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Hormonios Sexuais, Notas de estudo de Biomedicina

Hormonios Sexuais

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 13/10/2010

ruthie-lopes-9
ruthie-lopes-9 🇧🇷

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Baixe Hormonios Sexuais e outras Notas de estudo em PDF para Biomedicina, somente na Docsity! CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAQUARA – UNIARA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE BIOMEDICINA FISIOLOGIA HUMANA II “HORMÔNIOS SEXUAIS” Rute Lopes 3709-008 Araraquara 2010 1 SUMÁRIO Hormônios Sexuais...............................................................................................2 Testosterona...........................................................................................................2 Secreção.............................................................................................................2 Funções..............................................................................................................4 Estrógeno e Progesterona.....................................................................................6 Funções dos Estrogênios................................................................................... 7 Funções da Progesterona................................................................................... 9 Secreção...........................................................................................................10 Comentários Pessoais......................................................................................... 11 Referências Bibliográficas..................................................................................11 2 A testosterona começa a ser elaborada pelos testículos do feto masculino em torno da sétima semana da vida embrionária. Com efeito, uma das principais diferenças funcionais entre os cromossomas sexuais femininos e masculinos é que o cromossoma masculino faz com que a crista genital recém-diferenciada secrete testosterona, enquanto o cromossoma feminino faz com que essa crista secrete estrogênio. A injeção de grandes quantidades de hormônio sexual masculino em fêmeas grávidas ocasiona o desenvolvimento de órgãos sexuais masculinos, apesar de o feto ser do sexo feminino. Além disso, a remoção dos testículos de um feto do sexo masculino causa o desenvolvimento de órgãos sexuais femininos. Por conseguinte a testosterona secretada inicialmente pelas cristas genitais e, mais tarde, pelos testículos fetais é responsável pelo desenvolvimento dos caracteres sexuais masculinos, incluindo formação do pênis e da bolsa escrotal em lugar da formação do clitóris e da vagina. Além disso determina a formação da glândula prostática, das vesículas seminais e dutos genitais masculinos, suprimindo, ao mesmo tempo, a formação dos órgãos genitais femininos. Em geral, os testículos descem para a bolsa escrotal durante os dois últimos meses da gestação, quando já secretam quantidades razoáveis de testosterona. Se o bebê do sexo masculino nasceu com testículos não-descidos, porém normais sob os demais aspectos, a administração de testosterona pode induzir a descida normal, se os canais inguinais forem grandes o suficiente para permitir sua passagem. A administração de hormônios gonadotrópicos, que estimulam as células de Leydig dos testículos a produzir testosterona, também pode ocasionar a descida dos testículos. Por conseguinte, o estímulo para a descida dos testículos é a testosterona, indicando, novamente, ser a testosterona um hormônio importante para o desenvolvimento sexual masculino durante a vida fetal. Após a puberdade, o reinicio da secreção da testosterona determina aumento de até 8 vezes do tamanho do pênis, da bolsa escrotal e dos testículos antes dos 20 anos de idade. Além disso, a testosterona induz, ao mesmo tempo, o desenvolvimento dos "caracteres secundários" do homem, que começa na puberdade e termina na maturidade. A testosterona provoca crescimento de pêlos sobre o púbis, para cima, ao longo da linha alba, às vezes até o umbigo e acima, na face, geralmente no peito, e com menos freqüência em outras regiões do corpo, como as costas. Além disso, faz com que os pêlos da maior parte das outras regiões do corpo se tornem mais abundantes. A testosterona diminui o crescimento de cabelos no alto da cabeça; o homem cujos testículos não estejam funcionantes não fica calvo. Todavia, muitos homens viris nunca se tornam calvos, porque a calvície resulta de dois fatores: em primeiro lugar, uma predisposição genética para o desenvolvimento de calvície e, em segundo lugar, superposta a essa predisposição genética, presença de grandes quantidades de hormônios androgênicos. A mulher com predisposição genética adequada e que desenvolve tumor androgênico de longa duração fica calva da mesma forma que o homem. A testosterona, secretada pelos testículos ou injetada no organismo, provoca hipertrofia da mucosa da laringe e aumento desse órgão. A princípio, os efeitos causam uma voz dissonante e "rachada" que gradualmente se transforma na voz grave típica do adulto