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Administração de medicamentos na enfermagem - Módulo II, Notas de estudo de Enfermagem

Introdução; Considerações Éticas e Questões Legais; O Processo de Enfermagem na Administração de Medicamentos; Conceitos Principais; Farmacocinética; Farmacodinânima; Grupos Farmacológicos; Principais Vias de Administração; Uso de Medicamentos em Diversas Etapas da vida (Gravidez e Lactação, Pediatria e Geriatria); Prescrições e Erros; Procedimentos na Adiministração de Medicamentos; Dosagens (Cálculos Básicos); Processo de Documentação na Administração de Medicamentos; Principais M

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 25/03/2010

elisangela-vitaliano-6
elisangela-vitaliano-6 🇧🇷

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Baixe Administração de medicamentos na enfermagem - Módulo II e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! O Portal Educação e Portal Educação Sites Associados urso de nistração de os na Enfermagem ÓDULO II stá disponível apenas como parâmetro de estudos para ada. E proibida qualquer forma de comercialização do qui contido são dados aos seus respectivos autores No Portal Educação MÓDULO Il b Grupos Farmacológicos - Agente colinérgico Mecanismo de ação: Inibe a colinesterase, estabilizando a acetilcolina, cuja ação é assim reforçada e prolongada. - Amebicida e tricomonicida Informação geral: A amebíase é causada pelo protozoário Entamoeba histolytica, que tem duas formas: a de trofozoito e a cística, pela qual é transmitida a doença. A manifestação da amebíase é caracterizada por diarréia súbita, cólica e sangue nas fezes, mas às vezes pode ser assintomática. A infestação pelo Trichomonas vaginalis causa vaginite. Pode ser tratada com tricomonicida local ou por via oral. O parceiro sexual também deve ser tratado. - Aminoglicosídios Mecanismo de ação: Antibiótico de amplo espectro que inibe a síntese de proteina em organismos suscetíveis, desintegrando a membrana da célula da bactéria e levando-a a morte. - Analgésico de ação central Mecanismo de ação: Inibe a norepinefrina e a serotonina. Causa muitos efeitos, como opióide, tais como tontura, sonolência, náusea, constipação e leve depressão respiratória. 22 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores No Portal Educação - Anti-histamínico (bloqueador H1) Mecanismo de ação: Inibem os receptores histamínicos Hx, prevenindo ou revertendo os efeitos da histamina. - Anti-histamínico (bloqueador H>) Mecanismo de ação: Antagonista da histamina bloqueia os receptores Hg», inibe a secreção do ácido gástrico. - Antiinflamatório não-esteróide Mecanismo de ação: Modernamente designado antiinflamatório não hormonal (AINH), atua diminuindo os sinais cardinais da inflamação e tem diversas ações, como a inibição da prostaglandina, a excreção de ácido úrico ou a diminuição da imunidade (antiinflamatório modificador da doença ou ARMD). É eficaz para reduzir o edema atricular e a dor, aumentando a mobilidade de pacientes com doenças com características inflamatórias. - Antimalárico Mecanismo de ação: Antagonista do ácido fólico; inibe uma enzima que é importante na biossíntese celular da purina, da pirimidina e de certos aminoácidos. - Antineoplásico Mecanismo de ação: Inibe a síntese do DNA, levando a célula à morte. Inibe a dinâmica de reorganização da cadeia microtubular, que é essencial para a divisão celular. Atenua a tensão de torção no DNA pela indução reversível das rupturas dos filamentos simples. Liga-se ao complexo DNA topoisomerase | e previne a ligação dessas rupturas simples dos filamentos. 25 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores No Portal Educação - Antiparkinsoniano Mecanismo de ação: Potente agonista do receptor da dopamina; inibe a secreção da prolactina, causando aumento transitório do crescimento hormonal e diminuição do hormônio luteinizante. Informação geral: A doença de Parkinson, doença progressiva do sistema nervoso central, afeta geralmente pessoas acima de 50 anos e é causada por algumas drogas antipsicóticas. Na maioria das vezes os sintomas desaparecem quando a droga é suspensa. - Antiviral Mecanismo de ação: Inibe a replicação do DNA e RNA no vírus, prevenindo a replicação e levando o vírus à morte. A proteinase de HIV cliva os precursores poliprotéicos virais para gerar proteínas funcionais nas células infectadas pelo HIV. A ciclagem dos precursores