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Mecânica e Mecanização Agrícola, Notas de estudo de Máquinas

Apostila - Apostila

Tipologia: Notas de estudo

2010
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Compartilhado em 13/03/2010

eduardo-leonel-bottega-10
eduardo-leonel-bottega-10 🇧🇷

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Baixe Mecânica e Mecanização Agrícola e outras Notas de estudo em PDF para Máquinas, somente na Docsity! UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA ENG 338 MECÂNICA E MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA Apostila de Aulas Práticas Prof. Haroldo Carlos Fernandes - UFV Prof. Carlos Alberto Viliotti - UFC Engª Agrícola, Ms. Paula C. Natalino Rinaldi - UFV Engª Agrônoma, Ms. Amanda M. Bernardes - UFV 1 ÍNDICE Página Introdução ao estudo da mecanização agrícola...................................... 1 Abrigo de máquinas................................................................................. 3 Ferramentas............................................................................................ 7 Aparelhos de medidas............................................................................. 10 Transmissão de potência........................................................................ 16 Lubrificantes............................................................................................ 20 Meios de aproveitamento de potência dos tratores................................. 25 Lastros, bitola e pneus............................................................................ 28 Partes dos motores de combustão interna.............................................. 32 Sistemas de alimentação e de ignição dos motores de combustão interna...................................................................................................... 37 Manejo de tratores agrícolas................................................................... 40 Manutenção de tratores agrícolas........................................................... 42 Aração..................................................................................................... 51 Gradagem................................................................................................ 56 Subsolador, escarificador e enxada rotativa........................................... 58 Capacidade operacional.......................................................................... 61 Patinagem............................................................................................... 63 Máquinas para plantio............................................................................. 65 Aplicação de defensivos agrícolas.......................................................... 71 Máquinas colhedoras de cereais............................................................. 78 Perda na colheita de grãos...................................................................... 83 3 ABRIGO DE MÁQUINAS As máquinas e os implementos agrícolas possuem um custo inicial elevado e requerem cuidados especiais, sobretudo quando estão inativas e nessa situação, elas devem ser guardadas em um abrigo ou galpão. Entretanto, se isso não for possível, precisam no mínimo estarem cobertas com uma lona que impeça a ação do sol, da chuva e de outros agentes nocivos. Os motivos que levam o produtor rural à construção de um abrigo são os custos e a organização. Custo Nos custos da produção agrícola está embutido o custo da depreciação das máquinas e implementos, que é inversamente proporcional à conservação das mesmas. Organização Um abrigo de máquinas pode auxiliar na organização e controle das máquinas e implementos quando se tem grande número de tratores. Caso haja poucas máquinas, a organização e controle podem ser realizados na própria sede da propriedade. Neste controle pode-se avaliar o trabalho do conjunto homem/trator/implemento, com o intuito de se conseguir a maior eficiência do conjunto, assim como orientar quanto ao melhor momento de se realizar a manutenção do trator/implemento. A partir do momento em que se faça opção por construir um abrigo ou galpão de máquinas na propriedade, deve-se estar atento e escolher o local mais adequado para a instalação. Os critérios como acesso, centralização, disponibilidade de água e energia, topografia e segurança devem ser considerados. Acesso Deve ser fácil para todos os pontos de trabalho, tendo estradas largas e de boa qualidade para evitar acidentes e danos aos equipamentos, considerando que para alguns implementos a largura é muito superior ao do trator. Centralização e topografia O abrigo deverá ser central em relação às áreas mais utilizadas para que se possa movimentar o mínimo possível o trator. O terreno escolhido para a construção do abrigo deve ter uma declividade suave para facilitar o escoamento de água da chuva, facilitando também a construção com uma menor movimentação de terra. Disponibilidade de água e energia A disponibilidade de água é necessária para efetuar a limpeza das máquinas e os implementos, mantendo assim, um bom estado de manutenção dos mesmos. 4 Algumas ferramentas ou equipamentos necessitam de energia elétrica para realizar a manutenção das máquinas, como o esmeril, aparelhos de solda, furadoras, etc., possibilitando que certos reparos sejam realizados no próprio abrigo. Segurança O abrigo deve ser localizado em local seguro contra roubos e vandalismo, sendo geralmente construído ao redor da sede da propriedade ou perto das casas dos funcionários. Partes constituintes de um abrigo Galpão O galpão é o espaço destinado à proteger as máquinas e implementos dos intempéries. Algumas condições técnicas, tais como: pé direito respeitando a altura das máquinas pertencentes à propriedade, principalmente se houver colhedoras; um número mínimo de pilares para facilitar a manobra; boa ventilação para a dispersão dos gases lançados pelos motores e formato retangular para facilitar uma provável ampliação do local, devem ser considerados no planejamento da construção do galpão. Ferramentaria Este local é utilizado para guardar ferramentas, facilitando a organização e o controle das mesmas. Quando há uma grande variedade e quantidade de ferramentas é ideal que se tenha no local um quadro de ferramentas, minimamente organizado por tipo e função. Este quadro pode ser adquirido no comércio ou construído na propriedade. Oficina e almoxarifado A oficina geralmente é encontrada em propriedades com um maior número de máquinas, a fim de facilitar as manutenções preventiva e corretiva, evitando 5 assim, o transporte do trator para fora da propriedade, fazendo com que os reparos possam ser realizados no próprio abrigo. O almoxarifado é o local onde se armazenam as peças de reposição. Depósito de combustíveis e lubrificantes Sendo necessário armazenar uma grande quantidade de combustíveis e lubrificantes no galpão, é aconselhável construir um local apropriado, que deve ser arejado e que facilite o reabastecimento das máquinas. Escritório O escritório é o local destinado à organização do uso das máquinas, implementos, controle do pessoal operacional, reuniões e planejamento do trabalho. Encarretador e vala Utiliza-se o encarretador para efetuar o transporte das máquinas e implementos para outras propriedades em locais distantes. A manutenção, lubrificação e limpeza das máquinas e implementos são facilitadas quando se tem uma vala na propriedade. Sua construção geralmente é simples e pode ser feita também em forma de rampa, sendo assim também utilizada como encarretador. Pátio O pátio deve ser um local aberto, sendo utilizado para facilitar as manobras, regulagem de implementos, treinamento de novos operadores e para realizar ajustes finais depois de alguma manutenção.  