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Urina - Apostilas - Farmácia, Notas de estudo de Farmácia

Apostilas de Farmácia sobre o estudo da Urina, Formação da urina, Exame de Rotina da Urina, Urina de 24 Horas.

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 04/04/2013

Aquarela
Aquarela 🇧🇷

4.5

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Baixe Urina - Apostilas - Farmácia e outras Notas de estudo em PDF para Farmácia, somente na Docsity! INTRODUÇÃO É a análise da urina com fins de diagnóstico ou prognóstico de estados fisilógicos ou patológicos. Consiste em uma subespecialidade da Patologia clínica. A análise da urina é um dos métodos mais comuns de diagnóstico médico. Já no tempo de Galeno (século II DC) se praticava a uroscopia, que consistia na prática de se examinar a urina de um paciente em busca de sinais diagnósticos. A urina é um material de coleta simples, não invasiva e indolor, e seu exame fornece importantes informações tanto do sistema urinário como do metabolismo e de outras partes do corpo. O laboratório moderno dispõe de modernos instrumentos e metodologias, capazes de diagnósticos complexos de estados fisiológicos e patológicos através da urinálise, desde o diagnóstico da gravidez até o diagnóstico e acompanhamento de doenças urológicas e sistêmicas. Dentre os exames mais comuns realizados na urina estão:  Exame de rotina de urina, também designado urinálise, uranálise, EAS.  Bacterioscopia e Urocultura.  Teste de gravidez na urina.  Clearence de Creatinina ou Depuração de creatinina.  Dosagem do Ácido Vanil-Mandélico (VMA).  Triagem para doenças metabólicas herdadas.  Dosagens bioquímicas como: sódio, potássio, glicose, proteínas, microalbuminúria, cálcio, fósforo etc.  Toxicologia e análise forense. Formação da urina A unidade funcional do rim é o néfron, formado pelo glomérulo, pela alça descendente e ascendente de Henle e pelos túbulos contorcidos distal e proximal, os quais terminam nos ductos coletores. Cada porção do néfron tem uma função na formação da urina. A cada minuto, o rim normal é perfundido por cerca de 1.200 mL de sangue, a partir dos quais são produzidos de 1 a 2ml de urina. O sangue é inicialmente filtrado na cápsula de Bowman (componente do glomérulo), gerando um ultrafiltrado (volume aproximado: 1,80 L a cada 24 horas) que passará pelos túbulos contorcidos e pela alça de Henle, terminando nos túbulos coletores. O sangue penetra nos rins através da artéria renal, entrando no glomérulo através da arteríola aferente e subsequentemente deixando o néfron pela artéríola eferente. Através de alterações no seu diâmetro, estas arteríolas regulam a quantidade de sangue que é filtrada a cada momento (aumentando ou diminuindo a pressão hidrostática nos capilares glomerulares). Na cápsula de Bowman dos glomérulos (que consistem basicamente em capilares espiralados e um espaço virtual, que recebe o ultrafiltrado), são filtradas para a urina as substâncias dissolvidas no plasma com peso molecular inferior a 70.000 D. A cada minuto, cerca de 120 mL de água contendo substâncias de baixo peso molecular são filtradas através deste sistema. Aí o filtrado deve passar por três camadas filtrantes: a membrana das paredes capilares (cujas células contém poros especiais, sendo denominadas fenestradas), a membrana basal, e o epitélio visceral da cápsula de Bowmann. O Fluxo de sangue através dos rins sofre influência do sistema renina-angiotensina-aldosterona. Quando os níveis de pressão sanguínea declinam, a renina (enzima produzida nos rins) provoca a produção de aldosterona, a qual aumenta a reabsorção de sódio e água. O oposto ocorre com a elevação da pressão. Esse sistema é um importante determinante da pressão arterial. Distúrbios neste sistema podem estar relacionados com a gênese da Hipertensão arterial. No túbulo contorcido proximal, é realizada a reabsorção de substâncias essenciais e água, através de transporte ativo e passivo. No transporte ativo --- responsável pela reabsorção de glicose, aminoácidos e sais ---, proteínas transportadoras ligam-se às substâncias reabsorvidas, transferindo-as através das membranas celulares de volta ao sangue. No transporte passivo, as substâncias fluem através das membranas em resultado das diferenças de concentração e/ou cargas elétricas presentes nas soluções em cada lado da membrana. A reabsorção de água ocorre em todas as partes do