poliprotéicos virais é essencial para a maturação dos vírus infectantes. - Barbitúrico Mecanismo de ação: Atua como sedativo hipnótico e anticonvulsivante é depressor do SNC. Os barbitúricos deprimem o córtex cerebral, alteram a função cerebelar; podem produzir excitação, sedação, hipnose, anestesia e coma profundo. - Benzodiazepina Mecanismo de ação: Ansiolítico, anticonvulsivante, relaxante da musculatura e sedativo hipnótico. - Bloqueador alfa-adrenérgico Mecanismo de ação: Bloqueia seletivamente os receptores alfa-1- adrenérgicos, reduzindo o impulso simpático na musculatura vascular, dilatando arteríolas e veias, diminuindo a pressão sangúínea. Causa redução na resistência 26 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores No Portal Educação vascular periférica total. Estudos sugerem que o efeito vasodilatador está relacionado ao bloqueio dos receptores alfa-adrenérgico pós-sinápticos. - Bloqueador beta-adrenérgico Mecanismo de ação: Atua como vasodilatador coronariano, anti-hipertensivo e antiarrítmico. Competitivamente bloqueia os receptores betaadrenérgicos no coração. Diminuem a excitabilidade cardíaca, o débito cardíaco e o consumo de oxigênio, a liberação da renina e a pressão sangúínea. - Bloqueador dos canais de cálcio Mecanismo de ação: Vasodilatador coronariano e anti-hipertensivo. Essa droga inibe o movimento do íon cálcio na membrana cardíaca e na musculatura vascular. Antagonista do cálcio que inibe o influxo de íons de cálcio nas células miocárdicas e nas células da musculatura lisa das artérias coronárias e da vascularização periférica, resultando na diminuição da velocidade de condução do impulso cardíaco, deprimindo a contratilidade do miocárdio, a dilatação das artérias coronarianas e periféricas. - Broncodilatador Mecanismo de ação: Agonista adrenérgico que estimula predominantemente os receptores beta-2, produzindo relaxamento do músculo liso bronquial e inibição do edema, causado por mediadores endógenos. - Cardiotônico Mecanismo de ação: Aumenta a força contrátil do miocárdio e assim eleva a frequência cardíaca. Esse efeito é devido à inibição de sódio e potássio ATPase. Inibindo-se o sódio e o potássio ATPase, ocorre aumento do influxo do cálcio e aumento da liberação do íon cálcio na célula do miocárdio, acelerando a contração das fibras do músculo cardíaco. 27 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores No Portal Educação - Teofilina Mecanismo de ação: Estimula o SNC, relaxando a musculatura lisa dos brônquios e dos vasos sangúíneos pulmonares (alivia o broncoespasmo). - Tetraciclina Mecanismo de ação: Antibiótico, bacteriostático; inibe a síntese protéica de bactéria suscetível, interferindo na replicação. - Vagotônico Mecanismo de ação: Aumenta a concentração da acetilcolina no local da transmissão colinérgica, prolonga e aumenta os efeitos da acetilcolina pela inibição reversível da enzima acetilcolinesterase, facilitando a transmissão na junção neuromuscular esquelética. - Vasodilatador coronariano Mecanismo de ação: O nitrato relaxa a musculatura lisa dos vasos; estimulando a produção intracelular de monofosfato de guanosina. A dilatação dos vasos reduz o retorno venoso. O relaxamento das arteríolas resulta na diminuição da resistência vascular e da pressão arterial. Reduzindo a necessidade de oxigênio pelo miocárdio, ocasiona melhor distribuição do fluxo sanguíneo no miocárdio. Reduz a pressão diastólica e sistólica, com consequente diminuição da pressão sangúínea. b Principais Vias de Administração de Medicamentos Para que seja alcançado o objetivo da terapêutica faz-se "A. necessário que a administração de medicamentos seja realizada com eficiência, segurança e responsabilidade obtendo, dessa «& q forma, uma melhora no quadro clínico do paciente. É essencial, nd se 30 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores No Portal Educação portanto, ter conhecimento de alguns dados quanto ao processo de administração: informações farmacológicas do medicamento (farmacocinética, farmacodinâmica, dose máxima e efetiva, além do intervalo entre as doses etc.), bem como métodos, vias e técnicas de administração. As ações de medicamentos no organismo vivo podem ser classificadas em quatro categorias principais: e Ação Local: quando o efeito ocorre no ponto de aplicação; e Ação Sistêmica: para aqueles que atingem a circulação; e Ação Remota: nos casos em que a ação do