Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

cobre e suas ligas, Notas de estudo de Engenharia Mecânica

- - - - - - -

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 30/11/2008

robson-del-poco-12
robson-del-poco-12 🇧🇷

1 documento

Pré-visualização parcial do texto

Baixe cobre e suas ligas e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Mecânica, somente na Docsity! Mate riais I O Cobre e Suas Ligas Propriedades e Aplicações Processos de Produção – Diurno – 2º Semestre Prof.ª Sorocaba, 7 de Novembro de 2008 Sumário 1. Cobre 3 1.. Propriedades 4 1.2. Aplicações 4 2.Ligas de Cobre 4 2.1. O Bronze 4 2.1.1. Propriedades 6 2.1.2. Aplicações 6 2.2 Outros Bronzes 9 2.2.1. Cobre-Alumínio 9 2.2.1.1 Aplicações 9 2.2.2. Cobre-Silício 10 2.2.2.1 Aplicações 10 2.2.3. Cobre-Berílio 11 2.2.3.1 Aplicações 11 3. . O Latão 11 2.3.1. Propriedades 12 2.3.2. Aplicações 13 3. Novas Tecnologias 16 3.1. Meio Ambiente 17 1. O Cobre Principais matérias-primas são o sulfeto de cobre e ferro (CuFeS2) e o sulfeto de cobre (Cu2S). O enxofre é removido por calcinação e o cobre obtido é transformado em cobre metalúrgico por meio de fornos ou cobre eletrolítico por eletrólise. Provavelmente, cobre foi o primeiro metal que o homem extraiu da natureza, o que deu início à Idade do Bronze. Na atualidade, a produção mundial de cobre está na faixa de 15,5 106 toneladas (dado de 2001). Estima- se que as reservas mundiais em forma de minerais sejam da ordem de 2600 106 toneladas. Cobre é um dos metais mais versáteis. A combinação de propriedades mecânicas, elétricas, térmicas e químicas entre outras dá ao metal uma extensa gama de aplicações, seja na forma pura, seja em ligas como bronze, PAGE \* MERGEFORMAT 11 endurecíveis por precipitação, já que a fase delta possui elevada dureza, porém a cinética de precipitação é muito lenta, o que faz com que o tempo necessário para atingir um valor de dureza seja excessivamente longo, inviabilizando a aplicação industrial deste tratamento térmico para estas ligas. Por exemplo, o envelhecimento do bronze com 10 % de estanho a 315 ºC por 5 h não produz aumento significativo de dureza e resistência à tração. O amplo intervalo entre as temperaturas liquidus e solidus fazem essas ligas susceptíveis à segregação durante a solidificação, mesmo as ligas com teores de estanho tão baixos como 8 %, que contêm fase delta como conseqüência da capacidade da região imediatamente externa às dendritas de fase alfa (matriz) conterem até cerca de 13,5 %. A fase alfa reage com a fase líquida para formar uma certa quantidade de fase beta através de uma reação peritética. A fase beta assim formada decompõe-se por uma reação eutetóide em fase alfa e fase gama. Por sua vez a fase gama decompõe-se em fase alfa e fase delta. Esta seqüência pode ser bastante complexa e depende da taxa de resfriamento. Os bronzes com 10 % ou mais de estanho são usados em aplicações para mancais, que exigem elevada resistência mecânica para poder suportar pesadas cargas e o desgaste mecânico, o que só é possível devido ao significativo efeito de endurecimento por solução sólida (resistência mecânica) e à presença da fase delta, muito dura (resistência ao desgaste). Freqüentemente estas ligas são usadas na condição fundida, sem tratamento térmico subseqüente, para a fabricação de mancais, de modo que as propriedades iniciais dependem do desenvolvimento da fase delta durante o processo de solidificação. Se a liga for utilizada na condição fundida, as propriedades obtidas resultam unicamente das condições do processo de fundição. O fator principal é o tamanho do grão de fase alfa primária e a distribuição da fase delta na microestrutura da liga. Este tamanho de grão da fase alfa primária pode ser reduzido através do aumento da taxa de nucleação na fase líquida, tanto por inoculação como pelo controle adequado da taxa de resfriamento. Quanto mais rápido o resfriamento, mais finas serão as dendritas de fase delta. 