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Guias e Dicas
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LIVRO DE RESUMOS PIBIC/CNPq Somando experiências, multiplicando res, Manuais, Projetos, Pesquisas de Química

livro de resumos semana de iniciação cientifica

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2010

Compartilhado em 18/12/2010

germano-ferreira-5
germano-ferreira-5 🇧🇷

4.8

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SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC SEMIC REALIZAÇÃO STADU, sto e, Ps on ste * UNIVERÇ ema ap Realizando a Qualidade APOIO (CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico FAPEMA Fundação de Amparo é Pesquisa e co Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão Banco do Nordeste O nosso negócio é o desenvolvimento LIS [oNV Cogito, Ergo Sum 2 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO Roseana Sarney Governadora SECRETARIA DE ESTADO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA, ENSINO SUPERIOR E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO Lauro Andrade Assunção Secretário UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO José Augusto Silva Oliveira Reitor Gustavo Pereira da Costa Vice-Reitor Walter Canales Sant’Ana Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação Porfirio de Candanedo Guerra Pró-Reitor de Graduação Vânia Lourdes Martins Ferreira Pró-Reitora de Extensão e Assuntos Estudantis José Bello Salgado Neto Pró-Reitor de Administração José Gomes Pereira Pró-Reitor de Planejamento 3 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 COORDENADORIA DE PESQUISA Rita de Maria Seabra Nogueira de Candanedo Guerra Coordenadora de Pesquisa Débora Martins Silva Santos Chefe da Divisão de Acompanhamento de Projetos e Programas Especiais Iran de Jesus Rodrigues dos Passos Chefe da Divisão de Editoração Flávio Ribeiro Medeiros (in memorium) Chefe da Divisão de Apoio Administrativo Hilma de Fátima Santos Freitas Secretária COORDENADORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO Profª Drª. Alcina Vieira de Carvalho Neta Coordenadora Profª Msc. Vera Lúcia Maciel Silva Divisão de Cursos de Pós-Graduação Rejane da Silva Lopes de Souza Divisão de Capacitação de Docentes Silvia Tereza dos Santos Araújo Secretária 4 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 O conteúdo e redação dos resumos são de responsabilidade dos autores Seminário de Iniciação Científica da Universidade Estadual do Maranhão (22: 2010: São Luís, MA). Resumos do 22º Seminário de Iniciação Científica da Universidade Estadual do Maranhão, de 1 a 3 de dezembro de 2010, São Luís, MA. – São Luis: UEMA- CPG, 2010. CD-ROM ISBN: 978-85-86036-67-5 Pesquisa científica – Maranhão. 2. UEMA – Seminário científico. I. Título CDU: 001.891(812.1) 7 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 APRESENTAÇÃO Em tempos que a sociedade compreende cada vez mais a importância do conhecimento e seu potencial de transformação ou agregação de valor nos mais simples procedimentos ou produtos, apresentamos o XXII Seminário de Iniciação Científica da Uema, fruto do trabalho contínuo da instituição em consolidar a cultura da pesquisa na academia. O XXII SEMIC busca despertar em mais de 300 jovens o talento para o saber científico; a disciplina na busca de resultados e a distinção no futuro mercado de trabalho. Mais especificamente, após 12 meses de revisões bibliográficas, coleta de amostras, pesquisas de campo, ensaios e relatórios, os bolsistas de IC experimentaram a pesquisa científica e já possuem um conceito, mesmo que não totalmente definido, sobre o que é esse mundo de descobertas e desafios. Foram 243 bolsas de iniciação científica, além de 70 trabalhos voluntários que serão apresentados neste XXII SEMIC, na forma oral ou de pôsteres. Palestras e minicursos completam a programação que se encerrará com a premiação para os melhores trabalhos por área de conhecimento. A difusão destas pesquisas para mais de mil inscritos atinge os objetivos de repercussão necessários seja na universidade, seja na comunidade maranhense. Já o II Seminário de Pós-Graduação da Uema discute a pós- graduação, os cursos em andamento, as perspectivas de ampliação e melhoria de sua qualidade. Esta discussão torna-se ainda mais importante num momento em que há a imposição, por meio de resoluções federais, de um número mínimo de cursos de pós-graduação stricto sensu que devem ser atingidos em 2013 e 2016, para a manutenção do status de “universidade”. O XXII SEMIC e o II Seminário de Pós-Graduação da Uema são contribuições importantes ao nosso Estado, preparando nossos jovens por meio do conhecimento, para que sejam atores de destaque no esforço de melhorar os índices de desenvolvimento, trazendo mais qualidade de vida à nossa população. 8 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 CIÊNCIAS AGRÁRIAS (VETERINÁRIA) 9 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DA Alternanthera brasiliana (penicilina), EM FRATURAS CIRÚRGICAS EM FÊMUR DE RATOS DE LINHAGEM WISTAR, POR MEIO DE EXAMES RADIOGRÁFICOS E HISTOLÓGICOS Orientado: Osnny Alexandre Silva Cutrim – bolsista PIBIC/CNPq Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária – CCA/UEMA Orientador: Porfírio de Candanedo GUERRA Prof. Dr. Departamento das Clínicas Veterinárias– CCA/UEMA O tecido ósseo é um componente essencial do corpo que serve para muitos propósitos, suporta e fornece proteção a tecidos maleáveis e órgãos vitais internos, armazena matriz inorgânica, possui alta taxa metabólica, está em estado de remodelagem contínua. O que suporta este elevado estágio de atividade é um sistema vascular altamente desenvolvido que mantém a homeostase óssea normal e ajuda na notável habilidade do osso para regeneração. O trauma músculo esquelético resulta em injúria tanto para osso como para o tecido mole, desencadeando assim o processo de cura da lesão e reparo da fratura. Sabe-se que milhões de fraturas ocorrem anualmente e que a maioria apresenta cura satisfatória, porém 5-10% representam união retardada ou não união. No campo clínico, utiliza-se um agente bioativo quando existem perdas ósseas quer seja por fraturas ou por doenças metabólicas como na osteoporose para estimular a formação óssea. Para tanto, muitas substâncias são utilizadas com intuito de interferir nesse processo (MIRANDA, 2001), 80% da população mundial recorrem às medicinas tradicionais para atender suas necessidades primárias de assistência médica (OMS; UICN e WWF, 1993). O uso desses produtos naturais pela população é justificado pela idéia de que por serem oriundos da natureza, seriam inócuos à saúde e apresentariam menos efeitos colaterais que os remédios alopáticos, além do agravante que, quando não são totalmente gratuitos, são de fácil aquisição (BRITO 2001). Em decorrência dessas situações, os estudos sobre plantas medicinais hoje ganham espaço relevante na medicina atual, em decorrência do desconhecimento da fitoterapia. Pesquisas sobre plantas medicinais mostram que as mesmas influenciam positivamente no processo de cicatrização de feridas (COELHO et al ., 2001). A Alternanthera brasiliana é uma planta herbácea de ocorrência em ecossistemas com fisionomias campestres, encontradas amplamente na America do Sul (SOUZA et al., 1998). Seu nome popular e sua indicação variam de acordo com a região encontrada. Segundo Di Stasi, (1996), Garlet, (2000) e Vendruscolo, (2004), a Alternanthera brasiliana, foi caracterizada como tendo propriedades béquicas em suas flores. Levantou no seu trabalho que a parte aérea é utilizada como antibiótico e anti-inflamatório em cistites, dores de cabeça e para problemas de estômago, contra febres, feridas, problemas de garganta, contra gripe, infecção, inflamação, para lavar cortes, no ouvido e contra tosse. Para a avaliação do processo de reparação de fratura, é que se propõe realizar um estudo experimental com o intuito de observar a formação do calo ósseo acompanhando-se de modo sistemático, a evolução clínica, radiológica e histológica deste processo. Empiricamente a Alternanthera brasiliana, conhecida como penicilina é utilizada para feridas e fraturas no interior do Maranhão. Houve relatos sobre o uso tópico e oral da planta em animais e humanos, onde se atribuiu uma propriedade cicatrizante e antiinflamatória no tratamento de feridas envolvendo fraturas e que o processo de cicatrização se deu muito rápido, portanto satisfatório. Por serem relatos empíricos, sem testes científicos que possam confirmar a natureza farmacológica da planta, é que nos propomos a realizar o estudo, a fim de avaliar as propriedades cicatrizantes e antiinflamatórias em fraturas induzidas em fêmur de ratos da linhagem Wistar. Avaliar as propriedades cicatrizantes atribuídas à espécie vegetal Alternanthera brasilliana, utilizando seu cataplasma tópico em fraturas cirúrgicas de ratos da linhagem Wistar por meio de exames radiográficos e histológicos. Avaliar macroscopicamente a atividade antiinflamatória, antiinfecciosa e cicatrizante da espécie Alternanthera brasiliana no tecido mole circunvizinho ao foco de fratura, comparando-a com tratamentos realizados com antiinflamatórios convencionais. Acompanhar por meio de histológico e radiográfico, a ação tópica da espécie no tecido ósseo. Demonstrar o benefício e a validade do uso da planta no tratamento tópico de fraturas. O material vegetal foi coletado na cidade de Santa Helena (Maranhão/Brasil) e foi enviado um espécime do material vegetal para o herbário Ático Seabra da Universidade Federal do Maranhão UFMA, onde foi identificado com número de registro 0164. 12 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 ESTUDO IMUNO-HISTOQUÍMICO EM CÃES DE ÁREA ENDÊMICA PARA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA IMUNIZADOS COM FRAÇÃO FLAGELAR DE Leishmania amazonensis Orientada: Alessandra Lima ROCHA– Bolsista PIBIC/CNPq Acadêmica do Curso de Medicina Veterinária – CCA/UEMA Orientadora: Ana Lucia Abreu SILVA Profa. Dra Departamento de Patologia - CCA/UEMA Colaboradores: Nathálya dos Santos MARTINS, Karoline Gonçalves MORAES; Gabriel Ribeiro REIS Alunos de Graduação do Curso de Medicina Veterinária – CCA/UEMA; Sofia Sousa SALES – Doutoranda em Biotecnologia - Rede Nordeste de Biotecnologia – RENORBIO; Rudson Almeida de OLIVEIRA - Profo. Departamento das Clínicas CCA/UEMA; Ferdinan Almeida MELO– Profo. Departamento de Patologia CCA/UEMA A leishmaniose continua sendo um grave problema de saúde, devido à ineficácia das medidas de controle adotadas pelo Ministério da Saúde. Este complexo grupo de doenças que levam desde a uma simples ferida cutânea com auto-cura até a uma doença potencialmente fatal como a leishmaniose visceral ou a manifestações grosseiramente desfigurastes (ASHFORD, 1998), são causadas por protozoários do gênero Leishmania, que possuem um ciclo de vida digenético. As Leishmanias parasitam as células do sistema mononuclear fagocitário de várias espécies de mamíferos domésticos e silvestre, incluindo o homem (DE LUCA et al., 1999). Até o momento, não há nenhuma vacina contra qualquer forma de leishmaniose para uso humano em geral (KHAMESIPOUR et al., 2006) e as vacinas empregadas nos cães são de auto custo e apresenta uma baixa cobertura vacinal e uma resposta imunológica não satisfatória. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo, avaliar a carga parasitária pela técnica imunohistoquimica dos cães que participaram do ensaio vacinal utilizando-se Bacille Calmette-Guérin (BCG) e fração flagelar de Leismania amazonensis. Inicialmente foi realizado um inquérito, com cães domiciliados sem raça definida, de ambos os sexos, com idade igual ou superior a seis meses, provenientes de área endêmica (Conjunto São Raimundo) para leishmaniose visceral canina (LVC), no período de julho/2008 a janeiro de 2009. O estudo foi dividido em três etapas. Na primeira etapa, foi realizado o inquérito epidemiológico utilizando-se 341 cães, cujos proprietários aceitaram participar da pesquisa, mediante assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. Os animais foram submetidos à coletada de sangue periférico e avaliação clinica por técnicas semiológicas de inspeção e palpação e sorologicamente, pelo teste ELISA/S7® (Biogene), seguindo as recomendações do fabricante. Na segunda etapa, utilizou com critério de inclusão animais não apresentaram quadro clinico compatível com a leishmnaiose visceral e que não apresentaram anticorpos anti- Leishmania pelo teste de ELISA,, o que totalizou 90 animais, os quasi foram divididos em três grupos, cada grupo tinha 30 animais: GRUPO I – recebeu 1 dose subcutânea de BCG (1x105) 21 dias antes da dose antigênica de 50µg da fração de flagelo de L. amazonensis; GRUPO II - recebeu apenas BCG e o Grupo III - recebeu 2 doses subcutâneas de PBS com intervalo de 21 dias entre elas, servindo como grupo controle. Participaram da terceira etapa 18 animais, sendo divididos 6 animais para cada grupo do estudo, onde foi coletado m fragmento de pele da ponta da orelha para a realização da avaliação da carga parasitária. O numero de animais do grupo três, foi pequeno, devido ao fato de somente 18 proprietários permitirem a participação de seus animais nesta etapa. Após a realização do exame clínico dos animais, coletou-se 2 ml de sangue em tubos a vácuo sem EDTA, para a realização do teste sorológico (ELISA/S7®). Posteriormente os animais eram sedados utilizando-se Xilazina a 2% na dosagem de 0,2mg/kg por via intramuscular. Após a escolha da área da biopsia, na ponta da orelha dos cães, procedeu-se infiltração de lidocaína a 2% subcutânea. Seguida a sedação e o bloqueio regional da pele dos cães do estudo, obtiveram-se os fragmentos usando-se o bisturi e depois era feita a cauterização no local. Em seguida os fragmentos foram secos com papel absorvente, feito o imprint em lâminas limpas e fixados em paraformoldeído a 4% e em formalina tamponada a 10%, pH 7,4, incluído em parafina e secionados a 5 µm para as posteriores análises imunohistoquimica e dos cortes corados em Hematoxilina- Eosina (HE). Os cães dos três grupos foram considerados negativos no teste de ELISA/S7®. No imprint e no histopatológico (HE) foi observado infiltrado inflamatório adenexial. 13 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 No entanto, quando se utilizou a técnica de imunohistoquimica observou-se que 2 (10,9%) animais apresentaram antígeno de Leishmania na pele, sendo que um dos animais era do Grupo II e o outro era do Grupo III. Na quantificação da carga parasitária, verificou-se que um animal do grupo II teve uma carga parasitária baixa, 5 parasitos/ por campo (Figura) e o animal do grupo III, teve a carga parasitária maior, 18parasitos/por campo (Figura 1). Estudos têm mostrado que cães oriundos da Ilha de São Luís apresentam baixo parasitismo (Calabrese et al., 2010), ou seja, nesses animais a identificação direta do parasito na medula, linfonodo e pele é bastante rara. Isto mostra a importância da aplicação da técnica de imunohistoquímica no diagnóstico de cães com baixo parasitismo. Quando comparado o escore (Figura) inflamatório dos animais dos três grupos, teve uma diferença estatística significativa (Tabela 1). Podemos concluir que no presente trabalho, a imunização com fração flagelar teve efeito imunomodulador, uma vez que nenhum animal desse grupo apresentou marcação para formas amastigotas da Leishmania. A técnica de imunohistoquímica mostra-se mais eficiente no diagnóstico da leishmaniose visceral. Figura 1 – Imunomarcacão de formas amastigotas de Leishmania na pele de cão do grupo II. Técnica de estreptoavidina peroxidase, 400X (seta). Tabela 1: Determinação da intensidade da inflamação (escore inflamatório) na pele dos cães pertencentes aos três grupos. GRUPO MÉDIA DP 1 0,1297a ± 0, 2085 2 0, 3891 b ± 0, 0965 3 0, 3806 b ± 0, 1294 ANOVA com comparação das médias (Log) pelo teste de comparação de Boferoni, a, b, letras diferentes na mesma coluna indicam diferença estatistica significativa entre as médias do grupo (o<0, 005); F= 5, 623; p= 0, 015 Palavras-chave: Imuno-Histoquímico; Leishmaniose; canina 14 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 REFERÊNCIAS Ashford, R.W.; Snowden, K.F. Dogs and Protozoan Zoonoses. In: Macpherson, C.N.L.; Meslin, F.X.; Wandeler, A.I. Dogs, Zoonoses and Public Health. CABI Publishing, London, 123-148, 1998. De Luca, P.M.; Mayrink, W.; Alves, C.R.; Coutinho, S.G.; Oliveira, M.P.; Bertho, A.L.; Toledo, V.P.; Costa, C.A.; Genaro, O.; Mendonça, S.C.F. Evaluation of the stability and immunogenicity of autoclaved and nonautoclaved preparations of a vaccine against American tegumentary leishmaniasis. Vaccine, 17: 1179- 1185, 1999. Calabrese KS, Cortada VM, Dorval ME, Souza Lima MA, Oshiro ET, Souza CS, Silva-Almeida M, Carvalho LO, Gonçalves da Costa SC, Abreu-Silva AL. Leishmania (Leishmania) infantum/chagasi: Histopathological aspects of the skin in naturally infected dogs in two endemic areas, Exp Parasitol. Mar; 124(3):253-7, 2010. Khamesipour A, Rafati S, Davoudi N, Maboudi F, Modabber F. Leishmaniasis vaccine candidates for development: a global overview. Indian J Med Res. v123:423-38, 2006. 17 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 Além disso, em região de clima tropical úmido, ela deve ser realizada nas horas de temperatura mais amena (entre 6h às 9h da manhã). A frequência de atividade sexual influenciou negativamente a resposta à eletroejaculação e a qualidade do sêmen. Dos 37 touros que responderam à eletroejaculação, somente seis touros apresentaram todas as características seminais dentro do padrão da espécie bubalina, sendo aprovados nesta avaliação andrológica. Recomenda-se a realização de novos exames também para os 31 búfalos que responderam à eletroejaculação e não apresentaram parâmetros seminais esperados, pois o descarte do touro é considerado somente após três reprovações consecutivas em exames andrológicos, realizados em intervalos de 30 a 60 dias, Os búfalos fora de serviço apresentaram qualidade seminal superior na eletroejaculação. Para aproveitar melhor o potencial reprodutivo do rebanho, recomenda-se a utilização da estação de monta entre os meses de abril a julho nas fazendas. Este período coincide com a maior ocorrência de estro nas fêmeas e possibilita a realização prévia do exame andrológico nos touros em período de maior oferta de pastagens e de temperatura mais amena, supostamente o período que apresentará melhores características seminais. Palavras-chave: Avaliação andrológica; búfalo; eletroejaculação. REFERÊNCIAS Barbosa, R.T.; Machado, R.; Bergamaschi, M.A.C.M. A importância do exame andrológico em bovinos. EMBRAPA, Circular técnica n. 45, São Carlos - SP. 2005. Garcia, A.R. Influência de fatores ambientais sobre as características reprodutivas de búfalos do rio (Bubalus bubalis). Revista de Ciências. Agrárias. n. 45, 2006. Ohashi, O.M.; Miranda, M.S.; Cordeiro, M.S. Desenvolvimento reprodutivo do macho bubalino: circunferência escrotal, atividade espermática e endocrinologia. Revista Brasileira de Reprodução Animal, Belo Horizonte, v.31, n.3, p.299-306. 