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Sinais vitais, Notas de estudo de Enfermagem

Os sinais vitais são indicadores das funções vitais e podem orientar o diagnóstico inicial e o acompanhamento da evolução do quadro clínico da vítima. São eles: ● Pulso; ● Respiração; ● Pressão arterial; ● Temperatura.

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 24/04/2010

gerson-souza-santos-7
gerson-souza-santos-7 🇧🇷

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Baixe Sinais vitais e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! Sinais Vitais CAPÍTULO 6 SINAIS VITAIS Os sinais vitais são indicadores das funções vitais e podem orientar o diagnóstico inicial e o acompanhamento da evolução do quadro clínico da vítima. São eles: ● Pulso; ● Respiração; ● Pressão arterial; ● Temperatura. Sua verificação é essencial na avaliação da vítima, devendo ser realizada simulta- neamente à história e ao exame físico. São mais significativos quando obtidos em série, possibilitando o acompanhamento de suas variações, e seus valores devem ser analisa- dos conforme a situação clínica. Na obtenção dos sinais vitais devemos considerar as seguintes condições: ● Condições ambientais, tais como temperatura e umidade no local, que po- dem causar variações nos valores; ● Condições pessoais, como exercício físico recente, tensão emocional e ali- mentação, que também podem causar variações nos valores; ● Condições do equipamento, que devem ser apropriados e calibrados regu- larmente. O socorrista deve estar atento, pois o uso de equipamentos inapropria- dos ou descalibrados podem resultar em valores falsos. 1. Pulso Pulso é a onda provocada pela pressão do sangue contra a parede arterial cada vez que o ventrículo esquerdo se contrai. Em locais onde as artérias de grosso calibre se encontram próximas à superfície cutânea, pode ser sentido à palpação. Cada onda de pulso sentida é um reflexo do débito cardíaco, pois a freqüência de pulso equivale à freqüência cardíaca. Débito cardíaco é o volume de sangue bombeado por cada um dos lados do coração em um minuto. A determinação do pulso é parte integrante de uma avaliação cardiovascular. Além da freqüência cardíaca (número de batimentos cardíacos por minuto), os pulsos também devem ser avaliados em relação ao ritmo (regularidade dos intervalos - regular ou irregu- lar) e ao volume (intensidade com que o sangue bate nas paredes arteriais - forte e cheio - 82 - Manual do Atendimento Pré-Hospitalar – SIATE /CBPR ou fraco e fino). O pulso fraco e fino, também chamado filiforme, geralmente está associa- do à diminuição do volume sangüíneo (hipo- volemia). Sob circunstâncias normais, existe um relacionamento compensatório entre a freqüência cardíaca e o volume sistólico. Esta compensação é vista claramente no choque hipovolêmico, no qual um volume sistólico di- minuído é equilibrado por uma freqüência car- díaca aumentada e o débito cardíaco tende a permanecer constante. Podem ser considerados normais os seguintes índices de freqüência cardíaca: ● Adultos – 60 a 100 bpm; ● Crianças – 80 a 120 bpm; ● Bebês – 100 a 160 bpm. 1.1. Taquicardia Taquicardia é o aumento da freqüência cardíaca (acima de 100 bpm nos adultos). Em vítimas de trauma pode ocorrer por hipóxia ou hipovolemia. Pode estar associada também a derrame pericárdico ou a outras causas, como por exemplo, febre, medo, sepse e exercí- cios físicos. A taquicardia sem uma causa óbvia pode indicar um evento cardíaco primá- rio. Embora a ansiedade e a dor possam causar taquicardia, em vítimas de trauma, até prova em contrário, devemos julgar que ela seja decorrente de hipóxia ou choque hipovo- lêmico ou cardiogênico. 1.2. Bradicardia Bradicardia é a diminuição da freqüência cardíaca (abaixo de 60 bpm nos adultos). Nas vítimas de trauma pode estar associada a choque neurogênico. Pode estar associada também a doenças primárias do coração ou doenças da tireóide. 1.3. Locais para Obtenção do Pulso Os melhores locais para se palpar o pulso são onde artérias de grosso calibre se encontram próximas à superfície cutânea e - 83 - Fig. 6.1 - Palpação do pulso radial. Fig. 6.2 - Palpação do pulso carotídeo. Fig. 6.3 - Ventilação. Sinais Vitais ● Taquipnéia – Respiração rápida e regular; ● Dispnéia – Respiração difícil que exige esforço aumentado e uso de múscu- los acessórios. 2.1. Procedimentos para Analise da Respiração 1) Se possível, estando a vítima consciente, coloque o braço da mesma cru- zando a parte inferior do tórax. Segure o pulso da mesma enquanto estiver obser- vando a respiração, como se estivesse palpando o pulso radial. 2) Aproxime sua face do rosto da vítima, olhando para o seu tórax. Com o tato da pele do seu rosto e com a sua audição você vai perceber o movimento da cor- rente de ar mobilizada pela respiração e com a visão você irá observar os movi- mentos de subida e descida do tórax e/ou do abdome. 