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Safrinha - O que aprendemos com ela, Notas de estudo de Engenharia Agronômica

Safrinha _ O que aprendemos com ela

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 07/02/2010

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Pré-visualização parcial do texto

Baixe Safrinha - O que aprendemos com ela e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Agronômica, somente na Docsity! Ano XII - Nº 26 I n f o r m a t i v o www.pioneersementes.com.br SEÇÃO PIONEER Pioneer lança novas cultivares de milho e soja NUTRIÇÃO ANIMAL Volumoso vantajoso GENTE QUE PLANTA PIONEER Waldemar Moratelli Natanael G. Piccinin Walter Paini MANEJO TÉCNICO Interpretação de análise química do solo para a cultura do milho Sucessão nas empresas rurais familiares ADMINISTRAÇÃO RURAL Plantio de soja CULTURA DA SOJA Lendo, interpretando e aplicando as informações de mercado 22 7 3 10 14 4 16 MERCADO AGRÍCOLA O tratamento industrial de sementes de milho e soja com inseticidas é mais um serviço oferecido pela Pioneer, que proporciona segurança e comodidade ao produtor. A aquisição de sementes já tratadas reduz o contato dos funcionários com o produto e garante a dose e cobertura do produto por semente. O tratamento industrial de sementes Pioneer é seguro e possui a qualidade que você já conhece. Pioneer, maiores escolhas, melhores soluções. www.pioneersementes.com.br SAFRINHA 2007 O que aprendemos com ela 23 PIONEER No ano em que completa 35 anos de atuação no Brasil, a Pioneer lançou mais uma publicação: . A revista reúne uma amostra dos melhores resulta- dos de lavouras comerciais alcançados com híbridos Pioneer em todo o Brasil. São resultados de produtores que, ao combinarem a genética superior das sementes Pioneer com a adoção de corretas tecnologias de mane- jo, atingiram patamares de produtividade acima de . Edição Especial Resultados acima de 10.000 kg/ha 10.000 kg/ha Ganhadores do Concurso de Produtividade na Safrinha visitam a sede da Pioneer nos EUA Vencedores na Pioneer nos EUA, com o Diretor Dean Oestreich Produtores e técnicos em visita à Unid ade de Itumb iara-GO A Pioneer realizou a 6ª Edição dos Encontros de Difusores de Tecnologia durante os meses de junho, julho e agosto de 2007, reunindo produtores, consultores privados e departamen- tos técnicos de cooperativas de todo o Brasil. Os eventos foram realizados em várias cidades do Brasil. Os participantes tiveram a oportunidade de ter acesso a informações e discutir sobre vários temas. Dentre eles, destacamos os seguintes assuntos: estratégias de manejo de doenças na cul tura do mi lho; manejo de plantas daninhas e residual de herbicidas; biotec- nologia - milho , manejo de resistência e micotoxinas; gargalos técnicos na cultura do milho; posiciona- mento de híbridos e cultivares; estratégias de controle das principais pragas da cultura do milho; perspecti- vas de mercado e biocombustíveis; fungos de solo; fisiologia da soja, sistema Santa Fé, entre outros. Os participantes dos Encontros de Difusores possuem área privada no site para perguntas e respostas - Fórum -, que possibi- lita a troca de experiência entre os participantes e a equipe técni- ca da Pioneer. ® Bt Encontros de Difusores de Tecnologia 2007 Waldemar Moratelli Natanael Guillen Piccinin Walter Paini , de Tupãssi, PR; , de Alto Piquiri, PR; e , de Corbélia, PR, foram os vencedo- res do Concurso de Produtividade para o Desenvolvimento da Safrinha 2006 no Paraná. Eles, em agosto deste ano, estiveram visitando a sede da Pioneer em Des Moines, nos EUA. Os produtores tiveram a oportuni- dade de conhecer propriedades agrícolas na região, estações de pesqui- sa e produção, além da maior feira agrícola americana, o O Concurso de Produtividade na Safrinha do Paraná premia aqueles produtores que se destacam pelos níveis de produtividade alcançados na safrinha, resultado de um conjunto de práticas adotadas, que engloba desde a seleção dos híbridos até a adoção das corretas práticas de manejo. Agrônomos dos produtores premiados no concurso, jornalistas e produ- tores das cooperativas vencedoras receberam como prêmio uma viagem a Goiás, onde puderam conhecer a unidade de pesquisa e produção da empre- sa com sede em Itumbiara. Farm Progress Show. Pioneer lançou publicação com resultados acima de 10.000 kg/ha EDITORIAL Daniel Glat - Diretor da Pioneer para América Latina® rezados colegas, Começamos a plantar mais uma safra de verão sob um novo cenário econômico. Desta vez, os ótimos preços da soja e do milho confrontam-se com custos de insumos signifi- cativamente mais altos, puxados, em especial, pelos fertilizantes e glifosatos, e a ameaça da trajetória de queda do câmbio. Apesar da agricultura brasi- leira não estar , acredito que estamos num momento melhor do que nas últimas safras, principalmente se estivermos, de alguma forma, contra a queda do dólar. Não podemos esquecer também das lições do passado, ter cautela e planejamento ante a tentação de crescimento desenfreado com novos e custosos investimentos. A grande novidade para a cultura do milho no Brasil nesse momento é a aprovação formal, pela CTNBio, de dois tipos de , os milhos transgênicos com resistência a lagartas. Esses híbridos trarão grandes benefícios à milhocultura brasileira, principalmen- te com relação à lagarta do cartucho, , que é uma praga extrema- mente agressiva, requer de 1 a 4 aplicações de inseticida, dependendo da região, e ainda assim pode causar grandes perdas de produtividade e na qualidade de grãos. Dependendo do andamento do processo de aprovação, esses híbridos já poderão ser comercializados na safra de 2008. E nós, da Pioneer, estamos preparados para isso. Finalmente os produtores brasileiros poderão fazer uso dessa excelente tecnologia, que já é utilizada, há muitos anos, por seus principais concorrentes, os produtores america- nos e argentinos. Muitos clientes e colegas têm me questionado, face à recente onda de aquisições no mercado Brasileiro de Sementes, quais serão as medidas tomadas pela Pioneer. A res- posta é simples. Vamos continuar no mesmo caminho, o qual viemos seguindo nestes 10 últimos anos, ou seja, mantendo e acelerando os investimentos nos nossos progra- mas e estações de pesquisas, em nossas equipes e unidades de produção de sementes, investindo e qualificando, cada vez mais, nossa força de vendas e nosso corpo técnico. Manteremos os nossos valores, combinando nossas características mais próprias e marcantes, que são produtos da mais avançada genética, com nossa assistência técnica diferenciada. Desta forma, continuaremos contribuindo para que nossos produtores possam colher cada vez mais e melhor. Foi jogando dessa maneira que conquistamos enorme crescimento e aceitação no mercado Brasileiro de Sementes nessa última década e, assim, haveremos de continuar... Desde que a Pioneer lançou o Boletim Informativo, há mais de 10 anos, tive a honra de poder escrever esse Editorial e dividir com milhares de colegas, produtores, técnicos e interessados, nossas perspectivas sobre o momento da agricultura brasileira. Porém, desde setembro de 2007, me encontro nos USA, onde durante alguns anos, farei parte da Diretoria Internacional da Pioneer. Sendo assim, a partir da próxima edição, o edito- rial ficará sob a responsabilidade do meu colega Roberto de Rissi, Engenheiro Agrôno- mo, PHD em genética e atual Presidente da Pioneer do Brasil. Rissi é profundo conhece- dor da milhocultura brasileira e sua formação científica em muito contribuirá nesta nova fase que estamos vivendo no Brasil com a chegada do milho transgênico. Todos vocês podem continuar a esperar e cobrar da Pioneer produtos e tecnologias cada vez mais adaptadas às necessidades do produtor brasileiro. Uma ótima safra para todos. voando em céu de brigadeiro protegidos milhos Bt Spodoptera frugiperda 2 P PIONEERMulticanal Fórum Resultados de lavoura Materiais técnicos Para dar continuidade aos encontros Geração após Geração, em abril, foi dispo- nibilizado no Portal Pioneer o Fórum Gera- ção após Geração, mais um canal de conta- to da Pioneer com os jovens produtores lí- deres do agronegócio brasileiro. No Fórum, os participantes dos eventos discutem e postam suas dúvidas sobre práticas de administração rural, gestão da proprieda- de, sustentabilidade, biotecnologia, dentre outros assuntos. Com a intenção de facilitar o acesso aos resultados de produtividade alcançados nas diversas regiões brasileiras, a página de resu l tados do Portal Pioneer foi c o m p l e t a m e n t e remodelada. Agora, além de visualizar resultados de Milho Verão e Soja, você também pode consultar os resultados de Milho Safrinha e Silagem e visualizar os resultados da safra passada. Na área de Informações Técnicas do Portal Pioneer, você encontra diversas infor- mações sobre as principais práticas de ma- nejo das culturas do milho e da soja. Os últimos lançamentos disponíveis para no são a Revista Tecnologias Aplicadas em Milho e a Revista Pioneer Responde Irrigação. Para receber nossos materiais técnicos em sua casa, sem custo algum, cadastre-se no Portal Pioneer ( ). O Fale Conosco e o Pioneer ao Vivo ( ) são canais de contato direto com a nossa equipe, disponibilizados no Portal Pioneer, para que você possa esclare- cer suas dúvidas e enviar seus comentários. Caso prefira, também pode entrar em con- tato conosco através do ou telefone 51 3719-7748 e falar com uma de nossas atendentes. É sempre um prazer atendê-lo. download site www.pioneersementes.com.br chat online e-mail clientes@ pioneer.com Resultados Milho Verão Resultados Silagem Resultados Milho Safrinha Resultados Soja Não é de responsabilidade dos autores nenhum dano direto ou indireto, relacionado ou proveniente de qualquer ação ou omissão, resultante de qualquer informação contida neste material. Todas as conseqüências advindas de qualquer medida com base neste material são, única e exclusivamente, de responsabilidade do leitor. Todos os direitos reservados. Esta publicação não poderá ser reproduzida ou transmitida, no todo ou em parte, de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou impresso, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da DuPont do Brasil S/A - Divisão Pioneer Sementes. Editor: Cláudio de Miranda Peixoto Jornalista Responsável: Hélio Etges, DRT-RS 5918Coordenação: Daniela Didoné Editoração e arte: Oggi/Graphik - Prod. Gráf. e Eletr. Ltda. - Fone: (51) 3715-5782 As solicitações de recebimento do Informativo Pioneer deverão ser feitas para a Unidade de Santa Cruz do Sul: A/C Informativo Pioneer, Rodovia BR 471, km 49 CEP 96.810-971 - Cx. Postal 1009 - Santa Cruz do Sul - RS - Fone: (51) 3719.7700 Marca registrada ou usada nos países do mundo pela Pioneer Hi-Bred International, Inc. E-mail exclusivo do Boletim Informativo Pioneer: informativo-pioneer@pioneer.com Informativo da Pioneer Sementes Com distribuição gratuita para seus clientes Tiragem: 115 mil exemplares Novembro de 2007 EXPEDIENTE 20 ESPECIAL PESQUISA Fo to : a rt e G ra ph ik ara atender a crescente demanda do segmento Safrinha a Pioneer possui, hoje, um programa de melhoramento específico para esta zona ambiental, tendo como base o centro de pesquisa de Toledo (PR) e apoio em Sorriso (MT) e Itumbiara (GO). Os pesquisadores deste centro con- centram seus esforços no desenvolvimento e caracterização de linhagens e híbridos, além de uma ampla rede de ensaios de avaliação de performance dos materiais experimentais para a safrinha. Basica- mente, essas estações cobrem as áreas do norte e oeste paranaense, Mato Grosso do Sul, sudoeste goiano, Mato Grosso e parte ® P Carlos Raupp ¹ Delmar Brenner ² Adilson Ricken Schuelter ³ de São Paulo. Além disso, o projeto do centro de Toledo desenvolve híbridos de ciclo tardio para o Sul - período de plantio que exige maior defen- sividade dos materiais. Os demais centros de pesquisa da Pioneer, localizados em Passo Fundo (RS), Itumbiara (GO), Brasília (DF), Balsas (MA) e, mais recentemente, em Palmas (TO) apre- sentam programas de melhoramento específicos, cuja finalidade é o de desen- volver híbridos que fortaleçam cada vez mais o Sistema de Combinação nos mais diferentes e variados ambientes, onde se planta milho no Brasil. BALSAS SORRISO TOLEDO PASSO FUNDO ITUMBIARA PALMAS BRASÍLIA O melhoramento de plantas para as condições de safrinha 5 Participe no processo de controle de qualidade na sua propriedade A semente é um insumo biológico, portanto tem vida. Assim, é importante que o produtor participe do processo de qualidade iniciado pela Pioneer porque o produtor é também parte dessa cadeia. É importante que o produtor mantenha a qualidade da semente dentro da sua pro- priedade, não deixando que ela se perca em pequenos detalhes. A Pioneer, pensando na manutenção da qualidade das sementes, procura entre- gar as sementes o mais próximo possível da data de plantio. Para isso, a Pioneer teve que desenvolver um complexo e eficiente processo de logística. Entretanto, após o recebimento da semente por parte do produtor, ele deve assumir algumas responsabilidades para assegurar todo esse processo iniciado desde a pesquisa durante as primeiras multiplicações. Dentro de algumas responsabilidades assumidas, cabe ao produtor armazenar as sementes em condições adequadas. Mas quais são essas condições? a) Armazenar as sementes em galpão bem ventilado, sobre estrado de madeira e nunca em contato direto com o piso nem em contato com paredes; b) As melhores condições para a pre- ® servação das sementes são com tempera- turas em