
Diabetes mellitus



“Grave problema mundial”
“Grave problema mundial”
1) Definição
É um grupo de doenças metabólicas de diversas etiologias, caracterizado por hiperglicemia, resultante de uma secreção deficiente de insulina pelas células β, pela resistência à ação da insulina ou ambas as causas.
Diabetes infanto-juvenil
Diabetes infanto-juvenil
Diabetes insulinodependente
Difícil cicatrização é um sinal de diabetes
2) Classificação
2) Classificação
Diabetes Mellitus tipo 1(10%)
Diabetes Mellitus tipo 2 (90%)
Diabetes secundário
Diabetes gestacional
3) Etiologia
DM tipo 1
DM tipo 2
4) Manifestações clínicas
4) Manifestações clínicas
Poliúria
Polidipsia
Polifagia
Perda de peso
Fadiga, fraqueza (adnamia), prurido cutâneo e vulvar
Infecções
de repetição
5) Diagnóstico
5) Diagnóstico
Glicemia sanguínea (em jejum – 8 a 12 horas)
≥ 126 mg/dl em 2 ocasiões
≥ 200 mg/dl ocasional em paciente sintomático
Glicemia capilar (em jejum) – Para triagem e monitorização
Teste de tolerância à glicose – TTG-75g (1 a 2 horas após a ingestão de dextrosol)
≥ 200 mg/dl
Hemoglobina glicosilada ou glicada (em jejum)
Normal = 6 a 8%
Termos:
Termos:
110 a 125 mg/dl = glicemia alterada
126 a 200 mg/dl = hiperglicemia intermediária
TTG-75 entre 140 e 199 mg/dl = tolerância à glicose diminuída
6) Tratamento
6) Tratamento
Princípios fundamentais:
Educação
Planejamento alimentar (dieta)
Exercícios
Monitorização da glicose
Terapia farmacológica quando necessário
Objetivos do tratamento:
Objetivos do tratamento:
Manter níveis glicêmicos dentro ou mais próximo possível da normalidade;
Manter peso corporal ideal, níveis lipêmicos normais e controle da PA;
Eliminar sintomas clínicos e melhorar a qualidade de vida;
Prevenir as complicações agudas;
Prevenir ou retardar as complicações crônicas.
Tratamento medicamentoso
Tratamento medicamentoso
Indicações:
Glicemia > 200mg/dl na ocasião do diagnóstico
Glicemia > 140mg/dl após implementação da dieta e exercícios
Pacientes ainda sintomáticos
GRUPOS DE MEDICAMENTOS:
GRUPOS DE MEDICAMENTOS:
1.Antidiabéticos ou Hipoglicemiantes orais:
1.1 Sulfoniluréias
Indicação: DM tipo 2 não-obeso, não controlado com dieta e exercícios.
Ação: Estimulam a secreção de insulina pelo
pâncreas.
Contra-indicações: Gravidez, redução importante do funcionamento das células beta (DM tipo 1 ou DM pancreático, gravidez, grandes cirurgias, infecções severas, estresse), reações adversas, predisposição a hipoglicemias severas.
Efeitos colaterais: Hipoglicemia, ganho de peso, reações cutâneas, intolerância digestiva, leucopenia, anemia hemolítica, trombocitopenia.
Efeitos colaterais: Hipoglicemia, ganho de peso, reações cutâneas, intolerância digestiva, leucopenia, anemia hemolítica, trombocitopenia.
Principais sulfoniluréias:
Glibenclamida 5mg (Daonil, Euglucon)
Dose: 2,5 a 20mg/dia
Glipizida 5mg (Minidiab)
Dose: 2,5 a 20mg/dia
Glicazida 80mg (Diamicron)
Dose: 40 a 320mg/dia
Glimepirida 1, 2 ou 4mg (Amaryl)
Dose: 1 a 6mg/dia
Observações: Iniciar com doses baixas, pode ser usada associada a biguanida.
Associações de risco:
Associações de risco:
AAS, álcool, anticoagulantes, alopurinol
(aumentam o efeito)
Barbitúricos, rifampicina, diuréticos e corticóides
(diminuem o efeito)
1.2 Biguanidas
Indicação: DM tipo 2 obeso, com hiperglicemia não controlada com dieta e exercícios. Associada a sulfoniluréia na hiperglicemia não controlada.
Ação : Aumenta o aproveitamento da insulina
pelos tecidos e diminui a produção hepática de
glicose.
