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Determinação da Entalpia e Entropia de Vaporização de um Líquido, Notas de estudo de Química

Uma substância simples pode existir em diferentes fases, isto é, em diferentes formas físicas. As fases de uma substância incluem as formas sólida, líquida, e gasosa e as diferentes formas de sólidos, como as fases diamante e grafite, do carbono. Em um único caso o Hélio existe em duas formas liquidas da mesma substância. A conversão de uma substância de uma fase em outra, como fusão do gelo, a vaporização da água ou a conversão da grafite em diamante, é chamada de transição de fase. As transi

Tipologia: Notas de estudo

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cristiane-colodel-8
cristiane-colodel-8 🇧🇷

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Baixe Determinação da Entalpia e Entropia de Vaporização de um Líquido e outras Notas de estudo em PDF para Química, somente na Docsity! 5 Objetivos Determinação da entalpia e entropia de vaporização através de medidas de pressão de vapor á várias temperaturas. Introdução Uma substância simples pode existir em diferentes fases, isto é, em diferentes formas físicas. As fases de uma substância incluem as formas sólida, líquida, e gasosa e as diferentes formas de sólidos, como as fases diamante e grafite, do carbono. Em um único caso o Hélio existe em duas formas liquidas da mesma substância. A conversão de uma substância de uma fase em outra, como fusão do gelo, a vaporização da água ou a conversão da grafite em diamante, é chamada de transição de fase. As transições de fase ocorrem em temperaturas e pressões determinadas, o que dependem da pureza da substância. A água do mar, por exemplo, congela em temperatura mais baixa do que a água pura. Pressão de vapor Um experimento simples mostra que, em recipiente fechado, as fases líquido e vapor entram equilíbrio. Teremos como demonstração o barômetro de mercúrio: o mercúrio dentro do tubo cai de uma altura proporcional a pressão atmosférica externa, ficando em torno de 76 mmHg, ao nível do mar. O espaço acima do mercúrio é quase um vácuo. Imagine, agora, que ligamos um bulbo que contem uma pequena gota de água ao espaço acima do mercúrio. A água adicionada evapora imediatamente e enche o espaço com vapor de água. Esse vapor exerce pressão e empurra a superfície do mercúrio alguns milímetros para baixo. A pressão exercida pelo vapor, medida pela mudança da altura do mercúrio, depende, neste caso, da quantidade de liquido na superfície do mercúrio no tubo. Nesta situação, a pressão exercida é dividida a adição de água. Imagine agora que, que colocaremos tanta água que resta uma pequena quantidade de liquido na superfície do mercúrio no tubo. Nessa situação a pressão de vapor permanece constante, independente da quantidade de água liquida presente. 6 Podemos concluir que, em uma temperatura fixa, o vapor exerce uma pressão característica que é independente da quantidade de água liquida presente. Por exemplo, em 20 C, o mercúrio cai 18 mm, logo a pressão exercida pelo vapor é de⁰C, o mercúrio cai 18 mm, logo a pressão exercida pelo vapor é de 18 torr. A pressão do vapor de água é a mesma se houver 0,1 ml ou 0,1 ml de água liquida presente. Essa pressão característica é a “Pressão de Vapor” do liquido na temperatura do experimento. Quando um líquido e seu vapor estão em equilíbrio dinâmico dentro de um recipiente fechado, a velocidade em que as moléculas deixam o líquido é igual