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Artigo - Pós-graduação Logistica - A utilização da TI como planejamento estratégico logistico, Notas de estudo de Logística

Visando oportunidade de negócios, a valorização da informação surge entre empresas de transporte para apoiar o planejamento estratégico da organização. Busca-se investigar como as empresas de transporte da Região Metropolitana do Vale do Aço / MG utilizam a tecnologia da informação como ferramenta estratégica de competitividade. A região apresenta um potencial industrial onde se faz necessário a diferenciação na prestação de serviços A tecnologia da informação gerencia os sistemas de informações

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 18/08/2010

leandro-marcelino-pires-5
leandro-marcelino-pires-5 🇧🇷

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Baixe Artigo - Pós-graduação Logistica - A utilização da TI como planejamento estratégico logistico e outras Notas de estudo em PDF para Logística, somente na Docsity! A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO COMO RECURSO PARA PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE EMPRESAS DE TRANSPORTE LOGÍSTICO DA REGIÃO METROPOLITANA DO VALE DO AÇO / MG1 Gabriel Bretas de Assis2 Leandro Marcelino Pires3 Marcelo Costa Santos4 RESUMO Visando oportunidade de negócios, a valorização da informação surge entre empresas de transporte para apoiar o planejamento estratégico da organização. Busca-se investigar como as empresas de transporte da Região Metropolitana do Vale do Aço / MG utilizam a tecnologia da informação como ferramenta estratégica de competitividade. A região apresenta um potencial industrial onde se faz necessário a diferenciação na prestação de serviços A tecnologia da informação gerencia os sistemas de informações logísticas de tal modo a gerarem relatórios com dados com possíveis oportunidades para o planejamento estratégico. Os dados de pesquisa de campo apontaram para a centralização das informações nas matrizes empresariais, deixando as filiais somente com a responsabilidade operacional. Palavras chave: Tecnologia Da Informação, Planejamento Estratégico, Sistema de Informação Logística. 1 INTRODUÇÃO Com a globalização, surgem os recursos tecnológicos facilitadores de processos e, com isso, movimentam a economia nacional e internacional. As mudanças trazidas pela economia digital são significativas. Os sistemas de informação baseados em computador de todos os tipos têm melhorado a competitividade empresarial e criado vantagens estratégicas por si só ou em conjunto com aplicações de e-commerce (TURBAN, 2005, p.05). As organizações estão desenvolvendo novos modelos para os negócios em virtude da crescente revolução provinda da internet. A gestão da cadeia de suprimento é uma área onde se aplica, amplamente, a gestão do sistema de informação. Em virtude de sua abrangência no fluxo empresarial, as organizações se viram na obrigação de aperfeiçoarem os sistemas de informações 1 Trabalho apresentado na conclusão do curso de MBA em Logística Empresarial e Gestão da Cadeia de Suprimentos da Faculdade Pitágoras – Dezembro de 2009 2 Graduado em Ciências Econômicas, Universidade Federal de Viçosa, gabrielbretas@gmail.com 3 Graduado em Engenharia de Produção, Faculdade Pitágoras, eng.leandropires@gmail.com 4 Graduado em Administração, UNILESTEMG, marcelosantoscosta@bol.com.br existentes. “O fluxo de informações foi muitas vezes deixado de lado, pois não era visto como importante para os clientes” (BOWERSOX, 2001, p. 176). Informações precisas em tempo real são essenciais para a eficácia do projeto de sistema logístico. Isso porque os clientes se tornaram mais exigentes em querer saber como está o processamento dos pedidos. Outra questão que levou esse aperfeiçoamento é a redução de estoques e das necessidades de recursos humanos em toda a cadeia, especialmente no planejamento das necessidades que utilizam as informações mais recentes do processo. Diante da necessidade de mudança de comportamento com os clientes, com a finalidade de serem eficientes e eficazes, as empresas de transporte rodoviário se instalaram na região metropolitana do Vale do Aço, uma localidade com potencialidade industrial. Com isso, a preocupação de manter os clientes informados sobre seus produtos e mercadorias fez necessário que o sistema de gestão e tecnologia da informação dessas empresas oferecesse recursos necessários para o atendimento. Diante deste quadro, busca-se pesquisar o modo como as empresas de transporte da Região Metropolitana do Vale do Aço tem utilizado a tecnologia da informação como objeto estratégico para a manutenção e obtenção de clientes e mercados. Primeiramente, o presente artigo aborda como o gerenciamento da cadeia de suprimento gera informações necessárias para o planejamento estratégico de uma empresa de transporte. As informações aqui apresentadas são resultados de pesquisa bibliográfica, referenciando a contextualização do trabalho, e pesquisa de campo, realizada nas empresas de transporte. 