2.1.1 Propriedades Os bronzes mais utilizados na indústria possuem teores de estanho variando entre 2 e 10 % para as ligas trabalhadas e entre 5 e 11 % para as ligas fundidas. À medida que o teor de estanho aumenta, também aumenta a resistência mecânica da liga até 15 % de estanho, porém a dutilidade diminui sensivelmente, principalmente a partir de 5 % de estanho. Entretanto, as propriedades mecânicas podem ser melhoradas com a adição de até 0,4 % de fósforo, o qual também atua como desoxidante, originando o chamado bronze fosforoso. A microestrutura do bronze que contém até entre 8 e 16 % de estanho (dependendo das condições de resfriamento), é monofásica (fase alfa) e assim constituída por uma solução sólida de estanho em cobre. Acima desses teores inicia-se a precipitação de uma fase intermetálica, denominada delta, a qual é rica em estanho e possui dureza elevada. A associação desta fase delta com uma matriz alfa dútil resulta em um material com excelentes propriedades antifricção, o qual é muito usado para a fabricação de mancais. PAGE \* MERGEFORMAT 11 Outra propriedade importante dos bronzes é a sua elevada resistência á corrosão, o que faz com que muitas de suas aplicações baseiem-se nesta propriedade. Em teores limitados o chumbo pode ser adicionado para melhorar as propriedades antifricção, a usinabilidade e a estanqueidade no caso de peças fundidas, enquanto a adição do zinco é importante para desoxidação (também no caso de peças fundidas) e para melhorar a resistência mecânica. 2.1.2 Aplicações Bronzes trabalhados (dúcteis) Bronze C 505 (98 % de cobre e 2 % de estanho) – É uma liga monofásica (alfa) que contém pequenos teores de fósforo, sendo a primeira liga da série dos bronzes na classificação CDA-ASTM. Esta liga possui uma condutividade elétrica relativamente alta (cerca de 40 % IACS), principalmente quando os teores de estanho e fósforo estão próximos aos limites inferiores da especificação. Possui resistência mecânica ligeiramente superior à do cobre, porém mantém uma boa trabalhabilidade a frio. Apresenta boa resistência à corrosão em geral e particularmente à corrosão sob tensão. Esta liga é muito utilizada em aplicações elétricas, como contatos de aparelhos de telecomunicações, molas condutoras, e na construção mecânica em tubos flexíveis, parafusos encabeçados por recalque a frio, rebites e varetas de soldagem. Bronze C 511 (96 % de cobre e 4 % de estanho) – Mantém a estrutura monofásica alfa e também contém pequenos teores de fósforo, apresentando uma boa combinação de trabalhabilidade a frio e resistência mecânica e dureza. Apresenta boa resistência á corrosão, inclusive corrosão sob tensão. É utilizado em aplicações arquitetônicas como ganchos de chapas de revestimento, em aplicações elétricas como molas, componentes de interruptores, chaves, contatos e tomadas, e na construção mecânica como molas, diafragmas, parafusos encabeçados por recalque a frio, rebites, porcas e escovas metálicas. Bronze C 510 (95 % de cobre e 5 % de estanho) – Possui microestrutura e propriedades bem semelhantes às das duas ligas anteriores, apresentando, porém, uma resistência mecânica ligeiramente superior à do bronze C 511. É produzido sob a forma de barras, chapas e fios, sendo usada na fabricação de ganchos de chapas de revestimento, tubos para condução de águas ácidas, componentes para a indústria têxtil, química e de papel, molas condutoras e componentes de interruptores e tomadas, molas e diafragmas, parafusos, rebites, porcas, escovas, tubos de manômetros, varetas e eletrodos de soldagem. Bronze