2007. Pant, H.C.; Sharma, R.K..; Patel, S.H.; Shukla, H.R.; Mittal, A.K.; Kasiraj, R.; Misra, A.K. & Prabhakar, J.H. Testicular development and itsrelationship to semen production in Murrah buffalo bulls. Theriogenology, v.60, p.27-34, 2003. Koonjaenek, S. Semen and sperm characteristics of swamp buffalo (Bubalus bubalis) bulls for Artificial Insemination in Thailand, in relation to season. Swedish University of Agricultural Sciences. Tese. 2006. Vale, W.G.; Ribeiro, H.F.L.; Sousa, J.S.; Silva, A.O.A.; Barbosa, E.M.; Rolim Filho, S.T. Seleção e avaliação andrológica do reprodutor bubalino. Revista Brasileira de Reprodução Animal, Belo Horizonte, v.32, n.2, p.141-155. 2008. 18 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 FREQUÊNCIA DE ANTICORPOS CONTRA O VÍRUS DA RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA (BHV - 1) EM BOVINOS LEITEIROS NÃO VACINADOS NA BACIA LEITEIRA DA ILHA DE SÃO LUÍS-MA Orientada: Vanessa Evangelista de SOUSA – Bolsista PIBIC/CNPq Acadêmica do Curso de Veterinária Orientador: Helder de Moraes PEREIRA Prof. Dr. Departamento das clínicas – CCA/UEMA Colaboradores: Hamilton Pereira SANTOS-Prof. Dr. Departamento de Patologia – CCA/UEMA; Danilo Cutrim BEZERRA-Mestrando em Ciências Veterinárias – CCA/UEMA O Vírus da Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR) é denominado Herpesvírus Bovino tipo 1 (BHV-1), pertence à Família Hespesviridae, subfamília Alfahespesvirinae (PORTERFIELD 1989). O BHV-1 é um importante patógeno de bovinos, podendo causar doença respiratória, conhecida como rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR), além de conjuntivite, vulvovaginite pustular infecciosa (IPV), balanopostite pustular infecciosa (IPB), reabsorção embrionária, abortamentos, infertilidade temporária, nascimento de animais fracos e infecções sistêmicas resultando em meningoencefalite (CERQUEIRA et al., 2000; VIEIRA et al., 2003). Uma característica importante deste vírus é a capacidade de estabelecer latência em gânglios de nervos sensoriais, de modo que o animal portador latente pode reativar o vírus quando exposto a fatores predisponentes estressantes, e desta forma reexcretam partículas virais fazendo com que ocorra a perpetuação do vírus na população bovina (COLODEL et al., 2002). O BHV-1 apresenta distribuição mundial sendo responsável por severas perdas econômicas em rebanhos de corte e de leite (VAN OIRSCHOT, 1998). No Brasil foi isolado pela primeira vez por Alice (1978), no Estado da Bahia e estudos realizados em alguns estados brasileiros indicam que o BHV-1 está presente em forma enzoótica no Brasil há vários anos (VIDOR et al. 1995). Considerando a importância que a enfermidade apresenta dentro dos rebanhos bovinos, notadamente os voltados à exploração leiteira, aliada a ausência de estudos desta enfermidade nos rebanhos na bacia leiteira da Ilha de São Luis, é que se propôs esta pesquisa, no sentido de estimar a frequência de anticorpos contra o BHV-1 em bovinos leiteiros não vacinados. A pesquisa foi realizada na Ilha de São Luís- MA, que é constituída pelos municípios de São Luís, Paço do Lumiar, São José de Ribamar e Raposa. As propriedades foram escolhidas de forma aleatória através de sorteios, de modo que foram avaliadas quatro (4) propriedades por município e somente fêmeas foram utilizadas nesta pesquisa. Foram coletadas 160 amostras de sangue estratificadas em três faixas etárias (< 3, entre 3 e 7 anos e acima de 7 anos). Para a coleta foi puncionada a veia jugular, com auxílio de agulhas descartáveis 40 x 12 e tubos a vácuo (10 mL), esterilizados e devidamente identificados. As amostras foram centrifugadas e armazenadas individualmente em tubos tipo eppendorf a – 20 ºC até a realização do teste sorológico. Para a detecção qualitativa dos anticorpos contra a rinotraqueíte infecciosa bovina utilizou-se o método de ensaio imunoenzimático indireto (EIE) utilizando-se kit para a detecção de anticorpos (TECPAR). As análises das amostras foram realizadas no Instituto de Tecnologia do Paraná (TECPAR) o qual tem uma parceria com este projeto. Das 160 amostras analisadas observou-se uma freqüência de 67,50% (n= 108) de anticorpos, 17,50% (n= 28) não reagentes e 15,0% (n= 24) suspeitos contra o vírus da rinotraqueíte infecciosa bovina (Tabela 1). De acordo com os municípios estudados , detectou-se uma freqüência de 65,0% (n= 26) em São Luís, 62,50% (n= 25) em Paço do Lumiar, 60,0% (n= 24) em São José de Ribamar e 82,50% (n= 33) no município de Raposa (Tabela 2). Com relação à faixa etária os animais com até 3 anos de idade apresentaram uma freqüência de 7,50% (n= 12), já os com idade entre 3 e 7 anos foi de 43,75% (n= 70) e os animais com idade acima de 7 anos a freqüência de anticorpos foi de 16,25% (n= 26) (Tabela 3). A frequência de anticorpos contra o Vírus da Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (BHV-1) em fêmeas da bacia leiteira da Ilha de São Luís é elevada. 19 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 Tabela 1. Frequência de anticorpos contra o BHV-1 na Bacia Leiteira da Ilha de São Luís-MA, 2009 TESTE EMPREGADO ELISA Reagentes 108 (67,50%) Suspeitos 24 (15,0%) Não reagentes 28 (17,50%) Total 160 (100%) Tabela 2. Frequência de anticorpos contra o BHV-1 de acordo com os municípios da Bacia Leiteira da Ilha de São Luís- MA, 2009 Municípios Nº de animais Reagentes % Suspeitos % Não reagentes % Total % São José de Ribamar 40 24 60,0 7 17,50 9 22,5 100 Paço do Lumiar 40 25 62,50 7 17,50 8 20,0 100 São Luís 40 26 65,0 8 20,0 6 15,0 100 Raposa 40 33 82,50 2 5,0 5 12,50 100 Tabela 3. Frequência de anticorpos contra o BHV-1 por faixa etária em fêmeas bovinas na bacia leiteira da Ilha de São Luís- MA, 2009 < 3 anos 3 < a ≤ 7 anos > 7 anos Total de animais Reagentes 12 (7,50%) 70 (43,75%) 26 (16,25%) 108 (67,50%) Suspeitos 9 (5,70%) 12 (7,50%) 3 (1,80%) 24 (15,0%) Não reagentes 12 (6,90%) 14 (8,80%) 3 (1,80%) 28 (17,50%) Palavras–Chave: Rinotraqueíte Infecciosa Bovina, bovinos, anticorpos REFERÊNCIAS ALICE, J. F. Isolamento do vírus da rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR), no Brasil. Revista Brasileira de Biologia, v.38, n.4, p.919–920, 1978. CERQUEIRA, R.B.; CARMINATI, R.; SILVA, J.M.; SOARES, G.C.; MEYER, R.; SARDI, S. Serological survey for bovine herpesvirus 1 in cattle from different regions in the state of Bahia, Brazil. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, v. 37, n.6, p.1-8, 2000. COLODEL, E.M.; NAKAZATO, L.; WEIBLEN, R.; MELLO, R.M.; SILVA, R.R.P.; SOUZA, M.A.; FILHO, J.A.O.; CARON, L. Meningoencefalite necrosante em bovinos causada por herpesvírus bovino no Estado de Mato Grosso, Brasil. Ciência Rural, v.32, n.2, p. 293-298, 2002. PORTERFIELD, J.S. Andrewe’s viruses of vertebrates. 5 ed. London: Baillière Tindall. 1989. VAN OIRSCHOT, J.T. The BHV-1 Situation in Europe. In SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE HERPESVÍRUS BOVINO (TIPO 1 E 5) E VÍRUS DA DIARRÉIA VIRAL BOVINA (BVDV), 1998, Santa Maria. Anais... Santa Maria, RS, 1998. p. 69-72. VIEIRA, S.; BRITO, W.M.E.D.; SOUZA, W.J.; ALFAIA, B.T.; LINHARES, D.C.L. Anticorpos para o herpesvírus bovino 1 (BHV-1) em bovinos do Estado de Goiás. Ciência Animal Brasileira, v.4, n.2, p. 131- 137, 2003. VIDOR, T.; HALFEN, D. C.; LEITE, T. E.; COSWIG, L. T. Hespesvírus bovino tipo 1 (BHV-1): I. Sorologia de rebanhos com problemas reprodutivos. Ciência Rural, v. 25, n. 3, p. 421-424, 1995. 22 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 REFERÊNCIAS ACUÑA-MESÉN,R.A. Variación morfometrica y características ecológicas del hábitat de la tortuga candado Kinosternon scorpioides en Costa Rica (Chelonia, kinosternidae). Revista Brasileira de Biologia, v.54, n.3,p.537-547,1994. MACHADO JUNIOR, A.A. N.; SOUSA, A. L.; SANTOS, F. C. F.; PEREIRA, J. G. Morfologia dos órgãos genitais femininos do mucuã (Kinosternon scorpioides). Archives of Veterinary Science, v.11, n.2, p. 25- 29, 2006. PEREIRA, L.A.; LEMOS, J.J.S. SOUSA, A.L. Extrativismo de jurará Kinosternon scorpioides Linnaeus, 1766 (Reptila, Chelonia, Kinosternidae) e avaliação sócio-ambiental dos pescadores no Município de São Bento-MA. In: SILVA, A.C.; FORTES, J.L.O. Diversidade Biológica Uso e conservação de Recursos Naturais no Maranhão. Projeto e ações em Biologia e Química. v. II. 2007.p.269-299. 23 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 OCORRÊNCIA DE MASTITE CLÍNICA E SUBCLÍNICA EM CABRAS LEITEIRAS NO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS E SÃO JOSÉ DE RIBAMAR, ESTADO DO MARANHÃO Orientanda: Iara dos Santos da Silva Oliveira - Bolsista PIBIC/CNPq Acadêmica do Curso de Medicina Veterinária Orientadora: Francisca Neide Costa Profa. Dra. Departamento de Patologia – Colaboradores: Danielle Lopes Nascimento; Mayra da Silva Oliveira - Graduandas em Medicina Veterinária; Fernando Almeida de Souza; Selma Cristina Abib Camargo; Joyce Bitencourt Athayde Lima - Pós-graduandos – Mestrado em Ciências Veterinárias/UEMA A mastite, processo inflamatório da glândula mamária, pode representar um obstáculo para a produção de caprinos leiteiros (SMITH, 1997). A doença é responsável por prejuízos econômicos, representados pelo descarte do leite, custo com drogas, assistência veterinária, aumento da mão-de-obra, redução na quantidade e qualidade de leite e produtos lácteos (DULLIN et al,, 1983; BARROS e LEITÂO, 1992). O conhecimento dos agentes etiológicos das mastites clínicas e subclínicas de uma determinada região é de suma importância para a adoção de medidas higiênicas adequadas para o controle da doença e para melhor entender seus aspectos epidemiológicos e patológicos (MOTA, 2000). Deve-se considerar que o leite de cabra em muitas regiões, é consumido sem a pasteurização adequada, podendo assim, na ocorrência da mastite, constituir sério risco à saúde pública (LEWTER, 1984). O trabalho foi desenvolvido em rebanhos caprinos do município de São Luís e São José de Ribamar, Estado do Maranhão, nas localidades do Quebra Pote, Estiva, Cidade Operária, São José dos Índios e Parque Jaí. Foram examinadas ao todo 89 fêmeas da espécie caprina, o equivalente a 178 quartos mamários, das raças Saanen, Pardo Alpino, Anglo – Nubiano e mestiça. Realizou- se os testes da caneca de fundo escuro para detectar os casos clínicos e o California Mastitis Test (CMT) para diagnosticar os casos subclínicos. As amostras de leite foram colhidas antes da ordenha em frascos esterilizados, de forma asséptica para minimizar o risco de contaminação da amostra. As amostras de leite foram transportadas em caixas isotérmicas para o Laboratório de Microbiologia de Alimentos e Água do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual do Maranhão, Campus Paulo VI, onde foram analisadas. Foram colhidas 130 amostras de leite mastítico e semeadas em Agar MacConkey para pesquisa de Escherichia coli, assim como a realização de provas bioquímicas para confirmação da espécie, e 14 amostras de conjunto (pool) para avaliação da qualidade microbiológica do leite produzido, utilizando a técnica do NMP de coliformes totais e termotolerantes. Durante as visitas para a colheita das amostras foram realizados inquéritos epidemiológicos, abordando desde a produção diária de leite, doenças mais frequentes, sistema de criação, destino do leite, dentre outros. Pelos dados apresentados no Gráfico 1, verifica-se que dos 178 quartos mamários examinados, 64 (36%) estavam com mastite (clínica e subclínica). 0% 20% 40% 60% 80% Mastite 36% Sem Mastite 64% Gráfico 1: Ocorrência da mastite caprina em 178 quartos mamários examinados de cabras leiteiras no município de São Luís- MA, 2010. 24 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 Os resultados encontrados se aproximam com os de LIMA JÙNIOR et al. (1995) onde afirmam que a prevalência de mastite subclínica em criações leiteiras pode variar entre 22% e 75% dos animais e de 10% a 68% das metades da glândula mamária. Os resultados encontrados no trabalho estão acima dos encontrados por LEWTER (1984) e VIHAN (1989), em pesquisas com rebanhos de caprinos leiteiros, afirmam que pode ocorrer mastite em 13 a 20% das cabras lactantes. Pelos dados apresentados na Tabela 1, verifica-se que do total de 161 quartos mamários submetidas ao teste do CMT para avaliação da mastite subclínica (Tabela 1), 76 (47,20%) apresentaram reação negativa, 38 (23,60%) apresentaram reação leve (escore 1+), 35 (21,73%) apresentaram reação moderada (escore 2+) e 12 (7,45%) apresentaram reação forte (escore 3+) ao teste. Tabela 1: Número e percentual de amostras reagentes aos testes do California Mastitis Test (CMT) nas amostras de leite provenientes de cabras com mastite, São Luís-MA, 2010. Testes N° amostras reagentes/percentual CMT/160 - + 76 /161 (47,20%) 38/161 (23,60%) ++ 35/161 (21,73%) +++ 12/161 (7,45% ) Quanto a pesquisa de mastite clínica foi verificado que para o teste da caneca de fundo escuro, 4 (23,52%) foram positivas, demonstrando a presença de grumos e sangue no leite, foram observados também alterações visíveis, como inflamação e inchaço em 12 quartos (70,58%) e em 1 quarto (5,88%) apresentando uma necrose avançada, que segue na Tabela 2. Tabela 2: Número e percentual de amostras positivas para mastite clínica em cabras leiteiras na Ilha de São Luís-MA, 2010. Testes N° amostras /percentual Caneca de fundo escuro/17 Inflamação/17 Necrose/17 4 (23,52% ) 12 (70,58%) 1 (5,88%) Para a pesquisa de Escherichia coli, 130 amostras foram semeadas no Ágar MacConkey, e verificado que não houve crescimento bacteriológico em 125 amostras (96,15%), o crescimento de 2 cocos gram-positivos (1,53%), 1 coco gram-negativo (0,76%), 1 bastonete gram-negativo (0,76%) e 1 fungo (0,76%). Do total de 14 amostras de leite submetidas a pesquisa de coliformes totais e termotolerantes, 07 (sete) amostras eram de leite in natura e 07 (sete) de leite que tinha passado por um processo de fervura. As amostras do leite in natura apresentaram contagens elevadas de coliformes totais, e ausência ou quantidade insignificativa de coliformes termotolerantes, entretanto, conforme os padrões da legislação vigente, não foram consideradas fora do padrão. 27 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 ESTUDO SOROLÓGICO, ISOLAMENTO E CARACTERIZAÇÃO BACTERIOLÓGICA DE Brucella abortus DE ORIGEM BUBALINA NA REGIÃO DE VIANA, MARANHÃO Orientada: Larissa Sarmento dos Santos – Bolsista PIBIC/CNPq Acadêmica do Curso de Medicina Veterinária – CCA/UEMA Orientadora: Alcina Vieira de Carvalho Neta Profª. Dra. do Curso de Medicina Veterinária – CCA/UEMA A brucelose é uma antropozoonose de evolução preferencialmente crônica, caracterizada pela infecção do sistema fagocítico mononuclear, por bactérias do gênero Brucella, que acomete várias espécies domésticas (FREITAS & OLIVEIRA, 2005). Esta enfermidade ocasiona um grande impacto econômico e na saúde pública, sobretudo em países de desenvolvimento (SANTOS et al., 2007). Além da espécie bovina, outros bovídeos, inclusive os búfalos (Bubalus bubalis), também são acometidos pela brucelose, em especial pela Brucella abortus. Com o crescimento da bubalinocultura no Brasil, essa espécie assume grande importância como potencial hospedeiro e transmissor da doença para outras espécies animais e o homem, além de prováveis perdas de produtividade no rebanho bubalino em decorrência da brucelose (PAULIN & FERREIRA NETO, 2008). Considerando-se a hipótese de que a infecção por B. abortus é freqüente em bubalinos no Estado do Maranhão, a presente pesquisa objetivou estudar o perfil sorológico de bubalinos para Brucella abortus, isolar e caracterizar as amostras de Brucella sp. oriundas de búfalos da região de Viana, Estado do Maranhão. A regional de Viana é constituída por 13 municípios (Tabela 2) de acordo com o agrupamento organizacional da Agencia Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão – AGED-MA. Está localizada na Baixada Ocidental Maranhense. Nesta regional foram catalogadas 493 propriedades criadoras de búfalos com o total de 28.155 fêmeas acima de 24 meses. Considerando este dado referente ao efetivo bubalino da região e foi estabelecido o número de 390 amostras de sangue, divididos entre os 13 municípios para levantamento sorológico confiável. Após a realização dos testes sorológicos, foram coletados swabs vaginais dos animais reagentes para realização do Isolamento Bacteriano e da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) no Laboratório de Biossegurança Nível 3 da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na etapa inicial da pesquisa foi realizada a identificação dos animais positivos mediante os testes sorológicos, AAT e 2-ME, cujo percentual foi de 5,38% (21 animais) e 4,10% (16 animais), respectivamente. Em seguida, foi coletado swab vaginal de apenas 07 animais sororreagentes. Das 7 amostras de swab vaginal, três possuíam formação de colônias características de Brucella sp., ou seja, colônias arredondadas, convexas, translúcidas, não-hemolíticas e de coloração esbranquiçada (Figura 1). Figura 1. Placa de petri apresentando colônias características de Brucella sp. isoladas de swab vaginal de búfalo soropositivo da regional de Viana, Maranhão. 