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Guias e Dicas
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Apostila fundamentos de enf.010, Notas de aula de Administração Empresarial

Reunião de vários materiais de Enfermagem

Tipologia: Notas de aula

2010

Compartilhado em 12/10/2010

iris-marinho-jireh-o-deus-da-minha-
iris-marinho-jireh-o-deus-da-minha- 🇧🇷

4.7

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Baixe Apostila fundamentos de enf.010 e outras Notas de aula em PDF para Administração Empresarial, somente na Docsity! APOSTILA DE FUNDAMENTOS APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM 1-HISTÓRIA DA ENFERMAGEM 1.1-A ENFERMAGEM NO BRASIL E NO MUNDO A profissão de enfermagem surgiu do desenvolvimento e evolução das práticas de saúde no decorrer dos períodos históricos. As práticas de saúde maquinal foram as primeiras formas de prestação de assistência. Num estágio inicial da civilização, estas ações de enfermagem garantiam ao homem a manutenção da sua sobrevivência, estando na sua origem, associadas ao trabalho feminino, caracterizado pelo aprendizado do cuidar nos grupos nômades primitivos, tendo como pano-de-fundo as concepções evolucionistas e teológicas, Mas, como o domínio dos meios de cura passaram a significar poder, o homem, aliando este conhecimento ao misticismo, fortaleceu tal poder e apoderou-se dele.O cuidado de Enfermagem, tem como únicas referência à época em questão estão relacionadas com a prática domiciliar de partos e a atuação pouco clara de mulheres de classe social elevada que dividiam as atividades dos templos com os sacerdotes. As práticas de saúde mágico-sacerdotais fundamentavam-se em relação mística entre as práticas religiosas e de saúde primitivas realizadas pelos sacerdotes nos templos. Este período foi marcado pelo empirismo, constatada antes do surgimento do raciocínio filosófico que ocorre por volta do século V a.C. Essas ações de enfermagem sem embasamento científico permaneceu por muitos séculos a princípio, foram simultaneamente santuários e escolas, onde os conceitos primitivos de saúde eram postulados e posteriormente, desenvolveram-se escolas especiais para o ensino da arte de curar no sul da Itália e na Sicília, propagando-se pelos grandes centros do comércio, nas ilhas e cidades da costa. A herança uma série de valores que, com o passar dos tempos, foram aos poucos legitimados a aceitos pela sociedade como características inerentes à Enfermagem. A abnegação, o espírito de serviço, a obediência e outros atributos que dão à Enfermagem, não uma conotação de prática profissional, mas de sacerdócio. As práticas de saúde comprovaram a evolução das ações de saúde e, em especial, do exercício da Enfermagem no contexto dos movimentos Renascentistas e da Reforma Protestante. Corresponde ao período que vai do final do século XIII ao início do século XVI. A retomada da ciência, o progresso social e intelectual da Renascença e a evolução das universidades não constituíram fator de crescimento para a Enfermagem. Enclausurada nos hospitais religiosos, permaneceu empírica e desarticulada durante muito tempo, vindo desagregar-se ainda mais a partir dos movimentos de Reforma Religiosa e das conturbações da Santa Inquisição. O hospital, já negligenciado, passa a ser um insalubre depósito de doentes, onde homens, mulheres e crianças utilizam as mesmas dependências, amontoados em leitos coletivos. Sob exploração deliberada, considerada um serviço doméstico, pela queda dos padrões morais que a sustentava, a prática de enfermagem tornou-se indigna e sem atrativos para as mulheres de casta social elevada. Esta fase tempestuosa, que significou uma grave crise para a Enfermagem, permaneceu por muito tempo e apenas no limiar da revolução capitalista é que alguns movimentos reformadores, que partiram, principalmente, de iniciativas religiosas e sociais, tentam melhorar as condições do pessoal a serviço dos hospitais. Enfermagem, na visão do sistema político-econômico da sociedade capitalista. mostram o surgimento da Enfermagem como atividade profissional institucionalizada. Esta análise inicia-se com a Revolução Industrial no século XVI e culmina com o surgimento da Enfermagem moderna na Inglaterra, no século XIX. O avanço da Medicina vem beneficiar a reorganização dos hospitais. É na reorganização da Instituição Hospitalar e no posicionamento do médico como principal responsável por esta reordenação, que vamos encontrar as raízes do processo de disciplina e seus reflexos na Enfermagem, ao ressurgir da fase sombria em que esteve submersa até então. Os ricos continuavam a ser tratados em suas próprias casas, enquanto os pobres, além de não terem esta alternativa, tornavam-se objeto de instrução e experiências que resultariam num maior conhecimento sobre as doenças em benefício da classe abastada. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES2 2 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM • Qual a intensidade da dor? (forte, fraca ou usar escala de 1 a 10). • A dor impede a realização de alguma tarefa? • Em que hora do dia ela é mais forte? • Existe alguma coisa que o sr. faça que a dor melhore? • E que piora? • A dor é acompanhada de mais algum sintoma? Questionário direcionados ao paciente: As perguntas a serem feitas ao pacientes dividem-se em 3 tipos: abertas, focadas e fechadas. • Perguntas Abertas - As do tipo abertas devem ser feitas de tal maneira que o paciente se sinta livre para expressar-se, sem que haja nem um tipo de restrição. Ex: "O que o sr. está sentindo?" • Perguntas Focadas - As focadas são tipos de perguntas abertas, porém sobre um assunto específico, ou seja, o paciente deve sentir-se à vontade para falar, porém agora sob um determinado tema ou sintoma apenas. Ex: "Qual parte dói mais? ". • Perguntas Fechadas - As perguntas fechadas servem para que o entrevistador complemente o que o paciente ainda não falou, com questões diretas de interesse específico. Ex: "A perna dói quando o sr. anda ou quando o sr. está parado?". 2.3-EXAME FÍSICO E MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA A SUA REALIZAÇÃO O exame físico ou exame clínico é a união de técnicas e manobras médicas, usadas quando examinamos um paciente com a finalidade de diagnosticar uma patologia. Em geral é utilizada após a anamnese, o exame físico pode utilizar aparelhos médicos específicos, tais como: estetoscópio, esfigmomanômetro, termômetro, entre outros, com o intuito de realizar uma boa avaliação dos órgãos ou sistemas na procura de mudanças anatômicas ou funcionais que são resultantes de diversas patologias. O exame físico pode ser: Geral ou focal e se divide em quatro etapas: inspeção, ausculta, palpação e percussão. Essas técnicas podem ser aperfeiçoadas com paciência, prática e perseverança. 2.4-EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM-São as anotações que são realizadas no momento da internação até a alta do cliente. 1- Nível de consciência (sonolento, confuso); 2- Locomoção (acamado, deambulando); 3- PA (elevada, anotar valores SSVV); 4- Mantendo jejum (sim ou não/24hs, se não porque?); 5- Sono ou repouso (sim ou não/24hs, se não porque?); 6- Incisão cirúrgica (dreno, catéter); 7- Incisão cirúrgica abdominal (aspecto da secreção drenada); 8- Sondas (fechada ou aberta); 9- Venóclise e dispositivo de infusão (onde, tipo, periférica: IC ou SCVD); 10- Eliminações urinárias e fecais (ausente, presente, quantos dias); 11- Queixas (náuseas, dor, etc.). Exemplo 1º dia: Paciente no 1º dia de internação por DM descompensada (+) labirintite, apresenta-se calmo, consciente, contactuando, deambulando sob supervisão, corado, hidratado, afebril, normocárdio, eupnéico, hipertenso com pressão variando de 150x90-100mmHg, dextro variando entre 282 a 186 mg/dl, evolui sem queixas e sem êmese. Refere melhora da tontura. Acuidade auditiva e visual diminuída. Ausculta pulmonar com presença de murmúrios vesiculares s/ ruídos adventícios. Ausculta cardíaca BRNF. Abdômen flácido, indolor a palpação com presença de ruídos hidroaéreos, perfusão periférica normal. Mantém venóclise em MSE. Eliminações fisiológicas presentes. (seu nome).Exemplo 2º dia: paciente no 2º dia de internação por DM descompensada e labirintite, apresenta-se calmo, consciente, orientado em tempo e espaço, contactuando, deambula com auxílio, apresenta equimoses em MMSS e PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES5 5 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM MMII, pele ressecada e escamações em dorso e palma das mãos. Refere prurido em panturrilha, esporadicamente queixa-se de pele ressecada, apresenta sudorese intensa, mantém scalp salinizado em MSD, SSVV apresentando hipotermia (35.5ºC) no período da manhã. Apresenta dextro variando de 146 a 194. Refere ter dormido bem, evolui sem queixas, tontura, náuseas ou vômitos. Eliminações fisiológicas presentes (refere ter evacuado às 22 horas de ontem). (seu nome). 2.5-NORMAS E ROTINAS DE ENFERMAGEM 6.1- ANOTAÇÕES: A anotação de enfermagem é um tema que tem interessado os enfermeiros assistenciais e docentes. Vários estudos têm sido desenvolvidos no intuito de avaliar os conteúdos destes registros. IMPORTÂNCIA DA ANOTAÇÃO: que a anotação é uma das formas de comunicação entre os indivíduos envolvidos no cuidado; ressalta sua importância na educação do pessoal da área de saúde, na pesquisa, nas razões administrativas e nos aspectos legais e acrescenta o papel relevante que apresenta no processo de tomada de decisão. Objetivos -Elaborar um roteiro norteador de anotação de enfermagem segundo o referencial teórico de Dugas (1984). -Promover um treinamento da equipe de enfermagem fundamentado no roteiro elaborado. -Analisar os conteúdos dos registros da equipe de enfermagem tendo como referencial o roteiro proposto. -Comparar o conteúdo dos registros da pesquisa anterior (LOURENÇO et al, 2000) com o conteúdo dos registros da pesquisa atual. 2.6 PROBLEMAS IDENTIFICADOS NAS ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM • Baixo índice de anotações, • anotações incompletas focadas em prescrições medicas e em rotinas pré estabelecidas. • autores, apontam que analisando conteúdos de anotações encontraram um conteúdo "pobre " tanto no aspecto quantitativo como no qualitativo (MATOS et al,1998). • Apesar da enfermagem reconhecer os registros como importantes, estes não têm sido revistos e orientados para atender as suas funções. • O objetivo específico do porque das anotações devem ser atendido através da escrita no documento prontuário , os elementos da equipe de enfermagem parecem não perceber a importância do conteúdo de suas informações para o processo decisório referente ao cuidado ao paciente. • Os registros enfatizam as atividades médicas; o enfoque dos registros da equipe de enfermagem se fundamentava no processo saúde/doença, principalmente na área psicobiológica; os registros davam ênfase nos cuidados rotineiros executados pela equipe, tornando-se anotações repetitivas nos diversos turnos de trabalho; baixo índice de registro na categoria ensinamentos recebidos pelo paciente, levando-nos a inferir que a equipe de enfermagem não valoriza e até mesmo se omite em relação ao seu papel educativo. Fernandes (1989) esta autora propõe como sugestão para um conteúdo mínimo de anotações : as condições gerais do paciente, seu estado mental e humor, condições físicas, PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES6 6 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM sinais e sintomas, drenos, sondas, cateteres além do dados referentes às necessidades humanas básicas. 2.7ANOTAÇÃO NO PRONTUÁRIO DO PACIENTE SERVE PARA OBSERVAR AS: 1) As medidas terapêuticas executadas pelos vários membros da equipe de saúde; 2) As medidas prescritas pelo médicos e executadas 3) pela enfermagem; 4) 3) Procedimentos de enfermagem não prescritos pelo médico, porém executados pela enfermeira, para atender às necessidades específicas de um paciente; 5) O comportamento e outras observações relativas ao paciente, consideradas pertinentes à saúde; 6) Respostas específicas do paciente à terapia e à assistência; 7) O registro dos ensinamentos recebidos pelos pacientes Anotação de Enfermagem Deve abranger todos os cuidados prestados como: Verificação dos sinais vitais; Banho (leito ou chuveiro, c/ ou s/ auxílio); Massagem de conforto; Troca de curativos (tipo, local, aberto ou fechado); Aceitou ou não o desjejum; Exemplo 1º dia: 08:00hs: paciente consciente, orientado em tempo e espaço, contactuando, corado, hidratado, pele íntegra, deambula sob supervisão, mantém venóclise em MSE, realizado dextro (186mg/dl), aceitou parcialmente o desjejum, refere ter dormido em. Diurese (+) espontânea. Fezes (-) ausente. Exemplo 2º dia: 08:20hs: paciente consciente, orientado em tempo e espaço, calmo, corado, deambula sem auxílio da enfermagem, apresenta equimoses em MMSS e MMII, pele ressecada e descrita isquemação nas mãos. Mantém scalp salinizado em MSD, sudorese intensa e prudiro em panturrilha. Aceitou totalmente o desjejum, refere ter evacuado a noite e ter dormido bem. (seu nome). Anexo (Roteiro norteador de anotação de enfermagem) 1. Comportamento e observações relativas ao paciente Nível de consciência / Estado emocional / Integridade da pele e mucosa / Hidratação / Aceitação de dieta Manutenção venóclise / Movimentação / Eliminação / Presença de cateteres e drenos 2. Cuidados prestados aos pacientes prescritos ou não pelo enfermeiro Mudança de decúbito / Banho / Curativos / Retirada de drenos, etc 3. Medidas prescritas pelo médico e prestadas pela enfermagem Repouso / Sentar fora do leito/ Trendelemburg / Uso de colete/faixas / Recusa de medicação ou tratamento 4. Respostas específicas do paciente a terapia e assistência PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES7 7 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM O bulbo do termômetro deve ser colocado sob a axila seca e o profissional deve requerer ao paciente que disponha o braço sobre o peito, com a mão em direção ao ombro oposto. 1. Manter o termômetro pelo tempo indicado, lembrando que duas leituras consecutivas com o mesmo valor reflete um resultado bastante fidedigno. 2. Para a leitura da temperatura, segurar o termômetro ao nível dos olhos, o que facilita a visualização. 3. Após o uso, a desinfecção do termômetro deve ser realizada no sentido do corpo para o bulbo, obedecendo o princípio do mais limpo para o mais sujo, mediante lavagem com água e sabão ou limpeza com álcool a 70% - processo que diminui os microrganismos e a possibilidade de infecções cruzadas. 3.5.2- Controlando o Pulso Também consideradas como importante parâmetro dos sinais vitais, as oscilações da pulsação, verificadas através do controle de pulso, podem trazer informações significativas sobre estado do paciente. Porque da verificação esta manobra, denominada controle de pulso, é possível porque o sangue impulsionado do ventrículo esquerdo para a aorta provoca oscilações ritmadas em toda a extensão da parede arterial, que podem ser sentidas quando se comprime brandamente a artéria contra uma estrutura dura. Assim como a freqüência, é importante advertir o ritmo e força que o sangue exerce ao passar pela artéria. Há fatores que podem provocar alterações passageiras na freqüência Cardíaca: São as emoções, os exercícios físicos e a alimentação.Lembrando que ao longo do ciclo vital seus valores vão se modificando, sendo maiores em crianças e menores nos adultos. Freqüências da Pulsação normal : 1. freqüência do pulso no recém-nascido é, em média, de 120 batimentos por minuto (bpm), podendo chegar aos limites de 70 a 170 bpm 2. -Aos 4 anos, a média aproxima-se de 100 bpm, variando entre 80 e 120 bpm, assim se mantendo até os 6 anos; 3. a partir dessa idade e até os 12 anos a média fica em torno de 90 bpm, com variação de 70 a 110 bpm. 4. Aos 18 anos, atinge 75 bpm nas mulheres e 70 bpm nos homens. 