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Guias e Dicas
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Farmacologia da Dor e da Inflamação: Ação de Analgésicos, Antitérmicos e Antiinflamatórios, Notas de estudo de Medicina

Informações sobre a farmacologia da dor e da inflamação, incluindo os mecanismos de ação de analgésicos, antitérmicos e antiinflamatórios não hormonais, como a aspirina (salicilatos) e paracetamol. Além disso, são discutidos os receptores cutâneos para frio e calor, os hipotalâmicos e seus papéis na medição e modulação da dor, e a importância de substâncias como prostaglandinas, cininas e histamina na reação inflamatória aguda.

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 05/09/2010

samir-salim-jorge-8
samir-salim-jorge-8 🇧🇷

4.2

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Baixe Farmacologia da Dor e da Inflamação: Ação de Analgésicos, Antitérmicos e Antiinflamatórios e outras Notas de estudo em PDF para Medicina, somente na Docsity! DOR Experiência desagradável associada a injúria tecidual ou psicológica Caráter defensivo = SINAL DE AVISO! Lesão eminente ou real Prevenção X Dor instalada analgésicos antitérmicos antiinflamatórios não hormonais Percepção: aguda rápida localizável Anestésicos Ss Ss E e So É E Inibidores da ciclooxigenase Percepção: obtusa lenta Ê difusa | Formação reticular E fiada E à via antinociceptiva y descendente Opióides inflamação N IN, * Causas da dor Sensibilização Periférica Sensibilidade Normal Sensibilização Periférica Dor Muita Dor Hiperalgesia A sensibilização periférica das terminações aferentes nociceptivas resulta em: • Resposta nociceptiva desencadeada por estímulo não nociceptivo Alodínia • Resposta nociceptiva aumentada Hiperalgesia • Envolvimento de fibras nociceptivas aferentes adjacentes Dor irradiada analgésicos antitérmicos antiinflamatórios não hormonais Hiperalgesia In te n si d ad e d e d o r Injúria Alodínia Intensidade do estímulo Resposta dolorosa normal analgésicos antitérmicos antiinflamatórios não hormonais FARMACOLOGIA DA DOR E DA INFLAMAÇÃO Sistema de termorregulação Temperatura corporal Receptores cutâneos para frio e calor Efetuadores Centros Termorreguladores hipotalâmicos (mediação e modulação: PGs, catecolaminas, cininas, acetilcolina) Fluxo sangüíneo Glândulas sudoríparas Ventilação pulmonar Pirogênios endógenos Leucócitos e outras células Pirogênios exógenos Microorganismos Milton e Wendlant, 1971 (PGE1=febre) Cooper et al., 1967 Jackson, 1967 (pirogênio endógeno) Feldberg e Saxena, 1971 (PGE1=hipotálamo) Vane, 1971 (aspirina inibe PGs) Milton, 1982 (febre PGs abortivo) analgésicos antitérmicos antiinflamatórios não hormonais Hipotálamo anterior: calor, sudorese, VD hipotálamo posterior: frio, tremor, arrepios, VC •Aines •Corticosteróides Ação antiexudativa Analgésicos Tratamento da Dor instalada * Depressão dos nociceptores sensibilizados Antiálgicos Prevenção da sensibilização * Hiperalgesia • AAS •Dipirona • Paracetamol Antiinflamatórios Mecanismo da ação analgésica • Bloqueio da formação de PGs por inibição da COX (Moncada et al., 1978; Ferreira e Vane, 1979) • exceção aos fenamatos que possuem ação antagonista sobre os receptores das PGs (Moncada et al., 1978; Collier e