á velocidade em que elas retornam. Um líquido cuja pressão é alta em temperaturas ordinárias é chamado de volátil. O metanol é muito volátil, o mercúrio não. Os sólidos também exercem pressão de vapor, mas a pressão de vapor dos sólidos é, normalmente, muito mais baixa do que líquidos, porque as moléculas dos sólidos estão presas mais firmemente do que as do liquido. O fato de que em uma determinada temperatura, uma fase condensada dá origem a uma pressão característica e é um sinal de que a fase condensada e o vapor estão em equilíbrio. Para construir um modelo desse equilíbrio em nível molecular temos de imaginar que o liquido foi colocado em um recipiente fechado. O vapor se forma à medida que as moléculas deixam a superfície do liquido. O processo de evaporação ocorre essencialmente na superfície do liquido porque as moléculas estão ligadas menos fortemente e podem escapar com mais facilidade do que as do corpo do liquido. Quando o número de moléculas na fase de vapor aumenta, um número maior delas pode se chocar com a superfície do liquido adere-se a ela e voltam a fazer parte do liquido. Eventualmente, o numero de moléculas que voltam ao liquido em cada segundo torna-se igual ao numero que escapa. Nessas condições o vapor condensa com a mesma velocidade com que o liquido vaporiza e o equilíbrio é dinâmico: Velocidade de Evaporação= Velocidade de Conservação O equilíbrio dinâmico entre a água e seu vapor é representado por H2O(l) ⇌H2O(g) A pressão de vapor de uma substância é a pressão exercida pelo vapor que está em equilíbrio dinâmico com a fase condensada. 9 nar seco= 633,9mmHg.2,9ml 62,3mmHg Lmol−1K−1 .288K nar seco= 633,9mmHg .0,0029 L 62,3mmHg Lmol−1K−1 .288K nar seco= 1,84mmHg L 17942,4mmHg Lmol−1 nar seco=0,0001mol Sabendo-se o número de mols de ar contidos na proveta, e considerando-se que em qualquer temperatura, a pressão no interior da proveta pode ser igualada à pressão atmosférica (é possível desconsiderar o desnível entre a água do béquer e a água contida na proveta, que, apesar de ser uma fonte de erros, causa erros muito pequenos). Assim, utilizando a lei dos gases ideais (PV = nRT), pode-se calcular, para cada temperatura, a pressão exercida pelo ar seco, e descobrir, pela diferença entre a pressão atmosférica e a temperatura exercida pelo ar seco, a pressão de vapor da água na proveta. Os cálculos realizados foram realizados da seguinte forma, desprezando-se a menor temperatura, visto que esta foi utilizada como referência considerando-se de forma arbitrária que neste caso, a pressão de vapor seria nula e a pressão total exercida seria decorrente do ar seco contido no interior da proveta:  Para 20ºC (293K): Par seco= 0,0001mol .62,3mmHg Lmol−1 K−1 .293K 0,003L Par seco= 1,82539mmHgL 0,003 L Par seco=608,5mmHg Pvapor=633,9mmHg−608,5mmHg Pvapor=25,4mmHg  Para 25ºC (298K): Par seco= 0,0001mol .62,3mmHg Lmol−1 K−1 .298K 0,0031L Par seco= 1,85654mmHgL 0,0031 L 10 Par seco=598,9mmHg Pvapor=633,9mmHg−598,9mmHg Pvapor=35,0mmHg  Para 30ºC (303K): Par seco= 0,0001mol .62,3mmHg Lmol−1 K−1 .303K 0,0033L Par seco= 1,88769mmHgL 0,0033 L Par seco=572,03mmHg Pvapor=633,9mmHg−572,03mmHg Pvapor=61,87mmHg  Para 45ºC (318K): Par seco= 0,0001mol .62,3mmHg Lmol−1 K−1 .318K 0,0035L Par seco= 1,98114mmHg L 0,0035 L Par seco=566,04mmHg Pvapor=663,9mmHg−566,04mmHg Pvapor=67,86mmHg  Para 50ºC (323K): Par seco= 0,0001mol .62,3mmHgLmol−1 K−1 .323K 0,0037 L Par seco= 2,01229mmHgL 0,0037 L Par seco=543,86mmHg Pvapor=633,9mmHg−543,86mmHg