setorial ou seccional do SISG que contrata a execução de serviços e obras de construção, complementação, reforma ou ampliação de uma edificação ou conjunto de edificações. 2.2 Contratada Empresa ou profissional contratado para a execução de serviços e obras de construção, complementação, reforma ou ampliação de uma edificação ou conjunto de edificações. 2.3 Caderno de Encargos Parte do Edital de Licitação, que tem por objetivo definir o objeto da licitação e do sucessivo contrato, bem como estabelecer os requisitos, condições e diretrizes técnicas e administrativas para a sua execução. 2.4 Fiscalização Atividade exercida de modo sistemático pelo Contratante e seus prepostos, objetivando a verificação do cumprimento das disposições contratuais, técnicas e administrativas, em todos os seus aspectos. 3. CONDIÇÕES GERAIS Deverão ser obedecidas as seguintes condições gerais: 3.1 Somente poderão ser considerados para efeito de medição e pagamento os serviços e obras efetivamente executados pela Contratada e aprovados pela Fiscalização, respeitada a rigorosa correspondência com o projeto e suas modificações expressa e previamente aprovadas pelo Contratante. PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 14 /2 SERVIÇOS PRELIMINARES DEMOLIÇÃO SUMÁRIO 1. Objetivo 2. Execução dos Serviços 3. Normas e Práticas Complementares Anexos • Anexo 1 - Fiscalização 1. OBJETIVO Estabelecer as diretrizes gerais para a execução de serviços de Demolição. 2. EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS 2.1 Materiais e Equipamentos Os materiais e equipamentos a serem utilizados na execução dos serviços de demolições e remoções atenderão às especificações do projeto, bem como às prescrições da NBR 5682. Os materiais serão cuidadosamente armazenados, em local seco e protegido. O manuseio e armazenamento dos materiais explosivos obedecerão à regulamentação dos órgãos de segurança pública. 2.2 Processo Executivo Antes do início dos serviços, a Contratada procederá a um detalhado exame e levantamento da edificação ou estrutura a ser demolida. Deverão ser considerados aspectos importantes tais como a natureza da estrutura, os métodos utilizados na construção da edificação, as condições das construções da edificação, as condições das construções vizinhas, existência de porões, subsolos e depósitos de combustíveis e outros. As linhas de abastecimento de energia elétrica, água, gás, bem como as canalizações de esgoto e águas pluviais deverão ser removidas ou protegidas, respeitando as normas e determinações das empresas concessionárias de serviços públicos. A Contratada deverá fornecer, para aprovação da Fiscalização, um programa detalhado, descrevendo as diversas fases da demolição previstas no projeto e estabelecendo os procedimentos a serem adotados na remoção de materiais reaproveitáveis. Os tapumes e outros meios de proteção e segurança serão executados conforme o projeto e as recomendações da Norma NBR 5682. Os serviços de demolição deverão ser iniciados pelas partes superiores da edificação, mediante o emprego de calhas, evitando o lançamento do produto da demolição em queda livre. As partes a serem demolidas deverão ser previamente molhadas para evitar poeira em excesso durante o processo demolição. Os materiais provenientes da demolição, reaproveitáveis ou não, serão convenientemente removidos para os locais indicados pela Fiscalização. A Contratada será responsável pela limpeza da área, ao término dos serviços. 2.2.1 Demolição convencional A demolição convencional, manual ou mecânica, será executada conforme previsto no projeto e de acordo com as recomendações da Norma NBR 5682. A demolição manual será executada progressivamente, utilizando ferramentas portáteis motorizadas ou manuais. A remoção de entulhos poderá ser feita por meio de calhas e tubos ou por meio de aberturas nos pisos, desde que respeitadas as tolerâncias estipuladas nos itens 7.1.3 e 7.1.4 da Norma NBR 5682. Será evitado o acúmulo de entulho em quantidade tal, que provoque sobrecarga excessiva sobre os pisos ou pressão lateral excessiva sobre as paredes. Peças de grande porte de concreto, aço ou madeira poderão ser arreadas até o solo, por meio de guindaste, ou removidas através de calhas, desde que reduzidas a pequenos fragmentos. A demolição mecânica, com empurrador, por colapso planejado, com bola de demolição ou com utilização de cabos puxadores, será executada com os equipamentos indicados para cada caso, segundo sempre as recomendações dos fabricantes. Quando necessário e previsto em projeto, iniciar a demolição por processo manual, de modo a facilitar o prosseguimento dos serviços. Quando forem feitas várias tentativas para demolir uma estrutura, através de um só método executivo e não for obtido êxito, dever-se-ão utilizar métodos alternativos, desde que aprovados pela Fiscalização. 2.2.2 Demolição com explosivos Os explosivos somente serão utilizados por profissionais experientes e habilitados e sob a supervisão dos órgãos de segurança pública. A demolição com explosivos será realizada em quatro etapas, a saber: Remoção de materiais e equipamentos Após uma rigorosa inspeção, a Contratada deverá verificar os cuidados a serem tomados para não haver danos durante a remoção de todo o material ou instalações economicamente reaproveitáveis, tais como elevadores, caixilhos, portas, fiações elétricas e outros, conforme previsto no projeto. Os materiais e equipamentos removidos serão transportados até os locais de armazenamento indicados pela Fiscalização. 15 /2 PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO Preparação da edificação Nesta fase, verificar a necessidade de escoras e tirantes para orientação da queda durante a demolição. A fim de permitir a instalação de cargas explosivas nos principais elementos estruturais, poderá ser necessária a execução de pequenas demolições pelo processo convencional. Carregamento Antes da demolição propriamente dita, a estrutura será carregada com explosivos. Serão instalados elementos protetores que impeçam o lançamento de fragmentos em alta velocidade. A obra nesta fase deverá ser vigiada com a finalidade de impedir a entrada de elementos estranhos. Precauções especiais serão tomadas, se existirem instalações elétricas, antenas de radiodifusão e pára-raios nas proximidades. Detonação Antes da detonação, a área será isolada e evacuada a uma distância segura, determinada unicamente pelo técnico responsável pela demolição. Será feita uma vistoria final, verificando as instalações dos explosivos e o seu tamponamento, os circuitos de interligação das espoletas elétricas e o posicionamento correto dos sistemas de proteção. Será efetuada a contagem regressiva, anunciada através de sinais previamente convencionados até o instante da detonação. Após a detonação, a área deverá permanecer isolada. A sua liberação somente será efetuada após vistoria pelo técnico responsável e o seu parecer. 2.3 Recebimento Os serviços serão aceitos após a efetiva demolição definida no projeto e a posterior remoção da totalidade dos entulhos resultantes. 3. NORMAS E PRÁTICAS COMPLEMENTARES A execução de serviços de Demolição deverá atender também às seguintes Normas e Práticas Complementares: • Práticas de Projeto, Construção e Manutenção de Edifícios Públicos Federais; • Normas da ABNT e INMETRO: NBR 5682 - Contratação, Execução e Supervisão de Demolições - Procedimento • Códigos, Leis, Decretos, Portarias e Normas Federais, Estaduais e Municipais, inclusive normas de concessionárias de serviços públicos; • Instruções e Resoluções dos Órgãos do Sistema CREA- CONFEA. PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 18 /2 ANEXO 1 FISCALIZAÇÃO SUMÁRIO 1. Objetivo 2. Fiscalização 1. OBJETIVO Estabelecer as diretrizes gerais para a Fiscalização dos serviços de Locação de Obras. 2. FISCALIZAÇÃO A Fiscalização deverá realizar, além das atividades mencionadas na Prática Geral de Construção, as seguintes atividades específicas: • aprovar previamente o conjunto de aparelhos, como teodolito, nível, mira, balizas e trena de aço, a ser utilizado nas operações de locação da obra; • verificar se são obedecidas a RN e os alinhamentos estabelecidos pelo levantamento topográfico original; • observar se são obedecidas as recomendações quanto à materialização das referências de nível e dos principais eixos da obra; • efetuar as verificações e aferições que julgar necessárias durante e após a conclusão dos serviços pela equipe de topografia da Contratada. 19 /2 PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO SERVIÇOS PRELIMINARES TERRAPLANAGEM SUMÁRIO 1. Objetivo 2. Execução dos Serviços 3. Normas e Práticas Complementares Anexos • Anexo 1 - Fiscalização 1. OBJETIVO Estabelecer as diretrizes básicas para a execução de serviços de Terraplenagem. 2. EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS 2.1 Desmatamento, Destocamento e Limpeza 2.1.1 Equipamentos As operações de desmatamento, destocamento e limpeza serão executadas mediante a utilização de equipamentos adequados, complementadas com o emprego de serviços manuais e, eventualmente, de explosivos. O equipamento será função da densidade e do tipo de vegetação existente e dos prazos previstos para a execução dos serviços e obras. 2.1.2 Processo executivo O desmatamento compreende o corte e remoção de toda vegetação, qualquer que seja sua dimensão e densidade. O destocamento e limpeza compreendem as operações de escavação ou outro processo equivalente, para remoção total dos tocos e, sempre que necessário, a remoção da camada de solo orgânico. Os materiais provenientes do desmatamento, destocamento e limpeza serão queimados, removidos ou estocados. Os serviços serão executados apenas nos locais onde estiver prevista a execução da terraplenagem, com acréscimo de dois metros para cada lado; no caso de áreas de empréstimo, os serviços serão executados apenas na área mínima indispensável à exploração. Em qualquer caso, os elementos de composição paisagística assinalados no projeto deverão ser preservados. Nenhum movimento de terra poderá ser iniciado enquanto os serviços de desmatamento, destocamento e limpeza não estiverem totalmente concluídos. 2.1.3 Controle O controle das operações de desmatamento, destocamento e limpeza será feito por apreciação visual da qualidade dos serviços. 2.2 Cortes 2.2.1 Equipamentos Os equipamentos a ser utilizados nas operações de corte serão selecionados, de acordo com a natureza e classificação do material a ser escavado e com a produção necessária. A escolha dos equipamentos será função do tipo de material, conforme a classificação em categorias, constante da Prática de Projeto de Terraplenagem e deverá obedecer às seguintes indicações: • corte em materiais de 1a. categoria: - tratores de lâminas; - escavo-transportadores; - tratores para operações do “pusher”; - motoniveladoras para escarificação; - retro-escavadeiras; - pás carregadeiras. • corte em materiais de 2a. categoria: - “ripper”; - tratores para operação do “pusher”; - retro-escavadeiras; - pás carregadeiras; - explosivos (eventualmente). • corte em materiais de 3a. categoria: - perfuratrizes, pneumáticas ou elétricas; - tratores de lâmina; - pás carregadeiras. 2.2.2 Processo executivo A escavação de cortes será executada de conformidade com os elementos técnicos fornecidos no projeto de terraplenagem e constantes nas notas de serviço. A escavação será precedida da execução dos serviços de desmatamento, destocamento e limpeza e se processará mediante a previsão da utilização adequada ou rejeição dos materiais extraídos. Assim, apenas serão transportados para constituição dos aterros, os materiais que, pela classificação e caracterização efetuadas nos cortes, sejam compatíveis com os especificados para a execução dos aterros. Caso constatada a conveniência técnica e econômica da reserva de materiais escavados em cortes, para a confecção de camadas superficiais dos aterros, será procedido o depósito PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 20 /2 dos referidos materiais para sua oportuna utilização. Os taludes dos cortes deverão apresentar, após as operações de terraplenagem, a inclinação indicada no projeto. Os taludes deverão apresentar a superfície obtida pela normal utilização do equipamento de escavação. Serão removidos os blocos de rocha aflorantes nos taludes, quando estes vierem a representar riscos para a segurança dos usuários. Nos pontos de passagem de corte para aterro, proceder à escavação de forma a atingir a profundidade necessária para evitar recalques diferenciais. Os taludes de corte serão revestidos e protegidos contra a erosão, com a utilização de valetas de drenagem, de conformidade com as especificações. O acabamento da superfície dos cortes será procedido mecanicamente, de forma a alcançar a conformação prevista no projeto de terraplenagem. 2.2.3 Controle O controle de execução das operações de corte será topográfico e deverá ser feito com cuidado especial, para que não se modifiquem as condições de inclinação dos taludes e se obtenham as cotas finais de plataforma previstas no projeto de terraplenagem. O acabamento quanto à declividade transversal e à inclinação dos taludes será verificado e deverá estar de acordo com o previsto no projeto de terraplenagem. As tolerâncias admitidas são as seguintes: planialtimetricamente - até + 0,20 m, não se admitindo variação para menos; altimetricamente - até ± 0,05 m. 2.3 Aterros 2.3.1 Equipamentos Os equipamentos a ser utilizados nas operações de aterro serão selecionados de acordo com a natureza e classificação dos materiais envolvidos, e com a produção necessária. Na execução dos aterros poderão ser empregados: • tratores de lâminas; • escavo-transportadores; • moto-escavo-transportadores; • caminhões basculantes; • caminhões pipa com barra espargidora; • moto-niveladoras; • rolos lisos, de pneus, pés de carneiro estáticos ou vibratórios. 2.3.2 Processo executivo A execução dos aterros obedecerá aos elementos técnicos fornecidos no projeto de terraplenagem e constantes nas notas de serviço, sendo precedidos pela execução dos serviços de desmatamento, destocamento e limpeza e obras necessárias à drenagem do local, incluindo bueiros e poços de drenagem. O lançamento do material para a construção dos aterros deverá ser feito em camadas sucessivas, em dimensões tais que permitam seu umedecimento e compactação, de acordo com as características especificadas. Recomenda-se que a primeira camada de aterro seja constituída por material granular permeável, que atuará como dreno para as águas de infiltração no aterro. Os trechos que não atingirem as condições mínimas de compactação devem ser escarificados, homogeneizados, levados à umidade adequada e novamente compactados, de acordo com as características especificadas. A construção dos aterros deverá preceder à das estruturas próximas a estes; em caso contrário, deverão ser tomadas medidas de precaução, a fim de evitar o aparecimento de movimentos ou tensões indevidas em qualquer parte da estrutura. Durante a construção, os serviços já executados deverão ser mantidos com boa conformação e permanente drenagem superficial. Nos locais de difícil acesso aos equipamentos usuais de compactação os aterros deverão ser compactados com o emprego de equipamento adequado como soquetes manuais e sapos mecânicos. A execução será em camadas, obedecendo às características especificadas no projeto de terraplenagem.. O acabamento da superfície dos aterros será executado mecanicamente, de forma a alcançar a conformação prevista no projeto de terraplenagem. Os taludes de aterro serão revestidos e protegidos contra a erosão, de conformidade com as especificações de projeto. 2.3.3 Controle 2.3.3.1 Controle tecnológico • efetuar determinação do grau de compactação atingido e do respectivo desvio de umidade com relação à umidade ótima para cada 1.000 m3 de cada tipo de material utilizado no corpo do aterro, e para cada 200 m3 de cada tipo de material utilizado na camada final do aterro, ou por trechos, a critério da Fiscalização. • efetuar um ensaio de granulometria, do limite de liquidez, do limite de plasticidade e, sempre que necessário, do índice de suporte Califórnia, com a energia especificada na compactação, para cada 1.000 m3 nas camadas finais de aterro, ou por trechos, a critério da Fiscalização. 2.3.3.2 Controle geométrico O controle geométrico da execução dos aterros será topográfico e deverá ser feito com cuidado especial, para que seja atingida a conformação prevista no projeto de terraplenagem. O acabamento, quanto à declividade transversal e inclinação dos taludes será verificado e deverá estar de acordo 23 /2 PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO SERVIÇOS PRELIMINARES REBAIXAMENTO DE LENÇOL FREÁTICO SUMÁRIO 1. Objetivo 2. Execução dos Serviços 3. Normas e Práticas Complementares Anexos • Anexo 1 - Fiscalização 1. OBJETIVO Estabelecer as diretrizes básicas para a execução dos serviços de Rebaixamento de Lençol Freático. 2. EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS 2.1 Trincheiras Impermeáveis 2.1.1 Paredes-Diafragma Deverão ser obedecidas as diretrizes estabelecidas no ítem 2.1 da Prática de Construção, Fundações e Estruturas - Contenção de Maciços de Terra. 2.1.2 Estacas Justapostas Deverão ser obedecidas as diretrizes estabelecidadas no ítem 2.2 da Prática de Construção, Fundações e Estruturas - Contenção de Maciços de Terra. 2.1.3 Estacas-Pranchas Deverão ser obedecidas as diretrizes estabelecidas no ítem 2.3 da Prática de Construção, Fundações e Estruturas - Contenção de Maciços de Terra. 2.2 Drenagem a Céu Aberto e Tubos Drenantes 2.2.1 Materiais A Contratada deverá fornecer todos os materiais necessários para a execução do sistema de drenagem, como tubulações, mangueiras, bombas, material de filtro e outros para a correta execução, de acordo com o previsto no projeto. 2.2.2 Equipamentos Deverão ser empregados equipamentos manuais ou mecânicos de escavação, bem como guinchos para suporte das tubulações e outros que se fizerem necessários para a correta execução do sistema de drenagem. 2.2.3 Processo executivo A Contratada deverá realizar a escavação mecânica ou manual conforme previsto em projeto, realizando a abertura das canaletas, trincheiras laterais ou valetas com equipamentos manuais. Quando da instalação dos tubos drenantes (manilhas furadas ou tubos de concreto), deverá ser realizada a instalação do berço, tubos, material de filtro e outros acessórios, imediatamente após o término da escavação. Nos locais de instalação das bombas de sucção, será realizada uma proteção dos taludes, com pintura ou revestimento com alvenaria, de modo a garantir a estabilidade e inalterabilidade do local de implantação das bombas. No caso de grande fluência de lama durante as obras, deverão ser empregadas bombas especiais para assegurar a drenagem da área. 2.2.4 Recebimento O sistema de drenagem será considerado recebido desde que executado de acordo com as condições desta Prática e especificações de projeto, após testado o funcionamento de cada elemento em condições de fluxo de água. 2.3 Drenos Horizontais e Suborizontais 2.3.1 Materiais A Contratada deverá fornecer todos os materiais necessários para a execução, tais como tubulações, tubos de revestimento, telas de proteção e outros. 2.3.2 Equipamentos Deverá ser empregado equipamento de perfuração por rotação ou roto-percussão em função das condições do terreno local, bem como todos os demais equipamentos acessórios para a correta execução dos drenos. 2.3.3 Processo executivo Os drenos serão executados nas posições e com as inclinações previstas em projeto. Para a sua instalação, será executado um furo com equipamento de perfuração adequado. Em função das condições do maciço que se pretende drenar, estas perfurações poderão ou não ser revestidas. Todo o conjunto do dreno deverá ser montado no canteiro com todos os componentes, isto é, tubo coletor, tubo ranhurado ou perfurado, malhas de proteção e outros, para a aprovação da Fiscalização. Antes da instalação do dreno na perfuração, esta deverá ser lavada de modo a assegurar a integridade do dreno e facilitar a sua instalação. PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 24 /2 Após a colocação dos drenos, serão executadas as obras de captação das águas drenadas, de acordo com o previsto no projeto. 2.3.4 Recebimento O sistema de drenos será considerado adequado e recebido quando constatada a perfeita execução, de conformidade com o projeto e esta Práticas, a eficiência de cada dreno no rebaixamento do lençol freático do maciço. 2.4 Ponteiras Filtrantes 2.4.1 Materiais A Contratada deverá fornecer todos os materiais necessários à implantação do sistema, tais como ponteiras, tubulações, mangueiras, manômetros, vacuômetros, bombas, motores e outros. A ponteira deverá ser constituída de tubos de ferro galvanizado, perfurada e ranhurada na parte inferior, protegida ou não por telas que impeçam a entrada de partículas finas do solo. Acima do trecho perfurado deverão ser conectados tubos de comprimentos variáveis, conforme as necessidades do projeto. 2.4.2 Equipamentos As ponteiras serão instaladas de acordo com o projeto, através de injeção direta, cravação ou implantadas em pré- furos. Neste último caso, deverão ser executados os pré-furos até as profundidades previstas pelo projeto, e instaladas as ponteiras com o preenchimento do furo ao redor da ponteira com areia de granulação média e grossa. 2.4.3 Processo executivo Após a implantação das ponteiras, estas serão acopladas ao tubo coletor já instalado. Este acoplamento será realizado através de mangueiras flexíveis, a fim de reduzir as perdas de carga, e dotadas de um registro para controle de vácuo e da vazão. O tubo coletor será ligado ao conjunto de bombas de vácuo e de recalque. Nestes conjuntos serão instalados hidrômetros para controle da eficiência do processo de rebaixamento de lençol freático. Antes do início do rebaixamento deverá ser verificado e testado o sistema, eliminando as possíveis entradas falsas de ar e conseqüente perda de eficiência. Os vacuômetros serão permanentemente controlados, de modo a permitir a regulagem do sistema. 2.4.4 Recebimento O sistema será considerado adequado e recebido desde que todas as ponteiras estejam funcionando com o fluxo de água previsto, no intervalo de tempo adotado. 2.5 Poços Injetores, Ejetores e Poços Profundos com Bomba Submersa 2.5.1 Materiais A Contratada deverá fornecer todos os materiais para a execução e operação dos poços, tais como tubulações, bombas, material de filtro e outros necessários. 2.5.2 Equipamentos Deverão ser empregados perfuratrizes, tubos de revestimento, conjunto de bombas, equipamentos de solda e outros que se fizerem necessários. 2.5.3 Processo executivo O método de perfuração dos poços deverá ser de “circulação reversa”, não sendo permitida a utilização de lama bentonítica no processo de perfuração. Ao se iniciar a perfuração, será colocado um tubo de revestimento na superfície para evitar o desmoronamento das camadas superficiais. Uma vez terminada a perfuração, será feita a limpeza do furo com circulação de água, adicionando-se água limpa antes da implantação das tubulações. Nas perfurações serão instalados tubos lisos não perfurados, ligados a tubos-filtro perfurados, de acordo com o previsto no projeto. Para fins de transporte e estocagem, os tubos receberão somente uma proteção oleosa fina, a fim de impedir a corrosão. É vedada a utilização de impermeabilizante de alta viscosidade que possa obturar as aberturas dos tubos- filtro. Os tubos a ser colocados dentro da perfuração deverão ter suas peças ou trechos soldados com solda contínua, a fim de permitir uma vedação absoluta. Todo o conjunto de tubos deverá ser dotado de alças espaçadoras, locadas na base dos tubos e a cada 4 metros, permitindo assim manter sua centralização. A descida do conjunto de tubos deverá ser cuidadosa e pelo seu próprio peso. A cota de base do conjunto de tubos deverá ser exatamente a estipulada no projeto, mesmo que as perfurações tenham prosseguido além do normal. Os pedaços vazios serão preenchidos com material filtrante. Após a colocação dos tubos na perfuração, serão locados entre as paredes dos tubos e a parede da perfuração os materiais previstos pelo projeto, estritamente dentro das especificações propostas. O material, durante a sua colocação nos poços, não deverá entrar em contato com o solo da superfície ou ser acumulado na boca do poço sem isolamento do solo, de modo a permanecer íntegro, sem a presença de elementos que possam vir a prejudicar a sua ação de filtro. Após a colocação dos materiais, será executado o selo de vedação na boca dos poços, conforme indicado no projeto. Após a instalação do conjunto de tubos, do material filtrante e dos selos de vedação, será iniciada a operação de limpeza, em tempo suficiente para que sejam removidas todas as partículas finas retidas no material filtrante, tubos perfurados e paredes da perfuração. Quando se tratar de poços profundos com bomba submersa, esta será previamente instalada juntamente com os conjuntos de tubos. A operação deste tipo de bombas deverá 25 /2 PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO ser automática, comandada por dois eletrodos de comando, um superior e um inferior, localizados próximos à base do poço e da bomba submersa. Acima do eletrodo de comando superior de cada poço, à distância de um metro, deverá ser instalado um eletrodo de alarme. Todas as ligações elétricas deverão estar bem isoladas e, quando forem enterradas, será necessário instalar tubos de proteção e caixas para verificação de eventuais avarias no sistema elétrico. A instalação elétrica será feita de tal forma que cada bomba possa ser operada separadamente. Para o sistema de poços injetores, cada poço será ligado aos tubos de injeção e de sucção, que por sua vez deverão ser ligados ao conjunto de bombas centrais de acionamento. Serão colocados registros em cada um dos poços para permitir a operação isolada e os serviços de reparação, sem a obrigatoriedade de interrupção do sistema de rebaixamento. As tubulações de superfície deverão ser executadas com tubos de ferro galvanizado, apresentando juntas adequadamente vedadas e com as dimensões previstas no projeto. Nos poços em que foram previstas aplicações de vácuo, o procedimento de execução deverá ser idêntico aos citados anteriormente, incluindo os cuidados a seguir apresentados: • a tampa dos tubos junto à superfície, assim como todas as conexões, deverá ser executada com vedação absoluta para evitar perdas de vácuo; • antes da aplicação do vácuo, os poços deverão ser ligados gravitacionalmente, por um determinado intervalo de tempo, para a liberação dos conjuntos pela Fiscalização. Deverão ser instalados os hidrômetros, manômetros e vacuômetros previstos no projeto, para controle da operação do sistema de rebaixamento. 2.5.4 Recebimento O sistema de rebaixamento será considerado adequado e recebido após a aprovação de cada um dos seus elementos em condições de fluxo de água. 2.6 Drenos Verticais de Areia 2.6.1 Materiais A Contratada deverá fornecer todos os materiais para a execução dos serviços, tais como areia, revestimento e outros que se fizerem necessários. 