Sweatman, 1968) analgésicos antitérmicos antiinflamatórios não hormonais AAS Mecanismo da ação antinflamatória • Bloqueio da formação de PGs por inibição da COX (Vane, 1971) • inibição da liberação de histamina (Lewis e Whittle, 1977) • diminuição da migração PMN e monócitos (Di Rosa et al., 1971; Higgs et al., 1980) analgésicos antitérmicos antiinflamatórios não hormonais AAS Mecanismo da ação antitérmica • Bloqueio da formação de PGs por inibição da COX (Milton e Wendlant, 1971/ PGE como modulador na regulação da temperatura e ação antipirética relacionada com interferência na liberação de PGs; Vane, 1971) analgésicos antitérmicos antiinflamatórios não hormonais AAS SALICILATOS FARMACOCINÉTICA • metabolização e excreção – esterases mucosa GI (hidrólise) – conjugação com glicina e ácido glicurônico Aspirina ác. Salicílico glicuronídeos ác. Saliciúrico (15% urina) (75 % urina) (10% salicilato free) SALICILATOS FARMACOCINÉTICA • excreção renal – influenciada pelos fatores relacionados ao pH urinário e competição com outros ácidos orgânicos SALICILATOS INDICAÇÕES CLÍNICAS • analgesia - dores leves a moderadas – cefaléia, dismenorréia, mialgias, artralgias, neuralgias, desconforto pós-operatório, pós-parto, cirurgias odontológicas, procedimentos ortopédicos • antitérmico (atenção síndrome de REYE) SALICILATOS TOXICIDADE – mecanismo proposto: – acúmulo de altas concentrações de HCl e da substância na mucosa – liberação de O2, enzimas lisossômicas tecidos destruídos – diminuição síntese PG da microvasculatura » isquemia localizada » anóxia celular – diminuição síntese PG (PGE1 e PGE2) moduladoras da secreção perda sangue: dose 4-5g/dia [120-350 ug], de 3 a 8 ml/dia (norma de 0,6 ml/dia) analgésicos antitérmicos antiinflamatórios não hormonais SALICILATOS FA TOXICIDADE – nefrotoxicidade • ingestão crônica de AAS, fenacetina e paracetamol • 21 a 28% incidência de necrose papilar e nefrite intersticial nos pacientes artríticos. – AAS, paracetamol, pirazolônicos, ácido propiônico, derivados do indol, paracetamol • diminuição da função renal – hepatotoxicidade • aumento níveis de transaminase • dose-dependente • pct doenças do tecido conjuntivo • reversíveis ANALGÉSICOS, ANTITÉRMICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS SALICILATOS CONTRA-INDICAÇÕES • pelos efeitos anticoagulantes – terapia anticoagulante – alterações na coagulação (hemofilia, hipoprotrombinemia, deficiência vitamina K) – cirurgias • pelos efeitos sobre aparelho GI – úlcera péptica – gastrite ou sangramento gastrintestinal ANALGÉSICOS, ANTITÉRMICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS DERIVADOS PIRAZOLÔNICOS EFEITOS COLATERAIS MAIS FREQUENTES – efeitos GI: náusea, vômitos, desconforto epigástrico, diarréia, retenção sódio, fenômenos hemorrágicos, agranulocitose, púrpura, trombocitopenia, hemolítica e anemia aplástica CONTRA-INDICAÇÕES – GI, insuficiências hepática e renal, discrasias sanguíneas, hipertensão arterial SUBSTÂNCIAS fenilbutazona Butazolidina® oxifenilbutazona Tandrex ® dipirona Novalgina ® apazona feprazona Zepelan ® Fonte: Farmacologia ( Penildon Silva, 2002) ANALGÉSICOS, ANTITÉRMICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS  Analgésico e antipirético do grupo das pirazolonas  No mercado mundial há oitenta anos  Comercializado em mais de 100 países (Alemanha, Itália, França, Holanda, Finlândia, Espanha, Argentina, México, etc)  Principal analgésico da terapêutica brasileira  31,8% do mercado, paracetamol 29,7%, aspirina 27,1% (Gazeta Mercantil, 2001)  125 produtos a base de dipirona, 71 em associação à outras substâncias  80% das vendas sem prescrição médica  Em 1999  consumo = 190,54 toneladas DIPIRONA • Hipersensibilidade • Gravidez/lactação ?? 