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Guias e Dicas
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Relacionamento com clientes, Notas de estudo de Engenharia Informática

Texto sobre relacionamento com clientes em ambiente B2B.

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 29/08/2010

diego-valadares-7
diego-valadares-7 🇧🇷

4.2

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Baixe Relacionamento com clientes e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Informática, somente na Docsity! UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA FACULDADE DE GESTÃO E NEGÓCIOS ADMINISTRAÇÃO COM HABILITAÇÃO EM GESTÃO DE NEGÓCIOS INTERNACIONAIS RELACIONAMENTO COM CLIENTES: A EVOLUÇÃO DO MARKETING E A PRESENÇA DA TECNOLOGIA NUM AMBIENTE DE NEGÓCIOS B2B. FABIO ZOPPI BARRIONUEVO Orientador: Prof. Carlos Alberto Zem PIRACICABA, SP, novembro de 2004 2 UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA FACULDADE DE GESTÃO E NEGÓCIOS ADMINISTRAÇÃO COM HABILITAÇÃO EM GESTÃO DE NEGÓCIOS INTERNACIONAIS RELACIONAMENTO COM CLIENTES: A EVOLUÇÃO DO MARKETING E A PRESENÇA DA TECNOLOGIA NUM AMBIENTE DE NEGÓCIOS B2B. FABIO ZOPPI BARRIONUEVO Trabalho final de estágio supervisionado, desenvolvido em cumprimento à exigência curricular do curso de Administração com habilitação em Gestão de Negócios Internacionais, sob orientação do Prof. Carlos Alberto Zem PIRACICABA, SP, novembro de 2004 5 ou simplesmente Comércio Eletrônico, a qual é definido e mostrado a evolução, e também os conceitos para sua discussão. O e-Procurement é apresentado amplamente, de forma a se ter o pleno conhecimento do assunto. Ainda no mesmo capítulo, são apresentados as ferramentas de marketing na Internet. A tipologia da metodologia de pesquisa, bem como o instrumento de coleta, população e amostra, o método de coleta e o método de análise são expostos no capítulo 5. No capítulo 6 são apresentados, analisados e discutidos os resultados obtidos junto a uma amostra de empresas localizadas na Região Metropolitana de Campinas. São apresentadas as conclusões gerais e específicas, geradas a partir da fundamentação teórica pesquisada, e também da coleta dos dados dos questionários. São expostas também as limitações de estudo e as novas oportunidades de estudo. Em seguida são apresentadas as referências das fontes citadas e o anexo, respectivamente, utilizadas na pesquisa, e o questionário aplicado na amostra de empresas. 6 1. CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO Neste capítulo são apresentadas a caracterização das organizações e do ambiente de negócios B2B, os objetivos gerais e específicos do estudo, e as justificativas e oportunidades de estudo. 1.1. CARACTERIZAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES E DO AMBIENTE As organizações pertencentes ao ambiente de negócios business-to-business (B2B) são empresas dos mais diversos ramos de atuação, distribuídas em vários portes (micro, pequena, média ou grande empresa), podendo ser nacional ou de origem estrangeira. O perfil dos clientes tratados neste estudo são indústrias que fabricam um produto final acabado ou matéria-prima a serem usadas em quaisquer outras indústrias, exceto a consumidores finais. As empresas fornecedoras têm em seu escopo de produtos e serviços componentes, equipamentos, máquinas e acessórios voltados à indústria, sendo em sua grande maioria produtos com um certo grau de tecnologia, muitas vezes de fabricação não-nacional, utilizados em qualquer processo produtivo, seja qual ramo de atuação a indústria pertença. A competitividade reinante aumenta ainda mais quando se relaciona a produtos com um certo grau de tecnologia, como é o caso de empresas que fornecem máquinas e equipamentos para a indústria. Tratando-se de produtos estritamente técnicos e específicos a uma aplicação, os profissionais de vendas pertencentes a este mercado são, muitas das vezes, treinadas a utilizar estes produtos de forma a criar argumentos de venda convincentes aos clientes. Uma vez que são requisitados pela necessidade produtiva da empresa a qual trabalham, o profissional de compras às vezes é apenas um dos personagens envolvidos no processo de compras, sendo que outros profissionais de outros departamentos participarão do processo. 7 Resta ao profissional de compras selecionar e qualificar fornecedores, obtendo o maior número de vantagens para a empresa que trabalha, não sendo necessariamente a financeira. Desta forma, foi possível identificar através das pesquisas realizadas de que forma a tecnologia da informação e a Internet afetam o relacionamento B2B, e como elas podem ser aproveitadas pelo cliente para satisfazer plenamente as suas necessidades, bem como pelo fornecedor em manter uma comunicação ativa com seus clientes. 1.2. OPORTUNIDADE DE ESTUDO Ao adotar este tema para aprofundar os estudos, foi possível pesquisar e relatar a maneira bem aceita de uma empresa relacionar-se com outra, respeitando- se a condição entre fornecedor e cliente, proporcionando à empresa fornecedora condições necessárias para seu crescimento e, à empresa cliente, um atendimento satisfatório as suas necessidades. Este estudo proporcionou o conhecimento dos clientes, por quem eles são constituídos e como cada profissional colabora num processo de relacionamento com empresas fornecedoras. Esse estudo encontrou como oportunidade, também, conhecer o outro lado do relacionamento B2B, as empresas fornecedoras, por quem elas são constituídas, de que forma elas e os profissionais que nela trabalham se relacionam com seus clientes e quais as práticas adotadas para se manterem no mercado. 1.3. OBJETIVOS 1.3.1. Gerais Este trabalho teve como objetivo geral pesquisar o ambiente de negócios B2B, entre empresas fornecedoras de insumos industriais e seus respectivos clientes. 10 2. MERCADOS INDUSTRIAIS E ASPECTOS CENTRAIS DE AQUISIÇÃO Neste capítulo são apresentados o conceito de mercados industriais, de que maneira funcionam o departamento de compras de uma empresa, quais são as situações de compras, os participantes e influências no processo, bem como os fatores que influenciam o comportamento de compra organizacional. São apresentados, também, os canais de distribuição e sua importância nos mercados industriais e quais as diferenças entre o mercado consumidor. 2.1. CONCEITO Para Kotler (1998, p. 188), o mercado industrial consiste de todas as organizações que adquirem bens e serviços usados na produção de outros produtos ou serviços, que são vendidos, alugados ou fornecidos a terceiros. De acordo com McCarthy e Perreault (1997, p. 133), compradores que adquirem para revenda ou para produzir outros bens e serviços são considerados clientes industriais. Sendo assim, os compradores corporativos não são motivados a comprar produtos ou serviços por impulso, mas sim pela necessidade da organização onde ele trabalha. Existindo um relacionamento com o comprador, o vendedor tem a oportunidade de expor a linha de produtos que fornece. Segundo Kotler (1998, p. 388), a linha de produtos é constituída por um grupo de produtos diretamente relacionados porque desempenham uma função similar, são vendidos aos mesmos grupos de consumidores, comercializados pelos mesmos canais ou vendidos dentro de uma faixa de preço específica. O mercado industrial é muito competitivo, existindo vários fornecedores de um mesmo produto ou serviço. Os vendedores devem estar atentos aos clientes, à concorrência e as inovações que são propostas ao longo do tempo, pois assim permanecerão competitivos ao vender seus produtos. 11 Para os compradores corporativos, os trabalhos são orientados pelo conceito de produto, pois a empresa que trabalha necessita de qualidade e produtos e serviços que garantam satisfação plena de suas necessidades. “O conceito de produto assume que os consumidores favorecerão aqueles produtos que oferecem mais qualidade, desempenho ou características inovadoras.” (KOTLER, 1998, p. 34) Os compradores podem estar atuando em empresas fabricantes de bens e serviços, intermediários, unidades governamentais ou organizações que não visem o lucro. Podem, também, estar negociando a aquisição de matérias-prima diversas, equipamentos para o bom funcionamento das máquinas da fábrica, materiais de apoio ao pessoal da administração, ou mesmo serviços de transporte dos produtos acabados de sua fábrica. 2.2. SITUAÇÕES DE COMPRA Em mercados industriais as situações de compra são classificadas em compra nova, recompra direta e recompra modificada (MCCARTHY; PERREAULT, 1997). O comprador corporativo acaba tomando muitas decisões para que, efetivamente, realize uma compra, visto que o tipo de informação que dispõe é claramente definida pelo usuário do produto ou serviço a ser comprado. As situações de compra já destacadas são explicadas desta forma, conforme análise feita por Kotler (1998, p. 189-190): • Compra nova: caracteriza-se quando um comprador adquire um produto ou serviço pela primeira vez, quanto maior o custo e/ou risco, maior o número de participantes na decisão, e quanto maior a necessidade de reunir informações, maior o tempo envolvido na tomada de decisão; • Recompra direta: caracteriza-se quando o departamento de compras recompra produtos ou serviços de forma rotineira; • Recompra modificada: é a situação em que o departamento de compras deseja modificar as especificações do produto, preços, condições de entrega ou outros termos de compra. 