2.6.2 Equipamentos Serão utilizadas perfuratrizes e demais equipamentos necessários. 2.6.3 Processo Executivo Os drenos serão executados com as dimensões, profundidades e locações previstas no projeto. Na perfuração, evitar o uso de lama, sendo vedado o uso de lama bentonítica. Os tubos de revestimento serão retirados após a perfuração. 2.6.4 Recebimento O sistema será considerado adequado e recebido desde que executado de acordo com as condições desta Prática e as especificações de projeto. 3. NORMAS E PRÁTICAS COMPLEMENTARES A execução de serviços de Rebaixamento de Lençol Freático deverá atender também às seguintes Normas e Práticas Complementares: • Práticas de Projeto, Construção e Manutenção de Edifícios Públicos Federais; • Normas da ABNT e do INMETRO: NBR 6122 - Projeto e Execução de Fundações - Procedimento NBR 6484 - Execução de sondagens de simples reconhecimento de solos; • Códigos, Leis, Decretos, Portarias e Normas Federais, Estaduais e Municipais, inclusive normas de concessionárias de serviços públicos; • Instruções e Resoluções dos Órgãos do Sistema CREA- CONFEA. PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 28 /2 cravadas, quando da cravação de uma nova estaca do bloco. Se forem registrados deslocamentos sensíveis, a critério da Fiscalização, serão tomadas medidas que assegurem o comportamento previsto no projeto das estacas deslocadas, como, por exemplo, a recravação. Durante a cravação, a estaca deverá ter a sua cabeça protegida por um capacete, provido de um coxim de corda ou de outro material adequado, que se adapte ao capacete e se apoie a um bloco de madeira. As estacas deverão ser arrasadas na cota de projeto, com todo o cuidado, de modo a assegurar a sua integridade e comportamento homogêneo. 2.2.4 Recebimento A estaca será considerada aprovada pela Fiscalização quando tiver sido obtida a nega prevista no projeto e se executada de conformidade com esta Prática e na locação indicada no projeto. 2.3 Estacas Pré-Moldadas 2.3.1 Materiais As estacas recebidas na obra deverão atender às especificações de projeto e estar perfeitamente curadas e isentas de fissuras. 2.3.2 Equipamentos O equipamento a ser utilizado na cravação será do tipo bate-estaca “queda-livre”, “vapor” ou “diesel”, e compatível com as dimensões, comprimento e carga de trabalho previstos no projeto. 2.3.3 Processo Executivo O equipamento será posicionado de tal modo que a estaca seja cravada exatamente no ponto indicado no projeto. Deverá ser verificada a verticalidade da torre, a fim de assegurar a inclinação da estaca dentro dos limites especificados no projeto. O sistema adotado para transporte, armazenamento e colocação na posição de cravação e nas guias dos bate- estacas deverá ser realizado de modo a impedir fratura ou estilhaçamento do concreto. As estacas danificadas deverão ser substituídas por outras em perfeitas condições. Toda estaca danificada nas operações de cravação deverá ser corrigida ou substituída mediante consulta prévia ao autor do projeto. Em blocos com mais de duas estacas deverá ser realizada a medida do levantamento de estacas cravadas, quando da cravação de uma nova estaca no bloco. Quando forem registrados deslocamentos sensíveis, a critério da Fiscalização, poderão ser tomadas as seguintes medidas: • recravação das estacas afetadas; • cravação de novas estacas, considerando danificadas as que tiverem apresentado movimentação. A emenda nas estacas será aceita desde que assegure o comportamento uniforme e contínuo das estacas. Só serão aceitas emendas por simples justaposição em estacas não sujeitas a esforços horizontais ou de tração. Em casos especiais as emendas serão do tipo rígido, isto é, soldadas com anel ou concretadas “in loco”, ou outro tipo sujeito à aprovação da Fiscalização. As estacas serão arrasadas na cota de projeto, com todo o cuidado, de modo a assegurar a integridade do concreto e o comportamento homogêneo da estaca. As estacas somente serão liberadas para cravação após a comprovação da resistência do concreto e aço utilizados pelo fornecedor, realizada mediante apresentação de certificados de controle tecnológico, que deverão ser compatíveis com as características adotadas no projeto. Durante a cravação, o boletim de cravação deverá ser preenchido adequadamente, a fim de permitir o controle de execução. Para todas as estacas, o boletim de cravação deverá indicar o número aplicado de golpes para o avanço sucessivo de metro em metro. 2.3.4 Recebimento Uma estaca será rejeitada quando apresentar fissura ou várias fissuras visíveis, que se estendam por todo o perímetro da seção transversal, ou quando acusar imperfeições que, a critério da Fiscalização, afetem a sua resistência ou vida útil. A estaca será considerada aprovada quando tiver sido obtida a nega prevista, bem como executada de conformidade com esta Prática e na locação indicada no projeto. A nega deverá ser determinada no mínimo três vezes consecutivas, para a nega média determinada numa série de dez golpes. 2.4 Estacas de Aço Para a execução das fundações com estacas de aço, serão válidas todas as recomendações apresentadas nos itens 2.2 e 2.3, salientando-se ainda os aspectos a seguir descritos. As estacas de aço deverão ter formas e dimensões rigorosamente de conformidade com o projeto, inclusive no que se refere aos detalhes de emendas. Deverão ser praticamente retilíneas e resistir à corrosão pela própria natureza da liga metálica ou por tratamento adequado. Quando inteiramente enterradas, poderão ser dispensado tratamento especial, porém, havendo trechos desenterrados, será obrigatória a proteção com o encamisamento. Se for o caso, conforme indicação de projeto, deverá ser verificado o nível correto do lençol freático, para a definição do eventual comprimento adicional do encamisamento de proteção. 2.5 Estacas Tipo “Strauss” 2.5.1 Materiais Os materiais utilizados na execução de estacas tipo “Strauss”, concreto e aço, obedecerão às especificações de projeto. 29 /2 PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 2.5.2 Equipamentos O equipamento constará de um tripé de aço ou madeira acoplado a um motor, de uma sonda de percussão especial, de um soquete e demais equipamentos acessórios. 2.5.3 Processo executivo Inicialmente deverá ser implantado o tripé exatamente no posicionamento das estacas a serem executadas. O tripé será localizado de forma que o soquete preso ao cabo de aço fique centralizado com o piquete de locação. Com o soquete será iniciada a perfuração até a profundidade de cerca de 1,00 a 2,00 metros, furo este que servirá de guia para a introdução do primeiro tubo, dentado na extremidade inferior, chamado “coroa”. Com a introdução da “coroa”, o soquete será substituído pela sonda de percussão que, por golpes sucessivos, deverá remover o solo do interior e abaixo da “coroa”, automaticamente introduzida no terreno. Quando a “coroa” estiver toda cravada, será rosqueado o novo segmento do tubo e o processo de escavação avançará sucessivamente até atingir uma camada de solo resistente, compatível com a carga de projeto, ou até que se tenha um comprimento considerado suficiente pela Fiscalização. Após o término da escavação será realizada a limpeza da lama e água acumuladas no furo, utilizando-se a sonda. A seguir, a sonda será substituída pelo soquete e se iniciará o processo de concretagem. Inicialmente será lançado concreto no tubo em quantidade que permita obter uma coluna de um metro de altura e, sem retirar ou puxar a tubulação de revestimento, o concreto será apiloado. Para a execução do fuste, o concreto será novamente lançado e, à medida em que for apiloado, a tubulação será retirada com emprego de guincho. Para a garantia da continuidade do fuste, dever-se-á sempre manter dentro da tubulação, durante o apiloamento, uma coluna de concreto suficiente para ocupar todo o espaço perfurado e evitar eventuais vazios no subsolo. Desta forma, o pilão nunca deverá entrar em contato direto com o solo da parede da estaca. Caso a estaca possua armadura ao longo do fuste, esta deverá ser colocada após a operação de apiloamento da base, de conformidade com o projeto. Caso contrário, será executada somente a armação da cabeça da estaca. Finalmente a cabeça deverá ser preparada e arrasada na cota indicada no projeto. 2.5.4 Recebimento O controle de qualidade do concreto e da armadura deverá ser realizado de conformidade com a Prática de Construção de Estruturas de Concreto. As estacas serão consideradas adequadas e recebidas se executadas conforme esta Prática e na locação indicada no projeto. 2.6 Estacas Escavadas de Grande Diâmetro (Estacões) 2.6.1 Materiais Os materiais utilizados na execução de estacas de grande diâmetro, concreto, aço e lama bentonítica, obedecerão às especificações de projeto. Normalmente serão empregados concretos com plasticidade correspondente a um “slump” de 20 ± 2 cm. A composição da suspensão de bentonita deverá garantir a estabilidade da perfuração durante todos os estágios da execução. 2.6.2 Equipamentos Deverão ser previstos todos os equipamentos principais e acessórios para a execução, tais como torre para escavação a trado ou com caçamba, trépano, trombas para concretagem, guindaste para posicionamento da armação, tanques d’água, tanques de estoque de bentonita e outros. 2.6.3 Processo Executivo A escavação será iniciada a seco, em uma profundidade de 2,00 a 4,00 metros, para o posicionamento do tubo-guia metálico. Após a implantação do tubo-guia, será iniciada a escavação da estaca com uso da lama bentonítica, em circulação contínua, e com qualidade controlada. O processo de escavação avançará até se atingir uma camada de solo resistente, compatível com a carga de projeto da estaca, ou até que se tenha um comprimento considerado suficiente pela Fiscalização. O início das operações de concretagem ocorrerá, sempre que possível, imediatamente após o término da escavação, não sendo aceitável intervalo superior a 24 horas. Neste caso, a escavação deverá ser reiniciada e avançar o necessário, a critério da Fiscalização. Se a suspensão de lama bentonítica permanecer muito tempo na escavação durante as interrupções de trabalho, dever-se-á evitar que desça abaixo do tubo-guia. Será mantida uma equipe permanente de emergência que adicione maiores quantidades de suspensão na escavação, mantendo-a homogênea. Não poderá ser adicionada água pura à lama da escavação sem o controle adequado. No caso da necessidade de emprego do trépano para avanço da escavação, esta somente poderá ter continuidade se não produzirem vibrações que venham pôr em risco edificações vizinhas. Após o término da escavação, a armadura montada em gaiolas pré-fabricadas será posicionada. A armadura não deverá ficar imersa na suspensão de bentonita por mais de 2 horas, sem que a concretagem seja processada. Pouco antes de se posicionar a armadura ou iniciar a concretagem, a lama será trocada mediante recirculação, de modo a torná-la homogênea. O sistema de caranguejos, espaçadores e gabaritos da armadura serão montados de forma a não impedir a passagem da tromba de concretagem. Nos casos em que a gaiola pré-fabricada seja de difícil colocação ou manuseio devido à sua altura, poderá, após aprovação da Fiscalização, ser executada em duas ou mais partes, garantindo-se na fase de colocação a perfeita rigidez e união entre as partes. PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 30 /2 A concretagem será executada através do emprego de funil e tromba. Antes do início dos serviços de concretagem, o teor de areia da suspensão será controlado, verificando se é adequado ao processo de concretagem. O concreto nunca atravessará a suspensão em contato direto, mas introduzido através do funil e tubo de concretagem, inteiramente liso na face interna. A consistência do concreto será estabelecida de modo que a boca de descarga (tremie) dos tubos de concretagem termine sempre 2,0 metros abaixo da superfície de concreto. Em hipótese alguma serão admitidas interrupções na concretagem superiores a 15 minutos. Constatada a ocorrência de junta fria, a Contratada deverá apresentar à Fiscalização o esquema das providências que julgar necessárias para a devida aprovação. A concretagem deverá avançar no mínimo 50 cm acima da cota de arrasamento indicada no projeto. A operação final consistirá no preparo da cabeça da estaca com a remoção do concreto de má qualidade, estimado em 50 cm. Se ainda houver concreto de má qualidade abaixo da cota de arrasamento, ele deverá ser removido e a estaca reconcretada até a cota de arrasamento indicada no projeto. O controle da execução da estaca compreenderá os seguintes itens: • controle das dimensões da estaca e das fases de execução, mediante preenchimento do boletim de cravação; • controle do consumo de concreto; • controle da qualidade da lama bentonítica, mediante determinação do peso específico, viscosidade, alcalinidade, teor de areia e outros dados que a Fiscalização julgar necessários; • controle da resistência do concreto; • controle de qualidade do concreto e da armadura de acordo com a Prática de Construção de Estruturas de Concreto. 2.6.4 Recebimento A estaca será considerada adequada e recebida se executada de conformidade com esta Prática e na locação indicada no projeto. 2.7 Estacas Tipo “Franki” 2.7.1 Materiais Os materiais utilizados na execução de estacas tipo “Franki”, concreto, brita e aço, obedecerão às especificações de projeto. 2.7.2 Equipamentos O equipamento a ser empregado será o bate-estacas tipo “Franki”, com pilão e os tubos de cravação que se fizerem necessários. O equipamento será tal que: • a altura da torre seja compatível com o comprimento previsto para as estacas a serem executadas; • o diâmetro do pilão seja compatível com a armação das estacas previstas no projeto; • o comprimento do tubo de cravação seja maior que o comprimento previsto da estaca mais a diferença de cota entre o terreno e o arrasamento da estaca. Caso a ponta do pilão apresente desgaste que acarrete compactação desigual do concreto, o pilão deverá ter sua ponta ajustada com soldagem adequada. Excepcionalmente será permitida, a critério da Fiscalização, a complementação do comprimento do tubo através de emenda por encaixe, desde que se situe acima do nível d’água do terreno, não tenha comprimento superior a 25% do comprimento da estaca a executar e tenha o diâmetro compatível com o da estaca. 2.7.3 Processo Executivo O bate-estaca deverá ser posicionado exatamente no ponto de cravação da estaca, devendo ser verificada a verticalidade ou a inclinação da guia e da torre do equipamento, para não permitir que seja ultrapassada a tolerância da inclinação da estaca indicada nas especificações do projeto. A execução será iniciada com a cravação do tubo, devendo ser observada, na execução de estacas de um mesmo apoio, a seqüência de execução do centro para a periferia ou de um bordo em direção ao outro. As estacas deverão ser cravadas até obter as negas especificadas no projeto ou aprovadas pela Fiscalização. O momento para iniciar a determinação das negas será indicado quando: • a curva do gráfico de cravação mostrar uma tendência mais acentuada em se tornar paralela ao eixo de número de golpes; • a energia necessária para a cravação de 0,50 m de tubo for compatível com a carga de projeto. Serão verificadas constantemente durante a cravação possíveis infiltrações de água. Nessa etapa de execução da estaca cuidar para que seja mantida a altura da bucha dentro do tubo de cravação, adicionando mais brita ou concreto, quando necessário. Obtidas as negas indicadas e definida a cota de assentamento da ponta da estaca, será iniciada a expulsão da bucha e executado o alargamento da base. O volume mínimo da base será o indicado no projeto, bem como a energia necessária para introduzir o concreto final. Na etapa de abertura da base ou formação do bulbo, a altura de queda do pilão não deverá ser superior a 6 metros. Após a execução da base, será introduzida a armadura pré-fabricada em gaiolas contínuas, não sendo permitido o emprego de seções justapostas. A armadura será montada de forma a permitir a passagem do pilão previsto na execução. Nos casos em que se observar o levantamento de estacas vizinhas acima de 2,5 cm, a armadura deverá ser ancorada na base, de modo a garantir o comportamento homogêneo da estaca. A última caçambada de concreto da base deverá ser 33 /2 PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO será realizada pela leitura na mesma escala que indicará o trecho em que foi retirada a haste de perfuração durante a injeção. A cota de arrasamento será aquela indicada no término da injeção. Verticalidade A verticalidade será controlada através da verificação constante do prumo do mastro do equipamento e garantida até uma profundidade de 30 m em solos predominantemente argilosos, e de 15 m a 30 m em solos arenosos em função da variação da sua densidade. Para profundidades superiores, o procedimento será definido a partir da análise específica de cada caso. Diâmetro Os fatores que deverão determinar o diâmetro de uma coluna, a partir do conhecimento do solo, e de sua resistência, são: • pressão da bomba; • tempo de injeção; • velocidade de rotação da haste, em R.P.M.; • densidade da mistura; • diâmetro do injetor; • pressão no ar comprimido (no caso de J.G.). Resistência Para a mesma quantidade de cimento bombeada no solo, a resistência das colunas é função do tipo de solo. A resistência será definida em projeto após a análise do tipo de solo a tratar. Serão retirados corpos de prova em colunas testes para realização de ensaios de verificação dos parâmetros intervenientes, bem como para verificar se os diâmetros previstos no projeto estão sendo alcançados. 2.9.5 Recebimento As colunas de solo cimento serão aceitas e recebidas desde que atendidas as condições especificadas no projeto. 2.10 Tubulões 2.10.1 Materiais Os materiais utilizados na execução de tubulões, como concreto, aço e camisas (de concreto ou aço), obedecerão às especificações de projeto. 2.10.2 Equipamentos O equipamento a ser utilizado dependerá do método executivo. No caso da presença do lençol freático acima das cotas de assentamento previstas, conforme indicação do projeto, será empregado todo o equipamento específico de ar comprimido, como campânula e maquinário de descompressão. 2.10.3 Processo Executivo Os tubulões deverão ser executados com as dimensões e características indicadas no projeto. Os fustes de tubulões poderão ser escavados, manual ou mecanicamente, em função das condições da obra a ser realizada. A abertura da base deverá ser realizada manualmente. Os tubulões deverão ser escavados com os comprimentos indicados no projeto, que são considerados mínimos. Se for constatado, por inspeção realizada por especialista ou por ensaios efetuados na base dos tubulões, que a profundidade não está compatível com a taxa especificada no projeto, a escavação deverá avançar até a ocorrência de terreno adequado. A liberação da base será feita pela Fiscalização. Quando necessário, deverão ser instaladas camisas de concreto ou metálicas de proteção contra o desmoronamento das paredes do fuste. A execução das camisas de concreto poderá ser realizada através do emprego de anéis pré-moldados ou moldados “in loco”. A descida das camisas será efetuada através da escavação interna com o auxílio do peso próprio. No caso de camisas metálicas, a introdução no terreno poderá ser realizada pelo mesmo processo ou cravadas por percussão ou vibração. Após a liberação do tubulão para concretagem, o fundo da escavação será limpo, com remoção de lama ou materiais estranhos ou água. No caso de fundações de pilares vizinhos, assentes em cotas diferentes, a reta passando pelos bordos dos tubulões deverá fazer com a vertical um ângulo sempre superior a 60°. A fundação situada em cotas mais baixas será executada em primeiro lugar. Não será permitido o trabalho simultâneo em bases de tubulões adjacentes, tanto na fase de escavação quanto na fase de concretagem das bases. O tempo entre a conclusão do alargamento da base e a concretagem deverá ser superior a 24 horas. Sempre que a concretagem não for feita imediatamente após a conclusão do alargamento, limpeza e inspeção, uma nova inspeção deverá ser realizada. O concreto a ser empregado deverá estar de conformidade com as especificações de projeto e o controle será realizado segundo as prescrições da Prática de Construção de Estruturas de Concreto. O concreto para a execução das bases deverá ser lançado de uma altura máxima que não provoque segregação do material ou danos à superfície inferior da base. Após a concretagem da base, em função das prescrições de projeto, será posicionada a armadura em gaiola pré-fabricada. O fuste será concretado de modo a evitar a segregação do material. Quando houver infiltração pelas paredes, o concreto deverá ser lançado por meio de tremonha ou caçamba. Qualquer concretagem deverá ter um fluxo contínuo, aceitando-se interrupções de, no máximo, 1 hora. Quando a interrupção da concretagem superar 1 hora, a superfície de concreto, entre os dois lançamentos, deverá ser aproximadamente horizontal. A superfície deverá ser limpa, removendo-se os vestígios de nata, tornando-a rugosa. Se for utilizado “ar comprimido”, a pressão da câmara de trabalho deverá ser mantida 15% acima de pressão PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 34 /2 hidrostática da base do tubulão. Serão tomados todos os cuidados para a segurança dos trabalhadores durante a escavação a ar comprimido, realizando-se testes preliminares em campânula sob as condições de pressão de trabalho. Para efeito do controle da execução, será preenchido o boletim de cravação, com todos os seus dados. 2.10.4 Recebimento Os serviços serão considerados recebidos se executados de acordo com esta Prática e na locação indicada no projeto. 3. NORMAS E PRÁTICAS COMPLEMENTARES A execução de serviços de Fundações deverá atender também às seguintes Normas e Práticas Complementares: • Práticas de Projeto, Construção e Manutenção de Edifícios Públicos Federais; • Normas da ABNT e do INMETRO: NBR 6118 - Cálculo e Execução de Obras de Concreto Armado - Procedimento NBR 6121 - Prova de Carga à Compressão de Estacas Verticais - Procedimento NBR 6122 - Projeto e Execução de Fundações - Procedimento • Códigos, Leis, Decretos, Portarias e Normas Federais, Estaduais e Municipais, inclusive normas de concessionárias de serviços públicos; • Instruções e Resoluções dos Órgãos do Sistema CREA- CONFEA. 35 /2 PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO ANEXO 1 FISCALIZAÇÃO • exigir o preparo das juntas de concretagem de acordo com o prescrito nas Práticas de Construção correspondentes; • comprovar no local e durante as faces da execução das fundações os perfis geotécnicos e geológicos indicados nas sondagens do terreno, para confirmação das profundidades de assentamento das sapatas e as tensões admissíveis previstas no projeto. Fundações Profundas a) Estacas de Madeira • exigir, analisar e liberar o plano de execução das fundações; • verificar permanentemente a locação das estacas; • verificar a qualidade, o tratamento com produto fungicida, as dimensões, cotas e arrasamento e negas; • após a execução das estacas, verificar junto ao autor do projeto e/ou consultor de Fundações a necessidade de realização de provas de carga. b) Estacas Moldadas no Local • exigir, analisar e liberar o planto de execução das fundações; • verificar a verticalidade dos tubos durante a cravação, principalmente do primeiro tubo-guia; • confrontar o tipo de material extraído com o indicado na sondagem quando for atingida a profundidade prevista no projeto; • inspecionar o fundo do poço, para verificação de ausência de água, com o auxílio de foco de luz, descida de sonda ou outro processo conveniente; • cuidar para que seja preparado o concreto para lançamento imediato, em caso de terrenos permeáveis; • recusar as estacas que não atenderem às características exigidas pelo projeto e pela Prática de Construção; • exigir que cada estaca seja totalmente preenchida com o concreto, antes do início da retirada dos tubos, recusando a formação de bulbo de concreto seco na ponta da estaca; • comprovar que a retirada dos tubos seja suficientemente lenta, e que o concreto seja simultaneamente bem apiloado; • se as camadas superficiais do terreno forem fracas, principalmente areias muito fofas, cuidar para que não seja cravada uma estaca imediatamente ao lado da outra recém executada, alternando, neste caso, a sua cravação; • escolher por amostragem algumas estacas e escavar em torno do fuste, até atingir o nível d’água (se este for muito profundo, escavar até no mínimo 3 m de profundidade), para verificação das condições obtidas para o concreto e a sua continuidade; SUMÁRIO 1. Objetivo 2. Fiscalização 1. OBJETIVO Estabelecer as diretrizes gerais para a Fiscalização dos serviços de Fundações. 2. FISCALIZAÇÃO A Fiscalização deverá realizar, além das atividades mencionadas na Prática Geral de Construção, as seguintes atividades específicas: Escavações e Reaterros • observar se as escavações estão sendo executadas com as dimensões necessárias, e se foram tomadas as devidas precauções quanto ao escoramento e proteção das paredes e muros de divisa porventura existentes; • acompanhar a execução do reaterro das cavas, verificando se é executado conforme o procedimento estabelecido na Prática de Construção correspondente. Escoramentos • observar se são obedecidas durante a execução, as determinações contidas no projeto e na Prática de Construção; • exigir escoramentos adequados, quando necessários e não previstos no projeto e na Prática de Construção. Fundações Diretas • exigir, analisar e liberar o plano de execução das fundações • observar se o lastro aplicado satisfaz às exigências do projeto quanto ao tipo e dimensões (espessura principalmente), e se o fundo da caixa foi convenientemente apiloado antes do seu lançamento; • liberar a execução da concretagem da peça, após conferir as dimensões, os alinhamentos, as condições de travamento, vedação e limpeza das formas, posicionamento e bitolas da armadura, de acordo com o projeto; • acompanhar a execução da concretagem, observando se são obedecidas as recomendações sobre o preparo, o transporte, o lançamento, a vibração, a cura e a desforma do concreto, descritas nas Práticas de Construção; • controlar, com o auxílio de laboratório, a resistência do concreto utilizado e a qualidade do aço empregado, programando a realização dos ensaios necessários à comprovação das exigências do projeto, catalogando e arquivando os relatórios de resultado dos ensaios; PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 38 /2 Além destas especificações, os materiais deverão atender às características técnicas e de utilização preconizadas pelos fabricantes e processos patenteados de protensão a ser empregados. O aço para protensão deverá ser ensaiado em laboratório idôneo e aceito pela Fiscalização, segundo as Normas NBR 6349 e NBR 7483, no que se referem aos limites mínimos de carga de ruptura e carga a 1% de alongamento. 