do sexo masculino. A testosterona aumenta a espessura da pele em todo o corpo, bem como a consistência dos tecidos subcutâneos. Ela aumenta a velocidade de secreção de algumas (ou talvez de todas) glândulas sebáceas. A secreção excessiva das glândulas sebáceas da face é especialmente importante, uma vez que essa hipersecreção pode resultar em acne. Por conseguinte, a acne constitui uma das características mais comuns da adolescência, quando o organismo masculino começa a sofrer o efeito do aumento da secreção de testosterona. Depois de vários anos de secreção desse hormônio, a pele se adapta a ele, o que lhe permite vencer a acne. Uma das características masculinas mais importantes consiste no desenvolvimento de maior musculatura após a puberdade resultando em aumento médio de cerca de 50% da massa muscular em relação à da mulher. Essa maior musculatura está associada a aumento de proteínas em outras partes do corpo. Muitas das alterações cutâneas também decorrem da deposição de proteínas na pele, e as alterações da voz provavelmente resultam dessa função anabólica protéica da testosterona. Devido ao efeito muito potente da testosterona sobre a musculatura corporal, esse hormônio (ou, com mais freqüência, um androgênio sintético) é muito utilizado pelos atletas para melhorar seu desempenho muscular. Essa prática deve ser severamente censurada, devido aos efeitos 5 prejudiciais do excesso de testosterona. Além disso, a testosterona é utilizada na velhice como "hormônio da juventude", visando melhorar a força e o vigor muscular. Por fim, a testosterona possui efeito específico sobre a pelve, que consiste em estreitar a abertura pélvica, alongá-la, induzir uma forma em funil, em lugar da forma ovóide larga da pelve feminina, e aumentar acentuadamente a força de toda a pelve para a sustentação de carga. Na ausência de testosterona, a pelve masculina desenvolve-se com características muito semelhantes às da pelve feminina. Devido à capacidade da testosterona de aumentar o tamanho e a força dos ossos, esse hormônio é quase sempre utilizado na velhice para evitar a osteoporose. Quando grandes quantidades de testosterona ou de qualquer outro androgênio são secretadas na criança em fase de crescimento, a velocidade de crescimento ósseo aumenta acentuadamente, ocasionando também um estirão do crescimento total. Todavia, a testosterona também ocasiona a fusão das epífises dos ossos longos com as diáfises em fase precoce da vida. Por conseguinte, apesar da rapidez do crescimento, essa união precoce das epífises impede que o indivíduo se torne tão alto quanto seria se não houvesse secreção de testosterona. Até mesmo nos homens normais, a altura final é ligeiramente menor do que teria sido se o indivíduo tivesse sido castrado antes da puberdade. A injeção de grandes quantidades de testosterona pode aumentar a intensidade do metabolismo basal por até 15%, e acredita-se que até mesmo a quantidade habitual de testosterona secretada pelos testículos durante a adolescência e o início da vida adulta aumente o metabolismo em cerca de 5 a 10% acima do valor que seria encontrado se os testículos não fossem ativos. Esse aumento da intensidade metabólica representa possivelmente uma conseqüência direta do efeito da testosterona sobre o anabolismo protéico, visto que a quantidade aumentada de proteínas — especialmente enzimas — aumenta a atividade de todas as células. Quando são injetadas quantidades normais de testosterona no adulto castrado, o número de eritrócitos por milímetro cúbico de sangue aumenta por 15 a 20%. Além disso, o homem médio possui cerca de 700.000 eritrócitos a mais do que a mulher por milímetro cúbico. Todavia, essa diferença pode ser devida, em parte, ao aumento da intensidade metabólica após administração da testosterona, e não a um efeito direto sobre a produção de eritrócitos. Muitos hormônios esteróides diferentes podem aumentar a reabsorção de sódio nos túbulos distais dos rins. A testosterona possui esse efeito, porém em pequeno grau, quando comparado com os mineralocorticóides supra-renais. Todavia, após a puberdade, os volumes de sangue e de líquido extracelular do homem aumentam levemente em relação a seu peso. Estrógeno e Progesterona Os dois tipos de hormônios sexuais ovarianos são os estrogênios e as progestinas. Sem dúvida alguma, o mais importante dos estrogênios é o estradiol, enquanto a progestina mais importante é a progesterona. Os estrogênios promovem principalmente a proliferação e o crescimento de células específicas no organismo e são responsáveis pelo aparecimento da maioria dos caracteres sexuais secundários da mulher. Por outro lado, as progestinas estão implicadas quase totalmente com a preparação final do útero para a gravidez e das mamas para a lactação. Na mulher não-grávida normal, os estrogênios só são secretados em grandes quantidades pelos ovários, embora quantidades diminutas sejam secretadas pelo córtex supra-renal. Durante a gravidez, a placenta também secreta enormes quantidades desses hormônios. Apenas três estrogênios estão presentes em quantidades significativas no plasma da mulher: ßN -esiradiol, estrona e estriol. O principal estrogênio secretado pelos ovários é o ßï -estradiol. Verifica-se também a secreção de pequenas quantidades de estrona, porém a maior parte desse hormônio é formada nos tecidos periféricos a partir dos androgênios secretados pelo córtex supra-renal e pelas células da teca do ovário. O estriol é um produto oxidativo estrogênico muito fraco derivado do estradiol e da estrona, cuja conversão ocorre principalmente no fígado. 