medicamento em um alvo interfere no funcionamento de outro; e Ação Local/geral: quando a droga produz efeito no ponto de aplicação, sendo absorvida posteriormente para ter ação sistêmica. A aplicação local de medicamentos é feita na pele ou em membranas mucosas, sendo que os efeitos podem ser os seguintes: anti-séptico, adstringente, irritante, emoliente, estípico, vulnerário, anti-helmíntico, anestésico, adsorvente e estimulante. Os efeitos de uma droga de ação generalizada podem ser agrupados em: estimulante, deprimente, cumulativo, antiinfeccioso, antagônico e sinérgico. A escolha do método e da via de administração depende de alguns parâmetros: rapidez desejada para início da ação, natureza e quantidade a ser administrada e das condições do paciente. PRINCIPAIS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E APRESENTAÇÃO DO MEDICAMENTO Via Apresentação Oral (sólida) Cápsula Pó Comprimido Oral (líquida) Elixir Emulsão Solução 31 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores No Portal Educação Suspensão Xarope Parenteral Solução Retal Solução Supositório Vaginal Espuma Gel Solução Supositório Comprimido Tópica (ouvido, nariz, olho, pele) Aerossol Creme Loção Pomada Pasta Pó Segue abaixo os fatores relevantes relacionadas às diversas vias de administração de medicamentos. + Administração enteral (oral) - a ingestão é o método mais comum de prescrição de um fármaco. Além disso, é o mais seguro, mais conveniente e o mais econômico; + Administração sublingual - a absorção pela mucosa oral tem importância essencial no caso de determinados fármacos, por exemplo, a nitroglicerina. Como a drenagem venosa da boca dá para veia a cava superior, esses fármacos estão protegidos do metabolismo de primeira passagem pelo figado; + Administração retal - com frequência, a via retal é usada quando a ingestão não é possível por causa de vômitos ou porque o paciente se encontra inconsciente. Cerca de 50% dos fármacos que são absorvidos pelo reto não passam pelo figado; 32 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores No Portal Educação Contra-indicações para o Uso das Variadas Vias A rapidez esperada para a ação da droga, a quantidade da droga a ser administrada e as condições gerais do paciente são fatores determinantes na escolha para o método de administração dos medicamentos. As condições do paciente determinam, muitas vezes, a via de administração de certas drogas. Como é comum observamos inúmeros problemas que limitam a administração de drogas, explanaremos neste módulo as contra-indicações das vias de administração de fármacos. A via oral é normalmente contra-indicada por: - O medicamento irritar a mucosa gástrica; - O medicamento interferir na digestão; Lo Pad - O paciente não poder deglutir. Considera-se também que, o paciente pode apresentar algum quadro cujas características o impede de ingerir drogas, como patologias do sistema digestivo. São também consideradas desvantagens da via oral: - a impossibilidade de absorção de alguns agentes por causa de suas características físicas; - Os vômitos em resposta à irritação da mucosa gastrintestinal; - destruição de alguns agentes por enzimas digestivas ou pelo pH gástrico ácido; - irregularidades de absorção ou propulsão na presença de alimentos e outros fármacos; - necessidade de cooperação por parte do paciente. A administração de drogas via retal, por supositórios, tem como objetivo deixar o fármaco livre do metabolismo de primeira passagem, no figado, pois a droga entra em vasos que a levam direto à veia cava inferior. Entretanto, muitas vezes, o supositório penetra um pouco mais, entrando em uma região drenada por veias que vão ao fígado e, dessa forma, não evitando o efeito de primeira 35 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores No Portal Educação passagem. Deve-se ressaltar o desconforto que a via retal pode proporcionar ao paciente. Além disso, a absorção retal costuma ser irregular incompleta e, muitos fármacos provocam irritação da mucosa retal. Desvantagem da administração via pulmonar (inalatória): - Controle insatisfatório da dose; - O método de administração; - Muitos fármacos voláteis e gasosos provocam irritação do epitélio pulmonar. A via parenteral é amplamente utilizada, como já dito antes, para a obtenção da ação imediata de um medicamento. Além disso, é utilizada a fim de fornecer medicamentos que não podem ser administrados por via