2.1.2 Processo Executivo 2.1.2.1 Concreto armado A Contratada deverá fornecer, cortar, dobrar e posicionar todas as armaduras de aço, incluindo estribos, fixadores, arames, amarrações e barras de ancoragem, travas, emendas por superposição ou solda, e tudo o mais que for necessário à execução desses serviços, de acordo com as indicações do projeto e orientação da Fiscalização. Cobrimento Qualquer armadura terá cobrimento de concreto nunca menor que as espessuras prescritas no projeto e na Norma NBR 6118. Para garantia do cobrimento mínimo preconizado em projeto, serão utilizados distanciadores de plástico ou pastilhas de concreto com espessuras iguais ao cobrimento previsto. A resistência do concreto das pastilhas deverá ser igual ou superior à do concreto das peças às quais serão incorporadas. As pastilhas serão providas de arames de fixação nas armaduras. Limpeza As barras de aço deverão ser convenientemente limpas de qualquer substância prejudicial à aderência, retirando as camadas eventualmente agredidas por oxidação. A limpeza da armação deverá ser feita fora das respectivas fôrmas. Quando realizada em armaduras já montadas em fôrmas, será executada de modo a garantir que os materiais provenientes da limpeza não permaneçam retidos nas fôrmas. Corte O corte das barras será realizado sempre a frio, vedada a utilização de maçarico. Dobramento O dobramento das barras, inclusive para ganchos, deverá ser realizado com os raios de curvatura previstos no projeto, respeitados os mínimos estabelecidos nos itens 6.3.4.1 e 6.3.4.2 da Norma NBR 6118. As barras de aço serão sempre dobradas a frio. As barras não poderão ser dobradas junto às emendas com solda. Emendas As emendas por traspasse deverão ser executadas de conformidade com o projeto executivo. As emendas por solda, ou outro tipo, deverão ser executadas de conformidade com as recomendações da Norma NBR 6118. Em qualquer caso, o processo deverá ser também aprovado através de ensaios executivos de acordo com a Norma NBR 6152. Fixadores e Espaçadores Para manter o posicionamento da armadura durante as operações de montagem, lançamento e adensamento do concreto, deverão ser utilizados fixadores e espaçadores, a fim de garantir o cobrimento mínimo preconizado no projeto. Estes dispositivos serão totalmente envolvidos pelo concreto, de modo a não provocarem manchas ou deterioração nas superfícies externas. Montagem Para a montagem das armaduras deverão ser obedecidas as prescrições do item 10.5 da Norma NBR 6118. Proteção Antes e durante o lançamento do concreto, as plataformas de serviço deverão estar dispostas de modo a não acarretar deslocamento das armaduras. As barras de espera deverão ser protegidas contra a oxidação, através de pintura com nata de cimento e ao ser retomada a concretagem, serão limpas de modo a permitir uma boa aderência. 2.1.2.2 Concreto Protendido A amarração dos fios deverá ser realizada de preferência com fita adesiva, em vez de arame recozido, cujas pontas poderiam danificar a bainha. As extremidades dos cabos na região das ancoragens (extensão de 70 cm de cada extremidade) não deverão ter amarrações, para evitar interferências com as operações de protensão. As extremidades deverão também ser absolutamente limpas, isentas de vestígios de cimento, pintura, lama, graxa, óleo, irregularidades dos fios e eventuais depósitos de cobre ou chumbo do tratamento térmico do fio, a fim de garantir o perfeito ajuste requerido na protensão. Havendo necessidade de emendas nas bainhas, estas não deverão ser executadas com espaçamento superior ao recomendado pelo fabricante. Neste caso, serão realizadas com duplo recobrimento das extremidades, por meio de luvas especialmente fabricadas para esse fim, calafetadas nas extremidades com fita crepe. A montagem dos cabos deverá ser realizada a partir dos mais longos, a fim de diminuir as perdas. O comprimento dos fios deverá ser verificado antes do corte. Nos cabos compostos por cordoalhas, poderá ser dispensada a mola central, se admitida no projeto. Especiais cuidados deverão ser tomados na operação de adensamento, para evitar que a ação dos vibradores possa danificar as bainhas. Algumas horas após a concretagem, as bainhas deverão ser lavadas com água sob pressão e os cabos deverão ser movimentados com tirfor. 2.1.3 Recebimento Para o recebimento dos serviços serão verificadas todas as etapas do processo executivo, conforme descrito no itens anteriores. 2.2 Fôrmas 2.2.1 Materiais - Concreto Armado e Protendido 39 /2 PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO Os materiais de execução das fôrmas serão compatíveis com o acabamento desejado e indicado no projeto. Partes da estrutura não visíveis poderão ser executadas com madeira serrada em bruto. Para as partes aparentes, será exigido o uso de chapas compensadas, madeira aparelhada, madeira em bruto revestida com chapa metálica ou simplesmente outros tipos de materiais, conforme indicação no projeto e conveniência de execução, desde que sua utilização seja previamente aprovada pela Fiscalização. As madeiras deverão ser armazenadas em locais abrigados, onde as pilhas terão o espaçamento adequado, a fim de prevenir a ocorrência de incêndios. O material proveniente da desforma, quando não mais aproveitável, será retirado das áreas de trabalho. 2.2.2 Processo Executivo A execução das fôrmas deverá atender às prescrições da Norma NBR 6118. Será de exclusiva responsabilidade da Contratada a elaboração do projeto da estrutura de sustentação e escoramento, ou cimbramento das formas. A Fiscalização não autorizará o início dos trabalhos antes de ter recebido e aprovado os planos e projetos correspondentes. As fôrmas e seus escoramentos deverão ter suficiente resistência para que as deformações, devido à ação das cargas atuantes e das variações de temperatura e umidade, sejam desprezíveis. As fôrmas serão construídas de forma a respeitar as dimensões, alinhamentos e contornos indicados no projeto. No caso de concreto aparente, as fôrmas deverão ser executadas de modo a que o concreto apresente a textura e a marcação das juntas exigidas pelo projeto arquitetônico adequado ao plano de concretagem. Os painéis serão perfeitamente limpos e deverão receber aplicação de desmoldante, não sendo permitida a utilização de óleo. Deverá ser garantida a estanqueidade das fôrmas, de modo a não permitir a fuga de nata de cimento. Toda vedação das fôrmas será garantida por meio de justaposição das peças, evitando o artifício da calafetagem com papéis, estopa e outros materiais. A manutenção da estanqueidade das fôrmas será garantida evitando-se longa exposição antes da concretagem. A amarração e o espaçamento das fôrmas deverão ser realizados por meio de tensor passando por tubo plástico rígido de diâmetro adequado, colocado com espaçamento uniforme. A ferragem será mantida afastada das fôrmas por meio de pastilhas de concreto. 2.2.2.1 Escoramento As fôrmas deverão ser providas de escoramento e travamento, convenientemente dimensionados e dispostos de modo a evitar deformações e recalques na estrutura superiores a 5mm. Serão obedecidas as prescrições contidas na Norma NBR 6118. 2.2.2.2 Precauções Anteriores ao Lançamento do Concreto Antes do lançamento do concreto, as medidas e as posições das fôrmas deverão ser conferidas, a fim de assegurar que a geometria da estrutura corresponda ao projeto, com as tolerâncias previstas na Norma 6118. As superfícies que ficarão em contato com o concreto serão limpas, livres de incrustações de nata ou outros materiais estranhos, e convenientemente molhadas e calafetadas, tomando-se ainda as demais precauções constantes no item 9.5 da Norma NBR 6118. 2.2.2.3 Desfôrma As fôrmas serão mantidas até que o concreto tenha adquirido resistência para suportar com segurança o seu peso próprio, as demais cargas atuantes e as superfícies tenham adquirido suficiente dureza para não sofrer danos durante a desforma. A Contratada providenciará a retirada das fôrmas, obedecendo ao artigo 14.2 da Norma NBR 6118, de modo a não prejudicar as peças executadas, ou a um cronograma acordado com a Fiscalização. 2.2.2.4 Reparos As pequenas cavidades, falhas ou imperfeições que eventualmente aparecerem nas superfícies serão reparadas de modo a restabelecer as características do concreto. As rebarbas e saliências que eventualmente ocorrerem serão reparadas. A Contratada deverá apresentar o traço e a amostra da argamassa a ser utilizada no preenchimento de eventuais falhas de concretagem. Todos os serviços de reparos serão inspecionados e aprovados pela Fiscalização. 2.2.3 Recebimento Para o recebimento dos serviços, serão verificadas todas as etapas do processo executivo, conforme descrito nos itens anteriores. 2.3 Concreto 2.3.1 Materiais 2.3.1.1 Cimento O cimento empregado no preparo do concreto deverá satisfazer as especificações e os métodos de ensaio brasileiros. O cimento Portland comum atenderá à Norma NBR 5732 e o de alta resistência inicial à Norma NBR 5733. Para cada partida de cimento será fornecido o certificado de origem correspondente. No caso de concreto aparente, não será permitido o emprego de cimento de mais de uma marca ou procedência. O armazenamento do cimento no canteiro de serviço será realizado em depósitos secos, à prova d’água, adequadamente ventilados e providos de assoalho, isolados do solo, de modo a eliminar a possibilidade de qualquer dano, total ou parcial, ou ainda misturas de cimento de diversas procedências. Também deverão ser observadas as prescrições das Normas NBR 5732 e NBR 6118. O controle de estocagem deverá permitir a utilização seguindo a ordem cronológica de entrada no depósito. PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 40 /2 2.3.1.2 Agregados Os agregados, tanto graúdos quanto miúdos, deverão atender às prescrições das Normas NBR 7211 e NBR 6118, bem como às especificações de projeto quanto às características e ensaios. Agregado Graúdo Será utilizado o pedregulho natural ou a pedra britada proveniente do britamento de rochas estáveis, isentas de substâncias nocivas ao seu emprego, como torrões de argila, material pulverulento, gravetos e outros materiais. O agregado graúdo será uniforme, com pequena incidência de fragmentos de forma lamelar, enquadrando-se a sua composição granulométrica na especificação da Norma NBR 7211. O armazenamento em canteiro deverá ser realizado em plataformas apropriadas, de modo a impedir qualquer tipo de trânsito sobre o material já depositado. Agregado Miúdo Será utilizada areia natural quartzosa ou artificial resultante da britagem de rochas estáveis, com uma granulometria que se enquadre na especificação da Norma NBR 7211. Deverá estar isenta de substâncias nocivas à sua utilização, tais como mica, materiais friáveis, gravetos, matéria orgânica, torrões de argila e outros materiais. O armazenamento da areia será realizado em local adequado, de modo a evitar a sua contaminação. 2.3.1.3 Água A água usada no amassamento do concreto será limpa e isenta de siltes, sais, álcalis, ácidos, óleos, matéria orgânica ou qualquer outra substância prejudicial à mistura. Em princípio, deverá ser utilizada água potável. Sempre que se suspeitar de que a água disponível possa conter substâncias prejudiciais, deverão ser providenciadas análises físico-químicas. Deverão ser observadas as prescrições do item 8.1.3 da Norma NBR 6118. 2.3.2 Processo Executivo Será exigido o emprego de material de qualidade uniforme, correta utilização dos agregados graúdos e miúdos, de conformidade com as dimensões das peças a serem concretadas. A fixação do fator água-cimento deverá considerar a resistência, a trabalhabilidade e a durabilidade do concreto, bem como as dimensões e acabamento das peças. No caso do concreto aparente, este fator deverá ser o menor possível, a fim de garantir a plasticidade suficiente para o adensamento, utilizando-se aditivos plastificantes aprovados pela Fiscalização, de forma a evitar a segregação dos componentes. A proporção dos vários materiais usados na composição da mistura será determinada pela Contratada em função da pesquisa dos agregados, da granulometria mais adequada e da correta relação água-cimento, de modo a assegurar uma mistura plástica e trabalhável. Deverá ser observado o disposto nos itens 8.2, 8.3 e 8.4 da Norma NBR 6118. A quantidade de água usada no concreto será regulada para se ajustar às variações de umidade nos agregados, no momento de sua utilização na execução dos serviços. A utilização de aditivos aceleradores de pega, plastificantes, incorporadores de ar e impermeabilizantes poderá ser proposta pela Contratada e submetida à aprovação da Fiscalização, em consonância com o projeto estrutural. Será vedado o uso de aditivos que contenham cloreto de cálcio. Cimentos especiais, como os de alta resistência inicial, somente poderão ser utilizados com autorização da Fiscalização, cabendo à Contratada apresentar a documentação e justificativa da utilização. Deverão ser exigidos testes no caso de emprego de cimento de alto-forno e outros cimentos especiais. Todos os materiais recebidos na obra ou utilizados em usina serão previamente testados para comprovação de sua adequação ao traço adotado. A Contratada efetuará, através de laboratório idôneo e aceito pela Fiscalização, os ensaios de controle do concreto e seus componentes de conformidade com as Normas Brasileiras relativas à matéria e em atendimento às solicitações da Fiscalização, antes e durante a execução das peças estruturais. O controle da resistência do concreto obedecerá ao disposto no item 15 da Norma NBR 6118. O concreto estrutural deverá apresentar a resistência (fck) indicada no projeto. Registrando-se resistência abaixo do valor previsto, o autor do projeto estrutural deverá ser convocado para, juntamente com a Fiscalização, determinar os procedimentos executivos necessários para garantir a estabilidade da estrutura. 2.3.2.1 Mistura e Amassamento O concreto preparado no canteiro de serviço deverá ser misturado com equipamento adequado e convenientemente dimensionado em função das quantidades e prazos estabelecidos para a execução dos serviços e obras. O amassamento mecânico no canteiro deverá ser realizado sem interrupção, e deverá durar o tempo necessário para permitir a homogeneização da mistura de todos os elementos, inclusive eventuais aditivos. A duração necessária deverá aumentar com o volume da massa de concreto e será tanto maior quanto mais seco for o concreto. O tempo mínimo para o amassamento deverá observar o disposto no item 12.4 da Norma NBR 6118. A adição da água será realizada sob o controle da Fiscalização. No caso de concreto produzido em usina, a mistura deverá ser acompanhada por técnicos especialmente designados pela Contratada e Fiscalização. 2.3.2.2 Transporte O concreto será transportado até às fôrmas no menor intervalo de tempo possível. Os meios de transporte deverão assegurar o tempo mínimo de transporte, a fim de evitar a segregação dos agregados ou uma variação na trabalhabilidade da mistura. O tráfego de pessoas e equipamentos no local da concretagem deverá ser disciplinado através de tábuas e passarelas. Deverá ser obedecido o disposto no item 13.1 da Norma NBR 6118. 43 /2 PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 2.3.3 Recebimento Para o recebimento dos serviços, serão verificadas todas as etapas do processo executivo, de conformidade com os itens anteriores. 2.4 Aceitação da Estrutura Satisfeitas as condições do projeto e desta Prática, a aceitação da estrutura se fará mediante as prescrições no item 16 da Norma NBR 6118. 3. NORMAS E PRÁTICAS COMPLEMENTARES A execução de serviços de Estruturas de Concreto deverá atender também às seguintes Normas e Práticas Complementares: • Práticas de Projeto, Construção e Manutenção de Edifícios Públicos Federais; • Normas da ABNT e do INMETRO: NBR 6118 - Cálculo e Execução de Obras de Concreto Armado - Procedimento NBR 5732 - Cimento Portland Comum - Especificação NBR 5733 - Cimento Portland de Alta Resistência Inicial - Especificação NBR 6152 - Ensaio de Tração de Materiais Metálicos - Método de Ensaio NBR 6153 - Ensaio de Dobramento de Materiais Metálicos - Método de Ensaio NBR 6349 - Fios, Barras e Cordoalhas de Aço para Armaduras de Protensão - Métodos de Ensaio NBR 7187 - Cálculo e Execução de Pontes de Concreto Armado NBR 7197 - Cálculo e Execução de Obras de Concreto Protendido NBR 7480 - Barras e Fios de Aço Destinados a Armaduras para Concreto Armado NBR 7211 - Agregados para Concreto NBR 7482 - Fios de Aço para Concreto Protendido NBR 7483 - Cordoalhas de Aço para Concreto Protendido EB 233 - Barras, Fios, Cordões e Cordas de Aço Destinados à Armadura de Protensão; • Códigos, Leis, Decretos, Portarias e Normas Federais, Estaduais e Municipais, inclusive normas de concessionárias de serviços públicos; • Instruções e Resoluções dos Órgãos do Sistema CREA- CONFEA. PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 44 /2 ANEXO 1 FISCALIZAÇÃO • acompanhar a execução de concretagem, observando se são obedecidas as recomendações sobre o preparo, o transporte, o lançamento, a vibração, a desforma e a cura do concreto, descritas na Prática de Construção correspondente. Especial cuidado deverá ser observado para o caso de peças em concreto aparente, evitando durante a operação de adensamento a ocorrência de falhas que possam comprometer a textura final; • controlar com o auxílio de laboratório, a resistência do concreto utilizado e a qualidade do aço empregado, programando a realização dos ensaios necessários à comprovação das exigências do projeto, catalogando e arquivando todos os relatórios dos resultados dos ensaios; • exigir o preparo das juntas de concretagem, de acordo com o prescrito na Prática de Construção correspondente. No caso de concreto aparente, solicitar ao autor do projeto o plano de juntas, quando não indicado no projeto de arquitetura; • solicitar da Contratada, sempre que necessário, o plano de descimbramento das peças, aprovando-o e acompanhando sua execução; • verificar continuamente os prumos nos pontos principais da obra, como por exemplo: cantos externos, pilares, poços de elevadores e outros; • observar se as juntas de dilatação obedecem rigorosamente aos detalhes do projeto; • solicitar as devidas correções nas faces aparentes das peças, após a desforma, obedecendo às instruções contidas na Prática de Construção correspondente. Solicitar a orientação do autor do projeto de arquitetura no caso de reparos em peças de concreto aparente. SUMÁRIO 1. Objetivo 2. Fiscalização 1. OBJETIVO Estabelecer as diretrizes gerais para a Fiscalização dos serviços de Estruturas de Concreto. 2. FISCALIZAÇÃO A Fiscalização deverá realizar, além das atividades mencionadas na Prática Geral de Construção, as seguintes atividades específicas: • atender às solicitações efetuadas pela Contratada através da Caderneta de Ocorrências, para liberação da concretagem de partes ou peças da estrutura. Tal liberação somente se dará se for solicitada em tempo hábil, para que sejam executadas as eventuais correções necessárias; • liberar a execução da concretagem da peça, após conferir as dimensões, os alinhamentos, os prumos, as condições de travamento, vedação e limpeza das formas e do cimbramento, além do posicionamento e bitolas das armaduras, eletrodutos, passagem de dutos e demais instalações. Tratando-se de uma peça ou componente de uma estrutura em concreto aparente, comprovar que as condições das formas são suficientes para garantir a textura do concreto indicada no projeto de arquitetura; • não permitir que a posição de qualquer tipo de instalação ou canalização, que passe através de vigas ou outros elementos estruturais, seja modificada em relação à indicada no projeto, sem a prévia autorização da Fiscalização; • em estruturas especiais, solicitar, aprovar e acompanhar a execução dos planos de concretagem elaborados pela Contratada; 45 /2 PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO FUNDAÇÕES E ESTRUTURAS ESTRUTURAS METÁLICAS 2.2.3 Aplainamento de Bordas Não será necessário aplainar ou dar acabamento às bordas de chapas ou perfis cortados com serra, tesoura ou maçarico, salvo indicação em contrário nos desenhos e especificações. Bordas cortadas com tesoura deverão ser evitadas nas zonas sujeitas à formação de rótulas plásticas. Se não puderem ser evitadas, as bordas deverão ter acabamento liso, obtido por esmeril, goiva ou plaina. As rebarbas deverão ser removidas para permitir o ajustamento das partes que serão parafusadas ou soldadas, ou se originarem riscos durante a construção. 2.2.4 Produtos Laminados A não ser que sejam estabelecidas exigências especiais no Caderno de Encargos, os ensaios para a demonstração da conformidade do material com os requisitos de projeto serão limitados aos exigidos pelas normas e especificações. Se o material recebido não atender às tolerâncias da ASTM A6 relativas à curvatura, planicidade, geometria e outros requisitos, será admitida a correção por aquecimento ou desempeno mecânico, dentro dos limites indicados na norma. Os procedimentos corretivos para recondicionamento de chapas e perfis estruturais recebidos da usina poderão também ser utilizados pelo fabricante da estrutura se as anomalias forem constatadas ou ocorrerem após o recebimento dos produtos. Procedimentos mais restritivos deverão ser acordados com a Fiscalização, de conformidade com o estabelecido no Caderno de Encargos. Os materiais retirados do estoque deverão ter qualidade igual ou superior à exigida pelas especificações. Os relatórios elaborados pela usina poderão ser aceitos para a comprovação da qualidade. Os materiais de estoque adquiridos sem qualquer especificação não poderão ser utilizados sem a aprovação expressa da Fiscalização e do autor do projeto. 2.2.5 Perfis Soldados Todas as colunas, vigas principais ou secundárias e outras peças da estrutura deverão ser compostas com chapas ou perfis laminados inteiramente soldados, conforme indicação do projeto. Todas as soldas a arco serão do tipo submerso e deverão obedecer às normas da AWS. O processo de execução deverão ser submetido à aprovação da Fiscalização. As soldas entre abas e almas serão de ângulo e contínuas ou de topo com penetração total, executadas por equipamento inteiramente automático. Poderão ser utilizadas chapas de encosto em função das necessidades. As soldas de enrijecedores às almas das peças deverão ser semi- automáticas ou manuais. SUMÁRIO 1. Objetivo 2. Execução dos Serviços 3. Normas e Práticas Complementares Anexos • Anexo 1 - Fiscalização 1. OBJETIVO Estabelecer as diretrizes gerais para a execução dos serviços de fabricação e montagem de Estruturas Metálicas. 2. EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS 2.1 Introdução Todos os elementos de projeto produzidos pelo fabricante deverão ser submetidos à aprovação do autor do projeto, que deverá, de preferência, acompanhar a execução dos serviços. As modificações de projeto que eventualmente forem necessárias durante os estágios de fabricação e montagem da estrutura deverão ser submetidas à aprovação da Fiscalização e do autor do projeto. 2.2 Fabricação 2.2.1 Matéria Prima O aço e os elementos de ligação utilizados na fabricação das estruturas metálicas obedecerão às prescrições estabelecidas nas especificações de materiais. Somente poderão ser utilizados na fabricação os materiais que atenderem aos limites de tolerância de fornecimento estabelecidos no projeto. Serão admitidos ajustes corretivos através de desempeno mecânico ou por aquecimento controlado, desde que a temperatura não ultrapasse a 650°C. Estes procedimentos também serão admitidos para a obtenção de pré-deformações necessárias. 2.2.2 Cortes Os cortes por meios térmicos deverão ser realizados, de preferência, com equipamentos automáticos. As bordas assim obtidas deverão ser isentas de entalhes e depressões. Eventuais entalhes ou depressões de profundidade inferior a 4,5 mm poderão ser tolerados. Além desse limite deverão ser removidos por esmerilhamento. Todos os cantos reentrantes deverão ser arredondados com um raio mínimo de 13 mm. PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 48 /2 empenadas não deverão ser aceitas pela Fiscalização. Os métodos de desempeno também deverão ser previamente aprovados pela Fiscalização. 2.3 Montagem 2.3.1 Introdução O método e a seqüência de montagem deverão ser submetidos à aprovação da Fiscalização e do autor do projeto, devendo, de preferência, serem indicados no Caderno de Encargos. A Contratada deverá manter vias de acesso ao canteiro que permitam a movimentação dos equipamentos a serem utilizados durante a fase de montagem, bem como a manipulação das peças a serem montadas no canteiro de serviço, de conformidade com o Plano de Execução dos serviços e obras. O Plano de Execução será elaborado de conformidade com as facilidades do canteiro de serviço, como espaços adequados para armazenamento, vias de acesso e espaços de montagem livres de interferências, previamente concebido e executado pela Contratada sob as condições oferecidas pelo Contratante. Cumprirá ao Contratante o fornecimento de marcos com coordenadas e referências de nível, necessários à correta locação da edificação e dos eixos e pontos de montagem da estrutura. No caso de contrato específico e limitado à execução da estrutura metálica, caberá ao Contratante fornecer as fundações, bases, encontros e apoios com resistências e demais características adequadas à montagem da estrutura metálica. 2.3.2 Controle dos Chumbadores e Acessórios Embutidos Os chumbadores e parafusos de ancoragem deverão ser instalados pela Contratada de conformidade com o projeto da estrutura. No caso de contrato específico e limitado à execução da estrutura metálica, cumprirá ao Contratante responder por essa instalação. As tolerâncias de desvios não poderão ultrapassar os seguintes limites: a) 3 mm de centro a centro de dois chumbadores quaisquer dentro de um grupo que compõem uma ligação; b) 6 mm de centro a centro de grupos adjacentes de chumbadores; c) para cada 30 m medidos ao longo da linha estabelecida para os pilares, o valor acumulado dos desvios entre grupos não poderá superar 6 mm ou o total de 25 mm (linha estabelecida para os pilares é a linha real de locação mais representativa dos centros dos grupos de chumbadores ao longo de uma linha de pilares); d) 6 mm entre o centro de qualquer grupo de chumbadores e a linha estabelecida para os pilares que passa por esse grupo; e) para pilares individuais, locados fora das linhas estabelecidas para os pilares, aplicam-se as tolerâncias das alíneas b), c), e d), desde que as dimensões consideradas sejam medidas nas direções paralela e perpendicular à linha mais próxima estabelecida para os pilares. O respeito a essas tolerâncias deverá permitir o atendimento das exigências de montagem da estrutura. A não ser indicação em contrário, os chumbadores deverão ser instalados perpendicularmente à superfície teórica de apoio. Outros acessórios embutidos ou materiais de ligação entre a estrutura metálica e partes executadas por outras Contratadas, deverão ser locados e instalados de conformidade com os desenhos aprovados pela Fiscalização e pelo autor do projeto. O fabricante deverá fornecer cunhas, calços e parafusos de nivelamento necessários à montagem da estrutura, marcando com clareza nos dispositivos de apoio as linhas de trabalho que facilitem o adequado alinhamento. Imediatamente após a instalação de qualquer dispositivo de apoio, a Contratada ou Contratante, no caso de contrato específico e limitado à execução da estrutura metálica, deverá verificar os alinhamentos e níveis, executando os enchimentos de argamassa necessários. 