néfron, excetuada a alça ascendente de Henle. A uréia é reabsorvida passivameene no túbulo contorcido proximal e na alça ascendente de Henle; o sódio (Na+) acompanha o transporte ativo do cloreto (Cl-, de carga elétrica oposta) que se realiza na alça ascendente de Henle. É este transporte ativo de íons efetuado pelas células da Alça de Henle o responsável pela concentração da urina, pois à medida em que o ultrafiltrado progride, forma-se --- por um mecanismo de contra-corrente --- um gradiente de concentração de sal, com concentração máxima no fundo da alça de Henle. A concentração do filtrado, dependente deste gradiente formado, começa no fim do túbulo contorcido distal e temina no ducto coletor. A permeabilidade de ambos à água é controlada pelo hormônio aldosterona, que, quando presente, torna as suas paredes permeáveis à água. Prosseguindo através do túbulo contorcido distal, e antes de atingir o tubo coletor, o filtrado sofre reabsorção adicional de sódio (sob o controle da aldosterona) antes que o fluido seja entregue aos túbulos coletores para a concentração final. Outro fenômeno que ocorre no néfron é a reabsorção tubular. Esta permite a eliminação de resíduos não filtrados pelo glomérulo e a regulação do equilíbrio ácido-básico do organismo, através da secreção de íons H+. Muitas substâncias ligadas às proteínas (como medicamentos) não podem ser filtradas pelos glomérulos, mas apresentam afinidade pelas células dos capilares tubulares, e são aí transportadas para o filtrado através destas. Os íons bicarbonato (HCO³-) são fundamentais à manutenção do pH sanguíneo. Estes íons são livremente filtrados, e devem ser reabsorvidos, o que ocorre principalmente no túbulo cotornado proximal. Íons H+ em excesso devem ser excretados. Sua excreção se dá quando ligados a íons fosfato filtrados e não reabsorvidos e também ligados dos à Amônia (NH3), formando o íon amônio (NH4+), o qual é excretado. O íon potássio(K+ Análise Clínica Para a análise clínica da urina, é extremamente importante garantir coleta adequada e conservação. Cada exame realizado na urina requer uma série de cuidados especiais, devendo sempre ser seguidas as orientações do laboratório. ), filtrado livremente, é de importância na condução nervosa, contração muscular e na função cardíaca. Desequilíbrio na sua concentração pode ter conseqüências graves como a parada cardíaca. Cerca de 65% do potássio filtrado são reabsorvidos no túbulo proximal, outros 20 a 30% na alça de Henle. Esses quatro últimos processos ocorrem simultaneamente, sendo sua velocidade determinada pelo equilíbrio ácido-básico do organismo. Dos tubos coletores a urina já formada prossegue até o ureter, chegando à Bexiga, de onde é eliminada pela micção. Exame de Rotina da Urina O exame mais comumente realizado na urina é denominado Exame de Rotina da Urina, também conhecido como EAS. Para a realização do EAS é necessária a coleta de urina de jato médio, efetuada após rigorosa higiene dos genitais. A urina de jato médio é colhida desprezando-se a parte inicial da micção, preenchendo-se o coletor e desprezando-se o restante. Esse procedimento visa a eliminar resíduos e bactérias eventualmente presentes na urina. Coletores limpos de boca larga devem sr utilizados, estando disponíveis em farmácias e laboratórios clínicos. O ideal é a coleta da primeira urina da manhã, efetuada de preferência no próprio laboratório. A urina pode ser coletada também por sondagem uretral ou punção suprapúbica, em casos especiais. Colhida desta maneira, a urina do paciente normal é um líquido estéril. O EAS é um exame complexo, constituindo-se de pelo dos seguintes procedimentos: 1. Avaliação da cor (normalmente amarela ou amarela clara) e do aspecto (límpido ou turvo) são determinados por observação direta; neste mesmo momento, pode-se atentar e registrar eventuais odores anormais. Urina de 24 Horas Em determinadas circunstâncias, é necessária a coleta de toda a urina emitida durante um dia. Isto acontece, por exemplo, quando se deseja avaliar a função de filtração urinária através da Depuração da Creatinina, ou quando se deseja avaliar a excreção urinária de certos metabólitos de importância clínica, como o Ácido Vanil-Mandélico (sua dosagem urinária é importante na avaliação de causas de Hipertensão arterial). Nessas circunstâncias, é importante a coleta durante um período de 24 horas, seja devido a variações nos parâmetros das análises produzidas pelo ritmo circadiano, seja para aumentar a precisão das determinações. Para a coleta de urina de 24 horas, deve-se seguir com critério o procedimento descrito abaixo: 1. Em alguns casos, pode ser necessária uma dieta específica no período que antecede e/ou durante o período de coleta. 