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Guias e Dicas
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Apostila - Silvicultura II, Notas de estudo de Engenharia Florestal

A produção de mudas florestais, entre as atividades da silvicultura é uma das mais importantes, pois representa o inicio de uma cadeia de operações que visam o estabelecimento de florestas e povoamentos. Desta forma, o sucesso da implantação e da produção florestal estão diretamente relacionados a qualidade das operações de viveiro e do seu produto, que são as mudas. O planejamento, a instalação e a operação de viveiros tem propiciado cada vez mais a atuação de Engenheiros Florestai s nes

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 08/09/2010

Éder_Naves78
Éder_Naves78 🇧🇷

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Baixe Apostila - Silvicultura II e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Florestal, somente na Docsity! Universidade Regional de Blumenau Centro de Ciências Tecnológicas Departamento de Engenharia Florestal Silvicultura II Produção de Mudas Florestais Prof. Lauri Amândio Schorn, M.Sc. Acad. Silvio Formento, Monitor Blumenau, Janeiro/2003 ii SUMÁRIO Introdução.........................................................................................................................................1 1 Sistema de produção de mudas em recipientes ........................................................................ 2 1.1 Semeadura em sementeiras ..............................................................................................2 1.1.1 Dimensões das sementeiras ......................................................................................2 1.1.2 Produção do substrato ..............................................................................................3 1.1.3 Semeadura ................................................................................................................ 3 1.1.4 Retirada de mudas .................................................................................................... 5 1.1.5 Cuidados na retirada das mudas...............................................................................6 1.2 Semeadura direta em recipientes ......................................................................................6 1.2.1 Confecção dos canteiros ...........................................................................................6 1.2.2 Tipos de recipientes ..................................................................................................8 1.2.3 Tubetes ou tubos de plástico rígido (polipropileno) ...............................................10 1.2.4 Saco plástico (polietileno) ......................................................................................12 1.2.5 Torrão paulista ........................................................................................................14 1.2.6 Taquaras.................................................................................................................14 1.2.7 Laminados ..............................................................................................................15 1.2.8 Fértil Pot.................................................................................................................15 1.2.9 PxCL.......................................................................................................................16 1.2.10 Paper Pot ................................................................................................................16 1.2.11 Tubo de papelão.....................................................................................................16 1.2.12 Moldes de isopor (poliestireno)..............................................................................17 1.3 Substrato.........................................................................................................................17 1.3.1 Características físicas .............................................................................................18 1.3.2 Preparo do substrato...............................................................................................19 1.3.3 Alguns exemplos de substrato................................................................................22 1.4 Fertilização Mineral.......................................................................................................22 1.4.1 Indicações para Pinus e Eucalyptus .......................................................................23 1.4.2 Indicações para nativas...........................................................................................25 1.5 Micorrização...................................................................................................................27 1.5.1 Tipos de infecção...................................................................................................28 2 1 SISTEMA DE PRODUÇÃO DE MUDAS EM RECIPIENTES 1.1 SEMEADURA EM SEMENTEIRAS Neste sistema as sementes são semeadas em canteiros para posteriormente serem repicadas em recipientes, onde completarão o seu desenvolvimento. O processo de semeadura em sementeiras já foi a prática mais utilizada para a produção de mudas florestais, devido a grande oferta de mão-de-obra, e dos projetos de reflorestamento que na sua maioria, não apresentavam grandes dimensões. Hoje este processo ainda é utilizado para espécies que levam muito tempo para germinar, espécies que apresentam germinação desuniforme ou que possuem sementes muito pequenas. Dentre as vantagens das sementeiras podem ser citadas: Ø Possibilitam alta densidade de mudas por m2; Ø Garantem o suprimento de mudas no caso de perdas; Ø Propicia maior uniformidade nos canteiros após a repicagem. Entre as desvantagens: Ø A repicagem requer cuidados especiais no manuseio das mudas, evitando-se danos principalmente ao sistema radicular; Ø Exigência de condições climáticas adequadas (dias úmidos e nublados) para o processo de repicagem; Ø Utilização de um aparato de cobertura (sombrite ou ripado) para os canteiros de mudas recém repicadas; Ø O custo de produção final da muda se torna um pouco superior. 1.1.1 DIMENSÕES DAS SEMENTEIRAS Possuem em média de 1,0 a 1,2 m de largura, 10,0 a 15,0 cm de altura e comprimento variável, dependendo da produção. Na Figura 01 é apresentado um modelo estrutural de uma sementeira. 3 Figura 01: Perfil transversal de uma sementeira 1.1.2 PRODUÇÃO DO SUBSTRATO O substrato utilizado para formar o leito de semeadura deve ser constituído de uma mistura de terra arenosa, terra argilosa e esterco curtido na proporção de 2:1:1. A terra deve ser retirada do subsolo, a uma profundidade de + 20 cm, a fim de se evitar a ocorrência de propágulos de microrganismos e de sementes de ervas daninhas. Esta deve ser peneirada em peneirões com malha de 1,5 cm. Deve-se dar preferência ao uso do esterco curtido, que devido ao processo da compostagem, já eliminou parte dos microrganismos patogênicos e disponibilizou parcialmente os nutrientes. Na ausência de esterco o mesmo pode ser substituído por 2 a 4 kg de NPK (6:15:6) por m3 de mistura. 