2.3.3 Suportes Temporários Suportes temporários como estais, contraventamentos, andaimes, fogueiras e outros elementos necessários para os serviços de montagem, deverão ser determinados, fornecidos e instalados pelo montador com a assessoria da Fiscalização e do autor do projeto. Os suportes temporários deverão garantir que a estrutura metálica ou qualquer parte montada possa resistir a cargas comparáveis em intensidade àquelas para as quais a estrutura foi projetada, resultantes da ação do vento ou operações de montagem, excluindo cargas extraordinárias e imprevisíveis. Os suportes temporários poderão ser removidos pela Contratada após a estrutura ter sido conectada definitivamente, de acordo com o projeto e com a autorização expressa da Fiscalização e do autor do projeto. 2.3.4 Pisos e Corrimãos A Contratada deverá fornecer os pisos, corrimãos e passadiços temporários que forem exigidos pelas normas de segurança e saúde no trabalho, de forma a proteger o pessoal de montagem contra acidentes. A Contratada deverá remover estas instalações após a conclusão das operações de montagem, salvo disposições específicas do Caderno de Encargos. 2.3.5 Tolerâncias de Montagem As tolerâncias de montagem são estabelecidas em relação aos pontos e linhas de trabalho das barras da estrutura, estando assim definidos: 49 /2 PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO • para barras não horizontais, o ponto de trabalho é o centro real em cada extremidade da barra; • para barras horizontais, o ponto de trabalho é a linha de centro real da mesa superior em cada extremidade; • a linha de trabalho é uma linha reta ligando os pontos de trabalho da barra. Outros pontos de trabalho poderão ser utilizados para facilidade de referência; As tolerâncias devem obedecer aos seguintes limites e condições: a) o desvio da linha de trabalho de um pilar em relação à linha de prumo não deverá ser superior a 1:500, observadas as seguintes limitações: 25 mm para pilares adjacentes a poços de elevadores; 25 mm da fachada para fora e 50 mm no sentido oposto para pilares de fachada; os pontos de trabalho dos pilares de fachada não poderão cair fora de uma faixa de 38 mm; b) o alinhamento das barras que se ligam aos pilares será considerado satisfatório se estes estiverem dentro das tolerâncias. A elevação das barras será considerada aceitável se a distância entre o ponto de trabalho da barra e a emenda do pilar imediatamente superior estiver entre +5 mm e -8 mm; As demais barras serão consideradas ajustadas se o seu desvio não for superior a 1:500 em relação à reta traçada entre os pontos de suporte da barra. c) para vergas, vigas sob paredes, cantoneiras de parapeito, suportes de esquadrias e peças semelhantes a serem utilizadas por outras Contratadas e que exijam limites rigorosos de tolerância, a Fiscalização deverá exigir ligações ajustáveis à estrutura. Antes da colocação ou aplicação de quaisquer outros materiais, a Fiscalização deverá constatar que a locação da estrutura é aceitável em prumo, nível e alinhamento. 2.3.6 Correção de Desvios e Defeitos Os desvios e defeitos que não puderem ser corrigidos pelos meios normais, utilizando pinos ou aparelhos manuais para o realinhamento das peças da estrutura, ou que exijam alterações na configuração das peças deverão ser comunicados imediatamente à Fiscalização e ao autor do projeto para a escolha de uma solução alternativa eficiente e econômica. 2.3.7 Conexões Todas as conexões estruturais deverão utilizar parafusos de alta resistência cujo aperto será realizado com chaves de impacto, torquímetro ou adotando o método de rotação da porca, conforme especificação do AISC. As chaves deverão ser calibradas por aparelho para medir a tensão real do parafuso decorrente do aperto, em atendimento às recomendações constantes na NBR 8800. Os parafusos e porcas inacessíveis às chaves de impacto serão apertados por meio de chaves de boca e o torque verificado por torquímetro. Os parafusos e porcas acessíveis às chaves de impacto serão instalados e apertados de conformidade com o seguinte processo: a) acertar os furos com pinos de chamada, de modo a manter as dimensões e o prumo da estrutura. Utilizar parafusos em número suficiente, de qualidade e diâmetro adequados, a fim de manter a conexão na posição. Nesse ponto será suficiente aplicar aperto manual. Os parafusos de alta resistência permanecerão em sua posição permanentemente. As arruelas necessárias serão colocadas junto com os parafusos durante o ajuste na posição; b) aplicar o pré-torque nos parafusos já instalados; neste momento, todas as faces deverão estar em estreito contato; c) remover os pinos de chamada e colocar os parafusos restantes aplicando o pré-torque; d) para o aperto final é necessário cuidado especial para evitar a rotação do elemento ao qual não se aplica o torque. Deverá ser usada uma chave manual para manter fixa a cabeça ou a porca que não está sendo girada. O aperto final, a partir da condição de pré-torque, deverá ser atingido girando a cabeça ou a porca de um quarto do diâmetro da mesma. 2.3.8 Pintura de Acabamento Após a montagem da estrutura, todas as superfícies serão limpas de modo a ficarem adequadas à aplicação da pintura de acabamento. Os pontos das superfícies cuja camada de tinta aplicada na oficina tenha sido avariada deverão ser retocados utilizando a tinta original. Também as áreas adjacentes aos parafusos de campo deixados sem pintura serão devidamente escovadas, de forma a assegurar a aderência da tinta e pintadas. A pintura de acabamento será aplicada nas demãos necessárias, conforme indicação das especificações, de modo a obter uma superfície final uniforme. 2.3.9 Recebimento O recebimento da estrutura metálica será efetuado inicialmente na oficina da fábrica, verificando se todos os estágios de fabricação (soldagem, aperto de parafusos, alinhamento, usinagem, correções de distorções e outros) atendem ao projeto e especificações. A segunda etapa do recebimento será feita com a verificação de todos os estágios da montagem, incluindo a pintura de acabamento da estrutura. 2.4 Garantia da Qualidade 2.4.1 Introdução A Contratada e o fabricante da estrutura deverão manter um Sistema de Garantia de Qualidade para que os trabalhos sejam executados de conformidade com o projeto e normas de execução. Esse Sistema de Qualidade deverá ser proposto ao Contratante de conformidade com as disposições do Caderno de Encargos e será submetido à aprovação da Fiscalização e do autor do projeto. 2.4.2 Inspeção de Produtos Recebidos da Fábrica A inspeção deverá basear-se em relatórios emitidos pela usina e em aspectos visuais e eventuais ensaios adicionais, de conformidade com as disposições do Caderno PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 50 /2 de Encargos. Se forem exigidos ensaios não destrutivos, seu processo, extensão, técnica e normas de aceitação deverão ser claramente definidas no Caderno de Encargos. 2.4.3 Inspeção Independente A Contratada e o fabricante deverão permitir ao inspetor o acesso a todos os locais de execução dos serviços. O início dos trabalhos deverá ser notificado à Fiscalização com pelo menos 24 horas de antecedência. A inspeção deverá ser seqüencial, em tempo oportuno e executada de modo a minimizar as interrupções nas operações de fabricação e permitir as ações corretivas durante o processo de fabricação. Procedimentos análogos se aplicam aos trabalhos de montagem, no canteiro de serviço. A Contratada e o fabricante deverão receber cópias de todos os relatórios emitidos pelo inspetor. 3. NORMAS E PRÁTICAS COMPLEMENTARES A execução dos serviços de fabricação e montagem de Estruturas Metálicas deverá atender também às seguintes Normas e Práticas Complementares: • Práticas de Projeto, Construção e Manutenção de Edifícios Públicos Federais; • Normas da ABNT e do INMETRO: NBR 8800 - Projeto e Execução de Estruturas de Aço de Edifícios - Método dos Estados Limites - 1986; • Normas Estrangeiras: AISC - American Institute of Steel Construction SSPC - Steel Structures Painting Manual AWS - American Welding Society; • Instruções e Resoluções dos Órgãos do Sistema CREA- CONFEA; • Códigos, Leis, Decretos, Portarias e Normas Federais, Estaduais e Municipais, inclusive normas de concessionárias de serviços públicos. 53 /2 PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 2.2.1 Cortes As pecas deverão ser cortadas com equipamento adequados, de forma a não danificar as fibras da madeira. Os cortes para execução de furação, encaixes e entalhes serão executados de modo a não causar rachaduras, furos assimétricos, alargados ou alongados, sempre respeitando os limites de tolerância fixados no projeto. Deverão ser executados gabaritos que permitam a marcação de todas as linhas de corte na peça a ser trabalhada. Os gabaritos poderão ser de chapas metálicas finas, talas de madeira ou mesmo papel, dependendo das necessidades de reaproveitamento. Para a execução do aparelhamento das peças de madeira serrada, deverão ser respeitadas as tolerâncias estabelecidas no item 2 da Norma NBR 7203. 2.2.2 Tratamento de Proteção Os tratamentos de proteção obedecerão às especificações do projeto e deverão ser executados nas peças limpas, isentas de gordura e antes da montagem. Para a execução dos cortes de entalhes, encaixes, furação e cortes de extremidade das peças, dever-se-á aplicar o preservativo sobre as superfícies cortadas, com as demãos especificadas. Este tipo de proteção poderá ser executado no ato do recebimento e estocagem do material, tomando o cuidado de estocá-lo já devidamente seco, de conformidade com as especificações de cada produto. Deverá ser realizado o tipo de tratamento especificado, que poderá ser: • de revestimento ou de superfície, aplicado por pulverização de preservativos oleosos e hidrossolúveis e pela pintura com óleos viscosos e salinos, concentrados ou em pastas. Este tratamento somente será especificado para peças estruturais abrigadas, inteiramente à vista e de fácil inspeção. Neste caso, serão respeitados o número de demãos e a periodicidade de aplicação; • por imersão a frio ou a quente. Nestes processos será obedecido o tempo de imersão da peça, de modo a se obter a penetração adequada do preservativo; • em autoclaves sob pressão. Este processo será executado em estruturas de difícil acesso, cuja conservação periódica poderá ser mais espaçada. Serão obedecidos o nível de pressão e o tempo de aplicação do tratamento necessários, de modo a se obter a penetração adequada do preservativo. Neste caso, as peças serão fornecidas já com tratamento. As proteções realizadas através de pintura com tintas, vernizes, óleos e outros materiais deverão preferencialmente ser aplicadas na estrutura pronta e já montada na posição definitiva. No caso de aplicação da proteção antes do posicionamento definitivo, deverão ser retocadas as superfícies danificadas durante os trabalhos de levantamento, posicionamento e fixação da estrutura. 2.2.3 Ligações O máximo deslocamento relativo entre as peças da ligação será de 1,5 mm, conforme estipulado no item 66-III da Norma NBR 7190. As ligações excêntricas serão rejeitadas, salvo quando previstas no projeto. O emprego de pregos em ligações de peças importantes só será permitido mediante comprovação com dados experimentais, obtidos mediante ensaios das ligações, conforme disposição do item 40, c da Norma NBR 7190. Os pregos de diâmetros inferiores a 4,4 mm poderão ser cravados diretamente na madeira. Para diâmetros superiores a esse valor, será necessária a pré-fabricação do furo com diâmetro de, no máximo, 90% do diâmetro do prego, no modo a impedir o fendilhamento da madeira ou o desalinhamento do prego. A cravação de pregos sucessivos não deverá ser executada na mesma direção das fibras, ainda que respeitados os afastamentos mínimos fixados nas Normas Brasileiras. Os pinos, metálicos ou de madeira serão introduzidos em furos de diâmetro ligeiramente inferiores, a fim de evitar deslocamento relativo entre as peças ligadas, quando sob carga. Os parafusos com porca e arruelas serão instalados em furos ajustados, de modo a não ultrapassar a folga máxima de 1 a 2 milímetros e, posteriormente, apertados com porca. Os furos deverão ser realizados com trado manual ou broca. Cuidados especiais deverão ser tomados quando do rosqueamento da porca, de modo a não ocorrer o esmagamento da madeira na área de contato com a arruela. Deverão ser respeitados os espaçamentos mínimos fixados na Norma NBR 7190, bem como observadas as suas prescrições quanto à simetria da ligação e o número mínimo de parafusos em uma ligação. Os conectores serão colocados em entalhes previamente realizados na madeira, com o auxilio de ferramentas especiais. Serão mantidos nas posições através de parafusos de porca e arruelas auxiliares da ligação. Os conectores serão sempre utilizados na posição normal às fibras, salvo indicação contrária no projeto. Os tarugos ou chavetas serão introduzidos em entalhes das peças de madeira, devendo ser fixados com auxilio de parafusos. 2.2.4 Pintura Final A pintura final da estrutura será executada sobre as superfícies devidamente limpas e isentas de gorduras, de conformidade com as especificações de projeto. Nas peças tratadas com preservativos, a pintura somente será aplicada após a sua completa secagem. Serão aplicadas as demãos necessárias para se obter um acabamento perfeito e uniforme. 2.3 Recebimento O recebimento dos serviços será efetuado ao longo das etapas do processo executivo, verificando-se a obediência a todos os requisitos nas especificações de projeto. Todas as peças que durante a inspeção final se apresentarem insatisfatórias serão substituídas, devendo para tanto ser realizado o calçamento da estrutura através de cimbramento ou escoramento adequado, de modo a serem evitadas deformações não previstas ou mudança do esquema estrutural. PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 54 /2 3. NORMAS E PRÁTICAS COMPLEMENTARES A execução de serviços de Estruturas de Madeira deverá atender também às seguintes Normas e Práticas Complementares: • Práticas de Projeto, Construção e Manutenção de Edifícios Públicos Federais; • Normas da ABNT e do INMETRO: NBR 6230 - Ensaios Físicos e Mecânicos da Madeira - Método de Ensaio NBR 6627 - Pregos Comuns e Arestas de Aço para Madeira - Forma e Dimensões de Cabeça, Corpo e Ponta - Especificação NBR 7190 - Cálculo e Execução de Estruturas de Madeira NBR 7203 - Madeira Serrada e Beneficiada NBR 7511 - Dormentes de Madeira; • Códigos, Leis, Decretos, Portarias e Normas Federais, Estaduais e Municipais, inclusive normas de concessionárias de serviços públicos; • Instruções e Resoluções dos Órgãos do Sistema CREA- CONFEA. 55 /2 PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO ANEXO 1 FISCALIZAÇÃO SUMÁRIO 1. Objetivo 2. Fiscalização 1. OBJETIVO Estabelecer as diretrizes gerais para a Fiscalização dos serviços de Estruturas de Madeira. 2. FISCALIZAÇÃO A Fiscalização deverá realizar, além das atividades mencionadas na Prática Geral de Construção, as seguintes atividades específicas: • verificar se a quantidade de material fornecida corresponde à estipulada e se as dimensões e características geométricas atendem às especificações técnicas e projeto, dentro dos limites de tolerância estipulados pelas Normas NBR 7203 e NBR 7190; • observar as condições em que se encontram as peças, referentes a empenamentos, ninhos de insetos ou larvas, peças com bolor, apodrecimento, quinas mortas, rachaduras, gretas e fibras reversas. Se algum destes defeitos ocorrer, a peça será recusada e removida do canteiro pela Contratada; • acompanhar a execução de todos os serviços, recusando os que apresentarem imperfeições, responsabilizando a Contratada pela correção dos defeitos; • verificar se as condições dos elementos de ligação das peças obedecem aos detalhes de projeto, quando da execução da montagem; • exigir cimbramentos adequados, se necessários à substituição de peças da estrutura, de modo a não causar deformações não previstas ou modificar o esquema estrutural; • liberar a estrutura após terem sido efetuadas as correções consideradas necessárias pela Fiscalização. PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 58 /2 envolvimento com calda de argamassa de cimento a ser empregada no caso das ancoragens provisórias. Para o caso de ancoragens expostas ao ataque de águas agressivas ou que por qualquer outro motivo estejam especialmente sujeitas à corrosão, a proteção anti-corrosiva não será limitada a pinturas betuminosas: a seção transversal total das barras do tirante será de, no mínimo, 300 mm2 e a de uma barra única de, no mínimo, 110 mm2. 2.4.3 Processo Executivo As ancoragens deverão ser retilíneas e instaladas na inclinação pré-determinada. Todas as barras serão totalmente envolvidas pela calda de cimento. Sempre que possível, as cabeças das ancoragens deverão ser instaladas de forma que as tensões secundárias no elemento de aço por flexão imprevista sejam evitadas. Não serão aceitas ancoragens injetadas cuja carga seja transmitida ao terreno na zona do comprimento livre de ancoragem. No caso da existência de algum vazio ao longo da construção, como por exemplo uma perfuração na zona do comprimento livre, tão logo a capacidade de carga de ancoragem seja comprovada pelo ensaio de recebimento, o vazio deverá ser preenchido ou outra medida equivalente deverá ser tomada, a fim de que a transmissão da força da ancoragem ao solo não seja prejudicada. Se, devido às condições do terreno após a execução da ancoragem houver a possibilidade de ocorrerem deslocamentos contínuos ou a diminuição da força de protensão aplicada, será necessário o controle da carga das ancoragens mesmo após o ensaio de recebimento, bem como a anotação contínua de deslocamentos verticais e horizontais dos pontos críticos. Os dados da execução determinantes da capacidade de carga deverão ser reunidos e anexados aos documentos de construção. Deverão fazer parte destes dados o sistema de perfuração, os limites das camadas do solo verificados durante as perfurações para as ancoragens, a composição do material de injeção (tipo de cimento, fator água/cimento, aditivos), a quantidade de material de injeção, o comprimento do bulbo e outras particularidades da execução, bem como os registros do ensaio de recebimento. Por ocasião da protensão e dos ensaios, o espaço posterior à cabeça da ancoragem deverá ser mantido livre de pessoas e protegido. Na fase de execução da obra, será obedecido o seguinte esquema de carregamento: • a ancoragem deverá ser tracionada até 0,8 da carga máxima de ensaio e, após o tempo de observação, descarregada em estágios sucessivos até a carga inicial (F o ), a fim de se obter dados sobre o deslocamento permanente; • a seguir a ancoragem será novamente tracionada até 1,4 F trab , sendo depois reduzida até o valor da carga de incorporação; • a carga de incorporação, que sempre deverá constar dos desenhos relativos à ancoragem, será tomada igual a 0,8 Ftrab nas paredes calculadas para empuxo ativo e 0,9 Ftrab nas paredes calculadas para empuxo em repouso. Para estágios de carga menores que 0,3 σe.Sf e terrenos coesivos ou não coesivos, os deslocamentos não deverão ser maiores que 0,1 mm para intervalo de tempo de 5 minutos. Para estágios de cargas entre 0,3 σe.Sf e 0,6 σe.Sf: • Terrenos Não Coesivos - os deslocamentos não deverão ser maiores que 0,1 mm para um intervalo de tempo de 15 minutos. • Terrenos Coesivos - os deslocamentos não deverão ser maiores que 0,1 mm para um intervalo de tempo de 5 minutos. Para estágio de carga igual a 0,6 σe.Sf , os deslocamentos não deverão ser maiores que 0,1 mm para um intervalo de tempo de 1 hora. Para estágios de cargas maiores que 0,6 σe: • Terrenos Não Coesivos - os deslocamentos não deverão ser maiores que 0,1 mm para um intervalo de tempo de 1 hora. • Terrenos Coesivos - os deslocamentos não deverão ser maiores que 0,1 mm para um intervalo de tempo de 5 minutos. A perfuração ao longo do trecho de ancoragem será executada de forma que não seja deteriorada a resistência do terreno, em particular por encharcamento, especialmente no caso de solos coesivos. A deterioração será verificada por amostragem antes e depois da execução da ancoragem. O trecho de ancoragem será injetado sob pressão. A calda de injeção não deverá conter elementos que favoreçam a corrosão do aço sob tensão. A composição da calda será adaptada às várias camadas do subsolo da zona de ancoragem. A Contratada deverá verificar, antes da instalação das ancoragens, se o recobrimento de terra no local é suficiente para o processo de ancoragem previsto (geralmente superior a 5,0 m). A Contratada deverá ainda verificar, antes dos serviços de perfuração e injeção, se não serão afetadas utilidades de terceiros. Após o término da protensão de um nível de ancoragens e antes da continuação da escavação, a Contratada fornecerá à Fiscalização um relatório pormenorizado dos dados construtivos de cada ancoragem bem como os relatórios de protensão. As ancoragens submetidas a esforços secundários pela inobservância dos cuidados executivos descritos nesta Prática não serão aceitas pela Fiscalização sem comprovação especial. 2.4.4 Controle Tecnológico Carga Limite de Ensaio Nos ensaios de recebimento previstos nesta Prática, a carga limite de ensaio poderá ser 1,75 vezes a carga de 59 /2 PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO trabalho para 10% dos tirantes e 1,4 vezes para os demais tirantes. A carga limite de ensaio não deverá ser superior a 0,9 da carga limite de escoamento do aço. Dados e Documentos Técnicos para Aceitação No caso de ancoragens que admitem reinjeção (injeções adicionais após a execução), será permitido novo ensaio para os tirantes que não atenderem à carga limite prevista no ensaio de recebimento. No caso de ancoragens que não admitem reinjeção, as ancoragens somente serão aceitas se mais de 90% atenderem às respectivas cargas de ensaio e se houver disposições construtivas para a incorporação de ancoragens adicionais à estrutura. Para avaliação técnica e aceitação de ancoragens injetadas serão necessários os seguintes dados e documentos: • descrição da ancoragem e seu método de instalação; • indicação do aço e do material de injeção empregado; • indicações sobre medidas de proteção contra corrosão do aço; • desenhos com medidas da cabeça de ancoragem e do macaco de protensão; • indicações da carga de trabalho e do coeficiente de segurança; • verificação das condições do terreno na zona de influência dos bulbos de ancoragem e comprovação da especificação do tipo de ancoragem a ser utilizada. 2.4.5 Condições de Recebimento A constituição das cabeças dos tirantes deverá permitir o posterior controle de carga de reajustagem de tensão. Além disso, os tirantes deverão ser capazes de absorver com suficiente grau de segurança tensões secundárias por flexão imprevista, como as causadas por deformação do escoramento da escavação ou por desvio angular do eixo do tirante. No caso de um desvio angular de 5°, dever-se-á verificar se a diminuição da carga de ruptura do elemento de aço do tirante não será maior que 5%. O dimensionamento do aço do tirante deverá assegurar que, com 1,75 vezes a carga de trabalho sob o empuxo de terra ativo, não seja ultrapassado o limite de escoamento do aço. Para os aços sem limite de escoamento definido, será tomado o ponto do diagrama tensão- deformação correspondente a uma deformação permanente de 0,2% A calda ou argamassa de cimento para injeção deverá ter uma resistência à compressão superior a 25 Mpa na idade do tensionamento. No trecho de ancoragem, o recobrimento com nata de cimento das partes de aço terão uma espessura mínima de 2 cm; para meios agressivos este valor será de, no mínimo, 3 cm. Recomenda-se o uso de espaçadores para evitar recobrimento irregular, com valores insuficientes. Ensaio de Recebimento O ensaio de recebimento deverá ser executado após o mínimo de 7 dias para cimento Portland comum, ou outro prazo de cura que seja adequado ao cimento e aditivos eventualmente empregados. Cada ancoragem deverá ser tensionada até uma carga correspondente a 0,8 vezes a carga limite de ensaio (Flim), obedecendo ao esquema de carregamento já descrito e depois incorporada a 0,8 Ftrab. Os deslocamentos da cabeça da ancoragem (deslocamentos totais) que ocorrerem serão observados e medidos até uma ampla estabilização, no mínimo, durante 15 minutos no caso de terrenos coesivos e durante 5 minutos para terrenos não coesivos. As medições de deslocamentos serão realizadas a partir de uma carga inicial F o , não maior 0,1 σe.Sf. Nas primeiras 10 ancoragens e no mínimo em uma de cada grupo das 10 das demais ancoragens, deverão ser realizadas medições dos deslocamentos a partir de um ponto de referência fixo nas extremidades da ancoragem, na direção da tração, para cargas iguais a 0,4 - 0,8 - 1,0 e 1,2 vezes a carga de trabalho para as ancoragens tanto provisórias como permanentes, e ainda 1,4 para as permanentes. No caso de carga máxima do ensaio (1,2 ou 1,4 vezes a carga de trabalho), deverá ser mantido o tempo de observação. Em seguida, a ancoragem será descarregada em estágios até o valor da carga inicial (Fo), para se obter dados sobre o deslocamento permanente. Para a incorporação do tirante as ancoragens serão tensionadas até um valor acima da carga de incorporação prevista, efetivando-se a incorporação: • através de alívio, no caso de ancoragens ensaiadas até 0,8 F lim ; • através de novo tensionamento, nas ancoragens já ensaiadas e descarregadas até a carga inicial F o . A carga de incorporação é tomada igual a: • 0,8 vezes a carga de trabalho para o caso de paredes de escoramento calculadas para empuxo ativo; • 0,9 vezes a carga de trabalho para o caso de paredes de escoramento calculadas para empuxo em repouso. Caso o afastamento entre os eixos dos bulbos de ancoragem seja menor que 1,30 m, poderá ser necessário um ensaio para um grupo de 3 ancoragens, a fim de verificar a influência recíproca das diversas ancoragens. Para tanto, as diversas ancoragens deverão ser mantidas simultaneamente sob carga e observação. As condições de recebimento geralmente serão satisfeitas quando: • sob 0,8 vezes a carga limite de ensaio, os deslocamentos se estabilizarem dentro do tempo de observação e quando não houver diferenças importantes entre os deslocamentos totais do ensaios de recebimento; • sob a carga máxima aplicada, os deslocamentos se estabilizarem dentro do tempo de observação e se através PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 60 /2 do alongamento for verificado o comprimento livre previsto; • se as linhas limites dos deslocamentos elásticos recomendados forem maiores ou menores, a Fiscalização deverá ser consultada. Se as condições de recebimento não forem satisfeitas, deverá ser novamente determinada a carga limite das ancoragens, que será a carga sob a qual o deslocamento da cabeça nitidamente se estabilize. As ancoragens injetadas ainda em uso depois de dois anos, executadas em caráter provisório em paredes de escavações, serão submetidas a ensaios de recebimento a cada seis meses, com tolerância de um mês. 2.5 Maciços de Solo Armado 2.5.1 Materiais A Contratada deverá fornecer todos os materiais necessários à execução dos serviços e obras, como armaduras, fibras sintéticas, cimento, areia e agregados. 