Anatomia do Crânio

Sistema Esquelético
(Parte 1 de 3)

Arnaldo F. Silva NOME:R.A. :
LABORATÓRIO DE ANATOMIA http://laboratoriodeanatomia.blogspot.com
TERMINOLOGIA ANATÔMICA ATUALIZADA Revisada em: JUNHO/2009

"Ao manipular a peça anatômica cadavérica, parte de um cadáver desconhecido, lembre-se que este corpo nasceu do amor de duas almas, cresceu embalado pela fé e pela esperança daquela que em seu seio o agasalhou.
Sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens. Por certo amou e foi amado, esperou e acalentou um amanhã feliz e sentiu saudades dos outros que partiram.
Agora jaz na fria bancada de estudo, sem que tivesse uma só prece. Seu nome, só Deus sabe.
Mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir à humanidade. A humanidade que por ele passou indiferente"
(Rokitansky, 1876) Adaptação feita por Arnaldo Fernandes.
sem que por ele se tivesse derramado uma lágrima sequer,
USAR CELULARES E/OU GRAVADORAS DE IMAGENS (crime federal) ALIMENTAR-SE ( Inclusive líquidos ) COLOCAR BOLSAS OU MOCHILAS SOBRE AS BANCADAS
BRINCAR OU FAZER PIADAS COM AS PEÇAS CADAVÉRICAS (crime federal) USAR CANETAS PARA APONTAR ESTRUTURAS
REMOVER PEÇAS ANATÔMICAS PARA FORA DO LABORATÓRIO (crime federal) arn4ldo@gmail.com(NORMAS DE BIOSEGURANÇA - não serão abertas exceções). http://laboratoriodeanatomia.blogspot.com
Os infratores serão punidos conforme o regimento disciplinar. GRÁVIDAS E CRIANÇAS NO LABORATÓRIO.
Para evitar o uso de termos diferentes nas descrições anatômicas, considerando-se que a posição pode ser variável, optou-se por uma posição padrão, denominada posição de descrição anatômica (posição anatômica). Deste modo, os anatomistas, quando escrevem seus textos, referem-se ao objeto de descrição considerando o indivíduo como se estivesse sempre na posição padronizada. Nela o indivíduo está em posição ereta (em pé, posição ortostática ou bípede), com a face voltada para frente, o olhar dirigido para o horizonte, membros superiores estendidos e aplicados ao tronco com as palmas voltadas para frente, membros inferiores unidos, com as pontas dos pés dirigidas para frente.

Plano vertical que passa longitudinalmente através do corpo,dividindo-o em metades direita e esquerda. PLANO MEDIANO
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São planos verticais que passam através do corpo em ângulos retos com o plano mediano, dividindo-o em partes anterior (frente) e posterior (de trás).
São planos que passam através do corpo em ângulos retos com os planos coronais e mediano. Divide o corpo em partes superior e inferior.
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Suponhamos, agora, que o indivíduo, em posição anatômica, esteja dentro de um caixão de vidro. As seis paredes que constituem o caixão representariam os planos tangenciais:
Plano Superior(Cranial): seria a parede que está por cima da cabeça
Plano Inferior(Podálico): é o que se situa por baixo dos pés. Plano Anterior(Ventral): é o plano que passa pela frente do corpo.
Plano Posterior(Dorsal): é o que formaria o fundo do caixão, ou seja atrás das costas.
Planos Laterais: são as duas paredes laterais, que limitam os membros (superiores e inferiores), do lado direito e esquerdo.
A situação e a posição das estruturas anatômicas são indicadas em função dos planos de delimitação e secção.
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1 - Fixação e alavanca para a musculatura esquelética, ( o que confere a rígidez que serve de suporte ao corpo humano).
2 - Alojamento e proteção de órgãos , ( a caixa craniana aloja e protege o encéfalo,a caixa torácica proteje coração e pulmões).
3 - Sustentação de partes moles com a inserção de músculos,
4 - Locomoção, constituindo-se em seu elemento passivo;
5 - Hematopoiese, (o tecido esponjoso de alguns ossos com medula vermelha produz células sanguíneas).
6 - Armazenamento de sais minerais,principalmente cálcio,fósforo,sódio e magnésio, (podendo chegar a 60% do peso ósseo,com o cálcio correspondendo a 97%).
O esqueleto humano é constítuido por ossos e cartilagens, conferindo ao corpo humano várias funções, das quais destacamos:
Na superfície dos ossos encontramos alterações que são saliências, depressões ou orifícios que podem ser descritos como:
FÓVEA ou FOSSETA
Depressão maior Depressão menor
Depressão entalhada Depressão alongada
Orifício ou abertura Elevação longa e pontiaguda
Elevação maior Elevação alongada mais desenvolvida
Elevação alongada pouco desenvolvida
Proeminência localizada e arredondada
Processo em forma de gancho Estas alterações quando participam de articulações são ditas articulares
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O Sistema esquelético (ou esqueleto) humano consiste em um conjunto de ossos, cartilagens e ligamentos que se interligam para formar o arcabouço do corpo e desempenhar várias funções, tais como: proteção (para órgãos como o coração, pulmões e sistema nervoso central); sustentação e conformação do corpo; local de armazenamento de cálcio e fósforo (durante a gravidez a calcificação fetal se faz, em grande parte, pela reabsorção destes elementos armazenados no organismo materno); sistema de alavancas que movimentadas pelos músculos permitem os deslocamentos do corpo, no todo ou em parte e, finalmente, local de produção de várias células do sangue.