1.1.3 SEMEADURA Após o preparo da sementeira com o substrato, inicia-se a semeadura, que pode ser de duas formas: a) A lanço: para sementes pequenas; b) Em sulcos: para sementes maiores. É fundamental que se distribua as sementes na sementeira de forma uniforme, a fim de oferecer o mesmo espaço para cada planta, evitando-se assim grande número de mudas por unidade de área, o que propicia o aparecimento de fungos, além de aumentar os efeitos da competição. TERRA PENEIRADA SISTEMA DE DRENAGEM 5 cm 15 cm 20 cm 100 cm SOLO ESTRUTURADO (ARENOSO) 4 A densidade ótima de semeadura varia de espécie para espécie ou mesmo entre sementes de procedências diferentes, região para região, ou até mesmo com estações do ano. De acordo com a Tabela 1, pode-se verificar a indicação para algumas espécies, devendo-se evitar a densidade superior a 1000 plântulas/m2. Tabela 01: Semeadura, germinação e repicagem de algumas espécies ornamentais e florestais (CUNHA, 1986). Semente/ fruto Semeadura Germinação Repicagem Espécie Nº sementes/ kg Fruto/ semente g/ m2 Nº dias Nº dias semeadura Acácia-mimosa Acácia-negra Alfeneiro do Japão Angico Aroeira vermelha Canafístula Canela imbuia Canjerana Cássia grande Cássia imperial Cássia de Java Casuarina equisetifolia Casuarina glauca Casuarina stricta Cedro rosa Chapéu de sol Chuva de ouro Cinanmomo Cipreste italiano Cipreste macrocarpa Cipreste português Cryptomeria japonica Cunninghamia lanceolata Dedaleiro Espatódea Eucalyptus alba Eucalyptus citriodora Faveiro Flamboyant Giesta Grevilea robusta Guapuruvu Ipê amarelo do campo Ipê branco Ipê roxo Jacarandá mimoso Louro pardo Magnólia amarela Manduirana Pau doce Óleo de copaíba Paineira Peroba rosa Pinheiro brasileiro 38.000 64.000 24.700 11.500 160.000 4.100 450 4.500 5.400 5.000 7.000 1.700.000 1.790.000 1.720.000 26.000 150 8.000 2.000 170.000 170.000 250.000 482.000 130.000 32.000 158.000 415.000 160.000 1.360 2.100 1.000.000 80.000 550 82.000 85.000 13.500 197.500 40.000 8.500 62.000 34.100 2.500 4.700 11.000 180 Semente Semente Fruto Semente Fruto Semente Semente Semente Semente Semente Semente Semente Semente Semente Semente Fruto Semente Semente Semente Semente Semente Semente Semente Semente Semente Semente Semente Semente Semente Semente Semente Semente Semente Fruto Semente Semente Semente Semente Semente Semente Semente Semente Semente Semente 75 80 120 120 80 200 650 220 200 120 110 30 30 30 130 1.000 140 550 60 60 100 10 60 50 25 50 50 50 200 50 30 350 80 80 80 50 100 70 100 100 550 100 100 --- 08 08 35 08 15 12 55 15 10 12 10 08 08 08 20 40 10 40 15 17 16 20 15 15 13 05 08 13 08 10 20 12 12 10 10 10 15 40 10 16 19 08 16 34 25 15 65 25 25 30 70 35 25 28 18 40 40 40 30 45 20 50 45 45 45 50 40 30 45 30 30 30 20 25 35 40 23 20 22 25 30 55 20 30 29 23 30 --- 7 2) Suspenso: os canteiros são confeccionados a uma altura média de 0,90 m de altura. As embalagens são encanteiradas em bandejas ou em telas, onde os recipientes (tubetes) são encaixados. Normalmente os canteiros possuem comprimentos menores e passeios mais largos que os dos viveiros de raiz nua. Geralmente possibilitam passeios com 0,6 a 0,8 m de largura. Figura 02: Canteiros suspensos com bandejas e mesas de tela 1.2.1.1 Dimensões dos canteiros • Comprimento: Variável. Geralmente são menores do que os produzidos pelo sistema de produção em raiz nua. • Largura: a largura varia muito da posição em que as bandejas estarão dispostas sobre o canteiro, bem como a quantidade que será planejada e o tipo de tubete utilizado. Mesas que são construídas com tela podem ter tamanhos variáveis com a largura desejada. 8 1.2.1.2 Dimensões dos passeios • Comprimento: menor do que os de produção mecanizada em raiz nua. • Largura: 0,6 a 0,8 metro. Figura 03: Canteiros suspensos com bandejas 1.2.2 TIPOS DE RECIPIENTES A produção de mudas em recipientes vem a cada dia tendo uma maior aceitação pelas empresas florestais, principalmente as que utilizam o Pinus e o Eucalyptus como matéria prima, onde o tubete é o mais utilizado. Porém há vários outros tipos de recipientes onde a escolha do ideal a ser utilizado vai depender da espécie, das condições disponíveis do produtor e da produção esperada. Principais vantagens, em comparação com a produção em raiz nua: Ø Diminui o choque provocado pelo plantio; Ø Melhor adaptação a sítios mais secos; 9 Ø Possibilidade de estender a estação de plantio; Ø Replantio das falhas, na mesma estação de plantio; Ø Resolve o problema da produção de mudas para algumas espécies. As desvantagens são: Ø Mais difíceis de serem manuseadas; Ø Maior peso para o transporte; Ø Oferece maior dificuldade em operações mecanizadas para o plantio; Ø Dependendo do recipiente, exigem trabalho manual mais intensivo; Ø Custo mais elevado de produção, transporte e plantio. Na escolha do recipiente que se vai utilizar, alguns aspectos físicos devem ser observados para a qualidade das mudas produzidas: a) Forma: a forma do recipiente deve evitar o crescimento das raízes em forma espiral, estrangulada, ou de qualquer outro problema. Indícios de recipientes inadequados podem ser visualizados com a curvatura na base do fuste da muda e a inclinação da árvore adulta, decorrentes de problemas no sistema radicular. b) Material: o material não deve desintegrar-se durante a fase de produção de mudas, o que dificulta a manipulação e o transporte dos recipientes. c) Dimensões: é a combinação entre a altura e o diâmetro. É deste aspecto que resulta o volume de cada recipiente, onde, quando forem maiores que o indicado provocam gastos desnecessários, elevam a área do viveiro, aumentam os custos de transporte, manutenção e distribuição das mudas em campo. Por outro lado, como a disponibilidade de água e nutrientes é diretamente proporcional ao volume de substrato, dimensões pequenas resultam em volume reduzido, afetando o desenvolvimento da muda. Outro problema é o sistema radicial que é variável de espécie para espécie. d) Rotação da espécie no viveiro: o período de produção da muda deve ser compatível com a duração dos recipientes e deve atender a qualidade do substrato pela perda dos nutrientes com a lixiviação. 