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O Pensamento Econômico de John Stuart Mill e James Mill, Trabalhos de Economia

Trabalho da disciplina História do Pensamento Econômico - Professora Shirley Mesquita. ALUNOS: ADALBERTO ANDRÉ ALVES DE LIMA ARNAUD ADLLER MENEZES DUARTE BENILSON RICARDO DA NÓBREGA HÁVILA QUÉDEMA RODRIGUES DE LIMA PEDRO HENRIQUE DA MOTA DE OLIVEIRA

Tipologia: Trabalhos

2010

Compartilhado em 01/09/2010

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Baixe O Pensamento Econômico de John Stuart Mill e James Mill e outras Trabalhos em PDF para Economia, somente na Docsity! ADALBERTO ANDRÉ ALVES DE LIMA ARNAUD ADLLER MENEZES DUARTE BENILSON RICARDO DA NÓBREGA HÁVILA QUÉDEMA RODRIGUES DE LIMA PEDRO HENRIQUE DA MOTA DE OLIVEIRA O Pensamento Econômico de John Stuart Mill e James Mill UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA João Pessoa - 2010 - JAMES MILL Biografia James Mill (6 de Abril, 1773 - 23 de Junho, 1836) foi um historiador e filósofo escocês e o pai de John Stuart Mill. Foi um partidário do liberalismo e um famoso representante do radicalismo filosófico, uma escola de pensamento também conhecida por Utilitarianismo, a qual defende uma base científica para a filosofia. James Mill nasceu em Northwater Bridge, na paróquia de Logie-Pert, Forfarshire, Escócia, filho de James Mill, um sapateiro. Sua mãe, Isabel Fenton, de uma boa família que sofrera por ter estado ligada com a revolta Stuart, resolveu que o seu filho deveria receber uma educação primorosa e enviou-o inicialmente para a escola da paróquia e depois para a Montrose Academy, onde ele permaneceu até a idade de 17 anos e meio. Ele entrou então para a Universidade de Edimburgo, onde se distinguiu na literatura clássica (Grego). Em outubro de 1798 licenciou-se, tornando-se um pastor presbiteriano, mas teve pouco sucesso. Entre 1790 e 1802, para além de ter sido tutor de várias crianças, ele ocupou-se com o estudo de história e filosofia. Com as limitadas perspectivas de uma carreira na Escócia, em 1802 ele foi para Londres na companhia de Sir John Stuart, então membro do parlamento (único para Escócia e Inglaterra) pela região de Kincardineshire, e devoutou-se ao trabalho literário. Entre 1803 e 1806 ele foi editor de um periódico ambicioso intitulado "Literary Journal", que tinha por objetivo oferecer uma vista panorâmica de todos os principais campos de conhecimento humano. Durante este tempo ele também editou a St James's Chronicle, pertencente ao mesmo titular. Em 1804, ele escreveu um panfleto sobre o milho comércio, argumentando contra um subsídio sobre a exportação de grãos. Em 1805 ele publicou uma tradução (com notas e citações) do FC Villers do trabalho sobre a Reforma, uma implacável exposição dos alegados vícios do sistema papal. Em 1805 casou com Harriet Burrow, cuja mãe, uma viúva, manteve um estabelecimento para lunáticos em Hoxton. Em seguida, ele tomou uma casa em Pentonville, onde seu filho mais velho, John Stuart Mill nasceu, em 1806. Ainda no final deste ano ele começou a sua História da Índia, que ele levou doze anos para concluir, em vez de três ou quatro, como se tinha esperado. interesses, o que leva ao coração do Direito Penal. Agir por seus próprios interesses, em James Mill, significa agir de acordo com sua própria escolha; mas nem todos estão aptos a efetuar sua escolha. Há indivíduos, por exemplo, cujos interesses estão incluídos naqueles de outros indivíduos, e que podem, por isso, ser deixados de fora de uma eleição. Nesse contexto, as crianças, que não têm maturidade nem responsabilidade civil, têm seus interesses embutidos nos de seus pais. O mesmo ocorre com as mulheres, que têm os seus submetidos aos de seus pais ou de seus maridos. A despeito das limitações de idade, sexo e maturidade, impedindo que mulheres e crianças votem, o sufrágio em James Mill constitui um avanço por sua extensão, em relação ao sufrágio do proprietário, proposto por outro liberal, Benjamin Constant. É preciso observar, entretanto, que não é objetivo de James Mill ampliar mais o sufrágio, como o fará seu filho, John Stuart Mill (1998), no seu apelo ao voto da mulher; mas o é apelar ao que ele trata como bom senso, identificando quem conduz a maioria, que não precisa