C 519 (94 % de estanho e 6 % de bronze) – Esta liga ainda possui microestrutura monofásica e pequenos teores de fósforo, mas possui maior resistência à fadiga e ao desgaste do que os bronzes mencionados anteriormente. Possui propriedades mecânicas, trabalhabilidade e resistência à corrosão muito elevadas. É produzida sob a forma de chapas, barras, fios e tubos. Na indústria química é utilizada é usada na fabricação de tubos de condução de águas ácidas, componentes para as indústrias química, têxtil e de papel, na construção elétrica para molas condutoras e componentes de interruptores, e na construção mecânica em molas e membranas, escovas, PAGE \* MERGEFORMAT 11 tubos de manômetros, engrenagens, componentes de bombas e eletrodos de soldagem. Bronze C 521 (92 % de cobre e 8 % de estanho) – É uma liga monofásica (fase alfa), que contém, dependendo das condições de fabricação, pequenas quantidades de fase delta. Como possui elevados teores de estanho e de fósforo, apresenta elevadas resistência á fadiga e ao desgaste e propriedades antifricção, além de boa resistência á corrosão. Este bronze é produzido sob a forma de chapas, barras, fios e tubos. Na indústria química é destinado ao mesmo tipo de aplicação que o bronze C519, do mesmo modo que nas aplicações elétricas e na construção mecânica, mas no caso de molas, é uma liga mais adequada para condições de solicitações mais severas, além de ser muito apropriada para a fabricação de discos de fricção. Bronze C 524 (90 % de cobre e 10 % de estanho) – É uma liga bifásica (contém as fases alfa e delta), que possui elevada resistência á fadiga e ao desgaste, o que recomenda seu uso como material antifricção. Entre os bronzes trabalhados é o que apresenta maior resistência mecânica e dureza, sendo produzido sob a forma de chapas e fios. Suas principais aplicações estão na construção de instalações da indústria de papel e na fabricação de molas para serviços pesados. Bronzes fundidos Cu 89 – Sn 11 – Usado para a fabricação de engrenagens diversas. Cu 88 – Sn 10 – Zn 2 – Utilizado em conexões de tubos grandes, engrenagens, parafusos, válvulas e flanges. Cu 88 – Sn 6 – Zn 4,5 – Pb 1,5 – Usado em válvulas para temperaturas de até 290 ºC, bombas de óleo e engrenagens. Cu 87 – Sn 11 – Pb 1 – Ni 1 – Usado em buchas e engrenagens diversas. Cu 85 – Sn 5 – Pb 9 – Zn 1 – É uma liga usada em mancais e buchas pequenas. Cu 80 – Sn 10 – Pb 10 – Bronze usado na fabricação de mancais para altas velocidades e grandes pressões e mancais para laminadores. Cu 78 – Sn 7 – Pb 15 – Bronze aplicado na fabricação de mancais para pressões médias e mancais para automóveis. Cu 70 – Sn 5 – Pb 25 – Usado em mancais para altas velocidades e pequenas pressões. Cu 85 – Sn 5 Pb 5 – Zn 5 – É uma liga especial que apresenta alta fundibilidade, sendo utilizada na fabricação de peças de resistência média, mas com boa estanqueidade e usinabilidade. É usada em geral na fabricação de válvulas para pequenas pressões e engrenagens de pequeno tamanho, entre outras aplicações. PAGE \* MERGEFORMAT 11 tubulações e cestos de decapagem; na construção mecânica em eletrodos de soldagem, parafusos, porcas, rebites, buchas e ganchos; na construção naval em eixos de hélices e na construção aeronáutica em linhas hidráulicas e de pressão. 