oral, ou mesmo a pacientes incapacitados de receber medicamentos por tal via. Muitas vezes, a droga é impedida de ser administrada pela via parenteral, por suas próprias características, ou pelas condições apresentadas pelo paciente. Em caso de administração via cutânea, não é recomendada a prescrição de grandes quantidades de drogas. Essas devem ainda ser de fácil absorção e não irritantes do tecido. Para que uma substância possa ser injetada na veia, devem possuir algumas características específicas, como: - Não ser hemolítica; - Não ser cáustica; - Não coagular as albuminas; - Não produzir embolia ou trombose; - Não conter pirogênio. Sobre as condições do paciente, podemos citar: - À dificuldade de se encontrar veias adequadas à picada; - À presença de tecidos com muitos hematomas ou mesmo feridos, - À intensa dor sentida pelo paciente à aplicação, devido a sua doença ou outro motivo. 36 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores No Portal Educação A via venosa necessita maiores cuidados quanto à administração, pois promove maior chance da ocorrência de reações desfavoráveis. Uma vez injetado um fármaco, não há maneira de retirá-lo. Injeções intravenosas repetidas dependem da capacidade em manter uma veia permeável. Em geral, a injeção intravenosa deve ser administrada lentamente e com monitorização constante das reações do paciente. Reações adversas As reações adversas a medicamentos constituem um problema importante na prática do profissional da área da saúde. Sabe-se que essas reações são causas significativas de hospitalização, de aumento do tempo de permanência hospitalar e, até mesmo, de óbito. Além disso, elas afetam negativamente a qualidade de vida do paciente, influenciam na perda de confiança do paciente para com o médico, aumentam custos, podendo também atrasar os tratamentos, uma vez que podem assemelhar-se às enfermidades. A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem definido reação adversa a medicamentos (RAM), como: “qualquer efeito prejudicial ou indesejável, não intencional, que aparece após a administração de um medicamento em doses normalmente utilizadas no homem para a profilaxia, o diagnóstico e o tratamento de uma enfermidade”. A reação adversa ao medicamento ou RAM pode variar desde uma reação branda, que desaparece quando o uso do medicamento é suspenso, até reações graves, que avança para uma doença crônica e debilitante. As reações adversas podem ser previsíveis ou imprevisíveis. As reações previsíveis são, em geral, relacionadas à dose; as reações imprevisíveis geralmente resultam da sensibilidade do paciente. Embora algumas reações previsíveis possam ser evitadas, outras não conseguem ser impedida porque estão intimamente ligadas aos efeitos terapêuticos do medicamento. 37 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores No Portal Educação ações terapêuticas da levodopa. > Uso de Medicamentos em Diversas Etapas da Vida m Administração de drogas em pacientes idosos Quando administramos drogas em pacientes idosos, precisamos entender as mudanças fisiológicas e farmacológicas que podem alterar a dosagem da droga, as reações adversas e os problemas de pacientes idosos. Mudanças fisiológicas afetam a atuação da droga. Com a idade, mudanças fisiológicas acontecem e podem alterar os efeitos terapêuticos e tóxicos da medicação. A proporção de tecido adiposo e a massa total do corpo tendem a mudar com a idade, a parte líquida tende a diminuir e o tecido adiposo tende a aumentar, o que pode variar de pessoa para pessoa. Mas certamente, essas mudanças no organismo afetam a concentração da droga. Sistemas que são alterados com a idade Sistema gastrintestinal: nos idosos a secreção de ácido gástrico diminui e a motilidade gastrintestinal (Gl) fica lenta, dificultando o esvaziamento do estômago e do intestino. Alguns pesquisadores atribuem essas mudanças à baixa absorção da droga. Sistema hepático: com a idade, a capacidade de o fígado metabolizar certas drogas diminui. Isso ocorre devido à diminuição do fluxo sangúíneo no fígado, resultado da diminuição das atividades cardíacas, que diminui sua capacidade metabólica. A diminuição das funções hepáticas pode causar: e Aumento da intensidade do efeito da droga, devido a sua concentração no sangue; e Efeito prolongado da droga, devido à concentração prolongada no sangue; e Alto índice de toxicidade causado pela droga. Sistema renal: embora