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Atualização em Curativos, Notas de estudo de Enfermagem

Atualização em Curativos - COFEN

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 27/12/2009

rafael-junqueira-1
rafael-junqueira-1 🇧🇷

4.7

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Baixe Atualização em Curativos e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! ATUALIZAÇÃO EM CURATIVOS Enf PAULO SERGIO ARTUZO Ac Enf LEANDRO MACHADO ANATOMIA DA PELE A pele é constituída de duas camadas principais – a epiderme e a derme. Cada uma delas é composta de tipos de tecidos diferente e tem funções distintas O tecido subcutâneo é composto pelos tecidos adiposo e conjuntivo, além de grandes vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos. A espessura da epiderme, da derme e subcutâneo variam entre diferentes pessoas e partes do corpo. ANATOMIA DA PELE FISIOLOGIA DA PELE A pele é o maior órgão do corpo humano, constituindo cerca de 10% do peso corporal. Está constantemente exposta a agressões físicas, químicas e mecânicas, que podem ter conseqüências físicas permanentes ou não. ASPECTOS PSICOLÓGICOS Mantendo a metodologia de atendimento holístico do assistido não devemos pensar simplesmente em sua lesão cutânea, mas sim nele como um todo... Integrando corpo e alma! Sabemos que a manifestação da ferida pode ter várias origens, podendo inclusive denotar o nível de desenvolvimento de uma população. ASPECTOS PSICOLÓGICOS A ferida é um problema sócio-econômico e educacional, pois para a cicatrização das lesões são importantes a boa nutrição, assiduidade corporal e higiene da área afetada. Na condição de miséria e fome, que grande parte da população mundial está sujeita, o “viver da doença” passa a ser um aspecto comum. Devemos aprender a valorizar os aspectos psicológicos do portador de feridas, a salientar mais uma vez a importância da abordagem interdisciplinar, necessitando em muitos casos da intervenção do psicólogo. CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS Quanto ao diagnóstico etiológico: Define a origem da doença que propiciou o aparecimento da lesão cutânea. CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS Quanto à morfologia: Descreve a localização, número, dimensão e profundidade. CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS Quanto ao grau de contaminação: limpa, contaminada ou infectada. CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS Quanto à característica do exsudato: Descreve a sua presença ou ausência, aspecto, coloração e odor. CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS Quanto à característica do leito da ferida: Necrótico, fibrinoso, necrótico- fibrinoso, granulação e epitelização. CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS Quanto à evolução da ferida: Aguda ou crônica. CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS Quanto ao tipo de cicatrização: Primária, secundária ou primária tardia. CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS Segundo a Cor: Amarelo: indica a presença de exsudato ou secreção e a necessidade de limpeza da ferida. O exsudato pode ser amarelo-claro, amarelo-cremoso, amarelo-esverdeado ou bege. CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS Segundo a Cor: Preta: indica a presença de necrose. O tecido necrótico torna mais lenta a cicatrização e proporciona um local para proliferação de microrganismos. Área hiperemiada Epiderme Derme Tecido subcu- N tâneo Músculo —— Osso ESTADIAMENTO E DOCUMENTAÇÃO DAS ÚLCERAS DE PRESSÃO Estágio 2 Perda cutânea de espessura parcial envolvendo epiderme ou derme. A úlcera é superficial e manifesta- se clinicamente por abrasão, flictema ou cratera rasa. Documente e descreva comprimento, largura e profundidade. Todas as úlceras de pressão em estágio 2 têm profundidade, pois a ferida já penetrou a epiderme. Nas úlceras de pressão superficiais, a profundidade pode ser descrita com inferior a 0,1 cm. Qualquer profundidade igual ou maior do que 0,1 cm deve ser medida com precisão, com ajuda de algum dispositivo para esse fim. Epiderme —— E bg AR Eras esa E — Tecido subcu- tâneo Osso ESTADIAMENTO E DOCUMENTAÇÃO DAS ÚLCERAS DE PRESSÃO Estágio 4 Perda cutânea de espessura total com destruição extensa, necrose tecidual ou lesão muscular, óssea ou das estruturas de suporte ( por ex.: tendão ou cápsula articular). A formação de túneis ou de tratos fistulosos também pode estar associada à úlcera de pressão em estágio 4. Documente e descreva comprimento, largura e profundidade, bem como a presença de formação de túneis (se houver) e as estruturas de suporte subjacentes visíveis (fáscia, músculo e osso). Se houver tecido necrótico, o estadiamento exato da úlcera de pressão só será possível, quando a descamação ou a úlcera tiverem sido desbridadas e a base da ferida tornar-se visível. Epiderme — Músculo — FASES CICATRICIAIS A reparação tecidual ocorre em três fases distintas, complexas, dinâmicas e sobrepostas. A liberação de mediadores ocorre em cascata, atraindo estruturas à periferia da região traumatizada. O conhecimento das fases evolutivas do processo fisiológico cicatricial é fundamental para o tratamento adequado da ferida. FASES CICATRICIAIS Fase de Maturação ou Remodelação: A terceira etapa pode durar de meses a anos. Ocorre reorganização do colágeno, que adquire maior força tênsil e empalidece. A cicatriz assume a coloração semelhante à pele adjacente. FORMAS DE CICATRIZAÇÃO Cicatrização Primária: Advém da sutura por planos anatômicos. Na cicatrização primária não há perda tecidual.  