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Apostila de fisiopatologia da nutrição e dietoterapia, Notas de estudo de Fisiopatologia

APOSTILA DE FISIOPATOLOGIA DA NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA

Tipologia: Notas de estudo

2010
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Baixe Apostila de fisiopatologia da nutrição e dietoterapia e outras Notas de estudo em PDF para Fisiopatologia, somente na Docsity! APOSTILA DE FISIOPATOLOGIA DA NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA MÓDULO I Profa. Ms Adriana Cruz Lopes Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 2 DEFINIÇÃO Compreende o tratamento através da dieta e envolve modificações na ingestão diária de alimentos. Pode ser um tratamento auxiliar ao tratamento medicamentoso ou constituir a única forma de intervenção terapêutica. A dietoterapia é um tipo de tratamento que tem por base a modificação dos alimentos pela adição de substâncias alimentares com propriedades de cura, ao tempo de suprimir outras, cujo organismo doente se encontra incapacitado de metabolizar, o que por si só neste último caso induz ou agrava a doença. OBJETIVOS DIETAS TERAPÊUTICAS Modificações do padrão dietético normal, aplicadas em cada caso conforme necessário para atender as necessidades individuais (ex: capacidade de digestão e absorção, alívio da doença, fatores psicossociais). Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 5 OBJETIVOS PARA O CUIDADO NUTRICIONAL IMPLEMENTAÇÃO DO CUIDADO NUTRICIONAL Incluem todas as atividades ou intervenções que possibilitarão ao pacientes atingir os objetivos já definidos; Atividades incluídas: Prescrição de dieta; Aconselhamento e orientação nutricional; Abastecimento de alimentos necessários; Aconselhamento sobre auxílios públicos e vales alimentos (o que ajudará o paciente a resolver economicamente suas necessidades nutricionais); Intervenções ou ações são numeradas para se correlacionarem com os objetivos que elas devem atingir. Devem ser completas e incluir condições que, onde, quando e como da atividade, a fim de que toda a equipe de saúde (incluindo paciente) saberá o que está sendo feito; As informações sobre o tratamento e progresso de um pacientes deverão ser acessíveis à equipe de saúde, à partir de um registro centralizado. REGISTRO DO CUIDADO NUTRICIONAL O processo de cuidado nutricional, tal como aplicado a um paciente em um hospital ou ambulatório, deve ser documentado em um registro de saúde Prontuário Apresenta as seguintes vantagens: Ajuda o paciente a compreender seu cuidado nutricional e saber que deverá ser participante ativo; Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 6 Ajuda a assegurar que o cuidado nutricional será relevante, completo e efetivo por fornecer um registro que identifica os problemas e estabelece critérios para avaliá-lo; Permite a toda equipe compreender as razões para o cuidado nutricional e os meios pelos quais será fornecido; Permite a toda equipe de saúde a participar do cuidado nutricional e reforçar a educação do paciente sempre que houver uma oportunidade. Um registro detalhado de cuidados nutricionais pode ficar com o nutricionista, mas, neste caso, as informações nele contidas deverão ser periodicamente sumarizadas no registro permanente de saúde. Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 7 ETAPAS COMPONENTES FATORES A CONSIDERAR 1. Avaliação do Estado Nutricional Coletar informações (dados) Identificar problemas As informações deverão ser precisas, pertinen ao paciente e apropriadamente interpretadas; Os problemas deverão receber o mesmo núm que consta no registro médico, colocados graus de prioridade de acordo com importância, estar relacionados com dados avaliação e incluir problemas presentes e potencial. 