torno de 25º C e umidade do ar abaixo de 70%; c) Não se deve empilhar a sacaria das sementes de soja próxima das paredes do armazém, ou próximo a fertilizantes, calcá- rio ou defensivos; d) Armazenar, de maneira organizada, por cultivar, lote, peneira e se a semente é convencional ou geneticamente modifica- da. Identifique as pilhas para facilitar na hora do carregamento por ocasião do plantio. Isso facilita o plantio, que deve estar organizado por cultivar e por talhão; e) Certifique-se que o armazém esteja em condições apropriadas, por exemplo, sem goteiras. Em vários estudos realizados por órgãos de pesquisas, verificaram-se as vantagens da utilização de fungicidas nas sementes de soja. Mesmo sendo uma prática já conhecida e di- fundida entre produtores, te- mos verificado que em muitos casos, ainda não se dá a devida atenção para o aspecto da quali- dade do trata- mento que, em muitos casos, po- de comprometer a eficiência e a eficácia do mesmo. Para isso, a Pioneer está estudando a possibili- dade de fazer o tratamento industrial com fungicida para que o agricultor não tenha que realizar este serviço na sua proprieda- de. Com o advento do plantio direto mui- ta coisa mudou, melhorando a agricultura brasileira com a melhor conservação do solo e água, por exemplo. Porém, o ataque de pragas se tornou mais severo, necessi- tando de mais atenção e, principalmente, melhor manejo. Para agricultores que ado- tam alta tecnologia, ou para aqueles que não querem comprometer o investimento inicial da soja, o tratamento de sementes com inseticida já é uma rotina. Este ano, a Pioneer já está comerciali- zando sementes tratadas com inseticidas, Tratamento de semente de soja usando equipamentos de última geração, especialmente desenvolvidos para essa finalidade, e que proporcionam a correta distribuição de princípio ativo na semente, garantem a dose do inseticida por semente e reduzem ao mínimo os riscos de danos às sementes. Já com os olhos voltados para a previ- são do tempo para a próxima safra, empre- sários agrícolas de várias regiões e tama- nho de propriedades, estão optando pelo tratamento industrial de inseticidas como o fipronil (Standak) na semente de soja, vi- sando o controle de várias pragas a exem- plo da (vaquinha), (Tamanduá), (Coró) e (Lagarta elasmo). Além do fipronil, o tratamento indus- trial com Cruiser 350 FS (Thiametoxan) tem sido bastante utilizado, na dose de 100ml/100kg de sementes, com o intuito de proteger e acelerar a germinação e esta- belecimento das plântulas. Segundo pes- quisas realizadas, o Thiametoxan aumenta a produção de alguns aminoácidos que são precursores de hormônios vegetais como a citocinina, por exemplo, que é responsável pela divisão celular. A maior quantidade desses hormônios acelera a germinação e crescimento da planta e torna a plântula menos suscetível à ação de estresses ambi- entais. Na soja é também de fundamental im- portância a inoculação das sementes com rizóbio visando a fixação biológica de nitrogênio. Você pode obter mais informa- ções sobre o monitoramento do sucesso da inoculação no artigo "Cuidados com a soja nas fases iniciais de crescimento", pu- blicado no Boletim Informativo Pioneer nº 20. Você pode fazer o do artigo pelo Diabrótica speciosa Ster- nechus subsignatus Phyllo- phaga cuyabana Elasmopalpus lignosellus download site www.pioneersementes.com.br. ® ® M ar ca Re gi st ra da da SY N G EN TA C RO P PR O TE C TI O N ,B as ilé ia ,S uí ça . Fo to :a rq ui vo Pi on ee r 19 Benefícios da tecnologia - Milho Bt São vários os benefícios do uso da tecnologia do milho . Inicialmente a eficiência de controle, já que, como é a própria planta que produz a proteína, ela está presente nas plantas desde as primei- ras fases da cultura até o final do ciclo. Isso confere um controle eficiente das pragas- Bt alvo. Uma das pragas controladas pela tecnologia é a lagarta do cartucho - durante todo o ciclo da cultura, evitando novas infestações e reduzindo significativa- mente os danos causados aos grãos das espigas e melhorando, conseqüentemente, a qualidade do produto final. Em suma, isso propicia melhor proteção e redução das perdas potenciais de produtividade. Adicionalmente, como dispensa algu- mas pulverizações para controle de pragas de elevado potencial de dano e valor eco- nômico para a cultura, há também econo- mia não só de inseticidas, mas de combus- tível e água, reduzindo também as emis- Bt sões de carbono da atividade agrícola. Esse conjunto proporcionaria uma melhor qua- lidade de vida e maior nível de proteção ambiental. No entanto, esta tecnologia não é má- gica. Em locais de alta infestação, o moni- toramento deve ser constante e, eventual- mente, alguma aplicação complementar pode ser necessária. A aprovação do MON810 e do 11 pela CTNBio foi só o primeiro passo. Os hí- bridos, contendo estas tecnologias, ainda precisam ser registrados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para que possam ser produzidos e comercializa- dos no Brasil. O processo de registro está temporariamente suspenso por liminar da justiça federal do Paraná. Além disso, o que é positivo para o agricultor, é que ainda existem outros dois eventos de milho , aguardando avaliação da CTNBio, e, com o avanço da tecnologia, outras novas tecnologias com certeza virão para melhorar ainda mais esta ótima ferra- menta, finalmente à disposição do agricul- tor brasileiro. No Brasil Bt Bt ¹ Gerente de Registro e Regulamentação da Pioneer Sementes Milho convencionalMilho Bt Fo to : a rq ui vo Pi on ee r Fo to :a rq ui vo Pi on ee rpudessem produzir estas proteínas e estas ficassem dentro dos tecidos vegetais, sem problemas de lavagem pela água ou de- gradação pela luz, esse problema estaria solucionado. Surgiu, então, uma nova e eficaz tecnologia. Em 1996, nos Estados Unidos, foram aprovadas para uso comercial as primeiras plantas para as culturas da batata e algodão. No ano seguinte, foi a vez do milho. Atualmente, segundo o ISAAA, em 2006 foram plantados aproximadamente 32 milhões de hectares de culturas resis- tentes ao ataque de insetos, sendo que o milho foi plantado em 13 países (Esta- dos Unidos, Argentina, Canadá, África do Sul, Uruguai, Filipinas, Espanha, França, Honduras, República Tcheca, Portugal, Alemanha e Eslováquia). Em 2007, além da aprovação brasileira, o milho recebeu também aprovação na Colômbia. Dentre os diferentes tipos de plantas transgênicas aprovadas comercialmente, sem dúvida o milho é o que foi aprovado em um maior número de países e que possui o maior volume de estudos. Plantas Bt Bt Bt Bt Bt FIGURA 1 - Forma da semente RedondaOblonga 6 CULTURA DA SOJA As peneiras e a sua importância na correta escolha do disco A Pioneer comercializa 2 tipos de peneiras: P1 e P2. A variação existente entre as peneiras é de 1 mm entre a menor e a maior circunferência das sementes, medidas a partir de uma linha perpendicu- lar ao comprimento do hilo. (Veja a indica- ção na Figura 1). Para as cultivares da Pioneer sugerimos as seguintes dimensões de disco: P1 - 7,5 mm ou 8 mm P2 - 8,5 mm ou 9 mm Esta escolha dependerá se as sementes que você adquiriu são mais arredondadas ou oblongas e dos produtos que você irá utilizar no tratamento de sementes. ® Plantio propriamente dito Na hora do plantio a adequada umi- dade do solo é fator primordial para o bom estabelecimento da cultura. Segundo a Embrapa CNPSO, 2007, a semente de soja necessita absorver, no mínimo, 50% de seu peso em água para assegurar boa germi- nação. Nesta fase, o volume de água no solo deve estar entre 55% a 85% do total de água disponível. Outro fator muito importante é, sem dúvida, a profundidade de semeadura. A soja não apresenta adequada emergência quando semeada a profundidades maiores do que 5 cm. Em terras altas, acima de 800 metros de altitude, a semeadura profunda pode predispor a soja a infecções causadas por fusário. Também a quantidade e a concentra- ção de determinados nutrientes podem provocar danos às sementes. Muitos técni- cos desaprovam o uso de fórmulas concen- tradas em potássio no plantio porque a alta salinidade deste nutriente pode predis- por o sistema radicular da soja à entrada de patógenos. Em doses acima de 80 kg/ha de K O recomenda-se o parcelamen- to da adubação. Os problemas de saliniza- ção são mais freqüentes quando o solo está compactado ou a semeadura é feita com discos desencontrados na distribuição da semente. A velocidade de semeadura é outro fator importantíssimo na distribuição de sementes. O conceito que se tinha era que quanto à velocida- 2 podia-se fechar os olhos População de soja O desempenho das cultivares de soja é muito influenciado pelo ambiente. Por isso, a recomendação de população de cada cultivar deve levar sempre em consideração 3 fatores: 1. O local de plantio - o ciclo das cultivares de soja é em função da latitude e, em menor proporção, da altitude; 2. A data de semeadura - como temos uma variação na quantidade de luz diária, a soja plantada mais cedo ou mais tarde sofrerá influência na altura de plantas e rendimento; 3. O nível de fertilidade ou tecnologia - solos mais férteis podem favorecer o aca- mamento e, conseqüentemente, favorecer o abortamento de vagens, ataque de doenças e, por conseqüência, redução de produtividade. A recomendação da população final de plantas é determinada de acordo com a Zona Ambiental Homogênea em que se encontra o local de plantio (Figura 2) e pode ser encontrada no catálogo ou guia de soja da Pioneer. de. A velocidade considerada ideal para o plantio de soja deve ficar ao redor de 10 km/h. Acima dessa velocidade, a distribui- ção das sementes ocorre de maneira irre- gular, comprometendo a produtividade. Principalmente as cultivares mais modernas necessitam, cada vez mais, de ajustes finos na população de plantas. Além disso, a adequada população e distribuição de plantas propicia maior possibilidade de aumento da produtividade, uma vez que permite melhor aproveitamento de luz, água e nutrientes. Lembre-se de aferir a plantadeira/se- meadeira com freqüência, pelo menos 3 vezes ao dia, pois assim você poderá corri- gir possíveis erros ou falhas e garantir o estabelecimento inicial da lavoura. A possibilidade de atingir altas produ- tividades na cultura da soja, assim como em outras culturas, é determinada pela combinação da genética da cultivar, da qualidade da semente plantada e do mane- jo da cultura. Os cuidados no plantio da soja possi- bilitam o bom estabelecimento da lavoura, o que se traduz em produtividade na co- lheita. I II III IV V 27º 20º 15º 10º 3.3 4.2 4.1 3.2 3.1 5.0 FIGURA 2 - Localização das Zonas Ambientais Homogêneas de soja no Brasil ¹ Engenheiro Agrônomo, M. Sc. Gerente de Produtos e Tecnologia Região Centro da Pioneer Sementes Alta Produtividade = Genética Semente de Boa Qualidade Manejo + + 18 TECNOLOGIA Fo to : a rt e G ra p h ik Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), na sua reunião de agosto, aprovou o pedido de uso comercial do primeiro even- to de milho geneticamente modificado para resistir ao ataque de insetos, também conhecido como milho , o MON810. Em seguida, na sua reunião de setembro, aprovou o segundo evento deste mesmo tipo: o 11. Essa denominação genérica, milho , é derivada da fonte dos genes utilizados nesta tecnologia, a bactéria . Bt Bt Bt Bacillus thuringiensis Goran Kuhar Jezovsek ¹ O Bacillus thuringiensis O foi descoberto no início do século passado, no Japão, quan- do provocou uma grande mortalidade em lagartas do bicho-da-seda e, alguns anos mais tarde, foi classificado por Berliner, na Alemanha, que homenageou uma região deste país, a Turíngia. Poucos anos depois, formulações contendo esta bactéria já eram utilizadas comercialmente como inseticidas naturais, inicialmente na França. A ação inseticida do , vem do fato que, durante seu desenvolvi- mento, especialmente na sua esporulação, ele produz proteínas tóxicas a determina- B.thuringiensis B.thuringiensis dos tipos de insetos, notadamente Lepidópteros (borboletas e mariposas), Coleópteros (besouros) e Dípteros (mos- cas). O tipo mais comum destas proteínas é denominado de Proteína Cristal e são mais conhecidas como Proteínas Cry. Atualmente são conhecidos em torno de 50 tipos de famílias de proteínas Cry e elas são diferenciadas por números, Cry1, Cry2, etc., sendo que cada família atua sobre um tipo diferente de inseto. Por exemplo, Cry1 e Cry2 atuam sobre lepidópteros; Cry3 sobre Coleópteros; Cry4 sobre Dípteros; entre outros. As proteínas Cry são uma ótima forma de controle de insetos devido à sua especificidade, decorrência do seu modo de ação. Da forma como são produzidas pela bactéria, elas são inócuas. Para que atuem, há a necessidade da ingestão da proteína pela praga-alvo. Uma vez ingeridas, em contato com o fluido gástrico dos insetos, que tem pH básico, a proteína é quebrada em locais específicos, liberando a molécula inseticida. Esta molécula irá se ligar, então, aos receptores das paredes do intestino do inseto, inicialmente bloqueando a absorção de alimentos e, posteriormente, abrindo poros nas membranas celulares, que Modo de ação das proteínas Cry levarão à disrupção (ruptura) do sistema gástrico e conseqüente morte do inseto. É, por isso, que seu uso é altamente seguro. Primeiro, porque é necessária a sua ingestão por organismos que possuam fluido gástrico alcalino. Os mamíferos e aves têm fluidos gástricos extremamente ácidos. A proteína, ao invés de se quebrar nos locais específicos, é completamente desintegrada. Segundo, pela sua especifici- dade. Outros organismos