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A Importancia da Gestão de Risco nas Empresas, Notas de estudo de Contabilidade

Faz uma abordagem da gestão de risco nas empresas, sob a ótica da ciencia atuarial.

Tipologia: Notas de estudo

2010
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Compartilhado em 09/05/2010

lucas-otavio-8
lucas-otavio-8 🇧🇷

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Baixe A Importancia da Gestão de Risco nas Empresas e outras Notas de estudo em PDF para Contabilidade, somente na Docsity! PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Curso de Graduação em Ciências Contábeis A IMPORTÂNCIA DA GERÊNCIA DE RISCO PARA AS EMPRESAS Lucas Otávio Pinheiro de Miranda Wellington Ferreira Ramos Belo Horizonte 2010 1 RESUMO Para a conclusão deste trabalho foi desenvolvida uma pesquisa sobre a importância da gestão de risco nas empresas. O objetivo foi identificar os riscos que permeiam as atividades das empresas em geral e salientar a importância do correto gerenciamento destes riscos para um desenvolvimento sustentável e continuo por parte da empresa, de maneira que os riscos não a afete, e caso isso ocorra que os impactos sejam os menores possíveis. A pesquisa foi feita em cima de vários trabalhos congêneres ao tema, bem como algumas publicações de profissionais que dominam o assunto; contudo pouquíssimos autores tratam do tema de forma analítica, o que fez com que a bibliografia não ficasse extensa. O Trabalho nos proporcionou um considerável crescimento e ampliou nossa visão no que tange ao conhecimento dos riscos empresariais e com certeza será de grande valia as pessoas que queiram conhecer mais do assunto, ainda que as mesmas não tenham um conhecimento prévio da área. Palavras-chave: Gestão. Risco. Empresas. 4 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 Definição de risco: Antes de mais nada devemos ter em mente um conceito do que vem a ser o risco. Solomon e Pringle citado por Souza (2002, p.149) afirma que "risco é o grau de incerteza a respeito de um evento.” "O risco está portanto, diretamente ligado à possibilidade de ocorrência de um evento futuro, esperado, ou não.” (SOUZA, 2002, p.149). Não é necessário ser nenhum gênio para entender que uma empresa atuante, está frequentemente se confrontando com situações que a colocam em exposição aos riscos. Toda empresa quer ter um desenvolvimento sustentável; todavia, o risco é inerente a qualquer aspiração de ascensão. Apesar do gerenciamento destes riscos serem de fundamental importância para o crescimento seguro e sustentável das empresas, nem todas os gerenciam como deveriam. 2.2 O Risco na última década: A maioria das corporações enfatizam muito o risco financeiro de suas operações cotidianas, e se esquecem ou desdenham dos riscos que podem afetar sua imagem diante do mercado, dos investidores ou até mesmo suas operações internas. Isto se deve a uma questão cultural, pois apesar de atualmente as corporações enfatizarem muito a gerencia de risco, e da profissão de atuário existir a mais tempo; não faz muito tempo que a gestão de risco começou a ser embutida com ênfase no meio empresarial. Santos afirma que: [...] a adoção de gestão de riscos nas empresas é muito recente, pois somente a partir de 1995 é que tais profissionais começaram a aparecer nos organogramas das companhias americanas. (SANTOS, 2002, p.76). 5 O gerenciamento dos riscos dentro do contexto empresarial, apesar de ser de grande importância; em algumas áreas ou ambientes só passou a ser valorizado após incidentes de grande repercussão. O cenário da gestão de risco nas empresas vem sendo modificado com o decorrer do tempo, devido a grandes catástrofes que tem molestado corporações de renome, e isto tem servido como objeto de reflexão para os profissionais da área e também para os CEO’s no que tange a adoção de uma visão mais abrangente dos riscos. Exemplos de fatos que serviram para despertar a reflexão de muitos em 2001 foi o escândalo da Enron e o atentado terrorista de 11 de setembro. Estes dois fatos demonstraram a total fragilidades das corporações e a falta de procedimentos estratégicos e operacionais no que tange aos controles internos, transparência nas suas operações e continuidade de negócios. Esses dois fatos também resgataram um conceito surgido na década de 80, o ERM – Enterprise Risk Management, que naquela época já defendia a visão integrada e holística dos riscos corporativos. (BRASILIANO, 2007, p.4). Tendo em vista este cenário, vamos procurar mostrar os riscos que permeiam as atividades empresariais em geral, e daremos ênfase na sua importância segundo abordagem pelos profissionais da gestão de risco. 2.3 Os Tipos de Risco De acordo com Santos (2002) os riscos podem ser oriundos do ambiente externo e ou ambiente interno. Os riscos do ambiente externo provavelmente sejam os riscos mais perigosos devido a limitação no relacionamento do administrador com a empresa e sua percepção muita das vezes focada nos acontecimentos internos. Todavia os riscos internos não são menos importantes, e se não forem bem gerenciados a empresa pode ser afetada por problemas oriundos do interior de suas instalações ou operações. 6 2.3.1 Riscos Externos Esses riscos sob a ótica de Santos (2002) são divididos em dois níveis: o Macroambiente e o Ambiente Setorial. 