Exemplos de abrigos de máquinas A seguir estão ilustrados alguns tipos de galpões para o armazenamento de insumos e conservação das máquinas e implementos. A estrutura desses 8 Características das chaves apresentadas:  Chave de boca fixa não sofre variação de medida, sendo usada para segurar ou apertar porcas e parafusos com cabeças quadradas ou sextavadas;  Chave de estria apresenta a grande vantagem de aplicar esforços em todos os cantos da porca ou parafuso, permitindo um aperto mais adequado e seguro do que a chave fixa;  Chave de mista ou combinada e chave de roda;  Grifo é próprio para montagens e desmontagens de tubo;  Chave ajustável se ajusta aos diversos tipos e tamanhos de porcas e parafusos, pelo ajuste da bitola de sua boca;  Chave de fenda usada para apertar ou afrouxar parafusos com um rasgo (fenda) diametral na cabeça (-);  Chave phillips usada para girar parafusos com dois rasgos (fendas) perpendiculares na cabeça (+);  Chave allen é utilizada em parafusos cuja cabeça tem um sextavado interno;  Chave soquete ou cachimbo são chaves que necessitam, para seu funcionamento, de um cabo de força independente. É usada para apertar porcas e parafusos em local de difícil acesso, sendo que o tamanho do esforço que se pode aplicar à chave está diretamente relacionado com o tamanho do encaixe. Os cabos de força podem ter diferentes tamanhos e formatos, sendo constituídos de junta universal, catraca, haste T, extensão. O martelo é uma ferramenta de impacto, sendo empregado para bater peças, para permitir seu encaixe ou remoção. Os martelos de borracha e de madeira são utilizados em manutenções nos quais não se deseja deformações nas peças a serem trabalhadas. O martelo pena é utilizado em funilaria. A marreta é um martelo maior, com peso superior a 1 kg, destinado a bater sobre uma talhadeira ou um ponteiro. martelo de borracha martelo de madeira martelo pena marreta 9 saca polia arco de serra punção talhadeira cinta O saca-polia, arco de serra, punção, talhadeira e cinta são usados respectivamente para remover polias, serrar, fazer uma marca inicial antes de iniciar a perfuração, retirar talhas de uma peça e montagem de anéis de segmento. 10 APARELHOS DE MEDIDAS Quando se realiza serviços em uma oficina pode ser necessário o uso de instrumentos destinados a quantificar a amplitude de algumas grandezas físicas, com vistas a obter um resultado eficiente e seguro. O tipo de instrumento de medida existente em uma oficina depende de sua especialidade e volume de trabalhos. Medidores de comprimento  Metro (A); Trena (B); Escala (C) (A) (B) (C)  Paquímetro (D) Instrumento essencialmente constituído de uma escala de encosto na qual se desliza um cursor. É usado para fazer medidas internas, externas e de profundidade, com rapidez e precisão. (D) A escala do paquímetro tem tamanho variado e é graduada em milímetros e em polegadas, sendo a última dividida em 16, 32 ou 64 unidades, conforme a precisão desejada. O valor de aproximação, ou seja, da menor medida fracionária, pode chegar a 0,02 mm, 1/128” ou 0.001” e vem impresso no limbo do paquímetro. Para se calcular o valor da aproximação usa-se a seguinte fórmula: Aproximação = menor divisão da escala principal / número de divisões do nônio. Para se efetuar a leitura no paquímetro: 13 (I) (J) Medidores de tempo  Cronômetro (K)  Horímetro (L) Instrumento destinado à medição do número de horas trabalhados pelo motor da máquina agrícola, o qual está relacionado com o número de rotações efetuados pelo eixo do motor, cujo valor básico para cálculo depende do tipo e potência do motor. (K) (L) Medidores de pressão  Calibrador de pneus  Manômetros de compressão e de pressão, etc. Medidores de eletricidade  Multiteste  Amperímetro  Teste de centelha, etc. Medidores de ângulos  Esquadro  Transferidor  Compasso, etc. 14 EXERCÍCIO 1) Determine a leitura dos paquímetros abaixo: a) Paquímetro em fração de polegada. b) Paquímetro em fração de milímetros. Resposta: a) 31” 32 b) 18,4 mm 15 2) Determine a leitura dos micrômetros abaixo: a) b) Resposta: a) 12,88 mm b) 8,16 mm 0,01mm 30 35 30 40 10 30 35 40 45 0,01mm 5 30 35 40 10 15 20 18  Contato indireto: Recorre-se à transmissões por correias quando a distância entre dois eixos é tal que é impossível a utilização de engrenagens. Neste tipo de transmissão a correia abraça duas ou mais polias transmitindo assim a força tangencial por meio do atrito entre correia e polia.  Intermediários flexíveis (corrente, correias etc.) Tipos comuns de montagens:  Transmissão aberta para eixos paralelos com a mesma direção de rotação (J);  Transmissão com polia esticador (K);  Transmissão cruzada para eixos paralelos com direção de rotação contrária (L). J K L As vantagens do emprego de correia são: não transmitem choques; não apresentam problemas de lubrificação; podem servir como elemento de proteção contra extremas sobre-cargas; são econômicas e de fácil desmontagem. As correias podem ser classificadas em:  plana (M), trapezoidal (N), circular (O) e plana com dentes (P). M N O P As correntes podem ter formatos variados (Q) e se adaptam a um grande número de equipamentos ou funções a executar. S 19  Rígidos (bielas, cardans, etc.) As árvores cardan (R), tanto agrícolas quanto automotivas, são mecanismos utilizados para transmitir potência entre árvores que apresentam desalinhamento angular, o qual pode variar, ou não, durante a operação. Uma das aplicações clássicas é a transmissão de potência do trator agrícola para os implementos acoplados ao engate de três pontos ou à barra de tração. R 20 LUBRIFICANTES O movimento entre dois corpos em contato resulta sempre numa resistência a este movimento devido ao atrito entre eles. O atrito pode ser minimizado ao se impor um lubrificante entre as partes em contato. Assim lubrificar é aplicar uma substância (lubrificante) entre duas superfícies em movimento relativo, formando uma película, que evita o contato direto entre as superfícies, com a finalidade de reduzir o atrito. Além de reduzir o atrito, o lubrificante deve exercer outras finalidades, como por exemplo:  Arrefecer ou esfriar as peças, pois, se o lubrificante fui ele transporta parte do calor;  Reduzir o ruído ( evita o choque direto entre as peças);  Eliminar impurezas (as impurezas são transportadas e depositadas ou filtradas);  Aumentar a eficiência na transmissão de potência;  Prolongar a vida útil das peças de contato (evita a corrosão mecânica e química). O atrito varia com:  A natureza e estado das superfícies de contato;  Carga aplicada;  Velocidade;  Temperatura. Meios de se reduzir o atrito:  Projetar bem a peça;  Escolher o material apropriado para a construção;  Usar sempre que possível, rolamentos;  Usar superfícies suficientemente polidas. Para o estudo dos óleos lubrificantes é importante o entendimento de alguns conceitos básicos como:  Viscosidade: É definida como a resistência que um fluido oferece ao seu próprio movimento; A viscosidade de um óleo é determinada pelo aparelho denominado viscosímetro, sendo o mais comum o viscosímetro de Saybolt. O aparelho determina a variação da viscosidade de um óleo de acordo com a variação da temperatura. 