12 Porém, quando é necessário realizar uma compra de um produto ou serviço nunca antes comprados pela empresa, ou mesmo pelo comprador, é necessário despender de um tempo maior no levantamento de informações pertinentes ao produto ou serviços necessários. Além do mais, quando esses produtos ou serviços são de um custo alto, outros profissionais deverão estar envolvidos no negócio, sejam estes profissionais pertencentes ao departamento de compras, ou outros departamentos. Isto ocorre devido ao nível de autonomia concedido pela empresa ao profissional de compras. No entanto, quando o produto ou serviço já é de conhecimento do comprador corporativo, e seu uso já está aprovado pelo usuário, o comprador acaba tendo seu trabalho simplificado, pois este limita-se a analisar o grau de satisfação junto aos vários fornecedores disponíveis, executando assim a compra. À medida que a compra do produto ou serviço já utilizado pela empresa tiver de ser revista, seja por alteração nas especificações técnicas, condições de entrega ou outros termos de compra, o comprador corporativo acaba contatando novos possíveis fornecedores. Dessa forma, ele inicia uma busca de qualidades de seus fornecedores, analisando especialmente o custo do produto ou serviço em conjunto com o atendimento prestado, prazo de entrega, custos de transporte, garantia, e outros fatores pertinentes ao fornecimento, de maneira que o fornecedor agregue valor à empresa. Segundo Kotler (1998, p. 191), muitos compradores corporativos preferem comprar a solução total de seu problema de um único vendedor. Esta prática tem o nome de compra de sistema ou compra de solução, sendo que o fornecedor vencedor no processo de compra é o responsável pela aquisição e montagem dos subcomponentes adquiridos de subcontratados. Dessa forma, os compradores acabam simplificando seu trabalho, pois fecham a compra com apenas um fornecedor, retirando assim da empresa que trabalha a responsabilidade do uso correto do equipamento e funcionamento do sistema. Tal prática é adotada também por compradores cuja empresa não dispõe de muitos recursos, bem como onde o projeto é de grande porte, como na montagem de um sistema de irrigação. Para este exemplo é necessário a aprovação e aquisição de projetos elétrico, mecânico, hidráulico, civil e ambiental, aquisição dos 15 Muitos dos estágios presentes na situação de compra nova são eliminados ou abreviados nas situações de recompra modificada e recompra direta. Tabela 1 – Fases de compra. Classes de Compra Fases de Compra Compra Nova Recompra Modificada Recompra Direta Identificação de problema Sim Talvez Não Descrição da necessidade Sim Talvez Não Especificação do produto Sim Sim Sim Busca de fornecedores Sim Talvez Não Solicitação de proposta Sim Talvez Não Seleção de fornecedor Sim Talvez Não Especificação de rotina de pedido Sim Talvez Não Revisão do desempenho Sim Sim Sim Fonte: Adaptado de Kotler (1998, p. 197). As fases de compra já destacadas são explicadas desta forma, conforme análise feita por Kotler (1998, p. 189-190): • Reconhecimento do problema: o processo de compra inicia-se quando alguém na empresa reconhece um problema ou necessidade que pode ser atendido pela aquisição de um bem ou serviço. O reconhecimento do problema pode ocorrer com estímulo interno ou externo; • Descrição da necessidade: determinar as características gerais e a quantidade do item necessário. Para itens complexos, o comprador trabalha com outras pessoas para definir as características do produto; • Especificação do produto: após as necessidades serem identificadas, o comprador desenvolve as especificações técnicas do item. Freqüentemente a empresa compradora designa uma equipe de engenharia para análise de valor para o projeto; • Busca de fornecedores: após o produto ter sido especificado, o comprador identifica os fornecedores mais apropriados; • Solicitação de proposta: os fornecedores selecionados pelo comprador são convidados a apresentarem propostas. Para itens de alto custo ou 16 com alto grau de detalhes, o comprador exige uma proposta minuciosa por escrito; • Seleção de fornecedor: antes de selecionar um fornecedor, o centro de compras especifica os atributos desejados e indica sua importância relativa. Nem sempre o atributo preço é decisivo; • Especificação de rotina de pedido: após os fornecedores serem selecionados, o comprador negocia o pedido final; • Revisão do desempenho: após as providências de compra serem tomadas, o comprador realiza a avaliação, mantendo, modificando ou descartando o fornecedor. Trabalha com os usuários para executar essa avaliação. Sendo assim, para que seja feita uma compra é preciso iniciar todo um processo, começando com o reconhecimento do problema, sendo este determinado pelo usuário. A partir deste ponto, outros profissionais são envolvidos no processo, podendo ser do mesmo departamento do usuário, ou de departamentos que avaliarão e efetivarão a compra. Para este mesmo processo, inclui também os procedimentos das situações de compras, descrito anteriormente. 2.5. FATORES QUE INFLUENCIAM O COMPORTAMENTO DE COMPRA ORGANIZACIONAL Para os mercados organizacionais, existem algumas variáveis que influenciam diretamente o comportamento de compras em uma empresa. Os compradores corporativos estão sujeitos a quatro maiores influências: ambiental, organizacional, interpessoal e individual: (“trad. de Kotler (2000, p. 197 )”). Quanto ao fator ambiental, as influências provêm do nível de demanda, perspectiva econômica, preços atrativos, mudanças tecnológicas, política de desenvolvimento e regulação, desenvolvimento competitivo e responsabilidade social. Quanto ao fator organizacional, as influências provêm dos objetivos e políticas da empresa, procedimentos, estrutura da organização e sistemas. (“trad. de Kotler (2000, p. 197 )”). 17 Com referência ao fator interpessoal, as influências são os interesses, a autoridade, o status, empatia e poder de persuasão. Para o fator individual a idade, renda, educação, posição no trabalho, personalidade, ambição e cultura são as influências. (“trad. de Kotler (2000, p. 197 )”). A figura 1 ilustra de que maneira as quatro maiores influências estão inseridas em compras corporativas: Figura 1: Maiores influências em compradores corporativos. Fonte: Adaptado de Kotler (1999, p. 197). De acordo com Churchill e Peter (2000), dentre os fatores que influenciam o comportamento de compras corporativas, os principais são: • Demanda; • Concorrência; • Tecnologia. Todo comprador corporativo demanda bens e serviços que o levarão a satisfazer suas necessidades, e consequentemente obter lucros para as empresas que trabalham. Porém a demanda pelos produtos e serviços pode ser fixa, sazonal, cíclica, ou influenciadas por picos de consumo do mercado consumidor. AMBIENTAL Nivel de demanda Perspectiva econômica Preços atrativos Mudanças tecnológicas Políticas de desenvolvimento e regulação Desenvolvimento competitivo Responsabilidade social ORGANIZACIONAL Objetivos Políticas Procedimentos Estrutura organizacional Sistemas INTERPESSOAL Interesses Autoridade Status Empatia Poder de persuasão INDIVIDUAL Idade Renda Educação Posição no trabalho Personalidade Ambição Cultura Comprador Corporativo 20 distribuição e como as empresas nela relacionadas, no caso intermediários, se interagem. Segundo Keegan (2000, p. 386), “canais de distribuição são sistemas que ligam os fabricantes aos clientes”. Da mesma maneira, Semenik e Bamossy (1995) definem canal de distribuição como conjuntos de organizações interdependentes envolvidas no processo de tornar um produto ou serviço disponível para uso ou consumo. Sendo assim, um produto somente está disponível a quem irá utilizar devido a existência de uma ou mais empresas interagindo, cada uma no seu devido papel, e fazendo com que o produto saia da fábrica e chegue ao consumidor final. Entretanto, é necessário destacar a diferença entre produtos de consumo e de produtos industriais, pois as empresas constantes desse canal de distribuição acabam tendo papéis diferentes e, automaticamente, funções distintas. A figura 2 apresenta um modelo das alternativas de canais para empresas de produtos industriais, distribuídos em diversos níveis: • Nível 1: representa uma articulação do fabricante, formando uma equipe de vendas própria para atingir o cliente; • Nível 2: representa uma articulação conjunta entre fabricante e atacadista, de modo a atingir o cliente; • Nível 3: representa uma articulação conjunta entre fabricante, atacadista e distribuidores, de modo a atingir o cliente. Figura 2 – Alternativas de canais de distribuição para produtos industriais. Fabricante Fabricante Fabricante Equipe Vendas Atacadista Atacadista Própria Distribuidor Clientes Fonte: Adaptado de Semenik e Bamossy (1995, p. 542). 21 Os modelos citados são os rotineiramente usados no mercado brasileiro, podendo sofrer mudanças no decorrer dos anos, e em mercados internacionais. Por conta disto, os intermediários estão presentes nos canais de distribuição porque os clientes são mais bem servidos quando bens e serviços tornam-se disponíveis pelo método menos dispendioso, aquele que proporciona utilidades de tempo lugar e posse, contribuindo assim para a satisfação total deles. 2.6.2. A importância dos canais de distribuição As diferentes empresas que compõem o canal proporcionam utilidade de tempo, de lugar e de posse para os compradores. Segundo Semenik e Bamossy (1995), as utilidades de tempo, lugar e posse são definidas como: • De tempo: refere-se à satisfação que os clientes obtêm de ter um produto disponível no momento em que ele é desejado; • De lugar: proporciona satisfação pelo fato de os produtos estarem localizados onde os consumidores podem adquiri-los com facilidade; • De posse: ocorre quando os intermediários do canal prestam serviços de modo tal que os clientes possam adquirir e usar os produtos com o menor número possível de obstáculos. Para que estas condições sejam atendidas, tanto os fabricantes quanto as empresas que compõem o canal de distribuição, têm que ser flexíveis quanto ao prazo de entrega, se possível tendo todos os produtos de pronta entrega, ou entrega programada. Quanto ao local, seria ideal no ponto de vista do cliente a existência de muitos espalhados pelo território nacional. É importante afirmar que para o cliente o ideal seria um prazo de pagamento alongado, com aprovação de cadastro imediato, entrega sem custo e de forma mais rápida possível. Porém, muitos obstáculos são encontrados quando no atendimento dos clientes, especialmente quando demanda custo; mas o canal é responsável pela satisfação dos clientes como em um todo, onde é preciso estabelecer estratégias de propaganda, crédito, logística e fabricação de modo que este objetivo seja atingido. Como a satisfação dos clientes está diretamente ligada com a atuação das empresas pertencentes ao canal de distribuição, inclusive o fabricante, é necessário 22 que haja efetivo trabalho destas, pois, de outra forma irá trazer prejuízos a marca e produto do fabricante. Em uma análise direta, todas as empresas fazem sua função no canal de distribuição, ou pelo menos deveriam, pois as que não fazem perdem posição no mercado e abre oportunidade para outras ocuparem seu lugar. De acordo com Semenik e Bamossy (1995), a preocupação não deve estar voltada para as instituições em si, mas sim para os papéis, ou atividades de valor agregado, desempenhados por essas instituições. As empresas do canal, excluso o fabricante, existem por que sua presença no mercado resulta em preços mais baixos para os clientes e retornos mais altos para os fabricantes, proporcionados através das utilidades de tempo, lugar e posse em comparação ao que seria se todo o trabalho fosse feito pelo próprio fabricante. Segundo Semenik e Bamossy (1995), “os intermediários são mais eficientes no desempenho das tarefas do canal devido a sua especialização e economia de escala”. Quando fabricantes vendem para empresas do canal, o mesmo número de usuários finais pode ser atingido com menos esforço e menor custo, conforme figura 3. Figura 3 – Atuação dos intermediários na redução de transações e custos de operação. Atendimento direto Com intermediários Fabricantes Clientes Fabricantes Fonte: Adaptado de Semenik e Bamossy (1995, p. 545). 