ser necessariamente constituída de proprietários. Se a metade de uma comunidade tem seus interesses embutidos na outra metade, portanto não há razão, na teoria de James Mill, para que esta população como um todo não tenha seus interesses embutidos nos de outra pessoa, num corpo representativo. A maior parte das pessoas, conforme James Mill, não conhece, realmente, seus interesses; conseqüentemente, só alguns poucos, mais preparados, detêm esta consciência e, assim, podem governar. Esses são capazes de identificar e encaminhar adequadamente os interesses do maior número, coincidindo a utilidade particular com a pública. Seu modelo não é aquele que inclui todos, mas os capacitados para representar o conjunto de indivíduos que, por sua natureza predatória, necessita de freios. Não é possível, por exemplo, governar a economia com todos, mas é possível proteger uns dos outros, através de certos freios. Em sua visão de mundo, a união de todos para governar elimina a existência do trabalho e, se não há trabalho, não há propriedade; se não há propriedade, a comunidade não existe. Este argumento assemelha-se ao de Constant que, na sua sociedade comercial, explica que aquele que busca dinheiro não tem tempo para participar da pólis e, por isto, também precisa de um governo para protegê-lo, à distância. Isso quer dizer que a sociedade de massa não se adapta ao autogoverno e que é necessário buscar uma forma de governo que inclua menos do que todos. Esta forma, contudo, pode levar à aristocracia, à espoliação, ou ao governo de um só. Logo, a necessidade do governo, em James Mill, surge da necessidade de proteger a propriedade, considerando os princípios que ele acredita reger a natureza humana, sempre em busca do poder, sob todas as formas que Thomas Hobbes (1974) já enumerou. Para ele, tudo é poder: riqueza, valor, falar bem, beleza. O poder poderá ser um fim, porque ele consiste em assegurar em favor de um a ação alheia. Dada a natureza da espécie humana, uma pessoa nunca está satisfeita com um grau menor de poder se puder obter um grau maior. Logo, a demanda de poder sobre os atos dos outros indivíduos não tem limites nem em relação ao numero de pessoas que gostaria de dominar, nem quanto ao grau de domínio sobre as ações alheias, o que é um pensar tirânico. Por isso, para James Mill, é preciso haver um limite ao desejo ilimitado de poder para que o indivíduo não tente agir predatoriamente; é preciso haver um freio. Reconhecendo a natureza humana como extremamente competitiva e predatória, o autor propõe uma nova ordem, onde o trabalho é extraído da união da comunidade como um todo, onde os seres humanos, movidos por sua própria utilidade, pelo desejo da satisfação das próprias necessidades, controlam uns aos outros e suas ações são explicadas pela boa apreciação que os outros fazem deles. Controle é imprescindível. JOHN STUART MILL Biografia Provavelmente mais do que no caso de qualquer outra pessoa, para compreender bem as idéias e contribuições de Stuart Mill, é fundamental que se conheça um pouco de sua vida e que se leve em conta sua educação, o período em que viveu, suas amizades, as influências que recebeu e suas atividades. Stuart Mill era filho do filósofo e historiador James Mill, que assumiu a responsabilidade por sua educação. Segundo Todd Buchholz, "John Stuart tinha ainda o gosto pelo leite materno quando a sua rigorosa educação começou". Aos três anos de idade, iniciou seus estudos de grego, seguindo-se depois latim, matemática e filosofia. Aos 11 anos auxiliou o pai na revisão de sua obra mais importante sobre a história da Índia e aos 13, por recomendação do pai, deu início a seus estudos de economia, através da leitura das obras de Smith e Ricardo. Passou seu décimo quarto ano de vida na França, onde se hospedou na casa de Samuel Bentham (irmão de Jeremy Bentham, que terá posteriormente profunda influência sobre o pensamento de Mill). Na França, prosseguiu seus estudos, incluindo química, biologia, cálculos diferenciais e botânica. Ao voltar à Inglaterra, em 1821, começou a estudar direito, quando entrou em contato mais estreito com as idéias de Jeremy Bentham. Em 1822 foi convidado a trabalhar na Companhia das Índias Orientais, onde entrou como auxiliar do responsável pela