23  Ciclo Diesel: (Motores Diesel). Identificados pela letra C, de Comercial (Linha Comercial, Frotas), ou Compression (Compressão). CA; CB; CC; CD; CE; CF; CG. De acordo com esta norma, a medida que se desenvolve um óleo lubrificante com melhores qualidades, esses passam a receber ua classificação superior, isto é, com uma letra mais “alta” sucedendo ao “S” ou “C”. Portanto os óleos com letras “maiores” obedecem a normas de qualidades mais rigorosas, sendo mais aditivados, por isso são de melhor qualidade. Óleos usados em transmissão Os óleos lubrificantes de transmissão são aqueles usados nas caixas de marcha, caixa do diferencial e redutores finais de tratores. Eles também recebem classificação SAE e API, e normalmente atendem a condições de trabalho mais rigorosas. Classificação SAE  Inverno: 4 grupos - 70W; 75W; 80W; 85W.  Verão: 3 grupos - 90; 140; 250. Classificação API Identificados pela letra G, de Gear ou engrenagem.  6 grupos - GL1; GL2; GL3; GL4; GL5; GL6. A medida que aumenta a numeração o óleo torna-se mais adequado para condições de trabalho mais severas, como por exemplo, locais de maior temperatura. Graxas lubrificantes A graxa lubrificante é definida como uma dispersão semi-líquida a sólida de um agente espessante em um líquido (óleo – base). Consiste de uma mistura de óleo mineral ou sintético (85-90%) e um agente espessante. Pelo menos em 90% das graxas o espessante é um sabão metálico, formado quando um hidróxido metálico reage com um ácido graxo. Os principais tipos de sabão são de cálcio, sódio, lítio e mista (cálcio + lítio). As graxas são mais usadas em temperaturas menores que 90°C, pontos com baixa velocidade e vedação imperfeita. As graxas são classificadas de acordo com a NLGI (Instituto Nacional de Graxa Lubrificante), que baseia a sua classificação pela sua consistência. Os tipos de graxas existentes no mercado são:  000; 00; 0; 1 - São graxas mais fluidas ou “finas” (usadas em pequenas engrenagens).  2; 3 - Usadas em mancais de rolamento. 24  4; 5; 6 - Implementos agrícolas (arados, grades) é uma graxa mais “grossa”. No Brasil, as mais comuns são a NGLI 2 para climas mais quentes e NGLI 3 para climas mais frios. Vantagens do uso da graxa O fato de que os óleos são fluidos e as graxas são semi-sólidas ou sólidas tem importantes conseqüências:  As graxas permanecem melhor nos pontos a serem lubrificados ou protegidos; são menos sensíveis à gravidade, pressão e força centrífuga;  Onde o gotejamento ou esguicho de óleo são indesejáveis, as graxas facilmente podem eliminar esses problemas;  As graxas vedam com mais eficiência do que os óleos;  Elas ajudam a evitar a entrada de água e de poeira abrasiva;  Sob o ponto de vista de projetos de máquinas, a lubrificação por graxa permite a sua simplificação e muitas vezes diminuição do seu peso, o que é muito importante em equipamentos móveis. Desvantagem do uso da graxa  Os óleos são melhores dissipadores de calor e a remoção das graxas usadas requer maior trabalho do que a drenagem dos óleos. 25 MEIOS DE APROVEITAMENTO DE POTÊNCIA DOS TRATORES Os primeiros equipamentos agrícolas utilizavam a potência do ser humano e, durante o período dos séculos 19 e 20, os animais passaram a fornecer a potência requerida para os equipamentos agrícolas. Porém, com a necessidade de otimizar o trabalho agrícola aumentando a produtividade e eficiência e reduzindo os custos, passou-se a utilizar máquinas com potência fornecida por motores de combustão interna. Os tratores são máquinas dotadas de motor de combustão interna de ciclo Diesel ou Otto, e foram projetados para tracionar, transportar e fornecer energia mecânica para movimentar os órgãos ativos de máquinas e implementos agrícolas. São largamente utilizados na agricultura, construção civil e de estradas, e em serviços especializados em projetos industriais, entre outras aplicações. Os meios de aproveitamento de potência dos tratores são: Sistema hidráulico (SH), Barra de tração (BT) e Tomada de potência (TDP). Sistema Hidráulico (SH) Usado para o levantamento e abaixamento de máquinas e implementos, aciona o levante de 3 pontos, controle de ondulação e controle remoto.  Levante de 3 pontos Usado para o acoplamento de implementos ao trator, é constituído de:  1° ponto (braço esquerdo);  2° ponto (braço direito);  3° ponto (braço superior);  Braços intermediários (movimentam o 1° e 2° ponto)  Correntes estabilizadoras. O levante de três pontos possui os comandos de: A - Sistema de levante hidráulico; B – Barra de tração; C – Tomada de potência. 28 LASTROS, BITOLA E PNEUS Lastros O lastreamento dos tratores agrícolas consiste em colocar pesos no trator, com os objetivos de aumentar a estabilidade, a aderência (diminuindo a patinagem) e a capacidade de tração dos tratores (transferência de peso – TP). A transferência de peso é o máximo de peso que pode ser transferido do peso dianteiro estático (PDE) para a força de tração máxima (FTM). onde FTM: Força de tração máxima, kgf; HB: Altura da barra, mm; PTE: Peso dianteiro estático, kgf; PDE: Peso traseiro estático, kgf; TP: Transferência de peso, kgf; DEE: Distância entre eixo, mm. PDE DEE HBFTM TP    %80 Os lastros nos tratores agrícolas podem ser colocados na frente do trator (frontal) e nas laterais (roda traseira do trator). Os lastros somente devem ser utilizados em operações que exigem maior FTM, os tipos de lastros normalmente utilizado nos tratores agrícolas são:  Água: colocada dentro da câmara de ar no interior dos pneus de tração (no máximo 75% do volume de água nos pneus diagonais. Para os pneus radiais somente em caso de extrema necessidade colocar 40% do volume de água); Lastro Lateral Lastro Frontal 29  Ferro fundido: podem ser colocados nos discos das rodas motrizes ou na parte frontal do trator, presos no pára-choque. Lastro com água Lastro de ferro fundido frontal Lastro de ferro fundido na roda traseira Bitola A bitola dos tratores agrícolas é a distância de centro a centro dos pneus dianteiros ou traseiros dos tratores. A finalidade de se regular a bitola é adequar o trator à cultura, ao implemento e à operação. As bitolas podem ser:  Ajustáveis no eixo: a variação da bitola é feita soltando a presilha e prendendo a roda no eixo.  