que estejam presentes na cultura não são afetados porque em insetos, sem os receptores específicos, não ocorre a ligação com as membranas e a destruição do sistema digestivo, protegendo assim vários inimi- gos naturais. No entanto, embora apresentem esses benefícios, as formulações comerciais de são pouco utilizadas comerci- almente. Apenas uma formulação insetici- da, utilizando o está regis- trada no Brasil para uso na cultura do mi- lho. São dois os principais problemas: a fixação das proteínas nas plantas para serem ingeridas pelas pragas-alvo, uma vez que são moléculas relativamente grandes e facilmente lavadas pela chuva ou pela irrigação. Além disso, estas proteínas são sensíveis à luz solar, degradando-se facil- mente quando expostas. Uma resposta foi dada, quando a engenharia genética de plantas se tornou uma ciência prática. Se as próprias plantas B. thuringiensis B. thuringiensis A O milho geneticamente modificado para o controle de insetos Milho Bt NUTRIÇÃO ANIMAL em sempre o que é bom para os Estado Unidos é bom também para o Brasil. É o caso das cha- madas dietas de alto grão no confinamen- to de bovinos. A utilização de grandes quantidades de concentrado na dieta dos animais em confinamento, ou dieta de alto grão, é empregada há tempos nos EUA. Mas, no Brasil, as condições são diferentes. A redução dos custos de alimentação é um dos aspectos mais importantes quan- do se adota o confinamento como estraté- gia na pecuária de corte. Apoiado por um técnico, o pecuarista precisa analisar todas as opções existentes para escolher a mais adequada para seu caso. Nos Estados Unidos, as quantidades de ração ultrapassam 70% e podem che- gar a 100%. A função do volumoso, quan- do empregado, é meramente a ação física no rúmen. Promove a ruminação e reduz distúrbios ruminais como a acidose e a laminite. Em tese, a quantidade de volumoso pode ser muito baixa, pois a energia e a proteína exigidas pelo organismo do ani- mal provêm quase totalmente do concen- trado. O bagaço de cana hidrolisado, de fácil armazenamento, presta-se bem a essa finalidade. E começa a estar disponível em várias partes do Brasil graças ao crescimen- to da indústria sucro-alcooleira. A dieta de alto grão propicia altos ganhos de peso, melhor padronização e acabamento de carcaças e terminação mais rápida dos animais. Ademais, dispen- sa o investimento em maquinário e estru- turas exigidas quando se trabalha com silagem como silos e ensiladeiras. Contudo, dependendo das quantidades emprega- das, exige investimentos em outro tipo de estrutura para recebimento, secagem e armazenamento dos grãos. Os aspectos da dieta de alto grão são ainda reforçados pelo bom desempenho da agricultura brasileira. A produção nacio- nal de grãos cresce ano após ano. O au- mento da produtividade das principais culturas engrossa a oferta de grãos e de resíduos da in- dust r ia l i zação destes como farelos, cascas, etc. Tais produ- tos são a base da composição de concentra- dos. Portanto, a oferta maior po- deria resultar na redução do custo dos principais insumos para o confinamen- to. Seria mais um argumento a favor da maior participação de concentrados nas dietas para se obter o menor custo da arroba produzida. Entretanto, a análise do emprego de dietas de alto grão em confinamento exige ainda algumas considerações. A primeira consiste em entender a razão de seu uso nos Estados Unidos. Naquele país a cultura do milho é fortemente subsidiada. E a produtividade média, superior a 10 mil kg/ha, é mais que o dobro da registrada no Brasil. Nos EUA é mais eficiente produzir grãos do que fibras (volumosos). Apesar da menor digestibilidade, lá é comum o uso de grãos inteiros na alimentação dos bovi- nos. Além de fornecer a energia exigida pelos animais, os grãos inteiros têm ação física no rúmen, substituindo o volumoso. Lamentavelmente, no Brasil alguns pecuaristas e até mesmo técnicos incluem grãos inteiros em dietas com significativa proporção de volumoso. Mas, isso é um contra-senso porque gera perdas absurdas e rentabilidade duvidosa. Se a dieta inclui volumosos, não há razão para utilizar grãos inteiros, abrindo mão de parte do poder nutritivo destes. A expectativa de redução dos preços dos grãos (milho e soja) e farelos, em razão da maior produção, está se esvaindo. Estudos do departamento de Economia Global da Pioneer indicam que, além da produção de etanol, nos Estados Unidos, haverá maior demanda de milho para rações em países asiáticos como a China. Em 2007, segundo o estudo, o etanol consumirá mais de 30% da área de milho dos EUA. Em 2011, quase a metade da área se destinará às destilarias de álcool. Com isso, as exportações de milho daquele país, que já chegaram a 15 milhões de toneladas, ficaram abaixo de 5 milhões em 2006. A China, em 2009, será um importa- dor líquido de milho. ® N Prof. Dr. João Ricardo Alves Pereira ¹ O pecuarista que deixa de lado os preconceitos e implanta uma lavoura de milho em conjunto com a engorda do boi só tem a ganhar 7 Fo to : a rq u iv o P io n e e r Volumoso vantajoso As dietas chamadas de alto grão, além das restrições técnicas, podem significar também um aumento no custo de produção em relação à silagem de boa qualidade 10 MANEJO TÉCNICO Fo to : a rq u iv o P io n e e r A interpretação das análises de solo e o cálculo da adubação para a cultura do milho po- dem variar de acordo com o método de análise e com os procedimentos de interpretação utilizados. Os níveis de nutrientes detectados e os coeficientes utilizados em cada análise dependem grandemente da região do país, do tipo de solo analisado, e da metologia de análise utilizada pelo laboratório. Assim, é muito importante que você sempre consulte um profissional da região e obtenha informações junto a entidades de pesquisa, universidades locais, cooperativas, empresas de consultoria técnica ou o Engenheiro Agrônomo de sua confiança. Neste artigo, sugerimos dez passos para a correta interpretação e decisões com base na análise de solo. Partimos do presuposto de que as amostras de solo foram retiradas de maneira corre- ta, seguindo todos os requisitos técni- cos para que representem, de maneira adequada, o estado nutricional em que o solo se encontra naquele momento. Para mais informações sobre a coleta de amostras para análise de solo, veja o quadro informativo na matéria "Preparo de solo e melhor uso de corretivos", publicada no Boletim Informativo nº 21, páginas 6 e 7, que pode ser encon- trado na área Informações Técnicas do Portal Pioneer ( ). www.pioneersementes. com.br 1. Conferir o cabeçalho 2. Verificando a CTC a pH 7,0 3. Verificar a saturação de bases (V%) deste solo Para que se faça uma interpretação deta- lhada da análise, é importante verificar o local em que foi retirada a amostra, a data da análise e o laboratório em que a análise foi realizada. Devido às rotinas do laboratório, podem ocorrer equívocos quando um produtor envia para um laboratório local amostras retiradas em propriedades localizadas em outra região ou estado. A data da análise é importante, pois caso tenha havido um novo plantio após a retirada da amostra, o resultado dessa amostra se torna inválido, uma vez que os nutrientes presentes no solo já terão sofrido alteração. É recomendado que se realize uma análise química de solo por ano, ou no máximo, uma a cada dois anos. As análises de textura de solo, podem ser mais espaça- das, uma vez que a variação é pequena. Quanto verificamos a CTC (capacidade de troca catiônica), indiretamente, estamos medindo a e a presente no solo, e principalmente, a quantidade e qualidade da deste solo. É recomendado que você saiba quais são os valores médios da CTC a pH 7,0 da sua região, para que possa ter um padrão de comparação. Existem controvérsias a respeito do valor considerado ideal para a saturação de bases na cultura do milho. Na prática, percebemos que o valor que apresenta menor possibilida- de de erros, é V% = 60. Para o cálculo da quantidade percentual atividade quantidade de argila matéria orgânica de Cálcio e Magnésio, que deve ser utilizada na correção do solo, é importante considerar as pesquisas regionais e que se leve em conta também: a CTC a pH 7,0, quantidade de argila e, principalmente, a matéria orgânica do solo. Por exemplo, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e parte do Paraná, onde a CTC é elevada, os solos são menos intemperizados, ou seja bastante ativos. Nes- tes solos, grande parte do alumínio existente pode passar para a fase disponível facilmente. Desta forma, nestes solos, favorecidos pela pequena redução de pH/aumento de H+ no solo, podemos trabalhar com saturações de bases mais elevadas. Já no caso de solos do Cerrado, satura- ções de base mais elevadas (acima de 50%) podem contribuir para a indisponibilização de micronutrientes como o Mn, Zn, Fe e o Cu. É importante que, antes de se fazer o cálculo da calagem, se verifique os valores absolutos e relativos (%) de Alumínio presen- tes no solo. No Rio Grande do Sul e Santa Catarina existe grande quantidade de Alumínio no solo. Desta forma, mesmo com saturações de bases acima de 60%, o excesso de Alumínio ainda pode prejudicar o crescimen- to das raízes do milho. Em solos mais intem- perizados, como é o caso do Cerrado, quan- do a saturação de Alumínio está próxima a 40%, geralmente este mineral já se encontra indisponível, não causando problemas para a cultura. Nos solos com histórico de plantio direto, com alto teor de matéria orgânica, é comum encontrarmos altos teores de Alu- mínio trocável, porém, sem causar danos às raízes, uma vez que o mineral se encontra complexado pela matéria orgânica. Nos locais em que se utiliza o método de saturação de bases para o cálculo da quanti- dade de calcário, uma regra simples é: Se o V% (saturação de bases) for inadequado para a região, recomenda-se a calagem. A quantidade de calcário a ser aplicada é calculada utilizando-se a seguinte fórmula: Onde: = necessidade de calcário toneladas/ha; = saturação de bases para a região = CTC a pH 7,0; = Poder Relativo de Neutralização Total do Calcário, dado em percentual. 4. Valores de Alumínio 5. Calagem NC V2 T PRNT André Aguirre Ramos ¹ NC = (V2 - V1) x T PRNT Interpretação de análise química do solo para a cultura do milho Fo to : a rq ui vo Pi on ee r 15 A população rural que, em 1950, re- presentava 64,0% da população brasilei- ra, em 2007 equivale a 18,0% e as proje- ções sinalizam que em 2030 somente 9,0% será rural. Ao mesmo tempo, a po- pulação mundial e brasileira cresce e, com isso, o consumo por alimentos. E qual será a mágica para resolver essa equação? O quadro mostra claramente que a agricultura brasileira se modernizou e explora a produção agropecuária dentro do conceito de , onde a es- cala, a mecanização e a adoção de tecno- logia são fatores fundamentais para via- bilizar a competitividade e o conseqüente resultado econômico favorável do negó- cio. Consumimos mais sementes melho- radas, mais tratores, plantadeiras, colhei- tadeiras, fertilizantes, além de outros insumos. As culturas não apresentam mais limitações territoriais. Hoje é possível cultivar qualquer cultura em qualquer par- te do planeta. commodities Vantagens resultantes do planejamento da sucessão Permanecem inalterados os poderes de disposição e administração dos proprietários sobre as terras, garantidos de forma vitalícia. Organização da sucessão, evitando even- tuais conflitos. Proteção do patrimônio familiar, evitan- do divisão decorrente de separações jurídicas (inventário dos herdeiros). Fracionamento da propriedade sem de- sestruturar as explorações agropecuárias da mesma. Maior disponibilidade de áreas para garantias hipotecárias. Possibilidade de ajustar o valor declarado da terra nua do imóvel, o que implicará em redução de impostos numa possível venda da propriedade. Redução no Imposto de Transmissão Causa Mortis ou Doação (ITCD). As explorações poderão continuar sendo feitas em nome das Pessoas Físicas, donas da propriedade, ou Pessoa Jurídica, dependendo da conveniência tributária. Preservar o patrimônio construído ao longo da vida e, ao mesmo tempo, manter a unidade familiar na hipótese de sucessão não é uma tarefa impossível, depende muito da postura e atitudes do empresário chefe da família. O futuro da continuidade da empresa familiar é criado pelo que o proprietário faz hoje e não pelo que deixa para fazer amanhã. É evidente que o futuro das Empresas Rurais Familiares não dependerá apenas do mercado e da economia, mas também de uma gestão que leve em consideração os membros da família envolvidos ou não com o negócio rural. O envolvimento familiar nos negócios da propriedade pode levar a sérios confli- tos caso os pais não percebam a impor- tância de planejar e organizar a participa- ção dos membros da família. Conscientes de que o futuro das em- presas rurais não está ligado apenas às condições de mercado e da economia, mas também depende, ao longo de sua vida, de um processo saudável de troca de comando, é que cada vez mais empresári- os vêm se dedicando ao planejamento estratégico da sucessão. O planejamento sucessório permite a definição, ainda em vida, da forma atra- vés da qual o patrimônio familiar e o con- trole dos negócios (Gestão da Empresa) serão transferidos aos sucessores. Gestão familiar e processo sucessório No Brasil mais de 90,00% das propri- edades rurais são exploradas pela família do proprietário e, por isto, denominamos as mesmas de Empresa Rural Familiar. Como existe uma relação direta na produ- ção agropecuária entre negócio e