28 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 Para substituir os testes bioquímicos e termos precisão na determinação e confirmação do gênero brucella foi realizada a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) genérica, que utiliza primers determinantes do gênero Brucella, com peso molecular de 223 pb, a partir dos iniciadores B4 e B5, citados no trabalho de Baily et al. (1992). A extração de DNA foi realizada a partir do caldo enriquecido das amostras de swab vaginal, onde verificou-se que todas as amostras eram positivas, confirmando, assim, a presença da bactéria nas amostras Figura 2. Na comparação dos dois métodos de diagnóstico, observou-se que a PCR mostrou maior sensibilidade em relação ao isolamento bacteriano (Gráfico 1). Figura 2. Gel de agarose mostrando fragmento de 223 pb amplificado pela PCR em amostras de swab vaginal de búfalas soropositivas para Brucella sp., utilizando extração enzimática do DNA pela Guanina, onde: (1) padrão de peso molecular; (2-8) amostras avaliadas; (9) Controle positivo; (10) Controle negativo. 0 1 2 3 4 5 6 7 Isolamento PCR Positivos Gráfico 1. Resultado do isolamento bacteriológico e da PCR de swab vaginal de sete bubalinos sorologicamente positivos para Brucella sp., da região de Viana, Maranhão. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 29 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 Conclui-se que a Brucella sp. está presente no rebanho bubalino da regional de Viana, Maranhão; a freqüência da infecção por Brucella é de 4,10%, sendo semelhante a freqüência nacional de brucelose bovina. Foi possível obter culturas de Brucella sp. através do isolamento de swab vaginal de fêmeas bubalinas sorologicamente positivas da regional de Viana, Maranhão. A PCR se mostrou bastante sensível e específica, confirmando assim, os resultados obtidos nos exames sorológicos. Palavras-chave: Brucella sp., isolamento bacteriano, búfalo. REFERÊNCIAS FREITAS, J. de A.; OLIVEIRA, J. P. de. Pesquisa de infecção brucélica em bovídeos abatidos portadores de bursite. Arq. Inst. Biol., São Paulo, v. 72, n. 4, p. 427-433, out./dez., 2005. BRASIL. Secretaria de Defesa Agropecuária, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa Nº 6 de 8 de janeiro de 2004. Aprova o Regulamento Técnico do programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br. Acessado em: 01 Nov 2007. PAULIN L. M. S.; FERREIRA NETO J. S. Artigo de revisão – Brucelose em búfalos. Arq. Inst. Biol., São Paulo, v.75, n.3, p.389-401, jul./set., 2008. 32 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 Figura 2 – Frequência e positividade de parasitos gastrintestinais em amostras fecais de cães do município de São Luis, MA, no período de agosto/2009 a julho/2010 segundo a faixa etária. Observou-se que as fêmeas não apresentaram parasitismo por Toxacara canis em infecções simples. Constatou-se que os machos estavam mais parasitados do que as fêmeas. Dentre as 166 amostras com informação sobre sexo, houveram 109 cães infectados, 54 (55,05%) eram machos e 49 (44,95%) eram fêmeas. Ressalta-se a importância das infecções por Ancylostoma em fêmeas devido ao fato de poder ser transmitida via transmamária aos filhotes e, a cadela em uma única infecção poder transmitir o parasito a ninhadas subseqüentes. Quanto ao percentual de positividade observou-se que as fêmeas apresentaram infecção por Ancylostoma sp. 32 (65,31%), Strongyloides sp. 5 (10,20%) e infecções mistas 12 (24,49%), enquanto que nos machos foram diagnosticados com Ancylostoma sp. 32 (59,26%), Strongyloides sp. 4 (7,41%), Toxocara canis 2 (3,70%) e infecções mistas 16 (29,63%). A eficiência dos métodos diagnósticos utilizados foi avaliada frente á positividade das amostras independentemente do parasito identificado. Foram consideradas nesta análise apenas as amostras processadas pelas três técnicas, totalizando 130. Observa-se não haver diferença entre os métodos utilizados (Tab. 2). Contudo Rodrigues et al. (2001) recomendam a associação de métodos para uma avaliação mais precisa do parasitismo. Este aspecto deve ser levado em consideração, especialmente em casos suspeitos de infecção por protozoários, mais especificamente Giardia, conforme as observações de Sherding e Johnson (1998) Tabela 2 - Frequência da positividade entre os métodos coproparasitológicos em amostra de cães do município de São Luis, MA, no período de agosto/2009 a julho/2010. Técnica Amostras Positivas Frequência Sedimentação 69 53,08%a Flutuação Simples 66 50,77%a Centrifugo Flutuação 66 50,77%a As questões relativas ao conhecimento dos proprietários em relação aos parasitos gastrintestinais e cuidados sanitários com os cães encontram-se sumarizadas na tabela 3. 33 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 Tabela 3 – Respostas ao questionário sobre nível de conhecimento e cuidados sanitários de proprietários de cães do município de São Luis – MA Questão Sim Não Cuidados Veterinários 86 (39,45%) 132(40,55%) Vermifugação (6) meses 78 (36,11%) 138 (63,89%) Conhecimento sobre parasito de cães 100 (45,66%) 119 (54,44%) Como os cães adquirem os parasitos 45 (20,93%) 170 (79,07%) Como os parasitos infectam o homem 93(42,86%) 124 (57,24%) Conhecimento do termo Zoonoses 75 (36,06%) 133 (65,94%) Conhecimento do termo anti- helmíntico 31 (14,35%) 185 (85,65%) Conhecimento do termo vermígufo 113 (52,56%) 102 (47,44%) A análise do questionário evidencia desconhecimento dos proprietários sobre aspectos relevantes para a criação de cães. É necessária uma conscientização dos profissionais de saúde pública, veterinários e principalmente da população sobre os riscos e agravos da presença desses helmintos e protozoários no ambiente, na população canina e humana, levando-os a terem uma maior preocupação com a vermifugação regular desses animais, a fim de dar melhor condições de saúde aos cães de companhia e evitar o risco de transmissão para os próprios proprietários e para a população em geral. Palavras-chave: parasitos, gastrintestinais, cães. REFERÊNCIAS FREITAS, M.G. Helmintologia veterinária. Belo Horizonte: Rabelo & Brasil, 1977. 396p. HOOFMAN, R.P. Diagnóstico de Parasitismo Veterinário. Ed. Sulina. Porto Alegre, RS.1987. p.33-40 LABRUNA, M. B.; Pena, H.F.J.; Souza, S.L.P.; Pinter, A.; Silva J.C.R.; Ragozo, A.M.A.; Camargo, L.M.A.; Gennari, S.M. Prevalência de endoparasitas em cães da área urbana do Município de Monte Negro, Rondônia. Arquivos do Instituto Biológico São Paulo, São Paulo, v. 73, n. 2, p. 183-193, 2006. SANTOS, S. V.; CASTRO, J. M. Ocorrência de agentes parasitários com potencial zoonótico de transmissão em fezes de cães domiciliados do Município de Guarulhos, SP. Arquivos do Instituto Biológico de São Paulo, v.73, n.2, p.255-257, 2006. SANTOS, A. O; COSTA, V. M.; ALFANI, R.; CARNEIRO, M. P. M.; OLIVEIRA, M. V. S. Ocorrência de endoparasitas caninos e análise de amostras de solo de parques públicos na cidade de Brasília/DF. Revista CFMV, ano XIV, n.44, p.70-73, 2008. SHERDING, R.G.; JOHNSON, S.E. Doenças dos intestines. In: BICHARD, S.J.; SHERDING, R.G.. manual Sauders: clínica de pequenos animais. São Paulo: Roca, p. 771-803, 1998. SILVA, A. S.; CEOLIN, L. V.; CARGNELUTTI, J. F.; PESSOA, G. A.; OLIVEIRA, C. B.; QUINTAL, A. P. N.; MONTEIRO, S. G. Prevalência de parasitismo em cães domiciliados num bairro de Santa Maria – RS. Saúde, v.33, n.1, p.27-31, 2007. ZOCCO, B.; ALEXANDRIA, K. Helmintofauna de Cães Errantes (Canis Familiaris ) em Cuiabá, MT. Dissertação. UFMT, Cuiabá, 2009. 34 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 ÁCAROS PREDADORES ASSOCIADOS A PLANTAS NATIVAS NO MUNICÍPIO DE ROSÁRIO - MA Orientada: Suelen Rayane Cardoso Sousa – bolsista PIBIC/CNPq Acadêmica do Curso de Engenharia Agronômica – CCA/UEMA Orientadora: Ester Azevedo da Silva Profª. Drª. Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade – CCA/UEMA Colaboradores: Maria de Jesus de Sousa SILVA, Rafael Rocha da SILVA, Natália Nicolle Furtado COSTA- Alunos da graduação - Curso de Agronomia. Ariadne Enes ROCHA - Profª. Msc. Dept° de Fitotecnia e Fitossanidade - CCA/UEMA Os ácaros estão entre os grupos de maior diversidade no planeta, sendo hoje conhecidas mais de 45.000 espécies e havendo estimativas de que possam existir mais de 500.000(Adis 2001). Muitas dessas espécies habitam partes aéreas de plantas, onde se alimentam da própria planta, de outros pequenos artrópodes, fungos, liquens, algas ou de matéria orgânica morta (Evans, 1992). São organismos pertencentes ao filo Arthopoda, subfilo Chelicerata, classe Arachnidae subclasse Acari. Os ácaros apresentam grande diversidade e possuem muitas espécies de importância médica-veterinária e agrícola. Podem representar grande parte do total da mesofauna presente no solo, chegando a 78% na floresta e 84,7 % na pastagem (Teixeira & Schubart,1988).Existem vários inimigos naturais dos ácaros que exercem um bom controle, dentre os quais se destacam alguns coleópteros e diversos ácaros benéficos da família Phytoseiidae; estes ácaros vivem e ovipositam entre as colônias dos ácaros-praga e consomem os seus ovos, larvas, ninfas e adultos. (Farias, 1991). Os ácaros pertecentes à família Phytoseiidae,que tem-se destacado como a principal família de ácaro predador dos ácaros fitófagos tem sido largamente estudada em vários trabalhos.O objetivo este trabalho foi realizar um estudo da diversidade de ácaros predadores em fragmento florestal pertencentes ao município de Rosário-MA em plantas nativas de importância econômica para a região.O trabalho foi realizado no Projeto de Assentamento (P.A.) São João do Rosário que fica localizado no município de Rosário, na Mesorregião Norte Maranhensee e no Laboratório de Entomologia do Núcleo de Biotecnologia Agronômica-NBA da Universidade Estadual do Maranhão-UEMA. O povoado Cajazal dista 72 km de São Luis, cuja área compreende uma área de Floresta ombrófila densa de acordo com dados do Zoneamento Econômico e Ecológico-ZEE (2000). A vegetação é enriquecida por espécies frutíferas nativas, exóticas e madeireiras. A escolha da reserva quanto das árvores deu-se em função da similiaridade com a Reserva do Sacavém no município de São Luís, onde realizou-se a mesma pesquisa entre os anos de 2008/2009 (Silva,2010). As espécies selecionadas para esse estudo foram: Cecropia hololeuca M.(Urticaceae), Carapa guianensis A.(Meliaceae), Symphonia globulifera L.(Clusiaceae) e Himatanthus articulatus M.(Apocynaceae). Isto em função da sua importância para a região segundo estudos desenvolvidos por Rocha e Muniz (1998) e informações pessoais (Rocha, 2010). As coletas foram realizadas mensalmente no período de agosto/2009 a agosto/2010. Foram coletadas folhas da região apical e basal de todas as especies florestais, sendo realizadas coletas em 5 plantas/espécie vegetal, perfazendo um total de 100 folhas da espécie Embaúba;100 folhas da espécie Andiroba;200 folhas da espécie Guanandi ;150 folhas da espécie Janaúba por coleta. Após a coleta, as folhas de cada planta foram acondicionadas em sacos plásticos devidamente identificados e transportados ao Laboratório de Entomologia da Universidade Estadual do Maranhão. A extração dos ácaros das folhas coletadas foi realizada através do Método de lavagem das folhas, de acordo com Zacarias et al. (2004). Inicialmente em cada amostra foram adicionadas gotas de detergente dentro do saco plástico, em seguida água suficiente para cobrir toda a amostra. O material retido na peneira foi acondicionado em frascos plásticos de aproximadamente 30 mL, depois cada frasco foi devidamente identificado com etiquetas, colocando-se gotas de glicerina para evitar o ressecamento dos ácaros contidos nas amostras. A retirada dos ácaros contidos em cada amostra, foi feita através da limpeza destes em álcool 70% onde procedeu-se a montagem das lâminas com meio de Hoyer (Flechtmann, 1985), com o auxílio de microscópio estereoscópio. As lâminas devidamente identificadas foram acondicionadas em bandejas e levadas para a estufa de cultura, a 45°, aproximadamente durante uma semana para fixação da lamínula sobre a lâmina e para impedir a reabsorção de água pelo Hoyer. Após este período as lâminas foram retiradas e fez-se a lutagem para fixação da lamínula sobre a lâmina, utilizando-se verniz geral. 37 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 ACAROFAUNA PRESENTE SOBRE AS CULTURAS DO CAJUEIRO E DA MANGUEIRA NA FESL/CCA/UEMA EM SÃO LUÍS – MA Orientado: Rafael Rocha da Silva – bolsista PIBIC/CNPq Acadêmico do Curso de Agronomia – CCA/UEMA Orientadora: Ester Azevedo da Silva Profª. Drª. Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade – CCA/UEMA Colaboradores: Maria de Jesus de Sousa Silva - Aluno de Graduação do Curso de Agronomia – CCA/UEMA. A produção mundial da maioria dos frutos tropicais de importância econômica encontra-se quase totalmente distribuídas nas zonas tropicais e subtropicais dos países em desenvolvimento, onde os frutos são tidos como importante componente da dieta, principalmente no fornecimento de vitaminas e outros nutrientes. O cajueiro (Anacardium occidentale L.) pertencente à família Anacardiaceae, é originário do Brasil, tipicamente de regiões de clima tropical, é uma árvore rústica bastante popular na América do Sul. A mangueira (Mangifera indica L.) também pertencente à família Anacardiaceae, figura entre as frutas tropicais de maior expressão econômica nos mercados brasileiro e internacional (SILVA et al., 1999). Fruteiras são freqüentemente atacadas por diversas espécies de insetos e ácaros fitófagos, que em alguns casos, são considerados pragas. No que diz respeito aos ácaros, pouco se sabe sobre a diversidade destes em fruteiras tropicais no Nordeste, pois são escassos os trabalhos com esta finalidade. Em busca de alternativas agroecológicas para a produção de frutas no país o objetivo deste trabalho foi fazer um amplo levantamento dos ácaros fitófagos e predadores em M. indica e A. occidentale em São Luís, a fim de proporcionar ao agricultor maranhense o conhecimento das espécies de inimigos naturais que estão atuando no agroecossistema como potenciais reguladores de ácaros pragas. Este trabalho foi desenvolvido no município de São Luís - MA em pomares de caju e manga da Fazenda Escola São Luís/FESL, no Campus da Universidade Estadual do Maranhão/UEMA, distante 12 km do centro da cidade e de coordenadas geográficas 2°35'4.16"S e 44°12'31.34"O. A área de cultivo com mangueiras e dos cajueiros ocupa uma área aproximada, respectivamente, de 5040 m² e 4200 m². No pomar de caju estão distribuídas 35 plantas da variedade Gigante, de aproximadamente 15 anos, plantadas sem um espaçamento definido. A área das mangueiras é constituída por 20 plantas distribuídas ao longo da área de forma aleatória sem possuir um espaçamento definido, todas as mangueiras selecionadas têm aproximadamente 15 anos e pertencem à variedade Fiapo. Os tratos culturais realizados nos dois cultivos durante o ano de 2008 foram roçagem mecânica e poda. As coletas foram realizadas uma vez ao mês durante todo o ano de 2008, em plantas que foram escolhidas aleatoriamente, mas que apresentavam um bom estado vegetativo. As amostragens foram feitas coletando-se folhas de vários aspectos, aleatoriamente, porém retirou-se um ramo da parte mais alta e um ramo da parte mais baixa. Amostrou-se o número de 16 folhas por planta, sendo 8 da região apical e 8 da região basal da planta. A extração dos ácaros das folhas coletadas foi realizada segundo metodologia proposta por Zacarias et al. (2004). Em seguida procedeu-se a montagem dos ácaros em lâmina de microscopia em meio de Hoyer (FLECHTMANN, 1985). As lâminas devidamente preparadas foram levadas ao microscópio estereoscópico com contraste de fase para identificação dos espécimes. Foram utilizadas chaves dicotômicas e trabalhos de revisão como recursos para identificação dos espécimes encontrados. Os dados foram analisados através da análise faunística, utilizando o programa ANAFAU, adotando-se os Métodos de Larroca e Mielke e o de Sakagami e Larroca para obter os índices de abundância, dominância, frequência e constância para as categorias taxonômicas estudadas. Foram encontrados um total de 2.563 ácaros nas duas culturas. Na mangueira foram montados 304 ácaros, sendo que a maior parte deles foi coletada no mês de setembro responsável por 18,75% dos espécimes encontrados na cultura, os meses de agosto e janeiro foram respectivamente o segundo (15,79%) e o terceiro mês (15,13%) com a maior quantidade de indivíduos coletados. No cajueiro foram coletados e montados 2.259 ácaros, um número bastante expressivo, mas concentrado no mês de janeiro com 1.467 ácaros o que representou 64,94% do total de ácaros coletados na cultura, esse grande valor foi registrado devido a uma grande incidência de microácaros da família Eriophyidae. 38 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 Nos meses seguintes o número de ácaros diminuiu drasticamente (Figura 1), este fato é justificado pelo aumento da precipitação ocorrida neste período visto que este fator abiótico pode atuar diretamente sobre o nível populacional de ácaros pragas exercendo um controle mecânico, esta dinâmica de intensidade de precipitação x número de ácaros foi discutida anteriormente por Silva et al. (2009a) que entre outras considerações sugeriu que este fator afeta diretamente o comportamento desses organismos. A família mais abundante no cajueiro foi a família Eriophyidae com 1.433 indivíduos o equivalente a 63,39% dos ácaros encontrados sobre a cultura, seguidos das famílias Tetranychidae (14,61%) e Phytoseiidae (8,06%). Foram encontrados ainda espécimes pertencentes às famílias Bdellidae, Cheyletidae, Macrochelidae Stigmaeidae, Tarsonemidae, Tuckerellidae, Tydeidae e das ordens Acaridida e Oribatida. Os ácaros essencialmente predadores da família Phytoseiidae foram identificados, quando possíveis, até o nível de espécie. Neoseiulus sp4 foi o fitoseídeo com maior número de indivíduos, seguido de Euseius alatus e de Amblyseius largoensis. Na cultura da mangueira foram montados e identificados ácaros das famílias Cheyletidae, Cunaxidae. Phytoseiidae, Tenuipalpidae, Tetranychidae, Tydeidae e as ordens Acaridida e Oribatida. A família Phytoseiidae representou 75% dos ácaros coletados nessa cultura, destacando-se as espécies Amblyseius largoensis (84 indivíduos) e Iphiseoides zuluagai com 47 indivíduos. Os ácaros das famílias Eriophyidae, Tenuipalpidae, Tetranychidae e Phytoseiidae quando ocorrendo na cultura do cajueiro foram considerados pelos índices faunísticos como superdominante, superabundante, superfrequente e constante, exceto os eriofídeos que tiveram constância acessória (Tabela 1). Tabela 1. Análise faunística das famílias de ácaros associados à cultura do cajueiro na Fazenda Escola (FESL/MA), 2008. Família/Ordem Número espécimes Número coletas D¹ A² F³ C4 1 2 Ordem Acaridida 70 12 D D a MF W Bdellidae 2 1 ND ND c F Z Cheyletidae 3 3 ND ND c F Y Eriophyidae 1432 4 SD SD sa SF Y Stigmaeidae 1 1 ND ND c F Z Tarsonemidae 1 1 ND ND c F Z Tenuipalpidae 155 12 SD SD sa SF W Tetranychidae 330 12 SD SD sa SF W Tuckerellidae 2 2 ND ND c F Z Tydeidae 76 11 D D a MF W Phytoseiidae 182 12 SD SD sa SF W Macrochelidae 2 1 ND ND c F Z Ordem Oribatida 3 3 ND ND c F Y 1Dominância: (1) Método de Laroca e Mielke e (2) Método de Sakagami e Laroca. 