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febre - mitos que determinam condutas, Notas de estudo de Enfermagem

artigo sobre febre

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 18/10/2010

bianca-souza-7
bianca-souza-7 🇧🇷

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Baixe febre - mitos que determinam condutas e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! Página 1: Febre: mitos que determinam condutas Febre: mitos que determinam condutas Lenita Wannmacher* e Maria Beatriz Cardoso Ferreira† 9 Introdução regulação da temperatura corporal depende do balanço entre produção de calor (a partir de todos os processos metabólicos) e perda de calor (por trocas com o ambiente). Havendo elevação de temperatura corporal, o centro térmico hipotalâmico ativa fibras eferentes autonômicas que determinam vasodilatação cutânea e aumentam a produção de suor. Controles homeostáticos orgânicos são responsáveis pela variação rítmica diária de temperatura corporal que oscila fisiologicamente entre 36 o C (início da manhã) e 37,5 o C (fim da tarde) 1 . Alterações de temperatura têm vários determinantes, entre eles infecção, seqüela de dano tecidual, inflamação, rejeição a enxerto, câncer, outros estados de doença, medicamentos, excesso de atividade musculoesquelética e exposição a grandes temperaturas ambientais. O tratamento deve primariamente direcionar-se à causa do problema. O que se discute é: quando e como febre deve ser combatida. O enfrentamento dessa manifestação vem-se pautando por mitos, carentes de fundamentos que os sustentem. Tal panorama é ainda pior quando há evidências que apontam caminhos opostos. Resumo Em relação à febre há mitos que se difundem entre profissionais de saúde e pacientes, entre eles os de que febre é doença que precisa ser rapidamente debelada, de que controle de febre alta previne a recorrência de convulsões, de que dipirona é mais eficaz que antitérmicos comuns e de que paracetamol em doses próximas das terapêuticas associa-se a hepatopatias. Condutas usuais se pautam por essas crenças. No entanto, evidências contemporâneas apontam que hipertermia pode ser manifestação de defesa orgânica, não devendo ser prontamente atacada na ausência de comprometimento do estado geral do paciente. Também não se previne recorrência de convulsões em pacientes suscetíveis com antipiréticos, até porque aquelas podem reaparecer com temperaturas mais baixas, em episódios febris de menor duração. A propalada supremacia da dipirona pode dever-se ao uso de subdoses de outros antitérmicos ou de não aguardo do período de latência ou de administração do fármaco mais tardiamente, quando o episódio febril está próximo a seu término. Paracetamol é considerado seguro em doses terapêuticas. Algumas medidas não-medicamentosas de resfriamento corporal são facilmente disponíveis e de baixo custo, não devendo ser esquecidas ou preteridas, embora sua eficácia seja controversa. Os profissionais da saúde, mediante adequada informação, podem diminuir os temores (fobia da febre) de pais e cuidadores em relação ao risco de desenvolvimento de convulsão febril. * Lenita Wannmacher é professora de Farmacologia Clínica, aposentada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e atualmente da Universidade de Passo Fundo, RS. Atua como consultora do Núcleo de Assistência Farmacêutica da ENSP/FIOCRUZ para a questão de seleção e uso racional de medicamentos. É membro do Comitê de Especialistas em Seleção e Uso de Medicamentos Essenciais da OMS, Genebra, para o período 2000-2004. É autora de três livros de Farmacologia Clínica. †Maria Beatriz Cardoso Ferreira é Professora Adjunta do Departamento de Farmacologia do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Doutora em Fisiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Especialista em Anestesiologia (TSA/SBA). ISSN 1810-0791 Vol. 1, Nº9 Brasília, Agosto de 2004 A O primeiro mito: Pacientes e médicos normalmente encaram a febre como doença em si própria, e há preocupação com seu pronto tratamento. Este privilegia o emprego de medicamentos, sem valorizar o benefício de medidas não-medicamentosas, como resfriamento corporal (banho e compressas mornas etc.) e ambiental (por exemplo, arejamento do quarto). O segundo mito: O controle estrito de hipertermia em crianças previne convulsões febris ou reduz seu risco de recorrência nas crianças suscetíveis 2 . O terceiro mito: Pacientes e médicos acreditam que alguns antitérmicos (ácido acetilsalicílico, paracetamol e ibuprofeno, por exemplo) não