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Orçamento na construção civil, Notas de estudo de Engenharia Civil

ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Tipologia: Notas de estudo

2010
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Compartilhado em 25/01/2010

anderson-luiz-almeida-de-souza-9
anderson-luiz-almeida-de-souza-9 🇧🇷

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Baixe Orçamento na construção civil e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Civil, somente na Docsity! ORÇAMENTOS 1 – DEFINIÇÃO 2 – ELEMENTOS NECESSÁRIOS À ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO 3 – PLANILHA ORÇAMENTÁRIA 4 – RELAÇÃO DAS ATIVIDADES E SERVIÇOS CONTANTES DA PLANILHA ORÇAMENTÁRIA 5 – LEVANTAMENTO QUANTITATIVO 6 – LEVANTAMENTO DOS PREÇOS 7 – COMPOSIÇÃO DE CUSTOS UNITÁRIOS 8 – ROTEIRO PARA O LEVANTAMENTO QUANTITATIVO GLOSSÁRIO NORMAS TÉCNICAS BIBLIOGRAFIA 1 – DEFINIÇÃO Orçamento é o resultado de um montante dos serviços previstos e planejados, necessários a execução de uma obra, variando conforme o tipo. Orçar é prever o custo de uma obra antes da sua execução. É uma previsão de custos e/ou estabelecimento de preços dos serviços a serem realizados. Um orçamento pode se referir ao todo de um empreendimento, ou se referir apenas a alguns itens (serviços) de uma obra. No caso da construção de um muro, por exemplo, o custo irá variar conforme o projeto do muro e de suas características: é um muro de divisa?, vai sustentar empuxo do terreno ao lado (arrimo)?, vai receber impermeabilização?, de que tipo?, o revestimento será feito com que material? Para outros tipos de serviços os pontos a serem levados em consideração poderão ser outros, como por exemplo, no revestimento externo de um edifício com pastilhas cerâmicas: há necessidade de remoção do revestimento existente (se edificação já existente)?, precisa de andaime?, que tipo?, e os equipamentos de segurança? A previsão dos custos e preços dependerá muito do grau de conhecimento que o orçamentista tem do projeto, ficando o sucesso de um empreendimento, entre outros fatores, dependente do acerto entre o que foi previsto (orçado) e o que irá ocorrer na prática (custeio). O orçamento é um dos elementos para a tomada de decisões, junto com o cronograma físico-financeiro. O proprietário (cliente) deve saber a priori se terá condições de arcar com os custos ou, no caso de uma obra própria, a construtora precisa saber como será o desembolso ao longo da obra. No caso de uma concorrência para a execução de obra pública, não importando a modalidade (tomada de preços, carta-convite etc.) existe a obrigatoriedade legal da previsão dos preços para que o órgão público possa escolher que empresa irá executar a obra. 2 2 – ELEMENTOS NECESSÁRIOS À ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO Em geral, para se elaborar um orçamento que seja efetivamente viável do ponto de vista técnico é necessário levantar e conhecer com profundidade o consumo de materiais em cada um dos serviços a serem realizados, a quantidade de mão-de- obra, a incidência das leis trabalhistas sobre o custo da mão-de-obra, o tempo de uso dos equipamentos necessários aos serviços, os custos financeiros decorrentes, os custos administrativos (indiretos), a carga tributária que irá pesar sobre os serviços etc. Além disso, o profissional orçamentista deve ser conhecedor da realidade do mercado, das condicionantes regionais e locais, o tipo de gerenciamento que se pretende empregar na execução da obra, os métodos construtivos, a possibilidade de ocorrência de fenômenos climáticos que venham a interferir nos custos da obra etc. Os elementos necessários para a elaboração de um orçamento são chamados de Especificações Técnicas, as quais contemplam as informações relativas ao empreendimento que se pretende desenvolver, procurando fazer com que o que vai ser previsto em termos de custos fique o mais próximo da realidade. As especificações técnicas são formadas pelos seguintes elementos: a) projeto arquitetônico; b) projetos complementares estrutural; elétrico; hidro-sanitário; telefônico; prevençao contra incêndios; infraestrutura; c) memorial descritivo. 