1Dominância: SD – superdominante, D – dominante, ND - não dominante. 2Abundância: sa – superabundante, ma - muito abundante, a – abundante, c - comum, d – disperso. r-raro 3Freqüência: SF – superfreqüente, PF - pouco freqüente, MF – muito freqüente, F – freqüente. 4Constância: W – constante, Y – acessória, Z – acidental A ordem Acaridida e a família Tydeidae foram consideradas dominantes, abundantes, muito frequentes e constantes. Moraes & Flechtmann, (2008) concluem que os microácaros são bastante seletivos em relação à espécie vegetal que atacam, ainda que nas fases iniciais de seleção pelo o ácaro, o vegetal tenha se mostrado um hospedeiro potencialmente adequado, supõe-se que o desaparecimento dos Eriophyidae apesar de influenciado pela chuva pode ser atribuído também ao uso do cajueiro como hospedeiro provisório pelos microácaros devido a alterações no ambiente provocada pela roçagem das plantas daninhas antes da coleta. As outras famílias que ocorreram na cultura do cajueiro foram Bdellidae, Cheyletidae, Macrochelidae, Stigmaeidae, Tarsonemidae, Tuckerellidae e a Ordem Oribatida. Todas elas apresentaram-se de forma não dominante, de abundância comum e frequente, diferindo apenas na constância (Tabela 2). 39 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 Família Número espécimes Número coletas D¹ A² F³ C4 1 2 Acaridida 18 5 D D a MF Y Cheyletidae 14 6 D D c F W Cunaxidae 1 1 ND ND r PF Z Tenuipalpidae 1 1 ND ND r PF Z Tetranychidae 13 7 D D c F W Tydeidae 25 5 D D ma MF Y Phytoseiidae 228 12 SD SD sa SF W Oribatida 4 2 ND ND d PF Z Tabela 2. Análise faunística das famílias de ácaros associados à cultura da mangueira na Fazenda Escola (FESL/MA), 2008. 1Dominância: (1) Método de Laroca e Mielke e (2) Método de Sakagami e Laroca. 1Dominância: SD – superdominante, D – dominante, ND - não dominante. 2Abundância: sa – superabundante, ma - muito abundante, a – abundante, c - comum, d – disperso. r-raro 3Freqüência: SF – superfreqüente, PF - pouco freqüente, MF – muito freqüente, F – freqüente. 4Constância: W – constante, Y – acessória, Z – acidental Dentro da família de ácaros Phytoseiidae foram encontradas 11 espécies associadas ao cajueiro, sendo que duas espécies se destacaram: Neoseiulus sp4 e Euseius alatus, ambas consideradas pelo programa de análise faunística como superdominante, superabundante, superfrequente e constante, evidenciando condições favoráveis para sua sobrevivência e reprodução nesse pomar. Silva (2007) trabalhando em cafezais no sul de Minas Gerais encontrou o Euseius alatus como uma das espécies mais abundantes no período seco. Na cultura da mangueira os ácaros Phytoseiidae foram os únicos considerados pelos índices faunísticos como superdominantes, apresentaram-se de forma superabundante, superfrequente e constante. Os espécimes da ordem Acaridida e das famílias Cheyletidae, Tetranychidae e Tydeidae foram considerados como dominantes. Nesta cultura Amblyseius largoensis, Euseius alatus, Iphiseoides zuluagai foram consideradas pelo programa ANAFAU como superdominante, superabundante, superfrequente e constante. Silva et al. (2009b) trabalhando em um pomar de citros próximo a este campo de estudo e no mesmo período observou um número elevado de A. largoensis. Outras espécies coletadas no nosso trabalho foram Neoseiulus annonymus, N. californicus, Proprioseiopsis cannaensis. P. mexicanus e Typhlodromalus sp consideradas pelos índices faunísticos como não dominante. Diante destes dados estima-se haver um ambiente de equilíbrio entre os ácaros nos dois ambientes. A grande incidência de ácaros predadores pode ser decorrente da grande oferta de alimento nas duas áreas, indicando que eles podem estar se alimentando não apenas de outros ácaros, mas também de pólen ou pequenos insetos presentes nos pomares. Destaca-se ainda a abundância e diversidade de ácaros predadores nestas culturas como benéficos ao controle biológico natural, sem que seja necessária a intervenção humana. Propomos assim maiores estudos sobre o comportamento desses ácaros, de forma que possa se usar este método como importante constituinte do controle biológico no manejo integrado de pragas. 42 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 O material foi moído e analisado os teores de N total, P, K, Ca, Mg e micronutrientes pelo método descrito em Tedesco (1982). As análises químicas do solo foram: pH em CaCl2, matéria orgânica, P, K, Ca, Mg, H+Al, segundo metodologia do Instituto Agronômico de Campinas (2001). A segunda etapa do experimento foi conduzida no Núcleo Tecnológico de Engenharia Agrícola, na UEMA. O solo da área foi classificado como ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico arênico, segundo Embrapa (1999). A área experimental possui 640 m2 e não possui nenhum histórico de cultivos anteriores. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com quatro repetições, apresentando os tratamentos: FNT (80 kg /ha de P2O5) + uréia (20 kg/ha de N) em fundação; FNT (80 kg /ha de P2O5) + ramos de leucena (5 t/ha de matéria seca) em fundação; Superfosfato triplo (80 mg de P2O5/ha) + uréia (20 kg/ha de N) em fundação; Superfosfato triplo (80 mg de P2O5/há) + ramos de leucena (5 t/ha de matéria seca); Testemunha. O plantio do cultivar de milho AG 5020 foi realizado em Março de 2010, com espaçamento de 90 cm entre linhas e 20 cm entre plantas. Todas as parcelas receberam 60 kg/ha de K2O na forma de cloreto de potássio e 4 kg/ha de Zn. Foram tomadas amostras de solo, nas profundidades de 0-20 e 20-40 cm, antes da implantação do experimento e após a colheita do milho, foram realizadas as mesmas análises do experimento de casa em vegetação. A produção de matéria seca cultivada foi determinada antes e depois da antese, e analisou-se os teores de N total, P, K, Ca e Mg pelo método descrito por Tedesco (1982), nas raízes e na parte aérea. Foram determinados os parâmetros de produtividade: peso das espigas, peso de 100 grãos e produção de grãos. Para análise do comprimento e peso seco de raízes coletou-se com trado de volume conhecido 3 amostras por parcela, sendo posteriormente misturadas para formação de uma amostra composta. As amostras compostas foram lavadas com água corrente em uma peneira de 2 mm sobreposta a uma de 1mm, afim de que as raízes fossem separadas do solo. As raízes do milho foram separadas manualmente das demais com utilização de pinças e determinado o comprimento pelo método das intersecções descrito por Tennant (1975) e levadas para estufa a 105ºC para quantificação da matéria seca. Os dados foram analisados pelos programas: Statsoft STATISTICA 8.0 usando o método de comparação de médias Tukey 5% de probabilidade e SIGMAPLOT 11.0 para construção dos gráficos e análise de regressão. De acordo com os resultados a concentração de P2O5 do fosfato natural pode variar com a temperatura e tempo de calcinação, pois a disponibilidade depende do composto ao qual o fósforo está adsorvido. A maioria dos fosfatos naturais é caracterizada pela sua baixa solubilidade em água e mesmo utilizando-se a calcinação podem apresentar concentrações baixas de P2O5. Como foi analisada, a solubilidade em água do FNT apresentou apenas 0,13 % de P2O5. Na primeira etapa do experimento observou-se o acúmulo de matéria seca da parte aérea do milho durante a maturação aumentou com o nível de adubação com FNT aplicado nos dois tipos de solo (Figura 1A). Houve um incremento de 28% e de 38% de massa seca em um argissolo e plintossolo, respectivamente, quando o nível de adubação alcançou 120 mg.kg-1 em comparação ao tratamento que não levou fertilização fosfatada. De acordo com as regressões logarítmicas (y = ln (386350,22+13902757,78x); p = 0,0007; r2 = 0,95 e y = ln (17818777,13 +88469569,14x; p<0,0001; r2 = 0,99), o incremento de matéria seca respondeu ao aumento das doses do FNT de forma positiva. O uso da equação logarítimica indicou forte discrepância entre a dose 0 e 10 mg.kg-1, mostrando que uma baixa dosagem do FNT levou a produção de 24,31% massa seca em média nos dois solos. O acúmulo de matéria seca no argissolo foi maior do que no plintossolo, já que neste último, a maior quantidade de óxidos metálicos capazes de adsorver o fosfato, podem influenciar a absorção de fósforo pela planta. De acordo com a equação logarítmica usada para explicar a relação entre a altura da planta e as doses do FNT, observa-se o aumento de 29,06% na máxima dose de P2O5, no argissolo. Uma equação exponencial mostrou que o diâmetro do colmo, no plintossolo, aumentou 0,9 mm por unidade de P2O5 aplicado ao solo (Tabela 1). O peso seco das raízes aumentou logaritimicamente com o nível de fósforo no solo e houve um aumento de 60 cm3 entre o tratamento com 40 mg.kg-1 e o não fertilizado, no plintossolo. Esta diferença pode ser explicada pela diminuição do diâmetro das raízes na testemunha, já que a planta necessita desenvolver raízes finas para absorção do nutriente em ambientes com baixa concentração. Para os outros parâmetros não houve regressão que explicasse a distribuição dos dados. Já na segunda etapa do experimento observou-se acúmulo de matéria seca nos tratamentos com superfosfato simples, durante o pendoamento, foi significativamente superior à testemunha, não havendo diferença entre os tratamentos fertilizados com o FNT (Figura 1B). O tratamento SS+L apresentou as maiores médias, sendo superior a todos os tratamentos no período de maturação e igualando-se somente ao tratamento SS+U no pendoamento. Isso pode ser explicado pela alta solubilidade dos fertilizantes sintéticos, os quais fornecem nutrientes no período de maior necessidade da cultura. 43 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 Além do efeito residual, a solubilização do FNT ocorre de forma lenta e geralmente não há sincronismo com o período de maior necessidade da planta. Durante a maturação, os tratamentos fertilizados com nitrogênio da leucena apresentaram médias superiores aos fertilizados sinteticamente, no entanto somente o tratamento associado ao superfosfato simples diferiu estatisticamente dos demais. No trópico úmido, a leucena não é recomendada para a cobertura do solo devido a sua acelerada decomposição (Moura et al., 2010). No entanto, possui papel importante na adubação verde, pois se constitui em um resíduo de alta qualidade aumentando a capacidade de acúmulo de matéria seca da planta. As médias do índice de área foliar variaram entre 0,70 e 1,05 (Figura 1C). Com exceção do T+U, houve diferença estatística entre a testemunha e os demais tratamentos. A diferença entre os tratamentos T+U e T+L pode indicar que o índice de área foliar responde à presença da leucena como fonte nitrogenada, aumentando a capacidade fotossintética da planta. A figura 1D mostra que as raízes do milho atingiram peso seco entre 1,20 e 1,25g, no entanto essa discrepância não foi suficiente para que houvesse diferença entre os tratamentos. As raízes apresentaram comprimento máximo de 0,29cm no tratamento T+L sendo superior estatisticamente aos demais, exceto SS+L. Como o peso das raízes não diferiram entre si, pode-se inferir que o tratamento T+L apresentou maior quantidade de raízes finas já que possui maior comprimento. Isso indica que a planta desenvolveu raízes finas para aumentar a competição com o mecanismo adsortivo do solo e/ou maximizar a absorção do fósforo pelo aumento da superfície de contato com o fosfato de Traíura. Com exceção do peso de 100 grãos, todos os parâmetros de produtividade do milho apresentaram diferença estatística entre os tratamentos (Tabela 2). O tratamento SS+L apresentou maior média em número de espigas, peso de espigas e produtividade de grãos 44 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 seguido do tratamento T+L, onde não se observou diferença estatística. Desta forma a leucena proporcionou aumento de produtividade no milho independente da forma de fósforo aplicado. Isso se deve a capacidade retentora de umidade no solo e rápida disponibilização de nitrogênio pela leucena, aspectos importantes para o cultivo do milho no trópico úmido. O fosfato de Trauíra melhorou os índices de produtividade do milho quando associado à adubação verde com leucena. Concluiu-se que o fosfato aluminoso da Ilha de Trauíra - Maranhão (FNT) pode ser um insumo com alto potencial para estabelecer uma agricultura sustentável nos solos de baixa fertilidade do estado. A leucena (leucaena leucocephala) pode ser uma fonte alternativa na adubação nitrogenada sendo utilizada como adubo verde em substituição ou complementando os adubos sintéticos. Palavras-chave: leguminosas, trópico úmido, fosfato natural REFERÊNCIAS EMBRAPA. Sistema Brasileiro de classificação de solos. Brasília: Embrapa, 1999. 412 p. FERRAZ Jr, A. S. L. O cultivo em aléias como alternativa para a produção de alimentos na agricultura familiar do trópico úmido. In: MOURA, E.G (coord.). Agroambientes de transição - entre o trópico úmido e o semi-árido do Brasil. Atributos; alterações; uso na produção familiar. São Luís: UEMA, p. 71-100, 2004. GILKES, R.J.; PALMER, B. Calcined Christmas Island C- grade rock phosphate fertilizers: Mineralogical properties reversion and assessment by chemical extraction. Australian Journal of Soil Research, Melbourne, v.17, p. 467 – 481, 1979. INSTITUTO AGRONÔMICO DE CAMPINAS. Análise química para avaliação da fertilidade de solos tropicais. Raij, B. van, Andrade, J.C., Cantarella, H., Quaggio, J.A. (Eds). IAC: Campinas. 2001. LEITE, A M L & FERRAZ JR, A.S.L Competição entre genótipos de milho e leguminosas arbóreas em sistema de cultivo em aléias. FERTIBIO 2002. Rio de Janeiro, 2002. MOURA, E.G.; ARAUJO, J. R. G.; MONROE, P. H.M.; NASCIMENTO, I. O. ; AGUIAR, A. C. F. Patents on Periphery of the Amazon Rainforest. Recent Patents on Food, Nutrition & Agriculture, v. 1, p. 142- 148, 2010. TEDESCO, M.J., 1982. Extração simultânea de N, P, K, Ca e Mg em tecido de planta por digestão por H2O2 – H2SO4. Porto Alegre UFRGS. ZAPATA, E. e ROY, R.N. Use de phosphate rocks for sustainable agriculture. FAO Fertilizers and Plant Nutrition Bulletin. Roma, v. 13, 2007. 47 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 Biopirol E3 0,5% 2,12 bc 5871 hil 3,80 a 9347 cde 3,31 abcd 16125 b Biopirol E3 1,0% 2,06 bc 9068 de 3,61 a 7767 defg 2,35 cd 9961 cdef TESTEMUNHA 2,67 abc 19254 a 1,76 d 20288 a 2,07 d 21575 a CV% 26,13 9,63 20,47 13,11 20,54 14,81 *Médias de quatro repetições. Médias seguidas pela mesma letra minúscula na vertical não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. E – Época. Figura 1 – Efeito da aplicação de indutores naturais de resistência sobre o fator de reprodução de Meloidogyne incognita, trinta dias após a inoculação, em tomateiros. A. Raiz tratada com Rocksil; B. Testemunha. Figura 2 – Efeito da aplicação de indutores naturais de resistência sobre o fator de reprodução de Meloidogyne incognita, trinta dias após a inoculação, em pimenteiras. A. Raiz tratada com Rocksil; B. Testemunha. 48 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 Figura 3 – Efeito da aplicação de indutores naturais de resistência sobre o fator de reprodução de Meloidogyne incognita, trinta dias após a inoculação, em plantas de pimentão. A. Raiz tratada com Rocksil; B. Testemunha. Palavras-Chave: Meloidogyne incognita; Indutores Naturais; Hortaliças orgânicas. REFERÊNCIAS COSTA, M.B.B.; CAMPANHOLA, C. Agricultura alternativa no estado de São Paulo. Jaguariúna: Embrapa – CNPMA, 1997. 63p. (EMBRAPA – CNPMA. Documento, 7). SERRA, I.M.R.S; SILVA, G.S.; FERREIRA, I.C.M. Efeito de indutores naturais de resistência sobre Meloidogyne incognita em alface cultivada em sistema orgânico. Tropical plant Pathology (Suplemento), v.33, p. S112, 2008. 49 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 INFLUÊNCIA DE DIFERENTES SUBSTÂNCIAS INDUTORAS NO FLORESCIMENTO DA PLANTA E QUALIDADE DOS FRUTOS DE ABACAXI TURIAÇU Orientado: Rozalino Antonio AGUIAR JÚNIOR Acadêmica do Curso de Engenharia Agronômica – CCA/UEMA Orientador: José Ribamar Gusmão ARAÚJO Prof. Dr. CCA/ DFF/ UEMA Colaboradores: Afonso Manoel Silva Chaves; Athyla Gabrielle Pinheiro da Silva; Ricardo Tajra de Figueiredo - Graduandos Engenharia Agronômica, Universidade Estadual do Maranhão-UEMA O abacaxi (Ananas comosus (L.) Merril) é uma autêntica fruta das regiões tropicais e subtropicais, consumido em todo mundo tanto “in natura” quanto na forma de produtos industrializados. As excelentes características destas frutas refletem sua importância econômica e social.