5. A partir da adolescência observamos nítida diferenciação entre o crescimento físico de mulheres e homens, o que influencia a freqüência do pulso: 6. na fase adulta, de 65 a 80 bpm nas mulheres e de 60 a 70 bpm, nos homens. Habitualmente, faz-se a verificação do pulso sobre a artéria radial e, eventualmente, quando o pulso está filiforme, sobre as artérias mais calibrosas - como a carótida e a femoral. Outras artérias, como a temporal, a facial, a braquial, a poplítea e a dorsal do pé também possibilitam a verificação do pulso. O pulso normal - denominado normocardia - é regular, ou seja, o período entre os batimentos se mantém constante, com volume perceptível à pressão moderada dos dedos. • O pulso apresenta as seguintes alterações: . bradicardia: freqüência cardíaca abaixo da normal; . taquicardia: freqüência cardíaca acima da normal; . taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico; . bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico; PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES10 10 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM Cuidados na verificação da Pulsação . Verificando a pulsação Material necessário: . relógio . papel e caneta A pulsação da artéria radial pode ser verificada exercendo moderada pressão dos dedos médio e indicador sobre o rádio e o polegar oposto a estes dedos sobre a parte posterior dos punhos (movimento de preensão). O profissional não deve usar o polegar para fazer a palpação do pulso, pois pode vir a confundir sua própria pulsação com a do paciente. Contar o número de pulsações por um minuto, observados no relógio na outra mão. Registrar o procedimento, destacando as características observadas. 3.5.3-Controlando a P.A A pressão arterial é um indicador importante na avaliação do doente. . Pressão Arterial: A pressão arterial resulta da tensão que o sangue exerce sobre as paredes das artérias e depende: a) do débito cardíaco relacionado à capacidade de o coração impulsionar sangue para as artérias e do volume de sangue circulante; b) da resistência vascular periférica, determinada pelo lúmen (calibre), elasticidade dos vasos e viscosidade sangüínea, traduzindo uma força oposta ao fluxo sangüíneo; c) da viscosidade do sangue, que significa, em outros termos, sua consistência resultante das proteínas e células sangüíneas. O controle compreende a verificação da pressão máxima ou sistólica e da pressão mínima ou diastólica, registrada em forma de fração ou usando-se a letra x entre a máxima e a mínima. Por exemplo, pressão sistólica de 120mmHg e diastólica de 70mmHg devem ser assim registradas: 120/70mmHg ou 120x70mmHg. O resultado real da verificação de Pressão Arterial se faz quando : • o indivíduo esteja em repouso por 10 minutos ou isento de fatores estimulantes (frio, tensão, uso de álcool, fumo). Hipertensão arterial é o termo usado para indicar pressão arterial acima da normal; e hipotensão arterial para indicar pressão arterial abaixo da normal. • Quando a pressão arterial se encontra normal, dizemos que está normotensa. A pressão sangüínea geralmente é mais baixa durante o sono e ao despertar. A ingestão de alimentos, exercícios, dor e emoções como medo, ansiedade, raiva e estresse aumentam a pressão arterial. Habitualmente, a verificação é feita nos braços, sobre a artéria braquial. • A pressão arterial varia ao longo do ciclo vital, aumentando conforme PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES11 11 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM a idade. • Crianças de 4 anos podem ter pressão em torno de 85/ 60mmHg; aos 10 anos, 100/65mmHg. • Nos adultos, são considerados normais os parâmetros com pressão sistólica variando de 90 a 140mmHg e pressão diastólica de 60 a 90mmHg. . Cuidado de Enfermagem na Verfificação de pressão Verificando a pressão arterial Material necessário: . estetoscópio . esfigmomanômetro . algodão seco . álcool a 70% . caneta e papel Antes e após a realização do procedimento deve-se realizar a desinfecção do diafragma e olivas do estetoscópio promovendo a autoproteção e evitando infecção cruzada. Cuidados para medirmos um a pressão arterial adequadamente:, 1. o braço do paciente deve estar apoiado ao nível do coração; 2. o manguito deve ser colocado acima da prega do cotovelo, sem folga, e a colocação do diafragma sobre a artéria braquial não deve tocar a borda inferior do manguito. 3. O tamanho do manguito deve ser adequado à circunferência do braço. 4. Na verificação da pressão arterial, insuflar o manguito rapidamente e desinsuflá-lo lentamente. O som do primeiro batimento corresponde à pressão sistólica (máxima) e o desaparecimento ou abafamento do mesmo corresponde à pressão diastólica (mínima). 5. Não realizar o procedimento em membros com fístulas artério-venosa e cateteres venosos, para evitar estase sangüínea e risco de obstrução da fístula ou cateteres. 6. Se houver a necessidade de repetição do exame, retirar todo o ar do manguito e aguardar cerca de 20 a 30 segundos para restabelecer a circula ção sangüínea normal e promover nova verificação. 7. O limite normal de diferença entre a pressão sistólica e diastólica é de 30 a 50mmHg. Atualmente, muitos serviços utilizam aparelhos eletrônicos que não necessitam de estetoscópio; a inflação e deflação do manguito é automática e os valores pressóricos são apresentados no visor.Porém devemos aprender a medicação no aparelho manual pois somos profissionais e temos que saber os mais variados modelos de aparelhos e como operacioná-los. 3.5.4-Controlando a freqüência respiratória O controle da freqüência respiratória rotina é realizado em seguida ao controle do pulso, para impedir que o paciente perceba e exerça controle voluntário. Ficando-se na mesma posição adotada para o controle de pulso, contar o número de respirações no período de um minuto, observando-se os movimentos torácicos. Cada movimento respiratório compreende o movimento de inspiração e expiração. Valores normais : 1. Em um indivíduo adulto, os valores normais variam entre 14 e 20 respirações por minuto. 2. É importante observar características que indicam normalidade da respiração, como intervalos regulares entre a inspiração e expiração, movimento torácico simétrico, ausência de esforço e ruído. O padrão respiratório de uma pessoa pode sofrer alterações fisiológicas em algumas situações, como na realização de esforços físicos ,estresse emocional ou durante o choro. Os principais tipos de alterações respiratórias são: • bradipnéia - freqüência respiratória abaixo da normal; • . taquipnéia - freqüência respiratória acima da normal; • . dispnéia - dificuldade respiratória; • . ortopnéia - respiração facilitada em posição vertical; • . apnéia - parada respiratória; • . respiração de Cheyne Stokes - caracteriza-se por aumento gradual na profundidade das respirações, seguido de decréscimo gradual dessa profundidade, com período de apnéia subseqüente;. respiração estertorosa - respiração ruidosa. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES12 12 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM 4.2-BANHO NO LEITO Material: Equipamentos da cama: colcha, cobertor, 01 lençol de cima, lençol móvel, 01 impermeável, 01 lençol de baixo, fronha, seguindo esta ordem; Luvas de procedimento; 01 toalha de rosto; 01 toalha de banho; 02 luvas de banho ou compressas; 01 camisola; 02 bacias de banho ou balde; jarro de água quente; 01 sabonete anti-séptico; comadre ou papagaio; biombo s/n; saco de hamper. Procedimento: colocar o biombo s/n; fechas janelas e portas; desocupar a mesa de cabeceira; oferecer comadre ou papagaio antes de iniciar o banho; desprender a roupa de cama, retirar a colcha, o cobertor, o travesseiro e a camisola, deixando-o protegido com o lençol; abaixar a cabeceira da cama caso seja possível; colocar o travesseiro sobre o ombro; ocluir os ouvidos; colocar a bacia sob a cabeça; lavar os cabelos; fazer higiene oral; calcar as luvas de procedimento; molhar as luvas de banho retirando o excesso de água; lavar os olhos do paciente do ângulo interno; lavar os olhos do paciente do ângulo interno para o externo; utilizar água limpa para lavar cada olho; ensaboar pouco e secar com a toalha de rosto; colocar a toalha de bano sob um dos braços do paciente e lavá-lo no sentido do punho para as axilas em movimentos longos; enxaguar e secar com a toalha de banho; repetir a operação com o outro braço; 4.3-Lavando os cabelos e o couro cabeludo A lavagem dos cabelos e do couro cabeludo visa proporcionar higiene, conforto e estimular a circulação do couro cabeludo. Quando o paciente não puder ser conduzido até o chuveiro, esta tarefa deve ser realizada no leito. • O procedimento a seguir descrito é apenas uma sugestão, considerando-se que há várias formas de realizá-lo. Material necessário: . dois jarros com água morna . sabão neutro ou xampu . duas bolas de algodão . pente . toalha grande de banho (duas, caso necessário) . balde . bacia . luvas de procedimento . impermeável / saco plástico 2. Antes de iniciar o procedimento, certifique-se de que não haja contra- indicações ou prescrição de cuidados especiais, como nos casos de pacientes graves, submetidos a cirurgias de cabeça e pescoço ou com traumatismo raquimedular. 3. Previamente à lavagem, proteger os ouvidos do paciente com bolas de algodão, visando evitar a entrada de água. Para facilitar o procedimento e evitar a fadiga, o paciente deve ser posto em decúbito dorsal, com um travesseiro ou coxim sob os ombros; a cama deve estar forrada com oleado impermeável e toalha, e a bacia mantida sob a cabeça. 4. No intuito de propiciar conforto ao paciente, moderar, no enxágüe, a quantidade de água, mas cuidar para que todo o sabão seja removido. Realizar movimentos de fricção do couro cabeludo, para estimular a circulação. 5. Após a lavagem, retirar, com a toalha, o excesso de água dos cabelos e providenciar a secagem. Manter a organização da unidade e registrar as observações realizadas. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES15 15 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM 5-PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM A ENFERMAGEM Fonte de infecção relacionada à equipe de saúde A equipe de saúde tem importante papel na cadeia de transmissão da infecção hospitalar ou domiciliar.As práticas adotadas para sua prevenção visam controlar a propagação de microrganismos que habitam o ambiente hospitalar e diminuir os riscos do paciente vir a adquirir uma infecção. 5.1-LAVAGEM DAS MÃOS Técnica de lavagem das mãos Para que a lavagem das mãos seja eficaz, faz-se necessário utilizar uma técnica apropriada para a remoção mecânica da sujidade, suor, células descamativas e microrganismos transitórios em todas as partes da mão: palma, dorso, espaços interdigitais, unhas e punhos. Visando evitar contaminação durante o processo, antes de iniciar a lavagem das mãos devem ser retirados objetos como anéis, pulseiras e relógio de pulso. Preferencialmente, utilizar sabão líquido, pois o sabão em barra facilmente se torna meio de contamina- ção. Outro cuidado adicional é evitar que, durante a lavagem, as mãos entrem em contato direto com a pia. Para uma lavagem adequada das mãos deve-se, após molhá-las e colocar o sabão, fazer os seguintes movimentos: friccionar palma contra palma (figura 1), palma direita sobre o dorso da mão esquerda, com os dedos entremeados (figura 2) e vice-versa, palma contra palma, friccionando a região interdigital com os dedos entremeados (figura 3), dedos semi-fechados em gancho da mão esquerda contra a mão direita (figura 4) e vice-versa, movimento circular do polegar direito (figura 5) e esquerdo, movimento circular para a frente e para trás com os dedos fechados da mão direita sobre a palma da mão esquerda (figura 6) e vice-versa. O processo de fricção repetida deve ser realizado com as mãos e os antebraços voltados para baixo, evitando-se que o sabão e a água, já sujos, retornem às áreas limpas. Cinco fricções de cada tipo são suficientes para remover mecanicamente os microrganismos. Após esse processo, as mãos não devem ser enxagüadas em água corrente, mas sim posicionadas sob a torneira com os dedos voltados para cima, de modo que a água escorra das mãos para os punhos. Após a lavagem, mantendo os dedos voltados para cima, secar as mãos com papel-toalha descartável, começando pelas mãos e, depois, os antebraços. O uso de sabão é suficiente para a lavagem rotineira das mãos. Em situações especiais, como surtos de infecção ou isolamento de microrganismo multirresistente, seguir as orientações do setor responsável pela prevenção e controle de infecção hospitalar. A lavagem das mãos é de extrema importância para a segurança do paciente e do próprio profissional, haja vista que, no hospital, a disseminação de microrganismos ocorre principalmente de pessoa para pessoa, através das mãos. 5.2-CALÇANDO AS LUVAS Luvas esterilizadas e de procedimento PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES16 16 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM Outra barreira utilizada para o controle da disseminação de microrganismos no ambiente hospitalar são as luvas, esterilizadas ou não, indicadas para proteger o paciente e o profissional de contaminação. • As luvas esterilizadas, denominadas luvas cirúrgicas, são indicadas para a realização de procedimentos invasivos ou manipulação de material estéril, impedindo a deposição de microrganismos no local. Exemplos: cirurgias, suturas, curativos, cateterismo vesical, dentre outros. As luvas de procedimento são limpas, porém não esterilizadas, e seu uso é indicado para proteger o profissional durante a manipulação de material, quando do contato com superfícies contaminadas ou durante a execução de procedimentos com risco de exposição a sangue, fluidos corpóreos e secreções. • Não há nenhum cuidado especial para calçá-las, porém devem ser removidas da mesma maneira que a luva estéril, para evitar que o profissional se contamine. • Calçando e descalçando luvas estéreis 1. Antes de qualquer coisa, ressalte-se que a luva deve ter um ajuste adequado, cuja numeração corresponda ao tamanho da mão. Abra o pacote de luvas posicionando a abertura do envelope para cima e o punho em sua direção (figura 1). 2. Toque somente a parte externa do pacote, mantendo estéreis a luva e a área interna do pacote. 3. Segure a luva pela dobra do punho, pois é a parte que irá se aderir à pele ao calçá-la, única face que pode ser tocada com a mão não-enluvada (figura 1) - desta forma, sua parte externa se mantém estéril (figura 2). 4. Para pegar a outra luva, introduza os dedos da mão enluvada sob a dobra do punho (figura 3) e calce-a, ajustando- a pela face externa (figuras 4 e 5). 