família, precisamos entender essa relação para que possa existir uma gestão eficiente das Empresas Rurais Familiares. Quando se fala em gestão, para mui- tos parece algo impossível de ser alcança- do. Mas, na verdade, gestão é gerenciar de maneira articulada, observando-se toda a cadeia produtiva e considerando todos os recursos disponíveis, quer de capital, terra, estrutura ou pessoas. Evolução das populações Rural e Urbana no Brasil 19 50 19 55 19 60 19 65 19 70 19 75 19 80 19 85 19 90 19 95 20 00 20 05 20 10 20 15 20 20 20 25 20 30 0% 20% 40% 60% 80% 100% RURAL URBANA 64% 36% 9% 91% Fonte: MAPA/AGE ¹ Diretor e Consultor da SAFRAS & CIFRAS e-mail: ciloter@safrasecifras.com.br - fone: (53) 3227.1010 14 ADMINISTRAÇÃO RURAL erca de 90% das propriedades rurais brasileiras são exploradas pelas famílias dos proprietários. Nos últimos 70 anos, o êxodo rural fez com que a população rural se reduzisse em 55%. O processo de sucessão nas empresas rurais tem sido tema de inúmeros estudos não só no Brasil, mas em vários países. Uma das preocupações com esse processo está no fato de que as mudanças tecnoló- gicas estão ocorrendo de maneira extrema- mente rápida. Como se isso não bastasse, aquilo que o homem rural, ou produtor rural como é chamado, mais aprendeu a fazer nessas últimas décadas, isto é, produ- zir, hoje já não é mais suficiente para a sua sustentabilidade. Hoje, mais do que nunca, o produtor rural, necessita de novos conhecimentos de gestão que passam pelas áreas ambien- tal, trabalhista, recursos humanos, comer- cialização, compras, dentre outras. Além C Cilotér Borges Iribarrem ¹ Fo to : a rq u iv o P io n e e r Sucessão nas empresas rurais familiares de novas habilidades, faz-se necessário administrar melhor o tempo, cada vez mais curto, e as finanças, cada vez mais aperta- das. Um novo desafio surge a cada mo- mento, novas formas de negócios apare- cem e são estranhas à rotina a que o pro- dutor está acostumado. Além disso, sur- gem os filhos, noras, genros que, criados numa outra condição, disputam o proces- so de sucessão familiar. O conflito de gera- ções estará estabelecido se nada for feito ou pensado. Mas, isto é parte do processo e a fórmula do sucesso é combinar a expe- riência dos mais velhos com a ousadia dos mais novos dentro de uma atmosfera de respeito e lealdade. Na prática, isso não é fácil. É difícil colocar em risco histórias de sofrimento e muito trabalho que proporcionaram a construção da estrutura da propriedade rural. Mas, o mundo gira e gira cada vez mais rápido e de maneira diferente da habitual. E, assim, esse é o tema que gos- taríamos de trazer para uma reflexão. Estamos nós preparados para o processo de sucessão familiar? Como devemos nos preparar? A produção de grãos da agricultura brasileira cresceu, no período de 1990/1991 a 2006/2007, cerca de 126,75%, enquanto a área cultivada au- mentou, no mesmo período, somente 21,82%. Estes crescimentos fantásticos ocorreram neste mesmo período também com a produção de carnes bovina, frango e suína e que, junto com a soja, são res- ponsáveis por um significativo volume das exportações. Para as pessoas que não conhecem o setor agropecuário, a conclusão a que chegam é que este aumento de produção em parte se deu por um maior número de pessoas envolvidas no processo de produ- ção. Entretanto, ocorreu exatamente o inverso como podemos ver no gráfico a seguir, em que a população rural brasileira diminuiu neste mesmo período. O que vem acontecendo com o setor agropecuário Para a definição de qual o tipo de calcário que se deve utilizar, observe a relação Cálcio/Magnésio. - Ca/Mg 3, dê preferência para calcário dolomítico; - Ca/Mg 3, dê preferência para calcário calcítico; - Ca/Mg 3 em áreas acima de 3 anos de cultivo, com níveis médios de cál- cio e magnésio, usar calcário em que a rela- ção Ca/Mg seja próxima a 3/1; - Relação Ca/Mg de áreas novas e/ou com valores muito baixos, usar, preferenci- almente, calcário dolomítico. As relações entre os nutrientes passam a ser cada vez mais importantes quanto mais estes estiverem no limite. No caso da utilização do método SMP existe uma tabela específica para o cálculo da quantidade de calcário a ser aplicada. O pH do solo serve como um indicativo da situação do solo. A faixa de pH ideal pode ser considera- da entre 4,5 a 7,5, sendo que valores abaixo ou acima desta faixa, podem causar danos à cultura. Solos com pH abaixo de 4,5, provavel- mente, possuem baixos teores de Cálcio e Magnésio, altos teores de Alumínio, e grande capacidade de fixação de Fósforo. Solos com pH acima de 7,5 possuem altas restrições quanto à disponibilidade de micronutrientes. Há ainda o pensamento errôneo de que devemos procurar híbridos que se adaptem a pH baixos, quando o correto é resolver este problema por meio da corre- ção do solo através da seleção do corretivo. Considerando-se os teores de matéria orgância e os teores de Nitrogênio do solo, a regra básica é que a quantidade necessá- ria de nitrogênio a ser aplicada para a produção de um saco (60 kg) de milho, varia entre 0,75 kg de N até 1,2 kg de N por saco produzido. Nos casos de plantio de milho após feijão, soja precoce bem adubada ou coberturas de solo que forne- çam Nitrogênio para o sistema, como por exemplo o nabo forrageiro, e em condições favoráveis de precipitação e temperatura, a quantidade de Nitrogênio aplicada poderá ser mais baixa. Nos plantios de milho após gramíneas como aveia e trigo, este nutriente terá uma baixa disponibilidade no solo, sendo neces- sária a aplicação de doses mais altas. Isso, principalmente, porque durante as fases iniciais de desenvolvimento da cultura do milho, os microorganismos se utilizarão do Nitrogênio contido no solo como fonte de energia para decompor essa aveia ou trigo concorrendo, assim, com a cultura do mi- lho - Processo de imobilização do N. Podemos considerar um valor médio, a aplicação de 1 kg de N por saco de 60 kg que se deseja produzir. Na prática, o que ocorre é que a necessidade de Nitrogênio aumenta com o acréscimo da produtivida- de. Assim, a cultura necessita cerca de 0,7 kg a 0,8 kg N por saco de grãos produzidos para produtividades até 6.000 kg por hec- tare. Ao redor de 0,8 a 1,0 kg N por saco de grãos para produtividades entre 6.000 e 7.500 kg por hectare, e assim por diante. Entretanto, estas taxas de absorção por nível de produtividade não fixas podem variar conforme o híbrido, manejo, condi- ções ambientais, etc. Mas, servem como parâmetro básico. Já no caso da safrinha, devido às pecu- liaridades de clima e aos residuais deixados quando o milho safrinha é plantado após a cultura da soja, a quantidade de Nitrogênio necessária é geralmente menor, cerca de 0,3 kg de N por saco de milho que se deseja produzir. Porém, num patamar de produtividade menor quando comparado com a safra verão. Ao se interpretar a análise de solo para o cálculo de quantidade de Fósforo, devem ser observados alguns fatores: a) Qual o extrator utilizado: Mehlich ou Resina? Os valores de interpretação da análise são diferentes para os diferentes extratores. Caso isso não seja observado, pode-se classificar o teor de Fósforo errô- neamente; b) Quantidade de argila; c) O histórico da área quanto à aplica- ção de fosfatos naturais. Caso o produtor tenha aplicado fosfatos naturais recente- mente, os teores de Fósforo podem ser superestimados quando o extrator utiliza- do for o Mehlich. Isto também ocorre quando a saturação de bases é elevada. Após observados esses fatores, pode- se utilizar tabelas estaduais para o cálculo da recomendação de Fósforo de acordo com a produtividade desejada. O Potássio não é retido pela matéria orgânica, não é fixado no solo como o Fósforo (com exceção de alguns solos do Rio Grande do Sul que possuem argila 2:1), não lixivia como o Nitrogênio e está dispo- nível no solo na maioria dos casos. Assim, podemos tratá-lo como pronta- mente disponível. Na CTC a pH 7,0, o ideal é que a quantidade de Potássio apresente 5% de saturação. Alguns técnicos consideram que se a CTC a pH 7,0 for maior que 8,0 cmolc/dm , a quantidade ideal de Potássio deve ser de 3% a 4%. Caso a CTC a pH 7,0 for menor que 8,0 cmolc/dm , a quantidade ideal é de 5%. A dinâmica do Enxofre no solo é bastante similiar à do Nitrogênio e os níveis críticos, geralmente, estão nas camadas inferiores entre 20 a 40 cm. Apesar de o milho não ter alta necessidade de Enxofre, é importante observar os teores deste nutriente, uma vez que teores muito baixos podem apresentar restrições a produtivida- des mais altas. Já os Micronutrientes requerem uma amostragem bastante representativa no solo. Alguns técnicos recomendam que a melhor forma de se visualizar realmente a quantidade de Micronutrientes em uma área é através da análise foliar. No caso dos Micronutrientes, o extrator utilizado tam- bém é muito importante no resultado final da análise. Sugerimos que, nesses casos, informe- se de como devem ser retiradas as amos- tras e, também, sobre a qualificação do laboratório. Hoje, no Brasil, existem labora- tórios de análise de solo credenciados por meio de um selo de qualidade. Informe-se antes. > < = Para mais informações a respeito da interpretação regional de Fertilizantes e Corretivos você pode consultar os se- guintes : 6. Interpretação do valor do pH do solo 7. Nitrogênio 8. Fósforo 9. Potássio 10. Enxofre e Micronutrientes 3 3 sites http://sistemaproducao.cnptia.embra pa.br/FontesHTML/Milho/CultivodoMilho/f ertilsolo.htm http://www.cnpms.embrapa.br/public acoes/publica/comuni82.pdf http://www.ipni.org.br/ppiweb/brazil. nsf/87cb8a98bf72572b8525693e0053ea 70/d5fbc829a2f54298832569f8004695c 5/$FILE/Milho.pdf 11¹ Engenheiro Agrônomo, M. Sc. Gerente de Produtos eTecnologia Região Centro da Pioneer Sementes 1312 MANEJO TÉCNICO O que aconteceu nas diferentes regiões de safrinha No e , a área plantada com safrinha vinha oscilando ao redor de 200 mil hectares e era altamente influenciada pelo regime de chuvas e da área plantada com soja precoce. sudoeste de Goiás norte do Mato Grosso do Sul Fo to : a rq u iv o P io n e e r t : r i i r Os melhores resultados vieram dos produtores que adotaram a estratégia do junto com práticas adequadas de manejo. Tiveram sucesso aqueles que utilizaram híbridos caracterizados por precocidade, potencial produtivo e defensividade em diferentes proporções, de acordo com o nível tecnológico e época de plantio como forma de amenizar os riscos inerentes ao plantio de safrinha. Assim, quanto mais tardio o plantio, maior defensividade se procurava no híbrido. Não foi diferente com as demais re- giões de safrinha como o , e . Diante da instabilidade climática ocorrida nessas regiões, as lavouras que obtiveram os melhores resultados, mais uma vez, foram aquelas que utilizaram no plantio o junto com determinadas práticas de manejo. Houve planejamento do plantio do milho safrinha após soja precoce, observando-se aspectos de residual de herbicida, com adequada população e, em alguns casos, soma- do ao espaçamento reduzido. Esse conjunto de procedimentos adotados está possibilitando que muitos produ- tores dessas regiões, mesmo que tenham sofrido com certa instabilida- de climática, colham uma média superior economicamente viável e que o estado do MT colha um volume ao redor de 5 milhões de toneladas. De uma maneira geral, nas áreas de safrinha, o aumento de pragas como percevejos e sugadores tem sido uma realidade. Independente da região, o tratamento de sementes vem sendo consi- derada uma prática quase que obrigatória com a proposta de assegurar o estande das lavouras. Nessas regiões de safrinha, devi- do ao uso mais intenso das áreas, o ataque de pragas de solo e de fases iniciais tem sido cada vez mais intenso e tem compro- metido o estabelecimento da cultura e da produtividade final das lavouras. Outro fator de extrema importância, independente da região, é o aumento da pressão de inóculo de algumas doenças como a ferrugem polissora, faeosféria ou mancha branca, cercosporiose e helmin- tosporiose, entre outras, que se tornam cada vez mais intensas e requerem algu- mas medidas adicionais de controle que Sistema de Combinação de Híbridos sudoeste Goiano norte do MS MT Sistema de Combinação de Híbridos Os problemas merecem atenção Ricardo B. Zottis ¹ Paulo E. Pinheiro ² Rafael B. Seleme ³ Itavor Nummer Filho 4 Na Safrinha de 2007, como o regime de chuvas se antecipou e havia a expectati- va de preços de milho crescente, houve a elevação da área plantada em aproximada- mente 50%, gerando uma diminuição do plantio de sorgo para apostar no milho, ocasionando plantios de milho safrinha fora da época ideal. Nesta mesma região, as condições climáticas de safrinha foram muito instá- veis com má distribuição das chuvas, ge- rando perdas de até 60% na produtividade esperada em algumas regiões. No final, o aumento da produção não acompanhou os índices de aumento de área, o que gerou, em números absolutos, um incre- mento de 150 a 200 mil toneladas de milho em comparação à última safrinha de 2006, cerca de 1.190.000 toneladas de grãos no total. No e , a Safrinha 2007 começou muito bem, com uma excelente distribui- ção de chuvas nos meses de janeiro e fevereiro, mas as altas temperaturas e estiagens registradas em março propicia- ram um aumento na incidência de ferru- gem polissora ( ) e o surgimento de um surto de pulgão no milho ( ). No final do mês de maio ocorreram geadas que afetaram as lavouras em dife- rentes intensidades, pois os plantios se estenderam até final do mês de março e havia lavouras em diferentes estágios