12 1.2.4 SACO PLÁSTICO (POLIETILENO) Com este tipo de recipiente, a semeadura não pode ser mecanizada, devido à necessidade das embalagens estarem em perfeito alinhamento nos canteiros. Os sacos devem ser providos de furos na sua parte inferior, com a função de escoar o excesso de umidade e permitir o arejamento. O enchimento pode ser manual, através de uma lata ou cano em formato cônico e sem fundo, ou com o uso de moega metálica. A moega (Figura 06) é um equipamento com um formato de uma pirâmide invertida, tendo um bico em sua parte inferior, onde é inserida a boca do saco plástico. O substrato, ao passar pelo bico, força a abertura do restante do saco plástico. Uma lingüeta de metal controlada por um pedal é que regula a abertura e o fechamento do bico da moega. Seu rendimento gira em torno de 9000 sacos/ homem/ dia, enquanto o enchimento manual geralmente não ultrapassa 3000 sacos (considerando recipientes de 5 cm de diâmetro e 12 cm de altura). Figura 06: Moega para auxílio de enchimento com substrato de sacos plásticos. (CARNEIRO, 1995) 13 Vantagens: Ø Baixo custo; Desvantagens : Ø Difícil decomposição, sendo necessário sua retirada antes do plantio; Ø Dimensões inadequadas da embalagem, bem como períodos muito longos da muda no viveiro podem ocasionar deformações no sistema radicular pelo enovelamento e dobra da raiz pivotante; Ø Utilização de grandes áreas no viveiro; Ø Alto custo de transporte das mudas ao campo; Ø Baixo rendimento na operação de plantio. 1.2.4.1 Dimensões Usualmente podem ser encontrados diversos tamanhos de sacos plásticos. No entanto, são indicados na Tabela 02 apenas alguns, com suas respectivas características dimensionais. Tabela 02: Características dos sacos plásticos de uso mais comum Dimensão Altura Circunferência Diâmetro Volume Vol/1000 emb. Mudas / m² 34,5 x 23,5 cm 27,0 cm 47,0 cm 15,0 cm 4746 cm ³ 4,75 m³ 45 26,0 x 19,5 cm 20,5 cm 39,0 cm 12,4 cm 2481 cm ³ 2,48 m³ 65 24,5 x 15,5 cm 21,0 cm 31,0 cm 9,9 cm 1606 cm ³ 1,61 m³ 103 25,0 x 14,5 cm 22,0 cm 29,0 cm 9,2 cm 1472 cm ³ 1,47 m³ 117 20,0 x 14,0 cm 16,5 cm 28,0 cm 8,9 cm 1029 cm ³ 1,03 m³ 126 20,0 x 12,0 cm 16,5 cm 24,0 cm 7,6 cm 756 cm ³ 0,76 m³ 171 21,0 x 10,0 cm 17,0 cm 20,0 cm 6,4 cm 541 cm ³ 0,54 m³ 247 17,5 x 10,0 cm 14,5 cm 20,0 cm 6,4 cm 462 cm ³ 0,46 m³ 247 17,5 x 11,0 cm 13,5 cm 22,0 cm 7,0 cm 520 cm ³ 0,52 m³ 204 14,5 x 8,5 cm 12,0 cm 17,0 cm 5,4 cm 276 cm ³ 0,28 m³ 342 14,0 x 8,0 cm 11,0 cm 16,0 cm 5,1 cm 224 cm ³ 0,22 m³ 386 Quando se trata de dimensões em embalagens, sempre a primeira medida refere -se ao diâmetro, e a segunda à altura. Na literatura são citados ainda, vários outros tamanhos que são usados de acordo com o tipo de muda produzida, espécie e finalidade. 14 A indicação do tamanho ideal va i depender da espécie e do objetivo para o qual a muda será produzida. o Para Pinus e Eucalyptus indica-se o tamanho 5 x 11 ou 5 x 12 ; o Para espécies nativas o mais indicado é o 7 x 19,4; o Para mudas de lento crescimento o tamanho pode ser 10 x 20 – 25; o Para arborização os tamanhos são indicados de acordo com o crescimento da muda: 10 x 20-25 15 x 30 20-25 x 30-40 1.2.5 TORRÃO PAULISTA Produzido a partir de uma mistura de solo argiloso, solo arenoso e esterco curtido, em proporções aproximada mente iguais. Após o seu umedecimento, a mistura é modelada em prensa específica. Desta operação resultam prismas retos de base hexagonal, com 3,5 cm de lado e 12 cm de altura, tendo uma cavidade central na face superior. Este torrão deve ter boa resistência e ser suficientemente poroso. Do seu agrupamento formam-se os canteiros. Atualmente este tipo de embalagem praticamente não está sendo utilizado, visto principalmente pela mão-de-obra envolvida na sua confecção e das perdas ocorridas por quebra durante o manuseio das mudas até o plantio, especialmente em dia muito chuvosos. Outros tamanhos encontrados • 2,6 x 11,0 cm • 6,0 x 12,0 cm • 3,5 x 12,0 cm 1.2.6 TAQUARAS Não possuem dimensões padronizadas em diâmetro, mas apenas em altura. Seu período de decomposição é muito mais longo que o da rotação das espécies no viveiro, sendo às vezes, muitos meses após o plantio. Suas pequenas dimensões diametrais elevam em demasia o número de mudas por metro quadrado (densidade), alterando as dimensões dos parâmetros morfológicos que indicam a qualidade de mudas, não sendo indicado tecnicamente o seu uso por estes motivos. 17 1.2.12 MOLDES DE ISOPOR (POLIESTIRENO) São bandejas contendo cavidades afuniladas, em forma de pirâmides invertidas. Este afunilamento e as arestas internas das pirâmides direcionam as raízes para baixo. A profundidade das cavidades pode variar, em conformidade com a espécie em produção. As mais utilizadas são as de 7 e 12 cm. As dimensões destas bandejas são de 67,5 x 34,5 cm. As cavidades têm aberturas no fundo, o que permite a poda aérea das raízes. Tamanhos • 80 cm3 • 120 cm3 • 60 cm3 • 3,5 cm (aresta superior) x 11,5 cm (altura) • 3,5 x 6 • 6,2 cm (profundidade) = 35 cm3 • 12 cm (profundidade) = 70 cm3 1.3 SUBSTRATO Sua principal função é sustentar a planta e fornecer-lhe nutrientes, água e oxigênio. É composto por três fases, sendo elas: • Sólida: constituído de partículas minerais e orgânicas; • Líquida: formada pela água , na qual encontram-se os nutrientes, sendo chamada de solução do solo; • Gasosa: constituída pelo ar, a atmosfera do substrato. Estes dois últimos são inteiramente dependentes dos espaços livres no solo (poros), podendo ser classificados ainda como macroporos e microporos. O substrato deve apresentar boas características físicas e químicas, sendo as físicas as mais importantes, uma vez que a parte química pode ser mais facilmente manuseada pelo 18 técnico. Das características mais importantes dos substratos utilizados em viveiros florestais destaca-se de forma sucinta, as que merecem maior atenção: 1.3.1 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS - Textura: refere-se à proporção relativa dos componentes de vários tamanhos ou grãos individualizados contidos na massa do substrato, constituindo a argila, o silte e a areia. As partículas de argila são as principais responsáveis pela retenção dos nutrientes e água, necessários ao desenvolvimento da muda. No entanto, a textura do substrato deve ser arenosa, franco arenosa ou areia franca, visto que quanto mais grosseira a textura do substrato, mais rápida é a drenagem. A drenagem eficiente previne contra o aparecimento de fungos pela baixa umidade. Para mudas em raiz nua, esta classe de textura favorece a extração das mudas do solo, em virtude da pequena aderência das partículas às raízes das mudas. - Estrutura: trata do modo ou como as partículas são unidas, arranjadas com os poros, em forma de agregados no substrato. Suas dimensões é que determinam a estrutura e uma das suas mais importantes funções é possibilitar a drenagem, e por conseqüência, a oxigenação e a penetração das raízes. O agregado por sua vez, vai ser constituído da areia, do silte e da argila, em proporções que variam com o substrato. A desestruturação do substrato faz com que o mesmo se compacte, reduzindo a porosidade. Esta por sua vez causa um decréscimo na aeração e no fornecimento de oxigênio para as raízes das mudas e para os microrganismos. Outro problema é a redução da infiltração de água e transporte de nutrientes, limitando o desenvolvimento das mudas. - Porosidade : são os espaços ocupados por ar, água, organismos e raízes. Sua quantidade é determinada diretamente pelo arranjo das partículas sólidas e pela presença de matéria orgânica. Já as dimensões dos poros e sua distribuição são determinados, além da estrutura, pela textura. Os poros podem ser classificados de acordo com o diâmetro em macro e microporos. Os macroporos permitem a livre movimentação de ar e água 19 de percolação, enquanto os microporos permitem a movimentação de água capilar. - Matéria orgânica: além de ter a capacidade de reter a umidade e nutrientes no substrato, como a argila, o húmus tem a propriedade de expansão e retração, pelo umedecimento e seca, e conseqüentemente a manutenção da estrutura do subs trato. 