O sistema esquelético pode ser dividido em duas grandes porções: uma mediana, formando o eixo do corpo, composta pelos ossos da cabeça, pescoço e tronco, o ESQUELETO AXIAL; outra, apensa a esta, forma os membros e constitui o ESQUELETO APENDICULAR. A união entre estas duas porções se faz por meio dos CÍNGULOS: do membro superior ( torácico), constituído pela escápula e clavícula e do membro inferior (pélvico) constituída pelos ossos do quadril.
No adulto existem 206 ossos, distribuídos conforme mostra a tabela 2. Este número varia de acordo com a idade (do nascimento a senilidade há uma redução do número de ossos), fatores individuais e critérios de contagem.
Há várias maneiras de classificar os ossos. Uma delas é classificá-los por sua posição topográfica, reconhecendo-se ossos axiais (que pertencem ao esqueleto axial) e apendiculares (que fazem parte do esqueleto apendicular). Entretanto, a classificação mais difundida é aquela que leva em consideração a forma dos ossos, classificando-os segundo a relação entre suas dimensões lineares (comprimento, largura ou espessura), em ossos longos, curtos, planos(laminares) e irregulares.
OSSO LONGO : seu comprimento é consideravelmente maior que a largura e a espessura.
Consiste em um corpo ou diáfise e duas extremidades ou epífises. A diáfise apresenta, em seu interior, uma cavidade, o canal medular, que aloja a medula óssea. Exemplos típicos são os ossos do esqueleto apendicular: fêmur, úmero, rádio, ulna, tíbia, fíbula, falanges.
OSSO PLANO : seu comprimento e sua largura são equivalentes, predominando sobre a espessura.Ossos do crânio, como o parietal, frontal, occipital e outros como a escápula e o osso do quadril, são exemplos bem demonstrativos. São também chamados de ossos Laminares.
OSSO CURTO : apresenta equivalência das três dimensões. Os ossos do carpo e do tarso são excelentes exemplos.
OSSO IRREGULAR : apresenta uma morfologia complexa não encontrando correspondência em formas geométricas conhecidas. As vértebras e o ossos temporais são exemplos marcantes
Estas quatro categorias são as categorias principais de se classificar um osso quanto à sua forma. Elas, contudo, podem ser complementadas por duas outras:
OSSO PNEUMÁTICO: : apresenta uma ou mais cavidades, de volume variável, revestidas de mucosa e contendo ar. Estas cavidades recebem o nome de sinus ou seio. Os ossos pneumáticos estão situados no crânio: frontal, maxila, temporal, etmóide e esfenóide.
OSSO SESAMÓIDE se desenvolve na substância de certos tendões ou da cápsula fibrosa que envolve certas articulações. os primeiros são chamados intratendíneos e os segundos periarticulares. A patela é um exemplo típico de osso sesamóide intratendíneo.
Assim, estas duas categorias adjetivam as quatro principais: o osso frontal, por exemplo, é um osso plano, mas também pneumático; o maxila é irregular, mas também pneumático, a patela é um osso curto, mas é, também um sesamóide (por sinal, o maior sesamóide do corpo).
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O estudo microscópico do tecido ósseo distingue a substância óssea compacta e a esponjosa. Embora os elementos constituintes sejam os mesmos nos dois tipos de substância óssea, eles dispõem-se diferentemente conforme o tipo considerado e seu aspecto macroscópico também difere. Na substância óssea compacta, as lamínulas de tecido ósseo encontram-se fortemente unidas umas às outras pelas suas faces, sem que haja espaço livre interposto. Por esta razão, este tipo é mais denso e duro. Na substância óssea esponjosa as lamínulas ósseas, mais irregulares em forma e tamanho, se arranjam de forma a deixar entre si espaços ou lacunas que se comunicam umas com as outras e que, a semelhança do canal medular, contém medula. Nos ossos longos a diáfise é composta por osso compacto externamente ao canal medular, enquanto as epífises são compostas por osso esponjoso envolto por uma fina camada de osso compacto.
Nos ossos planos, a substância esponjosa situa-se entre duas camadas de substância compacta. Nos ossos da CALVÁRIA, a substância esponjosa é chamada de DÍPLOE.
Os ossos curtos são formados por osso esponjoso revestido por osso compacto, como nas epífises dos ossos longos.
No vivente e no cadáver o osso se encontra sempre revestido por delicada membrana conjuntiva, com exceção das superfícies articulares. Esta membrana é denominada PERIÓSTEO e apresenta dois folhetos: um superficial e outro profundo, este em contato direto com a superfície óssea. A camada profunda é chamada OSTEOGÊNICA pelo fato de suas células se transformarem em células ósseas, que são incorporadas à superfície do osso, promovendo assim o seu espessamento.