25 3. MARKETING DE RELACIONAMENTO E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NUMA PROPOSTA INTEGRADA Neste capítulo são apresentadas a evolução do marketing ao logo dos anos até o marketing de relacionamento. Estão inseridos neste capítulo a tecnologia da informação, os sistemas de informação, o Data Warehouse e Data Mining como ferramentas de extração de dados voltados para a tomada de decisão e como o marketing de relacionamento está integrado com a tecnologia da informação atualmente. 3.1. EVOLUÇÃO DO MARKETING Embora a história do marketing possa ser dividida em mais partes, pode-se considerar como destaques as seguintes fases: as eras da produção, do produto, da venda, do marketing, do marketing societal, do marketing voltado para o valor e marketing de relacionamento. A era da produção é a mais antiga que se conhece, pois até meados de 1925 empresas européias e americanas estavam orientadas pela produção. Para Kotler (1998, p. 35), o conceito de produção assume que os consumidores darão preferência aos produtos que estiverem amplamente disponíveis e forem de baixo preço. Empresas orientadas para a produção concentram-se em atingir eficiência de produção elevada e distribuição ampla. Não havia preocupação com a venda, pois tudo que era produzido era consumido. Após a era da produção chegou a era do produto. As empresas, concentrando-se somente na produção de seus produtos, agora procuravam dar toda qualidade e benefícios palpáveis possíveis. Segundo Kotler (1998, p. 35), o conceito de produto assume que os consumidores favorecerão aqueles produtos que oferecem mais qualidade, desempenho ou características inovadoras. Empresas orientadas para o produto focam sua energia em fazer produtos superiores, melhorando-os ao longo do tempo. 26 A era da venda vem logo em seguida, em 1930, quando as técnicas de produção foram dominadas por todos, a preocupação volta-se ao escoamento dos excedentes de produção. Dessa preocupação surge a força de vendas nas empresas, que tinha por objetivo encontrar compradores para os produtos. Conforme Cobra (2003, p. 8), “uma empresa orientada a vendas é aquela que assume que os consumidores irão resistir a comprar bens e serviços que não julguem essenciais”. Para tanto, o papel de vendas é convencer os compradores acerca dos benefícios de seus produtos. A era de marketing surge em meados de 1950, e acabava desafiando as três eras anteriores. De acordo com Kotler (1998, p. 37), o conceito de marketing assume que a chave para atingir as metas organizacionais consiste em ser mais eficaz do que os concorrentes para integrar as atividades de marketing, satisfazendo, assim, as necessidades e desejos dos mercados-alvos. Existe um contraste entre a era de venda e a era de marketing, onde venda focaliza a necessidade do vendedor e marketing foca o lado do comprador. A venda preocupa-se com a necessidade do vendedor transformar seu produto em dinheiro, ao passo que o marketing preocupa-se em satisfazer as necessidades do cliente por meio do produto e de um conjunto de valores associados, desde a criação até o consumo do produto. Em tempos recentes, surge a era do marketing societal, que Kotler (1998, p. 45) define como a tarefa da organização em determinar as necessidades, desejos e interesses dos mercados-alvos e atender às satisfações desejadas mais eficaz e eficientemente do que os concorrentes, de maneira a preservar ou ampliar o bem-estar dos consumidores e da sociedade. A era do marketing societal surgiu devido à questionamentos se o conceito de marketing é o ideal, onde já existiam danos ambientais, escassez de recursos, deficiência nos serviços sociais e outras mazelas sofridas pela sociedade. O marketing voltado para o valor é definido por Churchill e Peter (2000) como uma filosofia empresarial que se concentra em desenvolver e entregar um valor superior para os clientes, como modo de alcançar os objetivos da organização. Nota-se que existe um avanço no julgamento das eras do marketing e marketing societal para o marketing voltado para o valor. Dessa forma, as empresas 27 num todo trabalham para suprir as plenas necessidades de seus clientes, desenvolvendo, fabricando, entregando e medindo, de forma constante, se as necessidades foram atendidas. De acordo com Churchill e Peter (2000), o marketing voltado para o valor segue alguns princípios: • Princípio do cliente: concentrar-se nas atividades de marketing que criam e fornecem valor para o cliente; • Princípio do concorrente: oferecer um valor superior aos clientes em relação às opções da concorrência; • Princípio proativo: mudar o ambiente para melhorar as chances de sucesso; • Princípio interfuncional: usar equipes interfuncionais quando elas melhorarem a eficiência e a eficácia das atividades de marketing; • Princípio da melhoria contínua: melhorar continuamente o planejamento, a implementação e o controle de marketing; • Princípio do stakeholder: considerar o impacto das atividades de marketing sobre outros públicos interessados na organização. Kotler (1998, p. 73) define stakeholder como pessoas ou grupos que têm interesse pela organização, podendo ser funcionários, fornecedores, governo, comunidade, grupos de proteção ambiental, etc. Para que este estudo não perca seu foco, dar-se-a ênfase ao princípio do cliente, mesmo porque Churchill e Peter (2000) destacam que o marketing voltado para o valor tem o cliente como foco principal do negócio. Para fornecer um valor superior ao cliente, a empresa tem que construir relacionamentos de longo prazo com seus clientes, onde estes podem ser de dois tipos (CHURCHILL; PETER, 2000): • Relacionamentos diretos: relações em que a empresa conhece seus clientes pelo nome e podem comunicar-se diretamente com eles; • Relacionamentos indiretos: relações em que a empresa não conhece os clientes individuais pelo nome, mas os produtos dessa empresa têm significado para os clientes. 30 Dessa forma, o sucesso da empresa depende da qualidade da rede de relacionamento estabelecida, ou seja, se ela foi construída com stakeholders- chaves, as chances da empresa de obter bons lucros aumentarão. 3.3. SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE MARKETING Para Kotler (1998, p. 111), um sistema de informações de marketing (SIM) consiste de pessoas, equipamentos e procedimentos para coletar, selecionar, analisar, avaliar e distribuir informações de marketing que sejam necessárias, oportunas e precisas para os tomadores de decisões em marketing. Os gerentes de marketing precisam de informações para que possam executar seu trabalho da forma mais eficaz e eficiente possível. Desta maneira, é necessário existir um sistema montado que para que essas informações sejam realmente levadas até eles. É necessário também que essas informações sejam constantemente atualizadas, de forma que o erro ao se tomar uma decisão seja minimizado. A figura 4 mostra a caracterização de um SIM na prática, envolvendo pessoas, equipamentos e o fluxo de dados: 31 Figura 4 – Sistema de informações de marketing. Fonte: Adaptado de Sandhusen (1998, p. 105). Feito uma análise da figura 4, o lugar ocupado pelo gerente de marketing proporciona ele ter acesso de todas informações pertinentes à empresa em si, o mercado externo e o ambiente de negócios. Todas as informações serão fornecidas e disponibilizadas ao gerente através dos outputs do sistema, ou seja, impressora ou o monitor de um computador pessoal. Há uma central de armazenamento de dados, à qual são direcionados e gravados todos os dados. Esses dados são coletados do mercado, do ambiente, e de algum estudo em particular, solicitado pelo gerente, que por ventura não existam neste sistema. Os dados de mercado são todos aqueles àqueles pertinentes à demografia e psicografia, ou seja, dados como emprego, renda, metas profissionais, requerimentos de ensino contínuo. Os dados do ambiente são todos àqueles pertinentes às oportunidades para empresa, como por exemplo ofertas competitivas, novas tecnologias, economia, etc. Gerentes Output do sistema Unidade de procesamento eletrônico de dados Construção de modelo e análise Armazenamento de dados Análise de vendas e custo (para controle e planejamento) Custos da empresa Mercado (relatórios regulares de vendas e estudos de propósitos especiais) Ambiente 32 Os dados solicitados pelo gerente são modelos e análises construídas sobre planos, programas, mercado-alvo, compostos ou elemento individual do composto. 3.4. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO No âmbito que trata da Gestão do Relacionamento com o Cliente (CRM), a Tecnologia da Informação (TI) exerce papel fundamental no sentido de que sem ela a Gestão do Relacionamento com o Cliente seria muito difícil ser implantada, especialmente nas grandes empresas. Segundo Rezende e Abreu (2000), “tecnologia da informação são recursos tecnológicos e computacionais para geração e uso da informação”. É através dos recursos tecnológicos que são possíveis o armazenamento e a analise de dados com velocidade suficiente para atendimento das necessidades do mercado. Descobrir uma informação mercadologicamente importante depois do tempo que ela deveria ser utilizada, somente fará a empresa perceber que ela poderia ter antecipado a informação e a utilizado de forma a se precaver ou se preparar para a nova situação. Nesse contexto, surgem tecnologias que têm o intuito de auxiliar no tratamento de informações de maneira rápida e eficiente. Segundo Laudon e Laudon (2001), “os computadores e as tecnologias de informação relacionadas cada vez mais misturarão dados, enviando-os através de vastas redes que podem processar todos eles com igual facilidade”. Para atender aos requisitos de armazenamento de informações, principalmente, surgiu a tecnologia de Data Warehouse, para que fosse possível trabalhar as informações, fornecendo posições dinâmicas à empresa, com diversos níveis diferentes de agregação. Esta tecnologia, explicada adiante, que na verdade se traduz muito mais claramente num conceito de pesquisa estatística com grandes quantidades de dados manipulados por computador, permitiu que se fizessem previsões sobre o futuro, analisando profundamente os dados históricos e também que se descobrissem novas relações entre os dados de uma empresa. 