2.2.3 Cobre Berílio A diferença entre o diâmetro atômico dos átomos de cobre e de berílio é comparável à que existe entre os átomos de cobre e alumínio ou entre os átomos de cobre e de estanho. A solubilidade do berílio no cobre é muito limitada, reduzindo-se de 2,1 % a 864 ºC para menos de 0,25 5 à temperatura ambiente, o que faz com que o efeito de endurecimento por solução sólida seja pouco eficiente. Entretanto, o efeito de endurecimento por solução sólida é significativo, já que à temperatura de 800 ºC uma liga com cerca de 1,5 % de berílio é praticamente monofásica (fase alfa) e uma temperatura mais baixa bifásica (alfa + beta), de modo que a faz beta se precipita a partir da fase alfa, sendo que a temperaturas ainda mais baixas (abaixo de 575 ºC) , se precipita a fase gama. O endurecimento por precipitação é considerável e permite a esta liga atingir 40 unidades Rockwell C, um valor de dureza compatível com o de muitos aços. 2.2.3.1 Aplicações As ligas Cu-Be, com boa resistência mecânica, e à fadiga em particular, além de boa condutividade elétrica e térmica, são usadas, na forma de tiras, arames, tubos e barras e também peças fundidas para a fabricação de molas de instrumentos, diafragmas e cabos flexíveis, componentes de chaves elétricas, de relês, de bombas e de máquinas de soldagem por resistência elétrica. Ferramentas anitfaiscantes são bons exemplos de aplicação de peças fundidas. 2.3 O Latão É o nome de ligas de cobre e zinco com pelo menos 50% de cobre, podendo conter pequenas proporções de outros elementos. Há basicamente dois tipos: o tipo alfa, que contém menos de 34-37% de zinco. É bastante dúctil e pode ser trabalhado a frio. Do contrário, é chamado tipo alfa-beta ou beta, que é mais duro, menos dúctil, apresenta menores resistência à corrosão e condutividade elétrica. Nos itens a seguir, efeitos de alguns elementos que podem ser adicionados ao latão. Alumínio: proporções usuais variam de 0,5 a 1%. Aumenta a dureza e a resistência à tração, com algum prejuízo para a ductilidade. Algumas ligas usam teores mais altos, até 6%, para obter elevada resistência à corrosão marítima. PAGE \* MERGEFORMAT 11 Arsênio: proporções de 0,03 a 0,25% reduzem a corrosão do zinco da liga. Chumbo: quando necessário, usado em proporções de 1,5 a 4,5%. Não é solúvel na liga e se distribui em finas partículas que atuam como "quebradores de cavacos" nas operações de usinagem. Isso proporciona maior velocidade de corte e menor desgaste de ferramenta. Ferro: pequenos teores, até 0,5%, aumentam a resistência à tração. Proporções maiores dificultam a usinagem e aumentam o desgaste de ferramentas. Estanho: são comuns proporções de até 1%. Aumenta ligeiramente a resistência à tração e melhora a resistência à corrosão marítima. Manganês: teores de 0,5 a 2,5%, normalmente em conjunto com ferro, melhoram a resistência à tração e a dureza, com pequena redução de ductilidade. Níquel: proporções de 1 a 2% ajudam a resistência à tração sem prejuízo para a ductilidade. A tabela abaixo dá alguns tipos comerciais. Tipo Designação comercial Composição principal Alfa C22000 - Latão comercial 90% Cu - 10% Zn " C23000 - Latão vermelho 85% Cu - 15% Zn " C24000 - Latão baixa liga 80% Cu - 20% Zn " C26000 - Latão para munição 70% Cu - 30% Zn Beta C27000 - Latão amarelo 65% Cu - 35% Zn " C28000 - Metal Muntz 60% Cu - 40% Zn 2.3.1 Propriedades Um dos principais usos do cobre está na fabricação de peças com formato complexo por deformação mecânica, como no assim chamado processo de embutimento. O latão alia a vantagem de ser facilmente deformado com uma resistência mecânica mais alta do que a do cobre comercialmente puro. Aliás, o latão com teores de zinco entre 20 e 30 % apresentam maior dutilidade (alongamento) do que o cobre comercialmente puro e do que os latões com teores de zinco mais baixos. Embora os latões sejam mais duros que o cobre comercialmente puro, são ligas que endurecem por deformação a uma taxa muito mais baixa do que o cobre comercialmente puro, e assim o chamado “empescoçamento” (redução de seção reta causada pela deformação) somente ocorre para uma deformação bem maior. Deste modo, ao se deformar uma dessas ligas numa matriz, a mesma pode se deformar consideravelmente