de desenvolvimento. De maneira geral, a oeste do Paraná sul do Mato Grosso do Sul Puccinia polissora Rophalosiphum maydis expectativa inicial de produtividade foi reduzida em mais de 20%, nestas regiões. No estado do a safrinha de milho 2007 foi responsável por ocupar 1,3 milhão de hectares, praticamente o dobro da área cultivada no ano anterior. Com a cultura do milho em expansão e sua utilização cada vez mais difundida na alimentação animal e nas exportações, o plantio do milho dentro de um sistema de cultivo assume, além de importância técni- ca, importância econômica nunca antes experimentada pela cultura neste estado, impondo aos produtores o desafio de profissionalizar o cultivo do milho. A defensividade foi determinante em situações onde ocorreram geadas mais fortes ou surto de ferrugem polissora como foi o caso do e . Estas condições provocaram elevados índices de quebramento devido ao gasto excessivo de reservas armazenadas no colmo para o enchimento de grãos e híbri- dos mais defensivos puderam suportar melhor as condições de estresse. De forma geral, nessa região, produto- res que optaram por híbridos com mas com baixos níveis de , como estratégia para fugir dos riscos climáticos, não obtiveram bons rendimen- tos. Mato Grosso oeste do Paraná sul do MS precoci- dade defensivi- dade Híbridos defensivos combinados com práticas de manejo o longo dos anos, a observação do comportamento dos híbridos de milho, plantados nas diferen- tes regiões de Safrinha do Brasil, tem reve- lado que a opção por tem sido a decisão técnica e econômica mais correta em função da instabilidade climática que ocorre nestes ambientes. E, na Safrinha deste ano, não foi diferente. Combinado à seleção de híbridos com características defensivas, o adequado planejamento respeitando-se as melhores épocas de plantio, a adequada população de plantas considerando o híbrido, o nível de tecnologia adotada e a própria redução do espaçamento podem contribuir em muito para o aumento da estabilidade produtiva. defensividade com potencial produtivo A vão desde a escolha de híbridos com maior grau de tolerância até o uso de fungicidas específicos. No , o aumento da população de nematóides tem ocasionado expressivas perdas de rendimento da soja e, conseqüentemente, a busca por rotação com espécies que inibam a reprodução dos nematóides, define a preferência pela utilização de híbridos de milho que te- nham menor fator de reprodução (FR). De forma geral, dividimos o plantio de safrinha em três períodos. Cada produtor tem uma concentração diferente de plan- tio dentro de cada uma destas épocas, em função de suas estratégias de produção e/ou andamento das chuvas no período de desenvolvimento e colheita da soja. Mas, Mato Grosso Planejamento da safrinha esta informação é a base para a seleção de híbridos que irão compor a lavoura de milho safrinha. O , de maneira geral, inicia-se em janeiro e estende-se até dia 25 do mesmo mês, sendo considerado o melhor período de plantio, no qual se pode esperar e apostar em boas produtividades e onde posicionamos uma percentagem maior de híbridos que se caracterizam por potencial produtivo e uma percentagem menor de híbridos que se caracterizam por defensividade. O , que vai de final de janeiro até 20 de fevereiro, é em que se concentram os maiores volumes de plantio primeiro período segundo período em todas as regiões de Safrinha do Brasil. Neste período recomendamos uma porcentagem maior de híbridos com carac- terística de defensividade e menor de híbridos que apresentem potencial produ- tivo como principal característica, pois as condições adversas (redução de tempera- tura e luminosidade, riscos de doenças e geadas precoces) têm uma probabilidade maior de ocorrência. O , é o que se inicia após 20 de fevereiro e, dependendo da região, pode se estender até final de março e, em alguns casos e anos, entrar no mês de abril. Neste período os riscos aumentam consideravelmente e nesta condição, visan- do maior segurança dentro de um custo compatível, recomendamos o uso de materiais essencialmente defensivos e precoces com defensividade, deixando em segundo plano a característica do potencial produtivo, pois neste ambi- ente normalmente os investimentos do produtor são baixos e não haverá a expressão desta característica pelo híbrido. O posicionamento de híbridos como descrito anteriormente ameniza muito as condições desfavoráveis, que não são poucas quando se trata de safrinha, mas ainda mantém a produ- tividade refém do manejo definido pelos produtores. Por estas razões é que sempre recomendamos nossos híbridos na forma de um Sistema de Combinação junto com a adoção de adequadas práticas de manejo. terceiro período Conclusões Assim, o tratamento de sementes; o monitoramento constante das pra- gas; a adequada população de plantas conforme o híbrido, nível tecnológico, época de plantio, principalmente; a redu- ção de espaçamento; plantios preferencial- mente após a soja, tomando cuidado com os efeitos residuais dos herbicidas utiliza- dos; o monitoramento das doenças e, se for o caso, a aplicação de fungicidas espe- cíficos para o controle, são práticas impor- tantes e devem, sempre que possível, ser combinadas com a seleção de híbridos, vi- sando uma safrinha mais segura e estável. ¹ Coordenador Técnico Pioneer no MT ² Coordenador Técnico Pioneer em GO ³ Coordenador Técnico Pioneer no PR/MS Gerente de Produtos e Tecnologia Pioneer Região Sul4 Fo to : a rq u iv o P io n e e r SAFRINHA 2007 O que aprendemos com ela 10 MANEJO TÉCNICO Fo to : a rq u iv o P io n e e r A interpretação das análises de solo e o cálculo da adubação para a cultura do milho po- dem variar de acordo com o método de análise e com os procedimentos de interpretação utilizados. Os níveis de nutrientes detectados e os coeficientes utilizados em cada análise dependem grandemente da região do país, do tipo de solo analisado, e da metologia de análise utilizada pelo laboratório. Assim, é muito importante que você sempre consulte um profissional da região e obtenha informações junto a entidades de pesquisa, universidades locais, cooperativas, empresas de consultoria técnica ou o Engenheiro Agrônomo de sua confiança. Neste artigo, sugerimos dez passos para a correta interpretação e decisões com base na análise de solo. Partimos do presuposto de que as amostras de solo foram retiradas de maneira corre- ta, seguindo todos os requisitos técni- cos para que representem, de maneira adequada, o estado nutricional em que o solo se encontra naquele momento. Para mais informações sobre a coleta de amostras para análise de solo, veja o quadro informativo na matéria "Preparo de solo e melhor uso de corretivos", publicada no Boletim Informativo nº 21, páginas 6 e 7, que pode ser encon- trado na área Informações Técnicas do Portal Pioneer ( ). www.pioneersementes. com.br 1. Conferir o cabeçalho 2. Verificando a CTC a pH 7,0 3. Verificar a saturação de bases (V%) deste solo Para que se faça uma interpretação deta- lhada da análise, é importante verificar o local em que foi retirada a amostra, a data da análise e o laboratório em que a análise foi realizada. Devido às rotinas do laboratório, podem ocorrer equívocos quando um produtor envia para um laboratório local amostras retiradas em propriedades localizadas em outra região ou estado. A data da análise é importante, pois caso tenha havido um novo plantio após a retirada da amostra, o resultado dessa amostra se torna inválido, uma vez que os nutrientes presentes no solo já terão sofrido alteração. É recomendado que se realize uma análise química de solo por ano, ou no máximo, uma a cada dois anos. As análises de textura de solo, podem ser mais espaça- das, uma vez que a variação é pequena. Quanto verificamos a CTC (capacidade de troca catiônica), indiretamente, estamos medindo a e a presente no solo, e principalmente, a quantidade e qualidade da deste solo. É recomendado que você saiba quais são os valores médios da CTC a pH 7,0 da sua região, para que possa ter um padrão de comparação. Existem controvérsias a respeito do valor considerado ideal para a saturação de bases na cultura do milho. Na prática, percebemos que o valor que apresenta menor possibilida- de de erros, é V% = 60. Para o cálculo da quantidade percentual atividade quantidade de argila matéria orgânica de Cálcio e Magnésio, que deve ser utilizada na correção do solo, é importante considerar as pesquisas regionais e que se leve em conta também: a CTC a pH 7,0, quantidade de argila e, principalmente, a matéria orgânica do solo. Por exemplo, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e parte do Paraná, onde a CTC é elevada, os solos são menos intemperizados, ou seja bastante ativos. Nes- tes solos, grande parte do alumínio existente pode passar para a fase disponível facilmente. Desta forma, nestes solos, favorecidos pela pequena redução de pH/aumento de H+ no solo, podemos trabalhar com saturações de bases mais elevadas. Já no caso de solos do Cerrado, satura- ções de base mais elevadas (acima de 50%) podem contribuir para a indisponibilização de micronutrientes como o Mn, Zn, Fe e o Cu. É importante que, antes de se fazer o cálculo da calagem, se verifique os valores absolutos e relativos (%) de Alumínio presen- tes no solo. No Rio Grande do Sul e Santa Catarina existe grande quantidade de Alumínio no solo. Desta forma, mesmo com saturações de bases acima de 60%, o excesso de Alumínio ainda pode prejudicar o crescimen- to das raízes do milho. Em solos mais intem- perizados, como é o caso do Cerrado, quan- do a saturação de Alumínio está próxima a 40%, geralmente este mineral já se encontra indisponível, não causando problemas para a cultura. Nos solos com histórico de plantio direto, com alto teor de matéria orgânica, é comum encontrarmos altos teores de Alu- mínio trocável, porém, sem causar danos às raízes, uma vez que o mineral se encontra complexado pela matéria orgânica. Nos locais em que se utiliza o método de saturação de bases para o cálculo da quanti- dade de calcário, uma regra simples é: Se o V% (saturação de bases) for inadequado para a região, recomenda-se a calagem. A quantidade de calcário a ser aplicada é calculada utilizando-se a seguinte fórmula: Onde: = necessidade de calcário toneladas/ha; = saturação de bases para a região = CTC a pH 7,0; = Poder Relativo de Neutralização Total do Calcário, dado em percentual. 4. Valores de Alumínio 5. Calagem NC V2 T PRNT André Aguirre Ramos ¹ NC = (V2 - V1) x T PRNT Interpretação de análise química do solo para a cultura do milho Fo to : a rq ui vo Pi on ee r 15 A população rural que, em 1950, re- presentava 64,0% da população brasilei- ra, em 2007 equivale a 18,0% e as proje- ções sinalizam que em 2030 somente 9,0% será rural. Ao mesmo tempo, a po- pulação mundial e brasileira cresce e, com isso, o consumo por alimentos. E qual será a mágica para resolver essa equação? O quadro mostra claramente que a agricultura brasileira se modernizou e explora a produção agropecuária dentro do conceito de , onde a es- cala, a mecanização e a adoção de tecno- logia são fatores fundamentais para via- bilizar a competitividade e o conseqüente resultado econômico favorável do negó- cio. Consumimos mais sementes melho- radas, mais tratores, plantadeiras, colhei- tadeiras, fertilizantes, além de outros insumos. As culturas não apresentam mais limitações territoriais. Hoje é possível cultivar qualquer cultura em qualquer par- te do planeta. commodities Vantagens resultantes do planejamento da sucessão Permanecem inalterados os poderes de disposição e administração dos proprietários sobre as terras, garantidos de forma vitalícia. Organização da sucessão, evitando even- tuais conflitos. Proteção do patrimônio familiar, evitan- do divisão decorrente de separações jurídicas (inventário dos herdeiros). Fracionamento da propriedade sem de- sestruturar as explorações agropecuárias da mesma. Maior disponibilidade de áreas para garantias hipotecárias. Possibilidade de ajustar o valor declarado da terra nua do imóvel, o que implicará em redução de impostos numa possível venda da propriedade. Redução no Imposto de Transmissão Causa Mortis ou Doação (ITCD). As explorações poderão continuar sendo feitas em nome das Pessoas Físicas, donas da propriedade, ou Pessoa Jurídica, dependendo da conveniência tributária. Preservar o patrimônio construído ao longo da vida e, ao mesmo tempo, manter a unidade familiar na hipótese de sucessão não é uma tarefa impossível, depende muito da postura e atitudes do empresário chefe da família. O futuro da continuidade da empresa familiar é criado pelo que o proprietário faz hoje e não pelo que deixa para fazer amanhã. É evidente que o futuro das Empresas Rurais Familiares não dependerá apenas do mercado e da economia, mas também de uma gestão que leve em consideração os membros da família envolvidos ou não com o negócio rural. O envolvimento familiar nos negócios da propriedade pode levar a sérios confli- tos caso os pais não percebam a impor- tância de planejar e organizar a participa- ção dos membros da família. Conscientes de que o futuro das em- presas rurais não está ligado apenas às condições de mercado e da economia, mas também depende, ao longo de sua vida, de um processo saudável de troca de comando, é que cada vez mais empresári- os vêm se dedicando ao planejamento estratégico da sucessão. O planejamento sucessório permite a definição, ainda em vida, da forma atra- vés da qual o patrimônio familiar e o con- trole dos negócios (Gestão da Empresa) serão