Pré-fixada: obtidas com diferentes posições do disco ou calota.  Servo ajustáveis: o ajuste da bitola é feito soltando as presilhas que prendem a roda ao aro e girando eixo traseiro. Ajustáveis no eixo Pré fixada Servo ajustáveis 30 Exemplo: Um agricultor deseja regular a bitola do seu trator para realizar a implantação da cultura do feijão em sua propriedade. Calcular a bitola desse trator? Dados: Espaçamento entre linha: 0,5 m Bitola = Distância de centro a centro dos pneus do trator Bitola = 0,25 + 0,50 + 0,25 = 1,00 m Pneus Os pneus são os elementos de sustentação dos tratores agrícolas. Os tipos de pneus são radiais e diagonais.  Pneus radiais: possuem as fibras das lonas dispostas perpendicularmente ao sentido de deslocamento do trator. Vantagens: maior área de contato com o solo, menor compactação, maior flutuação e rendimento na tração. Desvantagens: menor estabilidade lateral e maior flexão ao deslocamento lateral.  Pneus Diagonais: as fibras das lonas estão dispostas diagonalmente ao sentido de deslocamento do trator. Vantagens: maior estabilidade lateral e maior resistência à penetração. Bitola 0,5 m 0,5 m 0,5 m 0,25 m 0,25 m 0,25 m 0,25 m 0,25 m 0,25 m 33  Cárter É a parte inferior do bloco, cobrindo os componentes inferiores do motor. Em motores de quatro tempos, tem a função de depósito de óleo lubrificante e nos motores dois tempos, funciona como pré-câmara de admissão.  Cabeçote É o componente que fecha o(s) cilindro(s) formando a câmara de combustão. Nele se localizam as válvulas de admissão e de escape. Em alguns motores mais modernos, a árvore de comando e os acionamentos das válvulas podem estar posicionados no cabeçote. Entre o cabeçote e o bloco do motor é montada uma junta, com a finalidade de garantir a total vedação das câmaras de combustão e vedar as galerias de água e de óleo. O cabeçote pode ser integral, cobrindo todos os cilindros, ou individual, um para cada cilindro. Partes móveis  Pistão ou êmbolo É o órgão do motor que recebe o movimento de impulsão causado pela expansão dos gases resultantes da combustão (movimento retilíneo). Geralmente apresenta três ranhuras perimetrais para colocação dos anéis de 34 segmento, sendo duas para anéis de compressão e uma para anel raspador de óleo. O pistão é geralmente construído de liga de alumínio, bastante resistente ao calor e ao choque, com alguns reforços de aço. O pistão pode ter formato côncavo ou plano, sendo que o formato côncavo deixa a câmara de combustão com maior capacidade volumétrica do que aquela com formato plano.  Anéis de segmento São anéis metálicos secionados com elevada dureza. Os anéis superiores (próximo da cabeça do pistão) são chamados de anéis de vedação ou compressão, pois vedam a passagem dos gases de combustão para o cárter. Os anéis inferiores são anéis raspadores ou de lubrificação e têm a função de raspar o excesso de óleo da parede do cilindro para evitar a queima do mesmo durante a combustão.  Biela É a peça que interliga o pistão (êmbolo) ao eixo virabrequim sendo responsável pela transformação do movimento retilíneo do pistão em movimento circular do eixo virabrequim. Anéis de segmento 35  Casquilhos Têm a função de proteger a árvore da manivelas e as bielas, a árvore de manivelas e o bloco, o eixo comando de válvulas e o cabeçote, do desgaste provocados pela fricção entre os componentes móveis. Funciona como um mancal, Tem uma ranhura para facilitar a lubrificação.  Árvore de manivelas Popularmente conhecida como eixo virabrequim. É o eixo do motor responsável pela transformação do movimento retilíneo do êmbolo em movimento rotativo, é formado pelos munhões (colos fixos), e os moentes (colos móveis), onde trabalham as bielas. Um dos munhões serve de apoio ao deslocamento axial (longitudinal) da árvore de manivelas.  Eixo comando de válvulas ou eixo de ressaltos (cames) Eixo composto por ressaltos que acionam as válvulas de admissão e escape. É movido pela árvore de manivelas através de pares de engrenagens, correntes ou correias dentadas, para prover o sincronismo de movimento entre as abertura e fechamentos das válvulas e o movimento alternativo dos pistões. 38 pressão dentro da câmara de combustão. O excedente de combustível retorna para o filtro.  Tubulação de retorno: envia para o filtro todo o combustível que não foi utilizado na combustão.  Coletor de admissão: envia o ar filtrado para as câmaras de combustão.  Filtro de ar: elimina partículas sólidas (sujeiras) do ar, existem dois tipos: filtro de ar a banho de óleo e seco. 2) Motor a explosão (ciclo Otto) Os motores de ciclo Otto possuem o sistema de alimentação constituído pelo tanque, filtro, bomba alimentadora, injeção eletrônica, tubulações e purificação de ar (filtro). Sistema de ignição (elétrico) Os tratores modernos apresentam vários dispositivos elétrico, tais como, faróis, lanternas de sinalização, motor de partida, velas incandescentes, e inclusive ar condicionado, rádio e limpadores de pára-brisa, no caso de serem equipados com cabines fechadas. Ainda no caso de tratores com motor do ciclo Otto, o sistema de ignição é também acionado eletricamente. 1) Motor a explosão (ciclo Otto) Para obter a centelha de ignição no momento exato em que deverá ocorrer a combustão da mistura ar mais combustível, os motores de ciclo Otto dispõem de um sistema de ignição composto por:  Bateria: transforma energia química em energia elétrica. Armazena a 39 energia elétrica gerada pelo alternador.  Chave de ignição: interrompe ou não a passagem da corrente elétrica para a bobina.  Bobina de ignição: possui um circuito primário e um secundário, que a partir de uma baixa tensão, geralmente 12 V, induz uma alta tensão, da ordem de 20.000 V, que será distribuída para as velas de ignição.  Distribuidor: recebe a alta tensão da bobina e a distribui através do motor para os cilindros (velas).  Vela de ignição: emite a centelha elétrica na cabeça do pistão no momento da combustão.  Ignição elétrica: transforma a corrente contínua (cc.) em corrente alternada (ca.). Sistema de partida dos motores de combustão interna No momento em que a chave é acionada a bateria aciona o motor de partida (ou arrranque). Um pinhão na extremidade do motor de partida desliza sobre a cremalheira do volante do motor, dando início ao funcionamento do motor. Através de polias e correia o motor faz funcionar o gerador (alternador) que por sua vez mantém a bateria carregada. 