1.3.2 PREPARO DO SUBSTRATO Para o preparo do substrato, alguns pontos devem ser observados: não deve ser muito compacto, para não prejudicar a aeração e o desenvolvimento das raízes; apresentar substâncias orgânicas, para melhorar a agregação e aumentar a capacidade de troca catiônica e a retenção de água; e deve estar isento de sementes de plantas indesejáveis, de pragas e de microrganismos patogênicos. São descritos abaixo, alguns componentes que podem ser usados na constituição do substrato: § Vermic ulita: é um mineral de estrutura variável, constituído de lâminas ou camadas, justapostas em tetraedros de sílica e octaedros de ferro e magnésio. O octaedro de magnésio, quando submetido ao aquecimento, expande-se. Isto resulta no melhoramento das condições físicas, químicas e hídricas do solo. A vermiculita possui a capacidade de reter a água do solo, deixando disponível para a planta, em caso de uma breve estiagem. É um substrato praticamente inerte, sendo necessário o balanceamento de nutrientes essenciais, por meio de adubações periódicas. Outro grande problema da vermiculita é de se conseguir uma boa aderência do substrato ao redor das raízes, sendo necessário levar o tubete ao campo até o momento do plantio. § Composto orgânico: é o material resultante da decomposição de restos animais e vegetais, através do processo da compostagem. Este processo consiste em amontoar esses resíduos e, mediante tratamentos químicos ou não, acelerar a sua decomposição. A decomposição por microrganismos do solo processa-se mais rapidamente quando estes encontram quantidades suficientes de nitrogênio e fósforo prontamente assimiláveis. Em termos práticos, o teor de nitrogênio é que 22 1.3.3 ALGUNS EXEMPLOS DE SUBSTRATO 1.3.3.1 Substrato em raíz nua Para viveiros que utilizam deste sistema, o substrato é o próprio solo do viveiro. O que vai determinar o melhor desenvolvimento das mudas é a forma de preparo. Inicialmente a área deve ser relativamente profunda, em torno de 1 metro, para facilitar a lixiviação da água. 1.3.3.2 Substrato em recipientes Segundo MACEDO (1993), No que se refere aos substratos, o mais usado é terra de subsolo (70%) no caso de se usar sacos plásticos, mais composto orgânico ou esterco curtido (30%). No caso de se usar tubetes, os tipos de substratos mais recomendáveis são os seguintes: 1. vermiculita (30%), mais terra de subsolo (10%), mais matéria orgânica (60%); 2. terra de subsolo (40%), mais areia (40%), mais esterco curtido (20%); 3. vermiculita (40%), mais terra de subsolo (20%), mais casca de arroz calcinado (40%). No primeiro caso, a matéria orgânica utilizada pode ser bagaço de cana, casca de eucalipto e pinos decompostos. Deve-se evitar o uso de terra argilosa. 1.4 FERTILIZAÇÃO MINERAL O processo de fertilização deve ser de tal forma que, as mudas possam absorver o máximo de nutrientes (estando estes disponíveis) sem que haja excesso no substrato ou então perda por lixiviação. Tanto o excesso como a escassez causam complicações a sanidade das mudas. Visando isto, a fertilização deve ser feita em duas etapas: 1) Fertilização de base: parte dos nutrientes é misturada diretamente no substrato, antes do enchimento dos recipientes. Aplicar 50% das doses de N e K, e 100% das doses de calcário, P e micronutrientes. 23 2) Fertilização de cobertura: o restante dos nutrientes é aplicado, em várias doses, no decorrer do desenvolvimento das mudas. Aplicar em doses, parceladamente em cobertura, na forma de soluções ou suspensões aquosas. 1.4.1 INDICAÇÕES PARA PINUS E EUCALYPTUS As indicações abaixo descritas estão baseadas em VALERI & CORRADINI (2000). 1.4.1.1 Fertilização de mudas em sacos plásticos: Para a produção de mudas utilizando este sistema, as doses de fertilizantes podem ser parceladas. Ø Fertilização de base: (para cada m3 de terra de subsolo) • 500 g de calcário dolomítico; • 150 g de N; • 700 g de P2O5; • 100 g de K2O; • 200 g de fritas1; Rendimento: 4800 sacos de 250 g de capacidade. Ø Fertilização de cobertura: (para cada m3 de subsolo) • 100 g de N; • 100 g de K2O. Dissolver 1 kg de sulfato de amônio e/ou 300 g de cloreto de potássio em 100 l de água. Regar 10000 saquinhos. As irrigações devem ser alternadas, ora com N e K, ora apenas com N. Recomendações: - As aplicações devem ser feitas no final da tarde ou ao amanhecer, seguidas de irrigações leves, para diluir ou remover os resíduos de adubo que ficam depositados sobre as folhas. 1 Fritas são misturas de micronutrientes na forma de silicatos fundidos. em 3 ou 4 vezes 24 - A primeira adubação é feita 30 dias após a emergência das plântulas, sendo que as demais são realizadas em intervalos de 7 a 10 dias. - Na fase de rustificação, de 15 a 30 dias antes da expedição, suspende -se as fertilizações nitrogenadas. Apenas o K deve ser aplicado no início da fase de rustificação. Isto porque este nutriente regula a abertura estomática, evitando perdas excessivas de umidade, além de promover o engrossamento do caule. 1.4.1.2 Fertilização de mudas e m tubos de polipropileno: Devido as pequenas dimensões dos tubetes, sua reserva de nutrientes também acaba sendo pequena, sendo ainda prejudicada pela lixiviação intensa decorrida do tipo de substrato que o compõe. Por isso, a aplicação de fertilizantes deve ser feita com menor quantidade, e em maior freqüência, se comparada a produção de mudas em sacos plásticos. Ø Fertilização de base: (por cada m3 de substrato) • 150 g de N; • 300 g de P2O5; • 100 g de K2O; • 150 g de fritas. Rendimento: 20000 tubetes com capacidade de 50 cm3 Ø Fertilização de cobertura: Dissolver 1 kg de sulfato de amônio e/ou 300 g de cloreto de potássio em 100 l de água. Regar 10000 tubetes a cada 7 a 10 dias de intervalo. As irrigações devem ser intercaladas, ora com N e K, ora apenas com N. Recomendações: - Na fertilização de base, não aplicar calcário pois, como os níveis de pH, Ca e Mg nestes substratos são elevados, estes acabam induzindo a deficiência de micronutrientes pela elevação do pH. - A aplicação da fertilização de cobertura deve ser efetuada até que a muda atinja um tamanho desejado (25 – 30 cm). 