Pvapor=90,04mmHg 11  Para 55ºC (328K): Par seco= 0,0001mol .62,3mmHg Lmol−1 K−1 .328K Hg 0,0038 L Par seco= 2,04344mmHgL 0,0038 L Par seco=537,75mmHg Pvapor=633,9mmHg−537,75mmHg Pvapor=96,15mmHg  Para 60ºC (333K): Par seco= 0,0001mol .62,3mmHg Lmol−1 K−1 .333K 0,004 L Par seco= 2,07459mmHgL 0,004 L Par seco=518,65mmHg Pvapor=633,9mmHg−518,65mmHg Pvapor=115,25mmHg  Para 65ºC (338K): Par seco= 0,0001mol .62,3mmHg Lmol−1 K−1 .338K 0,0043L Par seco= 2,10574mmHg L 0,0043L Par seco=489,71mmHg Pvapor=633,9mmHg−489,71mmHg Pvapor=144,19mmHg  Para 70ºC (343K): Par seco= 0,0001mol .62,3mmHg Lmol−1 K−1 .343K 0,0048L 14 Figura 1 - Gráfico exemplo log Pvap X T-1, com valores de K e de ∆H. Neste experimento, foram construídos dois gráficos: o primeiro, da pressão de vapor pela temperatura, e o segundo, do logaritmo da pressão de vapor pelo inverso da temperatura, conforme pode ser visto nos anexos I e II. Pode-se observar que o gráfico Pvap X T descreve uma curva. Portanto, o gráfico log Pvap X T-1 descreve uma reta. Porém, conforme pode ser visualizado no gráfico log Pvap X T-1, os pontos não estão perfeitamente alinhados, um fato muito comum em gráficos construídos com dados experimentais. Para reduzir os erros decorrentes deste fato, utiliza-se o método de mínimos quadrados, que serve para encontrar a reta mais coerente aos pontos encontrados experimentalmente. Assim, pelo método de mínimos quadrados, sendo a equação da reta y=αxx+β: αx= N S1−S2S3 N S4−S2 2 e β= S3−αx S2 N onde: S1=∑ i=1 N x i y i S2=∑ i=1 N xi S3=∑ i=1 N y iS4=∑ i=1 N xi 2 15 S1, portanto, vale: S1=(0,003413 .1,4 )+ (0,003356 .1,54 )+ (0,0033 .1,79 )+(0,003145 .1,83 )+(0,003096 .1,95 )+ (0,003049 .1,98 )+( 0,003003 .2,06 )+(0,002958 .2,16 )+(0,002915 .2,27 )+(0,002873 .2,35 )+(0,002833.2,45) S1=0,0047782+0,00516824+0,005907+0,00575535+0,0060372+0,00603702+0,00618618+0,00638928+0,00661705+0,00675155+0,00694085 S1=0,06656792 S2, portanto, vale: S2=0,003413+0,003356+0,003300+0,003145+0,003096+0,003049+0,003003+0,002958+0,002915+0,002873+0,002833 S2=0,033941 S3 vale: s3=1,40+1,54+1,79+1,83+1,95+1,98+2,06+2,16+2,27+2,35+2,45 S3=21,78 S4 vale: S4=0,003413 2 +0,0033562+0,0033002+0,0031452+0,0030962+0,0030492+0,0030032+0,0029582+0,0029152+0,0028732+0,0028332 S4=1,165 x10 −5 +1,126 x10−5+1,089 x 10−5+0,989 x10−5+0,958 x10−5+0,930 x10−5+0,902 x 10−5+0,875 x10−5+0,850 x10−5+0,825 x10−5+0,803 x10−5 S4=10,512 x 10 −5 Desta maneira, o valor de α é: αx= 11 .0,06656792−0,033941 .21,78 11 .10,512x 10−5−0,0339412 αx= 0,73224712−0,73923498 115,632 x10−5−1,152x 10−3 αx= −0,00698786 1,156 x10−3−1,152x 10−3 αx= −0,00698786 0,000004 16 αx=−1746,965 E o valor de β é: β= 21,78−(−1746,965 .0,033941) 11 β= 21,78+59,294 11 β= 81,074 11 β=7,37 Sendo assim, a equação que representa a reta equivalente à regressão linear, neste caso, é: y=−1746,965 x+7,37 Como a equação que envolve os valores de log Pvapor e T-1 é a equação da reta que representa os pontos experimentais, onde log Pvapor corresponde a y e T-1 equivale a x, o coeficiente angular α representa o valor de −∆ H vap 2,303R . Desta forma, pode-se calcular o valor da entalpia de vaporização pela seguinte igualdade: −∆ H vap 2,303R =−1746,965 Considerando-se a constante universal dos gases ideais em termos de energia, com R = 8,314 J K-1 mol-1, o valor de entalpia de vaporização obtido é: −∆ H vap=−1746,965 .2,303.8,314 J K −1mol−1 −∆H vap=−33449,387 J K −1mol−1 ∆ H vap=33,45kJ K −1mol−1
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