35 3.6. DATA WAREHOUSING E DATA MINING As empresas, atualmente, conforme foi destacado na contextualização deste estudo, vêm sofrendo com a necessidade de reagir rápida e decisivamente à demanda de seu mercado. Esse fenômeno acontece em todas as instâncias da indústria, e também do setor de serviços. O caminho encontrado para agilizar o processo de geração de informações consistentes para fornecer respostas às necessidades criadas pela urgência mercadológica foi a criação dos Data Warehouses, precursores dos Data Minings. A necessidade de conhecer melhor o cliente é clara, e por esse motivo foram desenvolvidos sistemas para captura e armazenagem de informações de qualidade, relativas às transações comerciais realizadas entre as empresas. Rezende e Abreu (2000) destaca a importância das informações nas relações corporativas: A informação nos dias de hoje tem um valor altamente significativo e pode representar grande poder para a empresa que a possui. Ela possui seu valor, pois está presente em todas as atividades que envolvem pessoas, processos, sistemas, recursos financeiros, tecnologias. Esta realidade é enfrentada pelas empresas, que com a mesma sistemática, disponibilizam sistemas de transação com o cliente capazes de colher informações importantes sobre o comportamento desses clientes. As informações armazenadas sem uma análise detalhada de seu conteúdo tem pouco valor à empresa. Neste contexto surgem então os Data Warehouses, como soluções capazes de prover as informações necessárias aos gestores para relacionar-se melhor com seus clientes. Laudon e Laudon (2001) destaca que Data Warehouse é um banco de dados, com ferramentas, que armazena dados atuais e históricos de interesse potencial para todos os membros decisores da empresa. Segundo Rezende e Abreu (2000), Data Warehouse é um grande banco de dados que armazena dados de diversas fontes para futura geração de informações integradas, com base nos dados do funcionamento das funções empresariais operacionais de uma organização inteira. 36 Em geral, operacionalmente, os Data Warehouses estão categorizados e são executados a partir de um ambiente diferente daquele em que ocorrem as operações do dia-a-dia dos sistemas. Enquanto que os ambientes em que se armazenam os sistemas responsáveis pelas operações do dia-a-dia são chamados ambientes transacionais, os ambientes em que se armazenam os Data Warehouses são chamados ambientes informacionais. Laudon e Laudon (2001) destaca que um Data Warehouse é uma cópia dos dados transacionais, retirados dos diversos sistemas existentes numa empresa, estruturados para permitir consultas e confecção de relatórios. Kimball (2000, p. 78) destaca que um ambiente de sistemas deveria considerar a separação dos sistemas transacionais da empresa dos sistemas informacionais, como Data Warehouse. Permitir que todos os sistemas estejam no mesmo ambiente poderá causar confusão, e principalmente problemas de desempenho dos mesmos, pois os Data Warehouses são sistemas que trabalham com grandes quantidades de dados e com processamento, em geral, pesado visando sumarizações demonstrativas. Os sistemas transacionais trabalham, em geral, com poucos dados e sem dados sumariados. Essa natureza diferenciada requer um tratamento também diferenciado para ambos os casos. Kimball (2000, p. 79) propõe então que o ambiente de sistemas esteja separado em 4 categorias distintas, sendo elas: • Produção de Sistemas transacionais; • Área de organização dos Data Warehouses; • Sistemas de Apresentação de Dados do Data Warehouse; • Área opcional para ferramentas analíticas como Data Mining. Laudon e Laudon (2001) fornecem uma explicação para as relações existentes entre os Data Warehouses e os Data Minings, apontando que o Data Mining é uma ferramenta que auxilia a encontrar relações úteis, até então não conhecidas, no banco de dados do Data Warehouse, onde o objetivo maior é a criação de modelos para a tomada de decisão que possam predizer o comportamento futuro dos clientes, baseando- se nas atividades do passado. 37 Uma das chaves do sucesso desse processo é, portanto, a capacidade de utilizar-se de informações, integradas e precisas, que é um dos objetivos do Data Warehouse. Segundo Laudon e Laudon (2001), Data Mining são sofisticadas ferramentas de software capazes de encontrar padrões em grandes volumes de dados e deduzirem regras que podem ser usadas para guiar a tomada de decisão. O Data Mining é, portanto, um conceito que traduz uma aplicação de ferramentas de software, que se tornou possível a partir da tecnologia de Data Warehouse, que é a tecnologia que armazena os dados utilizados pelo Data Mining. Portanto, um Data Mining não é simplesmente um conjunto de ferramentas estatísticas, tão pouco é a tecnologia de processamento analítico online (OLAP - Online Anatycal Processing), que permite aos usuários finais navegar mais facilmente com seus dados e também não é Data Warehouse, pois o Data Mining permite um maior poder de pesquisa buscando padrões de relacionamento entre as informações. Para Carvalho et alii apud Rezende e Abreu (2000), OLAP suporta a análise da tendência, os cenários e as projeções de negócios, como instrumento de suporte às decisões gerenciais e estratégicas, trabalhando com dados históricos, a fim de gerar informações e conhecimentos para analisar o negócio. De acordo com Laudon e Laudon (2001), os Data Minings fornecem insights dos dados da corporação que não podem ser obtidos com o OLAP, encontrando padrões escondidos e relacionamentos em grandes bancos de dados e regras de inferência a partir deles para prever tendências e comportamento futuro. Essa capacidade de pesquisar dados se torna maior, quanto maior for a capacidade de compor informações de forma a construir conhecimento, seja sobre o presente, sobre o passado ou sobre o futuro. Conforme assuntos abordados, a figura 5 mostra a disposição de um Data Warehouse, um OLAP e Data Mining: 40 4. ESPECIFICIDADES DA INTERNET E DE E-BUSINESS Neste capítulo é apresentado o surgimento da Internet e como ela está inserida no ambiente B2B atualmente. Da mesma forma, é apresentado o comércio eletrônico, sua evolução, quais são os assuntos discutíveis quanto sua implementação e controle. O conceito de e-procurement é também colocado neste capítulo, apresentando, também, as ferramentas de marketing na Internet. 4.1. HISTÓRICO DA INTERNET Segundo Limeira (2003, p. 14), o nome Internet é derivado da junção de duas palavras em inglês, international network, que significa rede internacional e designa a rede mundial pública de computadores interligados, por meio da qual são transmitidos dados e informações para qualquer usuário que esteja conectado à ela. O mesmo autor aponta que a Internet evoluiu da ARPANet, idealizada pela Advanced Research Projects Agency (Arpa), órgão pertencente ao Departamento de Defesa dos Estados Unidos, cujo objetivo era estratégico-militar, e proporcionar um sistema de comunicação de informações. Com o objetivo de operar em rede e permitir que continuasse a operar como um todo, quando partes dela por ventura deixassem de operar, seu modelo de rede era altamente distribuído, apesar de ser hierárquico, para permitir fácil alteração do roteamento das comunicações em caso de ataque. Para tanto, sua concepção baseou-se em conexões redundantes, de forma que qualquer que fosse o motivo da avaria, os pontos não afetados continuassem a operar normalmente. Atualmente, a Internet encontra-se em um estágio avançado de desenvolvimento, onde na maioria dos casos qualquer ponto em um local do planeta pode conectar-se em outro, em qualquer instante, independente do local que esteja este outro ponto. 41 De acordo com Limeira (2003, p. 15), o avanço da tecnologia com a ampliação da velocidade de transmissão, a chamada largura de banda, e a maior difusão de acesso, ajudará a ampliação da utilidade e do uso da Internet mundialmente. Segundo Amor (2000, p. 62), “a Internet é atualmente uma rede interligada de redes de computadores, e não consiste em uma única rede, mas em muitas delas, fisicamente separadas e ligadas em pontos específicos”. Dois tipos de nós estão disponíveis para a Internet, sendo eles os nós finais e nós intermediários, conforme definição de Amor (2000, p. 62): • Nós finais são os servidores e clientes na maioria dos casos, tanto fornecendo como solicitando um conjunto de serviços. Clientes pois são computadores por meio dos quais os usuários se comunicam a outros nós, e servidores pois são provedores de serviços centralizados que oferecem serviços para os clientes; • Nós intermediários são computadores que distribuem o tráfego entre os segmentos da rede. Estes dispositivos são chamados roteadores e bridges. Para que todos os nós estejam interligados, é necessário que possuam um identificador único chamado endereço Protocolo de Internet (IP). Em sistemas maiores podem existir mais de um endereço IP, e normalmente um nome de domínio é atribuído a eles, para que seja mais facilmente lembrado. Na Internet todo nó é capaz de conectar-se a outro nó, mas nem sempre este procedimento é o desejado, pois em determinados nós existem dados confidenciais que não pode-se ter acesso irrestrito. Conectados a esses nós, existem organizações governamentais e redes corporativas, chamadas intranet e extranet. Elas funcionam com o mesmo tipo de identificação, ou seja, os IP´s, e sendo desta forma qualquer outro computador poderia ter acesso aos dados contidos nestas intranets. Cunningham (2000, p. 179) define intranet, como sendo redes de computadores com base na Internet que são particulares e seguras, normalmente utilizadas por empresas, governo e outras organizações, baseando-se nos padrões da Internet e fornecendo meios para que uma empresa torne os recursos mais prontamente disponíveis online para seus funcionários. 