a função renal do idoso seja normalmente suficiente para eliminar o excesso, a capacidade de eliminar medicações é reduzida em 50% 40 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores No Portal Educação ou mais. Muitas medicações são eliminadas pelo rim. Se a função dos rins está diminuída, o resultado é a alta concentração no sangue da droga, levando-a a provocar toxicidade. A dosagem pode ser modificada para compensar a diminuição da função renal. Pelo teste de laboratório que dosa a uréia e a creatinina, o médico pode realizar o tratamento terapêutico sem correr riscos de toxicidade. Observe se o paciente apresenta sinais e sintomas de toxicidade. Reações adversas da droga no idoso A ocorrência de reação adversa no idoso é duas vezes maior do que em um paciente jovem devido às mudanças fisiológicas. Sinais e sintomas provocados pela reação adversa tais como confusão mental, fraqueza e letargia, têm sido confundidos com senilidade. Se a reação adversa não for identificada, o paciente continuará a receber a droga. Drogas que causam toxicidade: e Diuréticos: devido à quantidade total de líquido diminuir com a idade, o uso de diuréticos pode resultar em perda de líquido, levando à desidratação. O diurético pode causar perda de potássio, provocando fraqueza. Pode aumentar o ácido úrico e a glicose no sangue, o que se complica se o paciente tiver gota e diabetes mellitus; e Anti-hipertensivos: muitos pacientes idosos sentem tontura quando usam anti-hipertensivos, em parte como resposta à arteriosclerose e diminuição da elasticidade dos vasos sangúíneos. O anti-hipertensivo abaixa a pressão do sangue muito rápido, causando diminuição do fluxo de sangue no cérebro, o que pode provocar desmaio, tontura ou até um acidente vascular. Logo, é indicado diminuir a pressão de um paciente jovem para 120/85 mmHg; no entanto, para um idoso, é razoável diminuí-la para 150/95 mmHg; e Intoxicação digitálica: como a função renal e o tempo de excreção sofrem alteração, a concentração da digoxina no organismo aumenta, acarretando um alto 41 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores No Portal Educação nível de digoxina no sangue, o que provoca a intoxicação. O alto nível de digoxina causa sintomas como náusea, vômitos, diarréia e sérias arritmias cardíacas. Para evitar sérios efeitos tóxicos, observe os sinais de perda de apetite; confusão e depressão; e Intoxicação por corticóide: pacientes idosos podem sofrer retenção de líquido e manifestações psicológicas tais como euforia e reação psicótica. O uso prolongado pode causar osteoporose. Monitorize o paciente para intoxicação. Observe sinais de mudança de humor, mobilidade, cicatrização, distúrbio hidroeletrolítico; e Sedativos e calmantes: podem causar sedação excessiva e sonolência residual. m Administração da droga na gravidez A partir do uso da talidomida (1950) por gestantes que causaram efeitos trágicos em milhares de crianças, O uso de drogas durante a gravidez tem gerado uma séria preocupação. Para identificar drogas que causam efeitos teratogênicos, são realizados testes de laboratório em animais. Foram formadas categorias de fator de risco para gestantes. CATEGORIAS DE RISCO PARA A GRAVIDEZ Categorias de fator de risco da Food and Drug Administration para os medicamentos utilizados durante a gestação. Categoria A: estudos controlados em mulheres não mostram o risco para o feto no primeiro trimestre (nenhuma evidência de risco nos trimestres posteriores); a possibilidade de lesão fetal parece remota. Categoria B: estudos de reprodução animal não mostraram risco fetal (nenhum estudo controlado em mulheres grávidas), nem os estudos de reprodução animal mostraram um efeito adverso diferente da fertilidade diminuída que não tivesse sido confirmado em estudos controlados com mulheres no primeiro trimestre; nenhuma evidência de risco nos trimestres posteriores. 