2.3.1.1 Riscos do Macroambiente : O Macroambiente encontra-se mais distante do dia-a-dia da empresa, o que torna bastante difícil identificar se e em que magnitude algum evento terá impacto na organização. A sobrevivência e o crescimento a longo prazo, porém, dependerão diretamente da forma como tais riscos serão gerenciados. (SANTOS, 2002, p.27). Segundo Santos (2002) os riscos do macroambiente se classificam em: • Riscos Político-Legais • Riscos Econômicos • Riscos Demográficos • Riscos Naturais • Riscos Tecnológicos • Riscos Sociais 2.3.1.2 Riscos do Ambiente Setorial Os riscos setoriais são os mais próximos das operações da empresa, e por isso não são necessáriamente mais importantes que os outros, mas, merecem um cuidado especial, tendo em vista que os resultados a curto prazo dependem de um gerenciamento minucioso dos mesmos. Quanto a isso, Santos (2002) diz que: Os interesses e expectativas dos componentes do ambiente setorial são normalmente antagônicos em relação aos da 9 • Riscos da Área Contábil e Fiscal • Riscos da Área de Distribuição 3 GERENCIAMENTO DE RISCO 3.1 Instrumentos para o gerenciamento de risco Como visto anteriormente, o risco é algo inerente ao negócio, quanto maior o risco maior o provável retorno. Todo empreendedor via de regra, necessita de um bom gerenciamento de riscos para a sobrevivência do mesmo no mercado. Segundo Santos (2002, p.75) “A empresa está constantemente exposta a riscos que podem provocar perdas financeiras e até conduzi-las à quebra”. Por essa ótica o gerenciamento de risco se torna uma conduta de vital importância para as organizações. Um dos pontos chave para um bom gerenciamento de riscos é a criação de um departamento responsável pelo mesmo: [...] Parece vantajoso, portanto, a existência de um departamento com a função formal de gerenciamento de riscos agindo no sentido da percepção, análise, quantificação e divulgação aos setores componentes dos riscos internos e externos reais e potenciais. (SANTOS, 2002 p.75). Embasado em Santos (2002, p.76) “Muitas empresas nacionais como a Net (ex-Globo Cabo) e a CSN, [...] possuem em suas estruturas um Chief Risk Officer – CRO, encarregado da identificação, avaliação e solução dos problemas. A KPMG divulgou pesquisa feita em 2000 com mais de 450 empresas brasileiras em que 11% delas tinham um CRO, enquanto outra pesquisa, também da KPMG feita em 2000 e com as 500 maiores empresas americanas listadas na Fortune, revelou que 14% das mesmas tinham tal profissional e, ainda , que 81% delas já tinham abordagem de gerenciamento de riscos como comitês internos ou contratos com consultorias. (SANTOS, 2002, p.76). 10 A tabela abaixo representa em relação a pesquisa supra citada, as principais áreas ou atividades para as quais as empresas têm, ou pretendem ter, um plano de gestão de riscos(em porcentagens de respostas): Área ou atividade Pretensão de um plano de gestão de riscos Tecnologia da informação 12,0% Seguro e Hedge 11,0% Operacional 9,0% Meio ambiente 8,0% Legal e jurídica 8,0% Finanças 8,0% Gerenciamento de clientes 7,0% Segurança e privacidade 5,0% Capital humano 5,0% Atuação da concorrência 5,0% Cadeia de suprimentos 5,0% Manutenção das atividades 4,0% Gerenciamento de imagem/marca 4,0% Fraude 4,0% Forças externas 1,0% Outros 4,0% Total respostas 100,0% FONTE: Adaptado de SANTOS, 2002 FIGURA 1 – Tabela de pretensão de um plano de gestão de riscos É óbvio que dependendo do porte da empresa o custo da criação de um departamento de gerenciamento de risco sobrepõe ao benefício auferido. Empresas de médio/pequeno porte podem contar pelo menos com um profissional de riscos, não tendo que constituir todo um departamento ou, ainda, com consultorias especializadas. (SANTOS, 2002, p.77). Segundo Santos (2002), “É importante que se constitua um Comitê de Riscos com pelo menos um representante de cada área mais eventualmente os consultores externos e os auditores da empresa. O Departamento de riscos deve coordenar as atividades de tal Comitê, agendando reuniões periódicas ou emergenciais e mantendo os registros das discussões e decisões tomadas. O Comitê de Riscos também será o responsável pelo desenvolvimento de um mapa, ou matriz de risco [...].(SANTOS, 2002 p.78). 11 Contudo, observa-se a necessidade de outras áreas incorporarem a cultura de riscos, Santos (2002), expõe como exemplos: • Compliance: área responsável pela certificação do cumprimento das normas da empresa. • Auditoria Operacional: área tradicional das empresas que precisa aderir uma cultura de riscos em seus procedimentos. • Inspetoria: área de fiscalização comum em empresas comerciais (lojas) e de serviços (transportadoras e viações). • Cadastro/Crédito: área que analisa informações cadastrais e econômico-financeiras de pretendentes a crédito. • Contabilidade/Controladoria: área à qual compete a contratação de auditores externos que irão verificar a exatidão das demonstrações contábeis da empresa. A mesma pode agir juntamente com a área de gestão de riscos. • Área de gestão de Operações de Seguros: encarregado de avaliar riscos seguráveis, contratar e monitorar os contratos de seguros. Atentando aos riscos mais enfatizados ou mais impactantes citados acima observa-se que: Pretende-se com a atividade de gerenciamento de riscos introduzir a idéia de limites e responsabilidades entre o consciente (a atividade dentro da organização) e a incerteza (a ligação entre ameaça e risco), tendo como fator de consistência a visão da instituição, inserida no contexto psicológico, social, econômico e político, para o atendimento de objetivos e metas a longo prazo. (ZAMITH, 2007, p.63). Para Zamith (2007), o fator mais importante no gerenciamento de risco é a aceitabilidade do tratamento do mesmo como elemento vital para a gestão. Tratar o risco significará admitir estar entre assumir ou eliminar a probabilidade de vir a acontecer o dano, isto é, aproveitar uma oportunidade ou permitir a existência de uma ameaça. Não se pretende apenas interferir na freqüência da ocorrência, mas também na severidade com que possa atingir o todo. (ZAMITH, 2007, p.63).
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