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Prevenção de Eventos Adversos Pós-Vacinação: Guia para Trabalhadores de Sala de Vacinação, Notas de estudo de Enfermagem

Uma cartilha preparada pelo ministério da saúde, secretaria de vigilância em saúde e departamento de vigilância epidemiológica, em parceria com a escola politécnica de saúde joaquim venâncio/fiocruz, que contém informações sobre os eventos adversos pós-vacinação, suas causas, prevenção e notificação. Destinado aos trabalhadores da saúde que atuam na vacinação e fornece orientações sobre os cuidados necessários na triagem, preparação e aplicação das vacinas, além de detalhar os eventos adversos que podem ocorrer após a aplicação de cada vacina do calendário de vacinação.

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 08/01/2011

roberta-leite-de-almeida-costa-12
roberta-leite-de-almeida-costa-12 🇧🇷

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Baixe Prevenção de Eventos Adversos Pós-Vacinação: Guia para Trabalhadores de Sala de Vacinação e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! MINISTÉRIO DA SAÚDE Brasília / DF Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação: cartilha para trabalhadores de sala de vacinação Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação: cartilha para trabalhadores de sala de vacinação Esta publicação foi elaborada pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fundação Oswaldo Cruz / Ministério da Saúde Coordenação Editorial: Ieda da Costa Barbosa - EPSJV/FIOCRUZ Gladys Miyashiro Miyashiro - EPSJV/FIOCRUZ Marileide do Nascimento Silva - EPSJV/FIOCRUZ Coordenação Técnico-Pedagógica: Isabel Brasil Pereira - EPSJV/FIOCRUZ Carlos Eduardo Colpo Batistella - EPSJV/FIOCRUZ Equipe Técnica de Elaboração da Cartilha: Ieda da Costa Barbosa - EPSJV/FIOCRUZ Marileide do Nascimento Silva - EPSJV/FIOCRUZ Gladys Miyashiro Miyashiro - EPSJV/FIOCRUZ Mauro de Lima Gomes - EPSJV/FIOCRUZ Andréia Rodrigues Gonçalves Ayres - HUGG/UNIRIO Regina Fernandes Flauzino - ISC/UFF Revisão Técnica: Sandra de Sousa Ribeiro Petrus - CGPNI/DEVEP/SVS/MS José Evoide de Moura Filho - CGPNI/DEVEP/SVS/MS Maria Lucelena Esteves Correia - Assessoria de Doenças Imunopreveníveis SES/RJ Revisão de Português: André Luiz de Lima Bueno Colaboradores: Paulo Sérgio Silva de Alencar - EPSJV/FIOCRUZ Marco Aurelio Soares Jorge - EPSJV/FIOCRUZ Programação Visual: Lys Portella e Dalila dos Reis Assistente de Direção de Arte: Fernanda Rossi Manipulação e Tratamento de Imagens: Luiz Gaucho Criação de Ícones (Pictogramas): Bruno Gabriel de Albuquerque Simões Produção Fotográfica: Cris Isidoro Imagens Utilizadas: Acervo da CGPNI/MS Acervo da Casa de Oswaldo Cruz, Departamento de Arquivo e Documentação Acervo CCS/FIOCRUZ - Divulgação Rogério Reis e Jorge Carvalho Laboratório de Tecnologias Educacionais - LabTEd/EPSJV/FIOCRUZ Acervo Cris Isidoro Fotografias de Eventos Adversos Pós-Vacinação: Hozana Luz - CRIE Alagoas Edna Akreman Macedo - Centro de Referência Professor Hélio Fraga/RJ-MS Helena Sato - CRIE UNIFESP, Instituto da Criança/FMUSP. Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação: cartilha para trabalhadores de sala de vacinação vem realizando investimentos para garantir a qualidade dos imunobiológicos disponibilizados à população brasileira. Isto se traduz numa Rede de Frio, capaz de garantir as características iniciais do produto até o nível local, e na aquisição de produtos mais modernos, seguros e eficazes, provenientes de processos de produção que atendem às normas estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde, referentes às boas práticas de fabricação e devidamente analisados pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz). Entretanto, nenhuma vacina está totalmente livre de provocar eventos adversos, apesar do aprimoramento dos processos utilizados em sua produção e purificação. Além disso, a grande freqüência de quadros infecciosos e de natureza alérgica na população, bem como os quadros neurológicos que surgem inevitavelmente, com ou sem vacinação, tornam inevitáveis estas associações temporais, especialmente em crianças. Verifica-se, também, que estudos científicos, com base em observações de campo sobre o tema, tornam-se mais freqüentes, no país e no mundo, e os conceitos e informações técnicas são a cada dia mais consistentes. Muitos desses motivos levaram o PNI a investir na implantação de um Sistema Nacional de Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação, em 