antes que ocorra o empescoçamento, o qual leva a uma mudança dimensional indesejada e finalmente à fratura. As ligas que mais mantêm essa característica para maiores graus de deformação a frio são PAGE \* MERGEFORMAT 11 os latões que contêm de 20 a 30 % de zinco, bem mais do que os latões com menores teores de zinco, embora de um modo geral ocorra perda de ductilidade em todos os latões com o aumento da deformação a frio. Outro aspecto importante dos latões é a grande influência do tamanho de grão inicial sobre as características de deformação durante os processos de fabricação. Quando o grão é grosseiro o suficiente para igualar, ou mesmo exceder, a espessura da chapa (ou do corpo-de-prova de ensaio de tração) então praticamente quase não há contornos de grão para inibir o deslizamento e contribuir para o encruamento, e à medida que o grão cresce o latão apresenta menor alongamento até a fratura. Sendo assim, o controle do tamanho de grão antes da deformação a frio é muito importante, e os recozimentos anteriores devem ser rigorosamente controlados, quanto ao tempo e à temperatura, para produzir grãos finos. Nos latões com teores de zinco mais elevados, acima de 35 % e chegando até 40 %, ocorre a presença de fase beta, ou seja, ao contrário dos latões com menos de 35 % de zinco, que são monofásicos (contêm somente a fase alfa), os latões com teores de zinco mais elevados são bifásicos (contêm fases alfa e beta). Estes latões bifásicos apresentam transformações de fase mais complexas, que dão origem a uma maior variedade de microestruturas e, conseqüentemente, de propriedades. Esse tipo de liga é utilizado industrialmente basicamente devido à sua excelente trabalhabilidade a quente e excelente usinabilidade. Dentre estas ligas sobressai-se o latão com 40 % de zinco, também conhecido comercialmente como metal de Muntz. 2.3.2 Aplicações Os latões são aplicados na indústria para os mais diversos fins, dependendo de sua composição química. A seguir faz-se uma breve descrição das principais aplicações de alguns tipos de latões mais utilizados. Latão C 210 (95 % de cobre e 5 % de zinco) – Esta liga, que não é suscetível à dezincificação, tipo de corrosão mais freqüente nos latões com maiores teores de zinco, na qual o zinco é atacado preferencialmente e eliminado da liga, é muito utilizada na fabricação de moedas, medalhas, emblemas, jóias e placas, sendo também usada como base para aplicação de ouro e de esmaltes vítreos. Latão C 220 (90 % de cobre e 10 % de zinco) – Possui características bem semelhantes à do C 210, sendo usada em arquitetura (ferragens, condutos e peças ornamentais) e na fabricação de objetos decorativos. Além disso, é usada em algumas aplicações específicas na fabricação de munição, porém em escala muito inferior ao freqüente uso do latão C 260 (30 % de zinco) para a fabricação desse tipo de produto. Latão C 230 (85 % de cobre e 15 % de zinco) – Juntamente com os latões C 210, C 220 e C240, consitui o chamado grupo dos latões vermelhos (também conhecido como “tombacks”), ligas monofásicas (fase alfa) que possuem características muito semelhantes entre si, marcadamente sua elevada resistência à corrosão e à dezincificação em particular, tendo porém como desvantagem seu maior custo, associado ao maior consumo de cobre, metal bem mais caro do que o zinco, na sua fabricação. Provavelmente sua mais freqüente aplicação é a fabricação de zíper para vestimentas, muito embora também seja utilizado na fabricação de bijuteria e de alguns componentes PAGE \* MERGEFORMAT 11 • Computadores: Os computadores pessoais possuem em média 1,5 kg de cobre, uma vez que este material oferece ótima condutibilidade elétrica. O cobre transmite os sinais elétricos com uma resistência 40% menor que a do alumínio, e