Contra-indicações: Gravidez, DM tipo 1
Efeitos colaterais: Anorexia, náuseas, vômitos e diarréia (pouco provável quando usada após as refeições).
Efeitos colaterais: Anorexia, náuseas, vômitos e diarréia (pouco provável quando usada após as refeições).
Principal biguanida: Metformina
Nomes comerciais:
Glucoformin 500 e 850mg
Dose: 500 a 1700mg/dia
Glifage 500 e 850mg
Dose:500 a 1700mg/dia
Dimefor 850mg
Dose: 850 a 1700mg/dia
Observações: Interromper o uso 72h antes de exame radiológico que use contraste iodado e cirurgia que exija anestesia geral. Evitar associação com salicilatos, fenotiazinas e barbitúricos.
Outros agentes hipoglicemiantes:
Outros agentes hipoglicemiantes:
Inibidores da alfa-glicosidase:
Agem retardando a absorção de glicose no sistema intestinal. Acarbose (Precose) e Miglitol (Glyset)
Tiazolidinedionas:
Agem estimulando a ação da insulina. Podem afetar a função hepática. Pioglitazona (Actos) e Rosiglitazona (Avandia)
Meglitidinas:
Agem estimulando a liberação de insulina pelo
pâncreas. Repaglidina (Prandin) e Nateglidina (Starlix)
Insulina
Insulina
Indicação
Ação
Classificação:
Quanto a origem:
humana, bovina, suína e mista
Quanto a duração:
CURTA: Rápidas e ultra-rápidas - Insulina Regular
(cristalina ou simples)
INTERMEDIÁRIA: Lentas e NPH
PROLONGADA: Ultralenta (Glargine)
*Associações: 70% NPH/30% Regular
Efeitos colaterais: hipoglicemia, ganho de peso, lipohipertrofia, agravamento temporário da retinopatia, alergia local ou sistêmicas, infecções nos locais de aplicação
Dosagem: 0,5 a 1U/Kg/dia. - Geralmente 2/3 da dose pela manhã, no desjejum e 1/3 no jantar.
Dosagem: 0,5 a 1U/Kg/dia. - Geralmente 2/3 da dose pela manhã, no desjejum e 1/3 no jantar.
DM tipo 1:
- Pode chegar a 1,5U/Kg/dia na puberdade e durante infecções, situações de estresse.
- Em atividades físicas pode ser inferior a 0,5U/Kg/dia
DM tipo 2:
- Glicose acima de 270mg/dl, principalmente sintomáticos.Ou caso não alcance a redução com os medicamentos orais.
- Gravidez, se não diminuir com a dieta.
- Descontrole devido cirurgias, infecções, estresse, AVE, IAM.
- Pode ser associado ou não aos orais.
Conforme os valores da glicemia: 6/6 horas:
Conforme os valores da glicemia: 6/6 horas:
Até 200mg/dl – 0
201 a 250mg/dl – 4 a 6U
251 a 300mg/dl – 8 a 10U
Acima de 300mg/dl – 12 a 14U
Ou conforme prescrição médica
Exames de rotina para o portador de DM:
Exames de rotina para o portador de DM:
Hemograma completo
Glicemia em jejum (mensal ou SQN)
Hemoglobina glicada
Colesterol total, LDL, HDL, Triglicerídeos (lipídios séricos)
Creatinina e uréia séricos
Urina tipo 1
Microalbuminúria
TSH
ECG
Verificação da pressão arterial, peso e circunferência abdominal
Exame oftalmológico
Exame dos pés
Metas:
Metas:
PA < 130x80 mm/Hg
CA < 102 cm para o homem e < 88 para as mulheres
Hb Glicada < 7%
Triglicerídeos < 150 mg/dl
Colesterol total < 200 mg/dl
LDL < 100 mg/dl
HDL > 40 mg/dl
Alimentação saudável, perda de peso
Não fumar
Exercícios 30 min. a 1 hora/dia
Vacinação em dia (influenza)
Exercícios:
Exercícios:
Caso 1: FSL, 68 anos, sexo masculino, realizou exames laboratoriais pré-operatórios para cirurgia de catarata, não tem história de outras doenças. Ao exame: PA = 180x90 mm/Hg, peso = 89 Kg. Entre os resultados dos exames, os que mais chamaram a atenção do enfermeiro foram: glicemia = 179 mg/dl e colesterol = 265 mg/dl.