40 MANEJO DE TRATORES AGRÍCOLAS O manejo dos tratores agrícolas, embora relativamente simples, sempre exige maiores atenções e cuidados do que qualquer outro veículo automotor. O tratorista deve presenciar a entrega da máquina ao comprador para conhecer as características estruturais e funcionais do trator e também para receber orientações técnicas de controle e manutenção. O operador deverá ler com atenção o manual do operador antes de colocar a máquina em movimento. Segurança do operador: Alguns cuidados devem ser tomados pelo tratorista antes de iniciar o trabalho, como:  Acesso ao trator: O acesso ao trator deve sempre ser feito pelo lado esquerdo. Isto se deve ao fato de que os controles do hidráulico e os freios estão localizados no lado direito, evitando assim, encostar acidentalmente nos pedais e alavancas;  Não efetuar mudanças de marchas com o trator em movimento, especialmente em descidas e tracionando cargas elevadas;  Não se deve abastecer o tanque com o motor aquecido, em funcionamento, ou próximo a chamas;  Para completar o nível de água do radiador deve-se desligar o motor ou deixá-lo funcionando em ponto morto;  Nunca se deve engraxar as peças próximas ao motor em funcionamento;  Não ligar o trator em local fechado;  Antes de movimentar o trator, verifique se não há pessoas ou obstáculos próximos;  Ajustar corretamente o assento do trator antes de iniciar os trabalhos para que o operador acesse os controles com maior facilidade, tornando a jornada menos cansativa e mais segura;  Ao fazer o acoplamento do implemento ao trator, deve-se impedir que pessoas fiquem entre as máquinas;  O operador deve segurar firme o volante do trator e jamais dirigir com apenas uma das mãos;  Nunca conduzir o trator em alta velocidade, pois ele foi projetado para trabalhar a baixas velocidades;  Ao utilizar o trator para tracionar carretas com cargas pesadas, mantenha os 43 Vantagens:  Proteção para desgastes e corrosão;  Partida fácil e funcionamento normal;  Bom aspecto geral;  Pronto para realização do trabalho. Resultado da soma dessas vantagens é a economia. A vida útil das máquinas depende da realização da manutenção e do modo de operação. Tipos de manutenção:  Preventiva (cuidados periódicos): Feita periodicamente para que não ocorram deficiências por falta de óleos, graxas, lubrificantes, ajustes e troca de pequenos componentes.  Corretiva: Feito no abrigo das máquinas ou em oficinas com o intuito de corrigir as deficiências apresentadas principalmente na manutenção preventiva.  Preditiva: Feita com o conhecimento do desempenho da máquina. A finalidade é a realização da manutenção assim que a máquina apresente um inicio de defeito. De posse de uma série histórica de dados e aparelhos específicos, pode-se predizer o momento da troca de algum componente, ou algum outro tipo de procedimento a ser executado, evitando assim a quebra do componente e danos maiores. Manutenção preventiva (ou cuidados periódicos)  Cuidados diários = 8 – 10 horas de trabalho.  Cuidados semanais = 50 – 60 horas de trabalho.  Cuidados mensais = 200 – 250 horas de trabalho.  Cuidados semestrais = 500 horas de trabalho  Cuidados anuais = 750 – 1.000 horas de trabalho O proprietário ou o tratorista deve presenciar a entrega da máquina para receber orientações técnicas de controle e manutenção e conhecer as características estruturais e funcionais do trator. Além disso, antes de colocar a máquina em movimento, deverá ler com muita atenção o manual do operador. É importante ter e manter sempre atualizada uma caderneta com informação sobre o estado de manutenção do trator. Para o controle da manutenção: O mais importante é a caderneta de anotações. 44 Exemplo de caderneta de anotações: Marca: ________________________ Código: _______________________ Modelo: _______________________ Número da caderneta: ___________ Data Combustível Lubrificante Serviço Local Hora Cuidado executado Operador OBS Gas. Diesel óleo graxa parcial total CUIDADOS NA MANUTENÇÃO E LUBRIFICAÇÃO (A CADA 10 HORAS)  Motor Que deve ser feito: Verificar o nível de óleo e corrigir se necessário. Nesse utilizar o mesmo tipo de óleo existente. Justificativa: A falta de óleo causa desgaste excessivo do motor e promove o superaquecimento dos componentes. O excesso de óleo prejudica o funcionamento do motor podendo danificar o sistema de vedamento do motor (retentores).  Sistema de purificação de ar Que deve ser feito: Verificar se é necessário realizar a limpeza dos componentes. Nos filtros de ar seco verificar o indicador de restrição (figura abaixo) o filtro deve ser limpo se o indicador estiver "vermelho”, utilizar ar comprimido e verificar se o filtro não apresenta furos. A cada 5 limpezas substituir o elemento filtrante. Nos filtros a óleo verifique a quantidade de impurezas retirada no depósito de óleo, se for necessário proceda a limpeza e a substituição do óleo. Justificativa: As partículas de poeira ou outros abrasivos existentes em suspensão no ar precisam ser separadas do ar que será admitido pelo motor para evitar o desgaste dos componentes do motor.  Pinos de Lubrificação: Que deve ser feito: Proceder a lubrificação à graxa em todos os pinos, até vazar pelas junções das partes móveis. Retirar manualmente o excesso de graxa. 45 Pinos graxeiros Justificativa: Reduzir o atrito entre as partes móveis, prolongando a vida útil dos componentes. Vedar contra a poeira. OBS: Nunca se deve engraxar as peças próximas do motor com ele ligado;  Filtro de combustível e/ou copo de sedimentação: Que deve ser feito: Drenar a água e as impurezas sedimentadas, até que comece a escorrer óleo limpo pelo dreno ou remover o copo e executar a limpeza, nesse caso, verificar o estado dos retentores, se for necessário faça a substituição. Justificativa: O sistema de alimentação de um motor Diesel requer um combustível livre de impurezas para que possa funcionar bem. O copo de sedimentação é responsável pela primeira limpeza do combustível, separando água e as impurezas de maior tamanho.  Radiador: Que deve ser feito: Verificar o nível de água e completar se necessário. Justificativa: A falta de água no radiador prejudica o sistema de arrefecimento do motor, provocando um super aquecimento, que pode levar o motor a fundir. OBS: Para completar o nível da água do radiador deve-se desligar o motor ou deixá-lo funcionando em ponto morto; Para a abertura da tampa do radiador, deve-se primeiro girar a tampa até o primeiro estágio, esperar a saída dos vapores, para posterior abertura do segundo estágio.  Tanque de combustível: Que deve ser feito: Verificar e abastecer após a jornada de trabalho. Verificar o estado do filtro de tela do tanque e substituir se for necessário. Justificativa: Evitar a condensação de umidade no interior do tanque à noite 48 CUIDADOS DE MANUTENÇÃO E LUBRIFICAÇÃO (A CADA 200 HORAS)  Motor: Que deve ser feito: Com o motor aquecido, trocar o óleo lubrificante e o filtro de óleo lubrificante. Justificativa: A substituição do óleo é feita porque a medida em que o motor vai funcionando o óleo vai ficando contaminado e suas propriedades lubrificantes vão diminuindo. O filtro é o elemento responsável por manter o óleo em condições de lubrificação. O motor aquecido favorece o escoamento do óleo por ocasião da troca.  