transferidos aos sucessores. Gestão familiar e processo sucessório No Brasil mais de 90,00% das propri- edades rurais são exploradas pela família do proprietário e, por isto, denominamos as mesmas de Empresa Rural Familiar. Como existe uma relação direta na produ- ção agropecuária entre negócio e família, precisamos entender essa relação para que possa existir uma gestão eficiente das Empresas Rurais Familiares. Quando se fala em gestão, para mui- tos parece algo impossível de ser alcança- do. Mas, na verdade, gestão é gerenciar de maneira articulada, observando-se toda a cadeia produtiva e considerando todos os recursos disponíveis, quer de capital, terra, estrutura ou pessoas. Evolução das populações Rural e Urbana no Brasil 19 50 19 55 19 60 19 65 19 70 19 75 19 80 19 85 19 90 19 95 20 00 20 05 20 10 20 15 20 20 20 25 20 30 0% 20% 40% 60% 80% 100% RURAL URBANA 64% 36% 9% 91% Fonte: MAPA/AGE ¹ Diretor e Consultor da SAFRAS & CIFRAS e-mail: ciloter@safrasecifras.com.br - fone: (53) 3227.1010 16 MERCADO AGRÍCOLA Lendo o mercado Há muito tempo é cobrado dos agri- cultores que a busca pela informação seja feita de forma incessante. E isto nunca esteve tão em pauta quanto nos dias atu- ais. Constantemente, ouvimos que . Esta nova expressão nos mostra claramente a dimensão que o agronegócio brasileiro vem tomando ao longo dos últimos anos no cenário mundial, em especial em 2007. Este ano deveremos atingir o primeiro lugar em exportação mundial de soja com um volume previsto muito próximo de 30 milhões de tonela- das. Além disso, nos consolidaremos como o terceiro maior exportador de milho com chances reais de exportarmos 10 milhões de toneladas (ou mais), ficando atrás somente dos EUA e da Argentina, superan- do a China, que durante muitos anos se manteve em segundo lugar. E o que é mais impressionante nisso tudo é que podemos visualizar um futuro com perspectivas de ocupar o lugar da Argentina num intervalo de tempo infinita- mente inferior ao período que demoramos para chegar ao terceiro ou, até mesmo, a sermos considerados exportadores. Para isso, temos que superar proble- mas de logística e infra-estrutura. O gasto do Brasil neste setor é equivalente a 16% temos que ser eficientes também do porto pra fora Francisco Sampaio ¹ Interpretando o mercado O mundo hoje vive uma profunda discussão sobre as conseqüências da com- petição entre a produção de alimentos e a bioenergia. Discussão esta profundamente válida, mas que deveria sair dos patamares ideológicos e partir para um ponto de vista economicamente realista. Pensando nisso, tentaremos fazer uma interpretação racio- nal dos números do mercado. 1. Todo e qualquer produto que apre- senta mecanismos específicos de formação de preço, não foge do fundamento mais elementar, que é a lei da oferta x deman- da. 2. A relação oferta x demanda nos direciona para uma conseqüência inevitá- vel, que é a relação 3. O mundo vem produzindo mais grãos ao longo dos últimos anos, especial- mente milho e soja. Mas, a leitura não pode ser unilateral. É preciso cruzar estas informações com o consumo e, finalmen- te, fazer-se uma avaliação mais coerente, chegando ao conceito correto de relação estoque/consumo. Esta expressão é que deve ser a base prioritária para análises e discussões. O mundo apresenta hoje a relação estoque/consumo mais baixa dos últimos 34 anos, onde só em 1974 tivemos uma relação inferior a 14% assim como hoje, contrariando a média histórica de 20,4%. No caso específico da soja, temos que essencialmente olhar o mercado de quatro países - EUA, Brasil, Argentina e China -, lembrando que os 3 primeiros representam cerca de 85% de toda a soja produzida no mundo e a China representa sozinha 45% de toda a soja importada do mundo. Para a safra 2007/2008, com toda a redução de área de soja nos EUA, onde esta ficou em torno de 26 milhões de hectares, sendo a mais baixa dos últimos 12 anos, estamos diante de uma previsão de relação esto- que/consumo nos EUA abaixo de 10%, o que nos leva a acreditar numa sustentação de preços bem acima da média histórica de US$ 6,2/bushel e com chances reais de superar a marca dos US$ 10,00/bushel, como ocorreu na safra 2003/2004. No estoque x consumo. do PIB nacional, enquanto que, em países mais desenvolvidos, este custo não passa de 10%. Ainda transportamos 70% da nossa produção agrícola por caminhões, 23% através de ferrovias e apenas 7% por hidrovias. Tudo isso diminui a nossa com- petitividade e diminui a renda do produtor, mas não diminui o nosso desejo genuíno de superação e busca pela produtividade. Desta forma, podemos naturalmente nos colocar junto com a China na condição de , onde os chine- ses serão cada vez mais a e nós seremos cada vez mais a . locomotiva do agronegócio locomotiva do consumo locomotiva da produção Fo to : a rt e G ra ph ik Lendo, interpretando e aplicando as informações de mercado 9 As Tabelas 3 e 4 mostram, de modo simplificado, uma comparação entre duas dietas de confinamento. Uma destas utiliza silagem de milho de qualidade. A outra usa bagaço de cana como volumoso e alta participação de concentrado (72%). As tabelas exibem a quantidade de ração concentrada para que um boi de 400 kg ganhe 1,3 kg/dia e uma estimativa dos custos de alimentação. Os custos com alimentação podem ser bem menores quando se reduz a porcenta- gem de concentrado na dieta. Também se reduz a incidência de acidose e laminite. Mas, esta participação depende da quali- dade do volumoso. No caso da silagem de milho a qualidade relaciona-se com a maior proporção de grãos. Silagens com mais grãos são obtidas em lavouras de maior produtividade, justamente as que têm menor custo por unidade de matéria seca e energia (NDT) produzidas. Assim, sem expectativa de adquirir soja e milho e outros grãos a baixos preços, a viabilidade econômica das dietas de alto grão está comprometida. Pode continuar sendo uma opção conveniente para confi- namentos com grande número de animais, em regiões de elevado custo da terra, e que dispõem de grande e constante oferta de insumos alternativos como a polpa cítrica. Em tais casos, ainda que o custo de produção da arroba seja maior, há vanta- gens no frete e no melhor preço da arroba em razão da proximidade de grandes centros consumidores ou canais de expor- tação. Essa conjugação de fatores favorece, sobretudo, os frigoríficos. Estes vêm se tornando cada vez mais eficientes na trans- formação e na agregação de valor a cada kg de boi abatido, desde o couro até a produção de biocombustíveis, como o biodiesel feito com sebo bovino. Para o pecuarista, porém, a rentabilidade se baseia quase exclusivamente no valor recebido pela arroba. O pecuarista que deixa de lado os preconceitos e implanta uma lavoura de milho em conjunto com a engorda do gado só tem a ganhar. Por meio de parceri- as ou arrendamentos firmados em contra- to, pode-se ter lavouras produtivas dentro da propriedade, dispensando investimen- tos em maquinário. E o pecuarista contará com alimentos de qualidade enquanto promover a recuperação ou o aumento da produtividade da área de pastagens. A lavoura de milho para silagem ocupa o terreno por 130 dias, deixando a área disponível para outra atividade o resto do ano. Terceirizar a colheita é uma opção muito conveniente na produção de sila- gem. Além de dispensar a imobilização de capital com máquinas que ficarão paradas a maior parte do ano, permitirá ao pecua- rista, estabelecer critérios de qualidade no trabalho como tamanho de corte, proces- samento do grão, etc. ¹ Professor-Adjunto do Depto. de Zootecnia. Curso de Zootecnia UEPG/Castro (PR) (jricardouepg@uol.com.br) Fo to : a rq ui vo Pi on ee r Concentrado: 85% de MS (32% polpa cítrica; 46% milho; 19% farelo de soja e 3% de uréia, além de minerais) Fontes para preços: silagem de milho (Embrapa, 2005); bagaço hidrolisado e concentrado (iFNP, novembro de 2006) TABELA 4 - Estimativa de custo com alimentação em cada dieta Volumoso Silagemde milho Bagaço de cana 2,8 5,5 0,24 8,54 3,24 3,48 6,5 21,7 0,95 3,35 1,27 2,22 MS total do volumoso (kg) Total de volumoso (kg) Custo do volumoso (R$) Total de concentrado (kg) Custo do concentrado (R$) Custo final da alimentação (R$) * A dieta com bagaço de cana avaliada compõe-se de 72% de concentrado e 28% de volumoso TABELA 3 - Quantidade de concentrado necessário com diferentes volumosos Volumoso Silagemde milho Bagaço de cana 49 6,6 2,8 1,37 5,23 7,26 70 6,6 6,5 4,55 2,05 2,85 NDT (%) Exigência do boi em NDT (kg) Consumo de MS no volumoso (kg) Consumo NDT no volumoso (kg) Déficit de NDT (kg) Concentrado necessário (kg)* 8 NUTRIÇÃO ANIMAL Com mais plantas por hectare há uma redução do custo final. Os custos operacionais (plantio, colheita, compactação e retirada) são diluídos porque independem da produtividade. Portanto, uma quantidade maior de massa verde (MV) por hectare resulta em custo menor por tonelada colhida, como se vê na Tabela 2. No exemplo da lavoura de 50 t/ha, mostrada na Tabela 2, pode-se aumentar a produtividade para 60 t de massa verde por hectare. Para isso, acrescentam-se 25% no custo das sementes e 10% na despesa com fertilizantes. O custo final será de R$ 36,00 por tonelada de silagem, ou seja, 10% inferior aos R$ 40,00/t da Tabela 2. O estudo diz ainda que a soja dos Estados Unidos deverá perder 5% da área para o milho. A redução da oferta levará à valorização da soja no mercado internacional. A se confirmar tal cenário, mesmo que apenas parcialmente, há tendência de aumento das exportações brasileiras de grãos com preços mais atraentes. A previsão é boa para os agricultores, mas poderá tornar inviável o uso de grãos em dietas para bovinos. Existem insumos alternativos como a polpa cítrica, a casca de soja e o caroço de algodão. Con- tudo, por serem substitutos do milho e da soja, seus preços costumam acompanhar as cotações desses grãos. No caso da polpa de citros a situação é ainda mais difícil. Havendo bom preço no exterior, a oferta no mercado interno tende a se reduzir com aumento do preço. É possível, portanto, que, em pouco tem- po, o principal componente do custo desses insumos deixe de ser o frete como ocorreu até o ano passado. A falta de opções eficazes na redução do custo com alimentação leva o pecuarista a procurar por outros produtos como resíduos, varreduras, descar- tes, etc. Com raríssimas exceções, a análise do custo por unidade de energia e proteína em base seca mostra que tais insumos custam o mesmo ou até mais que o milho, a soja e o caroço de algodão. Em busca de bons resultados econômicos, mui- tos pecuaristas usam aditivos para melhorar o de- sempenho dos animais. Há produtos de eficácia cientificamente comprovada, mas não são a maioria. Muitos, quer pela composição, quer pela quantidade recomendada, não têm ação biológica alguma. O pecuarista fica à mercê do crescente segmento de produtos milagrosos para a engorda dos bovinos. E estes, na verdade, apenas contribuem para o aumen- to dos custos. Na análise das opções para engorda em confina- mento, o produtor também tem de considerar a eficiência real dos animais submetidos a dietas ricas em concentrados. O gado zebuíno foi selecionado pela natureza em regiões nas quais as pastagens são predominantes. Sob dieta de alto grão, é comum a redução do consumo. Também são freqüentes os casos de acidose ruminal e laminite. Existem produ- tos que controlam, de modo eficiente, os distúrbios do rúmen, mas seu custo é significativo. Muitos pecuaristas e técnicos consideram a silagem de milho uma opção de custo muito alto no confinamento de gado de corte. Alguns até a julgam inviável. Como todas as culturas, o milho tem o risco de frustração de safra. Contudo, sob condições climáticas favoráveis, responde diretamente, e com grande eficiência, na conversão de insumos em produtividade. E esse é o ponto mais crítico na deter- minação do custo final e na qualidade da silagem de milho. É freqüente o pecuarista não investir o suficiente na lavoura destinada à silagem. Economiza em adubos, sementes e defensivos e dá pouca ou nenhuma atenção às operações de colheita e armazenamento. O potencial produtivo da lavoura de milho, no caso de bons híbridos, é muito superior ao que se colhe na maioria das lavouras destinadas à silagem. Técnicas como adensamento do estande, com a redução do espaçamento entre linhas de plantio, permitem substanciais aumentos de produtividade. São práti- cas já adotadas em várias propriedades, de eficácia comprovada. A Tabela 1 mostra exemplos de produtividade de alguns híbridos. 20.100 18.180 22.500 19.600 20.800 17.080 23.360 19.078 16.291 25,0 15,5 35,0 27,0 60,0 32,0 61,0 0,5 0,5 40,0 40,0 45,0 40,0 40,0 80,0 40,0 50,0 50,0 65.000 65.000 70.000 68.000 68.000 65.000 82.000 - - 67.000 60.600 75.000 70.000 65.000 61.000 80.000 69.000 55.000 32R21¹ 30F53¹ 32R21¹ 30P34¹ 32R21¹ 30P34¹ 30R50¹ 30F90² 30S40² 1 - Região da Castrolanda - Castro, PR 2 - Região de Orizona - GO TABELA 1 - Produtividade de híbridos de milho para silagem em algumas propriedades Espaçamento (cm) Área (ha) Plantas/ha MV (kg/ha) MS (kg/ha)Híbrido 1- De acordo com a produtividade mais a extração de NPK decorrente da remoção da palhada 2- Plantadeira, pulverizador, distribuição de calcário e fertilizantes 3- Ensiladeira de duas linhas, carreta com trator e compactação TABELA 2 - Custos de produção de silagem de milho com híbridos de diferentes produtividades 50.000 17.000 180,00 812,60 209,00 127,50 296,60 410,00 40,71 119,75 1.625,70 2.035,70 30.000 10.200 115,00 415,30 209,00 127,50 275,40 410,00 51,74 152,18 1.142,20 1.552,20 Produtividade de Massa Verde (kg/ha) Produtividade de Matéria Seca (kg/ha) (34% MS) Custo/hectare Semente Fertilizantes¹ Defensivos Plantio² (máquinas e mão-de-obra) Financeiros, remuneração da terra, assistência técnica Ensilagem (R$/ha) (máquinas e mão-de-obra)³ Custo/tonelada de Massa Verde (R$) Custo/tonelada de Matéria Seca (R$) Custo total de implantação Custo total da silagem 17 Aplicando as informações de mercado Diante de um cenário mundial tão favorável para as nossas principais culturas, fica a grande pergunta: "O que devo plan- tar?" Esta resposta não é tão simples quan- do lembramos do endividamento, da alta dos fertilizantes, da logística deficitária e da extensão continental que tem o nosso país. Mas, algumas dicas e reflexões po- dem nos auxiliar nesta decisão. 