27 • 100 g de K2O (cloreto de potássio); • 150 g de fritas. Ø Fertilização de cobertura: • 200 g de N (sulfato de amônio); • 150 g de K2O (cloreto de potássio). Recomendações: - São as mesmas para a produção de mudas em sacos plásticos. 1.5 MICORRIZAÇÃO Micorrização é a associação simbiótica entre determinados fungos e raízes finas, não lenhosas, de plantas superiores, com ocorrência de benefícios mútuos. Os fungos utilizam-se de substâncias sintetizadas pelas plantas, tais como açúcares, carboidratos, vitaminas, hormônios, aminoácidos e diversos outros exsudatos. Isto implica que qualquer alteração da planta ou ambiente acaba interferindo na simbiose. Quanto aos benefícios que os fungos trazem as plantas podem ser citados: Ø Aumento da área de absorção das raízes; Ø Aumento da absorção de nutrientes, especialmente de fósforo; Ø Aumento da longevidade de raízes infectadas; Ø Maior resistência a extremos valores ácidos de pH; Ø Maior proteção contra infecção patogênica; Ø Maior resistência à seca das mudas e a altas temperaturas do substrato; Ø Maior poder de absorção de nutrientes. Como resultado dos benefícios mútuos entre a planta e o fungo é o aumento do índice de sobrevivência após o plantio, com melhor desenvolvimento das mudas no campo. 28 Os gêneros mais freqüentemente encontrados são: Pisolithus , Telephora, Scleroderma , Rhizopogon, Boletus , Amanita, Cenococcum, Russula , Laccaria , Inocybe , Glomus, Acaulospora , Gigaspora, Sclerocystis, Cantharellus, Boletinus, Endogone e Suillus. 1.5.1 TIPOS DE INFECÇÃO De acordo com as características morfológicas e anatômicas, as raízes micorrízicas podem ser divididas nos seguintes grupos: • Ectomicorrízas; • Endomicorrízas • Ectoendomicorrízas. Em espécies de Pinus , são formadas ectomicorrízas, enquanto que em Eucalyptus são endomicorrízas. Espécies de ecossistemas brasileiros como da vegetação dos cerrados, floresta amazônica, matas da costa atlântica são essencialmente endomicorrízicas, incluindo espécies das matas dos Pinhais. Ectomicorrízas O fungo coloniza a superfície das raízes curtas, alimentadoras, formando um manto espesso ao seu redor. Pode ser vista a olho nú, devido a coloração branca ou colorido brilhante. O fungo entra nas raízes, entre as células corticais, formando um entrelaçamento denominado “Rede de Hartig”. Ele não chega ao interior das células, e as raízes micorrizadas são mais espessas que as não micorrizadas. A maioria dos fungos que formam ectomicorrízas são constituídos por Basidiomicetos (freqüentemente produzem corpo de frutificação), podendo também ocorrer Ascomicetos. Os poros das ectomicorrízas são transportados de várias formas, sendo o principal meio de propagação o vento. É entre a zona de contato hifa-célula que ocorrem as trocas de nutrientes. 29 Figura 07: Ectomicorrização em raízes de árvores (CUNHA, 1986) Endomicorrízas As endomicorrízas não podem ser vistas a olho nú. Sua presença é detectada pela técnica de mudança de coloração de tecidos e exames em microscópio. As hífas ramificam-se através das raízes, apresentando estruturas com características de vesículas e arbúsculos, sendo também chamadas de micorrízas vesículo arbusculares. As vesículas são órgãos de armazenamento, contendo carboidratos e também servem como estruturas de reprodução. Os arbúsculos são estruturas bastante ramificadas, intracelulares, que habitam nas células do córtex e tomam parte na troca de nutrientes. Outra característica destes fungos é de não produzirem estruturas reprodutivas na superfície do solo. Produzem esporos globulosos, cuja dispersão é restringida basicamente a movimentação mecânica do solo, não sendo disseminados pelo vento. 1.5.2 MÉTODOS DE INOCULAÇÃO Métodos práticos para a inoculação das micorrízas: a) Incorporação de restos de acículas, húmus e solo superficial de plantações ou viveiros bem estabelecidos; b) Incorporação de compostos fabricados com restos de material que contenham fungos micorrízicos; c) Plantio de mudas obtidas onde há abundância de fungos micorrízicos. 32 P = percentagem de pureza, contida no Boletim de Análise de Sementes (expressa em decimais); N = número de sementes, por quilo, contido no Boletim de Análise de Sementes; f = fator de segurança. O fator de segurança corresponde à soma da percentagem de mortalidade, ao longo do período de produção no viveiro, com a percentagem de mudas consideradas refugo, que geralmente situa-se em torno de 20% . 1.6.2.1 Viveiros em recipientes: produção manual O cálculo da quantidade é determinado pelas dimensões das sementes. • Sementes pequenas: (Eucalyptus spp) A semeadura é efetuada diretamente nos rec ipientes já encanteirados, com a utilização da seringa plástica. O número de sementes depositadas em cada recipiente é variável, dependendo da espécie e da porcentagem de pureza das sementes. Geralmente coloca-se de 3 a 5 sementes por recipiente. É de suma importância então, se saber a quantidade de sementes por quilo (que inclui matéria inerte), e a quantidade de sementes depositadas por recipiente, para que se possa determinar a quantidade de sementes à adquirir. Efetuar posteriormente o raleamento e/ou repicagem, deixando apenas uma muda, a de maior vigor por recipiente. • Sementes de dimensões médias: ( Pinus spp) Sementes como as do gênero Pinus ou com dimensões similares permitem seu manuseio sem dificuldades. Coloca-se geralmente 2 sementes por recipiente, sendo necessário o posterior releio e/ou repicagem. 33 • Sementes de dimensões grandes Neste caso, cada recipiente comportará apenas uma semente. 1.6.2.2 Viveiros em recipientes: produção mecanizada O cálculo da quantidade será apresentado, separadamente, para duas situações. • Sementes de dimensões pequenas: Utiliza-se a semeadeira denominada mimeógrafo, que trabalha apenas com sementes puras de Eucalyptus spp. Seu funcionamento consiste na utilização de agulhas específicas que succionam apenas uma semente por recipiente. Por este motivo, é indispensável o beneficiamento das sementes, onde se elimine pelo menos 98% do material inerte. • Sementes de dimensões médias: As semeadeiras são as do modelo utilizado para Eucalyptus spp, sendo o incoveniente que a adaptação proporciona apenas a semeadura de uma semente por recipiente. A quantidade de sementes deve ser determinada através do cálculo, onde cada recipiente conterá 2 sementes. Isto faz com que a quantidade de sementes necessárias seja muito superior a produção mecanizada em raiz nua. 1.6.3 PROFUNDIDADE A semeadura, tanto em recipientes como em sementeiras, não deve ser muito superficial, tampouco muito profundas. Isto porque, se forem muito superficiais as sementes recebem intenso calor do sol, não absorvendo quantidades adequadas de umidade que proporcionem sua germinação. Já sementes muito profundas apresentam o incoveniente do próprio peso do substrato constituir um fator físico inibidor da emergência das plântulas. A profundidade ideal vai depender de alguns fatores como: vigor das sementes, dimensões das sementes e constituição física do substrato. Para substratos com textura argilosa, recomenda-se a semeadura a uma profundidade menor. De modo geral, as sementes devem ser colocadas a uma profundidade cor respondente a até duas vezes o seu diâmetro maior. Porém, as 34 sementes pequenas devem ser distribuídas na superfície do substrato nos recipientes ou na sementeira, sendo irrigados previamente, e cobertas com uma fina camada de substrato. Na tabela 05 é apresentada a indicação de profundidade de semadura para algumas espécies. Tabela 05: Profundidade de semadura para algumas espécies (CARNEIRO, 1995) Espécies Recomendações Fonte Pinus elliottii 1,0 a 2,0 cm GLASER (1971) Aspidosperma album 0,5 a 1,0 cm PER EIRA & PEDROSO (1974) Enterolobium timbouva 1,0 cm PEREIRA & PEDROSO (1974) Systemonopleme mezii 1,0 cm PEREIRA & PEDROSO (1974) Swietenia macrophylla 1,0 cm SCHMIDT (1974) Araucaria angustifolia 3,0 a 6,0 cm MATTEI, STÖHR & MALINOVSKI (1979) Prunus brasiliensis 0,5 a 1,0 cm STURION (1980) Ocotea porosa 0,5 cm STURION (1980) Dipteryx alata 1,5 a 2,5 cm NOGUEIRA & VAZ (1993) Pseudotsuga menziesii 2,0 cm MINORE, WEATHERLY & CUNNINGHAM (1993) 1.6.4 COBERTURA DOS CANTEIROS É a camada de material depositada sobre as sementes. Esta deve ser atóxica, leve, higroscópica, e recobrir, em espessura adequada a superfície dos canteiros. A cobertura apresenta as seguintes vantagens: Ø Proporciona emergência mais homogênea; Ø Protegem as sementes da chuva e de fortes regas; Ø Evita a oscilação de temperatura na superfície dos canteiros; Ø Protege as raízes novas e mais finas das plântulas após a emergência que são as mais superficiais nesta fase de produção; Ø Proporciona circulação de ar para facilitar trocas gasosas; Ø Previne contra o ataque de pássaros e outros animais. Os tipos de cobertura mais utilizados são (Tabela 06): • Terra peneirada; • Casca de arroz; • Acícula seca picada; • Vermiculita; • Sepilho; • Areia; 37 1.8 IRRIGAÇÃO Na produção de mudas em recipientes, a irrigação deve ser constante e em períodos curtos, devendo-se evitá -la em horários mais quentes do dia. Isto porque, a irrigação excessiva poderá provocar o aparecimento de mudas tenras e suculentas e ocorrer a lixiviação dos nutrientes do substrato, tornando-as pouco resistentes ao aparecimento de fungos e doenças. No momento que as mudas vão para o canteiro de rustificação, deve-se reduzir a irrigação, adaptando assim as condições ambientais que as mesmas venham a encontrar em campo. 1.9 RALEIO É prática comum em viveiros florestais colocar mais de uma semente por recipiente, principalmente em se tratando de sementes pequenas, visando assegurar a presença de pelo menos uma muda em cada embalagem. Portanto, grande parte dos recipientes apresentará mais de uma muda, sendo necessária a realização de raleios, deixando apenas a muda mais vigorosa, de melhor forma e mais centralizada no recipiente. Geralmente, tal operação é conduzida quando as mudas apresentam dois a três pares de folhas definitivas, adotando-se o critério para a eliminação das mudas excedentes o índice de crescimento em altura e a conformação do caulículo2 Na operação de raleio, devem-se seguir algumas normas para sua maior eficiência e assegurar mudas de boa qualidade:  Antes da operação deve-se irrigar bem os canteiros;  Escolher a muda mais vigorosa e central do recipiente;  Eliminar as mudas excedentes: - Com o auxílio dos dedos de uma das mãos, proteger a muda selecionada, firmando o substrato ao seu redor; - Arrancar as demais com a outra mão ou cortá -las com uma tesoura.  Não deixar no recipiente nenhum resto de plântula 3 2 Caulículo é o mesmo que caule primitivo. 3 Função de evitar o aparecimento de fungos. 38  Deve -se eliminar o excesso de cobertura morta, insetos e quaisquer outros tipos de pragas;  Retirar os recipientes sem mudas, encanteirando-os separadamente, e fazer nova semeadura. Deve-se fazer já no ato da repicagem, a retirada manual de plantas invasoras, que eventualmente crescem nos recipientes junto com as mudas. Esta limpeza deve ser realizada quantas vezes forem necessárias, principalmente na fase inicial de desenvolvimento da muda, pois nessa fase as mudas são mais sensíveis a competição. Esta operação deve ser procedida de irrigação, o que facilita a remoção das plantas indesejáveis, ocasionando menor dano ao sistema radicular da muda. 1.10 DANÇAS OU MOVIMENTAÇÃO A movimentação, ou dança das embalagens é feita sempre que necessário, com a finalidade de efetuar a poda das raízes que, porventura, tiverem extravasado as embalagens ao penetrar no solo. Nessa operação, consegue-se a rustificação das mudas, resultando na redução da mortalidade por ocasião do plantio no campo. Quando as mudas necessitam de um período maior no viveiro, deve ser realizada a dança ou movimentação das embalagens, se for observado que as raízes estão atravessando as embalagens e penetrando no solo. Mudas produzidas em tubetes dispensam esta movimentação, ou dança das embalagens, pois normalmente, os canteiros são suspensos e os tubetes, por terem uma abertura na parte inferior, não permitem que as raízes passem para o exterior, sendo oxidadas. 39 1.11 PODAS A poda é a eliminação de uma parte das mudas, podendo ser tanto a parte aérea como a parte radicular, a fim de obter os seguintes benefícios: - aumentar a porcentagem de sobrevivência; - propiciar produção de mudas mais robustas; - adequar o balanço do desenvolvimento em altura e sistema radicular; - fomentar a formação do sistema radicular fibroso (a maior quantidade de raízes laterais); - servir de alternativa à repicagem em canteiros de mudas e m raiz nua; - aumentar o período de rotação da muda no viveiro; - retardar o crescimento em altura das mudas. Na poda radicular, podem ser eliminadas as raízes pivotantes e/ou laterais. A vantagem da produção de mudas em tubetes se deve ao fato das raízes pivotantes e laterais terem seu direcionamento forçado para o fundo do recipiente, onde existe um orifício. A partir deste orifício as raízes são podadas pelo ar. A produção de mudas em raiz nua, facilmente pode ser mecanizável, sendo que através do tipo de equipamento utilizado somente a raiz pivotante pode ser podada, como simultaneamente a raiz pivotante e as laterais. A poda aérea consiste na eliminação de uma parte do broto terminal das mudas. Qualquer um dos dois tipos de poda altera o ritmo de crescimento das mudas. No entanto a resposta da poda é favorável ao desenvolviemto da muda, dependendo do nível de tolerância de cada espécie. Em mudas de Pinus spp, a poda aérea provoca o aparecimento de alguns brotos apicais, sendo que um deles, com o passar do tempo, assume a predominância em relação aos demais. São descritos abaixo alguns detalhes da poda aérea de mudas. A execução da poda de raízes encontra-se no capítulo referente à produção de mudas em raiz-nua. 