2 REFERENCIAL TEÓRICO As empresas competem de muitas formas, incluindo a funcionalidade e características do produto, preço, qualidade, oportunidade e serviços ao cliente. As tentativas organizacionais de oferecer um excelente atendimento ao cliente podem fazer a diferença entre atrair e manter clientes, ou perdê-los para a concorrência. Diversas ferramentas de tecnologia de informação (TI) e processos de negócios são projetadas para manter os clientes satisfeitos. Essas ferramentas também ajudam na realização de programas de melhoria contínua, produtividade e qualidade. Tecnologias da informação são os recursos, basicamente softwares, utilizados para armazenar, organizar e disponibilizar os sistemas de fluxo de informação gerada pela estrutura logística empresarial. conhecimentos necessários para poder utilizar as informações de forma mais precisa e eficaz. O último nível é apresentado o planejamento estratégico, que gere as informações com o objetivo de desenvolver e aperfeiçoar a estratégia logística, baseada nas informações do terceiro nível, a fim de se obter resultados das decisões tomadas a longo prazo. Trata-se de um ponto de alto risco, pois trata-se das informações necessárias para a obtenção de vantagens competitivas. O sistema de informação logística precisa ser abrangente e ter a capacidade suficiente para permitir a comunicação não apenas das áreas funcionais da empresa, mas também os membros da cadeia de suprimento. BALLOU (2006, p.133) afirma que compartilhar informações com vendedores e compradores reduz as incertezas ao longo da cadeia de suprimentos. São seis os princípios para atendimento das necessidades de informação e apoiar o planejamento e as operações da empresa: a) disponibilidade, b) precisão, c) atualização em tempo hábil, d) LIS baseado em exceções, que são informações que evidencia problemas ou oportunidades, e) flexibilidade e f) formato adequado de apresentação das informações em relatórios ou telas gráficas (BOWERSOX, 2001, p.180). As estimativas, segundo BALLOU (2006, p.121), mostram que as atividades relacionadas com a preparação, transmissão, recebimento e atendimento do pedido representam entre 50 e 70% do tempo total do ciclo de pedido em muitas indústrias. 2.2 A informação no planejamento estratégico A atividade de transporte normalmente representa o elemento mais importante, em termos de custo, para inúmeras empresas. A movimentação de carga absorve de um a dois terços dos custos logísticos totais (BALLOU, 2006, p.149). A empresa que tem um sistema operacional de processamento de serviço precário, não consegue ser competitivo diante de empresas que tornam suas informações valorizadas. Segundo REZENDE et.al. (2001, p.97), à medida que se sedimenta uma informação, qualquer atividade pode ser elaborada com um custo menor, com menos recursos, em tempo reduzido e com resultado melhor. Todo esse processo é gerenciado por recursos computacionais. REZENDE (2001, p.102) também afirma que, o uso do conhecimento aliada à grade fragmentação do mercado, e a tecnologia da informação associada à infra-estrutura dos meios de comunicação, são fatores determinantes para as empresas na obtenção de competitividade no desenvolvimento de novos produtos e serviços, para forjar novos relacionamentos com fornecedores, tornar-se empresas de ponta em relação a seus competidores e mudar suas operações internas ou estruturas. Um exemplo prático é o sistema Just-in-time, que surge da transferência de informação entre cliente e fornecedor. O fornecedor recebe todas as informações necessárias para atender o cliente no tempo, local e condições certas para satisfazer suas necessidades. Se não existir um eficiente sistema de troca de informação entre as empresas, não a como estabelecer um planejamento das necessidades de produção. O JIT também é um exemplo de tomada de decisão estabelecido pelos níveis estratégicos das empresas, pois se trata de alianças estratégicas de longo prazo e com oportunidade de investimento de impacto para as empresas. O resultado dessa aliança gera oportunidade de manutenção de cliente, redução de custo operacional e especialização no atendimento customizado. Existem ainda outras configurações industriais como condomínio industrial, consórcio modular, Just-in-sequence, que surgiram da necessidade de empresas aperfeiçoarem seus atendimentos aos clientes, objetivando a redução de custo na cadeia, aumento de competitividade e oportunidade de novos negócios, através