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Saúde do Adulto, Notas de estudo de Cultura

Guia atualizado de atendimento da saúde do adulto da secretária de saúde de SP

Tipologia: Notas de estudo

2010
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Compartilhado em 10/05/2010

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juliana-araujo-3 🇧🇷

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Baixe Saúde do Adulto e outras Notas de estudo em PDF para Cultura, somente na Docsity! PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 Protocolo de Enfermagem Atenção à Saúde do Adulto PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE PREFEITA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO MARTA SUPLICY ELABORAÇÃO TÉCNICA ENFERMEIRAS: SECRETÁRIO MUNICIPAL DA SAÚDE Gira Mio isenta á Ivonete Cássia Barbosa DRº EDUARDO JORGE MARTINS ALVES SOBRINHO Naira Regina dos Reis Fazenda Patrícia Luna COORDENADORA DO PROGRAMA Vera Helena Martinez Milanezzi SAÚDE DA FAMÍLIA Giselli Cacherick DRº ANNA MARIA CHIESA COLABORAÇÃO VICE- COORDENADORA Enf Regina Tereza Capelari - UBS Vila Formosa DR* KARINA BARROS CALIFE BATISTA Drº Carlos Alberto Machado - Sociedade Brasileira de Cardiologia EM SMS SÃO PAULO Mn PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 APRESENTAÇÃO • Esperamos que este protocolo possa contribuir para a melhoria da prática assistencial dos enfermeiros, com a ressalva de que foi elaborado na perspectiva de complementar outras publicações existentes. São Paulo, 10 de janeiro de 2003. DRA. ANNA MARIA CHIESA COORDENADORA - PSF - SMS PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ATENÇÃO À SAÚDE DO ADULTO PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 I - INTRODUÇÃO • Este material tem como objetivo orientar as ações de enfermagem na atenção à saúde do adulto com ênfase na assistência às pessoas com hipertensão arterial, diabetes mellitus e dislipidemia, uma vez que a principal causa de morbimortalidade na população brasileira são as doenças cardiovasculares. PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 II - ANAMNESE DO ADULTO (anexo 1) 1 - FAIXA ETÁRIA 20 a 60 ANOS: O que deve ser avaliado: • Riscos familiares (obesidade, hipertensão, diabetes, etc.); • Nível pressórico; • Hábitos e vícios (sexual, alimentar, tabaco, álcool, drogas, etc.); • Medicação: orientação, revisão do uso e transcrição; • Perfil psicológico (ansiedade, depressão, estresse, etc.); PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 II - ANAMNESE DO ADULTO (anexo 1) 1 - FAIXA ETÁRIA 20 a 60 ANOS: O que deve ser avaliado: • Colpocitologia oncótica (feminino); • Mamografia a partir dos 40 anos de idade (ver antecedentes familiares); • Próstata (a partir dos 40 anos de idade, exame clínico e laboratorial); • Colesterol, triglicérides e glicemia de jejum. PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 II - ANAMNESE DO ADULTO (anexo 1) O que orientar: • Atividade física regular; • Alimentação com calorias adequadas e balanceadas (anexo 2); • Fotoproteção solar; • Vacinação; • Sexo seguro; • Hábitos e vícios (abandono). PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 II - ANAMNESE DO ADULTO (anexo 1) O que orientar: • Atividade física regular; • Hábitos e vícios (abandono); • Alimentação com calorias adequadas e balanceadas; • Adequação para a segurança ambiental; • Fotoproteção solar; • Medicamentos: só fazer uso dos prescritos, evitar a polifarmácia; • Vacinação; • Sexo seguro. PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 III - HIPERTENSÃO ARTERIAL 1 - CONCEITO Ocorre quando a pressão arterial sistólica é igual ou maior que 140 mmHg e a diastólica é igual ou maior que 90 mmHg, segundo as IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 III - HIPERTENSÃO ARTERIAL 2 - CLASSIFICAÇÃO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL PAS mmHg PAD mmHg Classificação <120 <80 Ótimo <130 <85 Normal 130 - 139 85 - 89 Limítrofe 140 - 159 90 - 99 Hipertensão leve (estágio 1) 160 - 179 100 - 109 Hipertensão moderada (estágio 2) 180 110 Hipertensão grave (estágio 3) >140 <90 Hipertensão sistólica isolada O valor mais alto de sistólica ou diastólica estabelece o estágio do quadro