3 – PLANILHA ORÇAMENTÁRIA É o documento onde são registradas todas as operações de cálculos e discriminados todos os serviços que serão executados da obra. As planilhas podem ser de vários modelos, dependendo do tipo de obra e/ou contrato firmado entre o construtor e o cliente. As planilhas registram as quantidades de cada serviço e seus custos/preços. Algumas planilhas, mais detalhadas podem separar os custos/preços da mão-de-obra, dos materiais e equipamentos. Numa planilha devem constar, no mínimo, as seguintes informações: a) no cabeçalho (início) logotipo da construtora; identificação da obra; área construída; local; cliente. b) no encerramento 5 Item Atividades/Serviços Unid Quant Unitário Total C CONSTRUTORA ENGENHARIA Obra: Edifício Comercial Área: 2.450,0 m2 Local: Ponta Grossa - Pr 3.300,00 . . . 16 16.1 . . . 16.4 . . . SERV. COMPLEMENTARES Calçada . . . Limpeza final Total . . . m2 . . . vb . . . 50,0 . . . - . . . 60,00 . . . 300,00 . . . 3.000,00 . . . 300,00 85.700,00 Importa o presente orçamento o total de R$ 85.700,00 (oitenta e cinco mil e setecentos reais), incluindo mão-de-obra, materiais e todos os insumos necessários a sua execução. 20 de setembro de 2000 ______________________________ Eng. Civil Fulano de Tal CREAPR 13459467850-D 4 – RELAÇÃO DAS ATIVIDADES E SERVIÇOS CONTANTES DA PLANILHA ORÇAMENTÁRIA A relação de atividades e serviços apresentada a seguir, para fins didáticos e pedagógicos, se refere aos itens para uma obra de pequeno porte, ficando o alerta para que na elaboração de uma discriminação de atividades e serviços para fins orçamentários deve-se levar em conta todos os elementos das especificações técnicas. 1 SERVIÇOS PRELIMINARES Projetos, taxas (prefeitura, CREA), sondagem etc. 2 SERVIÇOS INICIAIS Limpeza, terraplenagem (movimento de terra), barracos, tapume, locação da obra. 3 INFRAESTRUTURA / FUNDAÇÕES / ALICERCES Escavação e reaterro, estacas, estacas brocas, embasamento, baldrame, impermeabilização. 4 ALVENARIA DE ELEVAÇÃO Paredes externas, paredes internas. 6 5 ESTRUTURA / ELEMENTOS DE CONCRETO / SUPERESTRUTURA Fôrmas, armaduras, concreto. 6 COBERTURA / TELHADO Madeiramento, telhas, calhas. 7 REVESTIMENTO DE PAREDES E TETOS Paredes, tetos, cerâmicas, forros. 8 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 9 INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS 10 ESQUADRIAS Metálicas, madeira, portas, janelas. 11 REVESTIMENTO DOS PISOS Reaterro, apiloamento, lastro, impermeabilização, contrapiso, cerâmicas, madeira, carpetes. 12 REVESTIMENTO DE FORROS 13 APARELHOS SANITÁRIOS E ACESSÓRIOS 14 VIDROS 15 PINTURA 16 SERVIÇOS COMPLEMENTARES 5 – LEVANTAMENTO QUANTITATIVO Esta etapa da elaboração do orçamento se resume a levantar de forma técnica as quantidades de serviços informados nas especificações (projetos e memoriais) e estimar os serviços que não foram devidamente especificados, mas que são essenciais e necessários à obra. As quantidades dos serviços devem ser transferidas para a coluna 4 da planilha, adotando-se as unidades correspondentes a cada tipo de serviço na coluna 3. As unidades mais comuns para os serviços usuais são: metro - m (estacas, calhas, tubos); metro quadrado - m2 (alvenaria, fôrmas, revestimentos); metro cúbico - m3 (concreto, argamassa, reaterro); kilograma - kg (cimento, armadura); milheiro – mil (tijolos, telhas); unidades – ud ou peças – pç (portas, caixas, pontos de luz); verba – vb ou global – gb (instalações, projetos). Recomenda-se utilizar um memorial ou roteiro de cálculos no levantamento das quantidades em seqüência aos itens colocados na planilha orçamentária, para facilitar a conferência em caso de dúvida posterior e para, também, manter um histórico do trabalho realizado. 