correspondência. Passou a assistente de diretoria em 1828 e chegou ao posto mais alto da Companhia, diretor presidente, em 1856, posto que ocupou por dois anos, até que a empresa foi fechada por ordem da Rainha Vitória. Em 1830, conheceu Harriet Hardy Taylor, ativa defensora dos direitos da mulher, por quem se apaixonou quase imediatamente. Como ela era casada, só veio a se tornar esposa de Stuart Mill 21 anos depois, quando ficou viúva. A influência de Harriet Hardy Taylor sobre as idéias e obras de Mill foi bastante acentuada, só não sendo ainda maior pelo fato do casamento ter durado apenas sete anos, em razão do falecimento da esposa. Foi amigo pessoal de Ricardo, Bentham, Carlyle e Augusto Comte, tendo tido O trecho que se segue, extraído dos Principles of Political Economy mostra bem como Stuart Mill sentia o momento, quase um século após o início da Revolução Industrial: ... até agora se questiona se todas as invenções mecânicas já feitas aliviaram a luta do ser humano. Elas permitiram que maior população vivesse a mesma vida de fadiga e aprisionamento e que maior número de manufatureiros e outros fizessem fortuna. A diferença de seu pensamento a partir da publicação dos Principles em relação ao seu pensamento original pode ser vista claramente no seguinte trecho: Se a escolha tiver de ser feita entre comunismo, com todas as suas oportunidades, e a presente situação da sociedade com todos os seus sofrimentos e injustiças; se a instituição da propriedade privada necessariamente carrega consigo, como conseqüência, que o produto do trabalho seja repartido, como vemos atualmente, quase em razão inversa ao trabalho: as maiores parcelas àqueles que jamais trabalharam para o todo, a parcela seguinte àquele cujo trabalho é apenas nominal e assim numa escala decrescente, a remuneração diminui à medida em que o trabalho cresce mais duro e mais desagradável até que o mais exaustivo e fatigante trabalho não possa contar com a certeza de estar apto a ganhar sempre o mínimo necessário à existência. Se isto, ou o comunismo for a alternativa, todas as dificuldades maiores ou menores do comunismo serão apenas um átomo na balança. No âmbito da Política, o caminho seguido por Mill foi o de um liberalismo extremado, muito próximo do anarquismo. Sua preocupação com a influência deletéria do Estado fica clara no trecho que se segue, sobre Educação: Uma educação geral pelo Estado é puro plano para moldar as pessoas de forma exatamente semelhante. E, como o molde em que são plasmadas é o que agrada a força dominante no governo, quer seja esta um monarca, um clero, uma aristocracia, quer a maioria da geração existente, a educação pelo Estado, na medida em que é eficaz e bem sucedida, estabelece um despotismo sobre o espírito, que, por uma tendência natural, conduz a um despotismo sobre o corpo. Stuart Mill não deixa, em nenhum instante, de revelar profunda influência da educação que lhe foi imposta pelo pai, razão pela qual sua obra representa enorme contribuição à aplicação de métodos à análise econômica. Também nesse particular observam-se sensíveis modificações em seu pensamento, como pode ser visto através da comparação de suas primeiras e de suas últimas obras. Sua idéia de utilitarismo, mais ampla que a de Bentham, serviu de base e foi aperfeiçoada pelos primeiros economistas utilitaristas como William Stanley Jevons, Carl Menger e Leon Walras e, principalmente, por Alfred Marshall, grande expoente da Escola Neoclássica. Por todas essas razões, Stuart Mill pode ser considerado um autor de transição entre o pensamento econômico antigo (que dá maior ênfase aos aspectos ligados à produção da riqueza) e o pensamento econômico moderno (que enfatiza os aspectos ligados à distribuição da riqueza). BIBLIOGRAFIA BUCHHOLZ, Todd G. A mente tempestuosa de John Stuart Mill, capítulo V de Novas idéias de economistas mortos. Tradução de Luiz Guilherme Chaves e Regina Bhering. Rio de Janeiro: Record, 2000, pp. 111 - 135. CANAVAN, Bernard. Economistas para principiantes. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1983. http://pt.wikipedia.org/wiki/James_Mill http://www.espacoacademico.com.br/058/58rodrigues.htm http://cepa.newschool.edu/het/profiles/mill.htm
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