2. Planejamento do Cuidado Nutricional Estabelecer objetivos Informações adicionais necessárias Recursos disponíveis Nível educacional do paciente e sua família Modificação da dieta Suplementação de nutrientes Medidas para possibilitar ao paciente atingir necessidades nutricionais Tratamento dos problemas médicos que afetam estado nutricional 3. Implementação Cuidado Nutricional Determinar intervenções nutricionais Modificação da alimentação necessária a torn aceitável ao paciente Ensinamentos ao paciente e sua família a resp do plano do cuidado nutricional Provisão dos suplementos nutricionais necessá de forma aceitável Resolução de problemas de saúde Inscrição do paciente em programas de assistên alimentar, se necessário. 4. Avaliação do Cuidado Nutricional Determinar a eficácia do cuidado nutriciona alterá-los, se necessário. Monitoração da ingestão alimentar e fluidos Avaliação da ingestão para se adequar às me das necessidades nutricionais do paciente Avaliação do conhecimento nutricional refletido alteração comportamental (escolha alimentar) Monitoração dos dados bioquímicos relaciona com o estado nutricional Monitoração dos dados antropométricos Monitoração do estado clínico Avaliação deverá incluir uma comparação entr comportamento observado e o esperado Uma determinação da eficácia da intervenção atingir os objetivos Uma explicação da eficácia e ineficácia intervenção ou sugestões para revisão do plano cuidados, baseadas na avaliação. Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 10 Especifica um nível de energia baseado no peso atual e atividade normal do organismo, mais as quantidades e formas dos nutrientes. Proteínas Carboidratos Lipídios Sais minerais Vitaminas Fibras Líquidos Outras substâncias que julgar necessária. 3. MODIFICAÇÕES DA DIETA NORMAL Podem ser classificadas em: a) QUALITATIVAS b) QUANTITATIVAS 1) Alteração da consistência dos alimentos Líquida Líquida restrita Branda Rica em fibras Pobre em fibras Pastosa Leve Sólida 2) Aumento ou diminuição do valor energético da dieta 3) Aumento ou diminuição dos alimentos específicos Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 11 4. ALIMENTOS COMO FONTES DE NUTRIENTES Conhecimento dos nutrientes contidos em diferentes alimentos é essencial para a correta avaliação das dietas terapêuticas; É útil estar atento aos alimentos altamente nutritivos que contribuem efetivamente para a adequacidade dietética. 5. CUIDADO NUTRICIONAL PARA PACIENTE HOSPITALIZADO Serviço alimentar é tão importante quanto o suporte nutricional; Requer imaginação e habilidade para planejar uma variedade de alimentos familiares ao paciente; Aparência dos alimentos na bandeja, cor, textura, composição e temperatura; Tornar o sabor bom e agradável do alimento é extremamente importante no cuidado nutricional. Trato gastro intestinal íntegro Condições de ingestão, digestão e absorção dos alimentos. Devem ser adequados de acordo com as patologias, às condições físicas, obedecendo às leis fundamentais da alimentação fixadas por Escudero. Distribuídos de maneira equilibrada, conforme as recomendações da SBAN, do CODEX, RDA, de acordo com a pirâmide dos alimentos. Elaboração = cuidados sanitários = pontos críticos de controle no preparo das refeições. Êxito do tratamento dependerá: DIETAS HOSPITALARES PADRÕES Hospitais e instituições envolvidos com alimentação de doentes tem algumas dietas específicas para facilitar o serviço do SND. São baseadas e formuladas a partir da RDA. Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 12 É importante que essas dietas seja flexíveis de modo a satisfazer as necessidades nutricionais freqüentemente reforçadas em pacientes hospitalares. São designadas como: DIETA GERAL Conhecida como normal, livre ou da casa; Balanceada conforme Guia Alimentar da Pirâmide do Departamento de Agricultura dos EUA e recomendações da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição. Dieta normal, básica, adequada DIETA LEVE Dieta de consistência semi-líquida, normal em calorias e nutrientes. Dieta adequada que apresenta níveis de celulose mais baixos, tecido conjuntivo e também pobre em resíduos, que deverão ser abrandados na cocção moído ou desfiado. Indicadas para pacientes com problemas mecânicos de deglutição e de mastigação, em casos em que a função gastro intestinal esteja moderadamente alterada, para preparo de exames e de cirurgias e também no pré e pós-operatório. Em utilização prolongada deficiência de nutrientes avaliação contínua Dieta não sobrecarrega o TGI fácil digestão Não provoca estímulos mecânicos Composição média 1500 Kcal Quantidades de calorias, proteínas, gorduras e CHO são ajustáveis de acordo com as necessidades individuais, baseadas na atividade, altura, peso, sexo, idade e qualquer necessidade específica causada pela moléstia. Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 15 DIETA LÍQUIDA Recomendada a pacientes que requeiram alimentos de fácil digestão e consumo, que seja isentos de agentes mecânicos ou condimentos que possam causar irritação; Com dificuldades de mastigação ou deglutição, que usam próteses dentárias ou pacientes cirúrgicos de buço maxilo; Pode ser indicada em pacientes no pós-operatório, para fornecer líquidos e alguns eletrólitos e pequena quantidade de calorias antes do retorno da função TGI; Utilizam todos os alimentos que sejam líquidos, a temperatura ambiente ou corpórea ou mesmo gelada; É servida em intervalos pequenos e freqüentes para suprir os tecidos de água e aliviar a sede; Se for bem elaborada consegue atingir as necessidades nutricionais do paciente, exceto em relação às fibras; Apresenta aproximadamente 1300 à 1500 kcal com 5g de proteínas, 65g de gorduras e 150g de CHO; De acordo com as necessidades do paciente essa dieta pode ser modificada na quantidade dos nutrientes, em relação aos macronutrientes, ou seja, ou as quantidades; Suplementos protéicos e vitamínicos podem ser acrescentados aos líquidos, aumentando assim a ingestão de nutrientes; Com uso prolongado pode ocorrer constipação por essa dieta ser pobre em fibras industrializada. EXEMPLO: Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 16 Hipocalórica – Hiperglicídica - Hipoprotéica e Hipolipídica Hipocalórica – hiperglicídica – hipoprotéica – hipolipídica – sem leite Consistência líquida Indicada em casos em que há necessidade de deixar o intestino limpo, preparo de exames, pré e pós-operatório imediatos. Utilizada apenas para hidratação por períodos curtos Caso contrário obrigatoriedade da suplementação Normoglicídica – normoprotéica – normolipídica. Consistência abrandada pela cocção e processos mecânicos com alimentos moídos, liquidificados, em forma de purês e papas, sem leite e sem alimentos crus. Indicadas em casos de facilitação da ingestão, deglutição e também repouso intestinal e em alguns pós-operatórios. TIPO DESCRIÇÃO INDICAÇÕES COMENTÁRIOS HIPOCALÓRICA Fracionada 4 a 6 refeições/dia Adequada em vitaminas minerais Monitorar cálcio e ferro HIPERCALÓRICA Fracionada 6 a 7 refeições/dia utilizar complemen nutricionais hipercalóricos Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 17 TIPO DESCRIÇÃO INDICAÇÕES COMENTÁRIOS HIPOLIPÍDICA Modificação do conteúdo de lipídios 15 a 25% VCT Adequada em nutrientes Rica em CHO 60 a 65% do VCT Oferta de TCM Substituição de TCL por TCM melhora: Absorção de gorduras Ingestão calórica Em caso de esteatorréia suplementar vitaminas lipossolúveis