hipertensivo. Quando as pressões sistólica e diastólica situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação do estágio. PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 4 - FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO A - FLUXOGRAMA DE BUSCA ATIVA * Os grupos de busca ativa devem contar com profissional médico ou enfermeira(o). ** Fatores de risco: tabagismo, dispilidemias, diabetes mellitus, idade acima de 60 anos, história familiar de doença cardiovascular em mulheres com menos de 65 anos e homens com menos de 55 anos. III - HIPERTENSÃO ARTERIAL PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 III - HIPERTENSÃO ARTERIAL 4 - FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO A - FLUXOGRAMA DE ACOMPANHAMENTO Obs.: O atendimento de enfermagem é realizado pelo Auxiliar de Enfermagem para verificação de pressão arterial e orientações sobre o tratamento. A periodicidade deve ser estabelecida pelo médico/enfermeira(o) da equipe. O cliente portador de hipertensão arterial não controlada deverá passar por consulta de enfermagem e a periodicidade depende da avaliação individual. PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 III - HIPERTENSÃO ARTERIAL 5 – CONSULTA DE ENFERMAGEM A – PRIMEIRA CONSULTA DE ENFERMAGEM • Investigação sobre diversos aparelhos e fatores de risco: – Dislipidemia; – Tabagismo; – Sobrepeso e obesidade; – Atividade sexual; – Doenças pulmonares obstrutivas crônicas; – Sedentarismo. PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 III - HIPERTENSÃO ARTERIAL 5 – CONSULTA DE ENFERMAGEM A – PRIMEIRA CONSULTA DE ENFERMAGEM • Antecedentes familiares: – Acidente vascular encefálico; – Doenças arteriais coronariana prematura (homens < 55 anos, mulheres < 65 anos); – Morte prematura e súbita de familiares próximos. • Perfil psicossocial: fatores ambientais e psicossociais, sintomas de depressão, ansiedade e pânico, situação familiar, condições de trabalho e grau de escolaridade. PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 III - HIPERTENSÃO ARTERIAL 5 – CONSULTA DE ENFERMAGEM A – PRIMEIRA CONSULTA DE ENFERMAGEM • Avaliação dietética, incluindo consumo de sal, bebidas alcoólicas, gorduras saturadas e cafeína; • Uso de medicamentos (anticoncepcionais, corticosteróide, descongestionantes nasais, anti-hipertensivos, etc.); • Atividade física. PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 III - HIPERTENSÃO ARTERIAL 5 – CONSULTA DE ENFERMAGEM A – PRIMEIRA CONSULTA DE ENFERMAGEM * Verificação da PA nas consultas: • Em cada consulta deverão ser realizados no mínimo duas medidas, com intervalo de 1 a 2 minutos entre si; • Caso as pressões diastólicas obtidas apresentem diferenças superiores a 5 mmHg, sugere-se que sejam realizadas novas aferições, até que seja obtida medida com diferença inferior a esse valor. PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 III - HIPERTENSÃO ARTERIAL 5 – CONSULTA DE ENFERMAGEM A – PRIMEIRA CONSULTA DE ENFERMAGEM • De acordo com a situação clínica presente, recomenda-se que as medidas sejam repetidas em pelo menos duas ou mais visitas. • As medições na primeira avaliação devem ser obtidas em ambos os membros superiores. • As posições recomendas na rotina para a medida de pressão arterial são sentada e/ou deitada. PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 III - HIPERTENSÃO ARTERIAL 5 – CONSULTA DE ENFERMAGEM B – CONSULTA DE ENFERMAGEM SUBSEQUENTE • Exame físico. • Avaliar os cuidados prescritos e resultados obtidos conjuntamente com o cliente; • Adequar se necessário os cuidados de enfermagem. PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 III - HIPERTENSÃO ARTERIAL 5 – CONSULTA DE ENFERMAGEM B – CUIDADOS DE ENFERMAGEM • Oferecer ao cliente informações em relação a doenças e à prevenção das complicações; • Estimular a adesão ao tratamento: – Estabelecendo objetivos junto com o cliente; – Através do vínculo com o paciente e familiares; – Considerando e adequando crenças, hábitos e cultura do paciente; – Realizando visita domiciliar para sensibilizar os familiares na adesão ao tratamento; – Através de busca de faltosos; – Incentivando a participação do cliente e familiares em grupos