42 O mesmo autor define extranet, como sendo redes remotas particulares que são executadas em protocolos públicos como objetivo de promover a colaboração e o compartilhamento de informações entre empresas, permitindo que certos convidados tenham acesso a dados internos de maneira controlada. Sendo consideradas áreas particulares e com acesso restrito, as intranets e extranet provem de recursos limitadores. Os chamados firewalls são os dispositivos que protegem o as redes corporativas e governamentais do acesso indesejado, bloqueando qualquer usuário desconhecido que não tenha permissão de acessar o sistema. Segundo Albertin (2000, p. 187), “firewall é um computador ou roteador entre a rede corporativa ou organizacional e a Internet, controlando e monitorando todo o tráfego entre o mundo externo e a rede local”. E de acordo com Cunningham (2000, p. 177), firewall é uma combinação de software e hardware que separa uma rede local interna da Internet externa, protegendo a rede da empresa do mundo externo e de visitantes eletrônicos não autorizados. 4.1.1. A Internet presente nos negócios Empresas de todos os tipos e setores estão explorando o potencial da Internet, desde a busca de informações até transações comerciais, efetivadas eletronicamente. Para o negócio em si, isso se faz necessário devido à democratização do acesso da Internet, pois profissionais de todos países estão navegando em busca de informações. Dessa forma, as empresas que estiverem explorando adequadamente esse canal de comunicação obterão êxito em seus negócios. Sendo o objetivo da empresa a busca de informações na Internet, podemos considerá-la essencial em seus negócios, pois com a chegada dos sistemas de busca aprimorados, a qual localiza o que o usuário deseja em poucos segundos, a empresa estará visível a qualquer momento do dia. A empresa disponibilizando informações em seu site terá a oportunidade de levar informações institucionais, de produtos e serviços, muito facilmente, além de proporcionar uma comunicação mais próxima com clientes em potencial. 45 Nota-se, portanto, que comércio eletrônico é um conjunto de medidas e procedimentos que foram reexaminados dos antigos processos fundamentais de negócios. Muitos destes processos não sofreram alterações ao longo dos últimos anos, porém eles afetam o planejamento estratégico, oportunidades empreendedoras, projeto e desempenho organizacional da empresa. Sendo assim, o comércio eletrônico é uma emergente modalidade de negócio, sendo potencialmente satisfatório na implementação de novas estratégias e oportunidades de negócio. Para a empresa em si, a redução de custos e melhoria de processo é de grande valia, considerando ainda que o comércio eletrônico proporciona melhorias no relacionamento com clientes, abrindo novos canais de vendas, novos produtos e serviços e novas formas de relacionamento. E por outro lado, os clientes desejam as facilidades que o comércio eletrônico proporciona. De acordo com Albertin (2000, p. 214), “os clientes desejam acessar e fornecer as informações relativas aos produtos e serviços de forma eletrônica”. 4.3. A EVOLUÇÃO DO COMÉRCIO ELETRÔNICO A Internet alterou radicalmente a maneira como muitas empresas efetuam transações, abrindo uma nova modalidade de negociação, chamada de negócios eletrônicos (NE). As intranets corporativas estão assumindo rapidamente a função de principal forma de comunicação interna, e as extranets estão se ampliando para atingir clientes e fornecedores. Segundo Swift (2001, p. 104), produtos de todos os tipos são vendidos e distribuídos por meio da Internet, por empresas que variam das principais corporações a empresas individuais domésticas. 46 Gráfico 1 - Negócios eletrônicos em um ambiente de negócios B2B. Fonte: Adaptado de http://www.idigital.fea.usp.br/iDigital/Default.aspx?idPagina=32. Acesso em 03 nov. 2004. No Gráfico 1, retirado de uma pesquisa realizada pela Fiesp/Ciesp em parceria com a FEA USP em 2003, um total de 26% de empresas pesquisadas já realizam algum tipo de negócio eletrônico, sendo que para negócios B2B 17% das empresas compram, e outras 17% vendem bens e serviços. Quanto ao tipo de empresa que pratica negócios eletrônicos, as de grande porte estão entre as que mais executam esta modalidade de transações comerciais, seguida pela de médio porte, de pequeno porte, até chegar às microempresas. Observa-se que a porcentagem de utilização de negócios eletrônicos para a compra ainda é maior, se comparado com a porcentagem de utilização para a venda de produtos. Observa-se ainda que, entre as microempresas e empresas de pequeno porte, a diferença na utilização da modalidade para efetuarem transações comerciais é pequena, visto que existe facilidade em estar executando tal tarefa, no ponto de vista operacional e tecnológico do sistema. 47 Gráfico 2 – Prazo de implantação de negócios eletrônicos. Fonte: Adaptado de http://www.idigital.fea.usp.br/iDigital/Default.aspx?idPagina=33. Acesso em 03 nov. 2004. Como pode ser observado no Gráfico 2, também retirado da pesquisa Fiesp/Ciesp e FEA USP de 2003, a adoção de negócios eletrônicos nas empresas tende a elevar-se com o passar dos anos, sendo que, um total de 26% de empresas pesquisadas já havia implementado negócios eletrônicos, ao passo que um total de 60% não tem previsão para fazê-lo. Este resultado reflete também as empresas que estão em fase de implantação, e a intenção de outras em incrementar as vendas através de negócios eletrônicos nos próximos três anos: • 5% das empresas pesquisadas estão em fase de implantação; • Em até 1 ano, 4% das empresas estarão com o sistema implementado; • Em até 3 anos, 5% das empresas pesquisadas irão implementar negócios eletrônicos. O Gráfico 2 ainda mostra que, as empresas de grande porte são as que mais fazem negócios eletrônicos, seguidas pelas empresas de médio porte, de pequeno porte e as microempresas, ao passo que para implantação, seja de imediato ou longo prazo, as porcentagens entre essas empresas estão equilibradas. 50 Segundo Albertin (2000, p. 154), “as transações eletrônicas de negócio somente podem ter sucesso se as trocas financeiras puderem acontecer em um ambiente simples, universalmente aceito, seguro e barato”. A privacidade e segurança é um fator potencial de problemas quando o assunto é comércio eletrônico. Os clientes são relutantes em disponibilizar aos fornecedores os dados que mostram a eles o padrão de compras, informações demográficas e necessidades de produtos. Por outro lado, a segurança é estritamente necessária para se realizar negócios eletrônicos. Alguns termos de segurança no comércio eletrônico são vitais: autenticação, bloqueio, confiabilidade, criptografia, disponibilidade, falsificação, firebreak, firewall, integridade, negação de serviço e privacidade. Albertin (2000, p. 171) aponta que a segurança dos sistemas online tem evoluído muito rapidamente, e a evolução da legislação neste campo permitirá progressivamente o desenvolvimento de melhores sistemas. Limeira (2003, p. 223) destaca que o protocolo Secure Socket Layer (SSL) é uma ferramenta desenvolvida para solucionar o problema de segurança envolvendo transações online. Os aspectos de implementação de comércio eletrônico são criteriosos, e devem ser seguidos passo a passo, de modo que não existam erros que possam colocar o modelo de negócios em descrédito. A começar pela tecnologia, as barreiras resistivas devem ser ultrapassadas, integrando-a na organização. Conforme destaque feito por Albertin (2000, p. 191), somente a tecnologia não será suficiente para o sucesso da implementação, sendo que o nível de serviço oferecido aos clientes, e principalmente a relação que pode ser estabelecida com eles é que farão do modelo um sucesso para a empresa que o implementou. O comprometimento organizacional deve estar presente, para que o modelo de comércio eletrônico seja bem sucedido. A organização deve saber aonde quer chegar, e definir prioridades, e seus colaboradores devem saber o que fazer, e como fazer, no momento oportuno. A organização deve entender a TI implementada, e saber a sua importância para ela mesma. Segundo Albertin (2000, p. 196), a TI e os projetos para sua implementação devem considerar os aspectos relativos à implementação, ao comprometimento organizacional, além dos aspectos essencialmente técnicos. 51 Com relação à competitividade, o comércio eletrônico proporciona a organização uma alteração na estrutura do canal de distribuição. Conforme discutido anteriormente, entre o fabricante e o cliente existem vários intermediários, contudo, o comércio eletrônico pode substituir algumas das funções tradicionalmente desempenhadas pelos componentes do canal de distribuição. Dessa forma, em contato direto com o cliente, a organização pode obter maior competitividade, porém, a existência de uma conexão direta entre fabricantes e os clientes nem sempre é a melhor forma de realizar transações de comércio. Conforme Albertin (2000, p. 196), as razões disto são: • Quando se faz comparação entre alternativas comerciais, o custo e o tempo requeridos para acessar múltiplos sistemas de fornecedores aumentam rapidamente, considerado como sendo o problema de sobrecarga de informações; • Geralmente os clientes procuram soluções completas, com fornecedores especializados em uma área; • Os clientes precisam de um parceiro confiável para provê-los de informações sobre a reputação de um fornecedor específico. Quanto aos aspectos legais, Samuelson apud Albertin (2000, p. 198) conclui que existem muitas razões para ficar atento às propostas atuais para criar uma nova forma de proteção legal para os conteúdos das bases de dados e para a troca de informações. Sendo as bases de dados fontes ricas de informações pertencentes aos clientes, é necessário a adoção de uma proteção legal que proteja as bases de dados comercialmente significativa, e que a troca de informações sejam seguras e desimpedidas, a ponto de não comprometer a produção, comercialização e distribuição de produtos acabados. Por fim, o relacionamento com os clientes em comércio eletrônico, como um modelo de negócio é onde as organizações devem concentrar seus esforços, pois deste relacionamento é que os resultados serão obtidos, e principalmente mantidos. Segundo Albertin (2000, p. 201), no aspecto relacionamento as contribuições do comércio eletrônico são que as tecnologias podem alavancar um redesenho das relações inter-organizacionais, permitindo às companhias: • melhorar a coleta de informações sobre um ambiente extra-fronteira; 52 • estabelecer parcerias em meios eletrônicos com seus clientes; • compartilhar plataformas e mercados eletrônicos com seus concorrentes. Tendo uma melhor coleta de dados, é possível conhecer melhor o cliente. Já o estabelecimento de parcerias através de meios eletrônicos, proporciona uma integração disponível facilmente acessível, além de eliminar intermediários. Os relacionamentos decisivos freqüentemente duram muitos anos, sendo que os relacionamentos individuais em muitos casos transcendem as empresas e organizações. De acordo com Cunningham (2000, p. 39), “confiança, valor e desempenho são importantes para que o relacionamento torne-se produtivo”. 