5. Calçando a luva, mantenha distância dos mobiliários e as mãos em nível mais elevado, evitando a contaminação externa da mesma. 6. Após o uso, as luvas estão contaminadas. Durante sua retirada a face externa não deve tocar a pele. Para que isto não ocorra, puxe a primeira luva em direção aos dedos, segurando-a na altura do punho com a mão enluvada (figura 6); 7. em seguida, remova a segunda luva,segurando-a pela parte interna do punho e puxando- a em direção aos dedos (figura 7).Esta face deve ser mantida voltada para dentro para evitar auto-contaminação e infecção hospitalar. 8. Se não houver disponibilidade de papel-toalha, antes de fechar o fluxo de água deve-se despejar água com as mãos em concha sobre a torneira ensaboada - procedimento que assegurará que as mãos, já limpas, toquem apenas a superf ície também limpa da torneira. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES17 17 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM que 60% por mais de 48 horas, causa dispnéia progressiva, tosse, dor retroesternal, diminuição da complacência pulmonar e hipoxemia.. • Algumas patologias gástricas, hipoventilação e Hipotensão. 2-INCUBADORAS Para aumentar a taxa de sobrevivência dos recém-nascidos prematuros, coloca-se os mesmos em câmaras fechadas, com temperatura mantida em uma faixa específica, o que diminui os requisitos de consumo de oxigênio e os mantém aquecidos. O mesmo procedimento também é indicado para bebês nascidos a termo, mas que estejam doentes. A incubadora é um dispositivo com uma câmara fechada e transparente, que mantém o recém-nascido em um ambiente controlado de modo que seja favorável: Ao seu crescimento; − Ao seu desenvolvimento; − A sua resistência às doença; − E finalmente a sua sobrevivência. Os elementos deste ambiente que podem ser controlados incluem: − Temperatura; − Umidade; − Circulação de ar; − Oxigênio; − Luz. Regra geral Numa incubadora fechada, aquecida por convecção e bem umidificada, com paredes simples de Plexiglass, a temperatura ambiente percebida pelo recém nascido é aproximadamente 1ºC menor que a temperatura do ar medida no meio da câmara, para cada 7ºC de diferença entre a temperatura do ar da incubadora e a temperatura do ar da sala onde está a incubadora. Ambiente termicamente neutro Definição aproximada de ambiente termicamente neutro: ambiente onde existe um conjunto de condições térmicas que estabelece para o recém nascido, um estado metabólico mínimo e mantém a temperatura de seu corpo dentro da faixa normal. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES20 20 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM (1) recém nascido desprotegido, perde calor por condução, convecção, evaporação e radiação. - (2) Um aquecedor radiante elimina as perdas por radiação e condução, mas não a causada por convecção e evaporação. - (3) Uma incubadora aquecida por convecção e não umidificada, elimina as perdas por convecção e condução, mas não as causadas por radiação e evaporação. - (4) A umidificação de uma incubadora aquecida por convecção elimina a maioria das perdas, exceto as perdas por radiação. - (5) Utilizando um aquecedor radiante para aquecer uma incubadora ventilada por convecção e umidificada eliminaria todas as fontes de perda de calor da pele do recém nascido. - (6) A temperatura normal do recém nascido pode ser assegurada pela adição de um controlador, de modo a acionar um aquecedor radiante sempre que a temperatura da pele do recém nascido caia abaixo de um certo valor. Incubadoras Abertas ou Berço Aquecido (figura 5, (1) e (2)): - Possuem paredes baixas para impedir que o recém nascido caia; - Podem ser aquecidas utilizando um aquecedor radiante focalizado na área do colchão; - Normalmente são denominadas incubadoras irradiantes abertas, camas aquecidas irradiantes, berços aquecidos ou aquecedores irradiantes; - Permitem visualização direta e acesso fácil ao recém nascido. - Devido aos riscos e limitações associados ao seu uso, não devem ser consideradas como substitutas das incubadoras fechadas para todas as situações envolvendo recém nascidos (Veja também texto sobre Berços Aquecidos). Incubadoras Fechadas (figura 5 (3), (4) e (5)): - Quando são aquecidas usando uma ventoinha para forçar o ar sobre o elemento aquecedor antes de entrar na câmara do recém nascido, são chamadas de incubadoras de convecção forçada. - Existem modelos que utilizam colchão com água quente para aquecer o recém nascido. As incubadoras fechadas podem ainda ser móveis, para serem utilizadas dentro do ambiente hospitalar, ou de transporte, para permitir o transporte em veículos de emergência, por terra e por ar. - As incubadoras de transporte, além de fonte de alimentação confiável, também devem obedecer às exigências necessárias para transporte por terra e ar, possuir isolação térmica e de barulho e vibração, e também gerar interferência eletromagnética limitada para permitir transporte em aeronaves. - As incubadoras de transporte são tipicamente menores e mais leves que as incubadoras estacionárias/móveis, para facilitar sua colocação e retirada de veículos de emergência. Sobre-temperatura PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES21 21 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM Na figura 6 é mostrada a variação da temperatura do ar e da pele do recém nascido. Na primeira parte do traçado (aproximadamente 2,5 horas de duração) o controle de temperatura é feito através da temperatura do ar. Na segunda parte do traçado o controle de temperatura foi feito através da temperatura da pele do recém nascido. Oxigenação: é controlada por fluxômetros mecânicos. Níveis altos de oxigênio devem ser controlados precisamente e indicados com grande visibilidade, pois a hiperoxia pode causar a cegueira de recém nascidos decorrente da fibroplasia retrolental (formação de tecido fibroso atrás das lentes, com descolamento da retina). Níveis inadequadamente baixos levam à hipóxia ou falta de oxigênio. É importante que a entrada de oxigênio seja feita antes do aquecedor, pois assim o oxigênio tem influência menor no controle de temperatura. Controle de posicionamento do recém nascido: deve permitir ao operador colocar o recém nascido nas posições adequadas (“trendelemburg”, horizontal 3-OXIGÊNIO FONTES DE OXIGÊNIO Existem três tipos de fonte de oxigênio disponíveis: cilindro, concentrador e oxigênio líquido, sendo que o oxigênio é sempre mesmo, não importa o tipo de fonte. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES22 22 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM 8-PRINCIPAIS EXAMES LABORATORIAIS RADIOLÓGICOS E ESPECIALIZADOS 7.1-ELETROCARDIOGRAMA : O eletrocardiograma (ECG) registra a atividade elétrica do coração, permitindo diagnosticar uma vasta gama de distúrbios cardíacos. Eletrodos são conectados aos pulsos, tornozelos e peito. São ativados 2 eletrodos de cada vez. Cada registro representa a atividade elétrica de uma região do coração. Quando auxiliar este procedimento, oriente a pessoa a ficar relaxada e imóvel, isto poderá acalmá-la. 7.2- Hollter – É o aparelho utilizado para registrar a atividade elétrica do coração durante 24 horas. 7.3-Cintilografia miocárdica – Consiste na introdução de radioisótopos (substâncias detectadas por radiação) por via intravenosa com o objetivo de detectar o infarto agudo do miocárdio. 7.4-Cateterismo cardíaco – Consiste na introdução de um ou mais cateteres pelas artérias até o coração, a fim de medir as pressões nas diversas câmaras do mesmo. 7.5-Endoscopia - É o método de escolha para a avaliação do trato digestivo superior. Permite determinar a presença de sangramento ativo ou recente. 7.6-A angiografia, a tomografia computadorizada, a cintilografia, a punção lombar e o Dopller ultra-sônico de carótidas são exames que têm por finalidade definir o tipo de AVC, a extensão e a localização da lesão e decidir se o tratamento será clínico e ou cirúrgico. A existência de distúrbios motores de um lado do corpo costuma refletir lesão do lado oposto do cérebro. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES25 25 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM 7.8-Eletroencefalograma - É o registro da atividade elétrica gerada pelo encéfalo que demonstra os potenciais elétricos sob a forma de ondas. 7.9-Arteriografia cerebral – Consiste na introdução de contraste em uma artéria para a visualização da circulação intracraniana. 7.10-Dopller transcraniano – Utilizado para a visualização da circulação na região das carótidas. A vantagem deste exame é que, por se tratar de um método não-invasivo, ele pode ser feito à beira do leito da pessoa, assim como oeletroencefalograma. 7.11 -EXAMES A NÍVEL LABORATORIAL : 1. GLICEMIA –Mede a dosagem de glicose na corrente sanguínea; 2. TESTE DE TOLERÂNCIA DA GLICOSE : Mede a taxa de glicose no sangue quando o paciente está alimentado. 3. O T3 e o T4 –São exames que diagnosticam a hipo e a Hipertireoide como hormônios tireoideanos.Eles têm como função controlar o metabolismo, a divisão e o crescimento normal das células,são exames de taxa hormonais . 4. Calcitonina é responsável pelo depósito de cálcio nos ossos, exame realizado para descobrir a taxa de cálcio no sangue. 5. Os exames hematológicos incluem pesquisa de hemoglobina e hematócrito, estudos dos leucócitos, nível sérico de ferro, vitamina B12, tempo de sangramento e de coagulação. Hematócrito - É um teste que possibilita aferir o volume percentual de hemácias presente em amostra de sangue. 6. ELISA (Enzyme Linked Imuno Sobernt Asxy) – É um método de custo relativamente baixo e de fácil realização, amplamente utilizado como teste inicial para detecção de anticorpos específicos contra o HIV. 7. EAS –Exame rotina de urina 8. BETA HCG –Determina a gravidez é feito no sangue 9. Urocultura –Exame feito in vitro de cultura de urina , para determinar o agente causador da infecção . 8-NORMAS TÉCNICAS E ROTINAS PARA A COLETA DE EXAME 81 AMOSTRAS BIOLÓGICAS: São consideradas amostras biológicas de material humano para exames laboratoriais: sangue urina, fezes, suor, lágrima, linfa (lóbulo do pavilhão auricular, muco nasal e lesão cutânea), escarro, esperma, secreção vaginal, raspado de lesão epidérmico (esfregaço) mucoso oral, raspado de orofaringe, secreção de mucosa nasal (esfregaço), conjuntiva tarsal superior (esfregaço), secreção mamilar (esfregaço), secreção uretral (esfregaço), swab anal, raspados de bubão inguinal e anal/perianal, coleta por escarificação de lesão seca/ swab em lesão úmida e de pêlos e de qualquer outro material humano necessário para exame diagnóstico. 8.2 LABORATÓRIOS DE ANÁLISES: São estabelecimentos destinados à coleta e ao processamento de material humano visando a realização de exames e testes laboratoriais, que podem funcionar em sedes próprias independentes ou, ainda, no interior ou anexadas a estabelecimentos assistenciais de saúde, cujos ambientes e áreas específicas obrigatoriamente devem constituir conjuntos individualizados do ponto de vista físico e funcional. -PROCEDIMENTOS TÉCNICOS ESPECIAIS: ٠ A execução de procedimentos de coleta de material humano que exijam a prévia administração, por via oral, de quaisquer substâncias ou medicamentos, deverá ser supervisionada, "in loco", por profissionais de nível superior pertencentes aos quadros de recursos humanos dos estabelecimentos. ٠ Os procedimentos de que trata o item anterior, que sejam de longa duração e que exijam monitoramento durante os processos de execução, deverão ser supervisionados. 8.- BIOSSEGURANÇA: Entende-se como incorporação do princípio da biossegurança, a adoção de um conjunto de medidas voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de prestação de serviços, produção, ensino, pesquisa e desenvolvimento tecnológico, que possam comprometer a saúde do homem, o meio ambiente e, ainda, a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES26 26 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI e Equipamento de Proteção Coletiva – EPC, destinam-se a proteger os profissionais durante o exercício das suas atividades, minimizando o risco de contato com sangue e fluidos corpóreos. -São EPI: óculos, gorros, máscaras, luvas, aventais impermeáveis e sapatos fechados e, são EPC: caixas para material pérfurocortante, placas ilustrativas, fitas antiderrapante, etc... . Os técnicos dos postos de coleta devem usar avental, luvas e outros EPI que devem ser removidos e quando passiveis de esterilização, guardados em local apropriado antes de deixar a área de trabalho. Deve-se usar luvas de procedimentos, adequadas ao trabalho em todas as atividades que possam resultar em contato acidental direto com sangue e materiais biológicos. Depois de usadas as luvas devem ser descartadas. ATENÇÃO !: ➲ Observar a integridade do material; quando alterada solicitar substituição. ➲ Manter cabelos presos e unhas curtas. ➲ Não usar adornos (pulseiras, anel, relógio, etc...). ➲ Observar a obrigatoriedade da lavagem das mãos. 8.4-ORIENTAÇÕES AO USUÁRIO QUANTO AO PREPARO E REALIZAÇÃO DO EXAME: É importante esclarecer com instruções simples e definidas, as recomendações gerais para o preparo dos usuários para a coleta de exames laboratoriais, a fim de evitar o mascaramento de resultados laboratoriais. - Importante informar e fornecer: a) - Dias e horário de coleta da unidade b) - Preparos necessários quanto à necessidade ou não de: jejum, dieta, abstinência sexual, atividade física, medicamentos. c) - Em casos de material colhido no domicilio a unidade deverá fornecer os frascos com identificação do material a ser colhido d) - Certificar-se de que o usuário entendeu a orientação e anexá-la ao pedido de exame. 9.4.1-Fatores que podem influenciar nos resultados: a) - JEJUM - Para a maioria dos exames um determinado tempo de jejum é necessário e pode variar de acordo com o exame solicitado devendo - consultar o quadro: “EXAMES DE SANGUE SOLICITADOS NAS UNIDADES DE SAÚDE SMS”. - Vale lembrar também, que o jejum prolongado (mais que 12 horas para o adulto),pode levar à alterações nos exames, além de ser prejudicial à saúde. Água pode ser tomada com moderação. O excesso interfere nos exames de urina. b) - DIETA - Alguns exames requerem a uma dieta especial antes da coleta de amostra (ex: pesquisa de sangue oculto), caso contrário os hábitos alimentares devem ser mantidos para que os resultados possam refletir o estado do paciente no dia- a - dia. c) - ATIVIDADES FÍSICAS -Não se deve praticar exercícios antes dos exames, exceto quando prescrito. Eles alteram os resultados de muitas provas laboratoriais, principalmente provas enzimáticas e bioquímicas. Por isso, recomenda-se repouso e o paciente deve ficar 15 minutos descansando antes da coleta. d) - MEDICAMENTOS - A Associação Americana de Química Clínica, além de alguns outros pesquisadores brasileiros, mantém publicações completas em relação às interferências de medicamentos sobre os exames. Por outro lado, alguns pacientes, não podem suspender as medicações devido a patologias específicas. e) - FUMO - Orientar o usuário a não fumar no dia da coleta. O tabagismo crônico altera vários exames como: leucócitos no sangue, lipoproteínas, atividades de várias enzimas, hormônios, vitaminas, marcadores tumorais e metais pesados. f) - BEBIDA ALCOÓLICA - Recomenda-se não ingerir bebidas alcoólicas durante pelo menos 3 (TRÊS) dias antes dos exames. O álcool, entre outras alterações, afeta os teores de enzimas hepáticas, testes de coagulação, lipídios e outros. G) - DATA DA MENSTRUAÇÃO OU TEMPO DE GESTAÇÃO PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES27 27 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM Técnica 1. _ Seguir a técnica asséptica de aspiração 2. _ Ao retirar a sonda de aspiração, o material colhido deve ser colocado em frasco de boca larga estéril ou se escasso, cortar a extremidade distal da sonda (± 5 cm) com auxílio de material estéril (lâmina ou tesoura) e colocá-la em frasco seco e estéril. 