2. Normalmente, deve ser utilizado coletor (garrafa) fornecido pelo laboratório de análise. 1. Deve-se ter atenção ao fato de que algumas análises requerem o uso de coletor conendo substâncias conservantes. Estes coletores deverão ser utilizados conforme orientações feitas pelo pessoal especializado do laboratório. 2. No caso da determinação do Ácido Vanil-mandélico, o conservante utilizado é o Ácido Clorídiroco, o qual deve ser manuseado com cuidado, por ser uma substância de poder corrosivo; assim, deve ser evitado o contacto direto com a pele e a mucosas. 3. Marcar o horário para o início da coleta; este horário deve ser o mesmo, no dia seguinte, marcado para o final da coleta; 4. Esvaziar a bexiga neste horário, desprezando-se integralmente a primeira micção; 5. Colher com cuidado o conteúdo integral de todas as micções realizadas a partir deste horário, inclusive a primeira micção efetuada no horário marcado como final. 6. Entre as coletas, a urina deve ser armazenada em geladeira, de maneira a se evitar o crescimento bacteriano em seu interior, com metabolismo das substâncias que se deseja dosar; 7. Não se deve ingerir bebidas alcoólicas durante o período de coleta; 8. A urina deve ser encaminhada prontamente ao laboratório, e mantida refrigerada até o momento de entrega. 9. Ao chegar ao laboratório, o volume total da urina será determinado, e após completa homogeneização, uma amostra adequada será reservada para as análises. Função renal A principal e mais conhecida função renal á a excreção de substâncias tóxicas, mas os rins também desempenham outras funções, tais como regulatória e endócrina. Abaixo estão listadas as principais funções renais:  Eliminar substâncias tóxicas oriundas do metabolismo, como por exemplo, a uréia e creatinina;  Manter o equilíbrio de eletrólitos no corpo humano, tais como: sódio, potássio, cálcio, magnésio, fósforo, bicarbonato, hidrogênio, cloro e outras;  Regular o equilíbrio ácido-básico, mantendo constante o pH sanguíneo;  Regular a osmolaridade e volume de líquido corporal eliminando o excesso de água do organismo;  Excreção de substâncias exógenas como por exemplo medicações e antibióticos;  Produção de hormônios: Eritropoetina (estimula a produção de hemácias), renina (eleva a pressão arterial), vitamina D (atua no metabolismo ósseo e regula a concentração de cácio e fósforo no organismo), cininas e prostaglandinas.  Produção de urina para exercer suas funções excretórias. Na medicina utiliza-se a medição do clearance de creatinina como exame para avaliar a função renal. Para isso, o paciente deve guardar toda a urina produzida em 24 horas, na qual será dosada a creatinina urinária e comparada com a creatinina do sangue, obtendo-se então o valor do clearance de creatinina. A função do rim: O rim é o órgão responsável pela filtragem do sangue, retirando do sangue a uréia, o ácido úrico, o fósforo e o hidrogênio. Além disso, reabsorve albumina, sódio, potássio e cálcio. O rim também é responsável pela produção dos seguintes hormônios: • Eritropoietina - estimula a produção de glóbulos vermelhos • Sistema renina angiotensina aldosterona- Aumenta a pressão arterial • Calcitriol - Vitamina D ativada, aumentando o cálcio dos ossos Insuficiência renal A insuficiência renal é a falência do rim, é a impossibilidade de realizar suas funções de maneira satisfatória. A insuficiência renal é classificada em aguda e crônica. Aguda é quando esta insuficiência é instalada em horas ou no máximo poucos dias. Uma insuficiência renal aguda pode progredir para crônica ou melhorar, mas a insuficiência renal crônica pode ir se instalando aos poucos, piorando gradativamente o quadro renal, sem nunca ter passado pela forma aguda. A insuficiêmcia renal crônica é a considerada não reversível, restando no fim apenas a hemodiálise e transplante renal. A insuficiência renal aguda é classificada em "Pré renal", "Renal" e "Pós renal". A insuficiência renal aguda pré renal é aquela que ocorre porque o sangue não chega com volume suficiente no rim. Isto pode ocorrer por choque não tratado adequadamente, ficando o rim