(CARVALHO apud. ANTONIA L. S.,2008). A diferenciação floral natural pode contribuir para diminuição do rendimento quando ocorre de maneira desuniforme, pois determina variações na época de maturação dos frutos, dificultando os tratos fitossanitários e a colheita. Em contrapartida, a interferência no processo de diferenciação floral natural, por meio de indutores do florescimento, a exemplo do carbureto de cálcio (precursor do acetileno), com eficiência na indução floral superior a 90%, possibilita a colheita de frutos em padrão comercial em meses com maiores índices estacionais de preço (SAMPAIO apud GODIM & AZEVEDO, 2002). O abacaxi é uma planta de dias curtos, onde plantas suficientemente desenvolvidas por ocasiões de noites longas ou devido a baixas temperaturas dêem inicio a diferenciação floral. Porém, há regiões em que essas condições não se mostrem ao efetivas. Dessa forma, haverá um desdobramento no período floral que refletirá na dispersão da colheita dos frutos (SIMÃO, 1998). Segundo CARVALHO et al, 2005, em uma plantação de abacaxi é desejável que a diferenciação floral ocorra simultaneamente em todas as plantas de um mesmo talhão, o que pode ser conseguido com a indução floral artificial.Assim a adoção desta prática pode resultar em redução dos custos e escalonamento da colheita do abacaxi, racionalizando o uso da mão-de-obra e ofertando fruto no período de escassez no mercado. Acredita-se que os indutores atuam por promover o aumento do teor de etileno (fator indutor) no interior da planta, mais precisamente na região meristemática, onde a absorção dos produtos é mais rápida por conta da sua maior atividade celular, o que torna o ápice mais sensível aos efeitos da auxina natural. Daí por que se observa uma maior eficiência dos produtos quando aplicados no centro da roseta foliar. (CUNHA, 1999). Este trabalho tem por objetivo avaliar a indução artificial do florescimento e qualidade de frutos de abacaxi 'Turiaçu' sob efeito de diferentes substâncias indutoras. Nos tratamentos controle, as parcelas seguirão o florescimento natural e o sistema de plantio tradicional ”tacuruba”. O experimento foi implantado na área do agricultor senhor Luzivaldo de Oliveira, “Vavá”, no mês de Maio de 2009; está área possui em torno de 3 ha, onde havia uma capoeira de aproximadamente 20 anos, a qual foi durrubada e queimada para cultivo de abacaxi e uma pequena parte para implantação do experimento. Na implantação do experimento foram utilizadas mudas tipo filhote com 30 a 40cm de comprimento, no espaçamento 1,0 x 0,40 m, gerando densidade de 25.000 plantas/ha. No plantio as plantas receberam adubação mineral baseada no resultado da análise química do solo, sendo aplicadas 10 g de superfosfato triplo por planta, aos 4 e 8 meses após plantio, foram aplicados os parcelamentos de nitrogênio (uréia) e potássio (cloreto de potássio) correspondendo a 18 g da mistura/planta. Os fitorreguladores foram aplicados aos 13 meses após o plantio no mês de junho de 2010, onde, foram aplicados o carbureto na forma sólida nas quantidades de 0,5 e 1 g correspondentes aos tratamentos 2 e 3, em relação aos tratamentos em que foram aplicados os indutores diluídos em água, procedeu-se da seguinte maneira: como há um total de 55 plantas/parcela, e era necessário aplicar-se 50 ml da solução por planta, mutiplicou-se o número de plantas por parcela pela quantidade de água necessária e calculou-se a quantidade de carbureto e ethrel necessário a aplicação nas parcelas, desta forma, a quantidade de água necessária para aplicação dos indutores por parcela foi de de 2750 mL, ajustando-se o volume de água para 3000 mL. As soluções foram aplicadas com pulverizador sob pressão constante com capacidade para 8,7 L, de forma que para aplicação de 50 mL de solução/planta, foram realizados ensaios prévios em laboratório onde mensurou-se em quanto tempo sob uma vazão constante o pulverizador completava o volume de 50 mL em uma proveta com capacidade de 100 mL; nos ensaios laboratoriais o tempo médio estabelecido foi de 9 segundos referentes a aplicação de 50 mL da solução na roseta foliar da planta. 52 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 REFERÊNCIAS ANTONIALI, S.; SANCHES, J. Abacaxi: importância econômica e nutricional. 2008. Artigo em Hypertexto. Disponível em:http://www.iac.sp.gov.br/Tecnologias/Abacaxi_Clima/Abacaxi.htm. Acesso em: 17 jan. 2009 CARVALHO, S. L. C. Épocas de indução floral e soma térmica do período do florescimento à colheita de abacaxi “Smooth Cayenne”. Revista Brasileira de Fruticultura, São Paulo, v.27, n.3, p.430-433, 2005. GONDIM , T. M.; AZEVEDO, F. F. Diferenciação floral do abacaxizeiro Cv. SNG-3 em função da idade da planta e da aplicação de carbureto de cálcio. Revista Brasileira de Fruticultura, São Paulo. v. 24, n. 2, p. 420-425, 2002. SIMÃO, SALIM, Manual de Fruticultura. São Paulo, Ceres, 1971. p. 530 CUNHA, G.A.P.; CABRAL, J.R.S.; SOUZA, L.F.S.; O Abacaxizeiro. Cultivo, agroindústria e economia. Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA). Brasília: Embrapa Comunicação para Transferência de Tecnologia, 1999. 480p. 53 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 REDUÇÃO DE FITOPATÓGENOS DE SEMENTES DE ARROZ EM LOTES NATURALMENTE INFESTADOS, ATRAVÉS DA MICROBIOLIZAÇÃO COM Bacillus pentothenticus E TRATAMENTO COM EXTRATOS VEGETAIS E ÓLEO DE NIM Orientada: Mônica Shirley Brasil dos Santos e SILVA– bolsista PIBIC/ CNPq Acadêmica do Curso de Agronomia – CCA/UEMA Orientadora: Antonia Alice Costa RODRIGUES. Profa. do Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade/Agronomia -UEMA Colaboradores: Flávia Arruda de SOUZA. Mestranda de Agroecologia - UEMA O arroz (Oryza sativa L.), pertencente à família Poacea, é o cereal mais cultivado e consumido em todo o mundo. O Maranhão se notabiliza pelo volume e área expressivos e, sobretudo, pelo número de famílias envolvidas na produção de arroz. O arroz tem sua produtividade afetada por vários fatores, dentre eles destacam-se as doenças fúngicas que podem ocasionar redução na qualidade fisiológica e sanitária da semente. Neste trabalho, objetivou-se realizar através do levantamento da flora fúngica, a qualidade sanitária das sementes e avaliar a redução de fitopatógenos através da microbiolização de sementes com o Bacillus pentothenticus, e o tratamento com extratos de vegetais (nim, eucalipto e citronela) e óleo de nim, das cultivares de arroz Sertanejo, Agulhinha, Arariba, EPAGRI 108 e EPAGRI 109. Para avaliar a redução da incidência dos fitopatógenos de sementes de arroz, através da microbiolização, foi adotada a metodotologia citada por Ludwig et al (2004), que consiste em microbiolizar as sementes com os isolados de Bacillus, na forma de suspensão, imergindo as sementes nesta suspensão e agitando-as durante 30 minutos. Após esse procedimento, as sementes foram plaqueadas, pelo método do papel de filtro em placas de Petri e incubadas. Para a obtenção dos extratos aquosos, as folhas de nim, eucalipto e citronela foram submetidas ao processo de secagem, moagem e imersão em água destilada, e por 24 horas, para extração dos compostos, e em seguida foram filtrados. O óleo de nim usado no experimento foi diluído em água destilada, efetuada no momento do tratamento das sementes. Foram utilizadas as seguintes dosagens: extrato de nim (5 %), extrato de eucalipto (5 %), extrato de citronela (5 %), óleo de nim (0,3 %). Após o tratamento, as sementes foram plaqueadas, pelo método do papel de filtro em placas de Petri e incubadas. A avaliação da incidência dos patógenos ocorreu após sete dias. A sanidade de sementes foi feita pelo método do papel filtro. O experimento foi inteiramente casualizado com dez tratamentos e cinco repetições. No teste de sanidade, nas sementes “Sertanejo” foi detectada maior incidência de Curvularia lunata, havendo menor ocorrência de Rhizopus stolonifer. Para as sementes “Agulhinha” foi detectada maior incidência de Curvularia lunata havendo menor ocorrência de Aspergillus flavus. Nas sementes “EPAGRI 108” foi detectada maior incidência de Curvularia lunata e menor do fungo Aspergillus flavus. Nas sementes “EPAGRI 109” foi detectada maior incidência de Curvularia lunata, havendo menor ocorrência de Fusarium sp. Nas sementes “Arariba” foi detectada maior incidência de Curvularia lunata, havendo menor ocorrência de Rhizopus stolonifer. Uma grande incidência de fitopatógenos em sementes de arroz também foi encontrada por Marassi et al. (2008), onde, em trezentos e sessenta e cinco amostras representativas de diferentes variedades de arroz, oriunda de diversos municípios maranhenses, ocorreu 100 % de contaminação das amostras, sendo o gênero Aspergillus e teleomorfos mais freqüente na microbiota isolada (68 %). Os resultados indicaram que os tratamentos sobre as sementes da cultivar “Sertanejo”, controlaram a incidência de C. lunata sobressaindo-se os tratamentos Citronela e Bacillus pentothenticus, com 57 % e 57 % de controle, respectivamente. 54 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 O patógeno Fusarium sp. foi controlado apenas pelos tratamentos Citronela e Bacillus pentothenticus, merecendo destaque o primeiro com 77% de controle. Em relação aos fungos Aspergillus flavus, Alternaria sp. e Rhizopus stolonifer., não foram controlados por nenhum dos tratamentos (tabela 1). Assim, o tratamento que possibilitou menor incidência de fungos nas sementes ‘Sertanejo’ foi Citronela, com uma média de 1,04 colônias/tratamento. Para as sementes da cultivar “Agulhinha”, controlaram a incidência de Curvularia lunata sobressaindo-se o tratamento Bacillus pentothenticus, com 55,8% de controle. Em contra partida, o que menos controlou foi o tratamento com óleo de nim, com apenas 6,8% de controle. Em relação aos fungos Fusarium sp. e Aspergillus flavus, não foram controlados por nenhum dos tratamentos (tabela 1). Assim, os tratamentos que possibilitaram menor incidência média de fungos nas sementes ‘Agulhinha’ foram Citronela e Eucalipto, com uma média de 1,8 colônias/tratamento para ambos. Em relação às sementes da cultivar “EPAGRI 108” os resultados indicaram que todos os tratamentos sobre as controlaram a incidência de Curvularia lunata sobressaindo-se o tratamento Óleo de Nim, Bacillus pentothenticus e Citronela com 87%, 93% e 86% de controle, respectivamente. Em relação ao fungo Aspergillus flavus, os tratamentos que mais controlaram foram o Óleo de Nim e Nim com 83% e 83% de controle, respectivamente. Em contra partida o que menos controlou foi o tratamento Bacillus pentothenticus, com apenas 17% de controle. Já o tratamento Eucalipto não conseguiu controlar a incidência deste fungo (tabela 1). Assim, os tratamentos que possibilitaram menor incidência média de fungos nas sementes ‘EPAGRI 108’ foi Óleo de Nim, com uma média de 0,3 colônias/tratamento. Para as sementes “EPAGRI 109”, controlaram a incidência de Curvularia lunata e Aspergillus flavus sobressaindo-se o tratamento Bacillus pentothenticus com 76% de controle, para o primeiro fungo, e o tratamento Nim e Citronela com 100% de controle, respectivamente, para o segundo fungo. Já o fungo Fusarium sp não foi controlado pelos tratamentos Nim e Citronela (tabela 1). Assim, o tratamento que possibilitou menor incidência média de fungos nas sementes ‘EPAGRI 109’ foi Bacillus pentothenticus com uma média de 0,7 colônias/tratamento. Já para as sementes “Arariba”, controlaram a incidência de todos os fungos trabalhados, sobressaindo-se o tratamento Citronela com 48% de controle, para o fungo Curvularia lunata, os tratamentos Óleo de Nim, Nim e Eucalipto com 66% de controle cada um, para o fungo Fusarium sp, o tratamento Bacillus pentothenticus com 42% e 100% de controle, para os fungos Alternaria sp e Rhizopus stolonifer, respectivamente, e o tratamento Eucalipto com 40% de controle, para o fungo Aspergillus flavus, sendo que os tratamentos que possibilitaram uma menor percentagem de controle para este fungo, foram Óleo de Nim e Citronela com apenas 7% de controle cada um (tabela 1). Assim, o tratamento que possibilitou menor incidência média de fungos nas sementes ‘Arariba’ foi Eucalipto com uma média de 1,64 colônias/tratamento. Os resultados positivos de controle de fitopatógenos observados nesse trabalho foram similares aos encontrados por Lazzareti & Bettiol (1997), em que observaram redução significativa nas populações de D. oryzae, P. oryzae e Rhinchosporium sativum em sementes de arroz, tratadas com um produto formulado à base de células e de metabólitos de Bacillus subtilis. Furtado (2006), verificou efeito fungicida de citronela, eucalipto e extrato de alho, sobre Fusarium semitectum, Colletotrichum gloeosporioides, Curvularia lunata e Curvularia eragrostidis, resultado que também foi observado neste trabalho. A partir desses resultados, foi possível inferir que houve redução na incidência de patógenos das sementes, no entanto, o efeito dos tratamentos é diferenciado de acordo com o patógeno. 57 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA DAS PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO ARROZ DE TERRAS ALTAS (Oryza Sativa L.) NO MUNICÍPIO DE BURITICUPU - MA Orientada: Zilda Bianca Brito Sousa Acadêmica do Curso de Agronomia – CCA/UEMA Orientador: Drª. Maria Rosangela Malheiros Silva Prof. Dr. Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade – CCA / UEMA A cultura do arroz, assim como outras, pode ter sua produtividade e qualidade reduzidas por pragas, doenças e plantas daninhas. Segundo Oerke & Dehne (2004) as plantas daninhas são responsáveis por significativas perdas mundiais na produção de arroz, estimadas em 35%, enquanto pragas e patógenos correspondem a 24% e 16%, respectivamente. Conforme Pitelli e Durigan (1983) a composição específica da comunidade infestante tem grande importância na determinação do grau de competição, pois as diferentes espécies de plantas daninhas variam bastante em termos de necessidades, épocas e intensidade de recrutamento dos recursos do ambiente e nas demais formas de interferência sobre a cultura. O objetivo do trabalho foi avaliar as principais plantas daninhas na cultura do arroz de terras altas através de análises qualitativas e quantitativas. A pesquisa foi conduzida em área de produtores na zona rural do município de Buriticupu-MA, no período de fevereiro a maio de 2010. Foram selecionados dois Projetos de Assentamento (P.A.) nesse município para a coleta de plantas daninhas, P.A 7 de Maio e P.A Califórnia. Em cada PA, foram selecionadas duas áreas, sendo que em cada área foram feitas duas coletas, uma no início e outra no fim do ciclo da cultura do arroz. O primeiro levantamento ocorreu nos dias 02 e 03 de fevereiro e o segundo foi realizado no dia 24 de maio de 2010. O material botânico foi obtido através do lançamento aleatório de um retângulo de 0,50 x 0,30 m nas lavouras de arroz. As partes aéreas das plantas daninhas foram colhidas, acondicionadas em sacos de papel e levadas a laboratório para identificação e contagem dos indivíduos por espécie. Em seguida, foram secadas em estufa com ventilação forçada de ar a 70° C para quantificação da massa seca. A densidade e a massa seca das plantas daninhas foram usadas para determinação dos seguintes índices fitossociológicos. No P.A 7 de maio foram identificadas na fase vegetativa, 13 famílias e 17 espécies e na fase pós colheita, 14 famílias e 23 espécies. As famílias mais representativas em número de espécie no ciclo vegetativo foram Amaranthaceae, Asteraceae, Malvaceae e Poaceae, todas com duas espécies, e na fase pós-colheita foi a Asteraceae com quatro espécies (Tabela 1). No P.A Califórnia foram detectadas no ciclo vegetativo, 14 espécies de plantas daninhas distribuídas em 12 famílias, e na fase pós-colheita 18 espécies pertencentes a 12 famílias. A família mais representativa no ciclo vegetativo em número de espécie foi a Poaceae com três espécies e na pós colheita, foram Asteraceae e Poaceae, ambas com três espécies (Tabela 1). Foi coletado um total de 1269 indivíduos no P.A 7 de maio, onde 746 foram obtidos na fase vegetativa e 523 na fase de pós colheita. As espécies de maior importância no ciclo vegetativo da área A1 do PA 7 de maio em ordem decrescente foram C. benghalensis, P. angulata , C. argutus e na pós-colheita M. minutiflora, Pariana sp. Vernonia sp. Na área A2 as plantas daninhas de maior índice de valor de importância no ciclo vegetativo da cultura foram P. maximum e C. benghalensis e na pós-colheita, P. maximum e C. benghalensis(Tabela 2). No P.A Califórnia foram obtidos 974 indivíduos, sendo 763 indivíduos na fase vegetativa e 211 na fase pós colheita. Observou-se que na área A1 desse P.A duas espécies foram as mais importantes na comunidade infestante, na fase vegetativa, Panicum sp e C. argutus e na fase pós-colheita, S.latifólia e C. argutus (Tabela 3). Na área A2 durante a fase inicial da cultura, a espécie Panicum sp obteve maior IVI da comunidade infestante seguida por C. bengalensis; enquanto na fase pós- colheita, destacaram M. chamaedrys e A. brasiliana (Tabela 3). No ciclo vegetativo da cultura do arroz ocorreu maior quantidade de plantas daninhas, indicando ser o período que devemos ter maior controle dessas espécies. As plantas daninhas de maior relevância na comunidade infestante da cultura do arroz de terras altas foram Panicum maximum, Panicum sp., C. bengalensis, P.angulata, C.argutus, M.minutiflora, Pariana sp ,. S.latifólia. M. chamaedrys e A. brasiliana. 