as conexões de transistores feitas de cobre transportam a eletricidade até 15% mais rápido. Com a aplicação destes benefícios aos chips de computadores, a produção foi acelerada e a quantidade de chips necessária para realizar um determinado trabalho também diminuiu, graças a sua maior eficiência. Isso significa que o bom uso do cobre nos chips tem uma importante função no poder de processamento dos computadores modernos. Considerado o cérebro do computador, o microprocessador é só um dos muitos componentes que estão conectados entre si por faixas de cobre ou suas ligas. O metal também conecta outros integrantes como os processadores e cartões. O cobre ainda se encontra no sistema de ventilação, na tela e em todo o cabeamento elétrico. • Rotor de cobre para motores elétricos A indústria de motores observou que substituir a estrutura condutora de alumínio do rotor por cobre incrementaria a eficiência em energia elétrica do motor e consequentemente reduziria os custos operacionais durante sua vida útil. Este fato, unido ao aumento da consciência energética nos consumidores, está impulsionando a introdução dos rotores de cobre em motores de menor potência, estimulando sua incursão no novo mercado dos eletrodomésticos. A eficiência dos motores com rotores de cobre chegou a uma média de 90,7%, nível que supera a dos motores produzidos atualmente e a média fixada pelas normas existentes. Também se mostrou que este tipo de motor reduz as perdas totais entre 15% e 20% e, além disso, diminui a temperatura operacional do motor, fato que afeta positivamente a durabilidade do aparelho. Em conseqüência, os rotores de cobre têm alta qualidade, menos porosidade e equilíbrio quase perfeito, melhorando seu desempenho e também tornando desnecessário o uso de contrapesos e reduzindo os custos. Por todas estas razões, alguns motores industriais, com aplicações especiais ou aqueles muito grandes, estão sendo desenvolvidos com estruturas de rotores de cobre. 3.1 Meio Ambiente • O cobre reduz os gases de efeito estufa O cobre poderia ter uma função preponderante para fazer que as nações do mundo sejam mais eficientes energeticamente. Ao utilizar cobre em vez de materiais com menor eficiência energética, utiliza-se mais da energia gerada para capturar os benefícios dos produtos que utilizamos. A maior eficiência elétrica reduz a demanda elétrica, o que por sua vez reduz o consumo de combustíveis fósseis. Um menor consumo de combustíveis fósseis significa menos emissões de gases de efeito estufa, o que a sua vez reduz o impacto da sociedade sobre a mudança climática (por exemplo, no aquecimento global). PAGE \* MERGEFORMAT 11 A indústria do cobre está procurando programas para reduzir a demanda de energia de maneira que se beneficie o ambiente e não se atinja negativamente o padrão de vida. Estes programas, que operam sem o uso de mandatos governamentais, confiam nas forças do mercado e nas novas tecnologias para nos levar a um futuro melhor. • Programa de eficiência de energia elétrica Existe um programa de eficiência de energia elétrica na América do Norte que compara o maior custo dos motores eficientes e os sistemas de entrega elétrica com os menores custos de utilizar sistemas mais eficientes. Esta informação ajuda a determinar quando tem sentido econômico converter a sistemas de motores e entrega elétrica mais eficientes. • O programa de rotor de motores pode reduzir as plantas de potência Nos Estados Unidos se está financiando um programa de rotor de motores que está desenvolvendo uma nova tecnologia para permitir usar cobre em vez do alumínio, menos eficiente, nos rotores dos motores. Substituir o alumínio por cobre nos rotores dos motores oferece substanciais aumentos na eficiência energética. O programa de