Bomba Injetora: Que deve ser feito: Verificar o nível de óleo e completar se necessário. O item 1 da figura abaixo é o bujão de enchimento e o item 2 é o bujão de nível. Justificativa: Manter as peças em movimento lubrificadas para reduzir o desgaste. CUIDADOS DE MANUTENÇÃO E LUBRIFICAÇÃO (A CADA 400 ou 500 HORAS)  Rodas Dianteiras: Que deve ser feito: Desmontar, limpar e lubrificar com graxa. Verifique se após montada a roda, esta não ficou com folga ou se não ficou muito justa. Justificativa: Prolongar a vida útil dos rolamentos e reduzir o desgaste da manga de eixo.  Radiador: Que deve ser feito: Trocar a água, adicionando um agente anti-ferruginoso. Justificativa: Evitar que o acúmulo de impurezas venha prejudicar o funcionamento do sistema de arrefecimento.  Respiro do motor: Que deve ser feito: Remover a carcaça do respiro e realizar a limpeza utilizando óleo Diesel. Justificativa: Evitar a degradação prematura do óleo lubrificante.  Filtro de combustível: Que deve ser feito: Substituir o elemento filtrante e eliminar o ar do sistema. Solos médios 1 49 Justificativa: Um filtro combustível deficiente acarreta perda de potência e aumento do consumo de combustível, podendo danificar o sistema de injeção.  Bomba alimentadora: Que deve ser feito: Limpar a tela filtrante. Justificativa: Auxiliar a filtragem do combustível e evitar o entupimento do elemento filtrante.  Direção hidrostática: Que deve ser feito: Substituir o fluido e filtro do reservatório. Justificativa: Manter o sistema de direção hidráulica em bom funcionamento.  Motor: Que deve ser feito: Reajustar a folga das válvulas. Testar e regular os bicos injetores. Justificativa: Manter o motor em perfeito funcionamento: Esse serviço de ser executado por oficinas especializadas. CUIDADOS DE MANUTENÇÃO E LUBRIFICAÇÃO (A CADA 750 ou 1000 HORAS)  Sistema de transmissão: Que deve ser feito: Substituir o óleo. Justificativa: O óleo precisa ser substituído periodicamente porque sua capacidade de lubrificação vai se reduzindo com o tempo. Juntamente com o óleo são removidos impurezas que prejudicam o funcionamento dos 50 mecanismos.  Sistema de levantamento hidráulico: Que deve ser feito: Substituir o óleo. Justificativa: O óleo precisa ser substituído periodicamente porque sua capacidade de lubrificação vai se reduzindo com o tempo. Juntamente com o óleo são removidos impurezas que prejudicam o funcionamento dos mecanismos.  Caixa de direção mecânica: Que deve ser feito: Trocar o óleo. Justificativa: O óleo precisa ser substituído periodicamente porque sua capacidade de lubrificação vai se reduzindo com o tempo. Juntamente com o óleo são removidos impurezas que prejudicam o funcionamento dos mecanismos. 53 4) Quanto ao número de órgãos ativos  Monocorpo;  Corpos múltiplos. Monocorpo Corpos múltiplos Regulagens dos tratores agrícolas para operação de aração: 1) Bitola )( cos)(2 aivecaslLB disflLB   onde B = bitola; L = largura de corte do arado; l = largura do pneu; f = folga (10 – 15 cm) 2) Lastros  Frontais (pesos dianteiros);  Água nos pneus;  Contrapeso nas rodas. 3) Acoplamento do arado  1° passo, engate do braço inferior esquerdo;  2° passo, engate do braço superior (3° ponto);  3° passo, engate do braço inferior direito (ajuste na manivela niveladora). Solos duros Solos médios 1 Solos leves escala em mm 54 Regulagens dos arados: 1) Alinhamento do centro de resistência (centralização) A distância dos braços inferiores até as rodas traseiras devem ser iguais (usar as correntes estabilizadoras) ou seja centralizar o corpo do arado em relação ao trator fazendo com que a resultante das forças resistentes (CR) se posicione sobre a linha de tração (LT). 2) Nivelamento do arado O nivelamento longitudinal e transversal do corpo do arado faz com que todos os discos cortem à mesma profundidade.  Longitudinal: A regulagem é feita no 3° ponto do SLH;  Transversal: A regulagem é feita no braço direito e na manivela niveladora do SLH. A regulagem pode ser feita com a uma das rodas do trator dentro do sulco ou colocando um calço sob a roda traseira que irá trabalhar dentro do sulco. Regulagens dos ângulos para os arados de discos 1) Ângulo horizontal Referência: Abertura dos discos.  Maior largura de corte (principalmente para primeiro disco).  Solos argilosos = 42°; Solos médios = 45°; Solos arenosos = 60°. 55 2) Ângulo vertical Referência: Inclinação dos discos.  Maior ângulo menor profundidade de corte.  Solos argilosos = 15°; Solos médios = 18°; Solos arenosos = 22°. Observação:  A largura de corte também pode ser regulada pela posição da barra transversal (tanto para discos quanto para aivecas).  A profundidade de corte também pode ser regulada pela alavanca de profundidade do sistema de levante hidráulico do trator tanto para disco quanto para aivecas. Roda-guia Tem a função de absorver os empuxos laterais (maior estabilidade). Regulagens da roda-guia: - Possui regulagens nos ângulos vertical e horizontal; - Pressão da mola (afeta a profundidade): - Maior pressão menor profundidade (levanta arado); - Menor pressão maior profundidade (afunda o arado). 58 SUBSOLADOR, ESCARIFICADOR E ENXADA ROTATIVA Subsolador O subsolador é um implemento que atua sob a superfície do solo com a função de quebrar camadas compactadas ocasionando: maior infiltração de água, maior aeração, menor escoamento superficial (maior drenagem), maior desenvolvimento do sistema radicular. É uma operação agrícola que deve ser executada somente quando o solo apresentar sinais de compactação. A subsolagem exige: maior potência para tração (30-50 cv por haste), maior consumo de combustível, maior quantidade de hastes.  Partes constituintes: As hastes dos subsoladores podem ser:  Curva;  Parabólica;  Reta inclinada. Curva Parabólica Reta inclinada Escarificador O escarificador é um implemento que substitui os sistemas convencionais de preparo que mobilizam excessivamente o solo por um sistema que provoca uma mínima mobilização do solo deixando o máximo de resíduo na superfície (cultivo mínimo). Muitas vezes este implemento é confundido com o subsolador, mas sua função não é quebrar camadas compactadas e sim preparar o solo. Ponteira, navalha ou bico Haste Chassi Roda de profundidade 59 As hastes dos escarificadores podem ser:  Rígida;  Semi-rígida;  De molas. Rígida Semi-rígida De molas Diferenças entre o subsolador e os escarificadores Subsolador Escarificador Profundidade de trabalho maior de 35 cm menor de 35 cm Número de hastes até 7 hastes mais de 7 hastes Espaço entre hastes maior de 50 cm menor de 50 cm Potência necessária para Tração 30 - 50 cv por haste 10 -15 cv por haste Enxada rotativa A enxada rotativa é um Implemento utilizado para o revolvimento do solo através de pequenas enxadas, movimentadas pela TDP e montadas no sistema de levante hidráulico. Função: preparo ou cultivo do solo (muito utilizada em horticultura). Uma grande vantagem da enxada rotativa é que ela diminui a patinagem dos pneus do trator, pois ela gira no mesmo sentido da roda do trator. 