4.5. E-PROCUREMENT Segundo Lucion (2003), com a finalidade de transferir para a Internet o processo e gerenciamento de compras de suprimentos, o e-Procurement alivia a carga de trabalhos e os custos desta área nas corporações, com isso é possível obter grandes economias nos processos de compras e uma formidável agilização administrativa. O e-Procurement traz a eliminação do papel, uma cotação de preços mais abrangente e a possibilidade de acompanhar melhor a performance dos fornecedores. Num outro estágio, amplia a integração da cadeia de relacionamento. Desenvolvidos para operar em ambiente Internet, os sistemas podem elaborar cadastros eletrônicos, onde é possível analisar produtos e preços, indicando as melhores opções de compra de acordo com parâmetros pré-estabelecidos. A implantação de um sistema de e-Procurement visa atender uma necessidade cada vez maior em reduzir os custos operacionais no processo de compras, os estoques, e diminuir drasticamente o tempo gasto nas compras de qualquer tipo de material ou serviço em especial os indiretos, que tem um impacto muito grande no valor implícito do processo completo exigido para cada compra, que às vezes chega a ser maior que o valor do produto. 55 Definindo públicos segmentados, ele institui o conceito de fidelidade com o cliente, estabelecendo relacionamentos, atraindo novos clientes através de produtos, serviços, envios de informações técnicas, cartões em datas especiais, como convites para lançamento de novos produtos e serviços. A segmentação do público é feita através de dados reais do cliente, como nome, endereço, telefone, e-mail, empresa, cargo e tipos de produtos de interesse. Pode ser feita de duas formas, sendo a primeira através de formulários preenchidos pelo cliente no site institucional da empresa, ou através da migração de banco de dados já existentes na empresa. Segundo Ferreira (2004), essa técnica de comunicação personalizada na Internet serve como mídia de baixo custo para o marketing direto e a dois propósitos: conquistar novos clientes e manter um relacionamento com o cliente ativo, tornando-o fiel, oferecendo para isso um conteúdo com serviços. Porém, o e-mail marketing deve ser feito de forma clara e transparente, tendo sempre que ser inspirado em um modelo de permissão, baseado na autorização dos usuários. Normalmente, essa permissão é dada no preenchimento das informações, no site institucional da empresa, ou também enviando um único e-mail ao cliente, pedindo a permissão para o envio de newsletter (opt-in). Toda e qualquer mensagem de e-mail não-autorizada é considerado spam. Segundo Cruz (2004), spam é aquele e-mail que o cliente não solicitou para estar recebendo, vêm disfarçados como se o endereço de e-mail fizesse parte de uma lista de distribuição, e é o usuário desta conta de e-mail o responsável pelo descadastramento da permissão (opt-out). O spam traz prejuízos à marca da empresa, levando-a em pouco tempo ao descrédito junto ao mercado. Segundo Peppers e Rogers (2004), spam não funciona, não incentiva novas relações e destrói as existentes, gera ruído, irrita, e, no melhor caso, induz à indiferença. De acordo com Reis (2004), a eficácia do e-mail marketing depende muito dos objetivos, e somente faz sentido pensar nesta ferramenta se for one-to-one, ou seja, de pessoa a pessoa, pois se o marketing de massa (spam) é aplicado ao e-mail marketing, se torna ineficiente por ser invasivo. 56 Para que o sistema de e-mail marketing tenha credibilidade junto ao cliente, e surta bons resultados, é necessário que a empresa possua uma política de privacidade definida, onde ela se comprometa de forma clara a não dispor o banco de dados de seus clientes para outras empresas, a não enviar conteúdos proibidos ou à boa cultura e costumes, e enviar somente informações pertinentes a solicitação do cliente, entre outros aspectos. Segundo Peppers e Rogers (2004), “as empresas que adotam práticas sólidas na área da privacidade poderão desenvolver relacionamentos mais profundos e produtivos a longo prazo”. Uma vez definida a segmentação de envio, seja ela de clientes ou produtos, é necessário o desenvolvimento de layouts gráficos para a Internet, contendo informações dos produtos e serviços da empresa, apresentando-os de forma a possuir uma abordagem não-agressiva aos olhos dos clientes, obtendo assim a aceitação e aprovação deles. O e-mail marketing é uma forma de manter um relacionamento com o cliente, de forma ágil e com baixo custo. Através dele é possível mensurar se os produtos da empresa tem tido boa procura ou não. 4.6.3. Site de busca De acordo com Limeira (2003, p. 120), “os mecanismos de busca são ferramentas compostas de softwares, usadas para auxiliar os usuários da Internet na pesquisa de informações, páginas e sites”. Conhecidos também como sites de busca, é um dos meios mais utilizados para pesquisa e busca por informações específicas na Internet, retornando ao usuário uma relação de endereços www, associados a uma palavra-chave digitada. Segundo Nogueira apud Limeira (2003, p. 121), os sites de busca podem ser classificados em três grupos distintos: • Mecanismos de uso genérico; • Diretórios de busca; • Meta busca. Os mecanismos de uso genérico utilizam programas, chamados de robots ou spiders, que vasculham a Internet para cadastrar e atualizar os sites. Leva-se algum 57 tempo para que um determinado site seja encontrado, procedimento que pode ser agilizado se houver um cadastramento nos sites de busca de maior importância. Os diretórios de busca são uma espécie de lista classificada, com os sites agrupados por categorias específicas. A diferença fundamental em relação mecanismos de uso genérico é que, os diretórios de busca, salvo algumas exceções, somente mostrarão o seu site se você se cadastrar neles. Para o tipo meta busca, também conhecido como metabuscador, o sistema é diferente do demais. Este tipo de mecanismo de busca possui um software que irá procurar a palavra solicitada em vários sites de busca e diretórios simultaneamente. Quando o usuário pesquisa uma determinada palavra-chave em um metabuscador, é como se ele procedesse da mesma forma em diversos sites de busca simultaneamente. Os metabuscadores são muito eficientes na localização de temas muito específicos e difíceis de localizar. Porém, como os metabuscadores não possuem um banco de dados próprio, uma vez que eles utilizam as informações de outros sites de busca, não é possível registrar uma página em um metabuscador, mas sim em outros sites de busca. Os sites de busca são ferramentas imprescindíveis na geração de tráfego. Em condições normais, muitos dos usuários chegarão ao site desejado através desse canal. Para tanto, é fundamental estar presente nos principais sites de busca utilizados pelos usuários, e não somente isso, é necessário estar bem posicionado quando um usuário procura determinada palavra-chave, de modo a receber uma quantidade razoável de visitas. Segundo Limeira (2003, p. 121), quando se utiliza uma palavra-chave como mecanismo de busca, geralmente se obtém grande número de resultados, nem sempre relacionados ao que se está procurando. O objetivo de uma empresa não deve ser apenas constar sua página num site de busca. É necessário que ela figure entre as primeiras, de modo que as palavras- chave pesquisadas pelos usuários coloquem a página institucional com maior visibilidade possível, pois a maioria dos usuários verificam apenas sites que aparecem na primeira página de resultados da busca. A obtenção de um bom posicionamento no ranking dos sites de busca é fundamental para a geração de tráfego. 60 Quanto mais segmentado for o site, maior a chance de haver mais identificação entre o público alvo e o produto oferecido, consequentemente, maior a expectativa de retorno e maior deveria ser o custo. A forma tradicional de mensuração de um banner é a taxa de click through, que significa o percentual de pessoas que clicaram nele. Uma taxa média varia ao redor de 1%, embora isso dependa muito do banner e do produto anunciado. Para acompanhamento dos resultados desta modalidade, os sites disponibilizam relatórios online para as empresas. Esses relatórios mostram ao anunciante, dados de desempenho do banner como quantidade de impressões, taxas de click through médias, entre outros. Um banner tem basicamente dois grandes objetivos. O primeiro é atrair a atenção do cliente e o segundo, induzir ao clique. Os que possuem animação e os que proporcionam uma interatividade com o usuário, tem mais chance de atingir esses objetivos. Porém, o clique no banner é apenas metade do caminho. O site onde o visitante for direcionado deverá ser eficiente para levar o cliente a realizar a ação desejada, seja ele fechar uma compra, preencher um cadastro ou assinar uma newsletter. Isso depende de outras variáveis, como produto, preço, qualidade do site, entre outros. Os banners podem ser de vários tipos, entre eles o rotativo, o segmentado, o estático, o animado e o interativo (LIMEIRA, p. 170). O do tipo rotativo é aquele que divide o espaço da página com outros banners e muda frequentemente, ou seja, a cada visita à página, mudam o banner e o link a ele relacionado. O segmentado pode ser veiculado em páginas selecionadas, que mais se adaptam ao perfil do público-alvo do produto. O banner estático é composto de imagens fixas, sendo que foi o primeiro tipo a ser utilizado na Internet. São fáceis de serem criados, mas, com todas as inovações utilizadas parecem envelhecidos, entediantes e ultrapassados. Por isso geram um número inferior de respostas quando comparado aos animados e interativos. O banner animado possui algum tipo de ação, tendo mais quadros (frames), e consegue veicular muito mais informação e impacto visual do que um do tipo estático, gerando assim um número maior de respostas do que estes. 