rotor de motores tem o potencial para eliminar a necessidade de até 3,5 plantas de potência de 600 MW nos Estados Unidos. Seu impacto positivo a nível global seria ainda maior, já que as plantas de potência produzem gases que são responsáveis pelo aquecimento global. Veículos elétricos que reduzem os gases de efeito estufa Os veículos elétricos terão um grande impacto na infra-estrutura de fornecimento de energia e oferecerão enormes reduções nas emissões de gás de efeito estufa, porque utilizam a energia em uma forma muito mais eficiente que os motores de combustão interna. • Cobre reciclável Desde tempos pré-históricos, o cobre foi um dos materiais mais valiosos e mais reciclados da sociedade. Devido a seu alto valor intrínseco e sua fácil reciclagem, o cobre é o material renovável por excelência. Ao contrário da maioria dos outros materiais, o cobre pode reutilizar-se uma e outra vez. Virtualmente não há limites para a quantidade de vezes que o cobre pode ser reciclado em novos produtos. Não importa com que freqüência se recicla o cobre, ao refinar-se, sempre manterá suas propriedades benéficas sem perda de qualidade. De fato, não existe diferença alguma entre o cobre reciclado e o metal primário. O cobre é valorado por sua durabilidade, maleabilidade (capacidade de ser moldado), condutibilidade elétrica e térmica, resistência à corrosão, e excelentes características tanto de liga como antimicrobianas. A reciclagem é um segmento vital e crescente da oferta total de cobre. De fato, estima-se que até 40% da demanda mundial anual de cobre é satisfeita com cobre reciclado. Enquanto os restringidos ciclos de vida dos produtos continuam diminuindo os resíduos na fabricação de produtos, a tonelagem de cobre reciclado continuará aumentando. Uso Mundial Estimado de Cobre Refinado e Reciclado Fonte: Relatório Ambiental Outokumpu, 2000, p17 PAGE \* MERGEFORMAT 11 Ano Toneladas de Cobre Refinado Toneladas de Cobre Reciclado 1949 3,0 milhões 1,8 milhões 1959 4,0 milhões 2,5 milhões 1969 7,5 milhões 5,0 milhões 1979 10,0 milhões 5,8 milhões 1989 11,0 milhões 6,5 milhões 1999 14,5 milhões 7,5 milhões O cobre tem o histórico de reciclagem mais extensa entre os materiais conhecidos para a civilização. Estima-se que 80% de todo o cobre extraído durante os últimos 10 mil anos ainda está em uso na atualidade. Em tempos de guerra, os sinos das Iglesias, moedas e outros artefatos elaborados de cobre se fundiam para fabricar canhões, balas e outras armas. Em tempos de paz, estas armas se voltaram a fundir para produzir bens de consumo e insumos industriais vitais. Na atualidade, a fonte mais importante de cobre reciclado provém de produtos que finalizaram seu ciclo de vida funcional. Entre eles se encontram os resíduos de construção (instalações de encanamentos, gás, calefação ou cabos elétricos), e aparelhos elétricos (desde computadores até celulares, incluindo motores). As placas exteriores do famoso “Colosso de Roda” na Antiga Grécia se fizeram em cobre. Quando a estátua foi destruída, seu cobre se reciclou, provavelmente numerosas vezes ao longo das diferentes eras. A eletrônica de cobre em seu computador portátil pode-se ter usado 5 mil anos atrás para confeccionar belíssimos ornamentos para um rei egípcio. As moedas de cobre em seu bolso puderam ter se usado faz 500 anos para fabricar canhões para a Armada Espanhola. E os artefatos sanitários de cobre baixo sua máquina de lavar pratos puderam ter se usado para fabricar ferramentas na Idade de Bronze, sinos de igreja no Renascimento, ou arames elétricos em um edifício que foi demolido justo no ano passado. PAGE \* MERGEFORMAT 11
Docsity logo



Copyright © 2024 Ladybird Srl - Via Leonardo da Vinci 16, 10126, Torino, Italy - VAT 10816460017 - All rights reserved