Os ossos são altamente vascularizados. As artérias do periósteo penetram no osso, irrigando-o e distribuindo-se na medula óssea. Por esta razão, desprovido do seu periósteo o osso deixa de ser nutrido e morre.
EPÍFISES TRABÉCULAS ÓSSEAS (Osso esponjoso)
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Cartilagem epifisial Linha epifisial
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Ossos do Crânio
Ossos da Face
Osso Mandíbula (face) Vértebras cervicais (7)
Costelas (12 pares)
Esterno Vértebras torácicas (12)
Vértebras lombares (5)
Sacro Cóccix
AXIALAPENDICULAR (neurocrânio)
(viscerocrânio) Clavícula
Escápula Úmero
Rádio
Ulna
Osso do quadril (Ílio,Ísquio e Púbis)
Ossos carpais
Ossos Metacarpais
Falanges da mão
Fêmur
Patela Fíbula
Tíbia
Ossos tarsais Ossos metatarsais
Falanges do pé
Osso hióide
OSSOS DO ESQUELETO HUMANO Ossos da orelha
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OSSOS DO ESQUELETO AXIAL SEGMENTO REGIÃO OSSO Número TOTAL
Frontal Occipital Etmóide Esfenóide Temporais Parietais
Vômer Mandíbula conchas nasais inf. lacrimais palatinos maxilas zigomáticos nasais
ORELHA Martelo
Estribo Bigorna
Hióide Vértebras cervicais01 07 07
TORÁCICA Esterno
Vértebras torácicas Costelas
ABDOMINAL Vértebras
Sacro Cóccix
Arnaldo Fernandes - Lab. de Anatomia
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Ossículos da audição
01lombares
PARIETAL(2) FRONTAL
ESFENÓIDE TEMPORAL(2)
LACRIMAL(2) NASAL(2)
CONCHA NASAL INFERIOR(2)
MAXILA(2) VÔMER
ETMÓIDE ZIGOMÁTICO(2)
A cabeça óssea se divide em CRÂNIO (Neurocrânio) e FACE (Viscerocrânio)
CRÂNIO - É constituido por 2 ossos pares e 4 ímpares.Totalizando 8 ossos.
PARES = PARIETAIS e TEMPORAIS ÍMPARES = FRONTAL, OCCIPITAL, ESFENÓIDE e ETMÓIDE.
FACE - É constituída por 2 ossos ímpares e 6 pares.Totalizando 14 ossos e é formada por 2 ossos (excluindo-se os ossos da orelha e o osso hióide).
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OSSO TEMPORALOSSO ESFENÓIDE (Asa Maior) OSSO ZIGOMÁTICO
SUTURA LAMBDÓIDEA 12 arn4ldo@gmail.com http://laboratoriodeanatomia.blogspot.com OBS: SUTURAS são articulações fibrosas do crânio.
OSSO MAXILA (2)
OSSO PALATINO (2) OSSO ESFENÓIDE (1)
OSSO TEMPORAL (2) OSSO PARIETAL (2)
OSSO OCCIPITAL (1)
OSSO ZIGOMÁTICO (2)
OSSO VÔMER (1)
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No crânio do feto e recém-nascido, onde a ossificação ainda é incompleta, a quantidade de tecido conjuntivo fibroso interposto é muito maior, explicando a grande separação entre os ossos e uma maior mobilidade. Estas áreas fibrosas são denominadas fontículos (fontanelas). São elas que permitem, no momento do parto, uma redução bastante apreciável do volume da cabeça fetal pela sobreposição dos ossos do crânio. Esta redução de volume facilita a expulsão do feto para o meio exterior.
Na idade avançada pode ocorrer ossificação do tecido interposto (SINOSTOSE), fazendo com que as suturas, pouco a pouco, desapareçam e, com elas, a elasticidade do crânio.
Fontículo anterior
ANTERO-LATERAL Fontículo posterior
Fontículo PÓSTERO-LATERAL
Sutura lambdóidea
Sutura coronal Sutura escamosa
Fissura petroescamosa
Fontículo anterior
Fontículo posterior Sutura sagital
Sutura coronalOsso frontal
Osso parietal
Osso occipital 14 arn4ldo@gmail.com http://laboratoriodeanatomia.blogspot.com Fontículo
Principais acidentes anatômicos do osso Frontal
Glabela do osso Frontal
Incisura ou forame supra-orbital Face orbital do osso Frontal
Processo zigomático do osso Frontal
Principais acidentes anatômicos do osso Zigomático VISTA ANTERIOR
Processo temporal do osso Zigomático
Processo frontal do osso Zigomático
Face orbital do osso Zigomático Forame zigomáticofacial
Processo maxilar do osso Zigomático
Processo maxilar do osso Frontal
Incisura nasal do osso Frontal
Arco superciliar
OBS.: O arco zigomático é composto pelos processos zigomático do osso temporal e temporal do osso zigomático.
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Processo frontal da Maxila
Processo zigomático da Maxila Processo alveolar da Maxila
Face orbital da Maxila
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