muito tempo com baixo fluxo sanguíneo.O melhor tratamento nestes casos é geralmente a reposição de volume com soluções salinas.Geralmente ocorre por queda do LEC(liquido extracelular) que é sinalizado por queda do pulso venoso jugular e pressao sanguinea.Um aumento do LEC também pode causar IRA desde que esteja associado com diminuiçao do volume sanguineo absoluto. O tipo pós renal ocorre quando há uma obstrução na saída da urina, como uma sonda vesical mal posicionada, um cálculo renal obstruindo o ureter ou uma ligadura cirurgica do ureter. As causas renais são aquelas em que a doença está no próprio rim. As principais causas são: • Glomerulonefrites Crônicas • Pielonefrites crônicas (infecção do rim) • Nefropatias de origem genética como rins policísticos • Nefropatia causada pelo diabetes mellitus • Nefropatia causada por tocicidade medicamentosa • Nefropatia causadas por alterações na artéria renal A principal causa de de insuficiencia do parênquima renal é a necrose tubular aguda(NTA) resultante de um ataque isquêmico ou nefrotoxico.Seu diagnóstico é feito através da exclusao de outras patologias como a glomerulonefrite,vasculites etc. Aproximadamente 180 litros de sangue são filtrados e refiltrados pelos rins todos os dias. Em situações normais o rim produz cerca de 1,2 litro de urina por dia, podendo produzir mais caso haja ingestão de muito liquido e menos caso haja restrição hídricas nsuficincia Renal Aguda (IRA) é a perda rápida de função renal devido a dano aos rins, ultando em retenção de produtos de degradação nitrogenados (uréia e creatinina) e não-nitrogenados, que são normalmente excretados pelo rim. Dependendo da severidade e da duração da disfunção renal, este acúmulo é acompanhado por distúrbios metabólicos, tais como acidose metabólica (acidificação do sangue) e hipercalemia (níveis elevados de potássio), mudanças no balanço hídrico corpóreo e efeitos em outros órgãos e sistemas. Pode ser caracterizada por oligúria ou por anúria (diminuição ou parada de produção de urina). Causas Insuficiência renal, se crônica ou aguda, é usualmente classificada, de acordo com as suas causas, em pré- renal, renal and pós-renal: • Pré-renal (causas relacionadas ao suprimento ou fluxo sanguíneo): o hipotensão (fluxo sanguíneo diminuído), habitualmente por choque ou desidratação e perda de líquido, ataque cardíaco; o problemas vasculares, tais como doença ateroembólica e trombose da veia renal (que em parte pode ser secundária à perda de fatores de coagulação devido à disfunção renal); • Renal (dano ao rim propriamente dito): o infecção; o toxinas ou medicamentos (por exemplo, alguns antiinflamatórios não-esteroidais (AINHs), antibióticos aminoglicosídeos, anfotericina B, contrastes iodados, lítio); o rabdomiólise (destruição de tecido muscular) - a conseqüente liberação de mioglobina no sangue afeta o rim; pode ser causada por injúria (especialmente injúria por esmagamento e trauma fechado extenso), estatinas, MDMA (ecstasy) e algumas outras drogas; o hemólise (destruição de glóbulos vermelhos) – a hemoglobina danifica os túbulos; pode ser causada por várias condições, tais como anemia falciforme e lupus eritematoso o mieloma múltiplo, quer por hipercalcemia ou por "nefropatia de deposição" (mieloma múltiplo também pode determinar insuficiência renal crônica, por outro mecanismo); o hiperparatireoidismo primário em razão da hipercalcemia; • Pós-renal (causas no trato urinário): o retenção urinária (como um efeito colateral de medicamentos ou devido à hipertrofi prostática benigna, cálculos renais); o pielonefrite; o obstrução devido a neoplasias abdominais (câncer ovariano, câncer colo-retal). Diagnóstico A Insuficiência Renal é geralmente diagnosticada quando os testes de creatinina e de nitrogênio uréico sanguíneo estão marcadamente elevados em um paciente enfermo, especialmente quando oligúria estiver presente. Medidas prévias da função renal podem oferecer comparação, que é especialmente importante caso um paciente for sabidamente portador de insuficiência renal crônica. Se a causa não for aparente, uma bateria de exames de sangue e a análise de uma amostra de urina são tipicamente realizadas para se elucidar a causa de falência renal aguda. Os exames de sangue geralmente incluem provas de função hepática, eletrólitos, cálcio, magnésio, desidrogenase láctica (DHL), creatinoquinase (CK ou CPK), estudos de coagulação e um