61 O banner interativo envolve o usuário, e de alguma forma faz com que haja interação direta, seja preenchendo um formulário, responder a uma pergunta, ou qualquer ação desejado pela empresa. Existem ainda os do tipo Pop-Up. Embora não seja propriamente um banner, os anúncios do tipo Pop-Up são comuns na Internet. São anúncios que repentinamente aparecem na frente do texto, quando da abertura da página, obrigando o usuário a removê-lo para continuar a leitura. Não são muito utilizados, pois os anúncios são considerados invasivos e incômodos pela maioria absoluta dos usuários, o que os torna de eficiência duvidosa. Segundo Limeira (2003, p.171), quanto aos formatos e tamanhos (pixels) dos banners, cada site pode utilizar as medidas que desejar, porém, muitos se utilizam dos padrões definidos pelo IAB, sendo: • Full banner (468 x 60); • Short banner (392 x 72); • Half banner (234 X 60); • Vertical banner (120 X 240); • Tall button (125 x 125); • Medium button (120 x 90); • Micro button (88 X 31); Embora não tenha incidência em sites de brasileiros, existem também alguns novos tipos de banner, chamados de Sky Scrapers (Arranha Céus). Para potencializar a taxa de click through de um banner, são usados alguns artifícios como a interação com os usuários, e utilização correta layouts e cores. O uso de recursos apelativos, ou qualquer artifício que iluda o visitante com relação ao produto, não é recomendável, pois tem efeito negativo em termos de ação desejada, ou seja, mais visitantes são direcionados ao site da empresa, porém terá mais dificuldades em transformá-los em clientes. 62 4.6.5. Programa de afiliados Os Programas de Afiliados são recentes, mas já consistem de uma estratégia de marketing na Internet extremamente eficaz, lançada inicialmente pela Amazon.com e adotada por muitas empresas nos Estados Unidos. A lógica de funcionamento de um programa de afiliados é bem simples: o afiliado, que pode ser pessoa jurídica ou não, indica um usuário, direcionando-o para o site da empresa. Se esse visitante realiza uma compra, é creditado uma comissão na conta do afiliado como pagamento pela indicação. Um software instalado junto ao site da empresa receptora do direcionamento é responsável pelo rastreamento do afiliado que fez a indicação, pelo cálculo das comissões devidas e geração de relatórios tanto para a empresa quanto para o afiliado. O rastreamento é baseado em cookies, que ficam instalados no computador do usuário, quando ele clica nos links de direcionamento para o site da empresa. O programa de afiliados oferece vantagens tanto para o afiliado que direciona, quanto para a empresa que recebe o usuário em seu site. Para a empresa que recebe o direcionamento, temos as seguintes vantagens: • Marca: possibilita à empresa uma maior exposição da marca, gerando maior confiança por parte dos potenciais clientes; • Alcance: possibilita uma ampliação do mercado atingido, na medida em que a divulgação atinge nichos que dificilmente seriam explorados por outras estratégias de marketing; • Custo-benefício: o pagamento de comissões aos afiliados só ocorre se a venda for efetivada e gerar uma receita para a empresa. Para o afiliado que direciona os usuário, temos as seguintes vantagens: • Custo mínimo: qualquer afiliado que tenha um site com uma boa visitação pode gerar receitas sem nenhum investimento em infra-estrutura de e- commerce, como carrinho de compras, certificações de segurança, interfaces com bancos e operadoras de cartões, entre outros, uma vez que tudo isso é responsabilidade da empresa que recebe o direcionamento. • Esforço mínimo: o único trabalho do afiliado é colocar links em seu site que direcionem para o site da empresa. Os links no formato de texto 65 A amostra foi de 6 empresas, englobando duas pequenas empresas, duas médias empresas e duas empresas de grande porte, para que os dados coletados satisfizessem às características de toda a população da pesquisa, aferindo assim por igual as estatísticas. A idéia básica da utilização da amostragem em um processo de pesquisa é de que a coleta de dados relativos a alguns elementos da população e sua análise pode proporcionar relevantes informações sobre toda a população (MATTAR, p. 128). Segundo Roesch (1996, p. 131), “o propósito da amostragem é construir um subconjunto da população que é representativo nas principais áreas de interesse da pesquisa”. 5.3. INSTRUMENTO DE COLETA Para coleta das informações, foi aplicado um questionário com questões fechadas, reservando espaço para, se desejado, o entrevistado completá-lo. Dessa forma, foi elaborado e aplicado um questionário nos compradores corporativos, envolvendo a maneira e os meios utilizados para a aproximação de um fornecedor no primeiro contato, e no decorrer do relacionamento profissional, e qual a influência da tecnologia da informação e Internet neste relacionamento. Segundo Roesch (1996, p. 134), questionário não é apenas um formulário, ou um conjunto de questões listadas sem muita reflexão, mas um instrumento de coleta de dados que busca mensurar alguma coisa. De acordo com Mattar (1996, p. 70), “os questionários consistem num instrumento de coleta de dados lido e respondido diretamente pelos pesquisados, não havendo a figura do entrevistador”. Este questionário também avaliou se os meios utilizados são eficientes e eficazes, e conhecendo assim os personagens existentes em um ambiente de negócios B2B. 66 5.4. MÉTODO DE COLETA A aplicação dos questionários foi feita pessoalmente, e foi realizada entre 3 e 9 de novembro de 2004. Desta forma, o questionário foi entregue e recolhido pessoalmente nas empresas (MATTAR, p. 71). 5.5. MÉTODO DE ANÁLISE Este trabalho foi elaborado com base em pesquisa bibliográfica e estudo descritivo, realizado através de uma pesquisa de campo, onde o método utilizado foi o de análise dos dados, envolvendo análise quantitativa. Segundo Oliveira (1997, p. 119), a pesquisa bibliográfica tem por finalidade conhecer as diferentes formas de contribuição científica que se realizaram sobre determinado assunto ou fenômeno, normalmente realizado em bibliotecas públicas, faculdades, universidades e, especialmente, naqueles acervos que fazem parte do catálogo coletivo e das bibliotecas virtuais. De acordo com Oliveira (1997, p. 114), o estudo descritivo possibilita o desenvolvimento de um nível de análise em que se permite identificar as diferentes formas dos fenômenos, sua ordenação e classificação, e é certamente o tipo de estudo mais adequado quando o pesquisador necessita obter melhor entendimento a respeito do comportamento de vários fatores e elementos que influem sobre determinados fenômenos. Foi escolhido a análise quantitativa por esta quantificar opiniões e dados, na forma de coleta de informações, utilizando recursos e técnicas estatísticas. Conforme Oliveira (1997, p. 115), a análise quantitativa é utilizada no desenvolvimento de pesquisas descritivas, na qual se procura descobrir e classificar a relação entre variáveis, assim como na investigação da relação de causalidade entre os fenômenos: causa e efeito. 67 6. ANÁLISE, APURAÇÃO E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS Neste capítulo são apresentados os gráficos gerados a partir dos questionários aplicados nos clientes, em novembro de 2004, apontando qual é a direção que o marketing de relacionamento, a tecnologia da informação conjuntamente com a Internet está tomando nas empresas. Gráfico 4 – Freqüência de visitas técnico-comercial. No Gráfico 4, são apresentados os resultados obtidos para a questão sobre a freqüência que os compradores corporativos recebem a visita presencial de seus fornecedores. Nota-se que 60% dos que responderam o questionário, a maioria, recebem seus fornecedores duas vezes por semana. Outros 25% recebem semanalmente essa visita. Apenas 5% responderam que recebem seus fornecedores diariamente, a mesma porcentagem para as freqüências quinzenais e mensais. A resposta trimestral não foi citada por nenhum dos pesquisados. Conclui-se, portanto, que, os clientes mantém o hábito de receber seus fornecedores formalmente em uma mesa de reuniões, onde são discutidos assuntos de interesse mútuos. Nota-se também que este hábito possui datas pré-definidas, às terças e quintas-feiras. 5 60 25 5 5 0 0 20 40 60 80 100 Diaria Duas vezes por semana Semanal Quinzenal Mensal Trimestral % 70 Gráfico 7 – Marketing na Internet. Para o Gráfico 7, 70% dos pesquisados utilizam os sites de busca como meio de encontrar novos fornecedores. Outros 15% utilizam-se do e-mail marketing, 10% do e-Procurement, e 5% dos banners. Os programas de afiliados não foram citados como resposta pelos pesquisados. Conclui-se após análise das respostas que o meio mais utilizado pelos compradores na busca de novos fornecedores são os sites de busca, dado a praticidade e objetividade do meio. Outras ferramentas de e-marketing são utilizadas para este fim, porém com menor índice, pois os compradores são levados ao site do fornecedor somente após um certo tempo de navegação pela Internet, o que requer tempo. Notou-se que, a ausência de respostas para o ítem programa de afiliados foi devido ao desconhecimento deste meio de pesquisa, dado a recente aplicação na Internet. 70 15 0 5 10 0 20 40 60 80 100 Sites de busca E-mail marketing Programa de afiliados Banner E- Procurement % 71 Gráfico 8 – Utilização do Comércio Eletrônico. No Gráfico 8 é apresentada a utilização do Comércio Eletrônico pelas empresas. Com a resposta de que já utilizam, 60% dos pesquisados responderam sim, e outros 40% responderam não. No espaço reservado aos comentários, os pesquisados que responderam afirmativamente à questão, ressaltam a facilidade em adquirir bens e serviços pela Internet. Para os que responderam negativamente, foi detectado que esse tipo de compras não é adotado devido questões burocráticas para cadastro de sua empresa como cliente, e também que da forma tradicional de aquisição é mais bem aceita por eles. Conclui-se, portanto, que o comércio eletrônico já possui um nível de uso considerável, o que comprova a eficiência e eficácia do sistema, agilizando o processo administrativo de compras. Pelas respostas obtidas é possível concluir, também, que o sistema poderia ser bem mais aceito se não houvessem tantos procedimentos para a real utilização do sistema, e também, quando os fornecedores começarem a ofertar esta modalidade de relacionamento com os clientes. 