58 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 Tabela 1. Família, nome científico e nome comum das plantas daninhas identificadas na cultura do arroz nos dois Projetos de Assentamento (P.A) no município de Buriticupu - MA. (janeiro-maio 2010). Família Nome científico Nome comum P.A 7 de maio P.A Califórnia Ciclo da cultura Vegetativo Pós colheit a Vegetativ o Pós colhei ta 1.Amaranthaceae Alternanthera brasiliana (L.)Kuntze. Cabeça- branca X Amaranthus deflexus L. Carurú X Alternanthera tenella Colla. Apaga- fogo X X X 2.Asteraceae Acanthospermum hispidum DC. Carrapich o de ovelha X Bidens pilosa L. Picão preto X X X X Emilia coccinea (Sims) G. Don. Pincel de estudante X X Erechtites hieraciifolius (L.) Raf. Rabo de raposa X X Vernonia sp. Assa- peixe X 3.Brasicaceae Cleome affinis DC. Sojinha X 4.Commelineacea e Commelina benghalensis L. Trapoera ba X X X X 5.Convolvulaceae Ipomoea sp. Jitirana X X 6.Cucurbitaceae Momordica charantia L. Melão de São Caetano X 7.Euphorbiaceae Croton lobatus L. Mandioq uinha X X Euphorbia heterophylla L Amendoi m-bravo X X 8.Fabaceae Mimosa pudica L. Sensitiva X 9.Faboideae Indigofera hirsuta L. Anil Bravo X 10.Lamiaceae Marsypianthes chamaedrys (Vahl) Kuntze. Hortelão- do-campo X 11.Loganiaceae Spigelia anthelmia L. Lombrigu eira X X X 12.Malvaceae Corchorus argutus Kurt. ------------ ------ X X X X Sida sp. Vassourin ha X X Triumfetta bartramia L. Carrapich o X X 13.Poaceae Brachiaria sp. ------------ X X 59 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 ------ Imperata brasiliensis sp. Capim- furão X Panicum sp. Capim – arroz X X Melinis minutiflora P. Beauv. Capim- roxo X X Panicum maximum Jacg. Capim- colinião X X Pariana sp. Bananinh a X X 14.Portulacaceae Portulaca oleraceae L. Beldroeg a X 15.Phyllanthaceae Physalis angulata L. Camapu m X X X 16.Rubiaceae Spermacoce latifolia Aubl. Vassorinh a-de- botão X X X Spermacoce suaveolens (G. Mey) Kuntze. Poaia do campo X 17. Schizaeaceae Lygodium venustum SW. Samamba ia X X X 18.Solanaceae Solanum americanum Mill. Maria- pretinha X Solanum lycocarpum St. Hil. Jurubeba X X X X 19.Turneraceae Turnera ulmifolia L. Chanana X 20.Verbenaceae Lantana camara L. Chumbin ho X X X Tabela 3. Número total de indivíduos e Índices fitossociológicos das principais plantas daninhas da cultura do arroz na área A1 e A2 do P.A 7 de maio no município de Buriticupu - MA. (janeiro-maio 2010). Área A1 Ciclo vegetativo Pós-colheita Espécies DeR FqR DoR IVI Espécies DeR FqR DoR IVI C. benghalensis 25,17 19,11 45,51 89,80 M. minutiflora 34,74 9,68 14,70 59,12 P. angulata . 9,44 22,29 11,36 43,09 Pariana sp. 18,95 16,13 9,60 44,68 C. argutus 19,58 9,55 5,13 34,26 Vernonia sp. 7,37 9,68 16,69 33,74 L. venustum 17,48 6,27 8,94 32,79 A. tenella 8,42 6,45 10,16 25,03 Panicum sp. 11,89 6,37 7,40 25,66 S. lycocarpum 3,16 9,68 7,72 20,56 Total de indivíduos 286 Total de indivíduos 95 Área A2 Ciclo vegetativo Pós-colheita Espécies DeR FqR DoR IVI Espécies DeR FqR DoR IVI P. maximum 58,04 28,58 28,91 115,53 P. maximum 27,57 19,57 52,16 99,30 C. benghalensis 22,61 22,22 30,87 75,70 C. benghalensis 21,73 15,22 5,93 42,88 S. anthelmia 2,39 11,11 8,87 22,37 S. latifolia 11,92 13,05 6,43 31,40 Total de indivíduos 460 Total de indivíduos 428 62 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 Figura 1. Planta adulta de serigueleira Figura 2. Estacas de serigueleira No local do experimento os garfos foram dispostos em sacolas plásticas contendo os substratos plantmax, vermiculita, areia lavada e terra vegetal. A análise de variância para estudo dos dados obtidos foi de acordo com o delineamento experimental inteiramente casualizado com 4 repetições. Foi estudado o efeito de 3 tipos de estacas, associado a 4 substratos. A unidade experimental foi composta por 4 sacolas plásticas, sendo que cada sacola comportou apenas 1 estaca. Foram realizadas as seguintes avaliações semanais: contagem do número de brotos por estaca; altura do broto; número de foliolos e número e comprimento das raízes. O esquema de análise de variância preliminar obedeceu ao seguinte modelo: FV G.L. Tratamentos 11 Resíduo 36 Total 47 E o esquema de análise de variância com desdobramento dos graus de liberdade de tratamentos, de acordo com esquema fatorial 3 x 4 foi: FV GL SQ QM F Estacas (E) 2 SQE QMA QMA/QMR Substrato (S) 3 SQS QMB QMB/QMR Int. (E X S) 6 SQE XS QME X S QME X S/QMR (Trat.) (11) SQT QMT Resíduo 36 SQR QMR Total 47 SQTotal As médias das parcelas foram comparados pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade e os tratamentos obedecem a seguinte ordem: T1: E1 X V (estaca com 25 cm X vermiculita); T2: E1 X P (estaca com 25 cm X plantamax); T3: E1 X TV (estaca com 25 cm X terra vegetal); T4: E1 X AL (estaca com 25 cm X areia lavada); T5: E2 X V (estaca com 30 cm X vermiculita); T6: E2 X P (estaca com 30 cm X plantmax); T7: E2 X TV (estaca com 30 cm X terra vegetal); T8: E2 X AL (estaca com 30 cm X areia lavada); T9: E3 X V (estaca com 35 cm X vermiculita); T10: E3 X P (estaca com 35 cm X plantmax); T11: E3 X TV (estaca com 63 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 35 cm X terra vegetal); T12: E3 X AL (estaca com 35 cm X areia lavada). Na Tabela 1, são apresentados dados médios de números de brotos, altura do broto inicial, número de folíolos, número de raiz e comprimento da raiz principal. Não se observou interação significativa entre os fatores comprimento de estacas e substratos utilizados. Em número de brotos emitidos (Tabela 1), os tratamentos T12, T11 e T1 apresentaram-se estatisticamente superior a maioria dos demais tratamentos testados. Baixo número de brotos foi encontrado quando se utilizou os tratamentos T2, T3, T4, T7, T8 e T9. Já com relação à característica altura do broto inicial, a utilização de estacas com 25 cm propiciaram altura de brotos superior aos demais tipos de estacas. Estacas com 35 cm associado ao substrato plantmax e estacas com 25 cm associado a terra vegetal favoreceram o aparecimento de grande número de folíolo membranáceo. Com relação ao número de raiz, estacas com 35 cm e areia lavada foram superiores aos demais tratamentos. Já comprimento da raiz principal, estaca com 25 cm, desta vez associado ao substrato plantmax, apresentaram os melhores resultados Tabela 1. Médias de número de brotos, altura do broto inicial, número de folhas, número de raiz e comprimento da raiz principal. Tratamentos Número de brotos Altura do broto inicial (cm) Número de folhas Número de raiz Comprimento da raiz principal (cm) T1 (E1xV) 26,00 a 8,75 a 14,75 cd 0,37 f 5,00 c T2 (E1xP) 10,25 d 6,31 b 35,75 b 0,64 d 11,00 a T3 (E1xTV) 10,24 d 4,62 bc 42,25 ab 0,36 f 3,00 d T4 (E1xAL) 9,00 d 10,00 a 28,50 bc 1,47 b 8,75 b T5 (E2xV) 16,30b 4,56 bc 35,75 b 0,61 d 3,00 d T6 (E2xP) 12,00 c 1,56 d 35,75 b 0,50 e 3,00 d T7 (E2xTV) 9,50 d 5,75 bc 32,25 b 0,23 g 3,00 d T8 (E2xAL) 8,60 d 4,75 bc 3,00 d 1,44 b 4,25 c T9 (E3xV) 8,50 d 5,25 bc 5,00 d 1,00 c 5,00 c T10 (E3xP) 16,50 b 6,31 b 58,00 a 1,00 c 5,00 c T11 (E3xTV) 26,00 a 5,37 bc 5,00 d 1,00 c 5,00c T12 (E3xAL) 26,75 a 4,00 c 12,75 cd 1,59 a 5,00 c CV% 13,88 13,88 25,95 4,64 8,28 DMS 1,92 1,92 16,52 0,097 1,048 Médias seguidas pelas mesmas letras na coluna não diferem entre si a P < 0,05 pelo teste de Tukey. E1, E2 e E3 estacas com 25cm, 30cm e 35cm respectivamente. V (vermiculita), P (plantmax), TV (terra vegetal) Al (areia lavada) Os resultados indicam que comprimento de estaca de 25 cm pode ser utilizado na propagação vegetativa da serigueleira, contudo, faz-se necessário mais estudos relacionando este tipo de estaca com demais substratos. Palavras-chave: Serigueleira, Spondias, estaquia REFERÊNCIAS DONADIO L. C.; NACHTIGAL J. C.; SACRAMENTO C. K.. Frutas exóticas. Jaboticabal-sp:Editora Afiliada, 1998. p. 71-72. LORENZI, H. et al. Frutas brasileiras e exóticas cultivadas. Nova Odessa-sp: Instituto Plantarium de Estudos da Flora Ltda, 2006. p. 357 64 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 OCORRÊNCIA DE PARASITÓIDES DE ALEUROCANTHUS WOGLUMI ASHBY (HEMIPTERA: ALEYRODIDAE) EM CITRUS SSP. NA REGIÃO NORTE DO ESTADO DO MARANHÃO Orientada: Cleydiane Fátima Moreira Pereira – Bolsista PIBIC/CNPq Acadêmica do Curso de Agronomia – CCA/UEMA Orientadora: Raimunda N. S. de Lemos Profa. Dra do Curso de Agronomia – CCA/UEMA A mosca negra Aleurocanthus woglumi Ashby constitui-se uma ameaça à fruticultura, por tratar-se de uma praga polífaga, que infesta tanto as plantas cultivadas quanto as silvestres (ANGELES et al., 1972). A espécie A.woglumi é um inseto da ordem Hemiptera, família Aleyrodidae. Este inseto ocasiona danos diretos (sucção de seiva) e indiretos (desenvolvimento de fumagina), diminuindo assim a respiração e a fotossíntese da planta, comprometendo a produção e a qualidade do fruto (PINTO et al., 2001). No Brasil, foi detectada pela primeira vez em 2001, no Estado do Pará (OLIVEIRA et al., 2001). No Maranhão, os danos dessa praga foram registrados, em Boa Vista do Gurupi, Imperatriz e Bacabal, em pomar de citros com dez anos e novos registros foram feitos em Barra do Corda e São Luís, em citros e mangueira (LEMOS et al., 2006). Pena et al., (2009) relataram a ocorrência da mosca negra nos pomares de citros de São Paulo, Tocantins e Goiás no ano de 2008. No Maranhão, a mosca negra vem causando danos em pomares cítricos, principalmente nos pomares de fundo de quintal, que se constituem em fonte de subsistência, e, às vezes, de renda para os agricultores. Segundo Parra et al. (2002), atualmente, o uso do controle biológico vem assumindo importância cada vez maior dentro de programas integrados de pragas, num momento em que se discute a produção integrada rumo a uma agricultura sustentável. O controle biológico da mosca negra dos citros tem sido mais eficiente que o controle químico, em diversas partes do mundo, sendo utilizado como inimigos naturais diversos parasitóides da ordem Hymenoptera (OLIVEIRA, 2001). Este trabalho teve como objetivo avaliar a ocorrência de parasitóides como agentes efetivos no controle de A. woglumi em plantas cítricas na região Norte do Estado do Maranhão, nos municípios de Itapecuru Mirim, São Luís, São José de Ribamar, Rosário e Paço do Lumiar. O trabalho foi conduzido no Laboratório de Entomologia, do Núcleo de Biotecnologia Agronômica da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) - São Luís /MA. Em cada município foram selecionadas três propriedades, amostrando-se cinco plantas, selecionadas ao acaso, por meio de caminhamento em zigue-zague. A copa da planta foi dividida em quadrantes, coletando-se duas folhas por quadrante, totalizando oito folhas / planta. As coletas foram realizadas a cada dois meses, por um ano consecutivo. As folhas com ovos, ninfas e pupas da mosca negra, foram colocadas em sacos plásticos e acondicionadas em caixas térmicas. O material vegetal coletado foi identificado conforme a data, local de coleta e cultura hospedeira: citros dos grupos das laranjas (Citrus sinensis L.), tangerinas (Citrus reticulatae) e limões (Citrus limonia). Após essa análise cada folha foi colocada em uma placa de Petri forrada com papel filtro e teve seu pecíolo envolvido por um pedaço de algodão, umedecido em água destilada, a fim de se evitar o ressecamento precoce do material vegetal e a morte do inseto por falta de alimento e umidade. Em seguida as placas foram cobertas com filme plástico perfurado com alfinete entomológico e incubadas em câmara do tipo BOD regulada para temperatura de 26 ±1º C, umidade relativa de 60 ± 10% e fotofase de 12 horas, onde permaneceram até a emergência dos parasitóides. Os parasitóides emergidos foram fixados em álcool a 70% e encaminhados para identificação no Instituto Biológico de Campinas (SP). Observou-se a ocorrência do parasitóide Cales noacki (Hymenoptera: Aplelinidae) nos municípios de São Luís, Itapecuru Mirim e Paço do Lumiar, com 46,42%, 34,52%, 19,04%, respectivamente (Figura 1). Os maiores percentuais registrados ocorreram em maio/2009, fevereiro e maio/2010, com 96,42% dessa espécie de parasitóide. O parasitóide do gênero Encarsia sp. (Hymenoptera: Aphelinidae) foi encontrado em São Luís, Itapecuru Mirim, Paço do Lumiar e Rosário com 66,66%; 20,8%; 8,3% e 4,1%, respectivamente, diferindo de São José de Ribamar onde não houve registro de ocorrência deste inimigo natural (Figura 2). O mês com maior número de parasitóides registrados foi fevereiro de 2010, com a presença de 21 parasitóides do gênero Encarsia sp., tendo uma representatividade de 87,5% em todo o período da coleta desses inimigos naturais. Dentre os municípios pesquisados observou-se maior incidência de parasitoides nas propriedades de São Luís, Itapecuru Mirim, Paço do Lumiar e Rosário, com 50,92% , 31,48%, 16,66% e 0,92%, respectivamente dos espécimes coletados. Não houve registro de parasitóides no município de São José de Ribamar no período de maio/2009 a maio/2010. 67 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 Palavras-chave: Aleurocanthus woglumi, parasitóides, citros. REFERÊNCIAS ANGELES, N. J. DE.; DEODORD, J. R.; MARTÍNEZ, N. B.; PAREDES, P. P.; REQUENA, J. R. Aportes en el estudio de hospederas de la “mosca prieta de los cítricos”, Aleurocanthus woglumi Ashby, en Venezuela. Agronomia Tropical. 22. 549-553. 1972. LEMOS, R. N. S.; SILVA, G. S.; ARAÚJO, J.R.G.; CHAGAS, E. F.; MOREIRA, A. A.; SOARES, A.T.M. Ocorrência de Aleurocanthus woglumi Ashby (Hemiptera: Aleyrodidae) no Maranhão. Neotropical Entomology. 35. 558-559. 2006. PARRA, J. R. P.; BOTELHO, P. S. M.; CORRÊA-FERREIRA, B. S.; BENTO, J. M. S. Controle biológico no Brasil: parasitóides e predadores. São Paulo: Manole, 850. 2002. PENA, M. R.; SILVA, N. M. DA; VENDRAMIM; J. D.; LOURENÇÂO, A. L.; HADDAD, M. DE L. Biologia da Mosca-Negra-dos-Citros, Aleurocanthus woglumi Ashby (Hemiptera: Aleyrodidae), em Três Plantas Hospedeiras. Neotropical Entomology. 38. 254-261. 2009. PINTO, R. R.; PAULA, S. V.; DIAS, V. S., OLIVEIRA, M. R. V. Aleirodídeos de expressão quarentenária para o Brasil. In: VI ENCONTRO DE TALENTO ESTUDANTIL DA EMBRAPA RECURSOS GENÉTICOS E BIOTECNOLOGIA, 2001, Brasília. Anais: Resumo dos trabalhos. Brasília: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. 133. 2001. 68 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 VARIAÇÃO SAZONAL DA ENTOMOFAUNA ASSOCIADA À PALMEIRA BABAÇU (Attalea speciosa Mart. ex. Spreng) Orientado: Ruanno Silva ALMEIDA – bolsista PIBIC/CNPq Acadêmico do Curso de Agronomia – CCA/UEMA Orientador: Adenir Vieira TEODORO Profo. Visitante UEMA, PPG em Agroecologia Colaboradores: Alexandra Rocha da PIEDADE; Eduardo Henrique Santana SOUSA; Marcelo Luís Corrêa ZELARAYÁN - Alunos de Graduação do Curso de Agronomia – CCA/UEMA A palmeira babaçu ocorre em nove estados brasileiros e atinge o máximo de dominância na paisagem agrícola do estado do Maranhão. A copa de palmeiras como o babaçu pode abrigar uma rica comunidade de insetos, no entanto, levantamentos da entomofauna da copa de palmeiras são escassos (SANTOS et al., 2003). Tais estudos são importantes, pois palmeiras como o babaçu fazem parte da paisagem agrícola e podem fornecer alimento e abrigo para vários grupos de insetos. Ademais, palmeiras podem servir de reservatório de inimigos naturais ou abrigar espécies praga. A sazonalidade é um fator chave influenciando insetos no campo, especialmente em regiões com estações seca e chuvosa bem definidas (NESTEL et al., 1993; PHILPOTT et al., 2006), devido à variação temporal da temperatura, umidade relativa, precipitação e disponibilidade de recursos (WOLDA, 1988; GUEDES et al., 2000; TEODORO et al., 2008). No entanto, pouco se sabe sobre a influência da sazonalidade em padrões de diversidade e abundância de insetos. O estudo da entomofauna associada à copa de palmeiras é particularmente importante nas regiões tropicais em função do desconhecimento da grande diversidade de espécies que ocorrem nessas regiões. De fato, muitas espécies de insetos associados a plantas tropicais ainda não foram descritas por taxonomistas (BASSET, 2001; KLEIN et al., 2002; BOS et al., 2007). Insetos aprovisionam serviços ambientais essenciais para o funcionamento de ecossistemas e agroecossistemas como, por exemplo, o controle biológico, a polinização e a decomposição (KLEIN et al., 2006). O presente trabalho teve como objetivo avaliar a entomofauna associada à copa de palmeiras jovens (pindobas) e adultas de babaçu nos períodos seco e chuvoso do ano. O estudo foi conduzido na comunidade de Mato Grosso, São Luís - MA. A variação sazonal da entomofauna foi amostrada através de pulverização com inseticida piretróide sintético (Permethrin 1%), uma técnica efetiva e amplamente utilizada para a coleta de artrópodes em dosséis (SANTOS et al., 2003; BOS et al., 2007). Para cada avaliação (período seco e chuvoso) foram selecionadas dez pindobas (3-5 metros de altura) e quatro palmeiras adultas de babaçu (10-16 metros de altura) distantes, pelo menos, 50 metros entre si. Para a amostragem de pindobas, as plantas foram pulverizadas com inseticida e posteriormente sacudidas sobre um pano previamente estendido sob o solo e os insetos coletados. Para a amostragem de palmeiras adultas, cada planta foi derrubada sobre uma lona previamente estendida sob o solo, pulverizada com inseticida e os insetos coletados. As coletas foram realizadas em condições padronizadas (entre 8: 00 – 10: 00 horas da manhã, em dias com pouco vento e sem chuva). Os insetos foram levados ao laboratório, separados em morfoespécies e identificados em nível de ordem e morfoespécies. Foram encontrados 116 insetos distribuídos em 6 ordens (Blattodea, Coleoptera, Diptera, Hemiptera, Hymenoptera e Isoptera) em pindobas no período seco do ano. A Ordem Hymenoptera apresentou o maior número de espécimes (107; 92,24% do total) e a maior riqueza de espécies (7 espécies). Em pindobas no período chuvoso foram encontrados 105 insetos distribuídos em 9 ordens (Blattodea, Coleoptera, Diptera, Hemiptera, Hymenoptera, Orthoptera, Mantodea, Isoptera e Thysanura). A ordem Hymenoptera apresentou a maior abundância (44 espécimes; 41,90% do total) dividida em 3 espécies e a ordem Coleoptera obteve maior riqueza de espécies (15 espécies). No período seco do ano, foram encontrados em palmeiras 3.367 insetos divididos em 12 ordens (Blattodea, Coleoptera, Dermaptera, Hemiptera, Homoptera, Hymenoptera, Isoptera, Lepidoptera, Mantodea, Orthoptera, Phasmatodea e Thysanura). A ordem Isoptera apresentou a maior abundância com 2.593 espécimes, representando 77,00% do total de insetos coletados enquanto que a ordem Coleoptera apresentou a maior riqueza de espécies, com 16 espécies. No período chuvoso foram encontrados em palmeiras 1.092 insetos divididos em 7 ordens (Blattodea, Coleoptera, Hemiptera, Hymenoptera, Isoptera, Mantodea e Orthoptera). A Ordem Isoptera apresentou 944 espécimes (86,45% do total de insetos coletados) enquanto que a ordem Coleoptera apresentou a maior riqueza de espécies (15 espécies). 