1992, para viabilizar a realização da notificação, investigação, acompanhamento, assim como a adoção de condutas adequadas e padronizadas, frente às ocorrências. Em 1997, o Programa promoveu os primeiros cursos de capacitação para profissionais de saúde, a fim de unificar as condutas e procedimentos no país. Outra estratégia foi a elaboração e publicação, em 1998, do Manual de Vigilância Epidemiológica dos Eventos Adversos Pós-vacinação, cuja nova edição está prevista para 2006. Mas estava faltando um material específico para o trabalhador de nível médio de sala de vacinação. Em parceria com a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/Fiocruz, RJ, foi preparado este material didático que contém: o que são os eventos adversos pós-vacinação; que cuidados ter na triagem, para diminuir a sua freqüência; o que informar ao cliente sobre a possível ocorrência desses eventos; quais os eventos adversos que podem ocorrer após a aplicação de cada uma das vacinas do calendário de vacinação; quais os eventos adversos que contra-indicam doses posteriores; como e o quê notificar; e quais os eventos que exigem notificação imediata. Assim, espera-se que esta publicação contribua na criação das condições para eliminar, o máximo possível, as oportunidades perdidas, proporcionando os conhecimentos necessários sobre as vacinas e os eventos adversos, de modo que o trabalhador de saúde da sala de vacinação tenha segurança no repasse de informações à clientela. Se o vacinador tiver dúvidas, ou precisar de outras informações, recomenda-se que o mesmo procure a chefia imediata de sua unidade de saúde. Informações adicionais podem ser obtidas no Setor de Imunizações ou de Vigilância das Secretarias Municipal e Estadual da Saúde, assim como na Coordenação Geral do PNI. Portanto possa este livro colaborar com a qualificação dos trabalhadores da sala de vacinação que são profissionais tão importantes para a continuidade do sucesso do Programa Nacional de Imunizações no Brasil. Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação 9 Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 11 Durante muitos anos, no dia-a-dia da sala de vacina, seu trabalho era verificar as condições de saúde do paciente, marcar a vacina a ser aplicada no cartão do cliente e no cartão espelho, registrando também o retorno para as doses posteriores, e preparar a estatística diária das doses de vacinas aplicadas. Após esta triagem inicial, encaminhava-se o cliente para a aplicação da vacina, alertando quanto à possibilidade de aparecimento de reações. Por exemplo, a dor local após a aplicação da vacina DTP (tríplice bacteriana) ou a febre após a tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba). A essas reações que surgem após a aplicação da vacina chamamos de eventos adversos. Com a introdução de novas vacinas, e os avanços significativos em termos de cobertura, estas recomendações tornam-se cada vez mais necessárias. O aumento da cobertura vacinal tem contribuído, dentre outros fatores, para o aumento da ocorrência dos eventos adversos. Todo e qualquer sinal ou sintoma que a pessoa vacinada apresentar após a vacinação é um evento adverso pós-vacinação. Medidas de Prevenção dos Eventos Adversos Pós-√Vacinação: Cuidados na Triagem e na Técnica de Aplicação. apítulo 1C Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS14 Como identificar os fatores relacionados aos vacinados? Alguns aspectos relacionados aos vacinados só podem ser identificados após a notificação e investigação dos casos. Porém, é fundamental que você, durante a triagem, faça um histórico detalhado sobre as condições de saúde do seu cliente, no sentido de evitar a ocorrência de alguns eventos adversos. Seguem, abaixo, alguns aspectos a serem considerados nos indivíduos que serão vacinados: 1. A pessoa a ser vacinada pode ter uma doença infecciosa em incubação. Ou seja, a pessoa está doente e não apresenta ainda sintomas e, coincidentemente, estes sintomas aparecem após a aplicação da vacina. Por isso, é fundamental que se obtenham informações, na triagem, sobre as condições atuais de saúde do cliente a ser vacinado. 2. A pessoa a ser vacinada tem tendência à convulsão quando apresenta febre alta. Neste caso, a convulsão se apresentaria com ou sem a vacinação, desde que aconteça febre alta (convulsão febril). Esta situação é freqüente nas crianças. Você deve perguntar ao cliente, ou ao responsável, sobre o histórico de convulsões, por febre ou outras doenças. 