educativos. PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 III - HIPERTENSÃO ARTERIAL 5 – CONSULTA DE ENFERMAGEM B – CUIDADOS DE ENFERMAGEM Tratamento Não-Medicamentoso A(o) enfermeira(o) como os demais membros da equipe de saúde da família atua na sensibilização do cliente para intervir em fatores de riscos cardiovasculares associados à hipertensão como: tabagismo, obesidade, sedentarismo e dislipidemia (vide anexo 2 e 4). PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 III - HIPERTENSÃO ARTERIAL 5 – CONSULTA DE ENFERMAGEM B – CUIDADOS DE ENFERMAGEM Tratamento Medicamentoso Os anti-hipertensivos são classificados em seis: – Diuréticos, – Inibidores adrenérgicos, – Vasodilatadores diretos, – Inibidores da enzima conversora de angiotensina, – Antagonistas dos canais de cálcio, e – Antagonistas do receptor da angiotensina II. PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 III - HIPERTENSÃO ARTERIAL 1. A largura da bolsa de borracha do manguito deve corresponder a 40% da circunferência do braço. 2. O comprimento da bolsa do manguito deve envolver 80% a 100% da circunferência do braço. 3. A pressão diastólica deve ser determinada na fase V de Korotkoff (apenas diminuição da intensidade dos sons, pois nem sempre ocorre o seu desaparecimento total). 6 – SITUAÇÕES ESPECIAIS DE AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 III - HIPERTENSÃO ARTERIAL 6 – SITUAÇÕES ESPECIAIS DE AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL Idosos: Na medida da pressão arterial do idoso, existem dois aspectos importantes: 1. Maior freqüência de hiato auscultatório, que consiste no desaparecimento dos sons na ausculta durante a deflação do manguito. PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 III - HIPERTENSÃO ARTERIAL 6 – SITUAÇÕES ESPECIAIS DE AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL 2. Pseudo-hipertensão, caracterizada por nível de pressão arterial falsamente elevado em decorrência do enrijecimento da parede da artéria. Pode ser detectada por meio da manobra de Osler, que consiste na inflação do manguito até o desaparecimentos do pulso radial. Se a artéria continuar palpável após esse procedimento, o paciente é considerado Osler positivo. PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 III - HIPERTENSÃO ARTERIAL 7 – DIMENSÕES RECOMENDADAS DA BOLSA DO MANGUITO A tabela abaixo apresenta os diferentes tamanhos de manguito, de acordo com a circunferência do braço. Dimensões aceitáveis da bolsa de borracha para braços de diferentes tamanhos Circunferência Denominação Largura Comprimento do braço (cm) do manguito da bolsa (cm) da bolsa (cm) ≤ 6 Recém-nascido 3 6 6-15 Criança 5 15 16-21 Infantil 8 21 22-26 Adulto pequeno 10 24 27-34 Adulto 13 30 35-44 Adulto grande 16 38 45-52 Coxa 20 42 PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 III - HIPERTENSÃO ARTERIAL 8 – ORIENTAÇÃO PARA AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL A aferição da pressão arterial dever ser obrigatoriamente realizada em toda avaliação clínica de pacientes de ambos os sexos. Alguns estudos têm mostrado que na prática clínica nem sempre a aferição da pressão arterial é realizada de forma adequada. Os erros, no entanto, podem ser evitados com o preparo apropriada do paciente, uso de técnica padronizada de medida da pressão arterial e equipamento calibrado. PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 III - HIPERTENSÃO ARTERIAL 1. Explicar o procedimento ao paciente, orientar que não fale e deixar que descanse por 5 a 10 minutos em ambiente calmo, com temperatura agradável. Promover relaxamento para atenuar o efeito do avental branco. 2. Certificar-se de que o paciente não está com a bexiga cheia; não praticou exercícios físicos há 60-90 minutos; não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou fumou até 30 minutos antes; e não está com as pernas cruzadas. 8 – ORIENTAÇÃO PARA AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 III - HIPERTENSÃO ARTERIAL 7. Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, na fossa cubital, evitando compressão excessiva. 