Ofertar enzimas pancreáticas POBRE COLESTEROL Restrita em gorduras Máximo 30% VCT Oferta de gordura monoinsaturada (az de oliva) Restrição de alimentos ricos em coleste Oferta de fibras Excluído álcool e açúcar Fibra dietética diminui a absorçã de colesterol Sais biliares TIPO DESCRIÇÃO INDICAÇÕES COMENTÁRIOS HIPOPROTÉICA Aporte de proteínas depende: Da gravidade da doença; Da função renal e hepática; As proteínas devem ser ricas aa essenciais e/ou ramificados HIPERPROTÉICA Monitorar função renal Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 20 Ulceração estenosante de laringe; Ulceração estenosante de esôfago; Fístula traqueoesofágica; Ruptura de varizes de esôfago; Distensão gasosa intestinal. Para minimizar sondas de fino calibre, flexíveis e macias, constituídas de borracha de silicone ou poliuretano, denominadas nasoenterais. Uso prolongado de suporte nutricional enteral estomia: Faringostomia e Esofagostomia Gastrostomia Jejunostomia FARINGOSTOMIA e ESOFAGOSTOMIA GASTROSTOMIA CONTRA INDICAÇÃO Ascite e hipertensão Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 21 COMPLICAÇÕES Deslocamento da sonda Infecção Fístula gástrica persistente Sangramento gastro intestinal a partir da incisão gástrica; Vazamento do conteúdo gástrico para cavidade abdominal; Aspiração pulmonar; Escoriação da pele; Persistência de fístula após remoção da sonda; Migração da sonda e obstrução antropilórica. JEJUNOSTOMIA COMPLICAÇÕES CUIDADOS NA MANUTENÇÃO DAS ESTOMIAS Vazamento do suco gástrico ou duodenal para a pele, ou tensão da sonda sobre a pele pode causar irritação e ulceração remoção imediata Como prevenção limpeza diária da pele ao redor da sonda com água morna e sabão neutro. Aplicar gazes e fixar com fita alergênica TUBO GASTRO INTESTINAL NORMAL Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 22 DIFICULDADES DE ACESSO AO INTESTINO NORMAL ANORMALIDADES FUNCIONAIS DO INTESTINO Doenças intestinais neonatais, obstrução crônica, do esvaziamento gástrico; Fístula digestiva; Síndrome do intestino curto; Íleo gástrico colônico; Anormalidades metabólicas do intestino; Má absorção, alergia alimentar; Pancreatite; Anorexia, câncer; Estados hipermetabólicos; Queimadura, infecção grave, trauma extenso; cirurgia e hipertiroidismo GASTRINTESTINAL MISCELÂNEAS Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 25 INTERMITENTE CONTÍNUO Técnica Administração Bolo: Injeção com seringa de 100 a 350ml de diet no estômago a cada 2 ou 6hs Gravitacional: Volume de 100 a 350ml administra por gotejamento (60ml/min) a cada 2 a 6 horas Fisiologia Distensão gástrica estimula secreção cloridropéptica Retardo do esvaziamento gástrico com risco de aspiração Indicações específicas Para pacientes com esvaziamento gástrico nor e com NE domiciliar Aspectos Psicológicos Mais desejável ao paciente domiciliar Permite deambulação Custo Operaciona Administração gástrica de dieta infundida pelo método intermitente pode ser iniciada com vol. de 100ml, com gradativo de 50ml por dose até atingir vol. máximo de 350ml com intervalos de 3 a 4hs. Infusão contínua administrar inicialmente 25 a 30ml/h e gradativamente até velocidade máxima de 100 à 150ml/h Criança progressão volume deve ser adequado com peso ponderal A progressão se dá de acordo com tolerância Aspiração gástrica deve ser feita a cada 24hs se o volume aspirado for > que a metade do volume infundido, a progressão deverá ser mais lenta. Não se deve progredir simultaneamente o volume e a [ ] da dieta Quando a sonda se localiza em porções distais ao piloro duodeno ou jejuno o gotejamento deve ser observado com atenção, pois o escoamento rápido pode provocar cólicas, distensão, diarréia e do aproveitamento nutricional e prejuízo ao paciente. Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 26 GÁSTRICA DUODENAL-JEJUNAL VANTAGENS > Tolerância a fórmulas variadas (prot. intactas, pr isoladas, aa cristalinos Boa aceitação de fórmulas hiperosmóticas Permite progressão mais rápida para alcançar o V ideal Devido a dilatação receptiva gástrica, permite introdução de grandes volumes em curto tempo Fácil posicionamento da sonda DESVANTAGENS Alto risco de aspiração em pacientes com dificulda neuromotoras de deglutição Ocorrência de tosse, náusea ou vômitos, favorec saída acidental de sonda nasoenteral Dietas enterais ricas em macro e micronutrientes são excelentes meios para crescimento de microorganismos; Administração de dietas eventualmente contaminada por ≠ germes pode causar distúrbios GI como náusea, vômito e diarréia. Independente da administração é fundamental que as dietas enterais sejam preparadas com > cuidado para evitar contaminação Dietas naturais e industrializadas querem técnicas individuais no preparo. Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 27 1- Paramentação total 2- Lavar as mãos com água e sabão e secar em toalhas de papel 3- Utilizar luvas cirúrgicas descartáveis para o preparo de dietas naturais 4- Preparar a dieta em área limpa, passando álcool na área a ser utilizada. 5- Utilizar água filtrada e fervida (25min.) para preparação da dieta. PARA DIETA INDUSTRIALIZADA Utilizar água fria Liquidificar o pó e a água por 4min. PARA DIETA NATURAL Preparadas a base de alimentos in natura, produtos alimentícios e/ou módulos de nutrientes. Requerem suplementação de vitaminas e minerais. Controle de qualidade físico-químico e microbiológica do alimento deve ser rigoroso. TGI com capacidade de digestão e absorção normais nutrientes forma intacta alimentos in natura e produtos alimentícios. Pacientes graves em situações metabólicas especiais nutrientes específicos Pacientes com risco aumentado de imunodepressão, HIV, idosos, bebes prematuros, pacientes com câncer ou em tratamento de quimioterapia e radioterapia e outros contaminação da dieta. Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 30 T° afetam composição dos lipídios Mudança de sabor > quantidades de lactonas e metilcetonas Vitamina C perdas de 30 a 100% esterilização Vitaminas lipossolúveis + termoestáveis Atenção às possíveis mudanças físico-químicas. ESTABILIDADE DOS NUTRIENTES INTERAÇÃO DROGA NUTRIENTE Acréscimo de suplementos medicamentosos nas preparações não industrializadas implica em incompatibilidade. Formação de coalhos Alterações de viscosidade Consistência Entupimento da sonda Outras incompatibilidades farmacêuticas, fisiológicas ou farmacocinéticas não visíveis QUALIDADE ANÁLISE DAS CARACTÉRICAS FÍSICO-QUÍMICAS Densidade calórica Perfil e variabilidade de nutrientes Osmolalidade pH Carga de soluto renal Aroma Sabor Resíduos Viscosidade Alteração visual da fórmula Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 31 CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS Pacientes com TNE >suscetibilidade a infecções, toxinas e contaminação alimentar Literatura NE não industrializada está associada a contaminação bacteriana Alimentos in natura suscetível a contaminação e toxiinfecção alimentar. Uso criterioso INTRODUÇÃO Início dec. de 60 e desenvolvimento em 70 Dietas utilizadas à base de caldo de carne bovina e frango Administradas via jejunostomia Intercorrências distensão abdominal, cólicas diarréias, flatulência Década de 70 Divisão de Nutrição do Instituto de Cirurgia do HC e USP criaram a dieta isosmolar, polimérica artesanal à base de soja em grão Década de 80 dietas nacionais enterais Protein Plus, Nutrogast e Lioprotein em pó Formuladas para pacientes com GI absortiva e digestiva íntegra Passaram então