2.5.2 Equipamentos Deverão ser previstos os equipamentos necessários para a implantação dos maciços, recomendando-se além dos equipamentos correntes de terraplenagem, o emprego de compactadores manuais de pequeno porte e guindastes para facilitar o transporte de peças pré-moldadas. 2.5.3 Processo Executivo Os materiais pré-fabricados deverão ser submetidos a controle de fabricação, com ensaios de recebimento, a fim de garantir sua conformidade com as especificações. A implantação do maciço será iniciada com os serviços de terraplenagem e com o nivelamento e regularização do terreno. Após a colocação do primeiro nível de armadura e da execução da parte inicial do paramento, será realizada a compactação da primeira camada de aterro, e assim sucessivamente, até a cota final de projeto. O grau de compactação e o desvio de umidade em relação à umidade ótima do aterro deverão ser controlados e confrontados com os valores especificados no projeto. Os demais materiais deverão satisfazer às especificações do fabricante, que deverão ser comprovadas através de ensaios de recebimento. 2.6 Gabiões 2.6.1 Materiais A Contratada deverá fornecer todos os materiais necessários à execução dos gabiões, como redes metálicas ou de PVC, varetas, fios de amarração, e materiais de enchimento. 2.6.2 Equipamentos Deverão ser previstos equipamentos necessários para a construção e montagem dos gabiões, recomendando-se além dos equipamentos correntes de terraplenagem (dragline, pá carregadeira, guincho), o emprego de compactadores manuais de pequeno porte e guindastes para o transporte de peças de gabiões ou de materiais granulares para enchimento das caixas. 2.6.3 Processo Executivo Após a locação da obra, serão executados os serviços preliminares de implantação de estrutura. Estes serviços compreendem a limpeza e regularização da base da mesma. As escavações deverão obedecer às especificações de projeto. Os gabiões deverão ser montados, costurados, preenchidos e fechados conforme descrição abaixo: Serão preenchidos ao lado da obra, com pedras a granel com diâmetro correspondendo entre 8 - 10 cm, sendo necessário o emprego de pedra britada com maiores dimensões, de modo a evitar fuga de material. Cerca de 70% de pedras com diâmetro médio de 25 cm e 30% com diâmetro médio de 10 cm. Vedado o enchimento dos gabiões com areia ou terra, mesmo no “miolo” deles. Os gabiões caixa permitem a elaboração e levantamento de formas geométricas definidas, de conformidade com o projeto, e com bom grau de acabamento. Na face do paramento externo serão colocados gabaritos de sarrafos obedecendo às medidas indicadas no projeto. Paralelamente à colocação e alinhamento dos gabaritos, proceder-se-á à armação dos gabiões caixa, vazios, ao lado da obra. Após o levantamento, os gabiões vazios serão ajustados aos gabaritos e amarrados adequadamente entre si. Os gabaritos deverão ser bem escorados, alinhados e aprumados para evitar deformações durante o enchimento. As pedras serão arrumadas dentro dos gabiões de modo a resultar o menor índice possível de vazios. A primeira camada de pedra arrumada deverá corresponder a 1/3 da altura do gabião. Em seguida, os tirantes serão posicionados e esticados sem provocar deformação na rede dos gabiões. Assentados os tirantes, será executada a 2.a camada de pedra e em seguida a 2.a série de tirantes, e assim sucessivamente. Após o enchimento, será realizado o fechamento das tampas, amarradas em todas as quinas com costura. Concluído o assentamento da primeira camada de caixas, serão removidos os gabaritos. Novamente alinhados e aprumados de conformidade com o projeto, proceder-se- á ao levantamento da segunda camada de gabiões, e assim sucessivamente. No caso dos gabiões manta, o enchimento será análogo ao dos gabiões caixa dispensando-se a utilização de gabaritos em face a pequena espessura. Na interface solo- gabião, recomenda-se a utilização de uma camada de transição constituída de materiais de diversas granulometrias ou de filtro geotêxtil. 63 /2 PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO ARQUITETURA E ELEMENTOS DE URBANISMO ARQUITETURA Para a perfeita aderência das alvenarias de tijolos às superfícies de concreto, será aplicado chapisco de argamassa de cimento e areia, no traço volumétrico de 1:3, com adição de adesivo, quando especificado pelo projeto ou Fiscalização. Neste caso, dever-se-á cuidar para que as superfícies de concreto aparente não apresentem manchas, borrifos ou quaisquer vestígios de argamassa utilizada no chapisco. Deverá ser prevista ferragem de amarração da alvenaria nos pilares, de conformidade com as especificações de projeto. As alvenarias não serão arrematadas junto às faces inferiores das vigas ou lajes. Posteriormente serão encunhadas com argamassa de cimento e areia, no traço volumétrico 1:3 e aditivo expansor, se indicado pelo projeto ou Fiscalização. Se especificado no projeto ou a critério da Fiscalização, o encunhamento será realizado com tijolos recortados e dispostos obliquamente, com argamassa de cimento e areia, no traço volumétrico 1:3, quando não especificado pelo projeto ou Fiscalização. A critério da Fiscalização, poderão ser utilizadas cunhas pré-moldadas de concreto em substituição aos tijolos. Em qualquer caso, o encunhamento somente poderá ser executado quarenta e oito horas após a conclusão do pano de alvenaria. Os vãos de esquadrias serão providos de vergas. Sobre os parapeitos, guarda-corpos, platibandas e paredes baixas de alvenarias de tijolos não encunhadas na estrutura deverão ser executadas cintas de concreto armado, conforme indicação do projeto. 2.1.1.3 Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo a verificar a locação, o alinhamento, o nivelamento, o prumo e o esquadro das paredes, bem como os arremates e a regularidade das juntas, de conformidade com o projeto. 2.1.2 Alvenaria de Blocos de Concreto 2.1.2.1 Materiais Os blocos de concreto serão de procedência conhecida e idônea, bem curados, compactos, homogêneos e uniformes quanto à textura e cor, isentos de defeitos de moldagem, como fendas, ondulações e cavidades. Deverão apresentar arestas vivas e faces planas. As nervuras internas deverão ser regulares e com espessura uniforme. Suas características técnicas serão enquadradas nas especificações das Normas NBR 7173 e NBR 6136. Se necessário, especialmente nas alvenarias com função estrutural, os blocos serão ensaiados de conformidade com os métodos indicados na norma. SUMÁRIO 1. Objetivo 2. Execução dos Serviços 3. Normas e Práticas Complementares Anexos • Anexo 1 - Fiscalização 1. OBJETIVO Estabelecer as diretrizes gerais para a execução de serviços de Arquitetura. 2. EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS 2.1 Paredes 2.1.1 Alvenaria de Tijolos de Barro 2.1.1.1 Materiais Os tijolos de barro maciços ou furados serão de procedência conhecida e idônea, bem cozidos, textura homogênea, compactos, suficientemente duros para o fim a que se destinam, isentos de fragmentos calcários ou outro qualquer material estranho. Deverão apresentar arestas vivas, faces planas, sem fendas e dimensões perfeitamente regulares. Suas características técnicas serão enquadradas nas especificações das Normas NBR 7170 e NBR 8041, para tijolos maciços, e NBR 7171, para tijolos furados. Se necessário, especialmente nas alvenarias com função estrutural, os tijolos serão ensaiados de conformidade com os métodos indicados nas normas. O armazenamento e o transporte dos tijolos serão realizados de modo a evitar quebras, trincas, umidade, contato com substancias nocivas e outras condições prejudiciais. 2.1.1.2 Processo Executivo As alvenarias de tijolos de barro serão executadas em obediência às dimensões e alinhamentos indicados no projeto. Serão aprumadas e niveladas, com juntas uniformes, cuja espessura não deverá ultrapassar 10 mm. As juntas serão rebaixadas a ponta de colher e, no caso de alvenaria aparente, abauladas com ferramenta provida de ferro redondo. Os tijolos serão umedecidos antes do assentamento e aplicação das camadas de argamassa. O assentamento dos tijolos será executado com argamassa de cimento, cal em pasta e areia, no traço volumétrico 1:2:9, quando não especificado pelo projeto ou Fiscalização. A critério da Fiscalização, poderá ser utilizada argamassa pré-misturada. PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 64 /2 O armazenamento e o transporte dos blocos serão realizados de modo a evitar quebras, trincas, lascas e outras condições prejudiciais. 2.1.2.2 Processo Executivo As alvenarias de blocos de concreto serão executadas em obediência às dimensões e alinhamentos indicados no projeto. Serão aprumadas e niveladas, com juntas uniformes. Os blocos serão umedecidos antes do assentamento e aplicação das camadas de argamassa. O assentamento dos blocos será executado com argamassa de cimento e areia, no traço volumétrico 1:4, quando não especificado pelo projeto ou Fiscalização, aplicada de modo a preencher todas as superfícies de contato. As amarrações das alvenarias deverão ser executadas de conformidade com as indicações do projeto ou Fiscalização. Nas alvenarias de blocos estruturais, deverão ser atendidas as disposições da Norma NBR 8798 - Execução e Controle de Obras em Alvenaria Estrutural de Blocos Vazados de Concreto. Nas alvenarias de blocos aparentes, as juntas serão perfeitamente alinhadas e de espessura uniforme, levemente rebaixadas com auxílio de gabarito. Não deverão ser utilizados blocos cortados na fachada do pano de alvenaria. As vergas e amarrações serão executadas com blocos especiais, a fim de manter fachada homogênea. Se não for indicado no projeto, a contratada deverá apresentar um plano de assentamento dos blocos para a prévia aprovação da Fiscalização. Os serviços de retoques serão cuidadosamente executados, de modo a garantir a perfeita uniformidade da superfície da alvenaria. Após o assentamento, as paredes deverão ser limpas, removendo-se os resíduos de argamassa. 2.1.2.3 Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo a verificar a locação, o alinhamento, o nivelamento, o prumo e o esquadro das paredes, bem como os arremates e a regularidade das juntas, de conformidade com o projeto. 2.1.3 Alvenaria de Blocos Sílico-Calcários 2.1.3.1 Materiais Os blocos sílico-calcários serão de procedência conhecida e idônea, bem curados, compactos, homogêneos e uniformes quanto à textura e cor, isentos de defeitos de moldagem, como fendas, ondulações e cavidades. Deverão apresentar arestas vivas e faces planas. Suas características técnicas serão enquadradas nas especificações da Norma DIN 106 do “Deutsche Institute fur Nurning”. O armazenamento e o transporte dos blocos serão realizados de modo a evitar quebras, trincas, lascas e outras condições prejudiciais. 2.1.3.2 Processo Executivo As alvenarias de blocos sílico-calcários serão executadas em obediência às dimensões e alinhamentos indicados no projeto. Serão aprumadas e niveladas, com juntas uniformes. O assentamento dos blocos será executado com argamassa de cimento, cal e areia, no traço volumétrico 1:1:6, quando não especificado pelo projeto ou Fiscalização, aplicada de modo a preencher todas as superfícies de contato. As amarrações das alvenarias deverão ser executadas de conformidade com as indicações do projeto ou Fiscalização. Nas alvenarias de blocos aparentes, as juntas serão de espessura uniforme, perfeitamente alinhadas, limpas e frisadas com ferramenta adequada. 2.1.3.3 Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo a verificar a locação, o alinhamento, o nivelamento, o prumo e o esquadro das paredes, bem como os arremates e a regularidade das juntas, de conformidade com o projeto. 2.1.4 Alvenaria de Blocos de Concreto Celular 2.1.4.1 Materiais Os blocos de concreto celular serão de procedência conhecida e idônea, bem curados, compactos, homogêneos e uniformes quanto à textura e cor, isentos de defeitos de moldagem, como fendas, ondulações e cavidades. Deverão apresentar arestas vivas e faces planas. O armazenamento e o transporte dos blocos serão realizados de modo a evitar quebras, trincas, lascas e outras condições prejudiciais. 2.1.4.2 Processo Executivo As alvenarias de blocos de concreto celular serão executadas em obediência às dimensões e alinhamentos indicados no projeto. Serão aprumadas e niveladas, com juntas uniformes, cuja espessura não deverá ultrapassar 10 mm. Os blocos serão umedecidos antes do assentamento e aplicação das camadas de argamassa. O assentamento dos blocos será executado com argamassa de cimento, cal e areia, no traço volumétrico 1:3:10, quando não especificado pelo projeto ou Fiscalização, aplicada de modo a preencher todas as superfícies de contato. As amarrações das alvenarias deverão ser executadas de conformidade com as indicações do projeto ou Fiscalização. O arremate das alvenarias será executado em obediência às mesmas recomendações indicadas no item 2.1.1 desta Prática. 2.1.4.3 Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo a verificar a locação, o alinhamento, o nivelamento, o prumo e o esquadro das paredes, bem como os arremates a regularidade das juntas, de conformidade com o projeto. 2.1.5 Alvenaria de Blocos de Vidro 2.1.5.1 Materiais Os blocos de vidro serão de procedência conhecida e idônea, translúcidos, sem manchas, de espessura 65 /2 PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO uniforme. Deverão apresentar faces planas e dimensões perfeitamente regulares, de conformidade com o projeto. O armazenamento e o transporte dos blocos serão realizados de modo a evitar quebras, trincas, lascas e outras condições prejudiciais. 2.1.5.2 Processo Executivo As alvenarias de blocos de vidro serão executadas em obediência às dimensões e alinhamentos indicados no projeto. Serão aprumadas e niveladas, com juntas uniformes, cuja espessura não deverá ultrapassar 5 mm. O assentamento dos blocos será executado com argamassa de cal e areia média, no traço volumétrico 1:3, quando não especificado pelo projeto ou Fiscalização, aplicada de modo a preencher todas as superfícies de contato. As juntas serão cavadas a ponta de colher ou com ferro especial, antes da pega da argamassa e na profundidade suficiente para que, depois do rejuntamento, as arestas dos blocos fiquem expostas e vivas. Posteriormente, as juntas serão tomadas com cimento e pó de mármore, de conformidade com as especificações de projeto, no traço volumétrico 1:3, quando não especificado pelo projeto ou Fiscalização, ligeiramente rebaixadas e alisadas, de modo a apresentarem pequenos sulcos contínuos, em meia cana. As amarrações das alvenarias deverão ser executadas de conformidade com as indicações do projeto ou Fiscalização. 2.1.5.3 Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo a verificar a locação, o alinhamento, o nivelamento, o prumo e o esquadro das paredes, bem como os arremates a regularidade das juntas, de conformidade com o projeto. 2.1.6 Alvenaria de Elementos Vazados de Concreto 2.1.6.1 Materiais Os elementos vazados de concreto serão de procedência conhecida e idônea, bem curados, compactos, homogêneos e uniformes quanto à textura e cor, isentos de defeitos de moldagem, como fendas, ondulações e cavidades. Deverão apresentar arestas vivas, faces planas e dimensões perfeitamente regulares, de conformidade com o projeto. As nervuras internas deverão ser regulares e com espessura uniforme. O armazenamento e o transporte dos elementos vazados serão realizados de modo a evitar quebras, trincas, lascas e outras condições prejudiciais. 2.1.6.2 Processo Executivo As alvenarias de elementos vazados de concreto serão executadas em obediência às dimensões e alinhamentos indicados no projeto. Serão aprumadas e niveladas, com juntas uniformes. Os blocos serão umedecidos antes do assentamento e aplicação das camadas de argamassa. O assentamento dos blocos será executado com argamassa de cimento e areia, no traço volumétrico 1:4, quando não especificado pelo projeto ou Fiscalização, aplicada de modo a preencher todas as superfícies de contato. As juntas serão inicialmente executadas no mesmo plano e posteriormente rebaixadas com ferramenta adequada. As amarrações das alvenarias e o fechamento de grandes vãos deverão ser executados de conformidade com as indicações do projeto ou Fiscalização. Após o assentamento, os elementos deverão ser limpos, removendo-se os resíduos de argamassa com ferramenta adequada. As juntas com defeito serão removidas e refeitas, com nova aplicação de argamassa. 2.1.6.3 Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo a verificar a locação, o alinhamento, o nivelamento, o prumo e o esquadro das paredes, bem como os arremates a regularidade das juntas, de conformidade com o projeto. 2.1.7 Alvenaria de Pedras 2.1.7.1 Materiais As pedras serão de dimensões regulares, de conformidade com a indicação do projeto. Não será admitida a utilização de pedras originadas de rochas em decomposição. 2.1.7.2 Processo Executivo As alvenarias de pedra serão executadas em obediência às dimensões e alinhamentos indicados no projeto. Os leitos serão executados a martelo. As pedras serão molhadas antes do assentamento, envolvidas com argamassa e calçadas a malho de madeira até permanecerem fixas na sua posição. Em seguida, as pedras serão calçadas com lascas de pedra dura, com forma e dimensões adequadas. A alvenaria deverá tomar uma forma maciça, sem vazios ou interstícios. No caso de alvenaria não aparelhada, as camadas deverão ser respaldadas horizontalmente. O assentamento das pedras será executado com argamassa de cimento e areia, no traço volumétrico 1:3, quando não especificado pelo projeto ou Fiscalização. As pedras serão comprimidas até que a argamassa reflua pelos lados e juntas. 2.1.7.3 Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo a verificar a locação, o alinhamento, o nivelamento, o prumo e o esquadro das paredes, de conformidade com o projeto. 2.1.8 Divisórias com Estruturas de Alumínio e Revestidas com Laminado 2.1.8.1 Materiais Os painéis das divisórias poderão ser constituídos de placas de gesso, madeira aglomerada ou lã de vidro, conforme indicação de projeto. As placas de gesso PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 68 /2 rebitagem. Na zona de solda não será tolerada qualquer irregularidade no aspecto da superfície ou alteração das características químicas e de resistência mecânica das peças. A costura de solda não deverá apresentar poros ou rachadura capazes de prejudicar a perfeita uniformidade da superfície, mesmo no caso de anterior processo de anodização. Sempre que possível, deverá ser evitada a utilização de parafusos nas ligações de peças de alumínio. Se a sua utilização for estritamente necessária, os parafusos serão da mesma liga metálica das peças de alumínio, endurecidos a alta temperatura. Os parafusos ou rebites para ligações de peças de alumínio e aço serão de aço cadmiado cromado. Antes da ligação, as peças de aço serão pintadas com tinta à base de cromato de zinco. As emendas realizadas através de rebites ou parafusos deverão ser perfeitamente ajustadas, sem folgas, diferenças de nível ou rebarbas. Todas as juntas serão vedadas com material plástico antivibratório e contra penetração de águas pluviais. No caso de esquadrias de alumínio anodizado, as peças receberão tratamento prévio, compreendendo decapagem e desengorduramento, bem como esmerilhamento e polimento mecânico. O transporte, armazenamento e manuseio das esquadrias serão realizados de modo a evitar choques e atritos com corpos ásperos ou contato com metais pesados, como o aço, zinco ou cobre, ou substâncias ácidas ou alcalinas. Após a fabricação e até o momento de montagem, as esquadrias de alumínio serão recobertas com papel crepe, a fim de evitar danos nas superfícies das peças, especialmente na fase de montagem. 2.2.2.2 Processo Executivo A instalação das esquadrias deverá obedecer ao alinhamento, prumo e nivelamento indicados no projeto. Na colocação, não serão forçadas a se acomodarem em vãos fora de esquadro ou dimensões diferentes das indicadas no projeto. As esquadrias serão instaladas através de contramarcos ou chumbadores de aço, rigidamente fixados na alvenaria ou concreto, de modo a assegurar a rigidez e estabilidade do conjunto, e adequadamente isolados do contato direto com as peças de alumínio por metalização ou pintura, conforme especificação para cada caso particular. As armações não deverão ser distorcidas quando aparafusadas aos chumbadores ou marcos. Para combater a particular vulnerabilidade das esquadrias nas juntas entre os quadros ou marcos e a alvenaria ou concreto, desde que a abertura do vão não seja superior a 5 mm, deverá ser utilizado um calafetador de composição adequada, que lhe assegure plasticidade permanente. Após a instalação, as esquadrias de alumínio deverão ser protegidas com aplicação de vaselina industrial ou óleo, que será removido ao final da execução dos serviços e obras, por ocasião da limpeza final e recebimento. 2.2.2.3 Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo a verificar a locação, o alinhamento, o nivelamento, o prumo, as dimensões e o formato das esquadrias, a vedação e o acabamento, de conformidade com o projeto. Serão verificados igualmente o funcionamento das partes móveis e a colocação das ferragens. As esquadrias de vãos envidraçados, sujeitos à ação de intempéries, serão submetidas a testes específicos de estanqueidade, utilizando-se jato de mangueira d’água sob pressão, de conformidade com as especificações de projeto. 2.2.3 Esquadrias de Madeira 2.2.3.1 Materiais A madeira utilizada na execução de esquadrias deverá ser seca, isenta de nós, cavidades, carunchos, fendas e de todo e qualquer defeito que possa comprometer a sua durabilidade, resistência mecânica e aspecto. Serão recusados todos os elementos empenados, torcidos, rachados, lascados, portadores de quaisquer outras imperfeições ou confeccionadas com madeiras de tipos diferentes. Todas as peças de madeira receberão tratamento anticupim, mediante aplicação de produtos adequados, de conformidade com as especificações de projeto. Os adesivos a serem utilizados nas junções das peças de madeira deverão ser à prova d’água. As esquadrias e peças de madeira serão armazenados em local abrigado das chuvas e isolado do solo, de modo a evitar quaisquer danos e condições prejudiciais. 2.2.3.2 Processo Executivo A instalação das esquadrias deverá obedecer ao alinhamento, prumo e nivelamento indicados no projeto. Na colocação, não serão forçadas a se acomodarem em vãos fora de esquadro ou dimensões diferentes das indicadas no projeto. As juntas serão justas e dispostas de modo a impedir as aberturas resultantes da retração da madeira. Parafusos, cavilhas e outros elementos para a fixação das peças de madeira serão aprofundados em relação às faces das peças, a fim de receberem encabeçamento com tampões confeccionados com a mesma madeira. Se forem utilizados, os pregos deverão ser repuxados e as cavidades preenchidas com massa adequada, conforme especificação de projeto ou orientação do fabricante da esquadria. As esquadrias serão instaladas por meio de elementos adequados, rigidamente fixados à alvenaria, concreto ou elemento metálico, por processo adequado a cada caso particular, de modo a assegurar a rigidez e estabilidade do conjunto. No caso de portas, os arremates das guarnições com os rodapés e revestimentos das paredes adjacentes serão executados de conformidade com os detalhes indicados no projeto. As esquadrias deverão ser obrigatoriamente revestidas ou pintadas com verniz adequado, pintura de esmalte sintético ou material específico para a proteção da madeira. Após a execução, as esquadrias serão cuidadosamente limpas, removendo-se manchas e quaisquer resíduos de tintas, argamassas e gorduras. 69 /2 PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 2.2.3.3 Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo a verificar a locação, o alinhamento, o nivelamento, o prumo, as dimensões e o formato das esquadrias, a vedação e o acabamento, de conformidade com o projeto. Serão verificados igualmente o funcionamento das partes móveis e a colocação das ferragens. 2.2.4 Ferragens 2.2.4.1 Materiais As ferragens a serem instaladas nas esquadrias deverão obedecer às indicações e especificações do projeto quanto ao tipo, função e acabamento. As ferragens serão fornecidas juntamente com os acessórios, incluindo os parafusos de fixação nas esquadrias. Todas as ferragens serão embaladas separadamente e etiquetadas com o nome do fabricante, tipo, quantidade e discriminação da esquadria a que se destinam. Em cada pacote serão incluídos os desenhos do modelo, chaves, instruções e parafusos necessários à instalação nas esquadrias. O armazenamento das ferragens será realizado em local coberto e isolado do solo, de modo a evitar quaisquer danos e condições prejudiciais. 2.2.4.2 Processo Executivo A instalação das ferragens será realizada com particular cuidado, de modo que os rebaixos ou encaixes para as dobradiças, fechaduras, chapas-testas e outros componentes tenham a conformação das ferragens, não se admitindo folgas que exijam emendas, taliscas de madeira ou outros meios de ajuste. O ajuste deverá ser realizado sem a introdução de esforços nas ferragens. As ferragens não destinadas à pintura serão protegidas com tiras de papel ou fita crepe, de modo a evitar escorrimento ou respingos de tinta. 2.2.4.3 Recebimento Deverá ser verificada a conformidade dos materiais e acabamentos com as especificações de projeto, bem como o ajuste, fixação e funcionamento das ferragens. 2.3 Vidros 2.3.1 Materiais Os vidros serão de procedência conhecida e idônea, de características adequadas ao fim a que se destinam, sem empenamentos, claros, sem manchas, bolhas e de espessura uniforme. Os vidros deverão obedecer aos requisitos da NBR 11706. O transporte e o armazenamento dos vidros serão realizados de modo a evitar quebras e trincas, utilizando-se embalagens adequadas e evitando-se estocagem em pilhas. Os componentes da vidraçaria e materiais de vedação deverão ser recebidos em recipientes hermeticamente lacrados, contendo a etiqueta do fabricante. Os vidros permanecerão com as etiquetas de fábrica, até a instalação e inspeção da Fiscalização. Os vidros serão entregues nas dimensões previamente determinadas, obtidas através de medidas realizadas pelo fornecedor nas esquadrias já instaladas, de modo a evitar cortes e ajustes durante a colocação. As placas de vidro deverão ser cuidadosamente cortadas, com contornos nítidos, sem folga excessiva com relação ao requadro de encaixe, nem conter defeitos, como extremidades lascadas, pontas salientes e cantos quebrados. As bordas dos cortes deverão ser esmerilhadas, de modo a se tornarem lisas e sem irregularidades. 