60 40 0 20 40 60 80 100 % Sim Não 72 Gráfico 9 – E-mail marketing. Para o Gráfico 9, a questão levantada é sobre a utilização do correio eletrônico para fins de e-mail marketing. O resultado de pessoas que responderam que utilizam, sim, é de 70%, e 30% responderam que não utilizam. Conclui-se que a conta de e-mail do comprador é uma forma de comunicação com seus fornecedores, pois de forma rápida e de baixo custo os mantém informados sobre produtos, serviços e ações de seus parceiros comerciais. Conclui-se, também, que esta modalidade de relacionamento só não é mais utilizada devido ao uso indiscriminado de certas empresas, que ao praticarem spam tiram da modalidade a credibilidade, eficiência e eficácia junto aos clientes. Gráfico 10 – Canais de comunicação. 70 30 0 20 40 60 80 100 % Sim Não 70 10 5 100 5 10 100 0 20 40 60 80 100 Te lef on e Fa x Te lef on e c elu lar E- ma il Ch at on lin e Co rre sp on dê nc ia Vis ita s p res en cia is % 75 7. CONCLUSÃO Neste capítulo são apresentadas as conclusões obtidas deste estudo, após as consultas nas referências bibliográficas e com relação à pesquisa de campo aplicada em clientes corporativos. São apresentadas, também, as limitações e as novas oportunidades de estudo. 7.1. GERAL Pode-se concluir após as pesquisas bibliográficas e nas pesquisas de campo que a tecnologia da informação está presente e, atualmente, é parte intrínseca em um ambiente de negócios B2B. A estrutura organizacional das empresas são todas informatizadas e controladas por computadores, e todo o caminho que leva à compra é gerenciado pelos softwares destas máquinas, em um processo sistêmico. A direção que as empresas tomam num planejamento de marketing é motivada após análises de preferências dos clientes, que ditam o que, quanto, quando e de que maneira precisam de seus produtos e serviços. Essas análises também são feitas com a utilização de recursos tecnológicos, onde fica claro que o Data Mining é uma ferramenta de software poderosa, essencial para o processo decisório em um departamento de marketing de qualquer empresa. O relacionamento profissional entre as empresas também está apoiado na tecnologia, onde a Internet estabelece condições globais de comunicação, de modo que as empresas possam ser apresentadas umas às outras, e realizarem transações comerciais entre elas, através do comércio eletrônico. Na contra-mão do sistema está o antigo relacionamento interpessoal entre os profissionais de compras e vendas, que faziam negócios “no fio do bigode”, face-a- face, presencialmente, ora parcialmente mas não totalmente substituído por todo o aparato tecnológico hoje existentes nas empresas. A compra poderá ser feita eletronicamente, mas os relacionamentos interpessoais sempre continuarão a existir. Isto se deve ao fato das influências pessoais ainda existirem, e que amizade profissional é muito importante para que um relacionamento comercial seja rentável e duradouro. 76 A amizade pessoal entre os profissionais de compras e vendas é outro fator importante a ser considerado no ambiente de negócios entre empresas, pois muitas vezes esta amizade transcende os limites da ética corporativa, abrindo espaço para a corrupção nos negócios entre as empresas. 7.2. COM RELAÇÃO AOS OBJETIVOS Sob a análise das informações coletadas, pode-se concluir que houve uma evolução do marketing de relacionamento, hoje muito mais aprimorado e exigente, quanto ao comportamento do cliente perante ao fornecedor. Em condições normais de trabalho, o relacionamento profissional tornou-se mais competitivo, focado nos resultados que as empresas almejam, sendo que, na maioria dos casos de nada adianta o profissional de vendas ter um ótimo relacionamento com profissional de compras, se a empresa em que trabalha não tiver competitividade quanto aos seus produtos e serviços. Conclui-se também que, mesmo com a existência de redes de computadores nas empresas e entre empresas, e a presença da tecnologia da informação e da Internet modificando culturas corporativas, o relacionamento interpessoal não deixou de existir. Foi reduzido sim, mas em tarefas repetitivas e sistêmicas, proporcionando ganho de tempo para os dois lados, o fornecedor e o cliente. A comunicação entre eles foi um dos aspectos que mais evoluiu com a inserção da tecnologia da informação e da Internet no ambiente B2B, pois com a existência de informações disponíveis online, a busca de um pelo outro ficou mais ágil, o atendimento das necessidades também, pois dados de todo tipo de produtos e serviços encontram-se disponíveis online na Internet. O e-mail e o chat online fazem com que o relacionamento seja ainda mais próximo e dinâmico entre o comprador corporativo e o vendedor. Com a inserção da TI e da Internet, o ambiente B2B tornou-se mais ágil e dinâmico, modificando o comportamento dos profissionais pertencentes a este ambiente. Estes tornaram-se mais flexíveis e atentos aos desejos de seus clientes no caso de fornecedor, e mais exigente no caso de clientes. Foi possível notar que, mesmo com todos os avanços tecnológicos existentes, o comércio eletrônico no ambiente B2B ainda é baixo, se comparado ao comércio 77 eletrônico para o mercado consumidor. Um dos motivos ainda é a cultura corporativa de difícil modificação. Outro motivo está nos altos custos iniciais de implementação, sendo equipamentos, profissionais e treinamento. 7.3. LIMITAÇÕES DO ESTUDO Como fator limitante deste estudo, destaco a dificuldade em estar obtendo informações dos clientes quanto aos valores e comportamento de compras, realizados neste estudo através dos questionários aplicados, pois devido ao ambiente de extrema competição existente em nosso mundo globalizado, o tempo tornou-se escasso, especialmente para o profissional responder às questões solicitadas. Para que as informações do questionário fossem de melhor qualidade possível, foi necessário marcar visitas com clientes em dias determinados por eles, e mesmo assim havia a preocupação quanto ao tempo despendido para respondê-lo. 7.4. NOVAS OPORTUNIDADE DE ESTUDO Este estudo pode e deve ser usado por acadêmicos que, porventura, desejem explorar o conceito Customer Relationship Management (CRM), pois este é um aspecto importante para o relacionamento profissional e também complexo, merecendo mais foco de quem o está estudando. A tecnologia de informação, bem como os sistemas de informação, são novas oportunidades de estudo, que além de também serem complexos, mostram um lado técnico amplo e abrangente. Da mesma forma que foi feito um estudo específico do mercado B2B, é possível, como nova oportunidade, estudar o comportamento e a presença de tecnologia em um ambiente de negócios business-to-consumer (B2C). É possível, também, iniciar um novo estudo sobre valores pessoais e ética profissional dos personagens de compras e vendas, e a presença da “Lei de Gérson” no ambiente corporativo. 80 PEPPERS e ROGERS. Mala-direta e spam - O retorno. Disponível em: <http://www.1to1.com.br/artigo_1to1.php3?identf=103>. Acesso em 13 nov. 2004. PEPPERS e ROGERS. Seja público a respeito de sua privacidade. Disponível em: <http://www.1to1.com.br/artigo_1to1.php3?identf=63>. Acesso em 13 nov. 2004. REZENDE, Denis A. e ABREU, Aline F. Tecnologia da informação aplicada a sistemas de informações empresariais: o papel estratégico da informação e dos sistemas de informação nas empresas. 1º ed. São Paulo: Atlas, 2000. ROESCH, Sylvia M. A. Projetos de estágio do curso de administração: guia para pesquisas, projetos e trabalhos de conclusão de curso. 1º ed. São Paulo: Atlas, 1996. SANDHUSEN, Richard. Marketing básico. 1º ed. São Paulo: Saraiva, 1998. THEARLING, Kurt. As Introduction to Data Mining: Discovering hidden value in your Data Warehouse. Disponível em: <http://www.thearling.com/text/dmwhite/dmwhite.htm>. Acesso em 11 out.2004. VIDAL, Antônio G. da Rocha; MOURA, Maria das Graças. Perfil da empresa digital: 2003/2004. Disponível em: <http://www.idigital.fea.usp.br/iDigital/documentos/iDigital2004%20Livreto.pdf>. Acesso em 03 nov. 2004. 81 9. ANEXO A 9.1. MODELO DE QUESTIONÁRIO APLICADO 1 – Com que freqüência você recebe visita técnico-comercial de fornecedores ? ( ) diária ( ) quinzenal ( ) duas vezes por semana ( ) mensal ( ) semanal ( ) trimestral 2 - Qual a importância para você deste procedimento para o relacionamento fornecedor-cliente ? ( ) essencial ( ) regular ( ) necessário ( ) indiferente ( ) bom Porque ? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 3 – Onde você busca informações para desenvolver novos fornecedores ? (classifique de 1-5, por ordem de importância). ( ) Internet ( ) indicação de outros profissionais ( ) revistas especializadas ( ) listas, anuários e outros ( ) feiras & exposições 4 – Em sua opinião, qual seria o meio mais amigável de marketing na Internet ? (classifique de 1-5, por ordem de importância). ( ) sites de busca ( ) banner ( ) e-mail marketing ( ) e-Procurement ( ) programa de afiliados 5 – Você utiliza comércio eletrônico para adquirir bens e serviços para a empresa que trabalha ? ( ) sim ( ) não 82 Porque ? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 6 – Você utiliza sua conta de e-mail para manter-se atualizado com relação aos produtos de fornecedores ? ( ) sim ( ) não Porque ? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 7 – Quais são os canais de comunicação de você utiliza para se relacionar com seus fornecedores ? (classifique de 1-6, por ordem de importância). ( ) telefone ( ) chat online ( ) fax ( ) telegrama ( ) telefone celular ( ) visitas presenciais ( ) email 8 – Você tem o hábito de responder os questionários de avaliação enviados pelos fornecedores ? ( ) sim ( ) não Porque ? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________
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