sejam tão eficazes quanto dipirona na supressão da febre, opinião muito difundida em pediatria. O quarto mito: Há a crença de que paracetamol, em doses próximas às terapêuticas, pode associar-se a lesões hepáticas, especialmente em pacientes hepatopatas e alcoolistas. Página 2: Febre: mitos que determinam condutas Indicação racional e meios de controle de febre Com raras exceções, febre é somente uma manifestação de doença, tendo inclusive papel de defesa orgânica. Sugere-se, por exemplo, que febre represente um efeito benéfico decorrente de mecanismo de resistência do hospedeiro a infecções 3-5 . Controversa é a necessidade de tratar febre quando é manifestação isolada 2,6,7 . Há quem argumente que intervenções destinadas a eliminar a febre possam interferir no diagnóstico e no processo de cura da doença causal. Estudos em modelos experimentais de sepse sugeriram que tratamento antitérmico vigoroso pode aumentar a mortalidade 8 . Em ensaio clínico randomizado 9 , ibuprofeno não aumentou a sobrevida de pacientes com sepse, embora tenha tido efeito salutar sobre a temperatura e o metabolismo. Esses dados corroboram que febre pode ser manifestação de defesa orgânica e ter efeito benéfico nos mecanismos de resistência do hospedeiro a infecções. Outro aspecto a considerar diz respeito aos efeitos adversos específicos dos medicamentos antitérmicos, capazes de se somarem aos riscos de diminuir a febre. Assim, o controle só se justifica quando a hipertermia compromete o estado geral do paciente 10 . A maioria das crianças não se sente desconfortável até temperaturas de 39,5 a 40 o C 11 . No entanto, em hospitais é usual haver sistema de vigilância estrito para elevação de temperatura corporal, imediatamente tratada com antitérmicos, prescritos a priori. Ora, antipiréticos só estão indicados quando a temperatura acerca-se de 39 o C e acompanha-se de respiração rápida ou sensação de muito calor. Por outro lado, vários trabalhos preconizam que se pode aliviar o paciente (especialmente a criança) com medidas físicas de resfriamento (esponjas mornas, banho com água morna, remoção de roupas e resfriamento do ambiente) facilmente disponíveis e de baixo custo 12-14 . No entanto, Purssel 15 chama a atenção para o rápido início e a pequena duração de efeito das esponjas na queda da temperatura, de tal modo que seu uso oferece pequena vantagem sobre a administração isolada de paracetamol na maioria dos casos, especialmente quando se considera o tempo despendido em realizar o método não-farmacológico. Revisão sistemática Cochrane 16 , envolvendo sete ensaios clínicos (467 participantes), avaliou diferentes estratégias não-medicamen- tosas. Métodos físicos não diferiram do placebo em eficácia ou segurança. Em dois ensaios, em que todas as crianças receberam paracetamol, métodos físicos resultaram em maior proporção de crianças sem febre em uma hora. Efeitos adversos leves foram mais comuns nos grupos que receberam resfriamento do que nos que tomaram apenas paracetamol. Um terceiro estudo não encontrou diferenças entre os grupos. Os efeitos adversos comuns do resfriamento incluem calafrios e desconforto. Esponjas frias podem causar constrição vascular periférica, com isso aumentando a conservação de calor. Também podem aumentar o gasto de energia orgânica e induzir tremor de frio 17 . Em conjunto, essas evidências apontam para o papel coadjuvante dos métodos físicos no controle da hipertermia, sobretudo enquanto se aguarda o período de latência dos medicamentos. Controle de febre na prevenção de convulsões febris Convulsão febril em criança entre seis meses e cinco anos de idade, sem outra causa que a explique, ocorre em aproximadamente 4% de uma população de crianças saudáveis 18 . Offringa e colaboradores 19 realizaram metanálise de cinco estudos (2.496 crianças) para definir os riscos de recorrência de convulsões febris. Concluíram que, após uma primeira convulsão febril, a probabilidade de recorrência em subseqüentes episódios de febre depende da idade em que houve o primeiro episódio (12-24 meses), história de convulsões febris ou não-provocadas em familiares de primeiro grau e presença de moderada elevação de temperatura (inferior a 40 0 C na medida retal). Berg e Shinnar 20 salientam que breve duração de febre antes da primeira convulsão foi um marcador para o risco de subseqüentes convulsões não-provocadas em 6% de 428 crianças acompanhadas por dois anos. Portanto, é febre de breve duração e pouca intensidade que se correlaciona com risco de recidivas de convulsões. No