1. Vale lembrar que a evolução genéti- ca do milho foi muito superior à da soja nos últimos anos, tanto que no passado comparávamos 50 sacos de soja com 100 sacos de milho. Hoje, os parâmetros muda- ram, e comparamos 60 sacos de soja com 140 a 150 sacos de milho. Mas, lembrem- se: uma cultura depende da outra. A deci- são mais coerente é aquela com base em aspectos técnicos como a rotação de cultu- ras, combinados e ajustados com os aspec- tos econômicos. 2. Não existem mais para se produzir milho em regiões mais tropicais e abaixo de 700 m. Hoje, com o melhoramento genético totalmente adap- tado e o manejo perfeitamente ajustado, atinge-se, com relativa facilidade, produti- vidades superiores a 140 ou 150 sacos ou mais em um único hectare. Com a soja ocorre o mesmo desde que em ambos os casos sejam adotadas adequadas práticas de manejo atualmente disponíveis. Assim, o aumento da produtividade é ainda o melhor caminho para se reduzir o custo por unidade produzida e aumentar as margens de lucro. 3. Para as regiões com alta vocação para safrinha como PR, MT, GO, MS e SP, o cenário é ainda mais favorável porque podemos perfeitamente fazer um planeja- mento para produzir acima de 55 sacos de soja por hectare e buscar produtividades acima de 80 a 90 sacos de milho por hec- tare. Mas, mesmo nestas áreas, o plantio de milho verão apresenta-se como uma excelente alternativa econômica, principal- mente para quem busca restabelecer o equilíbrio da rotação de culturas. 4. O complexo de carnes, especial- mente os setores de aves e suínos, estão plenamente aquecidos e as exportações fecharam em 25% acima para aves e 35% acima para suínos, quando comparamos o primeiro semestre de 2007 com o mesmo período em 2006, lembrando que quase 80% do consumo de milho no Brasil vem do complexo de carnes. Em algumas re- giões produtoras de leite, o milho utilizado para produção de silagem com alto volume e qualidade pode deixar essa atividade ainda mais rentável. 5. Historicamente, o Brasil foi mundi- almente conhecido como o país da soja, e os nossos produtores, devido ao foco e a alta concentração de plantio de soja, como sojicultores. Agora chegou a hora de mu- dar, consolidar-se como agricultor, plan- tando milho e soja, e consagrando-se como um bom gestor com foco na sua atividade. gargalos técnicos Com um PIB médio acima de 9% nos últi- mos 5 anos, a mudança de hábito alimen- tar faz deste país, hoje, um pequeno ex- portador e um importador em potencial; - Brasil - Devemos ocupar facilmente a terceira posição dentre os exportadores, atingindo um número recorde de 10 mi- lhões de toneladas, caso mantenha o ritmo apresentado até julho último. O ano de 2007 deve ser um marco na cultura do milho no Brasil, pois deve atingir na sua segunda safra, um recorde de produção acima de 14.5 milhões de toneladas, que somadas à primeira safra permitirá um total de produção estimado em 51 milhões de toneladas; - EUA - Como o maior produtor e maior exportador de milho do mundo, os EUA são o grande balizador dos preços e, em 2007, plantaram a maior área desde 1944, superando os 36 milhões de hecta- res e com uma expectativa de produção acima de 330 milhões de toneladas. Olhando dessa forma, a conclusão do produtor é imediata, levando-o a crer que haverá uma superoferta de milho e que os altos preços apresentados atualmente não são sustentáveis. Ledo engano! Apesar de toda esta superárea e superprodução, os EUA também apresentam um superconsu- mo, especialmente para produção de etanol. Estima-se que quase 30% do milho produzido poderá ser destinado para produção de etanol. Os EUA estarão com 197 usinas prontas até o final de 2007, sendo 119 já concluídas e 78 em constru- ção, além de 8 em expansão. Dessa forma, a relação estoque/consumo deve situar-se em torno de 11%, abaixo de 14,8%, que é a média histórica dos últimos 10 anos. ¹ Gerente de Negócios e Treinamentos da Pioneer Sementes Fo to : a rq ui vo Pi on ee r caso da soja pesa, negativamente, o fato de o Brasil ser um grande exportador de grãos de soja, diferente da Argentina, que agrega valor ao produto, exportando óleo e farelo. Desta forma, somos do câmbio e do efeito que quando negativo, impacta de forma devastadora na remuneração do nosso produtor. Para o milho, o cenário é ainda bem mais favorável. Faz tempo que o milho deixou de ser coadjuvante do agronegócio brasileiro. Hoje, ele é o ator principal. O mundo todo consome milho e só 4 países exportam: EUA, China, Argentina e Brasil. Por isso, ao analisar o mercado mundial de milho precisamos focar nos números des- tes 4 países: - Argentina - Tem grande vocação para produzir milho, mas baixíssima capacidade de consumo, e exporta 70% do milho produzido; - China - Historicamente, sempre foi o segundo maior exportador de milho, tanto que em 2001 seu estoque era maior do que o que existe em todo o mundo hoje. reféns prêmio 20 ESPECIAL PESQUISA Fo to : a rt e G ra ph ik ara atender a crescente demanda do segmento Safrinha a Pioneer possui, hoje, um programa de melhoramento específico para esta zona ambiental, tendo como base o centro de pesquisa de Toledo (PR) e apoio em Sorriso (MT) e Itumbiara (GO). Os pesquisadores deste centro con- centram seus esforços no desenvolvimento e caracterização de linhagens e híbridos, além de uma ampla rede de ensaios de avaliação de performance dos materiais experimentais para a safrinha. Basica- mente, essas estações cobrem as áreas do norte e oeste paranaense, Mato Grosso do Sul, sudoeste goiano, Mato Grosso e parte ® P Carlos Raupp ¹ Delmar Brenner ² Adilson Ricken Schuelter ³ de São Paulo. Além disso, o projeto do centro de Toledo desenvolve híbridos de ciclo tardio para o Sul - período de plantio que exige maior defen- sividade dos materiais. Os demais centros de pesquisa da Pioneer, localizados em Passo Fundo (RS), Itumbiara (GO), Brasília (DF), Balsas (MA) e, mais recentemente, em Palmas (TO) apre- sentam programas de melhoramento específicos, cuja finalidade é o de desen- volver híbridos que fortaleçam cada vez mais o Sistema de Combinação nos mais diferentes e variados ambientes, onde se planta milho no Brasil. BALSAS SORRISO TOLEDO PASSO FUNDO ITUMBIARA PALMAS BRASÍLIA O melhoramento de plantas para as condições de safrinha 5 Participe no processo de controle de qualidade na sua propriedade A semente é um insumo biológico, portanto tem vida. Assim, é importante que o produtor participe do processo de qualidade iniciado pela Pioneer porque o produtor é também parte dessa cadeia. É importante que o produtor mantenha a qualidade da semente dentro da sua pro- priedade, não deixando que ela se perca em pequenos detalhes. A Pioneer, pensando na manutenção da qualidade das sementes, procura entre- gar as sementes o mais próximo possível da data de plantio. Para isso, a Pioneer teve que desenvolver um complexo e eficiente processo de logística. Entretanto, após o recebimento da semente por parte do produtor, ele deve assumir algumas responsabilidades para assegurar todo esse processo iniciado desde a pesquisa durante as primeiras multiplicações. Dentro de algumas responsabilidades assumidas, cabe ao produtor armazenar as sementes em condições adequadas. Mas quais são essas condições? a) Armazenar as sementes em galpão bem ventilado, sobre estrado de madeira e nunca em contato direto com o piso nem em contato com paredes; b) As melhores condições para a pre- ® servação das sementes são com tempera- turas em torno de 25º C e umidade do ar abaixo de 70%; c) Não se deve empilhar a sacaria das sementes de soja próxima das paredes do armazém, ou próximo a fertilizantes, calcá- rio ou defensivos; d) Armazenar, de maneira organizada, por cultivar, lote, peneira e se a semente é convencional ou geneticamente modifica- da. Identifique as pilhas para facilitar na hora do carregamento por ocasião do plantio. Isso facilita o plantio, que deve estar organizado por cultivar e por talhão; e) Certifique-se que o armazém esteja em condições apropriadas, por exemplo, sem goteiras. Em vários estudos realizados por órgãos de pesquisas, verificaram-se as vantagens da utilização de fungicidas nas sementes de soja. Mesmo sendo uma prática já conhecida e di- fundida entre produtores, te- mos verificado que em muitos casos, ainda não se dá a devida atenção para o aspecto da quali- dade do trata- mento que, em muitos casos, po- de comprometer a eficiência e a eficácia do mesmo. Para isso, a Pioneer está estudando a possibili- dade de fazer o tratamento industrial com fungicida para que o agricultor não tenha que realizar este serviço na sua proprieda- de. Com o advento do plantio direto mui- ta coisa mudou, melhorando a agricultura brasileira com a melhor conservação do solo e água, por exemplo. Porém, o ataque de pragas se tornou mais severo, necessi- tando de mais atenção e, principalmente, melhor manejo. Para agricultores que ado- tam alta tecnologia, ou para aqueles que não querem comprometer o investimento inicial da soja, o tratamento de sementes com inseticida já é uma rotina. Este ano, a Pioneer já está comerciali- zando sementes tratadas com inseticidas, Tratamento de semente de soja usando equipamentos de última geração, especialmente desenvolvidos para essa finalidade, e que proporcionam a correta distribuição de princípio ativo na semente, garantem a dose do inseticida por semente e reduzem ao mínimo os riscos de danos às sementes. Já com os olhos voltados para a previ- são do tempo para a próxima safra, empre- sários agrícolas de várias regiões e tama- nho de propriedades, estão optando pelo tratamento industrial de inseticidas como o fipronil (Standak) na semente de soja, vi- sando o controle de várias pragas a exem- plo da (vaquinha), (Tamanduá), (Coró) e (Lagarta elasmo). Além do fipronil, o tratamento indus- trial com Cruiser 350 FS (Thiametoxan) tem sido bastante utilizado, na dose de 100ml/100kg de sementes, com o intuito de proteger e acelerar a germinação e esta- belecimento das plântulas. Segundo pes- quisas realizadas, o Thiametoxan aumenta a produção de alguns aminoácidos que são precursores de hormônios vegetais como a citocinina, por exemplo, que é responsável pela divisão celular. A maior quantidade desses hormônios acelera a germinação e crescimento da planta e torna a plântula menos suscetível à ação de estresses ambi- entais. Na soja é também de fundamental im- portância a inoculação das sementes com rizóbio visando a fixação biológica de nitrogênio. Você pode obter mais informa- ções sobre o monitoramento do sucesso da inoculação no artigo "Cuidados com a soja nas fases iniciais de crescimento", pu- blicado no Boletim Informativo Pioneer nº 20. Você pode fazer o do artigo pelo Diabrótica speciosa Ster- nechus subsignatus Phyllo- phaga cuyabana Elasmopalpus lignosellus download site www.pioneersementes.com.br. ® ® M ar ca Re gi st ra da da SY N G EN TA C RO P PR O TE C TI O N ,B as ilé ia ,S uí ça . Fo to :a rq ui vo Pi on ee r 21 A importância da sinergia entre os programas Estes programas de melhoramento trabalham em sinergia, visando potenciali- zar a performance do híbrido final. Cada centro contribui com uma característica de sua especialidade. Um exemplo desta siner- gia é o melhoramento para resistência a estresse hídrico, que é um ponto forte dos centros de Balsas e Palmas e que tem muita importância, principalmente, para os am- bientes de terras baixas e da safrinha. Linhagens desenvolvidas nessas esta- ções de pesquisa contribuem com o proje- to Safrinha no desenvolvimento de mate- riais com performance superior para a resistência ao estresse hí- drico. Outro exemplo é o progra- ma de Passo Fundo que se es- pecializa em materiais precoces, que também é uma característi- ca desejável para a safrinha, prin- cipalmente do Paraná. Esta pre- cocidade é de fundamental im- portância para o desenvolvimen- to de híbridos que completam o ciclo antes da chegada das gea- das no Sul e o período da seca na região Central. Da mesma forma, a identificação de materiais resis- tentes a doenças foliares ou de colmo com potencial de ocorrência na Sa- frinha, em algum dos nossos programas de melhoramento, são antecipadamente sele- cionadas e incorporadas aos híbridos co- merciais em outras estações de pesquisa. Essa sinergia entre os programas pro- picia o desenvolvimento de linhagens e hí- bridos totalmente adaptados e que aten- dam as necessidades dos agricultores des- sas regiões. Em complementação a isso, é importante seguir o correto posicionamen- to dos materiais conforme a época de plantio, além de outros aspectos, e que sejam adotadas práticas de manejo que propiciem a expressão do potencial desses híbridos. Os objetivos de um programa de pesquisa voltado para safrinha O programa de melhoramento para Safrinha