42 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores No Portal Educação m Administração de drogas durante a lactação Muitas drogas aparecem no leite materno. O nível da droga no leite materno tende a estar alto quando seu nível no sangue estiver alto. Oriente a mãe a amamentar antes de usar a droga. Em alguns casos a amamentação deve ser interrompida, conforme orientação médica. O uso indiscriminado de drogas deve ser evitado nesse período. O lactente não pode depender da placenta para metabolizar e excretar os medicamentos maternos. Além disso, os sistemas corporais imaturos do lactente podem aumentar os efeitos do medicamento e diminuem a sua depuração do corpo. Por exemplo, como o total de proteína sérica do lactente é proporcionalmente menor que o de um adulto, uma quantidade maior de medicamento livre está disponível na circulação. Como os processos metabólicos são mais lentos no figado de um lactente, a biotransformação é retardada. A função renal imatura e uma taxa de filtração glomerular imprevisível somente aumentam o risco de toxicidade. MEDICAMENTOS INCOMPATÍVEIS COM O ALEITAMENTO e anfetaminas e lítio e antineoplásicos e nicotina e cloranfenicol e sais de ouro e cocaína e substâncias que contêm iodo e ergotamina e substâncias que levam ao vício e isoniazida e tetraciclinas m Administração de drogas durante a infância A imaturidade e a natureza distinta dos sistemas orgânicos de uma criança podem influenciar a terapia medicamentosa de diversas maneiras, como estas aqui enfatizadas. 45 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores No Portal Educação Sistema renal Desde o nascimento até cerca de três anos de idade, o sistema imaturo do lactente apresenta uma reduzida capacidade de concentrar a urina. Uma elevada resistência ao fluxo sanguíneo minimiza a perfusão. O desenvolvimento glomerular e tubular incompleto, afeta a taxa de filtração e a reabsorção e secreção dos filtrados. Os rins se tornam funcionalmente maduros em torno de dois anos e meio de idade. Sistema gastrintestinal O fígado imaturo interfere na capacidade da criança de metabolizar os medicamentos até cerca de um ano de idade. Da mesma maneira, o tempo de trânsito gastrintestinal aumenta até a fase de dois a três anos, quando se aproxima do tempo do adulto. A acidez gástrica aumenta à medida que a criança atinge a fase de dois a três anos de idade. Área de superfície corporal A relação entre a área de superfície e o peso corporal se modifica à medida que a criança cresce. A proporção da área de superfície corporal e o peso em um lactente de dois meses podem ser de duas vezes e meia os de um adulto. Em uma criança de um a três anos de idade, a proporção diminui para quase duas vezes a de um adulto. Em torno dos doze anos, a relação entre a área de superfície corporal eo peso é apenas ligeiramente superior à de um adulto. Metabolismo O metabolismo aumenta durante a fase de lactente e na infância em relação ao peso corporal. Dosagens em pediatria Para a dosagem em pediatria devem ser tomados alguns cuidados: 46 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores No Portal Educação - À área de superfície corporal não deve ser utilizada para calcular a dosagem de medicamento para lactentes, deve utilizar-se o peso corporal, não excedendo a dose máxima para adulto; - É importante manter o peso corporal da criança atualizado para garantir exatidão na dosagem, a dosagem deve ser reavaliada periodicamente; - Para um lactente em aleitamento, lembre-se de que os medicamentos e outras substâncias consumidas pela mãe podem ser transferidos para o lactente pelo leite materno, gerando dosagens desconhecidas e não-reguladas; - Alguns antibióticos (como a gentamicina) e para substâncias em longo prazo (como os anticonvulsivantes), você precisará monitorar o nível sérico do medicamento para maximizar a eficácia e minimizar a toxicidade. Cuidados na administração pediátrica em diversas vias a Via oral - Quando administrar medicação em uma criança, aplique-a em suspensão, com uma seringa; nunca use um copo; - Levante a cabeça da criança para evitar aspiração: pressione seu queixo para baixo para evitar que engasgue; - Coloque a medicação na mamadeira; - Se a criança tem idade acima de um ano, explique a ela como você lhe dará a medicação, solicite a colaboração dos pais; - Não misture medicação com alimentos nem chame a medicação de bala, ainda que esta tenha um sabor doce; - Ofereça a medicação em colher ou copo graduado; - Se a criança tem idade para engolir a medicação, ofereça água ou suco de fruta. Lembre-se de que o leite pode interferir na absorção. a Via intravenosa - Evite puncionar veia na região da cabeça, pois podem ocorrer infiltração e desfiguramento temporário, atualmente não se utiliza esse procedimento com a frequência com que se fazia no passado; 47 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
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