69 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 Houve um maior número de espécies e abundância de insetos em pindobas no período chuvoso em comparação com o período seco do ano (Figura 1a). Para palmeiras, no entanto, o padrão foi inverso. Houve uma maior riqueza de espécies e abundância de insetos no período seco em comparação com o período chuvoso (Figura 1b). Comparando pindobas e palmeiras, as palmeiras apresentaram uma maior riqueza de espécies, tanto na época seca quanto na chuvosa (Figura 1 a, b). Foram feitas curvas de saturação de espécies para as duas ordens de insetos mais abundantes em pindobas e palmeiras de babaçu, ou seja, Coleoptera e Hymenoptera. Houve uma maior riqueza de espécies e abundância de Coleoptera em pindobas no período chuvoso enquanto que não foi possível calcular a curva para coleópteros na época seca porque só houve uma espécie (Figura 2a). Uma maior riqueza de espécies e abundância de Hymenoptera em pindobas foi registrada no período seco em comparação com o período chuvoso (Figura 2b). Em palmeiras não houve diferença entre a riqueza de espécies de Coleoptera nos períodos seco e chuvoso do ano como indicado pela sobreposição de barras de erro (Figura 3a). Houve uma maior riqueza e abundância de Hymenoptera no período seco do ano em comparação com o período chuvoso (Figura 3b). Conclui-se que palmeiras de babaçu abrigam uma maior riqueza e abundância de insetos em comparação com pindobas. Adicionalmente, a sazonalidade influenciou a riqueza de espécies e a abundância em pindobas e em palmeiras de babaçu; houve uma maior riqueza de espécies e abundância no período chuvoso em pindobas em comparação com o período seco enquanto que palmeiras apresentaram o padrão oposto. Tanto pindobas quanto palmeiras têm o potencial de conservar a diversidade de insetos em paisagens agrícolas dominadas pelo babaçu. Figura 1: Curva de saturação de espécies de insetos em pindobas (a) e em palmeiras (b) de babaçu nos períodos chuvoso e seco do ano. Barras de erro correspondem ao desvio padrão da média. 72 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 EFEITO DE INDUTORES BIÓTICOS E ABIÓTICOS DE RESISTÊNCIA NO CONTROLE DE ANTRACNOSE CAUSADO POR Colletotrichum gloeosporioides EM FRUTOS PÓS-COLHEITAS Orientado: Ana Catarina Martins REIS - Bolsista PIBIC/CNPq/ UEMA Acadêmica do Curso de Licenciatura em Ciências Biológica - CECEN/ UEMA Orientador: Fabrício de Oliveira REIS Prof. Dr. Departamento de Química e Biologia – DQB/ UEMA Colaboradores: 1Ilka Márcia Ribeiro de Sousa SERRA; 2Thiago Anchieta de MELO; 2Rosa Maria Souto de SOUSA 1Profa. Dra. Departamento de Química e Biologia – DQB/ UEMA; 2acadêmicos do Curso de Agronomia – CCA/ UEMA O fungo Colletotrichum gloeosporioides provoca manchas e podridões em fruteiras inviabilizando a comercialização desses produtos. A principal forma de controle das infecções pós-colheitas é a utilização de fungicidas, em pré-colheita. No entanto, o controle químico possui limitações, pois seu uso excessivo pode resultar em resíduos nos frutos e surgimento de resistência dos patógenos aos ingredientes ativos. Estes fatores têm estimulado práticas de produção favoráveis à conservação do meio ambiente e da qualidade dos frutos. Métodos de controle alternativos de doenças em plantas vêm se destacando, como o uso de eliciadores para indução da resistência sistêmica induzida (RSI). A indução de resistência através de indutores bióticos e abióticos constituem método mais eficiente de controle sustentável dessas doenças, com a vantagem de serem mais econômicos e evitarem a poluição ambiental (Resende et al., 2006). Nesse sentido o presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de indutores bióticos (Acadian®, Ecolife® e Thichodermil®) e abióticos (Bion®, Biopirol® e Quitosana®), em diferentes dosagens no controle do fungo C. gloeosporioides. Os isolados de C. gloeosporioides foram obtidos de lesões em pós colheita de frutos de manga, mamão, abacate e banana. Nos experimentos foram usados frutos, provenientes da CEASA de São Luis-MA, em estádio de maturação comercial. Após seleção de acordo com a uniformidade de cor, tamanho e ausência de injúrias mecânicas, fisiológicas e fitossanitária, as frutas foram lavadas com água e sabão para proceder a desinfestação. Na primeira etapa do projeto, as mangas foram submetidas aos tratamentos, que consistiu na imersão dos frutos por cinco minutos em soluções dos indutores. A inoculação do fungo foi feita 24 horas após o tratamento com os indutores. Utilizou-se delineamento inteiramente casualizado com 6 indutores x 2 concentração x 4 repetições, sendo cada repetição representada por bandejas com dois frutos/tratamento. A segunda etapa do projeto consistiu na aplicação dos indutores e inoculação do patógeno em diferentes fruteiras (abacate, mamão e banana). Nesse ensaio os tratamentos utilizados foram Acadian e Quitosana, a aplicação dos indutores e a inoculação do patógeno foram realizadas como descrita anteriormente. Essa etapa do projeto teve a finalidade avaliar a eficiência desses indutores no controle de antracnose em outras fruteiras. De acordo com os resultados obtidos no experimento com frutos de manga, observou-se que todos os tratamentos diferiram estatisticamente da testemunha, reduzindo o tamanho das lesões causadas pelo C. gloeosporioides, no entanto, não houve diferença estatística entre os tratamentos com os indutores bióticos e abióticos (Tabela1), confirmando a eficiência dos eliciatores utilizados no controle de antracnose em manga (Figura 1). Dados semelhantes a este foram observados por Carré (2002) onde observou que houve uma redução da severidade da antracnose de 63% nos frutos de banana tratados com quitosana em pós colheita. No segundo ensaio foi possível observar que o indutor acadian se destacou por apresentar a menor tamanho de lesão de antracnose em frutos de banana e abacate, porém só houve diferença significativa quando comparado a testemunha (Figura 2). Não foi possível analisar os frutos de mamãos, pois todas as repetições apresentaram grande contaminação com outras espécies fúngicas e também bacteriana, provavelmente fitopatógenos advindo de infecções latentes. Isto nos sugere que essa fruteira necessita ser estudada com maiores cuidados, quanto ao aspecto fitossanitário em pós-colheita. Em mamão, as doenças fúngicas em pós- colheita são importantes causas de descarte de frutas, em análise realizada numa rede de supermercados de Recife essas doenças foram responsáveis por 98% do descarte da cultivar Formosa e 90,5% da cultivar Sunrise Solo (SILVA et al., 2002). 73 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 Com os resultados obtidos conclui-se que tanto os indutores bióticos quanto os abióticos podem ser uma excelente tecnologia alternativa no controle de doenças fúngicas em pós-colheita, diminuindo o uso de fungicidas, barateando os custos de produção e reduzindo a quantidade de agrotóxico sobre o meio ambiente e a sociedade de um modo geral. Tabela 1 – Dosagens dos indutores de resistência em mangas contra a antracnose em relação às médias das áreas lesionada pelo C. gloeosporioides. Figura 1. Frutos de manga tratados com indutores e inoculados com Colletotrichum gloeosporioides. A- Fruto tratato com indutor biótico - acadian ; B- Testemunha tratada somente com água; C- Fruto tratados com indutor abiótico – quitosana A B C INDUTOR DOSAGEM TAMANHO DA LESÃO ( cm)* BIÓTICOS ACADIAN 50 ml/L 100 ml/L 1.250 b 1.125 b ECOLIFE 50 ml/L 100 ml/L 1.650 b 1.350 b TRICHODERMIL 100 mg/L 200 mg/L 1.375 b 1.325 b ABIÓTICOS BION 0,5 g/L 1,0 g/L 1.425 b 1.450 b 74 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 Figura 2. Frutos de banana e abacate tratados com indutor biótico acadian (A) e indutor abiótico quitosana (B). Testemunha tratada somente com água Palavras-chave: antracnose, indutores bióticos, abióticos REFERÊNCIAS CARRÉ, V.; ZANELA, A.L.; BECKER, A.; GONÇALVES J.; FRANZENER, G. controle em pós colheita de Colletotrichum musae em banana pelo uso de extratos da planta medicinal Artemisia Camphorata (Cânfora) e de soluções de quitosana. XI Encontro Anual de Iniciação Científica - 2002 - Maringá – PR. RESENDE, M. L. V. ; ARAUJO, D. V. ; COSTA, J. C. B. ; DEUNER, C. C. ; FERREIRA, J. B. ; MUNIZ, M. F. S. ; REIS, S. N. ; SANTOS, F. S. ; CAVALCANTI, L. S. ; NOJOSA, G. B. A. Produtos comerciais a base de bioindutores de resistência em plantas. Revisão anual de Patologia de Plantas, v.14, p.361-380, 2006. SILVA, C. F. B. et al. Epidemiologia de enfermidades fungicas de postcosecha en frutos de papaya.Boletín Micológico, Valparaiso, v.17, p.1-17, 2002 B D Testemunha Testemunha 77 XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 07/07/2010 0 10 4.55 3.93 08/07/2010 0 10 4.10 3.33 09/07/2010 0 10 5.00 3.47 10/07/2010 0 10 4.80 4.10 11/07/2010 0 10 3.85 4.10 12/07/2010 0 10 3.85 4.72 13/07/2010 0 10 2.92 4.83 14/07/2010 0 10 2.75 3.89 15/07/2010 0 10 4.17 6.25 16/07/2010 0 10 3.75 4.69 17/07/2010 0 10 2.97 5.03 18/07/2010 0 10 2.45 5.38 19/07/2010 0 10 1.93 3.63 20/07/2010 0 10 4.55 5.27 21/07/2010 0 10 2.10 5.40 22/07/2010 0 10 1.90 6.58 23/07/2010 0 10 0.125 6.57 24/07/2010 0 10 0.150 6.33 25/07/2010 0 10 0.50 6.33 26/07/2010 0 20 0.50 9,07 27/07/2010 0 20 6.40 7.51 28/07/2010 0 20 8.73 7, 42 29/07/2010 0 12 8.875 5,55 30/07/2010 0 12 3.685 7,33 Com base nos resultados apresentados na Tabela 1, pode-se verificar que, para o período considerado os valores de ETc da cultura da alface mostraram variações de 0,04 a 9,07 mm . dia-1, devido às variações climáticas ocorridas, porém, a ETc média do período estudado foi de 3,8 mm.dia-1. Ao se comparar os resultados de ETc obtidos pelo lisímetro e pelo método de Thornthwaite, foi possível verificar que a evapotranspiração média da cultura para o período considerado, obtida pelo método lisimétrico foi de 3,8 mm.dia-1 e o valor médio estimado por Thornthwaite, utilizando um coeficiente de cultura médio (Kc) igual 0,9 sugerido por MAROUELLI (1996), foi de 4,27 mm.dia -1. Com base na análise dos resultados obtidos, foi possível concluir que: o lisímetro construído se mostrou eficiente na medição do consumo de água da cultura da alface e os resultados de ETc da cultura, medidos pelo lisímetro e estimados pelo método de Thornthwaite, foram de 3,8 e 4,27 mm.dia-1, respectivamente. REFERÊNCIAS ABOUKHALED, A.; ALFARO, A.; SMITH, M. Lysimeters. Rome: FAO, Irrigation and Drainage Paper, 39, 1982. 68p. BERNARDO, S. Manual de Irrigação. Viçosa: Imprensa Universitária da UFV, 2008, p.625. MAROUELLI, W. A.; SILVA, W. L. C.; SILVA, H. R. Manejo da irrigação em hortaliças. 5 ed. Brasília, DF: EMBRAPA, 1996. 72 p. PEREIRA, A. et al. Evapotranspiração. Piracicaba: FEALQ, 1997, p.183. PEREIRA, J.B. A. Avaliação do crescimento, necessidade hídrica e eficiência no uso da água pela cultura do pimentão (capsicum annuum. L), sob manejo orgânico nos sistemas de plantio com preparo de solo e direto – seropédica – RJ. Seropédica-RJ: (Dissertação de Mestrado).Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. 2006. 45p. THORNTWAITE, G.W. An approach toward a rational classification of climate. Geographycal Rev., New York, v.38, n.1, p.55-94. 1948. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO COORDENADORIA DE PESQUISA LIVRO DE RESUMOS PIBIC/CNPq Somando experiências, multiplicando resultados 2    XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO Roseana Sarney Governadora SECRETARIA DE ESTADO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA, ENSINO SUPERIOR E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO Lauro Andrade Assunção Secretário UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO José Augusto Silva Oliveira Reitor Gustavo Pereira da Costa Vice-Reitor Walter Canales Sant’Ana Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação Porfirio de Candanedo Guerra Pró-Reitor de Graduação Vânia Lourdes Martins Ferreira Pró-Reitora de Extensão e Assuntos Estudantis José Bello Salgado Neto Pró-Reitor de Administração José Gomes Pereira Pró-Reitor de Planejamento   5    XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 COMISSÃO ORGANIZADORA Walter Canales Sant’Ana Rita de Maria Seabra Nogueira de Candanedo Guerra Alcina Vieira de Carvalho Neta Vera Lúcia Maciel Silva Débora Martins Silva Santos Iran de Jesus Rodrigues dos Passos Hilma de Fátima Santos Freitas Apoio Administrativo Antonia Rejane Cavalcante Morais Antonia de Fátima de Farias Vanda Maria de O. Araújo COMITÊ INSTITUCIONAL DE PESQUISA Ciências Agrárias Profa. Dra. Raimunda Nonata Santos de Lemos Profa. Dra. Maria José Pinheiro Corrêa Prof. Dr. Fabrício de Oliveira Reis Profa. Dra. Ana Lúcia Abreu Silva Prof. Dr. Helder de Moraes Pereira Prof. Dr. Hamilton Pereira Santos Ciências Biológicas Profa. Dra. Zafira da Silva de Almeida Profa. Dra. Maria Claudene Barros Prof. Dr. Péricles Sena do Rêgo Ciências Sociais Aplicadas Profa. Dra. Zulene Muniz Barbosa Profa. Dra. Fabíola Oliveira Aguiar Prof. Dr. Carlos Frederico Lago Burnett Ciências Exatas e da Terra Prof. Dr. Jorge Diniz de Oliveira Prof. Dr. William da Silva Cardoso Prof. Dr. Ivanildo Silva Abreu Prof. Dr. Antonio Francisco Fernandes de Vasconcelos Ciências Humanas Prof. Dr. José Henrique de Paula Borralho. Prof. Dr. José Sampaio de Mattos Júnior Prof. Dr. Marcelo Cheche Galves 6    XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 Letras, Linquística e Artes Profa. Dra. Fabíola de Jesus Soares Santana Prof. Dr. Diógenes Buenos Aires de Carvalho Engenharias Prof. Dr. Jean Robert Pereira Rodrigues Prof. Dr. Eduardo Aurélio Barros Aguiar COMITÊ DE PÓS-GRADUAÇÃO Ciências Agrárias Prof. Dr. Emanoel Gomes de Moura Profa. Dra. Ana Lúcia Abreu Silva Ciências Biológicas Profa. Dra. Zafira da Silva de Almeida Prof. Dr. Elmary da Costa Fraga Ciências Sociais Aplicadas Profa. Dra. Zulene Muniz Barbosa Ciências Humanas Profa. Dra. Ana Lívia Bombim Profa. Dra. Íris Maria Porto Ciências Exatas e da Terra Profa. Dr. Maria de Fátima Salgada Prof. Dr. William da Silva Cardoso Engenharias Prof. Dr. Joel Manuel AlvesFilho Prof. Dr. João Coelho Silva Filho 7    XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 APRESENTAÇÃO Em tempos que a sociedade compreende cada vez mais a importância do conhecimento e seu potencial de transformação ou agregação de valor nos mais simples procedimentos ou produtos, apresentamos o XXII Seminário de Iniciação Científica da Uema, fruto do trabalho contínuo da instituição em consolidar a cultura da pesquisa na academia. O XXII SEMIC busca despertar em mais de 300 jovens o talento para o saber científico; a disciplina na busca de resultados e a distinção no futuro mercado de trabalho. Mais especificamente, após 12 meses de revisões bibliográficas, coleta de amostras, pesquisas de campo, ensaios e relatórios, os bolsistas de IC experimentaram a pesquisa científica e já possuem um conceito, mesmo que não totalmente definido, sobre o que é esse mundo de descobertas e desafios. Foram 243 bolsas de iniciação científica, além de 70 trabalhos voluntários que serão apresentados neste XXII SEMIC, na forma oral ou de pôsteres. Palestras e minicursos completam a programação que se encerrará com a premiação para os melhores trabalhos por área de conhecimento. A difusão destas pesquisas para mais de mil inscritos atinge os objetivos de repercussão necessários seja na universidade, seja na comunidade maranhense. Já o II Seminário de Pós-Graduação da Uema discute a pós- graduação, os cursos em andamento, as perspectivas de ampliação e melhoria de sua qualidade. Esta discussão torna-se ainda mais importante num momento em que há a imposição, por meio de resoluções federais, de um número mínimo de cursos de pós-graduação stricto sensu que devem ser atingidos em 2013 e 2016, para a manutenção do status de “universidade”. O XXII SEMIC e o II Seminário de Pós-Graduação da Uema são contribuições importantes ao nosso Estado, preparando nossos jovens por meio do conhecimento, para que sejam atores de destaque no esforço de melhorar os índices de desenvolvimento, trazendo mais qualidade de vida à nossa população. 