8. Inflar rapidamente, de 10 em 10 mmHg, até ultrapassar, de 20 a 30 mmHg, o nível estimado da pressão sistólica. Proceder à deflação, com velocidade constante inicial de 2 a 4 mmHg por segundo. Após identificação do som que determina a pressão sistólica, aumentar a velocidade para 5 a 6 mmHg para evitar congestão venosa e desconforto para o paciente. 8 – ORIENTAÇÃO PARA AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 III - HIPERTENSÃO ARTERIAL 9. Determinar a pressão sistólica no momento de aparecimento do primeiro som (fase I de Korotkoff), seguido de batidas regulares que se intensificam com o aumento da velocidade de deflação. Determinar a pressão diastólica no desaparecimentos do som (fase V de Korotkoff). Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmas seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa. Quando os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff), anotar valores da sistólica zero. 8 – ORIENTAÇÃO PARA AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 IV – DIABETES MELLITUS A Diabetes Mellitus é uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina de exercer adequadamente seus efeitos. Caracteriza- se por hiprglicemia crônica cm distúrbios do metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas. 1 – CONCEITO PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 IV – DIABETES MELLITUS 2.3 – Outros tipos específicos: – Defeitos genéticos funcionais da célula beta; – Defeitos genéticos na ação da insulina; – Doenças do pâncreas exócrino; – Endocrinopatias; – Induzidos por fármacos e agentes químicos; – Infecções; – Outras síndromes genéticas geralmente associadas ao diabetes. 2.4 – Diabetes gestacional:aparece na gravidez, persistindo ou não após o parto 2 – TIPOS DE DIABETES MAIS FREQÜENTES PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 IV – DIABETES MELLITUS DIFERENÇAS ENTRE O DIABETES TIPO 1 E TIPO 2 TIPO 1* TIPO 2* infanto juvenil adulto Instável Estável insulino-dependente Não insulino-dependente Idade de Aparecimento Crianças e jovens** Mais de 40 anos Aumento de peso (obesidade) Raro Comum Níveis de Insulina Baixos Normais ou elevados Viroses como Desencadeantes Freqüentes Raros PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 IV – DIABETES MELLITUS DIFERENÇAS ENTRE O DIABETES TIPO 1 E TIPO 2 TIPO 1* TIPO 2* infanto juvenil adulto Instável Estável insulino-dependente Não insulino-dependente Anticorpos anticélulas Freqüentemente Incomum beta-pancreáticas presentes Hereditariedade Incomum Freqüente Tendência à cetoacidose Freqüente Rara Necessidade de insulina Freqüente Ao redor de 30% PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 IV – DIABETES MELLITUS 3 – CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA Pode ser feita nas seguintes situações: • Sintomas clássicos de DM e valores de glicemia de jejum iguais ou superiores a 126 mg/dl; • Sintomas clássicos de DM e valores de glicemia realizada em qualquer momento do dia, iguais ou superiores a 200 mg/dl; • Indivíduos assintomáticos, porém com níveis de glicemia de jejum iguais ou superiores a 126 mg/dl, em mais de uma ocasião. PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 4 – FLUXOGRAMA DE ACOMPANHAMENTO Obs.: O atendimento de enfermagem é realizado pelo Auxiliar de Enfermagem para verificação da glicemia capilar prescrita pelo médico ou enfermeira(o) e orientações sobre o tratamento. A periodicidade deve ser estabelecida pelo médico/enfermeiro(a) da equipe. O cliente portador de diabetes não controlado deverá passar por consulta de enfermagem e a periodicidade depende da avaliação individual. * Para o controle glicêmico, deve-se procurar atingir os valores mais próximos ao normal, aceitando-se valor de glicose plasmática em jejum até 126 mg/dl e de duas horas pós-prandial até 160 mg/dl. PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 5 – PRIMEIRA CONSULTA DE ENFERMAGEM Questionar sobre: ANAMNESE • O conhecimento do cliente em relação a diabetes mellitus; • Sintomas (polidipsia, poliúria, polifagia, emagrecimento), apresentação inicial, evolução estado atual, tempo de diagnóstico; • Exames laboratoriais anteriores; • Padrões de alimentação, estado nutricional, evolução do peso corporal; • Tratamento(s) prévio(s) e resultados; IV – DIABETES MELLITUS PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 5 – PRIMEIRA CONSULTA