2.3.2 Processo Executivo Antes da colocação nas esquadrias, os vidros deverão ser limpos, de modo que as superfícies fiquem isentas de umidade, óleo, graxa ou qualquer outro material estranho. 2.3.2.1 Colocação em Caixilho de Alumínio A película protetora das peças de alumínio deverá ser removida com auxílio de solvente adequado. Os vidros serão colocados sobre dois apoios de neoprene, fixados à distância de ¼ do vão, nas bordas inferiores, superiores e laterais do caixilho. Antes da colocação, os cantos das esquadrias serão selados com mastique elástico, aplicado com auxílio de espátula ou pistola apropriada. Um cordão de mastique será aplicado sobre todo o montante fixo do caixilho, nas partes onde será apoiada a placa de vidro. O vidro será pressionado contra o cordão, de modo a resultar uma fita de mastique com espessura final de cerca de 3 mm. Os baguetes removíveis serão colocados sob pressão, contra um novo cordão de mastique, que deverá ser aplicado entre o vidro e o baguete, com espessura final de cerca de 2 mm. Em ambas as faces da placa de vidro, será recortado o excedente do material de vedação, com posterior complementação com espátula nos locais de falha. Para a fixação das placas de vidro nos caixilhos, também poderão ser usadas gaxetas de neoprene pré- moldadas, que deverão adaptar-se perfeitamente aos diferentes perfis de alumínio. Após a selagem dos cantos das esquadrias com mastique elástico, será aplicada uma camada de 1 mm de mastique, aproximadamente, sobre o encosto fixo do caixilho, colocando-se a gaxeta de neoprene sob pressão. Sobre o encosto da gaxeta, será aplicada mais uma camada de 1 mm de mastique, aproximadamente, sobre a qual será colocada a gaxeta de neoprene, com leve pressão, juntamente com a montagem do baguete. 2.3.2.2 Colocação em Caixilhos de Ferro e Madeira Para áreas de vidro superiores a 0,50 m2, o processo de assentamento é análogo ao da colocação em caixilhos de alumínio, tanto para caixilhos de ferro como de madeira. A fixação das placas de vidro será realizada com utilização de baguetes metálicos ou cordões de madeira. Os vidros serão colocados após a primeira demão de pintura de acabamento dos caixilhos. As placas de vidro não deverão ficar em contato direto com as esquadrias de ferro ou madeira. PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 70 /2 Para áreas de vidro menores, o assentamento será realizado com massa plástica de vedação, com espessura média de 3 mm, aproximadamente. A massa plástica de vedação será proveniente da mistura de iguais partes de mastique elasto-plástico e pasta de gesso com óleo de linhaça. O vidro deverá ser pressionado contra a massa e, em seguida, será recortado o excesso de massa de vedação em perfil biselado, ficando a parte inferior alinhada com o baguete ou com o encosto fixo do caixilho. Os eventuais vazios existentes na massa de vedação deverão ser preenchidos com espátula. 2.3.2.3 Vidros Temperados Todos os cortes das chapas de vidro e perfurações necessárias à instalação serão definidos e executados na fábrica, de conformidade com os as dimensões dos vãos dos caixilhos, obtidas através de medidas realizadas pelo fabricante nas esquadrias instaladas. Deverão ser definidos pelo fabricante todos os detalhes de fixação, tratamento nas bordas e assentamento das chapas de vidro. 2.3.3 Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo a verificar o perfeito encaixe dos vidros e a vedação das esquadrias. 2.4 Cobertura e Fechamentos Laterais 2.4.1 Cobertura com Telhas de Barro 2.4.1.1 Materiais As telhas de barro serão de procedência conhecida e idônea, bem cozidas, textura homogênea, compactas, de coloração uniforme, isentas de rachaduras, ninhos ou qualquer material estranho. Deverão apresentar as bordas, saliências e os encaixes íntegros e regulares. O armazenamento e o transporte das telhas serão realizados de modo a evitar quebras, trincas, contato com substancias nocivas e outras condições prejudiciais. As telhas serão estocadas em fileiras, apoiadas umas às outras, em local protegido, de modo a evitar quaisquer danos e condições prejudiciais. 2.4.1.2 Processo Executivo Antes do início da colocação das telhas, o madeiramento deverá ser verificado quanto a eventuais ondulações e irregularidades. Se existentes, serão realizados os ajustes necessários. O assentamento das telhas será realizado em duas fases: a preliminar e a definitiva. Na fase preliminar, as telhas serão simplesmente dispostas sobre a estrutura da cobertura. A segunda fase somente deverá ser iniciada após a instalação das peças de funilaria, a saber: calhas, rufos e águas furtadas. As telhas serão alinhadas com auxílio de réguas e linhas, partindo dos beirais em direção às cumeeiras. No encontro com as águas furtadas, cumeeiras e alvenarias, as telhas serão recortadas com precisão, de modo a alinhar os chanfros. As cumeeiras e espigões serão assentados com argamassa de cimento e areia, no traço volumétrico 1:3, quando não especificado pelo projeto ou Fiscalização. O assentamento das telhas formadas de capas e canal e as telhas de todos os beirais e oitões será realizado da mesma forma. Será vedado o trânsito sobre telhas úmidas. O trânsito sobre telhados concluídos e secos somente será permitido sobre tábuas ou chapas de madeira adequadamente apoiadas nas telhas. 2.4.1.3 Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo a verificar a perfeita uniformidade dos panos, o alinhamento e encaixe das telhas e beirais, bem como a fixação e vedação da cobertura. 2.4.2 Cobertura com Telhas de Vidro 2.4.2.1 Materiais As telhas de vidro, de formato idêntico ao das telhas de barro, serão de procedência conhecida e idônea, translúcidas, textura homogênea, isentas de manchas, rachaduras, bolhas ou qualquer material estranho. Deverão apresentar as bordas, saliências e os encaixes íntegros e regulares. O armazenamento e o transporte das telhas serão realizados de modo a evitar quebras, trincas, lascas e outras condições prejudiciais. As telhas poderão ser estocadas ao ar livre, em local protegido, de modo a evitar quaisquer danos e condições prejudiciais. 2.4.2.2 Processo Executivo O processo executivo será idêntico ao utilizado para as telhas de barro. 2.4.2.3 Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo a verificar a perfeita uniformidade dos panos, o alinhamento e encaixe das telhas e beirais, bem como a fixação e vedação da cobertura. 2.4.3 Cobertura com Telhas de Fibrocimento e de Plástico 2.4.3.1 Materiais As telhas de fibrocimento e de plástico à base de PVC serão de procedência conhecida e idônea, textura homogênea, de coloração uniforme e isentas de rachaduras. O armazenamento e o transporte das telhas e peças de acabamento, como telhas para clarabóia e ventilação, cumeeiras universais e articuladas, cumeeiras normais e com aspirador, cumeeiras “shed”, rufos para ventilação, peças terminais, placas de vedação e rufos, serão realizados de modo a evitar quebras, trincas, contato com substâncias nocivas e outras condições prejudiciais. As telhas serão estocadas em pilhas, calçadas de conformidade com as suas dimensões, na posição indicada pelo fabricante, de modo a evitar deslizamentos e quaisquer outros danos. 73 /2 PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO os painéis com as dimensões especificadas no projeto. Em seguida será aplicada a camada de regularização de cimento e areia média no traço volumétrico 1:3, quando não especificado pelo projeto ou Fiscalização. A profundidade das juntas deverá alcançar a camada de base do piso. Os caimentos deverão respeitar as indicações do projeto. A massa de acabamento deverá ser curada, mantendo-se as superfícies dos pisos cimentados permanentemente úmidas durante os 7 dias posteriores à execução. Para se obter o acabamento liso, as superfícies deverão ser desempenadas após o lançamento da argamassa. Em seguida, as superfícies serão polvilhadas manualmente com cimento em pó e alisadas (queima) com colher de pedreiro ou desempenadeira de aço. Para o acabamento antiderrapante, após o desempeno das superfícies, deverá ser passado sobre o piso um rolete provido de pinos ou saliências que, ao penetrar na massa, formará uma textura quadriculada miúda. O acabamento rústico será obtido somente com o desempeno das superfícies. Se for prevista uma cor diferente do cinza típico do cimento, poderá ser adicionado à argamassa de regularização um corante adequado, como óxido de ferro e outros, de conformidade com as especificações de projeto. 2.5.1.3 Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo a verificar o perfeito alinhamento, nivelamento e uniformidade das superfícies, bem como os arremates, juntas, ralos e caimentos para o escoamento das águas pluviais, de conformidade com as indicações do projeto. 2.5.2 Pisos de Ladrilhos Cerâmicos 2.5.2.1 Materiais Os ladrilhos cerâmicos serão de procedência conhecida e idônea, bem cozidos, textura homogênea, compactos, suficientemente duros para o fim a que se destinam, isentos de fragmentos calcários ou outro qualquer material estranho. Deverão apresentar arestas vivas, faces planas, coloração uniforme, sem rachaduras e dimensões perfeitamente regulares. O armazenamento e o transporte dos ladrilhos serão realizados de modo a evitar quebras, trincas, contato com substancias nocivas e outras condições prejudiciais. As caixas serão empilhadas e agrupadas por tipo e discriminação da área a que se destinam. Os rodapés e demais peças de acabamento e arremate serão armazenadas com os mesmos cuidados, juntamente com os ladrilhos. 2.5.2.2 Processo executivo A primeira operação consistirá na preparação da base do piso ou contrapiso adequado ao revestimento. Essa preparação deverá ser executada somente após a conclusão dos serviços de instalações embutidas. No caso de pisos sobre solo, a base será constituída por um lastro de concreto magro, com resistência mínima fck = 9 Mpa, na espessura indicada no projeto. No caso de pisos sobre laje de concreto, o contrapiso será constituído por uma argamassa de regularização, no traço volumétrico 1:3, quando não especificado pelo projeto ou Fiscalização. As superfícies dos contrapisos serão ásperas, com textura rugosa. O assentamento dos pisos cerâmicos, de preferência, será iniciado após a conclusão das paredes e do forro ou teto da área de aplicação. Antes do assentamento, os contrapisos deverão ser limpos e lavados cuidadosamente. A segunda operação consistirá na marcação dos níveis de acabamento, mediante a fixação, com argamassa, de cacos de cerâmica ou tacos de madeira nos cantos e no centro da área de aplicação, nas cotas indicadas no projeto. Em seguida a argamassa de assentamento será lançada e espalhada uniformemente com auxílio de réguas de alumínio ou de madeira, na espessura máxima de 2,5 cm. A argamassa de assentamento será constituída por cimento, cal hidratada e areia média ou fina, no traço volumétrico 1:0,5:5, quando não especificado pelo projeto ou Fiscalização. Sobre a superfície da argamassa, ainda fresca e bastante úmida, será manualmente polvilhado o cimento seco em pó. Em seguida será iniciado o assentamento dos ladrilhos, previamente imersos em água limpa durante vinte e quatro horas. A disposição dos ladrilhos deverá ser planejada em função das características da área de aplicação, a fim de diminuir o recorte das peças e acompanhar, tanto quanto possível, as eventuais juntas verticais do revestimento das paredes. Serão tomados cuidados especiais no caso de juntas de dilatação, soleiras e encontros com outros tipos de pisos. De preferência, as peças recortadas serão assentadas com o recorte escondido sob os rodapés, cantoneiras de juntas, soleiras e outros arremates. O assentamento será realizado com cuidado, apoiando-se a peça sobre a argamassa e batendo-se levemente com o cabo da colher, de modo a obter a superfície acabada uniforme, sem desníveis entre os ladrilhos. O alinhamento das juntas deverá ser rigoroso e continuamente controlado, de forma que a espessura não ultrapasse 1,5 mm. Quarenta e oito horas após o assentamento, deverá ser realizado o rejuntamento com nata de cimento comum ou cimento branco e alvaiade, de conformidade com as especificações de projeto. A nata será espalhada sobre o piso e puxada com rodo. Meia hora após a “pega” da nata, a superfície será limpa com pano seco ou estopa. Efetuada a limpeza da superfície, será vedado qualquer trânsito sobre o piso. A limpeza final do piso deverá ser realizada ao final dos serviços e obras, com uma solução de ácido muriático, diluído em água na proporção de 1:10, de modo a não prejudicar ou remover o rejuntamento. 2.5.2.3 Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo a verificar o perfeito alinhamento, nivelamento e uniformidade das superfícies, bem como os arremates, juntas, ralos e caimentos para o escoamento das águas pluviais, de conformidade com as indicações do projeto. PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 74 /2 2.5.3 Pisos de Ladrilhos de Cimento 2.5.3.1 Materiais Os ladrilhos de cimento serão de procedência conhecida e idônea, textura homogênea, compactos, suficientemente duros para o fim a que se destinam, isentos de qualquer material estranho. Deverão apresentar arestas vivas, faces planas, coloração uniforme, sem rachaduras e dimensões perfeitamente regulares. O armazenamento e o transporte dos ladrilhos serão realizados de modo a evitar quebras, trincas, contato com substancias nocivas e outras condições prejudiciais. As caixas serão empilhadas e agrupadas por tipo e discriminação da área a que se destinam. 2.5.3.2 Processo Executivo O processo executivo será idêntico ao dos pisos de ladrilhos cerâmicos. A limpeza da superfície, entretanto, deverá ser realizada após “pega” da nata de cimento. A limpeza não deverá ser realizada com solução de ácido muriático, que ataca a superfície dos ladrilhos de cimento, mas com a utilização de vassourões adequados. 2.5.3.3 Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo a verificar o perfeito alinhamento, nivelamento e uniformidade das superfícies, bem como os arremates, juntas, ralos e caimentos para o escoamento das águas pluviais, de conformidade com as indicações do projeto. 2.5.4 Pisos de Mármore ou Granito 2.5.4.1 Materiais As placas serão de procedência conhecida e idônea, com arestas vivas, faces planas, sem rachaduras, lascas, quebras e quaisquer outros defeitos. Deverão apresentar acabamento polido e dimensões regulares, de conformidade com o projeto. O armazenamento e o transporte das placas serão realizados de modo a evitar quebras, trincas, contato com substancias nocivas e outras condições prejudiciais. De preferência, as placas serão guardadas em local próximo do assentamento, na posição vertical, encostadas em paredes e apoiadas sobre ripas de madeira, agrupadas por tipo e discriminação da área a que se destinam. Os rodapés e demais peças de acabamento e arremate serão armazenadas com os mesmos cuidados, juntamente com as placas. 2.5.4.2 Processo Executivo A primeira operação consistirá na preparação da superfície de assentamento, lajes ou lastros de concreto, mediante a aplicação de uma argamassa de regularização de cimento e areia, no traço volumétrico 1:3, quando não especificado pelo projeto ou Fiscalização. Sete dias após a preparação da superfície de assentamento, no mínimo, serão marcados os níveis de acabamento, mediante a fixação, com argamassa, de cacos de cerâmica ou tacos de madeira nos cantos e no centro da área de aplicação, nas cotas indicadas no projeto. Em seguida será iniciado o assentamento das placas utilizando-se argamassa de cimento e areia, no traço volumétrico 1:3, quando não especificado pelo projeto ou Fiscalização. A argamassa será preparada e aplicada úmida. Deverá ser lançada na área de assentamento das placas e distribuída uniformemente, de modo a constituir uma camada sem espaços vazios, de espessura não inferior a 3 cm. O assentamento será realizado com cuidado, apoiando-se a peça sobre a argamassa e batendo-se levemente com o cabo da colher, de modo a obter a superfície acabada uniforme, sem desníveis entre as placas. As placas serão rigorosamente alinhadas e encostadas, de forma obter juntas retas e secas. Após o assentamento, através de leve batida sobre as placas, dever-se-á verificar se estas ficaram completamente apoiadas sobre a argamassa. Se for ouvido o som característico de “pedra oca”, o serviço deverá ser refeito. Após a verificação da continuidade, caimento e uniformidade da superfície, arremates nas soleiras e juntas, e decorridas quarenta e oito horas após o assentamento, o piso será coberto com uma camada de proteção provisória. A cobertura será realizada com sacos de estopa ou aniagem e posterior lançamento de gesso em pasta que, uma vez solidificada, garantirá a proteção do piso acabado. A camada de proteção será removida com água e escova, aplicando- se em seguida cera de acabamento, ao final da execução dos serviços e obras. A limpeza final não deverá ser realizada com solução de ácido muriático, que ataca a superfície do piso. 2.5.4.3 Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo a verificar o perfeito alinhamento, nivelamento e uniformidade das superfícies, bem como os arremates, juntas, ralos e caimentos para o escoamento das águas pluviais, de conformidade com as indicações do projeto. 2.5.5 Pisos de Alta Resistência 2.5.5.1 Materiais Os agregados para a execução da argamassa utilizada nos pisos de alta resistência deverão obedecer rigorosamente às características de dureza e composição química especificadas no projeto. As juntas, metálicas ou plásticas, terão as dimensões definidas no projeto. Os agregados deverão ser armazenados em local coberto, seco e ventilado, de modo a evitar quaisquer danos e condições prejudiciais. Os materiais serão separados por tipo e discriminação da área a que se destinam. 2.5.5.2 Processo Executivo Poderão ser adotados dois procedimentos executivos, em função das características da edificação e condições de execução dos serviços e obras, de conformidade com as especificações de projeto, 75 /2 PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO denominados lançamento da argamassa pelo processo “úmido sobre úmido” e pelo processo “úmido sobre seco”. No processo de lançamento “úmido sobre úmido”, a argamassa de alta resistência será lançada imediatamente após o lançamento e adensamento do concreto da base, a fim de permitir a perfeita integração entre a capa de alta resistência e o concreto estrutural. O lançamento deverá ser realizado na espessura indicada no projeto, em “panos alternados”, tipo xadrez, de modo que as estruturas das fôrmas fiquem externas aos panos de lançamento. Em seqüência, após a remoção das fôrmas, a argamassa será lançada nos panos vazios, de modo as faces dos panos já executados desempenhem a função de fôrmas dos panos posteriormente preenchidos. Quarenta e oito horas após o lançamento e desempeno da superfície, executado com desempenadeiras de aço e equipamentos niveladores, será realizado o polimento do piso com a utilização de politrizes e esmeris de granas variadas, de modo a obter o acabamento especificado no projeto. As juntas de plástico ou latão serão mergulhadas na argamassa de alta resistência antes de atingir a dureza inicial do processo de cura; ou, alternativamente, a superfície será “cortada” vinte e quatro horas após a cura da argamassa, com ferramenta adequada de corte e espessura de 2 mm, aproximadamente. Após o corte, as aberturas serão preenchidas com de juntas pré-fabricadas, mastique ou compostos com resina epóxi, de conformidade com a especificação de projeto. No processo de lançamento “úmido sobre seco”, a argamassa de alta resistência será lançada sobre a laje ou estrutura de base, concretada no mínimo sete dias antes da execução do piso. Neste caso, deverá ser obedecida a seguinte seqüência executiva: • limpeza completa e minuciosa da laje ou base estrutural, utilizando-se água e ar comprimido; • fixação de pinos ou parafusos na base de concreto, de modo a formar um quadriculado com quadrados de, no máximo, 80 cm de lado; • aplicação de tela de aço com fios de, no máximo, 5 mm de diâmetro, amarrada nos pinos ou parafusos fixados na base do piso; • nova limpeza com água e ar comprimido, e encharcamento da base durante quarenta e oito horas. A superfície da base deverá ser isenta de qualquer material pulverulento; • lançamento e adensamento de concreto estrutural, com resistência característica igual ou superior ao da base, com espessura mínima de 5 cm, de conformidade com a especificação de projeto; • aplicação de argamassa de alta resistência, conforme procedimento descrito no processo de lançamento “úmido sobre úmido”, na espessura indicada no projeto. A altura total mínima deverá ser de 6 cm, consideradas ambas as camadas do piso. Na preparação da argamassa de alta resistência, poderá ser adicionado com o cimento, a seco, um pigmento de cor especificada, que não poderá superar 5 % do peso do cimento. A cura do piso deverá ser realizada através da cobertura imediata da superfície com uma camada de areia de 3 cm, aproximadamente, molhada diariamente de 3 a 4 vezes durante um período de oito dias. Durante a execução e cura, deverá ser evitada a ação direta dos raios solares, correntezas de ar e variações bruscas de temperatura, através de proteção adequada ou resfriamento da superfície com água. Estando o piso perfeitamente curado, será realizado o polimento com a utilização de politrizes, conforme orientação do fabricante e especificações de acabamento. O primeiro polimento deverá ser manual, com esmeris de grana n.º 30, não antes de sessenta horas após o lançamento da argamassa de alta resistência, para remoção das rebarbas maiores. O polimento mecânico somente poderá ser iniciado uma semana após a formação do piso, utilizando-se esmeris sempre mais finos. Eventuais falhas ou “ninhos” na superfície serão corrigidos através de estucagem com a mesma argamassa de alta resistência usada no piso. O polimento final será realizado com esmeris sempre mais finos, até o de grana n.º 120. Concluído o polimento, serão aplicadas duas demãos de cera virgem, seguidas de eventual lustração. No caso de especificação de piso semi-polido, somente serão aplicadas as politrizes, seguidas de estucamento e mais uma aplicação de polimento mecânico. 2.5.5.3 Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo a verificar o perfeito alinhamento, nivelamento e uniformidade das superfícies, bem como os arremates, juntas, ralos e caimentos para o escoamento das águas pluviais, de conformidade com as indicações do projeto. 2.5.6 Pisos de Madeira 2.5.6.1 Tacos a) Materiais Os tacos utilizados na execução dos pisos deverão satisfazer às prescrições da NBR 6451, isentos de defeitos inerentes à madeira. Deverão apresentar os cantos vivos, sem rebarbas, e dimensões uniformes, de conformidade com as especificações de projeto. A parte inferior, recortada, será inteiriça, sem frestas ou rachaduras, embebida com piche e revestida de camada de pedrisco, que deverá ser contínua e isenta de áreas descobertas de madeira. b) Processo Executivo O assentamento dos tacos será realizado em obediência às prescrições da NB-9, em área já com revestimento de argamassa grossa e fina, porém sem os demais trabalhos de acabamento, como pinturas, colocação de portas e rodapés. Deverá ser impedida a entrada de água através de aberturas que tenham comunicação com o ambiente externo. A PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 78 /2 esta fase serão acompanhados os caimentos eventualmente previstos, juntas, ralos, soleiras e outros. Sobre esta base serão chumbadas as tiras metálicas ou plásticas que atuarão como juntas de dilatação, formando figuras com as dimensões indicadas no projeto. Antes do lançamento da pasta de granilite, deverá ser realizada uma boa limpeza da superfície da camada interiormente executada, mediante varredura e umedecimento. Em seguida, será lançada a pasta constituída de uma argamassa de cimento comum e cimento branco, água e os elementos da pedra ou mármore e, eventualmente, corantes, de conformidade com as especificações de projeto. Deverão ser tomados cuidados especiais na preparação da argamassa, com a observância rigorosa da dosagem especificada, a fim de obter panos de piso homogêneos, de mesma cor e textura. A pasta deverá ser lançada nos painéis formados pelas juntas, será espalhada com o auxílio de réguas bem retas e sobre elas apoiadas e será alisada com desempenadeira e colher de pedreiro, na espessura será entre 8 mm e 10 mm. Após 48 horas do término do lançamento, poder- se-á iniciar o primeiro polimento com máquina a disco com esmeril, que também fornecerá a água necessária à operação de abrasão. Após o primeiro polimento e lavagem do piso, serão verificados e corrigidos, com massa de “estucamento”, os defeitos de superfície, constituídos por falhas no granilite ou por zonas mais baixas, com referência ao nível geral do piso. Após a secagem da massa de “estucamento”, não antes de 48 horas após a execução, será realizado outro polimento, através de esmeril mais fino. Ao final do polimento, após outra lavagem, será aplicada sobre o piso seco uma demão de óleo de linhaça para proteção por um prazo curto, se o piso for recebido bastante tempo após a conclusão. Se houver trânsito sobre o piso, a superfície deverá ser protegida com sacos de estopa e gesso em pasta. Esta proteção será retirada por ocasião da limpeza final. O rodapé deverá ser preparado em tiras já polidas e será aplicado nas paredes com argamassa de cimento e areia, de conformidade com os desenhos e especificações de projeto 2.5.7.3 Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo a verificar o perfeito nivelamento do piso e arremates. 2.5.8 Pisos de Mosaico Português 2.5.8.1 Materiais Os elementos de pedra de tamanho médio de 5x5x5 cm, cortados irregularmente, deverão apresentar boas características de solidez e durabilidade, de conformidade com as especificações de projeto, utilizando-se geralmente diabásio preto para as partes escuras e calcário de coloração branco- acinzentado para as partes claras. O armazenamento poderá ser realizado ao livre, separando-se as peças de cores diferentes. 