11.5g  falência renal reversível e indução de aborto Overdose (±7.5g) é associada com toxicidade gastrintestinal leve a moderada (Peces & Pedrajas, 2004) PARACETAMOL • Hipersensibilidade • Insuficiência hepática – Alcoólatras 50% das falências hepáticas agudas ocorrem por drogas  40% devido ao paracetamol (Lee, 2003) Overdose maior causa de falência hepática fulminante (RU e EUA)  transplante (McGregor et al. 2003) Crianças (<12 anos ou 30 kg ) Dipirona sódica 0,5 gota/kg Peso ou Paracetamol 1 gota/kg Peso LI Dor [Cefaléia = dentária ) ] Febre y Eficaz E Menos eficaz | [1 IL Dor de cólica Paracetamol Ácido acetilsalicílico cooH Somente Sr Dose OM abuso muito E ssa crônico raramente | aguda : >10g & [É | Irritação da ds Bronco- mucosa [ dá constrição gastrin- » Risco de: testinal choque E | anafilactóide | Distúrbios na Hepato- Nefroto- hemostasia com E toxicidade xicidade | | risco de sangramento A. Antiinflamatórios não-esteróides (AINE) == 200-400 g / é Ácido / acetilsali- e iN: Pa cílico a coo- l Diclofenaco cs i / / E cH— COO | / CHs H5C—CH—CH+ Ibuprofeno Naproxeno (qa 4 -CH—COO 4 O Rofecoxibe 0.5-1.09 |-—Doses diária B. Efeitos adversos dos antiinflamatórios não-esteróides Ácido araquidônico Ciclooxigenases —LIIC>D C D— Lipoxigenases p= E Inibidores não- Inibidores seletivos da COX cox-2 Redução das prostaglandinas Aumento dos leucotrienos Lesão na mucosa Ea (dependendo do o ncidência gástrica com 8 : E x formação de de gastropatia suprimento de q ácido araquidônico) úlcera, sangra- mento e perfuração Broncoconstri asma brônquica, Nefropatia. menor excreção de NaCle H>0, efeito pró-inflamatório edemas, aumento da pressão arterial, retardo da cicatrização, diarréia, distúrbios da motilidade uterina NOCICEPTOR IMPULSO NERVOSOAMPc Sensibilização interleucina - 1 leucotrienos B4 prostaglandinas outros : PAF, dopamina serotonina dor inflamatória aguda Ca++ Ca++ Ca++ Ca++ Ca++ AMPc AMPc AMPc Na+ Na+ Na+ Na+ Na+ Na+ Na+ Fosfolipase A2 Tromboxanas Prostaciclina Cicloxigenase Leucotrienos O H OO C Prostaglandinas H OO C HO HO HO H OO C Lipoxigenase CH2 O O C OH OR O O P CH O OC H2C •Lüllmann et al. Color atlas of pharmacology, 1993 FOSFOLIPÍDEOS Ác. Araquidônico Estímulo Fosfolipase A2 Ác. Aracdônico LOX LT inibidores competitivos seletivos reversíveis H2O2 O2 - OH- Antiinflamatório - ação antiexsudativa (previne edema) Antiálgico - previnem a sensibilização de nociceptores (previne dor) Antipirético - inibe PGE2 em nível hipotalâmico (previne febre) Efeitos Terapêuticos Efeitos Adversos TGI- Dor epigástrica, náusea, vômito, ulcerações Rim - insuficiência (filtração) Hemorragias (TXA2) Reações cutâneas 1 - Up Date - Pediatria. A importância das COX1 e COX2 2 - Cryer & Feldman - Am J Med 1998;104:413-21 Fármaco COX1/COX2 Piroxicam 