3. A faixa etária deve ser considerada na administração das vacinas, pois algumas delas não podem ser administradas em determinada idade. Isto acontece no caso da DTP. Crianças com mais de 7 anos não deverão receber esta vacina, devido ao risco de alterações neurológicas, por causa do componente contra a coqueluche (componente pertussis). 4. A pessoa a ser vacinada pode apresentar manifestações alérgicas, tais como urticária ou exantema com prurido, quando em contato com determinados componentes da vacina. É importante, na triagem, verificar se o cliente é alérgico, por exemplo, ao timerosal (mertiolate), ao glutamato de sódio, ou ao antibiótico presente na composição da vacina. Verificar, ainda, a ocorrência de processos alérgicos em doses anteriores da vacina. 5. Pessoas com comprometimento imunológico, seja por doenças congênitas, ou adquiridas (leucemia, AIDS), em geral, não comparecem para a vacinação de rotina, devido a orientação médica. Essas pessoas podem apresentar sinais ou sintomas quando vacinadas com bactérias ou vírus vivos atenuados, presentes nas vacinas BCG, tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola), pólio, entre outras. Quando vacinadas com vacinas mortas, como a tríplice (DTP) e a dupla bacteriana (DT/dT), esses clientes podem não desenvolver a imunidade esperada. A vacinação desses clientes deve ser orientada pelo Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE) de sua região, e por profissional de nível superior (médico ou enfermeira). Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 15 Além destes cuidados na triagem, ao indicar a vacinação a ser feita você deve também: Deve-se, no entanto, ter muito cuidado para não se criar uma falsa contra-indicação para a vacinação. Vejamos, a seguir, algumas FALSAS CONTRA-INDICAÇÕES: Verificar se o cliente está, ou esteve, usando corticosteróide: por mais de 2 semanas; em doses de 2 mg/kg/dia em crianças de até 10 kg (prednisona); em dosagem de 20 mg/dia em crianças com mais de 10 kg e adultos. Verificar, ainda, o uso de radioterapia e medicamentos imunossupressores. Nestes casos, recomenda-se adiar a vacinação por um período de pelo menos 3 meses após o término do tratamento, para que o organismo possa ter uma adequada resposta imunológica no momento da vacinação. Só aplicar vacinas de vírus vivos 2 semanas antes ou 3 meses após o uso de derivados de sangue (plasma, imunoglobulina ou sangue total). Estar atento às falsas contra-indicações. Afinal, é sempre bom lembrar que uma oportunidade perdida deixa de proteger alguém que pode acabar doente e, por conseqüência, transmitir a doença para outros. Tenha muita atenção em identificar no histórico, bem como nos sinais e sintomas apresentados pelo cliente, os motivos que impedem a vacinação naquele momento. ∑Doenças agudas leves com febre baixa: Estas doenças, como por exemplo resfriado, não diminuem a eficácia da vacina nem aumentam os eventos adversos. Uso de antibióticos: Esses medicamentos também não interferem na eficácia da vacina. História clínica do cliente que sugere já ter sido acometido pela doença contra a qual se vai vacinar: Se não há certeza absoluta da ocorrência da doença, a vacina deve ser aplicada. Mesmo que a doença já tenha ocorrido, isto não determinará aumento de eventos adversos. ∑ Desnutrição: A resposta imunológica após a aplicação da vacina, mesmo dos casos graves de desnutrição, é adequada para sua proteção. Não há registro do aumento de eventos adversos pós-vacinação nestes casos. F F F F F F F Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS16 Doença neurológica na criança: Uma das mais conhecidas entre nós são as convulsões. Logo que a doença esteja controlada recomenda-se que seja completado o esquema do calendário de rotina no CRIE. Antecedente familiar de convulsão: Não há contra-indicação à vacinação. Tratamento com medicamento corticosteróide: Não há contra-indicação quando o corticosteróide for usado: por menos de 2 semanas; em doses menores que 2 mg/kg/dia em crianças de até 10 kg (prednisona); em dosagem inferior a 20 mg/dia em cri- anças com mais de 10 kg e adultos. Na dúvida, solicitar avaliação médica. Alergias: Alergia do aparelho respiratório superior, como tosse e coriza, não é contra-indicação para a vacinação. ATENÇÃO: Apenas as alergias aos componentes da vacina contra-indicam a vacinação. Aleitamento: O aleitamento não é contra-indicação de vacinação, nem para a criança, nem