da transferência de informações do sistema logístico via tecnologia da informação. Para a obtenção de vantagens, o sistema de informação requer um amplo gerenciamento dos dados, pois, para o nível estratégico da empresa, as informações necessárias para a tomada de decisão são aquelas que a empresa processa e tem armazenado em seus bancos de dados. MONTGOMERY et.al. (1998, p.86) que é necessário unir estratégia competitiva e estratégia funcional para a busca de oportunidades competitivas. Demonstra, também, que para avaliar o impacto da tecnologia da informação, as empresas deve ser abordado cinco perguntas, “se a resposta de uma ou mais destas perguntas for ‘sim’, a tecnologia da informação representa um recurso estratégico que exige atenção do mais alto nível.” (MONTGOMERY, 1998, p.86):  A tecnologia da informação pode erguer barreiras à entrada? Uma barreira de entrada à novos concorrentes bem sucedida oferece não apenas um novo serviço para agradar os clientes, mas também características que conservam seus clientes amarrados. Quanto mais difícil de copiar for o serviço, mais altas serão as barreiras para a competição.  A tecnologia da informação pode impedir a troca de fornecedores? Quando os sistemas de informação de fornecedores estão interligados com o da empresa a troca de informação se torna facilitada e rápida, utilizando as mesmas plataformas computacionais. Para que esse sistema fosse implantado, teve que ser feito investimentos financeiros elevados, tanto para a construção do software quanto de treinamento de pessoal. Não será interessante para a empresa trocar de fornecedor e despender os mesmos recursos financeiros ou mais, além do tempo de todos os colaboradores estarem utilizando o sistema de forma eficiente e eficaz.  A tecnologia pode alterar a base de competição? São três, segundo MONTGOMERY (1998, p.89) os tipos de estratégias competitivas: custo, diferenciação de produto e especialização. Dependendo do modo de como as empresas valorizam suas informações, a tecnologia de sistemas da informação permite o desenvolvimento de diferenciação das características do produto ou serviço a tal ponto que altere a base da competição.  Os sistemas de informação podem alterar o equilíbrio de poder nas relações com os fornecedores? As interligações entre organizações permitem uma resposta mais rápida, níveis mais baixos de estoque e melhores serviços ao cliente final. Uma empresa de grande porte pode vir a solicitar pedidos a um fornecedor que não tenha capacidade de atendê-lo de acordo com os requisitos estabelecidos. As informações são repassadas em tempo hábil, a maioria das vezes, em tempo real. Para que esse desequilíbrio não ocorra, o sistema de informação estabelecido deve conter restrições que não prejudique nenhum lado da cadeia produtiva.  A tecnologia de sistema de informação pode gerar novos produtos? Os custos de produção podem ser reduzidos e um aumento na qualidade do produto e/ou serviço pode ser verificado através do gerenciamento das informações. Existe a necessidade de mesclar informações para que o nível tático e gerencial tenha as opções corretas para a engenharia de novos produtos. 3 METODOLOGIA O presente trabalho foi desenvolvido diante da questão de como as empresas de transporte, localizadas na Região Metropolitana do Vale do Aço (MG), têm utilizado a tecnologia da 4.3.5 Gestão de Custo Oito empresas afirmaram possuir disponíveis, as informações do tipo balanço financeiro, mapa de itens críticos, gestão de recursos financeiros e controle estratégico. 4.3.6 Gestão da Qualidade Da mesma forma que a gestão de custo, oito empresas afirmaram possuir informações do tipo planejamento de melhoria. Cinco empresas informaram que controle de qualidade é feito a partir de uma reclamação do cliente e as informações não são alimentadas nos software. Duas empresas apresentaram ter controle de qualidade e informações estatísticas disponíveis. Um problema encontrado, e apontado por algumas empresas, é que os serviços prestados são avaliados pelos clientes, não possuindo um controle local. 4.4 Do modo de utilização do sistema de informação logístico De um modo geral, as empresas utilizam suas informações para realizarem alguma tomada de decisão, porem, nem todos os níveis da organização têm acesso a esses dados. O grande diferencial na utilização da informação no planejamento estratégico está na hierarquia da empresa: oito empresas afirmaram que todas as informações geradas são coletadas, avaliadas e controladas pela matriz, onde é realizado o planejamento estratégico, plano de metas e plano de oportunidade para manutenção e obtenção de clientes. O tipo de informação que é mais utilizada pela empresa para a elaboração do plano estratégico refere-se à operacionalidade. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os sistemas de informações logísticas das empresas de transporte, localizadas na Região Metropolitana do Vale do Aço, são eficazes em suas funcionalidades, pois atendem as necessidades impostas em suas operações. A plataforma de transferência de informação empresa-cliente também atende satisfatoriamente as necessidades. Essa plataforma foi criada pelo cliente em sistema web com a intenção de reduzir custo e oferecer flexibilidade na inserção de um novo fornecedor. Desta maneira, o cliente sai ganhando, pois oferece a oportunidade de novas empresas oferecerem propostas de melhores serviços a menores custos. Diante dos fatos apresentados e da avaliação do desenvolvimento da pesquisa, foi possível constatar que as empresas de transportes são dependentes da matriz, não apresentam poder de decisão relacionada a oportunidades locais, acesso facilitados à informações estratégicas para aperfeiçoamento das atividades e não apresentam um sistema de controle operacional local. A centralização da informação torna o controle e tratamento da informação mais apurado, porém, não é possível constatar, com fidelidade, se realmente o nível de planejamento estratégico das empresas têm utilizado as informações para a obtenção de novos mercados e clientes, oportunidades de redução de custo e manutenção de clientes. O nível operacional logístico é a peça chave para a obtenção de informações necessárias para se obter vantagens competitivas em custo, oportunidades e otimização de serviços. O fator tempo no serviço logístico é determinante no atendimento ao cliente, pois é do interesse dele obter o produto no local certo e no tempo certo. Sem informações precisas e em tempo hábil não é possível uma eficácia na prestação de serviços. Através das informações do nível operacional, também são gerados os relatórios de planejamento estratégico. Nesse relatório deve conter informações essenciais e necessárias para a tomada de decisão. Algumas empresas entrevistadas não utilizam todas as informações que poderiam está utilizando, ou deixam de coletar essas informações. Informação também gera custo. Para se obter certo tipo de informação foi gerado custo de mão de obra, além de infra-estrutura computacional para armazenamento. Se uma empresa colhe informações e a utiliza erroneamente, ou deixa de coletar informações, ela está perdendo recursos ou oportunidades. Cada empresa deve avaliar qual é a informação necessária e como será o meio mais eficiente para a sua obtenção. É interessante que o poder de negociação com o cliente esteja no poder do gestor do contrato da localidade, bem como a gestão de qualidade, custo e operações, cabendo ao nível estratégico da empresa estabelecer metas relacionadas ao desempenho e melhor aproveitamento das oportunidades que surgem durantes as atividades. A informação, valorizada da forma correta, oferece ao gestor oportunidade de melhoria, poder de negociação e otimização de custo na cadeia, vindo a favorecer tanto fornecedores, empresas e clientes. USE OF INFORMATION TECHNOLOGY AS A RESOURCE FOR STRATEGIC PLANNING OF TRANSPORT COMPANIES IN THE METROPOLITAN REGION OF VALLEY STEEL / MG ABSTRACT Seeking business opportunity, the value of information comes from transport companies to support the organization's strategic planning. The aim is to investigate how transport companies in the Metropolitan Region of Steel Valley / MG using information technology as a strategic tool of competitiveness. The region has an industrial potential where it is necessary to differentiate the service. Information technology manages the logistics information systems so as to generate reports with data about possible opportunities for strategic planning. Data from field research pointed to the centralization of information in enterprise arrays, leaving only the branches with operational responsibility. Keywords: Information Technology, Strategic Planning, Logistics Information System. REFERÊNCIAS BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimento/logística empresarial. Editora Bookman: Proto Alegre, 2006 BOWERSOX, Donald J. CLOSS, David. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento. Editora Atlas: São Paulo, 2001 MONTGOMERY, Cynthia A. et.al. Estratégia: a busca da vantagem competitiva. Editora Elsevier: Rio de Janeiro, 1998 REZENDE, Denis Alcides; ABREU, Aline França de. Tecnologia da informação aplicada a sistemas de informação empresarial: o papel estratégico da informação e dos sistemas de informação nas empresas. Editora Atlas: São Paulo, 2001. TURBAN, Efraim et al. Administração de tecnologia da Informação. Teoria e Pratica. Elsevier: Rio de Janeiro, 2005
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