1.11.1 FREQÜÊNCIA E ÉPOCA DE EXECUÇÃO Usualmente, para mudas de Pinus spp, esta prática é efetuada apenas uma vez, salvo casos especiais. Quanto à época, segundo pesquisas, deve -se podar durante a fase de crescimento 42 2 SISTEMA DE PRODUÇÃO EM RAIZ-NUA A utilização deste sistema está limitada a poucas regiões e, por isso, não é uma técnica bem difundida. No sul do país pode ser encontrada com mais freqüência, onde as condições climáticas são mais favoráveis, principalmente para o Pinus. Neste sistema as mudas são produzidas no próprio solo do viveiro e, posteriormente, retiradas sem substrato nas raízes e levadas para o campo. Praticamente todas as operações podem ser mecanizadas, o que diminui em muito a mão-de-obra e conseqüentemente, o custo de produção. O emprego da técnica de produção de mudas com raiz nua necessita um período de 3 a 6 semanas de paralisação do crescimento, quando é realizado o plantio, devendo este ser em período chuvoso e em dias nublados, frios e úmidos, de forma a diminuir a taxa de transpiração e propiciar suficiente umidade às raízes. Por estes dados, verifica-se que a técnica tem uso limitado, principalmente em nível de Brasil, em razão do clima tropical. 2.1 PREPARO DA ÁREA No momento que antecede a instalação dos canteiros, deve -se preparar a área a fim de melhorar as propriedades físicas do solo. Por isto, deve-se arar e gradear até uma profundidade de pelo menos 25 cm. O emprego de enxada rotativa é, na maioria das vezes, indispensável para se destorroar os torrões maiores. 2.2 FERTILIZAÇÃO Neste período também se efetua a correção da acidez do solo e a aplicação de adubos. É antecedida de uma análise do solo. Em geral são adicionados anualmente 7 toneladas/há de matéria orgânica, além de fertilizante NPK. Em geral utiliza-se 200 kg/ha de NPK 10-30-20, anualmente. O fertilizante, bem como a matéria orgânica são aplicados à lanço sobre toda a área do viveiro e incorporados, por ocasião da aração e gradagem. 43 2.3 CONFECÇÃO DOS CANTEIROS Após o preparo da área, utilizam-se os seguintes equipamentos para a confecção mecanizada dos canteiros: a) Modelador de canteiros: é composto por quatro seções (Figura 08): I. Dois discos laterais que mode lam os canteiros e simultaneamente, abrem os caminhos (passeios) entre eles. II. Duas lâminas que dão forma à superfície lateral dos canteiros. III. Uma lâmina transversal que dá forma a superfície dos canteiros. IV. Duas séries de discos planos e paralelos para o destorroamento da superfície dos canteiros. O modelador de canteiros abre sulcos com a profundidade de 15 cm e largura de 50 cm, definindo assim os caminhos entre canteiros. 2.3.1 DIMENSÕES DOS CANTEIROS • Comprimento: 100 a 150 metros, • Largura: 1,2 a 1,5 metro; • Altura: 8 a 10 cm acima dos passeios4 2.3.2 DIMENSÕES DOS PASSEIOS • Comprimento: igual ao comprimento dos canteiros; • Largura: 50 a 60 cm (a metade da largura do canteiro). Obs: A área do viveiro deve ser efetivamente o dobro da área destinada à produção de mudas. Enquanto a metade do viveiro encontra-se com mudas em crescimento, na outra metade efetua-se a adubação verde. A largura dos canteiros (distância entre os sulcos) é de 1 metro, permitindo assim a passagem de um trator de porte médio sobre os canteiros. 4 1 A superfície dos canteiros pode ser plana ou levemente convexa para facilitar a drenagem. 44 Figura 08: Modelador de canteiros (CARNEIRO 1995) 2.4 SEMEADURA A semeadura é realizada com semeadeira mecânica, que contém dispositivos para semeadura em linhas e na densidade de sementes desejada. A semeadeira é composta por cinco seções: I. Um cilindro com 12 anéis em alto relevo, distanciados em espaços regulares, que ao girar, formam sulcos nos canteiros. II. Uma série de canos paralelos na posição vertical, cujas extremidades coincidem com os sulcos, onde são depositados as sementes. III. Depósito de sementes, situados na parte superior da sementeira, sendo ligada aos canos por mangueiras finas e transparentes. IV. Canos nas entrelinhas, cuja função é empurrar o solo para o lado, cobrindo os sulcos. V. Cilindro liso, que compacta o canteiro semeado. Em geral, a distância entre linhas é de 10 cm e a quantidade de sementes/metro linear é de 26 sementes. Isto permite uma densidade de 250 mudas/m2 de canteiro. Após a semeadura, é distribuída uma camada de acículas de pinus tritur ada sobre o canteiro. Esta acícula tem a função de manter a umidade dos canteiros no período de germinação. I. Discos laterais II. Lâminas III. Lâmina transversal IV. Séries de discos 47 2.7 APLICAÇÃO DE INSETICIDA Tendo em vista a possibilidade de ocorrência de ataque de pulgão em mudas de Pinus, é realizada a aplicação preventiva mensal de inseticida sistêmico sobre os canteiros. 2.8 PODA DE RAÍZES É efetuada a primeira poda no período de 3 meses após a semeadura. Tem o objetivo de evitar o desenvolvimento excessivo da raiz principal, dificultando posteriormente a retirada das mudas. Sua execução deve ser realizada quando o substrato estiver úmido, sendo que substratos secos tendem a friccionar as raízes, causando injúrias as mudas. Após a poda dos canteiros, as mudas devem ser imediatamente irrigadas. No Brasil, utiliza-se um equipamento que contém uma lâmina fixa afiada, formando um ângulo de 20 a 30º, em relação ao eixo longitudinal do canteiro. De cada lado há uma chapa que tem a função de não permitir que as bordaduras dos canteiros sejam desmanchadas. A eficiência da poda depende muito da velocidade do trator, sendo melhor com velocidades menores. A segunda poda é executada pouco antes da retirada das mudas do canteiro. A profundidade da lâmina no canteiro é controlada pelo sistema hidráulico, sendo geralmente em torno de 15 cm abaixo da superfície dos canteiros. A espessura da lâmina não deve ultrapassar 3 mm. 48 Figura 11: Equipamento utilizado para poda de raízes (CARNEIRO, 1995) A segunda poda é executada pouco antes da retirada das mudas do canteiro. 2.9 RETIRADA DAS M UDAS A segunda poda é realizada por ocasião da retirada das mudas dos canteiros. É realizada a mesma operação anterior e em seguida, retira-se manualmente as mudas e poda-se até 50% do comprimento das raízes secundárias. Nesta mesma operação é efetuada a seleção das mudas em 3 classes de qualidade, observando-se a altura, o diâmetro do colo, presença de micorrizas, presença de ramificações laterais do caule, coloração das acículas entre outros. Chapa Lâmina 49 Figura 12: Produção de mudas de Pinus taeda em raiz-nua 3 QUALIDADE DE MUDAS De acordo com PAIVA (2000), vários parâmetros são utilizados para avaliar a qualidade das mudas de espécies florestais, dentre eles destacam-se: altura da parte aérea; sistema radicular; diâmetro do coleto; proporção entre as partes aérea e radicular; proporção entre diâmetro do coleto e altura da parte aérea, pesos de matéria seca e verde das partes aérea e radicular; rigidez da parte aérea; aspectos nutricionais; etc. Estes critérios de classificação são baseados basicamente em duas premissas de elevada importância, conforme CARNEIRO apud CARNEIRO(1983 a): • Aumento do percentual de sobrevivência das mudas, após o plantio; • Diminuir a freqüência dos tratos culturais de manutenç ão do povoamento recém-implantado. 