perfil imunológico básico. Uma radiografia de tórax, geralmente solicitada e um estudo ultrassonográfico do trato urinário é essencial, para se afastar causa obstrutiva. Critérios de consenso para o diagnóstico de IRA são: • Risco: creatinina sérica aumentada uma vez e meia o valor prévio ou a produção de débito urinário, em seis horas, de menos de 0.5 ml/kg de peso corpóreo; • Injúria: creatinina sérica aumentada duas vezes o valor prévio ou a produção de débito urinário, em doze horas, de menos de 0.5 ml/kg de peso corpóreo; • Falência: creatinina sérica aumentada três vezes ou débito urinário abaixo de 0.3 ml/kg, em vinte e quatro horas; • Perda: IRA persistente ou mais de quatro semanas de perda completa da função renal; • Insuficiência Renal estágio terminal: doença renal em estágio final, com mais de três meses (tratada como doença renal crônica). Biópsia renal não é tipicamente realizada em insuficiência renal aguda, a menos que a causa permaneça obscura após extensa investigação ou quando há várias possibilidades diagnósticas, onde as propostas terapêuticas seriam diferentes. Insuficiência renal crônica é a síndrome metabólica decorrente da perda progressiva, irreversível e geralmente lenta da função dos rins (glomerular, tubular e endócrina). Avaliação da função renal Uma boa maneira para avaliar a função renal é através da estimativa da filtração glomerular (FG) pela medida da depuração de creatinina, a qual constitui um bom índice da função renal e deve ser utilizada para o diagnóstico de insuficiência renal crônica. A mensuração da filtração glomerular através Exemplo: Uma pessoa possui uma concentração de creatinina plasmática de 0,01 mg/ml e em uma hora excreta 75 mg de creatinina na urina. A TFG é calculada como M/P (onde M é a massa de creatinina excretada por unidade de tempo e P é a concentração plasmática de creatinina). [editar] A fórmula de Cockcroft-Gault pode ser usada para calcular a depuração plasmática de creatinina estimada, que por sua vez faz uma estimativa da TFG: Estimativa usando a fórmula de Cockcroft-Gault [1] [editar] A fórmula MDRD estima a TFG usando a creatinina sérica e a idade. Um multiplicador é usado para ajustar a estimativa de acordo com a raça e gênero. TFG = 186 * creatinina_sérica Fórmula MDRD -1.154 * idade-0.203 • 1,21 para negros * multiplicador O multiplicador pode valer: • 0,742 para mulheres não-negras • 1 para todas outras pessoas [editar] Também é teoricamente possível calcular a TFG através da Cálculo usando a equação de Starling equação de Starling.[2] Jv = Kf([Pc − Pi] − σ[πc − πi]) A equação é usada tanto para aferição do fluxo sanguíneo capilar, quando para o específico do glomérulo: Uso geral Uso glomerular Significado da variável Relação com a TFG Descrição Pc Pgc Pressão hidrostática capilar Direta Aumentada pela dilatação da arteríola aferente ou constrição da arteríola eferente Pi Pbs Pressão hidrostática intersticial Inversa πc πgc Pressão oncótica Inversa Diminuída por síndrome nefrótica capilar πi πbs Pressão oncótica intersticial Direta Kf Kf Coeficiente de filtração Direta Aumentado por inflamação σ σ Reflection coefficient Inversa Jv TFG net filtration n/a Note that ([Pc − Pi] − σ[πc − πi]) is the net driving force, and therefore the net filtration is proportional to the net driving force. Não prática, não é possível identificar os valores necessários para esta equação, porém a equação ainda é útil para entender os fatores que afetam a filtração glomerular. [editar] As faixas normais para a TFG, ajustadas para a área de superfície corporal, são: Valores normais [3] • Homens: 70 ± 14 mL/min/m2 • Mulheres: 60 ± 10 mL/min/m 2 Diabetes insipidus A diabetes insipidus (DI) é uma doença caracterizada pela sede pronunciada e pela excreção de grandes quantidades de urina muito diluída. Esta diluição não diminui quando a ingestão de líquidos é reduzida. Isto denota a incapacidade renal de concentrar a urina. A DI é ocasionada pela deficiência do hormônio antidiurético (vasopressina) ou pela insensibilidade dos rins a este hormônio. O hormônio diurético é produzido normalmente no hipotálamo do cérebro e libertado pela neuro-hipófise. Ele controla o modo como os rins removem, filtram e reabsorvem fluidos dentro da corrente sanguínea. Quando ocorre a falta desse hormônio (ou quando os rins não podem responder ao hormônio) os fluidos passam pelos rins e se perdem por meio