1. _ Anotar o horário, identificar o frasco e enviar imediatamente ao laboratório. • Secreção de Orofaringe (swab) O principal objetivo é a recuperação do Streptococcus pyogenes. Técnica 1. _ Orientar higiene oral não utilizando anti-séptico ou pasta dental 2. _ Explicar o procedimento ao paciente e orientá-lo a abrir bem a boca 3. _ Usar abaixador de língua e fazer esfregaços sobre as amígdalas e faringe posterior, usando swab evitando tocar na língua ou na mucosa oral 4. _ Coletar material nas áreas com hiperemia, adjacentes aos pontos de supuração ou remover o pus ou placas coletando o material na mucosa logo abaixo 5. _ Colher dois swabs e enviar imediatamente ao laboratório para evitar a excessiva secagem • Secreção de Ouvido No caso de avaliação do conduto auditivo externo, proceder da seguinte forma: 1. _ Retirar o excesso de secreção de drenagem espontânea com salina e gaze estéril 2. _ Introduzir o swab no conduto auditivo externo. Obs: No caso de avaliação do ouvido médio com membrana timpânica rota ou íntegra, é necessário espéculo e coleta por swab ou aspiração com seringa. • Swab nasal (narinas anteriores) A pesquisa em narinas anteriores é feita em situações epidemiológicas especiais, conforme orientação do NCIH. Técnica 1. _ Introduzir o swab esterilizado10 cuidadosamente na porção ântero-superior de uma das narinas com movimento giratório delicado e deslizá-lo lateralmente pela asa nasal interna. 2. _ Repetir o procedimento na outra narina com o mesmo swab 3. _ Inserir o swab no invólucro especial ou no meio de transporte 4. _ Anotar o horário da coleta e encaminhar o swab ao laboratório • Secreção Ocular Coletar o material do saco conjuntival, evitando contato com a pálpebra ou os cílios. Técnica 1. _ Limpar a secreção purulenta superficial com gaze estéril 2. _ Afastar a pálpebra e coletar com o swab o material do saco conjuntival, evitando coletar a secreção acumulada nos cantos 3. _ Introduzir o swab em meio de transporte, se não for possível a semeadura imediata. 4. _ Anotar o horário e identificar o frasco • Fezes (e swab retal) Devem ser coletadas no início ou fase aguda da doença, quando os patógenos estão usualmente presentes em maior número. Preferir as porções mucosas e sanguinolentas do material. Na pesquisa de enteropatôgenos (Salmonella, Shigella, E. coli enteropatogênica, etc.) entrar em contato prévio com o Laboratório de Microbiologia ou o LACEN para orientação quanto ao tipo de material a ser coletado e os cuidados . Técnica swab retal 1. _ Usar swab de algodão, certificando-se de que a ponta da haste que suporta o algodão está bem revestida 2. _ Umedecer o algodão em salina estéril (não usar gel lubrificante) 3. _ Inserir no esfíncter anal, fazendo movimentos rotatórios 4. _ Ao retirar, verificar se existe coloração fecal no algodão 5. _ Anotar o horário da coleta e encaminhar o swab ao laboratório imediatamente ou usar meio de transporte. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES30 30 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM 9-TÉCNICAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS E SUAS PRINCIPAIS VIAS 9.1- ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS O tempo de indução do efeito de uma substância caracteriza-se pelo período incluido entre a administração desta, por diferentes vias, e o aparecimento de uma alteração no orgânica.Os processos básicos responsáveis pela absorção, difusão, translocação, penetração em membranas, distribuição e ligação a proteínas, influenciam o comportamento geral das moléculas dos fármacos no organismo. Sendo assim , exceto para a via endovenosa, o tempo determinado para o efeito de uma substância administrada será sempre inversamente proporcional à sua absorção, que compreende a passagem desta a partir de qualquer sistema corpóreo para a corrente circulatória, seja esta sangüínea ou linfática. Assim, as características físico-químicas da substância que permitem a sua passagem pelas membranas biológicas, e a via pela qual ela é introduzida no organismo, são dois fatores fundamentais e interdependentes na regulação da absorção. Por outro lado, uma alta taxa de absorção da substância pode disponibilizá-la para uma elevada metabolização e rápida excreção do organismo, fatores envolvidos no tempo de duração do efeito, compreendido pelo período decorrente entre o início e o término deste efeito no organismo. Enfim devemos lembrar que a escolha da via de administração não depende somente de fatores farmacológicos e farmacocinéticos, mas também de fatores clínicos e tecnológicos, sendo que a formulação medicamentosa condiciona muitas vezes a via de administração. Os medicamentos injetáveis ministrados por via parentérica chegam aos profissionais da área de saúde nas mais diferentes formas farmacêuticas: soluções prontas, pós ou liofilizados solúveis para reconstituir ou diluir com solventes, suspensões prontas, pós ou liofilizados insolúveis para reconstituir ou diluir com um veículo, emulsões e líquidos concentrados para serem diluídos antes da administração. A preparação, reconstituição e diluição requerem o informação de suas propriedades físico-químicas das moléculas dos fármacos, dos excipientes, assim como dos veículos/solventes nos quais vão ser diluídos, de forma a não comprometer a sua estabilidade. Os fatores são determinantes na segurança e na qualidade da administração do medicamento ao paciente. Os medicamentos, de uma forma geral, são acompanhados de folhetos informativos sobre apresentação, posologia e orientações particulares de administração, e estas instruções sempre devem ser lidas antes de qualquer procedimento. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES31 31 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM 9. 2-AS PRINCIPAIS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E ELIMINAÇÃO DE FÁRMACOS Vias de administração: 1 = Oral ou retal; 2 = Endovenosa; 3 = Sub- cutânea ou intra-dermica; 4 = Intramuscular; 5 = Inalação; 6 = Intratecal Vias de eliminação: 7 = urina; 8 = Ar expirado; 9 = Leite, suor ; 10 = Fezes - VIA BUCAL, SUBLINGUAL E TRANSLINGUAL Medicamentos administrados por meio da mucosa da boca mostram ligeiramente seus efeitos, pois quando caem na corrente sangüínea, ao mesmo tempo que não sofrem os efeitos lesivos dos sucos gástricos e do metabolismo hepático. A mucosa oral tem um epitélio fino e vasos sangüíneos abundantes, os quais requererem acelerada absorção do medicamento, podendo surgir na corrente no sangue do paciente dentro de 1 minuto, e alcançam os níveis sangüíneos máximos entre 10 – 15 minutos, muito mais rápido que os medicamentos ministrados pela via oral tradicional. É possível usar a mucosa oral para absorver medicamentos administrados pela via bucal ( medicamento entre a bochecha e os dentes), sublingual ( medicamento sob a língua, via muito utilizada para medicamentos antianginosos como o dinitrato de isosorbida) ou translingual (medicamento na superfície superior da língua). Essas vias também podem ser utilizadas caso o paciente esteja incapacitado para ingerir, engolir ou esteja intubado. Além disso, os medicamentos não sofrem o efeito da primeira passagem pelo fígado e não geram irritação no TGI(trato gastro-intestinal). Por outro lado, apenas os medicamentos que são altamente lipossolúveis podem ser administrados por essa via, e as vezes podem irritar a mucosa oral. Os medicamentos de sabor desagradável também são, obviamente, inadequados para a administração por essa via. Observações: É de primordial importância alertar o paciente para não mastigar nem engolir esse tipo de medicamento porque a deglutição pode diminuir a sua eficácia. A cada dose, devem ser alternados os lados da boca para a absorção do medicamento, a fim de evitar irritação da mucosa oral, caso haja diversos medicamentos a serem deglutidos ou ingeridos, deixar esse no horário final. Se o paciente for tabagista deverá esperar o medicamento ser totalmente absorvido antes de fumar, pois os efeitos vasoconstritores da nicotina reduziram a velocidade de absorção do medicamento. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES32 32 FETO PLACENT RIM MAMA/GLÂNDUL AS SUDORÍPARAS LC R PULMÃ O CÉREBR MÚSCUL PELE T.DIGEST. FÍGAD PLASM A APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM 1.2 SERINGA DE INSULINA – Esta seringa apresenta uma agulha 25 fixa e não tem espaço morto. É calibrada em unidades ( 100 unidades) em vez de mililitros, e só deve ser usada para a administração de insulina. Atualmente, a seringa usada para administração de insulina pode ser a seringa padrão de 1 mL, desde que seja observada a relação de volume e unidades. 1.2 SERINGA PARA TESTE TUBERCULÍNICO Tem capacidade para 1 mL, apresentado agulha removível que pode variar de medidas conforme a finalidade de uso, normalmente sendo de 13X3.8 ou 13X4.5 (26G 1/2) . Para injeção subcutânea escolher uma agulha com 1,5 a 2 cm de comprimento e 23 a 25 G de diâmetro com bisel médio, e para injeções intradérmicas escolher uma agulha com 1 a 1,5 cm de comprimento e 25 G de diâmetro, com bisel curto. Esta seringa também pode ser utilizada para administração de pequenas doses em unidades de terapia intensiva de adulto ou pediátrica e em laboratórios para administrações intra-peritoniais em animais de pequeno porte, desde que a agulha seja maior, por exemplo 25X7; 25X8; 30X8 (21G 1/4). 2. AGULHAS HIPODÉRMICAS - O tipo e tamanho de agulha também variam de acordo com o tipo de administração. Existem diversos tamanhos de agulhas quanto ao comprimento, diâmetro ou calibre e estilos de bisel . PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES35 35 IDENTIFICAÇÃO DE AGULHAS APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM 3. GARROTE E LUVAS – O garrote é um acessório auxiliar de látex que permite reter um volume maior de sangue no vaso sangüíneo, ao laçar o braço, o pulso, ou perna, conforme a necessidade. O vaso fica mais firme, não deslizando lateralmente no momento da introdução da agulha. As luvas cirúrgicas são indispensáveis para qualquer tipo de procedimento ambulatorial , prevenindo possíveis contaminações quer para o profissional da área de saúde ou para o paciente. 4. ÁLCOOL, ALGODÃO E MICROPORE – Para assepsia prévia ao procedimento de administração ou retirada de sangue e curativo do local lesionado. 5. COLETOR DE MATERIAL – Descarpack - »Caixa coletora para lixo contaminado, material descartável e objetos cortantes e perfurantes, com capacidade variada ( 3, 7, 13 L). É confeccionada em papelão incinerável e resistente à perfuração, revestida internamente com produto impermeabilizante que evita umidade e vazamento, ou saco plástico interno. Apresenta alças externas para transporte fixa ao coletor, e tampa também fixa ao coletor, bocal com abertura que facilita o descarte de material, uma linha que marca o limite máximo de enchimento, e tampa de segurança com trava dupla. O descarpack possui um sistema de abertura e fechamento prático e segurança ao manuseio. As instruções de uso e montagem estão impressas externamente. Fabricado de acordo com a norma IPT NEA 55 e as normas ABNT NBR 7500 Descrição Técnica 6-METODOLOGIA PROCEDIMENTOS GERAIS - Os procedimentos preparatórios para qualquer atividade clínica ou experimental são em parte semelhantes, fazendo-se indispensável inicialmente, providenciar todo o material necessário de forma que fique acessível no momento da manipulação. - Observar com cuidado a prescrição médica. - Verificar a coloração, clareza e a data de validade do medicamento. - Uso obrigatório de luvas cirúrgicas. - Todo o procedimento, incluindo técnica e equipamento devem estar estéreis. - Após escolha da seringa apropriada, puxar o êmbolo, porque as vezes pode estar aderido ao corpo da seringa e dificultar a aspiração do medicamento. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES36 36 Bisel da agulha é esta extremidade “tipo fatiada” em angulo de 30° para facilitar a penetração, confeccionada em aço cirúrgico inoxidável temperado. Para a injeção intramuscular escolher uma agulha com 2,5 a 7,5 cm de comprimento e 18 a 23 G de diâmetro, com bisel médio. Contentor de bolso para uso pessoal do médico, enfermeira ou socorrista. Para uso em ambulâncias, ou para colocação APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM - A agulha adequada deverá ser adaptada na seringa com o bisel voltado para cima, no mesmo sentido da graduação volumétrica da seringa, certificando-se que a mesma encontra-se perfeitamente ajustada, para evitar que no momento da administração ou retirada do tecido desconecte-se do corpo da seringa. - Homogeneizar as soluções por inversões do frasco, sem bruscas agitações, evitando formação de bolhas, e abrir de maneira adequada a ampola ou o frasco que contém o medicamento, não esquecendo de fazer a assepsia no diafragma de borracha. Utilisar uma agulha só para retirada do medicamento do frasco, se for para múltiplas administrações, evitando usar no paciente uma agulha romba que provoque o aumento da dor no momento da administração. Injetar no frasco um volume de ar e após aspirar o medicamento em quantidade levemente superior ao da dose a ser administrada, porque a solução deverá ocupar o espaço morto da seringa e da agulha. Trocar a agulha se for o caso e posicionar a seringa no sentido vertical mantendo a agulha para cima, promovendo leves pancadinhas na seringa com o dedo mediano ou indicador para desalojar as bolhas de ar do líquido e das paredes da seringa, injetando-o para fora e ajustando o volume da dose do medicamento. Encapsular a agulha com cuidado para não contaminar e descansar a seringa sobre a mesa auxiliar enquanto o paciente é preparado. - O paciente deverá estar confortavelmente sentado, levemente reclinado para trás e com as costas apoiadas na cadeira, evitando que no caso de sentir vertigens com possível desmaio, venha a cair durante a administração ou retirada de sangue. O braço deverá estar em posição horizontal e completamente estendido sobre o apoio da mesa auxiliar. Ao garrotear o braço, o pulso ou perna, já ter ao lado o algodão embebido em álcool para assepsia da pele, e a bandagem para curativo posterior. - Não administrar injeções em locais inflamados, edemasiados ou irritados, ou em locais com marcas ou manchas de nascença, tecido cicatricial ou outras lesões. Não administrar injeções dentro de um raio de 5 cm de cicatriz, equimose ou do umbigo. - A assepsia com compressa de álcool deverá ser iniciada no centro do local, fazendo um movimento em espiral para fora, e deixando secar livremente. - No momento da introdução da agulha no local apropriado, observar a angulação sugerida entre a agulha e o local da administração, conforme o caso. - Não colocar o dedo sobre o êmbolo da seringa antes que a agulha já esteja introduzida no local adequado, pois poderá haver perda de medicamento. - Após administração ou retirada de sangue, fazer um curativo com micropore. - Descartar a seringa usada juntamente com a agulha desencapada no DESCARPACK. OBS: Jamais reencapar a agulha após o uso. isso evita possíveis acidentes de perfuração da luva e contaminações ocasionais. CASO HAJA QUALQUER ACIDENTE PUNCTÓRICO DURANTE AS ATIVIDADES, AVISAR IMEDIATAMENTE O PROFESSOR RESPONSÁVEL PELA AULA PRÁTICA PARA AS DEVIDAS PROVIDÊNCIAS. 