52 5 ANEXOS Tabela 08:Tratamentos para a quebra de dormência em sementes de espécies arbóreas Nome vulgar Nome científico Tratamento Fonte Acácia -negra Acacia decurrens Imersão das sementes em água fervente por 5 minutos Ragagnin (sd) Nogueira-de- iguape Aleurites molucana Escar ificação mecânica; trincagem parcial do tegumento externo das sementes. Capelanes (1989); Capelanes & Biella (1984) Acácia -negra Acacia mearnsii Escarificação mecânica; Imersão em água à temperatura de 90°C por 3 minutos Bianchetti & Ramos (1982) Acácia -gomífera Acacia senegal Escarificação em ácido sulfúrico por 3 minutos Torres & Santos (1994) Tento-carolina Anadenthera pavonina Escarificação em ácido sulfúrico 70% por 10 minutos Reis et al. (1975) Fruta-de-conde Annona squamosa Tratamento com solução de ácido giberélico (GA3) 200mg.L- 1 Ferreira et al. (1998) Garapa Apuleia leiocarpa Escarificação em ácido sulfúrico 75% por 5 minutos IEF-MG (sd) Pinheiro-do- paraná Araucaria angustifolia Imersão em água à temperatura ambiente por 48 horas (para embebição) IEF-MG (Sd) Sucupira Bowdichia virgilioides Escarificação mecânica por 2 segundos IEF-MG (sd) Cangerana Cabralea glaberrima Remoção de polpa Ragagnin (sd) Pau-ferro Caesalpinia ferrea Escarificação em ácido sulfúrico concentrado por 15 minutos; escarificação mecânica com lixa de ferro Souza et al. (1997); Neiva & Barbosa (1997) Pau-ferro Caesalpinia leiostachya Escarificação em ácido sulfúrico concentrado por 40 minutos Capelanes (1989) Caesalpinia martiniana escarificação mecânica com lixa de ferro Neiva & Barbosa (1997) Caesalpinia spectabilis escarificação mecânica com lixa de ferro Neiva & Barbosa (1997) Guabirobeira Campomanesia sp Remoção da polpa Ragagnin (sd) Cássia rósea Cassia grandis Escarificação em ácido sulfúrico concentrado por 30 minutos Capelanes (1989) Cassia Cassia javanica Escarificação mecânica Grus et al. (1984) Barbatimão Cassia leptophyla Imersão em água à temperatura ambiente por 12 horas ou imersão em água à temperatura ambiente por 12 horas ou Ragagnin (sd) 53 escarificação mecânica (escarificador elétrico) por 30 segundos. Embaúba Cecropia spp. presença de luz e uso de temperaturas alternadas Holthijzen & Boerboom (1982) Embaúba Cecropia spp. presença de luz e uso de temperaturas alternadas Holthijzen & Boerboom (1982) Sobrasil Colubrina glandulosa var. reitzii Escarificação em ácido sulfúrico 92% por 25 minutos IEF-MG (sd) Pau d' óleo Copaifera langsdorfii Lavagem das sementes em água corrente por 1 hora; estratificação úmida em areia por 15 dias, em câmara fria a 5°C. Carvalho (1994); Borges et al. (1982) Cipreste Cupressus sp Imersão em água à temperatura ambiente por 12 horas Ragagnin (sd) Roxinho Dialium divaricatum Remoção do tegumento Cavallari (1987) Morototó Didymopanax morototoni imersão em água à temperatura ambiente por 12h. IEF-MG (sd) Angelim-pedra Dinizia excelsa Escarificação em ácido sulfúrico 96% por 30 minutos Vastano Jr. Et al. (1983) Baru; cumbaru Dipteryx alata Retirar as sementes dos frutos; escarificação em ácido sulfúric o 50% por 6 horas IEF-MG (sd); Albrecht & David (1993) Tamboril Enterolobium contortisiliquum Imersão por 72 horas em água à temperatura ambiente Capelanes (1989) Suinã Erythrina speciosa Escarificação mecânica Carvalho et al. (1980) Mulungu Erythrina velutina Escarificação mecânica (escarificador elétrico) por 1 a 5 segundos Silva & Matos (1991) Cerejeira Eugenia involucrata Remoção da polpa Ragagnin (sd) Pitangueira Eugenia uniflora Remoção da polpa Ragagnin (sd) Palmiteiro Euterpe edulis Retirar a polpa após imersão em água por 24 h. Figliolia et al. (1987) Melina; gmelina Gmelina arborea Imersão em hormônios (GA3; BAP ou GA 3 + BAP) Bragantini&Rosa (1985) Patauá Jessenia bataua Imersão das sementes em água à temperatura ambiente por 48 horas ou imersão das sementes em água à temperatura de 50°C por 15 minutos. Silva & Firmino (1998) Jatobá Hymenaea coubaril var. stilbocarpa Escarificação mecânica IEF-MG (sd) Jatobá Hymenaea stilbocarpa Imersão por 7 a 10 dias em água à temperatura ambiente Cape lanes (1989) 54 Angelim-da-mata Hymenolobium excelsum Corte de pequena porção do tegumento na extremidade oposta ao eixo embrionário. Veiga et al. (1997) Erva-mate Ilex paraguariensis Estratificação em areia úmida por 5 a 6 meses; Zanon (1988) Ingazeiro Inga marginata Remoção da polpa Ragagnin (sd) Boleira Joannesia princeps Imersão em água à temperatura ambiente por 48h; trincagem parcial do tegumento das sementes. IEF-MG (sd); Capelanes & Biella (1984) Pau-santo Kielmeyera coriacea Imersão em soluções de ácido giberélico (GA3) Ferreira et al. (1997) Cinamomo Melia azedarach Remoção da polpa Ragagnin (sd) Quaresminha Miconia cinnamomifolia Usar pó de xaxim como substrato de sementeira IEF-MG (sd) Sabiá Mimosa caesalpiniaefolia Escarificação das sementes nuas em ácido sulfúrico 95% por 5 minutos; Martins et al. (1992); Juqueri Mimosa regnelli Imersão das sementes em água à temperatura de 80°C, permanecendo na mesma água por 12 horas. Fowler & Carpanezzi (1997) Bracatinga comum Mimosa scabrella Escarificação em ácido sulfúrico concentrado por 4 minutos; Ramos & Bianchetti (1984) Aroeira Myracrodruon urundeuva Imersão em água à temperatura ambiente por 48h. IEF-MG (sd) Jaboticabeira Myrciaria trunciflora Remoção da polpa Ragagnin (sd) Guabiju Myrcyanthes pungens Remoção da polpa Ragagnin (sd) Canela -amarela Nectandra lanceolata Escarificação em ácido sulfúrico concentrado por 5 minutos IEF-MG (sd) Canela -guaicá Ocotea puberulla Escarificação mecânica seguida de estratificação em areia úmida por 60 a 120 dias. Bianchetti & Ramos (1983) Olho-de-cabra Ormosia arborea Escarificvação mecânica – lixamento do tegumento ou a punção do tegumento; Escarificação em ácido sulfúrico concentrado por 30 minutos seguido de lavagem em água corrente e imersão em água corrente por 20 horas. Figliolia & Crestana (1993); Capelanes & Biella (1984) Turco Parkinsonia aculeata Escarificação mecânica (escarificador elétrico) nos tempos de 1 ou 2 minutos ou imersão em água à temperatura de 80-90°C por 1 ou 2 minutos Torres & Santos (1994) Angico-cangalha Peltophorum dubium Escarificação mecânica na região oposta à saída da radícula IEF-MG (sd) Canafístula Peltophorum vogelianum Escarificação em ácido sulfúrico concentrado por 30 minutos Capelanes (1989) Vinhático Plathymenia foliolosa Escarificação mecânica por 2 segundos IEF-MG (sd) Goiabeira Psidium guajava Imersão em água à temperatura ambiente por 12 horas Ragagnin (sd)
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