da micção. Assim, uma pessoa com diabetes insípido precisa ingerir grande quantidade de água em resposta à sede extrema para compensar a perda de água. O fígado é a maior glândula do corpo humano e se localiza no canto direito superior do abdómen, sob o diafragma. Seu peso aproximado é cerca de 1,5 kg no homem adulto e um pouco menos na mulher. Em crianças é proporcionalmente maior, pois constitui 1/20 do peso total de um recém nascido. Na primeira infância é um órgão tão grande, que pode ser sentido abaixo da margem inferior das costelas, ao lado direito. Funciona como glândula exócrina, isto é, libera secreções em sistema de canais que se abrem numa superfície externa. Atua também como glândula endócrina, uma vez que também libera substâncias no sangue ou nos vasos linfáticos Em algumas espécies Funções animais o metabolismo alcança a atividade máxima logo depois da alimentação; isto lhes diminui a capacidade de reação a estímulos externos. Noutras espécies, o controle metabólico é estacionário, sem diminuição desta reação. A diferença é determinada pelo fígado e sua função reguladora, órgão básico da coordenação fisiológica. Entre algumas das funções do fígado, podemos citar: • destruição das hemácias; • emulsificação de gorduras no processo digestivo, através da secreção da bile; • armazenamento e liberação de glicose; • síntese de proteínas do plasma; • síntese do colesterol; • lipogênese, a produção de triglicérides (gorduras); • produção de precursores das plaquetas; • conversão de amônia em uréia; • purificação quanto a diversas toxinas; • destoxificação de muitas drogas e toxinas [2]; [editar] Além das funções citadas acima, este órgão efetua aproximadamente 220 funções diferentes todas interligadas e co-relacionandas. Para o entendimento do funcionamento dinâmico e complexo do fígado, podemos dizer que uma das suas principais atividades é a formação e excreção da Uma usina de processamento bile, ou bílis; as células hepáticas produzem em torno de 1,5 l por dia, descarregando-a através do ducto hepático. A transformação de glicose em glicogênio, este conhecido como amido animal, e seu armazenamento, se dá nas células hepáticas. Ligada a este processo, há a regulação e a organização de proteínas e gorduras em estruturas químicas utilizáveis pelo organismo da concentração dos aminoácidos no sangue, que resulta na conversão de glicose, esta utilizada pelo organismo no seu metabolismo. Neste mesmo processo, o sub-produto resulta em uréia, eliminada pelo rim. Além disso, paralelamente existe a elaboração da seroalbumina, da seroglobulina e do fibrinogênio, isto tudo ao mesmo tempo em que ocorre a desintegração dos glóbulos vermelhos. Durante este processo, também age em diversos outros, tudo simultaneamente, destruindo, reprocessando e reconstruindo, como se fossem vários órgãos independentes, por exemplo, enquanto destrói as hemácias, o fígado forma o sangue no embrião; a heparina; a vitamina A a partir do caroteno, entre outros. O fígado, além de produzir em seus processos diversos elementos vitais, ainda age como um depósito, armazenando água, ferro, cobre e as vitaminas A, vitamina D e complexo B. Durante o seu funcionamento produz calor, participando da regulação do volume sanguíneo; tem ação antitóxica importante, processando e eliminando os elementos nocivos de bebidas alcoólicas, café, barbitúricos, gorduras entre outros. Além disso, tem um papel vital no processo de absorção de alimentos. Espiritualmente se diz que no figado armazenamos a raiva. Nos humanos, o fígado tem formato em forma de prisma, com ângulos arredondados, dando-lhe aparência ovalizada, sua coloração é vermelho-escuro, tendendo ao marrom arroxeado, os tecidos que o compõem são de natureza muito frágil, sua aparência e consistência seguem o padrão de outros animais, sua localização é na parte mais alta da cavidade abdominal, embaixo do diafragma no hipocôndrio direito. É formado por três superfícies: superior ou diafragmática, inferior ou visceral e posterior. Alguns o colúria, o acolia, o icterícia. Quanto mais sintomática for a fase aguda da doença, maior a chance da doença hepática se cronificar • Exame físico: o micropoliadenopatia pequena, o hepatomegalia discreta e dolorosa (devido à distensão da cápsula hepática), o pequena esplenomegalia reacional, o mais raramente: sinais meníngeos, artralgia, rash cutâneo. • Diagnóstico diferencial: o