2.5.8.2 Processo Executivo A primeira operação consistirá na preparação do solo da área a ser pavimentada, devendo-se, após o nivelamento cuidadoso, executar o apiloamento, resultando uma subbase adequada ao assentamento do piso. Em seguida serão marcados os pontos de nível, em obediência aos caimentos indicados no projeto, executadas as juntas com as partes preexistentes e iniciado o assentamento das peças. Antes disso, entretanto, serão fixados os gabaritos, de conformidade com o projeto, que deverão indicar as modificações das cores dos painéis a serem pavimentados. Será então estendida sobre o solo uma mistura seca, de espessura média de 6 cm, constituída por saibro comum, areia média lavada e cimento, no traço volumétrico 3:2:1. No caso de se dispor de saibro arenoso, poderá ser dispensado o uso da areia. Posteriormente, será iniciada a composição dos painéis de piso, assentando-se as peças bem encostadas umas às outras e procurando-se, sempre que possível, não deixar juntas largas. Ao mesmo tempo, serão irrigados com água os painéis que ficarem prontos, batendo-se energicamente sobre as pedras com soquetes de madeira. Os gabaritos serão retirados logo após a disposição das peças, antes da irrigação com água e o batimento. As pedras serão limpas com saco de estopa ou pano, retirando-se o excesso de massa que possa transbordar das juntas. De preferência, a composição dos painéis será iniciada a partir de elementos fixos, como guias, paredes, floreiras e juntas, colocando-se as pedras com a face mais regular em contato com estes elementos. Será vedado o trânsito sobre o piso pronto, pelo menos durante os três dias seguintes ao da execução, procedendo-se a seguir a limpeza final com água. 2.5.8.3 Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo que a superfície final se apresente bem unida, sem saliências marcantes entre as pedras e com bom acabamento nas juntas, ralos e grelhas para a captação de águas pluviais, de conformidade com as indicações do projeto. 2.5.9 Pisos Vinílicos 2.5.9.1 Materiais As placas vinílicas serão de procedência conhecida e idônea, com as dimensões e demais características previstas nas especificações de projeto. Deverão estar adequadamente embaladas, com indicação do tipo, cor e quantidade, empilhadas em local seco e ventilado, já separadas por área de aplicação, de modo a evitar quaisquer danos e condições prejudiciais. 2.5.9.2 Processo Executivo Sobre o lastro de concreto simples já endurecido, anteriormente preparado para a primeira regularização das lajes, será executado um revestimento com argamassa de cimento e areia no traço volumétrico 1:3, 79 /2 PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO quando não especificado pelo projeto ou Fiscalização. A argamassa será lançada após a definição dos níveis de piso acabado, espalhada entre as guias já preparadas, sarrafeada com réguas de madeira ou alumínio, desempenada mas não alisada, constituindo a base para o piso. Após 2 (dois) dias, no mínimo, da preparação da base, será aplicada sobre toda a superfície uma massa regularizadora especificada pelo fabricante, suficientemente plástica para utilização de desempenadeira de aço. A aplicação desta massa terá a função de se obter uma superfície sem imperfeições, lisa e nivelada, repetindo-se a operação, onde for necessária. Após o endurecimento da massa de regularização, poderá ser iniciada a colocação das placas vinílicas, espalhando-se sobre a superfície a ser revestida e no verso das placas a cola específica para o produto, recomendada pelo fabricante. As placas serão colocadas e comprimidas contra a superfície, a fim de garantir a perfeita aderência e impedir a formação de bolhas de ar. As juntas de cada peça serão perfeitamente coincidentes. Os eventuais excessos de cola que possam refluir através das juntas durante a fase de compressão deverão ser removidos com solvente especial. O máximo cuidado será dado ao alinhamento das juntas, nos dois sentidos, bem como ao aspecto da superfície acabada, que deverá se apresentar perfeitamente plana, sem ondulações ou saliências. A disposição das placas deverá ser planejada com antecedência, a fim de se evitar recortes desnecessários nas paredes, portas, juntas de dilatação, início de escadas e outros locais. Será vedado o trânsito sobre o piso acabado durante as 48 horas seguintes ao assentamento das placas. 2.5.9.3 Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo que a superfície final se apresente bem uniforme, e com bom acabamento nas juntas e arremates com paredes, ralos e outros elementos, de conformidade com as indicações do projeto. 2.5.10 Pisos de Borracha 2.5.10.1 Materiais As placas de borracha serão de procedência conhecida e idônea, com as dimensões e demais características previstas nas especificações de projeto. Serão homogêneas, sem porosidade ou rebarbas, sem defeitos de moldagem, de cor e dimensões uniformes, sem rachaduras e fissuras, devendo apresentar, no verso, sulcos chanfrados para fixação em perfeito estado. Deverão estar embaladas em caixas, com indicação do tipo, cor e quantidade, empilhadas em local seco e ventilado, já separadas por área de aplicação, de modo a evitar quaisquer danos e condições prejudiciais. 2.5.10.2 Processo Executivo A argamassa de fixação do piso de borracha será lançada úmida, não pastosa, entre as “guias” formadas com a mesma argamassa e com o níveis superiores fixados de conformidade com o projeto, levando em conta as espessuras das placas e da argamassa de fixação. A aplicação das placas somente poderá ser iniciada após a conclusão dos revestimentos das paredes, forros e tetos dos ambientes. O piso será executado sobre a argamassa de fixação, perfeitamente seca e limpa, com cimento adicionado com cola, aplicado com desempenadeiras adequadas. As placas serão fixadas justapostas e obedecerão à geometria indicada no projeto, em função das medidas do ambiente. Será vedado o trânsito sobre o piso até 72 (setenta e duas) horas após a sua execução. A limpeza do piso será realizada com o auxílio de panos, escovas e água limpa. 2.5.10.3 Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo que a superfície final se apresente bem uniforme, e com bom acabamento nas juntas e arremates com paredes, ralos e outros elementos, de conformidade com as indicações do projeto. 2.5.11 Pisos de Carpete 2.5.11.1 Materiais Os rolos ou placas de carpetes serão de procedência conhecida e idônea e terão certificado de garantia. Deverão apresentar aparência homogênea de textura e cor, de conformidade com as especificações de projeto, não se admitindo variações de tonalidade. Serão guardados cobertos com material plástico impermeável, em local seco e ventilado, dispostos de maneira a facilitar a retirada. Os rolos de mantas de feltro ou material similar serão guardados ao lado dos carpetes, permitindo a sua retirada na época da colocação. Os rolos de borracha, vinílicos ou de manta de poliéster, do tipo não tecida (“non woven”), poderão ser guardados em locais cobertos, ao lado dos demais materiais dos pisos. 2.5.11.2 Processo Executivo A primeira operação para colocação dos pisos de carpete será a preparação da base ou camada de regularização sobre o lastro ou laje existente. Após a preparação, limpeza e picotamento, a estrutura de apoio será lavada com água até à saturação. Em seguida, uma vez definidas as cotas de nível do piso acabado, serão preparadas as “guias” com a mesma argamassa que será usada para a regularização. A argamassa, constituída de cimento e areia no traço volumétrico 1:3, quando não especificado pelo projeto e Fiscalização, será lançada sobre a laje ou lastro, sarrafeada e desempenada com ferramenta adequada. A massa deverá se apresentar úmida, não pastosa, devendo ser estendida uniformemente sem deixar vazios. Na periferia do local, no máximo a 2 cm das paredes, serão chumbadas ripas, cuja superfície superior deverá coincidir perfeitamente com a superfície da base. Será vedado o trânsito sobre a base pronta até seu completo endurecimento, no mínimo durante três dias. O ambiente será ventilado, protegendo-se a superfície dos raios solares. O nível superior da base ficará abaixo do nível PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 80 /2 dos demais pisos acabados, de acordo com o tipo de carpete utilizado. Haverá diferentes sistemas executivos, conforme o tipo escolhido: • colagem direta sobre a base cimentada, ou • colagem de um feltro, moletão, ou mantas de poliéster do tipo não tecida (“non woven”), para colocação posterior do carpete, perfeitamente esticado e fixado nas bordas, aproveitando as ripas chumbadas na periferia do local. Todo o cuidado será tomado para que as juntas dos panos fiquem praticamente invisíveis e o carpete fique perfeitamente plano, liso e esticado, sem apresentar zonas sem tensão. De preferência, serão utilizados esticadores mecânicos, permitindo a tensão adequada e a melhor fixação nas ripas. Como acabamento periférico poderá ser utilizado cordão grosso de “nylon”, rodapés de madeira ou outro componente, de conformidade com as especificações de projeto. Se especificadas, serão aplicadas nas soleiras das portas de comunicação entre áreas com o mesmo tipo de piso, chapas de latão fixadas em sarrafos de madeira, previamente chumbados na base de regularização. As chapas ou juntas metálicas serão aplicadas perfeitamente planas, de modo a cobrir totalmente as juntas dos panos contíguos de carpete. 2.5.11.3 Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo que a superfície final se apresente bem uniforme, e com bom acabamento nas juntas e arremates com paredes e outros elementos, de conformidade com as indicações do projeto. Deverá ser verificada a perfeita tensão dos carpetes, observada em cada área a total aderência à base de apoio. 2.5.12 Pisos Metálicos 2.5.12.1 Materiais Os painéis, grelhas, perfis de suporte e os demais componentes dos pisos metálicos serão de procedência conhecida e idônea e deverão obedecer ao tipo construtivo, dimensões, acabamento e demais características previstas nas especificações de projeto. As peças serão guardadas em local coberto, protegidas contra eventuais batidas ou outros danos, como respingos de concreto, asfalto e pintura. O armazenamento deverá levar em conta a sequência de montagem, de modo a facilitar a retirada das peças sem perda de tempo e evitar a confusão dos materiais ainda armazenados. No caso de partes soldadas, serão observados os colarinhos de solda e partes eventualmente danificadas no transporte. 2.5.12.2 Processo Executivo Devido à multiplicidade de tipos e usos, haverá diferenças no esquema de montagem de pisos metálicos. Se as estruturas de apoio do piso forem metálicas, serão obedecidas as disposições da Prática de Estrutura Metálica - Construção. Os painéis metálicos poderão ser também adotados como degraus de escadas, cobertura de canaletas, passadiços, tampas para bueiros e caixas de tratamento, forros, proteção de máquinas e outros. No caso de painéis constituídos por grelhas eletrofundidas, com barras portantes e fios metálicos de ligação, será obedecido estritamente o esquema previsto para os apoios, a fim de não transferir esforços não previstos sobre as estruturas secundárias da grelha. No caso de grelhas formadas por ferros chatos e cantoneiras furadas e encaixadas, serão tomadas as peças na forma prevista pelo fabricante, a fim de não enfraquecer a integridade do sistema e conseqüente redução da capacidade de carga. No caso de pranchas de chapa de aço estampada, a montagem deverá ser planejada adequadamente, a fim de separar as peças a serem apoiadas sobre estruturas portantes independentes das peças integrantes de conjuntos autoportantes. No caso de pisos elevados para salas de equipamentos, deverão ser respeitadas as seqüências de montagem indicadas pelo fabricante, a fim de não comprometer a flexibilidade prevista para o sistema, em termos de aproveitamento. De modo geral, a primeira etapa será a de regularização dos pontos de apoio das estruturas portantes, pois nem sempre serão previstos dispositivos para uma segunda regulagem milimétrica, como no caso de pisos para computadores. Após o nivelamento rigoroso dos pontos de apoio, quer nos pisos, quer nas estruturas de concreto ou metálicas, poderá ser iniciada a montagem, em duas etapas, das estruturas portantes, conforme esquema de montagem fornecido pelo fabricante. Após uma primeira montagem e controle de níveis e espaços previstos para os panos grelhados ou estampados, proceder-se-á à fixação, à base de “aperto” final e solda, quando prevista, no conjunto da estrutura portante. No caso de pisos elevados para instalações de computadores, centrais telefônicas e similares, esta operação será facilitada pelos “aparelhos” para ajustes mínimos previstos nos pedestais de apoio da estrutura. A última operação será a colocação e fixação dos parafusos, encaixe ou simples apoio das grelhas ou placas integrantes dos pisos. 2.5.12.3 Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo que a superfície final se apresente bem homogênea, com controle da horizontalidade dos painéis correspondentes, da imobilidade e fixação às estruturas portantes, de conformidade com as indicações de projeto e esquema de montagem do fabricante. 2.5.13 Revestimento de Paredes Antes do inicio dos trabalhos de revestimento, deverão ser tomadas as providências para que todas as superfícies a revestir estejam firmes, retilíneas, niveladas e aprumadas. Serão constatadas com exatidão as posições, 83 /2 PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO sobre a qual serão aplicados os ladrilhos, a fim de evitar o refluxo de cimento escuro através das juntas. A colocação será feita de modo a deixar juntas perfeitamente alinhadas, de espessura uniforme e tomadas com pasta de cimento branco. Após o término da pega da argamassa, será verificada a perfeita colocação, percutindo- se os ladrilhos e substituindo-se as peças que apresentarem pouca segurança. b.3) Placas de Cerâmica Tipo Industrial de Alta Resistência, Anticorrosivas Este revestimento cerâmico, que atua como material de proteção e acabamento, poderá recobrir tanto paredes de alvenaria de tijolos comuns quanto camadas de materiais para isolamento térmico previamente aplicadas sobre as paredes. A alvenaria para aplicação das placas cerâmicas receberá chapisco e emboço. Antes do assentamento, as peças serão abundantemente molhadas. As placas cerâmicas serão assentadas com argamassa de cimento e areia fina no traço volumétrico 1:3 ou sobre ciment- cola. A espessura das juntas será uniforme e igual a 7 mm, no máximo. As juntas das placas das paredes deverão acompanhar as indicações do projeto. Imediatamente após a colocação de cada placa, ou de cada peça complementar, será removido todo e qualquer excesso de argamassa aderente à superfície de acabamento. Antes do rejuntamento, serão verificados o alinhamento e o nivelamento das placas, de modo a evitar ressaltos entre uma placa e outra, bem como a regularidade das arestas, o alinhamento e o prumo da parede revestida. O rejuntamento será executado conforme orientação do fabricante e, em seguida, serão removidos os excessos de argamassa e aplainadas as superfícies por meio de desempenadeira de aço lisa. b.4) Pastilhas (Cerâmicas e Vidros) Após o desempeno da camada de argamassa de cimento e areia no traço volumétrico 1:3, a parede será polvilhada com cimento para absorver a umidade aparente e aumentar a aderência. As placas de pastilhas serão assentadas rebatendo-as, de modo a se obter uma superfície uniforme. O papel onde estão coladas as pastilhas será retirado com um simples umedecimento e lavagem, 24 horas após o assentamento. Ao final, proceder-se-á ao rejuntamento com cimento branco e caulim no traço volumétrico 2:1. As pastilhas coladas em telas ou bases especiais serão aplicadas sem rebaixamento, de modo que a argamassa percole pelos vazios e preencha as juntas entre peças. A seguir, proceder-se-á ao rejuntamento, conforme descrito. c) Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo que a superfície final se apresente bem homogênea, nivelada e acabada, as juntas alinhadas e as arestas regulares, de conformidade com as indicações de projeto. Serão verificados o assentamento das placas e os arremates. 2.5.13.3 Revestimento Texturizado a) Materiais Os materiais serão de procedência conhecida e idônea e deverão obedecer às especificações de projeto. O armazenamento será em lugar seco e ventilado, em suas embalagens originais de fábrica, contendo a sua identificação. b) Processo Executivo Sobre a superfície chapiscada e devidamente seca, será aplicada uma camada de emboço no traço recomendado pelo fabricante, sarrafeada e distorcida. O emboço não deverá ter remendos ou trincas. A superfície emboçada será abundantemente molhada, antes da aplicação do revestimento texturizado, a fim de evitar a secagem prematura. Por este material não aceitar emendas, a superfície será dividida em panos, de modo a que possam ser revestidos no mesmo dia e de uma só vez. Para a aplicação deste revestimento, serão observadas rigorosamente as recomendações do fabricante. c) Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo que a superfície final se apresente bem homogênea, nivelada e acabada, não se admitindo ondulações ou falhas, de conformidade com as indicações de projeto. 2.5.13.4 Revestimento de Laminado Melamínico a) Materiais As placas de laminado melamínico serão de procedência conhecida e idônea e deverão obedecer às especificações de projeto. Serão isentas de rachaduras ou defeitos capazes de comprometer sua firmeza, resistência à absorção de umidade e flexibilidade. As placas serão apoiadas horizontalmente sobre ripas de madeira, e armazenadas em local seco e protegido, de modo a evitar danos e condições prejudiciais. b) Processo Executivo As chapas serão recortadas nas dimensões indicadas no projeto, antes do início dos serviços, inclusive os recortes referentes à passagem de tubulação. As alvenarias que receberão este revestimento serão emboçadas com argamassa de cimento e areia fina no traço volumétrico 1:3, quando não especificado pelo projeto ou Fiscalização, não sendo permitido o uso de cal. Ainda com a argamassa úmida, será utilizada desempenadeira revestida de feltro, de modo a regularizar a superfície. Seco este emboço, as imperfeições serão corrigidas com lixa e somente após 24 horas será aplicado um “primer” selante, especificado pelo fabricante, de modo a fechar os poros e melhorar a aderência da chapa. PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 84 /2 Após a secagem desta demão, será aplicada a cola especificada pelo fabricante sobre a chapa e sobre a superfície, utilizando-se espátula para obter um espalhamento uniforme. Após o tempo especificado pelo fabricante, o revestimento será aplicado de cima para baixo, fazendo-se pressão uniforme sobre a chapa de laminado. Serão utilizados pregos de aço nas linhas de junção das chapas, para guiar seu prumo e propiciar uma junta de dilatação de aproximadamente um milímetro ao longo da linha de junção. Ao final, o excesso de cola será removido com o diluente recomendado pelo fabricante. c) Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo que a superfície final se apresente bem homogênea, nivelada e acabada, as juntas alinhadas e as arestas regulares, de conformidade com as indicações de projeto. Serão verificados, também, o assentamento das placas e os arremates. 2.5.13.5 Revestimento de Papel e Tecido a) Materiais Os materiais serão de procedência conhecida e idônea e deverão obedecer às especificações de projeto. O armazenamento será realizado em local coberto e seco, de modo a evitar a umidade e o contato com substâncias nocivas, danos e outras condições prejudiciais. b) Processo Executivo As alvenarias que receberão estes revestimentos serão emboçadas e, ainda no período de secagem, o emboço será desempenado com ferramenta revestida de feltro, de modo a regularizar a superfície. As arestas e cantos deverão ficar bem aprumados. Após um período de 2 dias, será passada uma lixa e aplicada a camada de cola especificada pelo fabricante. Depois de seca esta demão, será aplicada outra camada em faixas, com uma espátula ou desempenadeira, de modo a obter um espalhamento uniforme. Todo o processo de colagem do material será feito em etapas, de acordo com a largura do papel ou tecido utilizado. Tanto o papel quanto o tecido serão aplicados de cima para baixo, fazendo-se pressão com a mão através de uma régua de aço, de modo a evitar a formação de bolhas de ar e obter a adesão perfeita do material. Para o rejuntamento das faixas, tanto do papel quanto do tecido, serão sobrepostas uma faixa à outra e passado um estilete, com auxílio de uma régua de aço, de modo a obter um acabamento retilíneo e perfeito. c) Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo que a superfície final se apresente bem homogênea, nivelada e acabada, as juntas alinhadas e sobrepostas, de conformidade com as indicações de projeto. Serão verificados, também, a aderência do material e os arremates. 2.5.13.6 Revestimento de Pedras a) Materiais As pedras a serem utilizadas no revestimento deverão obedecer às especificações de projeto. O armazenamento será feito em local protegido, de modo a evitar o contato com substâncias nocivas, danos e outras condições prejudiciais. b) Processo Executivo As pedras serão aplicadas conforme a disposição indicada no projeto. As alvenarias serão previamente chapiscadas com argamassa de cimento e areia no traço volumétrico 1:3, com adição de impermeabilizante. As pedras serão mantidas afastadas da alvenaria cerca de 1 a 2 cm, na posição vertical. Para o assentamento, será utilizada argamassa de cimento, cal e areia no traço volumétrico 1:4:4, lançada bem fluida entre a pedra e a parede. Antes da pega da argamassa, as pedras deverão ficar imóveis, utilizando-se grampos cravados na alvenaria. Se, em função das dimensões das pedras, a argamassa não for suficiente para sua fixação, serão utilizados grampos de metal inoxidável e parafusos, colocados de modo a ficarem ocultos, pré-fixados nas pedras. As juntas apresentarão aparência de simples justaposição ou levemente bisotadas, porém sempre respeitando as indicações do projeto. As pedras não serão limpas com substâncias cáusticas, mas sim lavadas com sabão neutro e água. c) Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo que a superfície final se apresente bem regular, de conformidade com as indicações de projeto. Serão verificados, também, a fixação das pedras e os arremates. 2.5.13.7 Revestimento de Mármore ou Granito a) Materiais As pedras de mármore ou granito a serem utilizadas no revestimento deverão obedecer às especificações de projeto. As superfícies serão polidas ou tratadas antes da aplicação ou assentamento. O armazenamento será feito em local seco e protegido, de modo a evitar o contato com substâncias nocivas, danos e outras condições prejudiciais, colocando-se as placas de pé, apoiadas sobre ripas de madeira e encostadas em paredes. b) Processo Executivo Sobre a alvenaria previamente chapiscada, serão assentadas as placas de mármore ou granito, utilizando-se argamassa de cimento, cal e areia no traço volumétrico 1:4:8. As placas serão providas de grapas ou pinos metálicos, fixados com cola à base de epóxi, chumbadas na alvenaria com a mesma argamassa de assentamento. Serão efetuados todos os recortes necessários, de modo que as placas apresentem na disposição indicada no projeto. As juntas serão de espessura uniforme, secas ou preenchidas com mastique adequado, de conformidade com 85 /2 PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO o projeto. Ao final, as placas serão limpas com água e sabão neutro. c) Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo que a superfície final se apresente bem nivelada, de conformidade com as indicações de projeto. Serão verificados, também, a fixação das placas, as juntas e o acabamento. 2.5.13.8 Revestimento de Madeira e Aglomerado a) Materiais A madeira utilizada na execução do revestimento deverá ser seca, isenta de nós, cavidades, carunchos, fendas e de todo e qualquer defeito que possa comprometer a sua durabilidade, resistência e aspecto, de conformidade com as especificações de projeto. Serão recusadas todas as peças empenadas, torcidas, portadoras de quaisquer outras imperfeições ou confeccionadas com madeiras de tipos diferentes. As placas serão armazenadas no sentido horizontal e empilhadas até a altura de 1 metro, em local coberto, seco, nivelado e ventilado, de modo a evitar o contato com substâncias nocivas, danos e outras condições prejudiciais . b) Processo Executivo As chapas serão cortadas nas dimensões indicadas no projeto, antes do início dos serviços. Após a camada do emboço estar perfeitamente seca, a parede deverá ser preparada com sarrafos parafusados, tacos chumbados ou estrutura (estrado) previamente fixada, de conformidade com as indicações do projeto e recomendações do fabricante, para receber o revestimento de madeira ou aglomerado. Caso a estrutura de apoio ou fixação for de grande porte, deverá ser fixada na alvenaria ou apoiada na estrutura de concreto. Se a madeira for do tipo laminado, na sua fixação será utilizada uma cola sintética vinílica, à prova d’água, em obediência às instruções do fabricante. Se a fixação for realizada com parafusos, as cavilhas serão cobertas com massa de cola e serragem ou “botões” da própria madeira. No caso de um acabamento natural, a madeira ou aglomerado receberá um enceramento incolor, de modo a proteger e conservar inalterada sua cor original. c) Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo que a superfície final se apresente bem nivelada, de conformidade com as indicações de projeto. Serão verificados, também, a fixação das placas, as juntas e o acabamento. 2.5.14 Forros Para a utilização de qualquer tipo de forro, deverão ser observadas as seguintes diretrizes gerais: • nivelamento dos forros e alinhamento das respectivas juntas; • teste de todas as instalações antes do fechamento do forro; • verificação das interferências do forro com as divisórias móveis, de modo que um sistema não prejudique o outro em eventuais modificações; • locação das luminárias, difusores de ar condicionado ou outros sistemas; • só será permitido o uso de ferramentas e acessórios indicados pelo fabricante. 