DE ENFERMAGEM EXAME FÍSICO • Peso e altura: excesso de peso tem forte relação com o aumento da pressão arterial e da resistência insulínica. Uma das formas de avaliação do peso é através do cálculo do índice de massa corporal (IMC). Esse indicador deverá estar, na maioria das pessoas, entre 20 a 25Kg/m2. IV – DIABETES MELLITUS PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 5 – PRIMEIRA CONSULTA DE ENFERMAGEM Índice de Massa Corporal: IMC = Peso(Kg) Altura2 (m) Classificação IMC Risco de co-morbidade Normal 18,5 – 24,9 Baixo Sobrepeso 25 – 29,9 Pouco aumentado Obeso classe I 30 – 34,9 Moderado Obeso classe II 35 – 39,9 Grave Obeso classe III >40 Muito grave *Organização Mundial da Saúde, 1998 IV – DIABETES MELLITUS PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 5 – PRIMEIRA CONSULTA DE ENFERMAGEM • Palpação da tireóide; • Circunferência da cintura e do quadril para cálculo da RCQ – Relação Cintura-Quadril (RCQ normal: homens até 1cm,mulher até 0,80mm); • Técnica de medida: paciente em pé, sem roupa, fita métrica inelástica; medir entre o rebordo costal e crista ilíaca. Sexo Aumentado Muito aumentado Masculino 94cm 102cm Feminino 80cm 88cm IV – DIABETES MELLITUS PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 7 – METAS DO TRATAMENTO • Glicose plasmática: • Jejum: 110 mg/dl (até 126) • 2 horas pós-prandial: 140 mg/dl (até 160). • Hemoglobina glicada: até um ponto percentual acima do limite superior do método utilizado. • Colesterol: • Total < 200mg/dl • HDL > 45mg/dl • LDL < 100 mg/dl IV – DIABETES MELLITUS PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 7 – METAS DO TRATAMENTO • Triglicérides <150mg/dl • Pressão Arterial: • Sistólica < 135 mmHg • Diastólica < 80mmHg • IMC: 20 – 25 Kg/m2 IV – DIABETES MELLITUS “ Ninguém educa ninguém... Ninguém educa a si mesmo. As pessoas se educam entre si, mediatizadas pelo Mundo.” Paulo Freire PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 8 – CONSULTA DE ENFERMAGEM SUBSEQÜENTE Anamnese: • Avaliação da aderência à medicação atual; • Identificar aderência à atividade física; • Hábitos (fumo, ácool, alimentares, etc.). Exame físico geral: Peso, altura, pressão arterial, avaliação da cavidade oral. IV – DIABETES MELLITUS PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 10 – TRATAMENTO MEDICAMENTOSO Os medicamentos anti-diabéticos devem ser empregados, por indicação médica, quando não se tiver atingido os níveis glicêmicos desejáveis após o uso das medidas citadas no tratamento não-medicamentoso. IV – DIABETES MELLITUS PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 10 – TRATAMENTO MEDICAMENTOSO Os medicamentos indicados são: • insulina em caso de diabetes tipo 1, • os anti-diabéticos orais como:sulfoniluréias, metformina, ascarbose e tiazolodonedionas; • alguns pacientes diabéticos tipo 2 irão necessitar de terapia insulínica logo após o diagnóstico e muitos ao longo do tratamento. IV – DIABETES MELLITUS PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 11 – CUIDADOS DE ENFERMAGEM ESPECÍFICOS • Prevenção das complicações IV – DIABETES MELLITUS Dependerão do controle glicêmico e, por isso, torna-se de grande importância a realização dos exames anualmente e sensibilizar o cliente e os familiares quanto ao tratamento medicamentoso e não-medicamentosos, como descrito anteriormente. PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 12 – AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE DOS PÉS (ANEXO 7) A) Teste de sensibilidade (Realizar com monofilamento de 10 gramas) IV – DIABETES MELLITUS Perda da sensibilidade protetora: Insensível em pelo menos 2 dos 6 pontos PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 12 – AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE DOS PÉS (ANEXO 7) B) Classificação da Úlcera Neuropática em MMII (pé do diabético) IV – DIABETES MELLITUS Grau 0 doença vascular periférica ou neuropática, deformidades dos pés e unhas, sem lesão Grau 1 úlcera superficial Grau 2 úlcera profunda (tendão, ligamentos e/ou articulações) Grau 3 infecção localizada Grau 4 gangrena local (dedo, antepé ou calcanhar) Grau 5 gangrena extensa (todo o pé) PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 12 – AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE DOS PÉS (ANEXO 7) C) Problemas mais freqüentes: IV – DIABETES MELLITUS • Bolhas/calos; • Verrugas plantares; • Infecção por micose interdigital • Pequena infecções nas unhas; • Unhas encravadas; • Pequenos ferimentos; e • Fissuras. PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 12 – AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE DOS PÉS (ANEXO 7) D) Tratamento: IV – DIABETES MELLITUS • Fissuras: • Hidratação AGE+ • Lubrificação Óleos vegetais • Medidas preventivas; • Atentar para sinais de infecção; • Indicar o uso de pomada com vitamina A e D para prevenção. PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 12 – AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE DOS PÉS (ANEXO 7) D) Tratamento: IV – DIABETES MELLITUS • Micose interdigital: • Manter dedos secos • Avaliação médica PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 12 – AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE DOS PÉS (ANEXO 7) D) Tratamento: IV – DIABETES MELLITUS • Unhas com micose: • Avaliação médica • Cuidados locais: se tratamento tópico coadjuvante (lixar unhas para melhor absorção). • Manter local ventilado; • Usar meias de algodão; • Secar os pés após o banho. PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 12 – AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE DOS PÉS (ANEXO 7) CUIDADOS COM OS PÉS IV – DIABETES MELLITUS • Lavar com água morna e sabão neutro. • Evitar água muito quente. • Secar cem os pés, especialmente entre os dedos. • Utilizar um hidratante, não passando entre os dedos. • Cortar as unhas de forma reta e horizontal, sem cortar os cantos, podendo ser aparados com uma lixa fina de unha. • Não remover calos nem tentar corrigir unhas encravadas. • Usar sapatos que não apertem, preferencialmente de couro e sem costuras em cima. PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 12 – AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE DOS PÉS (ANEXO 7) CUIDADOS COM OS PÉS IV – DIABETES MELLITUS • Não usar sapatos sem meias (de lã no inverno e algodão no verão). • Comprar os sapatos novos no final do dia e deverão ser usados primeiro em casa, durante 2 horas, para amaciar. • Evitar o uso do mesmo sapato todos os dias. • Não usar calçados muito largos, pois favorecem o atrito e formação de bolhas. • Examinar os pés diariamente e, se detectar alguma alteração, procurar a equipe de saúde. PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 12 – AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE DOS PÉS (ANEXO 7) CUIDADOS COM OS PÉS IV – DIABETES MELLITUS • Evitar andar descalço ou de chinelos. • Não é recomendável o corte e o uso de substâncias • químicas para remoção de calos e calosidades. • A confecção de calçados especiais poderá ser indicada nos casos de deformidades, especialmente a de Charcot. PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 13 – AUTOMONITORAMENTO IV – DIABETES MELLITUS Convém lembrar que testes de glicose urinária são métodos indiretos de avaliação do controle glicêmico e testes negativos não permitem a distinção entre hipoglicemia, euglicemia ou hiperglicemia leve ou moderada. Os resultados devem ser revisados juntamente com a equipe de saúde e os clientes orientados sobre os objetivos do tratamento e as providências a serem tomadas. PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 13 – AUTOMONITORAMENTO IV – DIABETES MELLITUS Clientes em uso apenas de insulina, ou durante a gestação, ou durante intercorrências clínicas, devem realizar medidas freqüentes pelo menos 4 vezes ao dia (jejum, antes das refeições e ao deitar). Devem ser feitas também sempre que houver suspeita de hipoglicemia. PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM SMS SÃO PAULO 2003 13 – AUTOMONITORAMENTO IV – DIABETES MELLITUS Clientes usuários de dose noturna de insulina e medicamentos orais durante o dia, ou apenas medicamentos orais, medidas de glicemia capilar antes do café e antes do jantar são suficientes. À medida em que os níveis glicêmicos permanecem estáveis, avaliações da glicemia capilar podem ser realizadas apenas uma vez por dia, em diferentes horários.
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