Como deve ser interpretado o valor da glicemia?
Que condutas devem ser tomadas?
Caso 2: MLC, 74 anos, sexo feminino, é portadora de DM tipo 2 há 19 anos, vem usando glibenclamida 5 mg 2x ao dia e metformina 500 mg 2x ao dia. Em uma consulta de rotina apresentou os seguintes exames laboratoriais: glicemia = 345 mg/dl, colesterol total = 232 mg/dl, triglicerídeos = 299 mg/dl.
Caso 2: MLC, 74 anos, sexo feminino, é portadora de DM tipo 2 há 19 anos, vem usando glibenclamida 5 mg 2x ao dia e metformina 500 mg 2x ao dia. Em uma consulta de rotina apresentou os seguintes exames laboratoriais: glicemia = 345 mg/dl, colesterol total = 232 mg/dl, triglicerídeos = 299 mg/dl.
Que condutas devem ser tomadas?
O que pode ter ocasionado a elevação destas taxas?
7) Emergências em DM (complicações agudas)
7) Emergências em DM (complicações agudas)
7.1. Hipoglicemia
- Glicose < 60 mg/dl
- Causas
- Manifestações clínicas
- Tratamento:
Consciente: Ingerir alimento doce.
Torporoso ou comatoso: Fazer no hospital glicose a 50% EV (2 a 5 ampolas), mantendo-se em coma fazer infusão de SG a 5% ou manitol a 20%. Monitorizar glicemia, SSVV e funções neurológicas
7.2. Hiperglicemia
7.2. Hiperglicemia
Cetoacidose diabética
Coma hiperosmolar não-cetótico
- Causas
Manifestações clínicas
Tratamento:
Reduzir a hiperglicemia com uso de insulinas;
Tratar distúrbios hidroeletrolíticos;
Assistência ventilatória, SNG, SVD
Monitorizar SSVV;exames de laboratório: glicemia,
eletrólitos, gasometria; funções neurológicas; PVC
e balanço hídrico
8) Complicações crônicas (tardias)
8) Complicações crônicas (tardias)
Classificação:
Microvasculares - Retinopatia
- Nefropatia
Macrovasculares - Doença coronariana
- AVC
- Doença vascular periférica
Neuropatia periférica
Retinopatia diabética
Retinopatia diabética
Causa mais comum dos novos casos de
cegueira, mais freqüente no DM tipo 1. Após
20 anos de doença quase todos os do tipo 1
e mais de 60% do tipo 2 já terão
desenvolvido.
- Manifestações clínicas
- Diagnóstico/prevenção
Nefropatia diabética
Nefropatia diabética
3ª causa mais freqüente de IRC, mais
comum no tipo 1 (30 a 40%). Início depois
de 7 a 10 anos de doença. Fatores de risco:
pobre controle glicêmico, HAS, fatores
genéticos, tabagismo, infecções urinárias,
uso de drogas nefrotóxicas.
- Manifestações clínicas
- Diagnóstico/prevenção
Neuropatia diabética
Neuropatia diabética
Complicação crônica mais freqüente e
precoce, podendo atingir a grande maioria
(80 a 100%) a longo prazo. Em geral surge
de 5 a 10 anos de doença e já existe em 8 a
12% dos casos novos.
- Manifestações clínicas
- Diagnóstico/prevenção
PÉ DIABÉTICO
PÉ DIABÉTICO
Lesão que ocorre nos pés do diabético
devido a neuropatia diabética e/ou a doença
vascular periférica. As úlceras não surgem
espontaneamente e sim decorrentes de
traumas, complicando com as infecções e
as osteomielites, podendo levar a
amputação.
Categoria de Risco 0
Categoria de Risco 0
Inclui todos os pacientes que foram diagnosticados como portadores de diabetes e que retém níveis protetores de sensibilidade.
Categoria de Risco 1
São aqueles clientes que não tiveram úlceras nos pés, porém perderam os níveis de sensibilidade protetora.
Categoria de Risco 2
São aqueles clientes que perderam a sensibilidade e
apresentam deformidade no pé, porém não apresentam úlceras.
Categoria de Risco 3
Categoria de Risco 3
- São aqueles que não apenas perderam a sensibilidade
- mas apresentam uma história pregressa de ulceração de
- pé.
Cuidados com os pés
Cuidados com os pés
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HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
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