2.5.14.1 De Madeira a) Materiais A madeira utilizada na execução do forro deverá ser seca, isenta de nós, cavidades, carunchos, fendas e de todo e qualquer defeito que possa comprometer a sua durabilidade, resistência e aspecto, de conformidade com as especificações de projeto. Serão recusadas todas as peças empenadas, torcidas, portadoras de quaisquer outras imperfeições ou confeccionadas com madeiras de tipos diferentes. As madeiras classificadas como madeira de lei serrada e beneficiada, deverão obedecer às Normas NBR 7203, NBR 7190 e NBR 6230. As placas serão armazenadas no sentido horizontal e empilhadas, em local coberto e bem ventilado, de modo a evitar o contato com substâncias nocivas, danos e outras condições prejudiciais . b) Processo Executivo A estrutura de apoio para o forro será de madeira ou metálica, de conformidade com a indicação de projeto. Os forros de madeira serão executados em obediência aos detalhes de projeto e recomendações do fabricante. A fixação das peças será realizada com pregos sem cabeça, repuxados, cobertos e retocados com cera ou massa adequada. O arremate, no encontro com as paredes, será executado conforme indicação de projeto. c) Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de conformidade com as indicações de projeto, bem como com as diretrizes gerais deste item. 2.5.14.2 De Aglomerado e de Fibra de Madeira a) Materiais As peças de forro de aglomerado e de fibra de madeira serão de procedência conhecida e idônea e deverão apresentar espessura uniforme, faces planas e arestas vivas, bordas bisotadas, macho-fêmea ou bordas retas, de conformidade com as especificações de projeto. O armazenamento será realizado em local coberto e seco, de modo a evitar a umidade e o contato com substâncias nocivas, danos e outras condições prejudiciais. b) Processo Executivo Os forros de aglomerados e fibras de madeira poderão ser fixados sob tarugamento de madeira, com utilização de pregos ou grampos. Poderão ainda ser sustentados por perfis PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 88 /2 de aço o excesso de argamassa, sujeiras ou outros materiais estranhos, após corrigidas pequenas imperfeições com enchimento. Em seguida, serão removidas todas as manchas de óleo, graxa e outras da superfície, eliminando-se qualquer tipo de contaminação que possa prejudicar a pintura posterior. A superfície será preparada com uma demão de tinta seladora, quando indicada no projeto, que facilitará a aderência das camadas de tintas posteriores. 2.5.15.2 Caiação a) Materiais Para a caiação será utilizada pasta de cal extinta peneirada para a preparação da cal hidratada. O armazenamento será realizado em lugar coberto, seco e isolado do contato com o solo. b) Processo Executivo b.1) Superfície Rebocada A parede que receberá a pintura a cal deverá estar com sua superfície devidamente preparada, lixada e limpa. A primeira demão será mais fluida que as demais, usando 1 kg de cal para 10 litros de água, podendo-se adicionar 1 litro de solução concentrada de alúmen, ou alúmen-sulfato-duplo de alumínio e potássio, a fim de aumentar a aderência da pintura e a resistência às intempéries. A cal em pasta deverá ser passada em peneira fina para separar as partículas maiores e as impurezas. A solução de alúmen será obtida dissolvendo 50 gramas de alúmen para 1 litro d’água. A segunda demão deverá ser composta de 2 kg de cal, 10 litros de água e 1 litro de solução de alúmen. A primeira demão será aplicada na horizontal e a segunda na vertical, depois de seca a primeira. As camadas seguintes serão aplicadas alternadamente, na horizontal e vertical. Serão aplicadas tantas demãos quantas forem necessárias, para obter um acabamento perfeito. c) Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de conformidade com as indicações de projeto, bem como com as diretrizes gerais deste item. 2.5.15.3 Pintura à Têmpera (Interiores) a) Materiais A cal a ser empregada será de boa procedência, nova e de cor branca pura, para garantir uma boa qualidade dos serviços. O armazenamento será realizado em lugar coberto, seco e isolado do contato do solo. b) Processo Executivo Em um recipiente limpo, será realizada a queima da cal com a adição mínima de água, apenas para a perfeita reação e obtenção da pasta maleável. A pasta será passada em peneira de malha de um milímetro, para eliminação de partículas não queimadas. Após o preparo da pasta de cal, será preparada a têmpera propriamente dita, com pasta de cal e caulim ou gesso, de conformidade com a indicação do projeto ou da Fiscalização. À mistura resultante será adicionada cola de carpinteiro derretida, na proporção de 500 gramas para 16 quilos de massa, adicionando-se água, conforme especificação de projeto. A aplicação será realizada sobre a superfície rebocada, seca e desempenada nas seguintes etapas: uma demão de nata de cal pura, uma demão de sabão líquido, na proporção de 500 gramas para 10 litros de água, e em seguida aplicação da têmpera, batida a escova, em tantas demãos quantas forem necessárias para garantir uma boa aderência à superfície. c) Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de conformidade com as indicações de projeto, bem como com as diretrizes gerais deste item. 2.5.15.4 Pintura Látex a) Materiais Deverão ser obedecidas as diretrizes estabelecidas no item 2.5.15.1, a), desta Prática. b) Processo Executivo b.1) Superfícies Rebocadas (Com Massa Corrida) Após todo o preparo prévio da superfície, deverão ser removidas todas as manchas de óleo, graxa, mofo e outras com detergente apropriado (amônia e água a 5%). Em seguida, a superfície será levemente lixada e limpa, aplicado- se uma demão de impermeabilizante, a rolo ou pincel, diluído conforme indicação do fabricante. Após 24 horas, será aplicada, com uma espátula ou desempenadeira de aço, a massa corrida plástica, em camadas finas e em número suficiente para o perfeito nivelamento da superfície. O intervalo mínimo a ser observado entre as camadas será de 3 horas. Decorridas 24 horas, a superfície será lixada levemente e limpa, aplicando-se outra demão de impermeabilizante. Após 12 horas, serão aplicadas as demãos necessárias da tinta de acabamento, a rolo, na diluição indicada pelo fabricante. b.2) Superfície de Tijolos Aparentes, Concreto Armado, Gesso e Cimento-Amianto Na pintura de superfícies de tijolos ou concreto aparentes, gesso e cimento-amianto com tinta látex, serão observadas as recomendações das superfícies rebocadas, exceto na aplicação da massa corrida e da segunda demão de impermeabilizante. Nos casos específicos, será aplicado o “primer” recomendado pelos fabricantes. c) Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de conformidade com as indicações de projeto, bem como com as diretrizes gerais deste item. 89 /2 PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 2.5.15.5 Pintura com Tinta à Base de Poliuretano a) Materiais Deverão ser obedecidas as diretrizes estabelecidas no item 2.5.15.1, a), desta Prática. b) Processo Executivo b.1) Superfícies Rebocadas Na primeira etapa, serão removidas todas as manchas de óleo, graxa, mofo e outras porventura existentes, com detergente apropriado. Em seguida, as superfícies serão lixadas levemente, de modo a remover grãos de areia soltos, e limpas, aplicando-se uma demão de impermeabilizante, a rolo ou a pincel, diluído conforme indicação do fabricante. Após 24 horas, será aplicada, com uma espátula ou desempenadeira de aço, uma camada de massa corrida sintética, quando for o caso, em camadas finas e em número suficiente para um perfeito nivelamento. O intervalo mínimo a ser observado entre as camadas será de 3 horas. Depois de 24 horas da aplicação da última camada de massa, a superfície será levemente lixada, o pó espanado, aplicando-se uma demão de selador, na diluição indicada pelo fabricante. Após 8 horas, a superfície será lixada novamente com lixa fina, e limpa, aplicando-se, com pistola, as demãos necessárias de acabamento de poliuretano, na diluição indicada pelo fabricante. Entre as demãos de poliuretano deverá ser observado um intervalo mínimo de 12 horas, recebendo a primeira lixamento leve, com lixa fina e seca. b.2) Superfícies de Madeira Depois de preparada a madeira de conformidade com os procedimentos indicados no item 2.5.15.1, b.2), desta Prática, serão aplicadas, com o auxílio de um espátula ou desempenadeira de aço, duas camadas de massa corrida, sintética. Entre as demãos de massa será observado um intervalo mínimo de 4 horas. Após 8 horas da segunda demão de massa, a superfície será lixada levemente e limpa, aplicando-se uma demão de base, quando recomendada pelo fabricante. Quando a base estiver completamente seca, serão aplicadas as demãos necessárias de acabamento, a pistola ou a rolo, na diluição indicada pelo fabricante. Entre as demãos de acabamento será observado um intervalo mínimo de 8 horas, recebendo a primeira delas lixamento leve, fino e seco. c) Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de conformidade com as indicações de projeto, bem como com as diretrizes gerais deste item. 2.5.15.6 Pintura com Verniz à Base de Poliuretano a) Materiais Deverão ser obedecidas as diretrizes estabelecidas no item 2.5.15.1, a), desta Prática. b) Processo Executivo b.1) Superfícies de Concreto ou Tijolos Aparentes Inicialmente, as superfícies serão preparadas de conformidade com os procedimentos indicados no item 2.5.15.1, b.5, desta Prática. Será então aplicado, nas demãos necessárias, no mínimo duas, o verniz à base de poliuretano. A aplicação do verniz deverá ser à pistola, na diluição indicada pelo fabricante. b.2) Superfície de Madeira Após o preparo da superfície, será aplicada uma demão de verniz à base de poliuretano, na diluição indicada pelo fabricante. Após 24 horas, a superfície será lixada com lixa fina, espanando-se o pó e aplicando-se outra demão do verniz. c) Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de conformidade com as indicações de projeto, bem como com as diretrizes gerais deste item. 2.5.15.7 Pintura com Tinta à Base de Borracha Clorada a) Materiais Deverão ser obedecidas as diretrizes estabelecidas no item 2.5.15.1, a), desta Prática. b) Processo Executivo b.1) Superfície de Ferro ou Aço Inicialmente, as superfícies serão preparadas de conformidade com os procedimentos indicados no item 2.5.15.1, b.3), desta Prática. Em seguida, será aplicada uma camada de massa corrida, que receberá as demãos necessárias de tinta de acabamento, à base de borracha clorada, aplicada à pistola, até obter uma cobertura uniforme e perfeita da superfície. Para acabamento brilhante, aplicar uma ou duas demãos de verniz à base de borracha clorada. c) Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de conformidade com as indicações de projeto, bem como com as diretrizes gerais deste item. 2.5.15.8 Pintura com Tinta a óleo ou Esmalte a) Materiais Deverão ser obedecidas as diretrizes estabelecidas no item 2.5.15.1, a), desta Prática. b) Processo Executivo b.1) Superfície de Reboco (Sem Massa Corrida) Após a devida preparação das superfícies rebocadas será aplicada uma demão de impermeabilizante. Quando esta camada estiver totalmente seca, serão aplicadas duas ou mais demãos de tinta de acabamento, a pincel ou à pistola, sempre PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 90 /2 respeitando as recomendações do fabricante. b.2) Superfície de Reboco (Com Massa Corrida) Após a devida preparação das superfícies rebocadas será aplicada a massa corrida, em camadas finas e sucessivas, com auxílio de uma desempenadeira de aço para corrigir defeitos ocasionais da superfície e deixá-la bem nivelada. Depois de seca, a massa corrida será lixada, de modo que a superfície fique bem regular, de aspecto contínuo, sem rugosidades ou depressões. Serão utilizadas lixas comuns de diferentes grossuras, em função da aspereza da superfície. Será aplicada, então, uma demão de fundo adequado para acabamento a óleo ou esmalte, e uma demão de impermeabilizante ou a massa corrida for à base de P.V.A. Serão aplicadas, no mínimo, duas demãos de tinta de acabamento, com retoques de massa, se necessários, antes da segunda demão, sempre respeitando-se as recomendações do fabricante. b.3) Superfície de Madeira Após a devida preparação das superfícies de madeira, serão aplicadas uma demão de tinta de fundo para impermeabilização e uma demão de massa corrida à base de óleo. Em seguida, as superfícies serão lixadas a seco e limpas do pó. Posteriormente, serão aplicadas duas ou mais demãos de tinta de acabamento com retoques de massa, se necessários, antes da segunda demão, sempre observando- se as recomendações do fabricante. b.4) Superfície de Ferro ou Aço e Ferro e Aço Galvanizado Após a devida preparação, as superfícies serão lixadas a seco, removendo-se o pó, de modo a deixa-la totalmente limpa. Em seguida, serão aplicadas duas ou mais demãos de tinta de acabamento nas cores definidas pelo projeto e observando sempre as recomendações do fabricante. c) Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de conformidade com as indicações de projeto, bem como com as diretrizes gerais deste item. 2.5.15.9 Pintura com Esmalte Acrílico a) Materiais Deverão ser obedecidas as diretrizes estabelecidas no item 2.5.15.1, a), desta Prática. b) Processo Executivo Todas as superfícies que irão receber a pintura de esmalte acrílico deverão estar previamente preparadas, limpas e livres de partículas soltas, poeiras ou quaisquer resíduos. Após a limpeza, as superfícies receberão uma demão de tinta primária ou seladora, conforme recomendação do fabricante, de acordo com o tipo do material a ser pintado. Após a completa secagem do “primer”, deverá ser aplicada a primeira demão a pincel, rolo ou pistola. A segunda demão só será aplicada depois de completamente seca a primeira, seguindo corretamente as recomendações do fabricante. c) Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de conformidade com as indicações de projeto, bem como com as diretrizes gerais deste item. 2.5.15.1 Pintura com Silicone a) Materiais Deverão ser obedecidas as diretrizes estabelecidas no item 2.5.15.1, a), desta Prática. b) Processo Executivo b.1) Superfícies de Concreto Aparente, Alvenarias Aparentes e Rebocadas (Áreas Externas) Após a devida preparação e limpeza das superfícies, serão aplicadas duas demãos de pintura à base de silicone, obedecendo às indicações do fabricante. A aplicação só será iniciada após 2 ou 3 dias de tempo seco. c) Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de conformidade com as indicações de projeto, bem como com as diretrizes gerais deste item. 2.5.15.11 Pintura com Tinta à Base de Epóxi a) Materiais Deverão ser obedecidas as diretrizes estabelecidas no item 2.5.15.1, a), desta Prática. b) Processo Executivo b.1) Superfícies - Alvenarias Rebocadas, Aço, Aço Galvanizado, Concreto, Blocos de Concreto, Madeira, Alvenaria Aparente e Outros (Áreas Internas e Externas) As superfícies deverão estar convenientemente preparadas e limpas, de conformidade com o material a ser pintado, antes de receber uma demão de pintura-base. Depois da aplicação a superfície será lixada para proporcionar a aderência necessária ao acabamento à base de esmalte epóxi. As tintas serão preparadas seguindo rigorosamente as especificações do fabricante. A tinta será aplicada à pistola, nas demãos necessárias, sendo conveniente observar um intervalo mínimo de 4 horas entre uma e outra demão. São requeridos de 7 a 10 dias para o sistema de pintura epóxi alcançar a sua ótima resistência química e dureza. c) Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de conformidade com as indicações de projeto, bem como com as diretrizes gerais 93 /2 PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 2.6.4.3 Recebimento Todas as etapas do processo executivo deverão ser inspecionadas pela Fiscalização, de modo a verificar o preparo das superfícies e a aplicação da solução, de conformidade com as especificações de projeto. Será efetuada prova de água, conforme o item 2.6.1.3, desta Prática. Eventuais trincas ou fissuras na superfície serão tratadas, recebendo um reforço geral com tela de “nylon”, entremeado com diversas demãos de elastômero. 2.6.5 Impermeabilização com Revestimentos Asfálticos 2.6.5.1 Materiais Os materiais a serem utilizados serão a emulsão asfáltica com carga e véu de fibra de vidro, de conformidade as especificações de projeto e Normas NBR 9687 e NBR 9227. Os materiais serão recebidos em recipientes adequados, que serão armazenados em local coberto. 2.6.5.2 Processo Executivo Preparo da Superfície A superfície será regularizada com argamassa de cimento e areia no traço volumétrico 1:3, perfeitamente solidária à base e com acabamento bem desempenado, com ferramenta de madeira e feltro, sem ser alisado, com caimento para os coletores de 1%, no mínimo. Os ângulos e arestas serão arredondados em meia cana, com raio de 8 cm. As áreas mal aderidas ou trincadas deverão ser refeitas. Aplicação da Emulsão A emulsão será preparada com a adição de água pura, se recomendada pelo fabricante, agitando-se a mistura de modo que fique homogênea. Com a superfície completamente limpa, sem falhas ou materiais desagregados, aplicar-se-á uma demão de tinta primária de imprimação. Em seguida serão aplicadas diversas camadas de emulsão asfáltica, intercalando-se véu de fibra de vidro. A quantidade de camadas da emulsão e o véu de fibra de vidro obedecerão ao disposto na Norma NBR 12190. Sobre a última demão da emulsão asfáltica será aplicada uma demão de pintura refletiva com tinta aluminizada de base asfáltica. Finalmente, será aplicada uma argamassa de proteção constituída de cimento e areia no traço volumétrico de 1:3, na espessura mínima de 2 cm, com juntas de separação formando quadros de 2x2 m. Para preenchimento das juntas será utilizado asfalto a quente ou emulsões a frio. Nos locais dos tubos coletores de águas pluviais serão aplicadas bandejas de cobre, conforme o item 2.6.1.2, desta Prática. 2.6.5.3 Recebimento Para o recebimento dos serviços será executada, antes da camada de proteção, a prova d’água, conforme o item 2.6.1.3, desta Prática. Eventuais falhas detectadas deverão ser reparadas na presença da Fiscalização. 3. NORMAS E PRÁTICAS COMPLEMENTARES A execução de serviços de Arquitetura deverá atender também às seguintes Normas e Práticas Complementares: • Práticas de Projeto, Construção e Manutenção de Edifícios Públicos Federais; • Normas da ABNT e do INMETRO: NBR 5732 - Cimento Portland Comum - Especificação NBR 6230 - Ensaios Físicos e Mecânicos da Madeira - Método de Ensaio NBR 6451 - Tacos de Madeira para Soalhos - Especificação NBR 7170 - Tijolos Maciços de Barro Cozido para Alvenaria NBR 7171 - Tijolos Furados de Barro Cozido para Alvenaria NBR 7173 - Blocos Vazados de Concreto Simples para Alvenaria sem Função Estrutural. NBR 7190 - Cálculo e Execução de Estruturas de Madeira NBR 7203 - Madeira Serrada e Beneficiada NBR 9227 - Véu de Fibra de Vidro para Impermeabilização NBR 9396 - Elastômeros em Solução para Impermeabilização NBR 9685 - Emulsões Asfálticas sem Carga para Impermeabilizações NBR 9687 - Emulsões Asfálticas com Carga para Impermeabilizações NBR 9690 - Mantas de Polímeros para Impermeabilização (PVC) NBR 9910 - Asfaltos Oxidados para Impermeabilizações NB 9 - Execução de Soalhos de Tacos de Madeira NBR 11706 - Vidro na Construção Civil NBR 12190 - Seleção da Impermeabilização NBR 13121 - Asfalto Elastomérico para Impermeabilizações • Normas Estrangeiras DIN -106 (“Deutsche Institute für Nürning”) • Códigos, Leis, Decretos, Portarias e Normas Federais, Estaduais e Municipais, inclusive normas de concessionárias de serviços públicos; • Instruções e Resoluções dos Órgãos do Sistema CREA- CONFEA. PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO 94 /2 ANEXO 1 FISCALIZAÇÃO quantidades e sentido de abertura, estão de acordo com o projeto e com os detalhes construtivos nele indicados; • comprovar se as peças foram devidamente lixadas e tratadas com tinta anticorrosiva, antes de sua colocação conforme especificação; • acompanhar a colocação das peças e observar o perfeito nivelamento, prumo e fixação, verificando se as alavancas ficam suficientemente afastadas das paredes para a ampla liberdade dos movimentos; • testar individualmente, após a conclusão dos serviços, todos os elementos móveis das esquadrias, tais como: alavancas, básculas, trincos, rolamentos, fechaduras e outros; • solicitar os ensaios necessários para a verificação da camada de anodização em peças de alumínio, observando, após a sua colocação, se foram protegidas com a aplicação de vaselina industrial, verniz ou outros meios de proteção; • exigir que os caixilhos de ferro, antes da colocação dos vidros, recebam a primeira demão de tinta de acabamento; • verificar a estanqueidade dos caixilhos e vidros, aplicando os testes com mangueiras e jatos d’água. Vidros e Plásticos • comprovar se os tipos e espessuras dos vidros e plásticos entregues na obra satisfazem às especificações técnicas e ao projeto; • assegurar que as placas de vidro ou plástico sejam aplicadas sem defeitos de fabricação ou de cortes, e que as folgas na colocação sejam adequadas a cada tipo; • verificar se o assentamento das placas de vidro é realizado em leito elástico, com emprego de canaletas próprias ou com duas demãos de massa, mesmo que a fixação seja por baguetes. Cobertura • verificar a procedência e a qualidade dos materiais, antes de sua colocação; • solicitar da Contratada, sempre que julgar necessário, os catálogos indicativos da maneira correta de aplicar os materiais, observando o cumprimento das recomendações dos fabricantes; • conferir se a inclinação do telhado com relação ao tipo de cobertura a ser empregado está de acordo com o projeto; • verificar as condições de proteção da estrutura antes da execução da cobertura do telhado (imunização e oxidação); • comprovar as condições de perfeito encaixe e alinhamento das telhas de barro, se as cumeeiras estão emboçadas, niveladas e alinhadas, e se as fiadas do beiral estão amarradas com arame de cobre. Para as telhas de SUMÁRIO 1. Objetivo 2. Fiscalização 1. OBJETIVO Estabelecer as diretrizes gerais para a Fiscalização dos serviços de Arquitetura. 2. FISCALIZAÇÃO A Fiscalização deverá realizar, além das atividades mencionadas na Prática Geral de Construção, as seguintes atividades específicas: Alvenaria de Elevação • comprovar, inclusive com realização dos devidos ensaios, se a qualidade dos materiais empregados atende às exigências contidas nas especificações técnicas; • conferir a locação dos eixos (ou faces) das paredes, bem como as aberturas de vãos, saliências, reentrâncias e passagens de canalizações, de acordo com as dimensões indicadas no projeto; • verificar as condições de alinhamento, nivelamento e prumo das paredes, e se os painéis estão sendo devidamente cunhados ou ligados aos elementos estruturais; • impedir a correção de imperfeições de execução de alvenarias com camadas de chapisco ou emboço, ultrapassando as espessuras permitidas e indicadas nas especificações. Esquadrias de Madeira • verificar se a localização, posição, dimensões, quantidades e sentido de abertura, estão de acordo com o projeto e com os detalhes construtivos nele indicados; • comprovar se a qualidade dos materiais utilizados na fabricação das esquadrias de madeira, inclusive ferragens, satisfaz às exigências contidas nas especificações técnicas; • observar se as ferragens são protegidas durante a execução da pintura; • assegurar que as folhas das portas sejam colocadas após a conclusão da execução dos pisos; • testar o funcionamento das ferragens e o perfeito assentamento e funcionamento das esquadrias. Esquadrias Metálicas • inspecionar todo material a ser empregado, verificando se é de boa qualidade e não apresenta defeitos de fabricação ou falhas de laminação; • verificar se a localização, posição, dimensões, 95 /2 PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO cimento-amianto, de alumínio ou de plástico, comprovar as condições de recobrimento e fixação, de acordo como descrito nas especificações técnicas e os detalhes do projeto; • verificar a inclinação e o perfeito funcionamento das calhas e locais de descida dos tubos de águas pluviais. • acompanhar o assentamento dos materiais procurando garantir a qualidade da execução do serviço, além de observar o alinhamento das eventuais juntas e a não utilização de peças defeituosas. c) Forros • verificar se as características dos forros executados estão de acordo com o especificado em projeto e nas especificações técnicas, no que se refere ao tipo, qualidade, dimensões, cores, alinhamento, nivelamento e demais condições; • solicitar instruções complementares do fabricante, no caso de forros especiais; • verificar a localização e prumo da estrutura de suporte e/ ou pendurais para a perfeita aplicação do forro. d) Pinturas • conferir se as tintas entregues na obra estão em sua embalagem original e intactas e se correspondem à descrição contida nas especificações técnicas, liberando- as para uso, em caso positivo; • verificar se os locais de aplicação estão perfeitamente secos e limpos antes de receber a pintura; • impedir a aplicação de pintura em locais com defeitos ou falhas de qualquer natureza; • exigir a apresentação de amostras de cores, antes de ser iniciada a pintura; • observar a correta aplicação das demãos de tinta, o sentido de aplicação e o número de demãos, de acordo com o exposto nas especificações técnicas; • solicitar a devida proteção de todas as peças que não devem ser pintadas; • verificar se a mão-de-obra e os equipamentos empregados são adequados ao tipo de serviço, exigindo a mudança em caso negativo; • exigir o emassamento das portas e caixilhos de madeira, inclusive nos bordos superiores e inferiores. e) Impermeabilização • garantir que a execução dos trabalhos seja realizada de acordo com o indicado no projeto, especificações técnicas e recomendações dos fabricantes; • cuidar para que, no decorrer das obras, as impermeabilizações já executadas ou em execução não sejam danificadas; • verificar se a área a ser impermeabilizada está limpa e impedir o trânsito de veículos e pessoas, isolando a área de modo adequado; • exigir e acompanhar os testes de estanqueidade antes dos revestimentos. Revestimentos a) Pisos • verificar se todas as caixas de passagem e de inspeção, ralos e canalizações foram corretamente executados e testados, antes da execução dos lastros de concreto; • garantir que a execução do acabamento do piso seja iniciada somente após a conclusão dos serviços de revestimento dos tetos e das paredes; • verificar, como auxílio de ensaios específicos, quando necessário, se a qualidade e a uniformidade das peças a serem aplicadas satisfazem às especificações técnicas e se durante a aplicação são também observadas as recomendações do fabricante; • acompanhar a execução dos trabalhos, observando principalmente os aspectos relacionados com o nivelamento do piso e o seu caimento na direção das captações de água, como grelhas, ralos e outras; • observar os cuidados recomendados para a limpeza final, e se é respeitado o período mínimo, durante o qual não é permitida a utilização do local; • verificar se as superfícies preparadas para receber os pisos estão perfeitamente limpas. Antes da aplicação da argamassa de assentamento, observar se foi espalhada uma camada de nata de cimento, para formar uma superfície áspera e aderente; • observar se o traço e a espessura do contrapiso executado estão de acordo com a indicação do projeto; • verificar a existência de juntas de dilatação em número e quantidade suficientes. b) Paredes • garantir que o traço empregado na preparação das argamassas (chapisco, emboço e reboco) obedeça integralmente às especificações técnicas; • verificar o prumo e as espessuras das camadas de revestimento, e para a primeira camada aplicada, se houve a devida aderência à alvenaria; • observar se a qualidade obtida para a última camada (acabamento) satisfaz às exigências do projeto e das especificações técnicas; • comprovar, com a realização de ensaios específicos, quando necessários se a qualidade dos materiais utilizados está de acordo com as especificações técnicas;
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