de artesanal para quimicamente definidas Paralelamente surgiram frascos e bolsas descartáveis garantindo a segurança do produto final As indicações e a operacionalização da TE passaram a obedecer critérios melhor definidos para a manipulação e preparo da dieta DIETAS ENTERAIS INDUSTRIALIZADAS 1) DIETAS INDUSTRIALIZADAS EM PÓ PARA CONSTITUIÇÃO VANTAGENS Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 32 DESVANTAGENS 2) DIETAS INDUSTRIALIZADAS LÍQUIDAS SEMIPRONTAS PARA USO Dietas prontas Apresenta-se em latas ou frascos de vidro com 230 a 260ml Quantidade suficiente para um horário de dieta VANTAGENS DESVANTANGENS 3) DIETAS INDUSTRIALIZADAS PRONTAS PARA USO Apresentam-se envasadas Acondicionadas em frascos de vidros ou bolsas próprias com 500 e 1000ml Diretamente acopladas no equipo VANTAGENS DESVANTAGENS Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 35 INDICADORES PARA SELEÇÃO DE DIETAS Identificação do paciente para TNE plano dietoterápico DENSIDADE CALÓRICA X QUANTIDADE DE LÍQUIDO RECOMENDADO Quantidade de calorias/mililitro de dieta pronta Dependerá do VCT do paciente x volume da dieta que deverá ser administrada durante o dia tolerância Recomendação Adulto 25 a 40ml/kg/dia Criança 50 a 60ml/kg/dia Água 690 a 860ml por litro de dieta Dietas com > densidades calóricas apresentam < quantidades de água OSMOLARIDADE E OSMOLALIDADE NUTRIENTES QUE + AFETAM A OSMOLALIDADE Carboidratos simples mono e dissacarídeos Efeito osmótico > do que CHO de > peso molecular amido Minerais e eletrólitos Na, cloreto, potássio Proteínas hidrolisadas e aa cristalinos TCM + solúveis que TCL Quanto + componentes hidrolisados > osmolalidade FÓRMULA ENTERAL X VIA E TIPO DE ADMINISTRAÇÃO DE DIETAS ENTERAIS A escolha da via de administração, tipo de infusão influenciará na escolha da formulação; Horários de administração da dieta Volume a ser infundido Velocidade de infusão Tipo de administração contínua ou intermitente gotejamento gravitacional Bomba de infusão ou em bolo Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 36 POSICIONAMENTO DA SONDA PRÉ-PILÓRICO VOLUME OSMOLALIDADE FRACIONAMENTO Depende do volume total/dia e tolerância do paciente Opção < fracionamento (4 a 6/dia) e > volume em cada tomada TEMPO DE ADMINISTRAÇÃO EQUIPAMENTOS Funil plástico gastrostomia Seringa bolo Equipos com pinça intermitente Equipo para uso de bomba de infusão contínuo PÓS-PILÓRICO VOLUME Se intermitente volume limitado 300ml/horário Paciente já adaptado OSMOLALIDADE FRACIONAMENTO TEMPO DE ADMINISTRAÇÃO Fase inicial 60 gotas/min Fase adaptada 120 gotas/min EQUIPAMENTOS Seringa bolo Equipos com pinça intermitente Equipos próprios de bomba de infusão contínuo Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 37 CARBOIDRATOS Energia 40 a 60% VCT da DE Mono, di, oligo e polissacarídeos. Principais fontes: Oligossacarídeos Lactose Verificar intolerância a lactose Intercorrências digestivas Diarréia Desconforto pós-prandial Flatulência excessiva Distensão abdominal Desnutrição deficiência de lactase nas bordas em escova e microvilosidades intestinais Chineses e negros exponencial com a doença DE geralmente são isentas de lactose poderá ser adicionada CHO variam quanto ao n° de moléculas de glicose: Monossacarídeos glicose – frutose – galactose Dissacarídeos sacarose – lactose – maltose Oligossacarídeos maltodextrinas Polissacarídeos amido Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 40 Óleo de milho Óleo de girassol Gordura Láctea Óleo de peixe TCM Óleo de coco TCM industrialmente extraído Lípides estruturados PUFA Procedentes de óleos vegetais TCM VITAMINAS E SAIS MINERAIS Podem ser classificadas em: ANORMALIDADES GASTRINTESTINAIS Mais comum Náuseas 10-25% dos pacientes Vômitos Estase