6 A potência estrogênica do ßÅ -estradiol é 12 vezes maior que a da estrona e 80 vezes maior que a do estriol. Considerando-se essas potências relativas, podemos verificar que o efeito estrogênico total do ßÍ –estradiol é, em geral, muitas vezes maior que dos outros dois reunidos. Por esse motivo, o ß6 - estradiol é considerado como o principal estrogênio, apesar de os efeitos estrogênicos da estrona não serem desprezíveis. Sem dúvida alguma, a progesterona é a mais importante das progestinas. Todavia, pequenas quantidades de outra progestina, a 17-a hidroxiprogesterona, também são secretadas com a progesterona e possuem essencialmente os mesmos efeitos. Contudo, para finalidades práticas, é geralmente conveniente considerar a progesterona como a única progestina importante. Na mulher não-grávida normal, a progesterona só aparece em quantidades significativas durante a segunda metade de cada ciclo ovariano, quando é secretada pelo corpo lúteo. Durante a primeira metade do ciclo ovariano, a progesterona ocorre apenas em quantidades diminutas no plasma, sendo secretada em quantidades aproximadamente iguais pelos ovários e pelo córtex supra-renal. Contudo, a placenta também secreta quantidades muito grandes de progesterona durante a gravidez, especialmente depois do quarto mês de gestação. Esses hormônios, todos eles esteróides, são sintetizados nos ovários, principalmente, a partir do colesterol proveniente do sangue, mas, também, em menor grau, a partir da acetilcoenzima A, pela combinação de muitas de suas moléculas para formar o núcleo esteróide apropriado. No processo da síntese, a progesterona e o hormônio sexual masculino testosterona são formados em primeiro lugar; a seguir, durante a fase folicular do ciclo ovariano, antes desses hormônios saírem do ovário, quase toda a testosterona e grande parte da progesterona são convertidas em estrogênios pelas células da granulosa. Durante a fase lútea do ciclo, a quantidade de progesterona formada é muito grande para que toda ela seja convertida, o que explica a acentuada secreção de progesterona observada nessa fase. Mesmo assim, a testosterona é secretada no plasma pelos ovários em quantidade da ordem de 1/15 da que é secretada no plasma pelos testículos. Os estrogênios e a progesterona são transportados no sangue ligados principalmente à albumina plasmática às globulinas específicas de ligação de estrogênio e de progesterona. Todavia, a ligação desses hormônios às proteínas plasmáticas é frouxa o suficiente para que sejam rapidamente liberados nos tecidos dentro de 30 minutos ou mais. Funções dos Estrogênios A principal função dos estrogênios é causar a proliferação celular e o crescimento dos tecidos dos órgãos sexuais e de outros tecidos relacionados à reprodução. Durante a infância, os estrogênios só são secretados em diminutas quantidades, porém, após a puberdade, a quantidade de estrogênios secretada sob a influência dos hormônios gonadotrópicos hipofisários sofre aumento de cerca de 20 vezes ou mais. Nessa ocasião, os órgãos sexuais femininos transformam-se e passam a adquirir as características da mulher adulta. Os ovários, as tubas uterinas, o útero e a vagina aumentam de tamanho várias vezes. Além disso, a genitália externa aumenta com a deposição de gordura no monte pubiano e nos grandes lábios e com o aumento dos pequenos lábios. Além disso, os estrogênios alteram o epitélio vaginal de tipo cubóide, transformando-o em tipo estratificado, que é consideravelmente mais resistente ao traumatismo e às infecções do que o epitélio pré-puberal. Nas crianças, infecções como vaginite gonorréica podem, na realidade, ser curadas simplesmente pela administração de estrogênios, devido ao conseqüente aumento da resistência do epitélio vaginal. Durante os primeiros anos após a puberdade, o útero aumenta por duas a três vezes. Entretanto, mais importante do que o aumento de tamanho são as alterações que ocorrem no endométrio sob a influência dos estrogênios, uma vez que esses hormônios determinam acentuada proliferação do estroma endometrial e intensificam muito o desenvolvimento das glândulas endometriais que, mais tarde, ajudarão a nutrição do ovo implantado. Os estrogênios exercem efeito sobre o revestimento mucoso das tubas uterinas, semelhante ao observado no endométrio uterino: determinam a proliferação dos tecidos glandulares e, de especial importância, provocam aumento do número de células epiteliais ciliadas que revestem as tubas uterinas. Além disso, a atividade dos cílios aumenta de modo considerável, vibrando sempre no sentido do útero. Isso ajuda a impelir o ovo fertilizado em direção ao útero. 7
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