250,0 AAS 166,0 Indometacina 60,0 Ibuprofeno 15,0 Paracetamol 7,4 Meloxicam 0,8 Diclofenaco 0,7 Naproxeno 0,6 Celecoxib 0,4 2 Nimesulide 0,1 Rofecoxib 0,032 • Hipersensibilidade (sensibilidade cruzada) • Úlcera péptica ativa • Insuficiência hepática e/ou renal • Asma/pólipos nasais, urticária ou rinite aguda • Retenção de fluidos, hipertensão ou doença cardíaca • Gestantes e lactantes (último trimestre  possibilidade de inércia uterina e/ou fechamento prematuro do canal arterial do feto) • Usuários de inibidores da ECA Cuidados e contra- indicações : Segurança em crianças não está estabelecida Hormônios esteróides naturais ou sintéticos Supra renal - “corticosteróides naturais” Córtex - Glicocorticóides (Cortisol) - Mineralocorticóides (Aldosterona) - Esteróides sexuais (Testosterona)  Glicocorticóides (Cortisol/Hidrocortisona)  Compostos Sintéticos (Betametasona/Dexametasona) HIDROCORTISONA (CORTISOL) GLICOCORTICÓIDE Metabolismo sobre os carboidratos Deposição hepática de glicogênio ALDOSTERONA  MINERALOCORTICÓIDE Estimula a retenção de sódio CORTICOSTERÓIDE PROTEÍNAS EFETORAS LIPOCORTINAS SÍNTESE DE PROTEÍNAS EFETORAS VASOCORTINA QUINASE II / ACE REDUÇÃO DE METABÓLITOS DO ÁCIDO ARAQUIDÔNICO REDUÇÃO DE BRADICINA AUMENTO DE ANGIO II AUMENTO DO TONO ADRENÉRGICO (VASOCONSTRIÇÃO) EFEITO ANTIINFLAMATÓRIO Do id “e Lipocortina EST CRS ve Ee 4] + 7] DO no TJ e aa = E Ác. Aracdônic Vo Vad 707080 LOX E] a E] PG/PC/TX LT SOLUÇÕES DE DEPÓSITO Celestone Soluspan ® - ampolas com 1 ml acetato de betametasona 3 mg fosfato dissódico de betametasona 3 mg 1 ampola, em dose única , via intramuscular Diprospan ® - ampolas com 1 ml dipropionato de betametasona 5 mg fosfato dissódico de betametasona 2 mg preparações corticosteróides Hidrocortisona Prednisona Prednisolona Metilprednisolona Triamcinolona Dexametasona Betametasona potência anti-inflam. 1 4 4 5 5 20-30 20-30 dose equiv (mg) 20 5 5 4 4 0,75 0,60 meia-vida plasm.(min) 90 60 200 180 300 100-300 100-300 meia-vida biol. (h) 8-12 12-36 12-36 12-36 36-72 36-72 36-72 Nomes Solu-Cortef® Meticorten® Prelone® Solu/DepoMedrol® Omcilon® Decadron® Celestone®  Choque  Distúrbios dermatológicos  Distúrbios pulmonares  Doenças colageno-vasculares  Doenças gastrintestinais  Doenças hematológicas  Doenças hepáticas  Doenças oculares  Doenças reumáticas  Edema cerebral e aumento da pressão IC  Enxertos de tecidos e transplantes de órgãos  Esclerose múltipla  Hipercalemia  Insuficiência adrenal  Síndrome nefrótica  Tumores sólidos USOS TERAPÊUTICOS GERAIS • Doenças fúngicas sistêmicas • Herpes simples ocular • Doenças psicóticas • Tuberculose • Hipersensibilidade • Gestantes /lactação • Diabéticos • Hipertensos • Cardiopatas • Úlcera péptica • Imunodeprimidos • Infecção bacteriana aguda • Asma brônquica • Utilizados em dose única • Não interferem na hemostasia • Ação anti-alérgica • Atuam preferencialmente na COX2 • Melhor relação custo/benefício • Maior experiência clínica MAIOR potência antiinflamatória do que AINES • Não eficazes em dose única • Ação anti-agregante • Hipersensibilidade • Agem na COX1 • Pior relação custo/benefício • Seletivos  pouca experiência clínica Alternativa para os CorticosteróidesAINES
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