60 Vista frontal da enxada rotativa Vista posterior da enxada rotativa Regulagens do tamanho dos agregados em função do diâmetro dos torrões:  Velocidade do trator: > velocidade do trator, > diâmetro dos agregados;  Altura da placa de impacto: > altura da placa de impacto, > diâmetro dos agregados;  Velocidade do rotor: > velocidade do rotor, < diâmetro dos agregados;  Número de laminas por flange: > número de lâminas por flange, < diâmetro dos agregados. Rotor Eixo cardan ligado a TDP Lâminas ou facas Placa protetora (ou de impacto) Patim (para controle de profundidade) 63 PATINAGEM Patinagem ou deslizamento das rodas motrizes do trator agrícola: A patinagem ou deslizamento das rodas motrizes do trator agrícolas é a diferença entre a rotação das mesmas, com carga e sem carga na barra de tração. É um valor percentual entre os percursos do trator tracionando um implemento e aquele que seria obtido nas mesmas condições, após ter sido desacoplado o implemento. A redução da capacidade operacional, o desgaste do pneu, o aumento do consumo de combustível e a maior compactação do solo são os principais fatores que causam a perda de potência da barra de tração. A patinagem ideal para os pneus diagonais (máxima eficiência de tração) se obtém entre 8 a 12% e para o pneu radial 10 a 15%. A patinagem pode ser medida, em um determinado espaço percorrido pelo trator, demarcado por duas balizas, utilizando uma das duas fórmulas abaixo. O trator deve partir de uma distância mínima que permite atingir a primeira baliza em regime normal de trabalho, a rotação do motor deve ser exatamente a mesma com carga e sem carga. patinagemde Tc TscTc P %100 )(    patinagemde Ncc NscNcc P %100 )(    onde P = patinagem; Tc = tempo medido com carga; Tsc = tempo medido sem carga; Ncc = número de voltas do pneu com carga; Nsc = número de voltas do pneu sem carga. 64 Exemplo: Na determinação da patinagem de um conjunto trator e implemento, obteve-se os seguintes resultados. Determine a patinagem do conjunto mecanizado.  Número de voltas da roda motriz sem carga foi de 15 voltas e tempo de 17,14 segundos,  Número de voltas da roda motriz com carga foi de 17,5 voltas e tempo de 20 segundos. 3,14100 20 )14,1720( 100 )(      Tc TscTc P % %28,14100 5,17 )155,17( 100 )(      Ncc NscNcc P 65 MÁQUINAS PARA PLANTIO Existe muita confusão em torno do termo adequado para caracterizar as máquinas destinadas à semeadura de diferentes culturas. É muito comum na prática a utilização dos termos semeadeiras, plantadeiras e etc. Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) deve ser utilizada a seguinte terminologia para a designação das máquinas:  Semeadora - adubadora: São máquinas que dosam e colocam sementes e adubos no solo.  Plantadora - adubadora: São máquinas que dosam e colocam no solo partes vegetativas no solo das culturas a serem implantadas, como tubérculos (batatas), colmos (cana-de- açúcar) e bulbos (alho).  Transplantadora - adubadora: São máquinas que dosam e colocam no solo plântulas ou mudas, como arroz, alface, eucalipto. As principais partes constituintes de uma máquina de plantio são os órgãos de sustentação e movimentação, órgãos distribuidores, órgãos plantadores, órgãos acessórios e marcadores de linha.  Órgãos de sustentação e movimentação: Constituído pela armação (chassi), rodas (transmissão e compactação), transmissão (correntes e rodas dentadas).  Órgãos distribuidores: Constituído pelo depósito, distribuidores (prato, disco e anel) e condutores. 68 144,3704,136  mgQc onde Qc = quantidade de adubo corrigida (g m- 1); Qm = quantidade de adubo por metro linear (g m -1); Tipo de roda Patinagem (%) Borracha lisa 8 Borracha ranhurada 4 Ferro liso 12 d) Quantidade de adubo aplicado por volta da roda motriz (Qv). mQQ cv Pr onde Qv = quantidade de adubo aplicado por volta (g volta -1); Qc = quantidade de adubo corrigido (g m -1); Prm = perímetro da roda motriz (m volta-1). mDm 198,27,014,3Pr  13,82198,244,37  voltagQv Para se obter esta quantidade basta girar a roda (por exemplo, 10 voltas) e pesar o adubo que caiu (neste caso 823 g por 10 voltas). 2) Determinar a quantidade e o espaçamento entre sementes. Dados: População desejada (estande) = 60.000 plantas hectare-1; Espaçamento = 0,90 m Poder germinativo (G) = 90 % Pureza das sementes (P) = 98 % Índice de sobrevivência (V) = 90 % Capacidade de enchimento do disco (C) = 90 % Patinagem (Pt) = 4 % 69 a) Número de sementes por ha (NS): VPG dees NS   tan 9,098,09,0 000.60  NS b) Número de sementes por metro linear (NSM): L NS NSM  onde NS = número de sementes por hectare; L = distância percorrida por 1,0 ha (m ha-1) 111,111.11 9,0 000.10000.10  ham E L 18,6 11,111.11 585.75  msementesNSM c) Espaçamento entre sementes (EES): PtC NSM EES  1 1127,096,09,0 8,6 1  sementesmEES 17,12  sementescmEES Exemplo: 70 Determinar o número de furos do disco dosador de sementes considerando o espaçamento entre sementes de 12,7 cm sementes-1. Dados: Número de dentes da coroa = 32 Número de dentes do pinhão = 18 Número de dentes da roda dentada 1 (RD1) = 7 Número de dentes da roda dentada 2 (RD2) = 15 Perímetro da roda motriz (Prm)= 219,8 cm discodofurosdenúmero m RDdadentesdenúmero RDdadentesdenúmero pinhão coroa EES Pr 2 1  NF EES 8,219 15 7 18 32  NF 8,219 15 7 18 32 7,12  furosNF 15 73  Cone vazio (oco):  Alvos tridimensionais, atingindo a lateral e a parte superior da planta;  Aplicação de inseticidas, fungicidas;  Pressão: 3 a 7 bar.  Cone cheio:  Gotas distribuídas espacialmente;  Aplicação de herbicidas sobre solo e sistêmicos;  Pressão: 1 a 3 bar. Calibração dos aplicadores tratorizados Antes da calibração de qualquer pulverizador, deverão ser verificados os seguintes itens:  A limpeza dos filtros;  As mangueiras não podem estar furadas ou dobradas;  Não ocorrência de vazamentos na bomba;  Os bicos devem ser do mesmo tipo, não podem estar gastos e os filtros devem ser limpos.  Calibração do pulverizador de barra: 74 1 - Marque um percurso de 30 a 50 metros no terreno a ser tratado; 2 - Escolha a marcha de trabalho, a velocidade deverá ser de 4 a 6 km h -1; 3 - Ligue a tomada de força; 4 - Acelere o motor até a rotação correspondente a 540 rpm na tomada de força; 5 - Inicie o movimento do trator no mínimo 5 metros antes do ponto marcado; 7 - Anote o tempo que o trator gasta para percorrer o percurso; 8 - Em terrenos de topografia irregular, repita a operação várias vezes e tire a média; 9 - Com o trator parado na aceleração utilizada para percorrer o percurso, abra os bicos e regule a pressão de acordo com a recomendada para os diferentes tipos de bicos; 10 - Colete o volume do bico no tempo igual ao gasto para percorrer o percurso; 11 - Repita essa operação em diversos bicos para obter uma média do volume; 12 – Calcule o volume aplicado, utilizando a fórmula; fv q Q    600 onde Q = volume de aplicação (L ha-1); q = vazão (L min-1); v = velocidade de trabalho (km h-1); f = faixa de aplicação (m).  