outras etiologias de hepatites, o leptospirose, o malária, o febre amarela, o sepse, o obstrução de vias biliares. [editar] Hepatite A Ver artigo principal: Hepatite A É uma hepatite infecciosa aguda causada pelo vírus da hepatite A, que pode cursar de forma subclínica. Altamente contagiosa, sua transmissão é do tipo fecal oral, ou seja, ocorre contaminação direta de pessoa para pessoa ou através do contacto com alimentos e água contaminados, e os sintomas iniciam em média 30 dias após o contágio. É mais comum onde não há ou é precário o saneamento básico. A falta de higiene ajuda na disseminação do vírus. O uso na alimentação de moluscos e ostras de águas contaminadas com esgotos e fezes humanas contribui para a expansão da doença. Uma vez infectada a pessoa desenvolve imunidade permanente. Existe vacina segura para hepatite A. A transmissão através de agulhas ou sangue é rara. Os sintomas são de início súbito, com febre baixa, fadiga, mal estar, perda do apetite, sensação de desconforto no abdome, náuseas e vômitos. Pode ocorrer diarreia. A icterícia é mais comum no adulto (60%) do que na criança (25%). A icterícia desaparece em torno de duas a quatro semanas. É considerada uma hepatite branda, pois não há relatos de cronificação e a mortalidade é baixa. Não existe tratamento específico. O paciente deve receber sintomáticos e tomar medidas de higiene para prevenir a transmissão para outras pessoas. Pode ser prevenida pela higiene e melhorias das condições sanitárias, bem como pela vacinação. É conhecida como a hepatite do viajante. [editar] Hepatite B Ver artigo principal: Hepatite B Sua transmissão é através de sangue, agulhas e materiais cortantes contaminados, também com as tintas das tatuagens, bem como através da relação sexual. É considerada também uma doença sexualmente transmissível. Pode ser adquirida através de tatuagens, piercings, no dentista e até em sessões de depilação. Os sintomas são semelhantes aos das outras hepatites virais, mas a hepatite B pode cronificar e provocar a cirrose hepática. A prevenção é feita utilizando preservativos nas relações sexuais e não utilizando materiais cortantes ou agulhas que não estejam devidamente esterilizadas. Recomenda-se o uso de descartáveis de uso único. Quanto mais cedo se adquire o vírus, maiores as chances de ter uma cirrose hepática. Existe vacina para hepatite B, que é dada em três doses intramusculares e deve ser repetida a cada 10 anos. [editar] Hepatite C Ver artigo principal: Hepatite C Hepatite que pode ser adquirida através de transfusão sanguínea, tatuagens, uso de drogas, piercings, e em manicure, e de grande preocupação para a Saúde Pública. A grande maioria dos pacientes é assintomática no período agudo da doença, mas podem ser semelhantes aos das outras hepatites virais. Estima-se que 3 % da população mundial esteja contaminada, atingindo níveis dez vezes maiores no continente africano. A hepatite C é perigosa porque pode cronificar e provocar a cirrose hepática e o hepatocarcinoma, neoplasia maligna do fígado. A prevenção é feita evitando-se o uso de materiais cortantes ou agulhas que não estejam devidamente esterilizadas. Recomenda-se o uso de descartáveis de uso único, bem como material próprio em manicures. A esterilização destes materiais é possível, porém não há controle e as pessoas que ‘dizem’ que esterilizam não têm o preparo necessário para fazer uma esterilização real. Não existe vacina para a hepatite C e é considerada pela Organização Mundial da Saúde como o maior problema de saúde pública, é a maior causa de transplante hepático e transmite-se pelo sangue mais facilmente do que a AIDS. O anti-HCV positivo detecta infecção atual ou pregressa. Pode ser necessário biopsia hepática para descartar malignidade e determinar o grau da doença. A detecção do ácido ribonucleico (RNA) do vírus caracteriza a presença do vírus no hospedeiro. Aproximadamente metade dos pacientes tratados irão se curar. Possuem melhores resposta ao tratamento os pacientes com idade inferior a 40 anos, do sexo feminino, com genótipos 2 ou 3, que não apresentem cirrose e de peso inferior a 85 kilogramas. [editar] Termo antigo muito usado para hepatites que não eram nem A nem B, que hoje se reconhece ser a maioria do tipo C, podendo ser também E. Hepatite não A não B não C [editar] Hepatite D Ver artigo principal: Hepatite D Causada por RNA-vírus (tão pequeno que é incapaz de