entanto, médicos e leigos acreditam que o controle da “febre alta” é imprescindível para prevenir as convulsões febris 21 . Tal crença também ocasiona a instalação imediata de terapia antitérmica, pelo medo de alcançar altos níveis de temperatura, mesmo em crianças sem risco adicional para convulsões. Um estudo mostrou que o medo dos pais em relação aos efeitos adversos da febre nas crianças (também chamado de fobia da febre) é muito comum, devendo-se, na maioria das vezes, a mitos 22 . Offringa e Moyer 23 buscaram evidências determinantes do benefício da profilaxia com antipiréticos, comparada com não-intervenção, nas futuras convulsões febris. Em sua revisão, descreveram um ensaio clínico randomizado e controlado por placebo 24 , realizado em crianças entre um e quatro anos, com pelo menos um fator de risco para a recorrência da convulsão. Nele, xarope de ibuprofeno – administrado na dose de 5 mg/kg, a cada seis horas, durante o episódio febril (temperatura >38,4C) – não diferiu significativamente do placebo em relação ao risco relativo de recorrência de convulsão nos 12 meses de seguimento. Dois outros estudos mostraram que o tratamento antipirético durante o episódio febril não reduziu a taxa de recorrência de convulsão 25,26 . Segundo as evidências atuais, pois, o uso de antitérmicos não altera a história natural dessa manifestação. Assim, é importante despender tempo para aconselhar os pais, desestimulando seus medos e ansiedades, provocados pela idéia de convulsão, mediante informações que enfatizem o prognóstico normalmente benéfico da maior parte das convulsões febris 27 . Página 5: Febre: mitos que determinam condutas Referências Bibliográficas 1. SIMON, H. B. Hyperthermia. N Engl J Med, London, v. 329, p. 483-487, 1993. 2. GREISMAN, L. A.; MACKOWIAK, P. A. Fever: beneficial and detrimental effects of antipyretics. Curr Opin Infect Dis, v. 15, p. 241-245, 2002. 3. KRAMER, M. S. et. al. Risks and benefits of paracetamol antipyresis in young children with fever of presumed viral origin. Lancet, London, v. 337, p. 591-594, 1991. 4. KLUGER, M. J. Drugs for childhood fever (Letter). Lancet, London, v. 339, p. 70, 1992. 5. ROBERTS, N. J. JR. Impact of temperature elevation on immunologic defenses. 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Página 6: Febre: mitos que determinam condutas Nº 10 - Estatinas: uso racional na cardiopatia isquêmica © Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde - Brasil, 2004. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução total ou parcial desta obra, desde que seja citada a fonte e não seja para venda ou qualquer fim comercial. As opiniões expressas no documento por autores denominados são de sua inteira responsabilidade. 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Uso Racional de Medicamentos: Temas Selecionados é uma publicação do Projeto de Medicamentos e Tecnologias da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde - Representação do Brasil e do Departamento de Assistência Farmacêutica, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde. ISSN 1810-0791 Este Boletim é direcionado aos profissionais de saúde, com linguagem simplificada, de fácil compreensão. Representa a opinião de quem capta a informação em sólidas e éticas pesquisas disponíveis, analisa e interpreta criticamente seus resultados e determina sua aplicabilidade e relevância clínica no contexto nacional. Tal opinião se guia pela hierarquia da evidência, internacionalmente estabelecida e aceita. Assim, revisões sistemáticas, metanálises e ensaios clínicos de muito bom padrão metodológico são mais considerados que estudos quase-experimentais, estes, mais do que estudos observacionais (coortes, estudos de casos e controles, estudos transversais), e ainda estes, mais do que a opinião de especialistas (consensos, diretrizes, séries e relatos de casos). É pela validade metodológica das publicações que se fazem diferentes graus de recomendação de condutas. 36. PERROTT, D. A. et. al. Efficacy and safety of acetaminophen vs ibuprofen for treating children’s pain or fever: a meta-analysis. Arch Pediatr Adolesc Med, Chicago, v. 158, p. 521-526, 2004. 37. MEREMIKWU, M.; OYO-ITA, A. Paracetamol for treating fever in children (Cochrane Review). The Cochrane Library, Oxford, n. 1, 2004. 38. STEELE, R. W. et. al. Oral antipyretic therapy: evaluation of aspirin- acetaminophen combination. Am J Dis Child, Chicago, v. 123, p. 204-206, 1972. 39. EILAND, L. S.; BERGER, B. A. 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