7-ADMINISTRAÇÃO INTRADERMICA Na administração intradérmica (ID) uma pequena quantidade de líquido (em geral 0,5 mL ou menos) é injetada dentro das camadas externas da pele e nesse procedimento a substância sofre pouca absorção sistêmica. Essa via normalmente é utilizada para fornecer substâncias em testes de alergia e tuberculose. Também poderá ser utilizada para ministrar um anestésico local, como a lidocaína, antes que o paciente sofra um pequeno procedimento cirúrgico ambulatorial ou punção venosa. O local mais apropriado para a injeção ID é a parte ventral do antebraço, por ser facilmente acessada e relativamente sem pêlos. Para o teste alérgico extenso, poderá ser requerido a parte superior das costas, parte superior do tórax e dos braços. Essas áreas são geralmente pouco pigmentadas, exibem uma fina camada de queratina e são relativamente desprovidas de pêlos. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES37 37 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM Injeção Dorsoglútea – Dividir a nádega em quadrantes e injetar no quadrante superior externo Cerca 5 cm abaixo da crista ilíaca. Injeção Ventroglútea – Coloque a palma da mão sobre o grande trocânter do fêmur. Afaste os dedos indicador e médio da espinha ilíaca ântero-superior até o máximo possível ao longo da crista ilíaca. Introduzir a agulha aí, num ângulo de 90° com o músculo. Injeção no Deltóide - Introduzir a agulha a 2,5 – 5 cm ou dois a três dedos abaixo do processo acromial, num ângulo de 90° com o músculo, ou levemente angulado no sentido do processo. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES40 40 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM Injeções no vasto lateral e no reto femoral – Para uma criança com menos de 3 anos de idade, é comum utilizar o músculo vasto lateral ou o reto femoral para injeções IM por constituirem a maior massa muscular nessa faixa etária e possuindo poucos vasos sangüíneos e nervos. Injeções ventroglútea e dorsoglútea – Para uma criança com mais de 3 anos de idade e que caminha há no mínimo 1 ano pode ser usado o músculo dorsoglúteo ou o ventroglúteo. Esses vasos são relativamente isentos de vasos sangüíneos e de nervos importantes. 10-DMINISTRAÇÃO INTRAVENOSA A via venosa de administração de medicamento exige maior aptidão, conhecimento e prática profissional, pelos riscos que podem oferecer ao paciente. Essa via oferece um início de ação quase imediato, completa disponibilidade do medicamento, controle restrito sobre a quantidade ministrada e o nível mantido no sangue do paciente. Favorece o uso de medicamentos que são prejudicados pelo suco gástrico, que são mal absorvidos pelo TGI ou que são dolorosos ou irritativos quando administrados por injeção IM ou SC. A concentração máxima eficaz que chega aos tecidos depende fundamentalmente da rapidez da injeção e as administrações por essa via evitam as incertezas da absorção por outras vias e locais. É fundamentalmente indispensável compreender as indicações, os usos, as ações e os efeitos adversos do medicamento prescrito. A quantidade de solução a injetar pode ser muito variável, sendo correntes volumes de 1 a 1000 mL ou mesmo superiores. A administração endovenosa de grandes volumes de soluções aquosas, designa-se como fleboclise, venoclise ou perfusão endovenosa. Por essa via apenas se administram preparações aquosas, maioritariamente sob a forma de solução, e em menor grau, suspensões aquosas ou emulsões de óleo em água. Em qualquer destes dois últimos casos, é fundamental que as partículas suspensas ou emulsionadas apresentem diâmetros inferiores a 7 microns ( em regra 1-2 micros) valor médio do diâmetro dos eritrócitos, caso contrário poderá dar origem a fenômenos de trombose e/ ou embolia. Os medicamentos destinados a administração por via endovenosa devem ser isotônicos, isentos de pirogênios e possuir um pH neutro ( 6,0 – 7,5) . É corrente a administração de soluções hipertônicas, pois mesmo para volumes elevados ( > 100 mL ), o estado anti-fisiológico que se cria não provoca lesões apreciáveis, dado que a plasmólise é um processo reversível. - Observar procedimentos gerais. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES41 41 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM - Monitorar cuidadosamente o local para a administração ou retirada de sangue, normalmente é usada a veia basílica, por ser superficial, facilmente localizável e estar em ligação com outras grandes veias do braço. - Preparar o medicamento de acordo com a recomendação da prescrição ou do fabricante. - Em aula prática não será feita administração, somente será monitorado um treinamento de punção venosa, onde o aluno após conseguir introduzir a agulha no vaso sangüíneo, será certificado disso ao ver o sangue fluir pela pressão para o interior da seringa, devendo interromper o processo nesse momento, retirando a agulha e comprimindo o vaso lesionado com compressa de álcool e concluindo com a colocação de uma bandagem. - Com o braço garroteado e apoiado sobre mesa auxiliar, sentir pelo tato das pontas dos dedos a pulsação do vaso, de maneira a identificar a melhor veia para puncionar. - Estender a pele do braço do paciente com os dedos da mão não-dominate, segurando a seringa com os dedos polegar e indicador da mão dominante de maneira a ter os demais dedos sob a seringa e apoiados no braço do paciente para dar firmeza e segurança no momento de puncionar. - Com os dedos polegar e indicador movimentar a seringa posicionando num ângulo de 45 ° com o braço e no sentido longitudinal da localização da veia., introduzindo a agulha com firmeza e continuidade para perfurar o tecido até introduzir toda a ponta do bisel da agulha. - Descer a seringa para 30° e penetrar mais profundamente na veia. - Neste momento o sangue fluirá para a seringa, então com a mão não-dominate soltar o garrote e puxar o êmbolo da seringa com a mão dominante até obter o volume de sangue necessário, ou injetar o medicamento, quando for o caso. - Retirar a seringa rápida e delicadamente, já tendo na mão não-dominate a compressa de álcool. - Pressionar o vaso perfurado por alguns segundos e colocar uma bandagem. - DESCARTAR SERINGA COM AGULHA DESENCAPADA NO DESCARPACK 10-FARMACOLOGIA 1- PRECAUÇÕES ANTES DE ADMINISTRAR MEDICAMENTO: • lavar sempre as mãos antes do preparo e administração de medicamentos, • e logo após; • . preparar o medicamento em ambiente com boa iluminação; • . concentrar-se no trabalho, evitando distrair a atenção com atividades • paralelas e interrupções que podem aumentar a chance de • cometer erros; • . ler e conferir o rótulo do medicamento três vezes: ao pegar o • frasco, ampola ou envelope de medicamento; antes de colocar o medicamento no recipiente próprio para administração . 2-DIFERENÇA DE REMÉDIO E MEDICAMENTO • REMÉDIO : são os cuidados que tomamos para curar ou aliviar os sintomas das doenças.Ex:Banho Morno, compressas,massagem, bolsa de água quente. • MEDICAMENTOS: também são remédios,mas são definidos como produtos farmacêuticos.Ex:Antibióticos e analgésicos, etc. 3-MEDICAMENTOS MAIS USUAIS PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES42 42 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM • HORMÔNIO INSULINA • A insulina é um hormônio anabólico, sintetizado pelas células beta nas ilhotas de Langerhans do pâncreas, sendo o hormônio mais importante na regulação do metabolismo energético. Sua principal função é regular o metabolismo da glicose por todos os tecidos do corpo, com exceção do cérebro. Ela aumenta a velocidade de transporte da glicose para dentro das células musculares e do tecido adiposo. • Com a captação da glicose, se ela não for imediatamente catabolizada como fonte de obtenção energética, gera-se glicogênio nos músculos e triglicerídeos no tecido adiposo. Ou seja, o efeito da insulina é hipoglicemiante, visto que reduz a glicemia sangüínea. • Existem dois tipos básicos de insulina mais utilizados : 1) insulina regular: tem ação rápida e inicia a sua atividade logo após a administração. Sua duração aproximada é de 6 horas, mas o pico de ação fica entre 1 e 2 horas após a aplicação. 2) insulina lenta: tem um tempo de ação intermediário. Seu efeito inicia-se cerca de 1 a 3 horas após a aplicação, atingindo um efeito máximo entre 6 a 12 horas. Mas pode ficar no sistema por aproximadamente 24 horas. Esse tipo de insulina é mais imprevisível quanto ao horário de pico, podendo ter vários por dia. As áreas mais adequadas para a aplicação das injeções de insulina são: Parede abdominal: exceto a área de 5 cm ao redor do umbigo; • Coxas: face anterior e lateral; • Nádegas: região superior; • Braços: região lateral e posterior HORMÔNIOS DA HIPÓFISE • Alguns hormônios, produzidos pela hipófise são denominados trópicos (ou tróficos) porque atuam sobre outras glândulas endócrinas, comandando a secreção de outros hormônios. São eles: • Tireotrópicos: atuam sobre a glândula endócrina tireóide. • Adrenocorticotrópicos: atuam sobre o córtex da glândula endócrina adrenal (supra-renal) • Gonadotrópicos: atuam sobre as gônadas masculinas e femininas. • Somatotrófico: atua no crescimento, promovendo o alongamento dos ossos e estimulando a síntese de proteínas e o desenvolvimento da massa muscular. Também aumenta a utilização de gorduras e inibe a captação de glicose plasmática pelas células, aumentando a concentração de glicose no sangue (inibe a produção de insulina pelo pâncreas, predispondo ao diabetes). PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES45 45 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM • Não existe fórmula ideal para iniciar a insulinização do paciente diabético do tipo 2 no qual o controle glicêmico não pode mais ser mantido com medicação oral. Geralmente, são utilizadas 10 UI de insulina basal (NPH ou insulina glargina) ao deitar, no jantar ou pela manhã para iniciar de forma segura a insulinização. Os ajustes de dose são feitos tomando por base os valores da glicemia de jejum. A dose de insulina basal não deve ser ajustada em intervalos menores do que 4 a 7 dias porque muitos fatores podem interferir nos valores da glicemia de jejum, tais como o exercício físico, a quantidade e o conteúdo das refeições e outras doenças concomitantes, como uma gripe. • VIAS DE ADMINISTRAÇÃO • A via parentérica pode ser subdividida em diversas vias de administração, considerando-se como as mais importantes a intradérmica, a subcutânea, a intramuscular, a endovenosa e a intra- raquídea. • Não devemos esquecer que a escolha da via de administração depende, não só de factores clínicos, farmacológicos, farmacocinéticos, mas também tecnológicos, sendo que a formulação medicamentosa condiciona muitas vezes a via de administração. • ADMINISTRAÇÃO I.M • Administração direta do injetável na massa muscular. Habitualmente são escolhidos os músculos da nádega, da coxa e da espádua. O músculo estriado é dotado de elevada vascularização, sendo em contrapartida, pouco inervado por fibras sensitivas. Estas duas características conferem-lhe facilidade de absorção medicamentosa e simultaneamente a possibilidade duma administração menos dolorosa. Habitualmente, o volume de líquidos administrado não ultrapassa os 10 ml, sendo na maioria dos casos bastante menor (1 a 5 ml). Algumas injeções intramusculares são dolorosas, pelo que é frequente incluir na sua fórmula anestésicos locais que, simultaneamente sejam conservantes, como o álcool benzílico ou o clorobutanol. • Soluções aquosas - soluções cuja tonicidade é semelhante ao soro sanguíneo. São permitidos pequenos desvios no sentido da hipotonia e, em alguns casos, é até aconselhável uma ligeira hipertonicidade, uma vez que provoca um leve derrame local dos fluídos dos tecidos (exosmose), o que pode originar uma absorção uniforme. O pH é outro fator a considerar. Na prática corrente, considera-se aceitável a utilização de injetáveis cujo pH varie entre 4,5 e 8,5. Quando o pH é demasiado baixo ou elevado, podem ocasionar-se reações que vão da simples dor, com congestão e inflamação subsequentes, até à destruição por necrose dos elementos celulares. A dor concomitante ou subsequente à injeção, não depende exclusivamente das características físico-químicas da fórmula, mas pode estar ligada à ação do próprio fármaco. A penicilina é dolorosa, ao contrário da estreptomicina, embora o pH e tonicidade da solução sejam muito próximos dos valores ideais. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES46 46 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM • Soluções oleosas - soluções em que a viscosidade é uma característica a ter em conta, uma vez que a tolerância local e a velocidade de absorção do fármaco são favorecidos pela fluidez da preparação. Soluções cujo veículo não é a água ou o óleo - exemplo de alguns álcoois como os glicóis, que de um modo geral, apresentam elevada viscosidade e são dolorosas. • Obs: A absorção do fármaco é mais rápida se o solvente escolhido for miscível com a água. É com base neste princípio que se fundamenta o emprego de formas medicamentosas de ação prolongada destinadas à via I.M.. Com efeito, se um fármaco insolúvel em água, se dissolver num veículo hidromiscível mas anidro, ao proceder-se à injeção I.M. precipitará no seio do músculo: a água do tecido muscular mistura-se com o solvente injectado diminuindo o coeficiente de solubilidade do fármaco que precipita "in situ". Este tipo de injetáveis proporcionará a obtenção de um verdadeiro depósito do fármaco no seio da massa muscular, de onde irá ser absorvido muito lentamente. Exemplo característico são as hormônios sexuais, fármacos insolúveis na água, mas miscíveis com o trietilenoglicol (hidrossolúvel). • ABSORÇÃO - A absorção do fármaco processa-se lentamente, conseguindo-se sob esta forma, verdadeiros injetáveis de ação prolongada. A penicilina procaínica é solúvel na proporção de 800 U/ml de água, enquanto que a penicilina benzatínica dissolve-se no mesmo volume, mas apenas numa quantidade correspondente a 200 U. O coeficiente de solubilidade dos dois antibióticos ocasiona o diferente comportamento dos dois injetáveis. Embora aplicando-se ambos em suspensão intramuscular aquosa, a penicilina procaínica apenas é mensurável no sangue até cerca de 24 horas após a injeção, enquanto que a penicilina benzatínica ainda é evidenciável mesmo decorridos 10 a 15 dias. Vê-se pois, que a velocidade de absorção do fármaco suspenso, depende, fundamentalmente das suas características de solubilidade na água. • VIA INTRAVENOSA - I.V./ FORMAS DE ADMINISTRAÇÃO • A administração intravenosa ou endovenosa é efetuada, introduzindo-se o medicamento diretamente por uma veia, na corrente sanguínea. Em geral, recorre-se à veia basílica, por ser superficial, facilmente localizável e estar em ligação com outras grandes veias do braço. A quantidade de soluções a injetar varia entre limites muito latos, sendo correntes volumes de 1 a 1000 ml ou mesmo superiores. A administração endovenosa de grandes volumes de soluções aquosas, designa-se como flebóclise, venóclise ou perfusão endovenosa. • Direta - Caracteriza-se pela administração directa dos medicamentos na veia, ou através de um ponto de injeção no cateter. Dependendo do tempo e duração da administração denomina-se por bólus se dura menos de um minuto e I.V. lenta se dura 3-10 minutos. • Perfusão intermitente - Caracteriza-se pela administração de preparações medicamentosas injetáveis já diluídas através de sistemas de perfusão; usa-se para volumes compreendidos entre 50-100 ml, perfundidos à velocidade de 120-210 ml/h. • Via Intradérmica - I.D. • Os medicamentos são administrados na pele entre a derme e a epiderme. O volume injetado é sempre muito pequeno, na ordem dos 0,06 a 0,18 ml, sendo geralmente escolhida a zona do antebraço. • Via Subcutânea - S.C. • Por via subcutânea ou hipodérmica os medicamentos são administrados debaixo da pele, no tecido subcutâneo. Os locais para injeção S.C. incluem as regiões superiores externas dos braços, o abdômen entre os rebordos costais e as cristas ilíacas, a região anterior das coxas e a região superior do dorso. É importante alternar os locais de injeção. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES47 47 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM 3. Necessidade de Companheirismo e Afeição : Uma vez satisfeitas as necessidade de Segurança e Tranqüilidade , as necessidade de companheirismo e afeição se evidenciam. 4. Necessidades de Estima e Respeito Próprio :Após terem sido satisfeitas as necessidades de Companheirismo e Afeição l, emerge a necessidade de estima e respeito p´róprio, pois o homem é um ser que vive em sociedade , e detesta o isolamento. A doença retira-o de seu meio familiar e lhe transporta a um ambiente estranho.O pessoal de enfermagem deve passar a confiança para que o doente não fique com falta de confiança com a equipe. 5. Necessidade de Auto-realização : Uma vez a escala de necessidades atendidas o paciente que por exemplo tem uma patologia prolongada pode ter a oportunidade assegurada de ser útil.Essas necessidades estão entrelaçadas ao fator estética que engloba o bem estar consigo mesmo e com o ambiente que o cerca , e necessidade de compreender a sua patologia, desta forma esclarecer para que o paciente não venha a ter idéias errôneas do que está acontecendo com ele. Necessidades Humanas Básicas –Hierarquia de Maslow 12-TERMINOLOGIAS CIENTÍFICAS Abdução.....afastamento de um membro do eixo do corpo. Ablepsia.....cegueira. Abrasão.....esfoladura, arranhão. Abscesso.....coleção de pus externa ou internamente. Absorção.....penetração de liquido pela pele ou mucosa. Abstinência.....contenção, ato de evitar. Acesso.....repetição periódica de um fenômeno patológico. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES Auto Realizaç Necessidade de Auto - estima Necessidade De Companheirismo e Afeição Necessidade de Segurança e Tranquilidade Necessidade Fisiológicas 50 50 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM Acinésia.....impossibilidade de movimentos voluntários, paralisia. Acinesia.....lentidão dos movimentos ou paralisia parcial. Acne.....doença inflamatória das glândulas sebáceas. Acromia.....falta de melanina, falta de pigmentação "albinismo". Adenosa.....tumor de uma glândula e que reproduz a estrutura dela. Adiposo.....gordura. Adução.....mover para o centro ou para a linha mediana. Afagia.....impossibilidade de deglutir. Afagia.....impossibilidade de deglutir. Afasia.....impossibilidade de falar ou entender a palavra falada. Afebril.....sem febre, apirético. Afluxo.....vinda para determinado lugar. Afonia.....perda mais ou menos acentuada da voz. Agrafia.....não consegue escrever. Algia.....dor em geral. Algidez.....resfriamento das extremidades. Algido.....frio. Alopécia.....é a queda total ou parcial dos cabelos. Alopecia.....queda total ou parcial dos cabelos e pelos. Aloplastia.....(prótese), substituto de uma parte do corpo por material estranho. Alucinação.....percepção de um objeto, que na realidade não existe. Ambidestro.....habilidade de usar as duas mãos. Ambliopia.....diminuição da acuidade visual. Amenorréia.....falta de menstruação. Analgesia.....abolição da sensibilidade á dor. Anasarca.....edema generalizado. Ancilose.....imobilidade de uma articulação. Anemia.....é a diminuição dos números de hemácias. Anfiantrose.....articulação que se movimenta muito pouco,ex.falange. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES51 51 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM Aniridia.....ausência ou falha da íris. Anisocoria.....desigualdade de diâmetro das pupilas. Anodontia.....ausência congênita ou adquirida dos dentes. Anoretal.....região referente ao anus e reto. Anorexia.....falta de apetite, inapetência. Anorexia.....perda do apetite. Anosmia.....diminuição ou perda completa do olfato. Anóxia......redução do suprimento de oxigênio nos tecidos. Anoxia.....falta de oxigênio nos tecidos. Anquitose.....diminuição ou supressão dos movimentos de uma articulação. Anterior.....a parte da frente. Anuperineal.....região referente ao anus e períneo Anúria.....ausência da eliminação urinaria Ânus.......orifício de saída retal. Apalestesia.....perda do sentido das vibrações. Apático.....sem vontade ou interesse para efetuar esforço físico ou mental. Apelo.....sem pele, não cicatrizado, aplicado a feridas.Desprovido de de prepúcio, circuncidado. Apeplexia.....perda súbita dos sentidos, com elevação da temperatura, mas sem hemiplegia. Apnéia.......parada dos movimentos respiratórios. Aposia.....ausência de sede. Aptialismo.....deficiência ou ausência de saliva. Ascite.....edema localizado na cavidade peritonial com acúmulo de liquido. Asfixia.......sufocação, dificuldade da passagem do ar. Astasia.....incapacidade de permanecer em pé, por falta de coordenação motora. Astenia.....enfraquecimento Astenia.....fraqueza, cansaço. Ataxia.....não coordena os músculos e a locomoção. Atresia.....ausência ou fechamento de um orifício natural. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES52 52 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM Congestão.....acúmulo anormal ou excessivo de sangue numa parte do organismo. Constipação.....não evacua normalmente. Constipação....retenção de fezes ou evacuações insuficientes. Contaminação.....presença de micróbios vivos. Contratura.....rigidez muscular. Convalescença.....caminha para o restabelecimento. Convulsão.....contrações violentas involuntárias do músculo, agitação desordenada. Coprólito.....massa endurecida de matéria fecal nos intestinos. Cordialgia.....dor no coração. Costal.....relativo as costelas. Curativo compressivo.....curativos nas feridas que sangram. Curativo frouxo.....curativo em feridas que supuram. Curativo seco.....feito apenas com gaze. Curativo úmido.....quando há aplicação de medicamentos líquidos ou úmidos. Cutâneo.....referente a pele. Cútis.....derma. -- D -- Dactilite.....inflamação de um dedo, ou artelho. Debilidade.....fraqueza, falta de forças. Debridamento..... limpeza de um tecido do infectado ou necrótico de um ferimento. Decúbito.....posição deitada. Deltóide.....músculo do braço em forma de "D",onde se aplicam injeções intramuscular. Dentro.....cito a direita. Dermatite.....inflamação da pele. Dermatose.....doenças da pele. Desidratação.....diminuição anormal dos tecidos do organismo Desidratação.....perda exagerada de liquido no organismo. Desmaio.....lipotínea, ligeira perda dos sentidos. Diaforese.....sudorese excessiva. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES55 55 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM Diarréia.....evacuações freqüentes e liquidas. Diplegia.....paralisia bilateral. Diplopia.....visão dupla. Disfagia.....dificuldade de deglutir. Disfonia.....distúrbio na voz. Dismenorréia.....menstruação difícil e dolorosa. Dismenorréia.....menstruação difícil e dolorosa. Dispnéia.....dificuldade respiratória. Dispnéia.....falta de ar, dificuldade para respirar. Dispnéico.....com dispnéia. Disquesia.....evacuação difícil e dolorosa. Disseminado.....espalhado. Distensão.....estiramento de alguma fibra muscular, intumescimento ou expansão. Distrofia.....perturbação da nutrição. Disúria.....micção difícil e dolorosa. Diurese.....secreção urinaria. Diurese.....volume de urina coletado. -- E -- Ecopraxia.....repetição dos movimentos ou maneirismo de outra pessoa. Edema.....retenção ou acúmulo de líquidos no tecido celular Emese.....ato de vomitar. Enema.....clister, lavagem, introdução de líquidos no reto. Enteralgia.....dor intestinal. Entérico.....relativo ao intestino. Enurese.....incontinência urinaria noturna. Enxaqueca.....dor de cabeça unilateral. Epigastralgia.....dor no epigástrio. Epigástrio.....porção média e superior do abdômen Episiorrafia.....sutura no períneo ou dos grandes lábios. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES56 56 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM Episiorragia.....hemorragia perineal. Episiotomia.....incisão lateral do orifício vulvar para facilitar o parto. Epistaxe.....hemorragia nasal. Epistótomo.....contrações musculares generalizados com encurvamento do corpo para frente. Equimose.....extravasamento de sangue por baixo dos tecidos "manchas escuras ou avermelhadas". Equimose.....pequeno derrame sanguíneo debaixo da pele. Eritema.....vermelhidão na pele. Eructação.....emissão de gases estomacais pela boca,arroto. Erupção na pele.....avermelhamento da pele com vesículas. Erupção.....lesão, amarela ou enegrecida que se forma nas queimaduras ou feridas infectadas. Erupção.....lesões visíveis na pele. Escabiose.....moléstia cutâneas contagiosa, caracterizada por lesão multiformes, acompanhadas por prurido intenso. Escara de decúbito.....úlcera perfurante em região de proeminências ósseas. Esclerodermia.....afecção cutânea com endurecimento da pele. Esclerose.....endurecimento da pele,devido a uma proliferação exagerada de tecido conjuntivo.Alteração de tecidos ou órgãos caracterizado pela formação de tecidos fibroso. Esclerose.....endurecimento dos vasos ou perda de elasticidade. Escoriações.....abrasão, erosão, perda superficial dos tecidos. Escótomo cintilante.....pontos luminosos no campo visual, na hipertensão arterial. Escótomo.....ponto cego no campo visual. Escrotal.....relativo ao escroto. Escrotite.....inflamação do escroto. Escroto.....saco de pele suspenso na região do períneo e que aloja os testículos e os epidídimos. Escrotocele.....hérnia do escroto. Esfacelo.....necrose, gangrena Esfacelodermia.....gangrena da pele. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES57 57 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM Estado de mal asmático.....ataque severo de asma, que dura mais de 24 horas e quase impede a respiração. =2>Estado de mal.....crises contínuas, uma se emendando na outra. Estado epilético.....uma sucessão de ataques epiléticos graves. Estado.....período, fase. Estafiledema.....edema da úvula. Estafilete.....inflamação da úvula. Estafilococemia.....presença de estafilococos no sangue. Estafilococos.....bactérias em forma de cachos de uva. Estafiloplastia.....cirurgia plástica da úvula. Estafilorrafia.....sutura da úvula. Estase intestinal.....demora excessiva das fezes no intestino. Estase....estagnação de uma liquido anteriormente circulante. Esteatoma.....lipoma, tumor de tecido gorduroso. Esteatorréia.....evacuação de fezes descoradas, contendo muita gordura. Esteatose.....degeneração gordurosa. Estenose do piloro.....estreitamento do piloro. Estenose.....estreitamento. Estercólito.....fecólito, massa dura e compacta de fezes "cibalo". Estereognose.....reconhecimento de um corpo pelo tato. Estéril.....incapaz de conceber ou de fecundar - em cirurgia livre de qualquer micróbio. Esterilização.....operação pela qual, uma substância ou um objeto passa a não conter nenhum micróbio. Esterização.....anestesia pelo éter Estermitatório.....que provoca espirro. Esternal.....relativo ao osso externo. Esternalgia.....dor no esterno. Esterno.....o osso chato do peito. Esternutação.....espirro. Estertor....ruído respiratório que não se ouve á auscultação no estado de saúde.Sua existência indica um estado mórbido. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES60 60 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM Estertorosa.....respiração ruidosa. Estetoscópio.....aparelho para escuta, ampliando os sons dos órgão respiratórios ou circulatórios. Estomacal.....estimulante do estômago. Estômago.....a porção dilatada do canal digestivo aonde vão ter alimentos que passam pelo esôfago. Estomatite.....inflamação da boca. Estomatorragia.....hemorragia da boca. Estrabismo.....falta de orientação dos eixos visuais para o objeto, devido a falta de coordenação dos músculos motores oculares. Estrangúria.....micção dolorosa. Estreptococo.....gênero de bactéria gram-positiva que se apresentam em forma de cadeia ou rosário. Estrias.....cicatrizes na pele do abdômen ou da cocha, pela dilatação das fibras na gestação ou parto. Estritura.....estreitamento de uma canal. Estrófulo......dermatose benigna, comum no recém-nascido. Estrumite.....inflamação da glândula tiróide. Estupor.....inconsciência total ou parcial, mutismo sem perda da percepção sensorial. Estutor.....inconsciência total ou parcial. Eteromania.....embriagues habitual pela inalação de éter. Etilismo.....vício do uso de bebidas alcoólicas, intoxicação crônica pelo álcool etílico. Etilista.....alcoólatra. Etiologia.....estudos das causas da doença. Etmóide.....osso cito no assoalho do crânio ao lado esfenóide. Euforia.....sensação de bem estar. Eupnéia......respiração normal. Eupnéia.....respira normal Eutanásia.....morte tranqüila, facilitando da morte nos casos incuráveis.é proibida.pela ética médica e pela lei. Eutócia.....parto natural. Eutrofobia.....boa alimentação. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES61 61 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM Evacuante.....medicamento que produz evacuações de um órgão, seja purgativo, vomito, diurético ou outro. Eventração.....hérnia do intestino na parede abdominal. Eventração.....saída total ou parcial de vísceras na parede abdominal, mas a pele continua íntegra. Evisceração.....remoção de vísceras. Evisceração.....saída das vísceras de sua situação normal. Exacerbação.....agravação dos sintomas. Exantema.....deflorência cutânea, qualquer erupção cutânea. Exantema.....erupção da pele. Excisão.....corte ou retirada de um órgão ou parte dele. Excitabilidade.....capacidade de reagir a um estimulo. Excreta.....os resíduos eliminados do corpo. Exftalmia.....projeção dos olhos para fora. Exodontia.....extração de dentes. Exostose.....projeção óssea para fora da superfície do corpo. Expectação.....ato de deixar a doença evoluir limitando-se o médico a atenuar os sintomas. Expectoração.....expelir secreção pulmonar"escarro". Expectorante.....medicamento que promove a expulsão de catarro e mucosidade da traquéia e brônquios. Exsudato.....substância liquida eliminada patológicamente. Extirpação.....retirada completa. Extrofobia.....reviramento de um órgão para fora. -- F -- Fadiga.....cansaço, esgotamento. Falo.....pênis. Faringectomia.....ablação cirúrgica da faringe. Faringite.....inflamação da faringe. Faringodímia.....dor na faringe. Faringoplegia.....paralisia dos músculos da faringe. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES62 62 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM Flebotomia.....incisão de uma veia, venosecção. Flegmasia.....inflamação. Flictema.....levantamento da epiderme, formando pequenas bolhas. Flictema.....vesícula, pequena bolha cheia de liquido. Flogístico.....inflamatório. Flogorgênico.....que provoca inflamação. Flogose.....inflamação. Fobia.....temor mórbido, sem motivo. Foco.....sede principal de uma doença. Foliculite.....inflamação de folículos. Folículos.....órgão microscópio existente no ovário, e que ao amadurecer forma o óvulo, também pequeno saco ou cavidade. Fomentação.....aplicação quente e úmida. Fontanela.....ou "moleira", parte não ossificada dos ossos do crânio em crianças até 10 á 12 meses. Forame....orifício, abertura. Fórceps obstétrico.....fórceps para aprender o feto e apressar ou facilitar o parto. Fórceps.....pinça. Fratura cominutiva.....fratura em que o osso de divide em mais de dois fragmentos. Fratura espontânea..... fratura óssea por rarefação(osteoporose) ou por outra doença óssea. Fratura exposta.....fratura com ruptura da pele e tecidos. Fratura.....divisão de ossos. Frenalgia.....dor no diafragma. Frenite.....inflamação no diafragma. Frontal.....osso da frente no crânio. Fulminante.....de marcha rápida e fatal. Fumigação.....desinfecção por meio de gases. Funda.....aparelho para manter a hérnia no lugar. Fungicida.....que mata os fungos. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES65 65 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM Fungo.....cogumelo parasito. Furúnculo.....infecção e inflamação de um folículo piloso. Furunculose.....aparecimento de vários furúnculos. -- G -- Galactagogo.....que estimula a secreção de leite. Galactocelo.....dilatação da glândula mamária em forma de cisto cheio de leite. Gânglio linfático.....é um nódulo ou um aglomerado de tecidos linfóide, dividido em compartimentos por um tecido fibroso. Gangliomite..... inflamação do gânglio. Gangrena de raynound.....gangrena simétrica das extremidades. Gangrena.....necrose maciça dos tecidos devido á falta de irrigação sanguínea. Garrote.....curativo compressivo para deter hemorragia, faz-se com um torniquete , é preciso afrouxar a cada hora,para evitar isquemia e gangrena. Gastralgia.....dor de estômago. Gastrectomia.....excisão de parte do estomago em casos de úlcera, câncer... Gástrico.....relativo ao estomago. Gastrite.....inflamação do estomago. Gastrocele.....hérnia do estomago. Gastrocolotomia.....incisão do estomago e do cólon. Gastrocópio.....instrumento para examinar o interior do estomago, mediante a introdução pelo esôfago de um foco luminoso e um espelho. Gastrodínia.....dor no estomago. Gastroduodenite.....inflamação do estomago e do duodeno. Gastroenterite.....inflamação simultânea do estomago e do intestino. Gastro-hepatico.....relativo ao estomago e ao fígado. Gastrolgia.....dor de estomago. Gastrólito.....presença de cálculo no estomago. Gastromalácia.....amolecimento do estomago. Gastropatia.....qualquer doença ou distúrbio do estomago Gastropexia.....operação para fixação do estomago caído. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES66 66 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM Gastroplastia.....operação plástica mo estomago. Gastroplegia.....paralisia do estomago. Gastroptose.....prolapso do estomago. Gastrorrafia.....sutura do estomago. Gastrorragia.....hemorragia pelo estomago. Gastrorréia....secreção excessiva pelo estomago. Gastroscopia.....exame do interior do estomago. Gastrostomia.....abertura de uma fístula gástrica. Gastrosucorréia.....excessiva secreção de suco gástrico pelo estomago. Gastrotaxia.....hemorragia no estomago. Gastrotomia.....incisão do estomago. Geléia de petróleo.....vaselina. Gemioplástia.....cirurgia plástica do queixo. Genal.....relativo á bochecha. Gengivite.....inflamação da gengiva. Geniano....relativo a queixo. Genitália.....os órgãos genitais. Genoplástia.....cirurgia plástica da bochecha. Geriatria.....estudo das doenças dos velhos. Germe.....micróbios. Germicida.....que mata os germes. Gigantismo.....doença causada pelo excesso da função hipófise. Glândula.....órgão que segrega um produto específico. Glicosúria.....presença de açúcar na urina normalmente isto não deve ocorrer. Glomerulite.....inflamação dos glomérulos do rim. Glossalgia.....dor na língua. Glossite.....inflamação da língua. Glúteo.....referente ás nádegas. Glutural.....relativo á garganta. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES67 67 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM Hipoestesia.....diminuição da sensibilidade. Hipofixia.....falta de oxigênio. Hipotensão....baixa pressão arterial. Hipotonia.....tonicidade muscular diminuída. Histerectomia.....extirpação do útero. Histeropexia.....operação para fixar o útero. Homolateral.....do mesmo lado. -- I -- I.A.M.....infarto agudo do miocárdio. I.C.A.....isquemia coronária aguda. Icterícia.....coloração amarelada da pele e mucosa. Inapetência.....falta de apetite, anorexia. Indolor.....sem dor. Ingestão.....ato de engolir, alimentos ou outras substancias. Inguinal.....relativo á virilha. Insônia.....falta de sono, impossibilidade de dormir. Intra.....dentro. Intranasal.....dentro da cavidade nasal. Intra-ósseo.....dentro do osso. Involução.....volta, regressão. Isquemia.....insuficiência local de sangue. Isquialgia.....dor no quadril. -- J -- Jejuno.....a segunda porção do intestino delgado. Jejunostomia.....ligação cirúrgica do jejuno ao abdômen, formando uma abertura artificial. Jugular.....referente ao pescoço. -- L -- Laparoscópio.....endoscópio para exame da cavidade abdominal. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES70 70 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM Laparotomia.....incisão do abdômen Lienteria.....diarréia de fezes líquidas contendo matéria não digerida. Lipotímia.....desmaio ligeiro com perda dos sentidos Litotomia.....abertura da bexiga para retirada de cálculos. Luxação....separação das superfícies óssea de uma articulação. -- M -- Mácula.....mancha rósea da pele sem elevação. Mácula.....mancha rósea na pele, sem elevação.Com elevação é Pápula. Marca passo.....aparelho elétrico(a pilha) que se implanta perto do coração para regular os impulsos destes, quando o nódulo sinoventricular não funciona normalmente. Mastalgia.....dor no seio. Meato.....abertura. Melena.....fezes escuras e brilhantes, com presenças de sangue. Melena.....hemorragia pelo ânus em forma de borra de café, é o sangue que vem do estômago ou duodeno e sofreu transformações químicas. Menarca.....primeira menstruação Menorralgia.....hemorragia menstrual. Metrorragia.....sangramento fora do período menstrual. Míase.....presença de larvas de moscas no organismo. Miastemia.....fraqueza muscular. Micção.....ato de urinar. Micção.....expulsão de urina da bexiga pela uretra. Mictúria.....micção freqüente á noite. Midríase.....dilatação da pupila. Miose.....contração da pupila. -- N -- Náusea.....enjôo, vontade de vomitar. Náuseas.....desconforto gástrico com impulsão para vomitar. Necrose.....morte dos tecidos localizados, de uma região do corpo. Nefro....Prefixo que indica "rim". PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES71 71 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM Neo.....neoplasia, câncer. Neurastemia.....esgotamento nervoso, depressão, cansaço facial. Nictalopia.....cegueira noturna. Nictúria.....micção freqüente á noite. Notalgia....dor na região dorsal. -- O -- Obeso.....gordo. Obstipação.....constipação rebelde, prisão de ventre. Obstrução.....bloqueio de uma canal. Odontalgia.....dor de dentes. Oligomenorréia.....menstruação insuficiente. Oligúria..... deficiência de eliminação urinaria "escassez". Oligúria.....diminuição da quantidade de urina. Omalgia.....dor no ombro. Ortopnéia.....acentuada falta de ar em decúbito dorsal. Otalgia.....dor de ouvido. -- P -- P.A.....pressão arterial. P.G.....paralisia geral. Palpitação.....batimento rápido do coração despertando sensação da existência deste órgão. Panturrilha.....barriga da perna. Paralisia.....diminuição ou desaparecimento da sensibilidade e movimentos. Parenteral.....por via que não é a bucal. Paresia.....paralisia incompleta. Paresia.....paralisia ligeira ou incompleta. Parestesia.....alteração da sensibilidade, desordem nervosa, com sensações anormais. Patéla.....rótulo, osso do joelho. Pélvis ou Pelve.....bacia óssea, constituída pelos ossos ilíaco e sacro. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES72 72 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM Taquipnéia.....aumento de freqüência dos movimentos respiratórios. Taquipnéia.....movimentos respiratórios acelerados. Tarsalgia....dor no pé. Tarso.....tornozelo. Tenalgia.....dor no tendão. Tetalgia.....dor no bico do seio. Tetraplegia.....paralisia dos quatros membros. -- U -- Úlcera varicosa.....ulceração da parte inferior da perna devido a redução no suprimento do sangue. Úlcera.....necrose gradual do tecido, com perda de substância. Úlcera.....necrose parcial do tecido com perda de substância. Ulceração.....formação de úlceras. Ulorragia.....hemorragia gengival. Ureteralgia.....dor no ureter. Uretralgia.....dor na uretra. Urina residual.....urina que permanece na bexiga após a micção.Mede-se mediante cateterismo. Urticária.....erupção eritematosa da pele com prurido. -- V -- Vasoconstrição.....contração dos vasos com estreitamento de seu cana ou luz. Vasodilatação.....dilatação dos vasos sanguíneos. Vertigem.....distúrbio neuro vegetativo, tontura. Vesículas.....bolhas. -- X -- Xantorréia.....corrimento vaginal amarelo,acre e purulento. Xerodérmia.....secura da pele. Xeromicteria.....falta de umidade nas vias nasais.--- PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES75 75 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM 12-ADMISSÃO E ALTA HOSPITALAR A internação é a admissão do paciente para ocupar um leito hospitalar, por período igual ou maior que 24 horas. Para ele, isto significa a interrupção do curso normal de vida e a convivência temporária com pessoas estranhas e em ambiente não-familiar. Para a maioria das pessoas, este fato representa desequilíbrio financeiro, isolamento social, perda de privacidade e individualidade, sensação de insegurança, medo e abandono. A adaptação do paciente a essa nova situação é marcada por dificuldades pois, aos fatores acima, soma-se a necessidade de seguir regras e normas institucionais quase sempre bastante rígidas e inflexíveis, de entrosar-se com a equipe de saúde, de submeter-se a inúmeros procedimentos e de mudar de hábitos. O movimento de humanização do atendimento em saúde procura minimizar o sofrimento do paciente e seus familiares, buscando formas de tornar menos agressiva a condição do doente institucionalizado. O período de internação do paciente finaliza-se com a alta hospitalar, decorrente de melhora em seu estado de saúde, ou por motivo de óbito. • Entretanto, a alta também pode ser dada por motivos tais como: 1- a pedido do paciente ou de seu responsável; 2- nos casos de necessidade de transferência para outra instituição de saúde; 3- na ocorrência de o paciente ou seu responsável recusar(em)-se a seguir o tratamento, mesmo após ter(em) sido orientado(s) quanto aos riscos, direitos e deveres frente à terapêutica proporcionada pela equipe. 4- Na ocasião da alta, o paciente e seus familiares podem necessitar e orientações sobre alimentação, tratamento medicamentoso, atividades físicas, curativos e outros cuidados específicos . momento m que a participação da equipe multiprofissional é importante para esclarecer dúvidas apresentadas. Após a saída do paciente, há necessidade de se realizar a limpeza da cama e mobiliário; se o mesmo se encontrava em isolamento, deve-se também fazer a limpeza de todo o ambiente (limpeza terminal): teto, paredes, piso e banheiro. As rotinas administrativas relacionadas ao preenchimento e encaminhamento do aviso de alta ao registro, bem como às pertinentes à contabilidade e apontamento em censo Hospitalar, deveriam ser realizadas por agentes administrativos. Na maioria das instituições hospitalares, porém, estas ações ainda ficam sob o encargo dos profissionais de enfermagem.O paciente poderá sair do hospital só ou acompanhado por familiares, amigos ou por um funcionário (assistente social, auxiliar, técnico de enfermagem ou qualquer outro profissional de saúde que a instituição disponibilize); dependendo do seu estado geral,em transporte coletivo, particular ou ambulância. Cabe à enfermagem registrar no prontuário a hora de saída, condições gerais, orienta ções prestadas, como e com quem deixou o hospital. Um aspecto particular da alta diz respeito à transferência para outro setor do mesmo estabelecimento, ou para outra institui ção. Deve-se considerar que a pessoa necessitará adaptar-se ao novo ambiente, motivo pelo qual a orientação da enfermagem é importante. Quando do transporte a outro setor ou à ambulância, o paciente deve ser transportado em maca ou cadeira de rodas, junto com seus pertences, prontuário e os devidos registros de enfermagem. No caso de encaminhamento para outro estabelecimento, enviar os relatórios médico e de enfermagem. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES76 76 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES77 77 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM LAVAGEM INTESTINAL Lavagem Intestinal: É a introdução de líquido no intestino através do ânus ou da colostomia. Material: irrigador com extensão clampada contendo solução prescrita: água morna, glicerina, solução salina, SF + glicerina, fleet enema, minilax; sonda retal (mulher: 22 ou 24 e homem: 24 ou 26); pincha para fechar o intermediário; gazes; vaselina ou xylocaína; cuba rim; papel higiênico; luva de procedimento; suporte de soro; comadre; biombo s/n; impermeável; lençol móvel; solução glicerinada ou fleet enema; saco para lixo. Procedimento: abrir o pacote do irrigador, conectar a sonda retal na sua borracha; colocar a solução (SF + glicerina) dentro do irrigador; retirar o ar da borracha; colocar a xylocaína numa gaze; colocar a cuba rim, gaze e irrigador completo numa bandeja e levar para o quarto; proteger a coma com impermeável e lençol móvel; dependurar o irrigador no suporte de soro à altura de 60cm do tórax do paciente; colocar a comadre sobre os pés da cama; colocar a paciente em posição de Sims; tirar ar da sonda sobre a cuba rim; clampar a extensão do irrigador; lubrificar a sonda reta 5 cm; calçar luvas; entreabrir as nádegas com papel higiênico; introduzir a sonda de 5 a 10 cm, usando uma gze, pedir ao paciente que inspire profundamente; firmar a sonda com uma mão e com a outra desclampar a extensão; deixar ecoar lentamente o líquido até restar pequena quantidade no irrigador; se a solução não estiver sendo infundida, fazer movimentos rotatórios; clampar a extensão, retirar a sonda com papel e desprezar na cuba rim; orientar o paciente a reter a solução, o quanto puder; oferecer comadre e papel higiênico à mão. SONDA NASOENTERAL (do nariz ao duodeno) Somente estará aberta se estiver infundido. Somente usada para alimentação. Material: sonda enteral DOOBBHOFF, com fio guia (mandril); seringa de 20ml; copo com água; gaze, benzina; toalha de rosto; xylocaína gel; fita adesiva; estetoscópio; biombo s/n; luvas de procedimento; sacos para lixo. Procedimento: Elevar a cabeceira da cama (posição Fowler – 45º) com a cabeceira inclinada para frente ou decúbito dorsal horizontal com cabeça lateralizada; Proteger o tórax com a toalha e limpar as narinas com gaze; Limpar o nariz e a testa com gaze e benzina para retirar a oleosidade da pele; Medir a sonda do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e até a base do apêndice (acrescentar mais 10cm) ; Marcar com adesivo; Calçar luvas; Injetar água dentro da sonda (com mandril); Mergulhar a ponta da sonda em copo com água para lubrificar; Introduzir a sonda em uma das narinas pedindo ao paciente que degluta, introduzir até a marca do adesivo; Retirar o fio guia após a passagem correta; Aguardar a migração da sonda para duodeno, antes de administrar alimentação (até 24hs) confirmada pelo RX; Observar sinais de cianose, dispnéia e tosse; PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES80 80 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM Para verificar se a sonda está no local: Injetar 20ml de ar na sonda e auscultar com esteto, na base do apêndice xifóide, para ouvir ruídos hidroaéreos; Colocar a ponta da sonda no copo com água, se tiver borbulhamento está na traquéia. Deve ser retirada. Toda vez que a sonda for aberta, para algum procedimento, dobrá-la para evitar a entrada de ar; Fechá-la ou conectá-la ao coletor; Fixar a sonda não tracionando a narina; Colocar o paciente em decúbito lateral direito para que a passagem da sonda até o duodeno seja facilitada pela peristalse gástrica. CATÉTER NASOFARÍNGEO Material: catéter estéril de 8 a 12; frasco umidificador de bolhas estéril; extensão de borracha; fluxômetro calibrado para rede de oxigênio; esparadrapo; gaze com lubrificante; 50ml de água destilada esterilizada. Procedimento: instalar o fluxômetro na rede de Oxigênio e testá-lo; colocar a água destilada esterilizada no copo do umidificador, fechar e conectá-lo ao fluxômetro; conectar a extensão plástica ao umidificador; identificá-lo com etiqueta (data, horário e volume de água); medir o catéter do início do canal auditivo à ponta do nariz, marcar com adesivo; lubrificar o catéter e introduzí-lo em uma das narinas, até aproximadamente 2 cm antes da marca do adesivo; conectar o catéter à extensão; abrir e regular o fluxômetro (conforme prescrição); Trocar o catéter diariamente, rodiziando as narinas. Trocar o umidificador e a extensão a cada 48hs. CÂNULA NASAL Material: cânula nasal dupla estéril; umidificador de bolhas estéril; extensão de borracha; fluxômetro calibrado por rede de oxigênio; 50 ml de AD esterilizada. Procedimento: instalar o fluxômetro e testá-lo; colocar água no copo do umidificador, fechá-lo e conectá-lo ao fluxômetro; conectar a extensão ao umidificador; identificar o umidificador com etiqueta (data, horário e volume de água); instalar a cânula nasal do paciente e ajustá-la sem tracionar as narinas; conectar a cânula à extensão, abrir e regula o fluxômetro (conforme prescrição). Trocar a cânula nasal diariamente. Trocar o umidificador e extensão plástica a cada 48 horas. NEBULIZAÇÃO Material: fluxômetro; máscara simples ou “Venturi” de formato adequado esterilizado; frasco nebulizador; extensão plástica corrugada (traquéia); 250 ml de água destilada esterilizada; etiqueta e folha de anotações de enfermagem. Procedimento: instalar o fluxômetro e testá-lo; PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES81 81 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM colocar a água no copo do nebulizador, fechar e conectar ao fluxômetro; conectar a máscara ao tubo corrugado, e este ao nebulizador; colocar a máscara no rosto do paciente e ajustá-la, evitando compressões; regular o fluxo de Oxigênio, de acordo com a prescrição; identificar o nebulizador com adesivo (data, hora e volume). Trocar a água do nebulizador 6/6hs, desprezando toda a água do copo e colocando nova etiqueta. Trocar o conjunto a cada 48 horas. INALAÇÃO Material: fluxômetro; micronebulizador, com máscara e extensão; 10ml de SF ou água destilada esterilizada; medicamento; etiqueta; gaze esterilizada; folha de anotações; Procedimento: instalar o fluxômetro na rede de Oxigênio ou ar comprimido e testá-lo; abrir a embalagem do micronebulizador e reservá-lo; colocar o SF ou AD no copinho, acrescentar o medicamento, fechar e conectar ao fluxômetro; conectar a máscara ao micronebulizador; regular o fluxo de gás (produzir névoa 5L/min); aproximar a máscara do rosto do paciente e ajustá-la, entre o nariz e a boca, solicitando que respire com os lábios entreabertos; manter o micronebulizador junto ao rosto do paciente, por 5 minutos, ou até terminar a solução (quando possível orientá-lo a fazê-lo sozinho); identificar com etiqueta (data, horário de instalação); fechar o fluxômetro e retirar o micronebulizador; secar com gaze, recolocá-lo na embalagem e mantê-lo na cabeceira do paciente. Trocar o nebulizador a cada 48 horas. ASPIRAÇÃO Material: sonda de aspiração de calibre adequado; intermediário de conector Y; luva estéril; aparelho de sucção; frasco com água (500ml) de SF 0.9% para limpeza do circuito após a utilização; gaze estéril; máscara de proteção; seringa de 10 ml s/n; agulhas 40x12 s/n; ampola de SF s/n; saco de lixo. Procedimento: colocar água e sabão no frasco coletor; testar o aspirador; elevar a cabeça do paciente e lateralizá-la; abrir a extremidade da sonda e adaptar ao aspirador; manter o restante da sonda na embalagem; colocar a máscara e a luva (considerar uma das mãos estéril e a outra não); introduza a sonda com a válvula aberta, na fase inspiratória, abrindo o Y; aspire e retire a sonda com a mão estéril; desprezar em caso de obstrução e colocar as luvas (s/n fluidificar a secreção, instalando 2ml de SF); aspirar a boca e nariz com nova sonda; lavar todo o circuito com SF e desprezar a sonda; trocar todo circuito a 24hs. Anotar data e hora; quantidade; característica da secreções; reações do paciente; Aspirar durante 15 s e dar intervalos de 30 segundos. SONDA VESICAL Mulher: 14 a 16 Homem: 16 a 18 PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES82 82 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM lubrificar a sonda reta 5 cm; calçar luvas; entreabrir as nádegas com papel higiênico; introduzir a sonda de 5 a 10 cm, usando uma gze, pedir ao paciente que inspire profundamente; firmar a sonda com uma mão e com a outra desclampar a extensão; deixar ecoar lentamente o líquido até restar pequena quantidade no irrigador; se a solução não estiver sendo infundida, fazer movimentos rotatórios; clampar a extensão, retirar a sonda com papel e desprezar na cuba rim; orientar o paciente a reter a solução, o quanto puder; oferecer comadre e papel higiênico à mão. LAVAGEM GÁSTRICA É a introdução através da SNG, de líquido na cavidade gástrica, seguida de sua remoção. Observações importantes: Deixar o paciente em jejum de 8 a 10 horas; Suspender anticolinérgicos por 48 horas, que inibe a secreção gástrica; Decúbito lateral esquerdo, pela posição anatômica. IRRIGAÇÃO CONTÍNUA Material: sonda de 3 vias; SF para irrigação; Equipo de soro; Luvas de procedimento; Folha de impresso; Coletor; Suporte de soro; Procedimento: preparar a solução; pendurá-lo no suporte; s/n sonde o paciente; conectar a sonda ao equipo da solução; substituir a solução sempre que necessário; controlar o gotejamento e observar a permeabilidade; calçar luvas; medir volume drenado; VOL. DRENADO – VOL. INFUNDIDO = VOL. TOTAL Observar características; Anotar balanço; TIPO CLISTER Antisséptico: combate a infecção; Adstringente: contrair os tecidos intestinais; Carminativo: eliminar as flatulências; Sedativo: aliviar a dor (C.A.); Anti-helmíntico: destruir vermes; Emolientes: amolecer as fezes; Água gelada: diminuir a febre; Enema salena: eliminar as fezes; Enema irritativo: irrita o intestino provocando eliminação das fezes (feita com sulfato de magnésio). RETIRADA DE PONTOS Material: 1 pinça Kocker, 1 pinça Kelly, 1 pinça dente de rato e 1 anatômica; gazes esterilizados; soro fisiológico; tesoura de iris ou lâmina de bisturi ou gilete esterilizada; PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES85 85 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM fita adesiva; saco plástico. Procedimento: Faz-se a limpeza da incisão cirúrgica, obedecendo a técnica do curativo; umideça os pontos com soro fisiológico, secar; com a pinça anatômica, segura-se a extremidade do fio e com a tesoura corta-se a parte inferior do nó; coloca-se uma gaze próxima à incisão, para depoisitar os pontos retirados; após o procedimento, fazer a limpeza local com técnica asséptica. CATETERISMO VESICAL É a introdução de um catéter estéril através da uretra até a bexiga (através do orifício externo ou meato urinário) com o objetivo de drenar a urina, sendo utilizado a técnica asséptica. LAVAGEM DA SONDA APÓS QUALQUER ADMINISTRAÇÃO (Dieta ou Medicamento) Observações: Orientar para que o paciente respire pela boca durante o procedimento; Se o medicamento a ser ministrado for comprimido, ele deve ser macerado. RETIRADA DE SONDA NASOGÁSTRICA Apertar a sonda e puxá-la rapidamente a fim de evitar a entrada de alimentos ou água da mesma traquéia; pedir para que o paciente prenda a respiração. LAVAGEM GÁSTRICA É a introdução através da SNG, de líquido na cavidade gástrica, seguida de sua remoção. Observações importantes: Deixar o paciente em jejum de 8 a 10 horas; Suspender anticolinérgicos por 48 horas, que inibe a secreção gástrica; Decúbito lateral esquerdo, pela posição anatômica. PREPARO DO CORPO APÓS O ÓBITO A morte ou óbito significa a cessação da vida, com interrupção irreversível das funções vitais do organismo e, legalmente, deve ser constatada pelo médico. Após a morte, observa-se esfriamento do corpo, manchas generalizadas de coloração arroxeada, relaxamento dos esfíncteres e rigidez cadavérica. A equipe de enfermagem deve anotar no prontuário a hora da parada cardiorrespiratória, as manobras de reanimação, os medicamentos utilizados, a hora e causa da morte e o nome do médico que constatou o óbito. Somente após essa constatação inicia-se o preparo do corpo: limpeza e identificação, evitar odores desagradáveis e saída de secreções e sangue e adequar a posição do corpo antes que ocorra a rigidez cadavérica. Faz-se necessário lembrar que o cadáver merece todo respeito e consideração, e que sua família deve ser atendida com toda a aten- ção, respeitando-se sua dor e informando-a cuidadosamente, de modo compreensível, sobre os procedimentos a serem realizados. Geralmente, é o médico quem fornece a informação da causa e hora da morte; no entanto, atualmente, a presença do familiar junto ao paciente terminal tem sido incentivada e autorizada (.visitas liberadas.), o que permite à família acompanhar mais de perto a situação. Na medida do possível, durante a fase terminal, é imprescindível que a equipe de enfermagem sensibilize-se na ajuda/amparo ao familiar do2paciente, o que pode ser conseguido ouvindo- o com atenção, tocando- o, rezando com ele e incentivando-o para que traga músicas suaves que o paciente-família gostem. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES86 86 APOSTILA DE FUNDAMENTOS EM ENFERMAGEM Preparo do corpo Antes de preparar o material a ser utilizado, verificar se há necessidade de realizar a higiene do corpo; a seguir, providenciar algodão, pinça pean ou similar, atadura de crepe, benzina ou similar para remover esparadrapo, maca sem coxim, lençóis, biombo (se houver outros pacientes no quarto) e etiqueta de identificação preenchida e assinada pelo enfermeiro ou responsável. Após a limpeza do corpo e retirada de drenos, sondas, cateteres e outros objetos, realizar o tamponamento de cavidades caso não haja contra-indicação religiosa/cultural e se esta for a rotina normal da instituição. Com o auxílio da pinça, tamponar com algodão as cavidades do ouvido, nariz, boca, ânus e vagina, objetivando evitar a saída de secreções. Antes que ocorra a rigidez cadavérica, fechar os olhos do morto, colocar dentadura ou ponte móvel (se houver) e, com o auxílio de ataduras de crepe, fixar o queixo, pés e mãos. A etiqueta de identificação deve ficar presa ao pulso, e o corpo mantido em posição anatômica: decúbito dorsal e braços sobre o tórax. O corpo deve ser transferido para maca forrada com lençol disposto em diagonal - com o qual será enrolado, coberto e transportado ao necrotério. Os valores e pertences devem ser entregues aos familiares – na ausência dos mesmos, arrolados e guardados em local apropriado. Recomenda- se não descartar pertences que aparentemente não possuem valor, como papel de orações, revistas, etc., deixando para os familiares atarefa de selecionar o que deve ser desprezado. Após esses procedimentos, dar destino adequado aos aparelhos e materiais utilizados na reanimação e providenciar a limpeza da unidade. 121 6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -CÁLCULO DE MEDICAMENTOS SEMIOTÉCNICA - CÁLCULO DE MEDICAMENTOS • Para preparar e administrar medicamentos, é preciso considerar 11 saberes, segundo Figueiredo et al (2003, p.173): 1. Saber quem é o cliente; 2. Saber quais são suas condições clínicas; 3. Saber seu diagnóstico; 4. Saber qual é o medicamento; 5. Saber as vias; 6. Saber as doses; 7. Saber calcular; 8. Saber as incompatibilidades; 9. Saber sobre interações medicamentosas, ambientais, pessoais e alimentares; 10. Saber sentir para identificar sinais e sintomas de ordem subjetiva; 11. Saber cuidar. Cabe destacar que, a dose adequada é uma das partes mais delicadas da administração de medicamentos e envolve responsabilidade, perícia e competência técnico-científica. Logo, é necessário que a enfermeira entenda alguns conceitos: - Dose: quantidade de medicamento introduzido no organismo a fim de produzir efeito terapêutico. - Dose máxima: maior quantidade de medicamento capaz de produzir ação terapêutica sem ser acompanhada de sintomas tóxicos. - Dose tóxica: quantidade que ultrapassa a dose máxima e pode causar conseqüências graves; a morte é evitada se a pessoa for socorrida a tempo. - Dose letal: quantidade de medicamento que causa morte. - Dose de manutenção: quantidade que mantém o nível de concentração do medicamento no sangue. 1. Unidades de medida: - grama: unidade de medida de peso; sua milésima parte é o miligrama (mg), logo 1g corresponde a 1000mg e 1000g correspondem a 1 kg. - litro: unidade de volume; sua milésima parte corresponde ao ml, logo, 1000ml é igual a 1l; dependendo do diâmetro do conta-gotas, 1ml corresponde a 20 gotas e 1 gota corresponde a 3 microgotas. - centímetro cúbico (cc ou cm³): é similar ao ml, logo 1cc equivale a 1ml. 2. Noções elementares: Solução é uma mistura homogênea composta de duas partes. PROFESSORA IRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES87 87
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