produzir seu próprio envelope protéico e de infectar uma pessoa), só tem importância quando associada à hepatite B, pois a potencializa. Isoladamente parece não causar infecção. Geralmente encontrado em pacientes portadores do vírus HIV e está mais relacionado à cronificação da hepatite e também à hepatocarcinoma. [editar] Hepatite E Ver artigo principal: Hepatite E É uma hepatite infecciosa aguda causada pelo vírus da hepatite E, que se pode curar de forma subclínica. Sua transmissão é do tipo fecal oral, através do contato com alimentos e água contaminados, e os sintoma iniciam em média 30 dias após o contágio. É mais comum após enchentes Não existe vacina para hepatite E. Os sintomas são de início súbito, com febre baixa, fadiga, mal estar, perda do apetite, sensação de desconforto no abdome, náuseas e vômitos. Pode ocorrer diarréia. É considerada uma hepatite branda, apesar de risco aumentado para mulheres grávidas, principalmente no terceiro trimestre gestacional, que podem evoluir com hepatite fulminante. Não existe tratamento específico. O paciente deve receber medicamentos sintomáticos e repousar. Pode ser prevenida através de medidas de higiene, devendo ser evitado comprar alimentos e bebidas de vendedores ambulantes. UOSIUDOISUDOIUSOD [editar] DNA-vírus, transmitido a macacos Rhesus sp. em laboratório experimentalmente, através de extratos de fezes de macacos infectados. Ainda não há relatos de casos em humanos. Hepatite F [editar] A hepatite G foi a hepatite descoberta mais recentemente (em 1995) e é provocada pelo vírus VHG (vírus mutante do vírus da hepatite C) que se estima ser responsável por 0,3 por cento de todas as hepatites víricas. Desconhecem-se, ainda, todas as formas de contágio possíveis, mas sabe-se que a doença é transmitida, sobretudo, pelo contato sanguíneo (transmissão parenteral). Pode evoluir para infecção persistente com prevalência de 2% entre doadores de sangue. Em análises feitas nos Estados Unidos da América aos doadores de sangue demonstrou-se que cerca de dois por cento já teve contacto com o vírus. Supõe-se que o VHG se encontre em 20 a 30 por cento dos utilizadores de drogas injectáveis e em dez por cento das pessoas que foram sujeitas a uma transfusão de sangue. Em cerca de 20 por cento dos doentes com infecção pelos VHB ou VHC é possível detectar anticorpos para o VHG, mas esta coinfecção não parece influenciar a evolução daquelas hepatites. Não foi ainda possível determinar com exactidão – dado que a descoberta da doença e do vírus que a provoca foram recentes –, as consequências da infecção com o vírus da hepatite G. A infecção aguda é geralmente «suave» e transitória e existem relatos duvidosos de casos de hepatite fulminante (os especialistas ainda não chegaram a uma conclusão definitiva sobre as causas destas hepatites fulminantes). Noventa a 100 por cento dos infectados tornam- se portadores crónicos mas podem nunca vir a sofrer de uma doença hepática. Até agora não foi possível comprovar que a infecção pelo VHG conduza a casos de cirrose ou de cancro no fígado. Diagnóstico: pesquisa HGV-RNA. Hepatite G [editar] Outros vírus podem causar hepatites, porém sem ser causa comum. São potencialmente causadores de hepatite em pacientes submetidos a transfusões sanguíneas e imunodeprimidos o Outras hepatites virais Epstein-Barr, o citomegalovírus e o herpes zoster. Outros agentes de importância são os vírus da dengue e febre amarela. [editar] Hepatites por drogas Este artigo ou secção encontra-se parcialmente em língua estrangeira. Ajude e colabore com a tradução. Existe um grande número de drogas que são hepatotóxicas, ou seja, lesam diretamente o hepatócito. Tais drogas podem portanto causar hepatite. A droga antidiabetes troglitazone, por exemplo, foi retirada do mercado em 2000 por causar hepatite, e o acetaminofen (Paracetamol), substância analgésica muito utilizada por crianças e adultos, é considerada altamente hepatotóxica em doses elevadas. Outras drogas associadas com hepatite:[1] • Allopurinol • Amitriptilina (antidepressivo) • Amiodarone (antiarrítmico) • Azathioprine[2][3] • Halothane (um tipo específico de gás anestésico) • Contraceptivos hormonais • Ibuprofeno e indomethacin (Antiinflamatórios não-esteróides) • Isoniazid (INH), rifampicin, e pyrazinamide (antibióticos específicos para tuberculose) • Ketoconazole (antifungal)
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