10    XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 Neste contexto, é de fundamental importância o aporte de conhecimentos sobre a biodiversidade do PNCM, já que a ocorrência e a distribuição de espécies da fauna e flora são ainda muito pouco conhecidas. Este subprojeto se insere em um contexto maior, de um estudo sobre a biodiversidade existente no PNCM, para que possa servir como instrumento na elaboração do plano de manejo além de indicar novas e necessárias linhas de pesquisa para projetos futuros. O presente trabalho teve como objetivo realizar o levantamento da vegetação arbórea-arbustiva nas diferentes fisionomias florestais no complexo de ecossistemas do Parque Nacional Chapada das Mesas, Maranhão – Brasil. Os levantamentos foram realizados em três regiões do PNCM na região norte (Área I), próximo à Cachoeira de São Romão; a sudeste (Área III), próximo à nascente do Rio Lajes, no município de Riachão, que é a região de mais difícil acesso e, portanto, a mais preservada; e no sul (Área II), município de Carolina, que é a região de maior pressão turística. Foram realizadas duas viagens à área estudada, a primeira no período de 06 à 10 setembro de 2009 e a segunda, de 14 à 20 de junho de 2010, onde foram demarcadas, segundo o método estabelecido por Mueller-Dombois & Ellenberj (1974), com auxílio de cordas e estacas de madeira, 25 parcelas de 20 m x 50 m, totalizando uma área de 25.000 m², as mesmas georreferenciadas com uso de GPS. As parcelas estão distribuídas nas três áreas, sendo seis parcelas referentes a área II, onze para área I e oito na área III. Os critérios de inclusão para a coleta dos indivíduos lenhosos foram de altura ≥ 2 m e com dns ≥ 3 cm (dns = diâmetro no nível do solo). No caso de múltiplos troncos mediram-se apenas aqueles iguais ou maiores que o limite de inclusão. Todas as plantas amostradas foram marcadas e tiveram suas medidas de altura e diâmetro anotadas para posterior análise. Todas as plantas arbóreas e arbustivas que apresentaram material reprodutivo (flores e/ou frutos) foram coletadas para identificação e complementação das listagens florísticas. Todo o material coletado foi acondicionado em sacos plásticos identificados com a data e local de coleta e transportados para o Herbário do Núcleo de Estudos Biológico (NEB) do Campus da UEMA em São Luís, para herborização e posterior identificação. O sistema de classificação adotado para o nível de família foi o APG II (2003). Para cada espécie foram considerados os seguintes parâmetros: densidade total (DTA), densidade por área (DAs), freqüência absoluta (FAs), área basal (ABs), dominância por área (DoAs), densidade relativa (DRs), freqüência relativa (FRs), dominância relativa (DoRs), valor de importância (VI), valor de cobertura (VC) e índice de diversidade de Shannon-Wiener (H’) da comunidade. A similaridade florística foi medida através do índice de Jaccard e a construção de dendrograma baseado na média do grupo (UPGMA), onde o agrupamento foi feito a partir da média aritmética dos seus elementos. Os dados obtidos foram compilados em um banco de dados (Excel 2007 da Microsoft). Na análise de classificação foram utilizados os programas “Matriz”, “Coef” e “Cluster” do Programa FITOPAC (SHEPHERD, 1994). Considerando-se todas as áreas, foram amostrados 429 indivíduos, sendo a área III a mais representativa, contribuindo com 195 indivíduos, cerca de 45,45% da amostra, seguida pelas áreas I e II, as quais apresentaram respectivamente 99 e 135 indivíduos, atuando com 23,09% e 31,46% do número total de indivíduos. Dentre todas as espécies amostradas (79), apenas quatro (5,06%) Anacardium ocidentale, Byrsonima sp1, Caryocar brasilense, Curatella americana ocorreram em todas as áreas evidenciando o poder adaptativo destas espécies. A diversidade (H') e a equbilidade (J) das três áreas, foram relativamente altas e estão dentro da variação conhecida nos Cerrados do Maranhão, como nos municípios de Urbanos Santos-US (SILVA, 2004), Afonso Cunha (FERREIRA,1997), Mirador (CONCEIÇÃO, 2000) e Balsas (FIGUEIREDO e ANDRADE, 2007). Na área I a família mais representativa foi Fabaceae com nove espécies e 51 indivíduos, confirmando a importância dessa família no cerrado, seguida pelas famílias Malpighiaceae e Melastomataceae, cada uma com três espécies. Em relação a área II, grande representatividade demonstrou a família Vochysiaceae, que teve o número de espécies igual a quatro, totalizando 16 indivíduos. Malpighiaceae e Melastomataceae vêm em seguida, cada uma contribuindo com três espécies. Na área III, a mais observada foi a família Fabaceae, com seis espécies e 20 indivíduos, seguida de Vochysiaceae, com quatro espécies, representando 69 indivíduos. No que se refere aos índices de valor de importância (IVI) e de cobertura (IVC) das três áreas, observou-se na área I, Caryocar brasiliense com maior IVI, igual a 34,65, e Dimorphandra mollis com IVC de 29,96, o maior dentre as espécies desta área. Já na área II, o maior valor, tanto do IVI como do IVC, é da espécie ed12, com 47,04 e 39,20 respectivamente. Qualea multiflora, em relação às demais espécies da área III, apresentou os maiores valores de 53,67 para IVI e 45,98 para IVC. A comparação florística, dada pela presença/ausência de espécies entre as três áreas, de modo geral mostrou baixa similaridade entre as localidades, sendo o nível de fusão entre as áreas I e III igual a 0,143. Quando comparadas com a área II, este valor cai para 0,104, denotando maior diferença desta com as demais. 11    XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 De modo geral, pode-se afirmar que as áreas são distintas floristicamente, isso porque o Índice de Jaccard, que varia de 0 à 1, não estabeleceu valores significativos, uma vez que só podemos considerar áreas similares quando este valor atinge 0,25, ou seja 25%, que não foi o caso das áreas estudadas (Figura 1). O presente trabalho foi de fundamental importância para o aporte de conhecimentos sobre a biodiversidade do PNCM, já que a ocorrência e a distribuição de espécies da fauna e flora são ainda muito pouco conhecidas. Ainda assim, faz-se, necessária a realização de outras pesquisas no PNCM, para que possam servir como instrumentos na elaboração de um plano de manejo, além de subsidiar novas perspectivas no campo do conhecimento científico. Figura 1. Dendograma de similaridade florística com agrupamento por média de grupo, das três áreas, NORTE (Área I); SUL (Área II) e SUDESTE (Área III). Palavras-chave: Biodiversidade, Fitossociologia, Cerrado. REFERÊNCIAS SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA. Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000. Fonte:www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L93294.htm. Acesso em 02/04/2010. MENDONÇA, R. C. et al. Flora vascular do cerrado. In: ALMEIDA, M.S, (Org.) Cerrado: ambiente e flora. Planaltina: Embrapa, p.287- 556. 1998. SILVA, J. M. C. e BATES, J.M. Biogeographic patterns and conservation in the South American Cerrado: a tropical savanna hotspot. Bioscience 52:225-233. 2002. SILVA, J. M. C.; SANTOS, M. P. D. A importância relativa dos processos biogeográficos na formação da avifauna do Cerrado e de outros biomas brasileiros. In: SCARIOT, A. et al. Cerrado: Ecologia, Biodiversidade e Conservação. Brasilia: MMA, 2005. p. 221-23 RATTER, J. A. Transitions between cerrado and forest vegetation in Brasil. In: FURLEY, P.A.; PROCTOR, J.; RATTER, J. A. (Eds.) Nature and dynamics of forest-savanna boundaries. London: Chapman & Hall, 1992. p. 51-76. ALHO, C.J.R. & MARTINS, E.S. 1995. De Grão em Grão, o Cerrado Perde Espaço (Cerrado - Impactos do Processo de Ocupação). WWF - Fundo Mundial para a Natureza. Brasília. KLINK, C. A.; MACEDO, R. F. & MUELLER, C. C.. 1995. De Grão em Grão, o Cerrado Perde Espaço (Cerrado - Impactos do Processo de Ocupação). WWF - Fundo Mundial para a Natureza. Brasília. PORTELINHA, T. C. G. et al. Levantamento da fauna de quelônios no Parque Indígena do Araguaia, Ilha do Bananal, Estado do Tocantins. Florianópolis: Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC, 2006. HAUFF, S. N. Relações entre comunidades rurais locais e administração de parques no Brasil: subsídios ao estabelecimento de zonas de amortecimento.2004. 225 f. Tese.(Doutorado em Engenharia Florestal) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2004. 12    XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 GALINKIN, M. et al. Projeto Corredor Ecológico Araguaia – Bananal. In: ARRUDA, C. et al. (Org.) Corredores Ecológicos – Uma abordagem integradora de ecossistemas no Brasil. Brasília: IBAMA, 2004. p. 81-132. MUELLER-DOMBOIS, D. & ELLENBERG, H. Aims and Methods of Vegetation Ecology. New York- USA: John Wiley & Sons, 1974. 547p. APG (Angiosperm Phylogeny Group) II. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG II. Bot. J. Linnean Soc. 141:399-436, 2003. SHEPHERD, G.J. 1994. FITOPAC 1: manual do usuário. Campinas: UNICAMP/Departamento de Botânica. SILVA, H.G. Fitossociologia de um Cerradão na Fazenda Bonfim, Município de Urbano Santos-MA. 2004, 36p. Monografia (Graduação emCiências Biológicas) - Depto. Biologia, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal do Maranhão, São Luis-MA, 2004. FERREIRA, K. B. Estudo fitossociológico em uma área de cerrado marginal no município de Afonso Cunha- MA. 1997. 69p. Monografia (Graduação em Ciências Biológicas) - Depto. Biologia, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal do Maranhão, São Luis-MA, 1997. CONCEIÇÃO, G. M. Florística e fitossociologia de uma área de cerrado marginal, Parque Estadual do Mirador, Mirador, Maranhão. 2000. 148p. Dissertação (Mestrado em Biologia Vegetal) - Depto. de Botânica, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Pernambuco, Recife-PE, 2000. FIGUEIREDO, N. & ANDRADE, G.V. Informações sobre a estrutura e composição florística da vegetação de um Cerradão na Chapada do Gado Bravo município de Balsas – MA. In: BARRETO, L. (Org.). Cerrado Norte do Brasil. Pelotas, RG: USEB, 2007. p.141-155. 15    XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 A ocorrência da maioria das espécies indicadas pela literatura como existentes na região foi confirmada, como por exemplo o Euphractus sexcinctus (tatu-peba), o Chrysocyon brachyurus (lobo-guará), Lycalopex vetulus (raposa-do-campo), Nasua nasua (quati). Ambas espécies que são comumente encontradas em ambiente de bioma cerrado. O trabalho possibilitou ainda registrar a ocorrência para o PNCM de espécies de áreas de transição entre ambientes de bioma amazônia e cerrado (Mazama americana, veado-mateiro; Mazama nemorivaga, veado-fuboca; Tapirus terrestres, anta; Cebus apella, macaco-prego; Saimiri sciureus, macaco mão-de-ouro), espécies encontrados em bioma caatinga (espécies da família Dasypodidae), salientando assim, ainda mais a característica de écotono entre estes biomas conferidos ao PNCM. Alguns animais foram apontados por entrevistados como espécies que já existiram na área, porém desapareceram da região, ou de algumas regiões do Parque: o gato-palheiro (Leopardo colocolo), a onça-pintada (Panthera onca), o cachorro-vinagre (Speothos venaticus), e o veado-galheiro (Blastocerus dichotomus) em algumas entrevistas e o porco-queixada (Tayassu pecari) por todos os entrevistados que conheciam o animal. Tal fato pode indicar a diminuição da população e/ou extinção local destas espécies, o que pode estar relacionado a pressão de caça exercida e desmatamento da área (queimadas, roças de toco). Por outro lado, alguns entrevistados acreditam que houve um aumento da população de algumas espécies, tais como: Pecari tajacu (59% dos entrevistados) e Dasyprocta azarae (40%). A explosão populacional destas espécies, pode ser explicada, principalmente, pela perda de seus predares naturais, uma vez que, foi evidenciado no trabalho uma diminuição dos animais considerados “grandes predadores”. E ainda agravado por estas serem espécies com características de hábitos alimentares oportunistas, se alimentando das plantações, prática comum na região. As espécies que foram identificadas por 100% dos moradores (ou valores próximos) são em sua maioria próprias de ambientes antropizados, o que explica o alto nível de conhecimento dos entrevistados acerca dessas espécies; em contrapartida espécies que tem sua ocorrência em áreas de mata, são menos populares entre os moradores mostrando-se pouco conhecidas por estes. Informações sobre a ocorrência diferencial de espécies entre regiões do PNCM foram obtidas. Como exemplo temos o caso do macaco-prego (Cebus libidinosus), para o qual podemos constatar que os moradores que não apresentaram nenhuma informação acerca da espécie em questão moram na parte norte, oeste e central do parque, enquanto que os entrevistados na região noroeste e sudeste do PNCM se mostram bastante conhecedores dos hábitos do animal, sendo este bastante popular nessas áreas do parque. Esta abordagem regional explica também, para algumas espécies, as diferenças de popularidade dos animais entre os entrevistados. No caso da ariranha (Pteronura brasiliensis), ao se observar a região de ocorrência deste animal (100% dos entrevistados–rios) pode–se observar que o pequeno percentual de entrevistados conhecedores do animal é constituido pelos moradores de areas próximas aos cursos d’agua. A respeito da área de ocorrência da espécie Atelocynus microtis (cachorro-do-mato) no Parque Nacional da Chapada das Mesas foi constatado por parte dos entrevistados (10%) que esta espécie ocorre em ambientes antropizados, próximos às casas e lavouras, dados que vão de encontro às informações contidas na literatura sobre este animal, que afirma ser esta uma espécie de ocorre apenas na floresta Amazonica e tem registros raros em áreas de perturbação humana como perto de cidades ou em zonas agrícolas (REIS et al. 2006). È importante salientar que este resultado pode ter sido fruto de confusão dos entrevistados em relação a Cerdocyon thous, animal comum e fenotipicamente parecido com A. microtis. Quanto a caça, podemos inferir que a prática dos sertanejos é ampliada pela frequência de pessoas de fora caçando na área do PNCM, tanto com o objetivo de consumo quanto para o comércio com a venda destes animais abatidos. Neste contexto a declaração da maioria dos entrevistados quanto a fiscalização do parque afastar os caçadores vai de encontro com a inexistência de registros de autuações pelos orgãos competentes pelas fiscalizações no PNCM, evidenciando que a simples presença destes (seja por outro motivos alheios a fiscalização) já é responsável pela inibição da prática da caça na região do Parque Nacional da Chapada das Mesas e entorno. Observa-se ainda que a caça não desempenha papel importante na dieta dos sertanejos, sendo a principal fonte proteíca a carne de boi. De forma geral, os dados indicam a diminuição dos grandes mamíferos na Unidade de Conservação, com consequente aumento da população de presas (caça abundante). Antes que a veracidade das informações obtidas frente as entrevistas com as poulações possam ser atestadas, vale ressaltar que uma lista mastofaunística satisfatória deve incluir a aplicação de variadas técnicas de amostragem, permitindo assim o acesso a um maior conjunto de dados e como consequência possa vir a ser feita afirmações mais suscintas e seguras das espécies ocorrentes na área. Contudo os dados contidos no levantamento consistem em uma importante fonte de embasamento e direcionamento para as ações conservacionistas a serem desenvolvidas na região, além de contribuir para o aumento do conhecimento da mastofauna maranhense. 16    XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 Palavras chave: Caça, levantamento de mamíferos, PNCM. REFERÊNCIAS MENDONÇA, Roberto.C et al. Flora vascular do cerrado. In: Almeida M.S, (Org) Cerrado: ambiente e flora. Planaltina: Embrapa, p.287-556. 1998. GALINKIN, Mario et al. Projeto Corredor Ecológico Araguaia – Bananal. In: Arruda, Carlos et al. (ORG) Corredores Ecológicos – Uma abordagem integradora de ecossistemas no Brasil. Brasília: IBAMA, 2004. p. 81-132. NOBRE, R. de A. Modelos de sustentabilidade de caça de subsistência na Serra do Mar, Mata Atlântica, 2007. REIS, N. R. dos et al. Mamíferos do Brasil. Ed. da UEL. Londrina, 2006, 437p. SILVA, F. Mamíferos Silvestres do Rio Grande do Sul. 2 ed. - Porto Alegre, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, 1994, 246 p., 101 fot., 4 des. (publicações avulsas fzb n° 7). 17    XXII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA II SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO 01 A 03 DE DEZEMBRO DE 2010 ASPECTOS DA BIOLOGIA REPRODUTIVA DE Bagre bagre Orientado: Lucas Chaves Carvalho FONSECA– Bolsista PIBIC/CNPq Acadêmico do Curso de Ciências Biológicas – CECEN/UEMA Orientadora: Zafira da Silva de ALMEIDA Profª. Drª. Departamento de Química e Biologia CECEN/UEMA Colaboradora: Nayara Barbosa SANTOS O Bagre bagre, conhecido popularmente como bandeirado é diagnosticado pela presença de um par de barbilhões longos e achatados na maxila superior e um par no inferior, e pela a extensão da membrana da nadadeira dorsal em forma de fita longa e achatada (ALMEIDA et al, 2007). A reprodução é o processo pelo qual uma espécie se perpetua, transmitindo a seus descendentes as mudanças ocorridas em seu genoma (VAZZOLER, 1996). Cada espécie apresenta peculiaridades específicas no processo reprodutivo que permitem visualizar adaptações às condições particulares de desenvolvimento de suas larvas, tendo em vista o repovoamento essencial para a preservação da espécie e sua abundância (FONTELES-FILHO, 1989). O objetivo é determinar aspectos da biologia reprodutiva de Bagre bagre provenientes da pesca comercial na costa do Maranhão. Os exemplares de Bagre bagre foram obtidos bimestralmente através da pesca comercial na baia do Atol na comunidade pesqueira da Estiva, durante o período de agosto/2009 a julho/2010. Foram coletados 40 indivíduos por bimestre, das diversas classes de comprimento. Após as coletas, os exemplares foram acondicionados em caixa de isopor com gelo e encaminhados ao Laboratório de Pesca, Biodiversidade e Dinâmica Populacional de Peixes da Universidade Estadual do Maranhão. Uma vez identificado, cada espécime foi medido quanto ao comprimento total (Ct), padrão (Cp) e furcal (Cf), em centímetros, e determinado os pesos total (PT), eviscerado (PE), gonadal e do fígado, em gramas. O sexo e o estádio maturacional de Bagre bagre foram definidos através de uma incisão ventro-longitudinal por onde as gônadas foram extraídas. Para a avaliação macroscópica dos ovários e testículos dessa espécie serão consideradas as seguintes características: posição que ocupam na cavidade celomática; volume ocupado percentualmente na cavidade celomática; forma quanto à largura, comprimento e secção transversal; irrigação sanguínea, coloração, transparência, tamanho e visibilidade dos ovócitos. A proporção sexual foi obtida para o período total amostrado, por bimestre e por classe de comprimento total (VAZZOLER, 1996). Para verificar possíveis diferenças nesses valores foi utilizado o teste x² (qui-quadrado) com correção de Yates, com nível de significância de p =0,05, definido pela equação:             esp espobs F FF 2 2 2 O período reprodutivo e a época de desova Bagre bagre foram determinados a partir do método qualitativo que considera a freqüência bimestral dos estádios de maturidade, a variação dos valores médios da relação gonadossomática (ΔRGS) e do fator de condição (ΔK) (VAZZOLER, 1996). O comprimento médio de inicio de primeira maturação (L50) corresponde àquele com o qual 50% dos indivíduos iniciam seu ciclo reprodutivo, ou seja, estão passando da fase jovem para a adulta. O comprimento com o qual todos os indivíduos estão aptos a participarem ativamente do processo reprodutivo é o L100. Os dados necessários para estas estimativas são comprimento (mm), sexo e estádio de maturidade (imaturos: estádio A e em maturos: estádios B + C + D) de cada indivíduo, grupados em um único conjunto, sendo analisados para sexos separados (VAZZOLER, 1996). Para determinar a fecundidade de fecundidade é preciso distinguir entre fecundidade por lote ou parcial (FL), fecundidade por período reprodutivo (FPR) e fecundidade durante o período de vida (FPV) de uma espécie, sendo: FL= número de ovócitos eliminados em cada lote; FPR = FL x número de lotes eliminados durante um período reprodutivo; FPV = FPR x número de períodos reprodutivos após a primeira maturação. Nas espécies com desova total FL=FPR (VAZZOLER, 1996).
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