3) Conte com os movimentos respiratórios durante um minuto (use relógio com marcação de segundos). Ao mesmo tempo observe o caráter e o ritmo da respira- ção. 4) Anote a freqüência respiratória, o caráter, o ritmo e a hora. Exemplo: Respi- ração normal, 16 mrpm, 10h50min. Em crianças muito pequenas o movimento torácico é menos evidente que nos adul- tos e, usualmente, ocorre próximo ao abdome. A mão colocada levemente sobre a parte inferior do tórax e superior do abdome pode facilitar a contagem da atividade respiratória. Por causa do pequeno volume e da reduzida força do fluxo de ar, em crianças também é quase impossível ouvir a respiração normal ou sentir a movimentação do ar através da boca e do nariz. 3. Pressão Arterial A pressão arterial (PA) é a pressão exercida pelo sangue no interior das artérias. Depende da força desenvolvida pela sístole ventricular, do volume sangüíneo e da resis- tência oferecida pelas paredes das artérias. O sangue sempre está sob pressão no interior das artérias. Durante a contração do ventrículo esquerdo (sístole) a pressão está no seu valor máximo, sendo chamada pressão sistólica ou máxima. Durante o relaxamento do ventrículo esquerdo (diástole) a pressão está no seu valor mínimo ou basal, sendo cha- mada pressão diastólica ou mínima. - 86 - Fig. 6.7 - Esfigmomanômetro e o estetoscópio – equipamentos utilizados para medir a pressão ar- terial. Manual do Atendimento Pré-Hospitalar – SIATE /CBPR A pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio (mmHg). O primeiro núme- ro, de maior valor, corresponde à pressão sistólica, enquanto o segundo, de menor valor, corresponde à pressão diastólica. Não há um valor preciso de pressão normal, mas, em termos gerais, diz-se que o valor de 120/80 mmHg é o valor considerado ideal para um adulto jovem, entretanto, medidas até 140 mmHg para a pressão sistólica e 90 mmHg para a diastólica também podem ser aceitas como normais. Valores médios de pressão arterial considerados ideais de acordo com a idade: ● 04 anos – 85/60 mmHg; ● 06 anos – 95/62 mmHg; ● 10 anos – 100/65 mmHg; ● 12 anos – 108/67 mmHg; ● 16 anos – 118/75 mmHg; ● Adultos – 120/80 mmHg; ● Idosos – 140 a 160/90 a 100 mmHg. A posição em que a vítima se encontra (em pé, sentado ou deitado), atividade física recente e manguito inapropriado também po- dem alterar os níveis da pressão. Vítimas particularmente sob o risco de alteração dos níveis tencionais são aqueles com doença cardíaca, doença renal, diabetes, hipovolemia ou com lesão craniana ou coluna espinhal. O local mais comum de verificação da pressão arterial é no braço, usando como ponto de ausculta a artéria braquial. Os equipamentos usados são o esfigmomanômetro e o estetoscópio. Uma pressão sangüínea normal não deve ser considerada como uma clara indica- ção de estabilidade. Os pacientes saudáveis e jovens são particularmente propensos a compensar o déficit de volume. 3.1. Procedimentos para Medir a Pressão Arterial Em casos de longa duração do atendimento pré-hospitalar (resgates em locais de difícil acesso e remoção), medir a PA a cada 5 minutos, anotando cada horário de tomada e respectivos valores. - 87 - Fig. 6.8 - Método auscultatório para medir a pressão arterial. Sinais Vitais Deve-se explicar para a pessoa o que será realizado. É comum entre profissionais de saúde ocultar da vítima o valor medido. Isto costuma resultar em grande ansiedade para a vítima e, algumas vezes, em descon- forto afetivo para ambos. O mais correto é, se a vítima perguntar o valor da pressão, infor- má-lo de forma neutra e imparcial. A pressão sangüínea é difícil de ser ob- tida em crianças. O manguito deve ter largura de dois terços em relação ao comprimento da porção da extremidade onde será medida a PA (manguitos maiores dão leituras falsamen- te baixas e manguitos menores dão leituras falsamente elevadas). Os dois métodos a se- guir descritos (palpatório e auscultatório) são usados para obter a PA em crianças. O este- toscópio deve ter um diafragma pequeno o su- ficiente para cobrir apenas a área sobre o ponto do pulso (estetoscópios pediátricos são úteis). 3.1.1. Método Auscultatório 1) Posicione a vítima com o braço apoiado a nível do coração. Use, sem- pre que possível, o braço não traumati- zado. 2) Localize o manômetro de modo a visualizar claramente os valores da medida. 3) Selecione o tamanho da braça- deira para adultos ou crianças. A largu- ra do manguito deve corresponder a 40% da circunferência braquial e seu compri- mento a 80%. 4) Localize a artéria braquial ao longo da face interna superior do braço palpan- do-a. 5) Envolva a braçadeira, suave e confortavelmente, em torno do braço, centra- lizando o manguito sobre a artéria braquial. Mantenha a margem inferior da braça- deira 2,5cm acima da dobra do cotovelo. Encontre o centro do manguito dobrando- o ao meio. - 88 - Fig. 6.9 - Procedimento para medir a pressão ar- terial – método auscultatório.
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