6 – LEVANTAMENTO DOS PREÇOS O levantamento dos preços ou cotação dos preços deve ser feito preferencialmente junto ao fornecedor do material, equipamento ou serviço na praça (local) onde a obra será edificada. No caso da não existência de determinado insumo na localidade da obra, fazer a cotação junto ao fornecedor mais próximo, tendo de levar em consideração o frete para transporte, ou solicitar a informação do preço do material 7 colocado (posto na obra). Em último caso e para estimativas de custos, pode-se recorrer as revistas especializadas ou publicações técnicas de cotação de preços na construção civil. Recomenda-se, também, recorrer a uma planilha de cotação de preços para garantir um histórico sobre o trabalho realizado. A planilha de cotação de preços deve conter, no mínimo, as seguintes informações: a) data da cotação; b) nome dos fornecedores; c) itens a serem pesquisados; d) unidades dos itens pesquisados; e) valor de cada item; f) condições de pagamento; g) dados do fornecedor (telefone e contato). TOMADA DE PREÇOS DATA ___/___/___ ITENS UNID FORNECEDOR A B C Areia média m3 Tijolos 4 furos mil Ciment o (50 kg) sc Cal virgem 20 kg sc Ripas pinho 1x2” IIB m TELEFONE CONTATO COND. PAGTO OBSERVAÇÕES: VALIDADE __/__/___ 10 A seguir, é apresentado um modelo mais completo de planilha de composição de preços. Serviço: Concreto 15 MPa - Preparo com betoneira, lançamento e adensamento manuais Obra: Edifício Comercial Unidade: m3 1 Materiais Unidade Quantidade Custo Unitário Fator Custo Parcial 1.1 Cimento kg 340 0,19 1,05 68,54 1.2 Areia m3 0,62 15,00 1,10 10,23 1.3 Brita 1 m3 0,27 19,00 1,10 5,64 1.4 Brita 2 m3 0,62 19,00 1,10 12,96 1.5 A R$ 97,38 2 Mão-de-obra Unidade Quantidade Custo Unitário Fator Custo Parcial 2.1 Pedreiro h 0,5 2,00 2,245 2,24 2.2 Ajudante h 6 1,50 2,245 20,20 2.3 2.4 2.5 B R$ 22,45 3 Equipamentos Unidade Quantidade Custo Unitário Fator Custo Parcial 3.1 Betoneira h 0,72 4,70 1,00 3,38 3.2 3.3 C R$ 3,38 R$ 123,21 25% R$ 30,80 R$ 154,01 Orçamentista: Data: Benefícios e despesas indiretas - BDI Preço unitário total PLANILHA DE COMPOSIÇÃO DE PREÇOS UNITÁRIOS 12/09/00 Custo total materiais Custo total mão-de-obra Custo total equipamentos Custo total (A + B + C) 11 7.1 – Leis Sociais Trabalhistas Também chamados de encargos trabalhistas, são contribuições obrigatórias a que estão sujeitos os empregadores, variando de acordo com o ramo de atividade, e no caso da construção civil, podendo variar até de obra para obra. Na tabela a seguir, são apresentados os percentuais que incidem sobre a mão-de-obra: Horistas (%) A1 Previdência social 20,00 A2 FGTS 8,00 A3 Salário-educação 2,50 A4 Serviço Social da Indústria 1,50 A5 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial 1,00 A6 Serviço de Apoio a Pequena e Média Empresa 0,60 A7 Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária 0,20 A8 Seguro contra acidentes do trabalho (INSS) 3,00 A9 Seconci 1,00 37,80 Horistas (%) B1 Repouso semanal e feriados 22,90 B2 Auxílio-enfermidade (adotado Pini) 0,79 B3 Auxílio-paternidade (adotado Pini) 0,34 B4 13º salário 10,57 B5 Dias de chuva, faltas justificadas, acidentes do trabalho, greves, atrasos, outras (adotado Pini) 4,57 39,17 Horistas (%) C1 Multa 40% FGTS (dispensa injusta) 4,45 C2 Férias 14,06 C3 Aviso-prévio (adotado Pini) 13,12 31,63 Horistas (%) D1 A sobre B 14,81 D2 A2 sobre C3 1,05 15,86 Vale-transporte Café da manhã Refeições Seguro de vida e acidentes em grupo 124,46 Fonte: adaptado da Revista Construção - Região Sul (agosto de 2000) D - Reincidências Subtotal TOTAL calcular B - Benefícios sociais Subtotal C - Rescisão e aviso-prévio Subtotal Subtotal Taxas de leis sociais e riscos do trabalho ENCARGOS SOCIAIS A - Encargos sociais básicos Dependendo do tipo de gestão aplicada aos empreendimentos pode-se reduzir o percentual dos encargos sociais, como por exemplo, a contratação dos empregados com salário mensal (mensalistas), que pode reduzir o percentual das LST para 74,54%, ou ainda, com a manutenção das equipes de uma obra para outra sem a dispensa ao final de cada trabalho, redução e eliminação de horas-extras, medidas eficazes que reduzam os acidentes de trabalho etc. 12 7.2 – Benefícios e Despesas Indiretas Para se chegar ao preço de um serviço ou obra, sobre o montante obtido para o custo deve-se acrescentar um percentual chamado de BDI, a fim de considerar as despesas administrativas, financeiras, tributárias da construtora e o lucro almejado no empreendimento. Na construção civil, é cada vez mais comum as construtoras executarem uma obra por administração, cobrando taxas de administração em torno de 10% sobre o custo da obra. Desse percentual, a construtora obterá seu lucro e cobrirá as despesas indiretas que tiver na execução da obra. Convém, entretanto, contabilizar todas as despesas decorrentes do exercício de uma atividade empresarial, fazendo o levantamento dos custos administrativos, mantendo o controle sobre os tributos e os juros pagos pelo capital tomado de terceiros. Não existe uma fórmula para determinar o BDI mais adequado para cada tipo de empreendimento, mas em geral adotam-se valores percentuais próximos de 20% (variando de 10 a 35%). Evidentemente, que se a empresa precisa manter equipes, seja pela impossibilidade de dispensa ou por ter obra programada na seqüência, ela pode executar obras pelo custo, considerando BDI igual a zero, ou bem próximo de zero. Em resumo, a definição do BDI é de competência dos dirigentes da empresa, cabendo aos técnicos (engenharia e contabilidade) manter e fornecer as informações que irão auxiliar na decisão. Para avaliar as despesas indiretas é necessário manter um permanente controle sobre a origem das despesas efetuadas pela construtora. Na relação apresentada a seguir, são mostrados os itens que, no mínimo, devem ser levados em conta para se ter um controle razoável das despesas indiretas. 7.2.1 – Administrativas 1) rateios para a administração central: a) remuneração dos sócios-proprietários (acionistas, diretores etc.) – são os dividendos e/ou pro-labore pagos aos dirigentes (sócios) da construtora; b) indenização de despesas diversas – pagas por determinação judicial ou da assembléia (diretoria); c) fundos ou provisões vários – para constituição de fundo para aquisição de equipamentos ou pagamentos de prêmios (abonos); 2) amortização ou depreciação: a) instalações de apoio –usadas em várias obras ou de capital empregado na compra de escritórios paletizados, banheiros etc; b) equipamentos – elevadores, gruas, betoneiras etc; c) acessórios e suprimentos; d) mobilização e desmobilização; 3) rateios por obra: a) gerenciamento – administração, produção e controle das obras; b) desgaste de ferramentas, móveis e utensílios; c) transporte e veículos; d) terceiros (alugueres, energia, água, telefone etc.);
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