Pode ocorrer complicações como isquemia peri-sutura em decorrência de técnica inadequada, presença de corpo estranho, coleção de líquidos, hematomas e infecção superficial. Esses fatores poderão evoluir à deiscência de sutura cirúrgica. FORMAS DE CICATRIZAÇÃO Cicatrização Secundária: Quando a evolução cicatricial da ferida é espontânea chama-se secundária. FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃO Fatores Sistêmicos • Faixa etária: A idade avançada diminui a resposta inflamatória. • Estado Nutricional: O estado nutricional interfere em todas as fases da cicatrização. A hipoproteinemia diminui a resposta imunológica, síntese de colágeno e função fagocítica. FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃO Doenças Crônicas: Enfermidades metabólicas sistêmicas podem interferir no processo cicatricial. Terapia Medicamentosa Associada: A associação medicamentosa pode interferir no processo cicatricial, como, por exemplo: - antiinflamatórios, - antibióticos, - esteróides e - agentes quimioterápicos. FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃO Tratamento Tópico Inadequado A utilização de sabão tensoativo na lesão cutânea aberta pode ter ação citolítica, afetando a permeabilidade da membrana. A utilização de soluções anti-sépticas também podem ter ação citolítica. Quanto maior for à concentração do produto maior será a sua citotoxidade, afetando o processo cicatricial. Essa solução em contato com secreções da ferida tem a sua ação comprometida. ASPECTOS ÉTICOS NO TRATAMENTO DE FERIDAS NEGLIGÊNCIA Não obstante todas essas condutas tenham de ser evitadas, a negligência é considerada, no âmbito ético-profissional, a mais grave dos três. É o erro cometido com consciência de como deve ser feito o tratamento da ferida e sem a existência de algum fator de impedimento, porém, por mero desleixo, menosprezo ou indolência, não é realizado adequadamente. CONTROVÉRSIAS NO TRATAMENTO  DE FERIDAS CURATIVO SECO X CURATIVO ÚMIDO O curativo úmido: - protege as terminações nervosas superficiais, reduzindo a dor, - acelera o processo cicatricial, - previne a desidratação tecidual e a morte celular, - promove necrólise e fibrinólise. O curativo seco é recomendado em feridas cirúrgicas limpas, com sutura direta. A troca é, geralmente, diária, até a retirada dos pontos. CONTROVÉRSIAS NO TRATAMENTO  DE FERIDAS LIMPEZA SOLUÇÃO FISIOLÓGICA X LIMPEZA MECÂNICA A limpeza com solução fisiológica a 0,9% é indicada para hidratar a ferida e acelera a cicatrização, evitando o traumatismo direto da ferida. A limpeza mecânica provoca traumatismo do tecido em cicatrização, retardando o processo. RESULTADO ESPERADO Cicatrização da ferida sem sinal de infecção. INVESTIGAÇÃO A investigação deve enfocar os seguintes tópicos: •A prescrição médica e/ou de enfermagem; •O tipo e a localização da ferida; •O horário da última troca; •Alergias do paciente. CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS Trocas de curativos são freqüentemente dolorosas: avaliar a necessidade relativa à dor e medicar o paciente 30 minutos antes do início do procedimento; Os pacientes geriátrico e pediátrico são freqüentemente imunodeprimidos e têm uma baixa resistência, sendo necessária uma estrita assepsia para minimizar a exposição aos microrganismos. IMPLEMENTAÇÃO - Lavar as mãos e organizar o material; *Reduzir a transmissão de microrganismo. - Explicar o procedimento ao paciente e dar assistência às suas necessidades; *Diminuir a ansiedade; *Promover a cooperação. - Avaliar o nível de dor do paciente com uso de medicação e esperar que a medicação faça efeito antes de começar, quando necessário; *Diminuir o desconforto da troca de curativos. IMPLEMENTAÇÃO - Colocar a mesa ao lado da cama próxima ao local em que será feito o curativo; *Facilitar o gerenciamento do campo e materiais estéreis. - Colocar o material na mesa ao lado da cama; *Promover a rápida troca de curativo. - Saco de lixo ao lado da cama; *Facilitar a eliminação do material contaminado. IMPLEMENTAÇÃO - Abrir o pacote de curativo; - Abrir mais pacotes de gazes; *Se o curativo for muito grande. -Colocar a agulha no frasco de solução salina, previamente aquecida à temperatura corporal; -Calçar as luvas de procedimentos; - Retirar a fita adesiva, puxando em direção à ferida e remover o curativo sujo. *Permite visualizar a área da ferida e do curativo e também a exposição para a limpeza. IMPLEMENTAÇÃO - Colocar as gazes sobre a área da ferida ou incisão até que a área esteja completamente coberta; *Prevenir a contaminação do curativo ou ferida. -Fixar o curativo com fita adesiva; - Dispensar as luvas, os materiais e guardá-los apropriadamente; *Manter o ambiente organizado. - IMPLEMENTAÇÃO -Posicionar o paciente com conforto; - Lavar as mãos; *Diminuir a expansão de microrganismos. AVALIAÇÃO Os resultados esperados foram alcançados? ALGUNS TRATAMENTOS •Solução Fisiológica •Sulfadiazina de Prata •A.G.E. – Ácido Linoleico REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Atkinson L. D., Murray M. E.: Fundamentos de enfermagem: introdução ao processo de enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1989. Candido L.C.: Tratamento Tópico e Cirúrgico de Úlcera Neuropática – “Pé Diabético” . In: Abstract Compact Disc do IV Congresso Brasileiro de Estomaterapia e I Congresso Brasileiro de Enfermagem em Dermatologia, São Paulo (SP), 2001. Declair V.: Aplicação de Triglicérides de Cadeia Média (TCM) na Prevenção de Úlceras de Decúbito. Res.Bras.Enf, 8a:4-6, 1994-A. Smetzer S.C., Bare B.G.: Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 7.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1994.
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