Calibração do atomizador tipo cortina de ar: 1 - Marque 100 plantas; 2 - Abasteça completamente o pulverizador. 3 - Escolha a marcha de trabalho, a velocidade deverá ser de 4 a 6 km h-1; 4 - Ligue a tomada de força. 5 - Acelere o motor até a rotação correspondente a 540 rpm na tomada de força. 6 - Inicie o movimento do trator no mínimo 5 plantas antes do ponto marcado; 75 7 - Pulverize as 100 plantas marcadas; 8 - Complete o tanque e meça o volume gasto em litros. Para medidas precisas, o pulverizador deve estar na mesma posição antes e depois da operação. 9 - Calcule o volume de pulverização em litros 100 covas-1, através da seguinte fórmula: 10 volQ onde Q = volume de pulverização (L 1.000 plantas-1); vol = volume gasto em (L).  Calibração do atomizador tipo canhão de ar: 1 - Marque 50 metros na área que vai ser pulverizada; 2 - Encha o tanque completamente; 3 - Escolha a marcha de trabalho, a velocidade deverá ser de 4 a 6 km h-1 4 - Ligue a tomada de força; 5 - Acelere o motor até a rotação correspondente a 540 rpm na tomada de força; 6 - Inicie o movimento do trator no mínimo 5 metros antes do ponto marcado. 7 - Pulverize os 50 metros marcados; 8 - Meça ao mesmo tempo a faixa de aplicação (f); 78 MÁQUINAS COLHEDORAS DE CEREAIS A colheita é a última operação realizada no campo, no processo de produção agrícola. Com o aumento da população e a necessidade de se produzir mais alimentos, as operações de colheita manual começaram a ser mecanizadas. As colhedoras são máquinas complexas e exigem cuidados quanto à regulagem adequada, operação e manutenção. A colhedora combinada de cereal realiza as etapas de corte, alimentação, trilha, separação e limpeza. Partes constituintes de uma colhedora de cereais 79 Molinete 1. Separador 20 . Peneira inferior 2. Molinete 21 . Ventilador 3. Barra de corte 22 . Sem-fim de retorno 4. Condutor helicoidal 23 . Calha do sem-fim de retorno 5. Calha do condutor helicoidal 24 . Elevador de retorno 6. Esteira transportadora 25 . Sem-fim de grãos 7. Talistas 26 . Calha do sem-fim de grãos 8. Batedor alimentador 27 . Elevador de grãos 9. Batedor espalhador 28 . Caracol de alimentação 10. Cilindro trilhador 29 . Reservatório de grãos 11. Côncavo 30 . Tubo de descarga 12. Prolongação do côncavo 31 . Plataforma de ensacar (opcional) 13. Saca-palhas 32 . Plataforma de comando 14. Cortina 33 . Cabina de comando 15. Agitador de palha 34 . Espalhador de palha 16. Bandeja de grãos do saca-palhas 35 . Picador de palha 17. Bandeja de grãos do côncavo 36 . Traseira da colhedora 18. Peneira superior 37 . Extensão das peneiras 19. Peneira intermediária Função das partes constituintes da colhedora:  Separador Os separadores são localizados nas extremidades laterais da plataforma e são muito importantes, principalmente em culturas acamadas, entrelaçadas ou com excesso de plantas daninhas, uma vez que separam a faixa a ser cortada, evitando perdas na operação de corte.  Molinete O molinete tem por finalidade orientar as plantas que serão cortadas em direção à barra de corte, de forma que estas imediatamente após o corte sejam empurradas para a região de ação do condutor helicoidal.  Condutor helicoidal Separadores 80 O condutor helicoidal é constituído por um cilindro que se estende por toda a largura da barra de corte, dividido em três secções, sendo duas secções laterais dispostas de flanges helicoidais, conduzindo o material para o centro do condutor e a secção central disposta de dedos retráteis reguláveis para o controle da quantidade de material a ser alimentado na esteira transportadora.  Esteira transportadora A esteira transportadora levará o material a ser trilhado para o conjunto cilindro trilhador e côncavo, onde a trilha é efetuada.  Cilindro trilhador e côncavo O cilindro trilhador remove das sementes dos cachos ou vagens, friccionando ou batendo o material colhido contra o côncavo.  Prolongação do côncavo A prolongação do côncavo tem a função de guiar o material que não foi 83 PERDAS NA COLHEITA DE GRÃOS As perdas quantitativas são divididas em perdas de pré-colheita, perdas na plataforma de corte, perdas nos mecanismos internos da colhedora (sistema de trilha e de separação). Determinação da perda na colheita: 1° Passo: Determinar o rendimento da lavoura Para determinar o rendimento da lavoura, o tanque graneleiro, o sistema de elevador e o parafuso sem-fim da colhedora devem estar vazio; a) colher uma amostra de 100 m2, onde Y corresponde a largura da plataforma de corte, conforme apresentado na figura abaixo; Y 100 m2 b) Coloque um saco de aniagem na entrada de grãos do tanque graneleiro, de modo a coletar os grãos colhidos; c) Pese os grãos; d) Rendimento (R) da lavoura é dado pela fórmula: Y X 84 12100  hakgmamostradapesoR 2° Passo: Determinar as perdas na pré-colheita a) Construir um medidor com barbante em forma de retângulo, que tenha um dos lados (A) igual à largura da plataforma de corte, o outro lado (B) deverá ter comprimento tal que a área do retângulo seja de um metro quadrado. b) Antes de iniciar a colheita, a armação deverá ser colocada no sentido transversal ao plantio das linhas; c) Serão contados os grãos soltos e os que estão nas espigas ou vagens caídas, encontrados dentro da armação. Os grãos encontrados deverão ser pesados e as perdas de pré-colheita determinadas de acordo com a equação. onde PN –Perdas de pré – colheita ou naturais, kg ha-1; M1 – Massa de grãos dentro da armação na pré - colheita, kg; A – Área da armação, m2. 3° Passo: Determinar as perdas na plataforma de corte a) A colhedora deverá percorrer 10 metros em regime constante de operação antes e 10 metros após a faixa de medição deverá parar mantendo seus mecanismos em funcionamento até que toda a palha tenha saído da mesma; b) Após toda a eliminação da palha, a colhedora percorrerá uma distância igual ao seu comprimento, em marcha ré. c) Deverá ser colocada uma armação a sua frente, e serão recolhidos todos os grãos que estiverem em seu interior, estando soltos ou presos a espigas ou vagens, conforme ilustrado na figura. B A 1 m2 000.101        A M PN 85 Os grãos encontrados dentro da armação deverão ser pesados e a determinação das perdas na plataforma de corte será realizada de acordo com a equação: 000.1012         A MM PPC onde PPC – Perdas na plataforma de colheita, kg ha-1; M1 – Massa de grãos dentro da armação na Pré – Colheita, kg; M2 – Massa de grãos dentro da armação na Plataforma de Corte, kg; A – Área da armação, m2. 4° Passo: Determinar as perdas nos mecanismos internos  Perdas no sistema de trilha a) Colocar a armação atrás da colhedora e coletar os grãos não trilhados, ou seja, todos aqueles ainda em conjunto com pedaços de sabugo ou dentro da vagem. b) Os grãos não trilhados encontrados dentro da armação deverão ser pesados e a determinação das perdas no sistema de trilha deverá ser realizada de acordo com a equação: 000.103        A M PST
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