iniciou com testes para identifica- ção de linhagens e híbridos no ano de 1997 na região oeste do Paraná. Além da obtenção de linhagens e combinações específicas, o nosso programa de pesquisa trabalha no desenvolvimento de um de germoplasma com características espe- cíficas de Safrinha, visto que até pouco tempo híbridos do verão eram a única alternativa para o cultivo neste período. Assim, nesse de germoplasma deve se contemplar várias características e segmen- tos como produtividade, precocidade (florescimento e maturação), tolerância à seca, inversão térmica nas áreas mais ao Sul (plantio no calor e colheita no frio), possibilidade de geada e baixas temperatu- ras em fases de enchimento de grão, resis- tência às doenças como a cercospora, ferrugens polysora e tropical, helmintospo- riose e podridões de colmo e espiga. Um programa de melhoramento voltado para a safrinha deve estar atento a características como a grande variabilidade de ambientes (interação genótipo x ambi- ente) e, principalmente, a variação climáti- ca em diferentes anos (interação genótipo x anos). pool pool ¹ Diretor Pesquisa Milho Pioneer Sementes ² Cientista Sênior da Pioneer Sementes ³ Assistente de Pesquisa Sênior da Pioneer Sementes O melhoramento, visando estabilida- de de comportamento de híbridos, frente às diversas flutuações ambientais, é um aspecto que justifica um programa especí- fico para o ambiente de Safrinha e não apenas a transferência de materiais do verão para o plantio nesta época. Assim, os melhoristas precisam estar bem atentos às constantes mudanças nesses ambientes, quer sejam de fatores bióticos (ex.: incidên- cia e severidade de doenças), abióticos (ex.: seca) e tecnológicos (ex.: melhor adubação e época de plantio). Enfim, essas mudan- ças são alguns exemplos que impactam o perfil dos híbridos. Para a correta percepção destas mu- danças, principalmente as mudanças tec- nológicas, é fundamental uma harmoniosa intera- ção entre o melhoramen- to, departamento técnico e clientes. Esse é um pon- to que acreditamos ser fundamental para o contí- nuo sucesso no desenvol- vimento de produtos su- periores para a Safrinha. Além da manutenção de uma ampla base gené- tica, introdução contínua de germoplasma e muito critério na seleção dos ambientes de ensaios e berçários, a incorporação de ferramentas biotecnológicas como os marcadores moleculares e o desenvolvimento de trans- gênicos, além da tecnologia de duplo haplóide, serão fundamentais para o contí- nuo aprimoramento da performance dos híbridos de Safrinha. A Pioneer vem investindo cada vez mais em novas técnicas de pesquisa para desenvolver híbridos mais produtivos, estáveis e adaptados ao ambiente de Safrinha. Fo to : a rq u iv o P io n e e r 4 CULTURA DA SOJA Fo to : a rq ui vo Pi on ee r Fo to : a rq ui vo Pi on ee r O recebimento das sementes e a realização do Teste de Emergência na propriedade As sementes Pioneer são produzidas com o mais alto padrão de qualidade. Para isso, a Pioneer investiu numa moderna unidade de beneficiamento de sementes e em processos de produção, que cobrem toda a cadeia, desde a pesquisa, passando pelos campos de sementes, beneficiamen- to até a entrega da semente ao produtor. Todo esse processo de controle de qualidade visa disponibilizar, para seus clientes, sementes com mais pureza gené- tica, germinação e vigor em cada lote. Para aumentar a segurança, a qualida- de e facilitar o plantio, a Pioneer recomen- ® André Aguirre Ramos¹ da que, no ato do recebimento das semen- tes, você identifique por meio de notas fiscais e na sacaria, as cultivares e seus respectivos volumes, peneiras e se as se- mentes são convencionais ou não. Após essa conferência de informações e adequa- do armazenamento, faça imediatamente um teste de emergência a campo ou can- teiro. Caso ocorra alguma irregularidade, elas devem ser registradas no ato do rece- bimento. Descreva a ocorrência no campo específico do comprovante de entrega que acompanha as notas fiscais. Notifique a Pioneer pelos telefones (61) 2106-1005 ou (61) 2106-1000. O teste de emergência a campo é uma forma de comprovação da qualidade das sementes de soja e funciona como um auxílio na hora do plantio, adequando melhor a quantidade de sementes a ser distribuída para que se alcance a popula- ção desejada. Veja os procedimentos nas embalagens. A Pioneer somente aceitará reclamações até 15 dias após a data de entrega das sementes. Este teste consiste em semear 400 sementes distribuídas em quatro linhas com 100 sementes cada uma. Aproxi- madamente 10 a 15 dias após a semeadu- ra, com o primeiro par de folhas completa- Como fazer o Teste de Emergência a campo ou canteiro mente aberto, faz-se a contagem e avalia- ção das plântulas emergidas. É importante manter a umidade do solo com irrigações periódicas e sem excessos e que a tempera- tura do mesmo esteja entre 20º e 30º C. De posse do resultado do teste de emergência a campo, devem ser feitos os ajustes da taxa de utilização de sementes, visando a obtenção da população reco- mendada para cada cultivar. omo estamos na época em que se inicia o plantio de soja em algumas regiões do Brasil, iremos tratar de um assunto extremamente opor- tuno: os cuidados que o produtor deve ter na realização do plantio. Praticamente 70% do total de insumos utilizados na cultura são usados nas fases que antece- dem a germinação da soja. Relacionamos a seguir, os principais fatores que podem influenciar e contribuir para um bom plantio. C Plantio de soja Fatores que podem contribuir para um bom plantio 22 SEÇÃO A Pioneer recebeu o troféu Destaque/2007 A Granja do Ano, concedido pela revista A Granja, como empresa desta- que no setor de sementes. O ato de entrega do prêmio contou com a presença de industriais, técnicos, autoridades e políticos de diversos Estados, e aconteceu por ocasião da Expointer, em Esteio, no dia 30 de agosto de 2007. Carlos Hentschke, diretor de tecnologia da Pioneer, recebeu o troféu das mãos de Cesário Ramalho, presidente da Sociedade Rural Brasileira. Administrar, gerenciar, comercializar, saber comprar e investir são palavras que farão mais do que nunca parte do nosso vocabulário. Pensando nisso, a Pioneer realizou 8 eventos inovadores durante os meses de maio, junho, julho e agosto de 2007. Estes eventos, denominados de Geração Após Geração, foram direcionados para um público específico, formado por jovens agrônomos, filhos de produtores, jovens empresários que recém assumiram ou estão assumindo ou dividindo a responsabilidade de conduzir os negócios da família e que estão interessados em aprimorar os seus conhecimentos. Pioneer lança novas cultivares de milho e soja ® * Marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company Após os lançamentos de híbridos da safra passada, 32R48 e 32R22, dois materiais superprecoces, a Pioneer está trazendo para esta próxima safra mais 3 híbridos de milho: , e . O híbrido é indicado, especialmente, para o mer- cado de safrinha porque apresenta como principal caracterís- tica a elevada tolerância às doenças que ocorrem durante essa estação de cultivo, além da alta estabi- lidade produtiva sob condições de estresse ambiental, tão comum durante a segunda safra. Já os híbridos e são materiais indicados para a região Sul do Brasil, incluindo, em especial, os estados do RS, SC e PR e que apresentam como carac- terística principal o elevado potencial pro- dutivo. Também na soja, as novidades continuam. Após os lan- çamentos, na safra passada, das cultivares de soja P98Y11 e P98Y51 com o gene Roundup Ready* e com tolerância ao Nematóide do Cisto, a Pioneer lança para a safra 2008 mais uma cultivar, a . Dotada de alto potencial produtivo e estabilidade, a representa a mais nova geração de cultivares resis- tentes ao Roundup Ready em combinação a resistência ao Nematóide do Cisto. A apresenta alta estabilidade nas regiões produ- toras de soja do cerrado brasileiro. É resistente ao Cancro da Haste, Mancha Olho-de-Rã, Pústula Bacteriana e Oídio. É moderadamente resistente a Doenças de Final de Ciclo. Além dessas características, a possui boa resistência ao acamamento e grande capa- cidade de engalhamento, necessitando de um menor número de plantas por hectare para se obter altos índices de produtivi- dade. A pertence ao grupo de matu- ração 8.7 e, desta forma, vem para comple- mentar as duas cultivares lançadas anterior- mente, a P98Y11 e P98Y51, que apresentam grupo de matu- ração 8.1 e 8.5, respectivamente. Com mais esses lançamentos de milho e soja, a Pioneer aumenta as possibilidades de combinação, elevando a segu- rança e a estabilidade das lavouras de todo o Brasil. 30S31 30B30 30B39 30S31 30B30 30B39 P98Y70 P98Y70 P98Y70 P98Y70 P98Y70 Pioneer é líder do ano no setor de sementes 3 Fo to : a rq ui vo C lie nt e Fo to :a rq ui vo C lie nt e Fo to :a rq ui vo C lie nt e O Concurso de Produtividade para o Desenvolvimento da Safrinha no Paraná premia aqueles produtores que se destacam pelos níveis de produtividade alcançados na safrinha, resultado de todo um conjunto de práticas adotadas, que engloba desde a seleção dos híbridos até a adoção das corretas práticas de manejo Natanael Guillen Piccinin, de Alto Piquiri, PR, também foi um dos ganhadores do concurso de produtividade. Assistido pelo Engenheiro Agrônomo Diego Surjus Cavalhierie, da Cooperativa CVale, Natanael planta 150 alqueires de soja no verão, e 130 de milho safrinha e 20 de feijão no inverno. Desde que iniciou o plantio de milho safrinha, Natanael planta Pioneer, e vem obtendo ótimos resultados. Ganhou o concurso com a colheita de 389 sc/alq com o plantio dos híbridos , e . As sementes foram tratadas com inseticidas do grupo dos neonicotinóides para a proteção contra insetos sugadores e plantadas na densidade de 66.300 pl/ha com o espaçamento de 80 cm entre linhas. A adubação utilizada foi de 600 kg/alq de 8-20-20 na base. Sobre a viagem, Natanael impressionou-se com a estrutura da Pioneer e o cuidado com a produção das sementes até que estas cheguem às mãos do produtor. Perguntado sobre o segredo do sucesso na safrinha, Natanael respondeu que "o sucesso começa pela escolha do híbrido". 30F35 3021 3027 Walter Paini, de Corbélia, PR, foi o ganhador do concurso na Cooperativa Copacol. Assistido por André Luiz Prediger, Paini planta 250 alqueires de soja e 31 alqueires de milho no verão, e 250 alqueires de milho safrinha e 31 alqueires de trigo no inverno. Os filhos Wagner e Jeferson ajudam a tocar a propriedade. Paini planta Pioneer há cinco anos e está muito satisfeito com os resultados que vem obtendo. Venceu o concurso com a produtividade média de 346 sc/alq com o plantio dos híbridos , e . O plantio foi feito com o espaçamento de 90 cm, na densidade de 62.200 pl/ha com a adubação de 600 kg/alq de 12-15-15 na base. A viagem que ganhou como prêmio, segundo Paini, "foi a realização de um sonho". Walter se impressionou com a beleza das lavouras americanas, mas ressalta que "temos que valorizar nossa terra, que também é fértil e capaz de altas produtividades". Ao revelar qual o segredo do sucesso da safrinha, Paini afirmou que o importante é "acreditar e investir. Plantar o híbrido correto e não plantar somente por plantar e, sim, confiando que vai dar certo". 3021 30F98 30K75 GENTE QUE PLANTA PIONEER® Waldemar Moratelli 30P70 30K75 , de Tupãssi, PR, foi um dos vencedores do Concurso de Produtividade para o Desenvolvimento da Safrinha no Paraná. Moratelli é assistido pelo Engenheiro Agrônomo Rodrigo Lira, da Cooperativa Copacol, e trabalha com seu irmão e sócio, Sérgio Luis Moratelli, e com os filhos Eduardo, Cláudio Alexandre e Marcelo Luis. A familia cultiva 160 alqueires de soja no verão, e triticale e milho safrinha no inverno. Moratelli venceu o concurso de produtividade com a colheita de 330 sc/alq dos híbridos e . A população final de plantas foi de 55.000 pl/ha e espaçamento de 80 cm entre linhas. As sementes foram tratadas com inseticidas do grupo dos neonicotinóides e fipronil para a proteção contra insetos sugadores e pragas de solo. A adubação consistiu na aplicação de 600 kg/alq de 8-20-20 na base e cama de aviário com o milho em V2. Após saber das vantagens da redução do espaçamento entre linhas, Moratelli reduziu o espaçamento para 60 cm e aguarda a colheita para conferir os resultados. Segundo o agrônomo Rodrigo Lira, a redução do espaçamento apresenta inúmeras vantagens. Outra mudança que ocorreu na safrinha deste ano foi a aplicação de fungicidas. Com os aumentos no preço do grão, a aplicação de fungicidas se tornou atrativa. Moratelli está muito satisfeito com o desempenho dos híbridos Pioneer e conta que, desde pequeno, se lembra do plantio de milho Pioneer na propriedade da família. O prêmio por ter vencido o concurso de produtividade, foi uma viagem aos Estados Unidos, onde pôde visitar a sede da Pioneer, propriedades agrícolas, estações de pesquisa e produção, além da maior feira agrícola americana, o . Na visita, Moratelli se surpreendeu com a estrutura dos produtores americanos que, em sua maioria, possuem silos de armazenamento na própria fazenda. Contudo, observou que, apesar da alta tecnologia, os produtores americanos enfrentam as mesmas dificuldades que os produtores brasileiros. Segundo Moratelli, "nossa vantagem está no clima que nos possibilita o plantio da safrinha, mas temos que fazer nossa parte investindo em híbridos adaptados e em tecnologia de manejo". ® Farm Progress Show Walter Paini Natanael Guillen Piccinin Waldemar Moratelli
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