gástrica pacientes diabéticos a gastroparesia diabética Refluxo gastro esofágico Distensão abdominal, Cólicas, Empachamento, Flatulência Diarréia/constipação Freqüência de 2,3 a 68% Desnutrição absortiva intestinal microvilosidades Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 41 Hipoalbuminemia da absorção retenção de líquidos na luz intestinal e a motilidade intestinal Hipoalbuminemia ministração endovenosa de albumina Contaminação da dieta Nutrição enteral + antibioticoterapia Clostridium difficile anaeróbico produz enterotoxina associada a colite e diarréia intensa. Recomendado uso de Lactobacillus acidophilus para reposição da flora intestinal Atualmente DE suplementadas com prebióticos: Frutooligossacarídeos propiciam o crescimento de bactérias resistentes no cólon metabolicamente ativas e importantes da reposição da flora intestinal Administração de Sacchoromyces boulardii reduz em 25%. Medicamentos que causam diarréia Antiácidos com magnésio, Digitais, Lactulose, Laxativos, Colchichina, Aminofilina, Propanol, Suplementos com potássio e ferro COMPLICAÇÕES METABÓLICAS Menos freqüentes Aporte adequado de água evita desidratação e hiper-hidratação Hiper-hidratação Desidratação Hiperglicemia Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 42 Hipoglicemia Suspensão súbita da dieta em pacientes hiperglicêmicos Excesso de administração de insulina Monitorar os níveis de glicemia diariamente no mesmo horário Quadro clínico sudorese e vertigem Administrar 20ml de glicose a 50% EV repetir glicemia obs Anormalidades de eletrólitos e elementos-traços Alteração da função hepática COMPLICAÇÕES MECÂNICAS Relacionadas com sonda nasoenteral: Erosão nasal, necrose e abscesso septonasal: Sondas de calibre grosso e de pouca flexibilidade Usar sondas com diâmetro 5 a 12F Utilizar sondas de silicone ou poliuretano Realizar limpeza e lubrificação das narinas Utilizar fitas adesivas apropriadas para fixar a sonda Sinusite aguda, rouquidão, otite: Faringite Esofagite, ulceração esofágica, estenose: Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 45 Administração por outras vias CONCEITOS NPT administração de todos os nutrientes necessários para a sobrevida por outras vias que não o TGI. Pode ser: NUTRIÇÃO PARENTERAL CENTRAL Administrada por meio de uma veia de grande diâmetro subclávia ou jugular interna diretamente ao coração NUTRIÇÃO PARENTERAL PERIFÉRICA Administrada através de uma veia menor mão ou antebraço INDICAÇÃO a) Pré-operatória b) Complicações cirúrgicas pós-operatórias Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 46 c) Pós-traumática d) Desordens Gastrintestinais e) Moléstia inflamatória intestinal f) Insuficiências Orgânicas g) Condições pediátricas OBS: NPT não deve ser usada rotineiramente em pacientes terminais, quando não houver esperanças de vida e do sofrimento. Câncer Pré-operatório Doença inflamatória intestinal Insuficiência renal Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 47 Pancreatite Pacientes críticos SIC Fístulas digestivas e íleo paralítico prolongado Outras QUANDO INICIAR A NP ? Deve ser indicada quando a duração prevista é por pelo menos 7 dias Iniciar tão logo seja possível Aceita-se como adequado um período de 7 a 15 dias de nutrição pré-operatória Continua até que o paciente consiga se alimentar via enteral ou oral Senão houver sinais de desnutrição não há necessidade de uso da TNP para pacientes que vão ser submetidos a tratamentos não complicados e que estão em estado nutricional adequado Caso a função gastrintestinal não se restabeleça em 5 dias após o tratamento deve-se então indicar a TNP até que a alimentação possa ser realizada via oral ou enteral Nos casos de complicações pós-operatórias que impedem o uso do TGI a TNP deve ser iniciada imediatamente. Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 50 Também por motivos farmacotécnicos não são colocados alguns aa : Outros colocados em excesso : Emulsões parenterais fornecem: PRESCRIÇÃO INICIAL Associação de aa, glicose, lípides, vitaminas, eletrólitos e minerais e um mesmo frasco Foi utilizada pela primeira vez na França em 1972 Nos EUA somente em 1982 FDA aprovou a solução A partir daí tem-se comparado Solução padrão de NPT sistema glicídico com Mistura 3 em 1 sistema lipídico que Utiliza junto com a glicose a emulsão de lípides como fonte calórica em preparação de até 40% do VCT Ambas soluções promovem balanço nitrogenado + em pacientes hipercatabólicos grande queimado e septicemia Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 51 VANTAGENS DA NPT 3 EM 1 CONTRA INDICAÇÕES DA MISTURA 3 EM 1 Em adultos pode iniciar em partes iguais de aa a 10% e glicose a 50% na velocidade de 50ml/h primeiras 24hs Se não ocorrer hiperglicemia eleva-se gradualmente a oferta até 100 a 120ml/h de acordo com seu VCT Tomar cuidado caso o paciente esteja com restrição hídrica Indivíduo hipometabólico > risco de hiperalimentação iniciar lentamente por uma semana até atingir totalmente as necessidades evitando a hipofosfatemia e insuficiência cardíaca Paciente hipermetabólico em estresse devido às rápidas perdas procura-se atingir as necessidades calóricas em 24-36hs iniciando 50ml/h e aumentando a cada 8hs FINALIZANDO A NPT Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 52 Vários tipos de cateteres são utilizados para administração NPT todos posicionam sua extremidade na veia cava superior Isso permite a administração de soluções hiperosmolares a solução infundida é diluída pelo intenso fluxo sanguíneo neste local Também útil para infusão de quimioterápicos CONTRA INDICAÇÕES RELATIVAS A PUNÇÃO VENOSA POR INTRACATH PUNÇÃO DA VEIA SUBCLÁVIA PUNÇÃO DA VEIA JUGULAR COMPLICAÇÕES DAS INSERÇÕES DE CATETERES VENOSOS CENTRAIS Pneumotórax Hemotórax Lesão do plexo braquial Hidrotórax Punção e laceração arterial Lesão do nervo frênico Lesão da traquéia Trombose venosa Embolia pulmonar Embolia gasosa Embolia do cateter ou fio guia Arritmia cardíaca Mau posicionamento do cateter Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 55 OSMOLARIDADE E QUANTIDADE DE CALORIAS DAS SOLUÇÕES DE GLICOSE E EMULSÕES LIPÍDICAS CONCENTRAÇÃO DE GLICOSE % OSMOLARIDADE mOsmL CALORIAS KCAL/L 5 278 170 10 523 340 20 1250 680 30 1569 1020 40 2092 1360 50 2615 1700 70 3660 2330 CONCENTRAÇÃO DE LIPÍDEOS % OSMOLARIDADE mOsmL CALORIAS KCAL/L 10 280 1100 20 330 2000 30 330 3000 Retirado de: Shills, 1999. VIAS DE ACESSO INÍCIO E FIM DA SP EFEITOS DA NUTRIÇÇÃO PARENTERAL SUPLEMENTADA COM GLUTAMINA E PEPTÍDEO DE GLUTAMINA Evita atrofia intestinal relacionada a trauma Melhora o ganho de peso em pacientes hematológicos Redução da internação hospitalar Melhora da sobrevida Reduz a liberação de citocinas pro inflamatórias IL8, TNF α Aumenta a expressão de citocinas antiinflamatórias IL10 Aumenta a proliferação de linfócitos Reduz a duração da dependência da NPT e ventilador em RN Melhora a imunidade Módulo I – Fisiopatologia e Dietoterapia I Profª Ms Adriana Lopes 56 OBS: Em doenças graves a capacidade antioxidante é diminuída devido à formação de radicais livres e com o suplemento de glutamina tem-se demonstrado como preservado da glutationa hepática e dos estoques de glutationa da mucosa intestinal (Hong e col., 1992; Harward e col., 1994) IMPORTÂNCIA DA GLUTAMINA EM DIFERENTES SITUAÇÕES CLÍNICAS DOENÇAS CATABÓLICAS GRAVES DISFUNÇÃO INTESTINAL SÍNDROMES DE IMUNODEFICIÊNCIA PACIENTES COM DOENÇAS MALIGNAS AVANÇADAS
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