para a mãe. ∑Prematuridade ou baixo peso ao nascer: Não impedem ou adiam a vacinação. No caso da vacina BCG, é recomendável que a criança tenha peso acima de 2 Kg. Internação hospitalar: Durante a hospitalização do cliente, se não existir contra-indicação formal, a vacinação poderá ser realizada normalmente. ∑Vacinação simultânea: O sistema imunológico responde satisfatoriamente às diferentes vacinas aplicadas no mesmo dia. Reação local em dose anterior da DTP-Hib, tríplice (DTP) ou dupla bacteriana (DT/dT): Não há contra-indicação às doses seguintes das respectivas vacinas. Do apresentado acima, podemos verificar as situações que não contra-indicam a vacinação. Vejamos agora os aspectos relacionados à vacinação que podem ocasionar os eventos adversos pós-vacinais. Tanto os aspectos relacionados aos componentes da vacina, como os aspectos relacionados à técnica de aplicação da vacina, são eventos adversos pós-vacinais relacionados à vacinação, os quais explicaremos a seguir. F F F F F F F F F Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 19 E durante a aplicação da vacina, que cuidados podem evitar os eventos adversos pós-vacinação? Podemos evitar muitos dos eventos adversos pós-vacinação, causados por técnica de aplicação inadequada. Para isso, é preciso ter atenção especial para estes pontos: Lave as mãos, no mínimo, antes e após a aplicação da vacina. A forma adequada de segurar a criança para uma imobilização segura. O ângulo correto de aplicação que deve ser observado de acordo com a via de aplicação indicada. Atentar para a relação entre o ângulo de aplicação e a escolha de agulha adequada, levando em consideração a quantidade de massa muscular do cliente a ser vacinado. Ao fazer a aplicação da vacina, injetar o líquido lentamente. O movimento de retirada da seringa, após a aplicação, deve ser único e firme. Não massagear o local da aplicação. Fazer apenas uma leve compressão, com algodão seco. Ao realizar aplicações simultâneas, identifique, no cartão do cliente e no espelho, o local de aplicação de cada vacina. F F F F F F F F F Por exemplo: No mesmo dia, aplicação das vacinas DTP-Hib e contra a hepatite B no vasto lateral. Identificar no cartão: DTP-Hib: Vasto lateral esquerdo. Vacina contra a hepatite B: Vasto lateral direito. Quanto à prevenção de acidentes biológicos após a aplicação da vacina: Não tire a agulha da seringa no momento do descarte. Não reencape a agulha. Sempre descarte agulhas e materiais cortantes em coletores rígidos. Nunca encha o coletor acima do limite permitido de 2/3 do recipiente. Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS20 Quanto ao local de aplicação de vacinas administradas por via intramuscular: Vasto Lateral: Este músculo se localiza na coxa e vem sendo utilizado para aplicação das vacinas DTP-Hib e contra a Hepatite B. O local de aplicação é o terço médio do vasto lateral. Deltóide: O ponto de aplicação é no centro da linha mediana do músculo deltóide. É utilizado na aplicação das vacinas DT/dT, entre outras. O que fazer com o cliente que apresenta um evento adverso pós-vacinação? Proceder à notificação do caso, conforme será explicitado no próximo capítulo. Tranqüilizar e orientar o cliente, no sentido de que o caso será acompanhado pelo serviço de saúde, até a alta do paciente, e que os eventos adversos são, em geral, de evolução benigna. O cliente deverá ser encaminhado, se necessário, para tratamento específico do evento adverso apresentado, em ambulatório ou unidade de saúde de maior nível de complexidade. Quando necessário, para a complementação do esquema vacinal com imunobiológicos especiais, a vacinação deve ser feita sob orientação de profissional de nível superior, enfermeira ou médico, e solicitada ao Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE) de sua região. Existe, pelo menos, um CRIE em cada estado que tem, entre outras, a função de orientar e avaliar o cliente que apresentar um evento adverso grave pós-vacinação, investigando e estabelecendo a conduta quanto ao prosseguimento do esquema vacinal. No anexo 1, apresentamos a relação de imunobiológicos especiais (vacinas e imunoglobulinas) disponíveis no CRIE. No anexo 2, a relação e endereços dos CRIEs existentes no país e, por fim, no anexo 3, a relação e endereços das coordenações estaduais de imunizações. F F F F F Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 21 Neste capítulo, foram apresentadas as formas de prevenir os eventos adversos pós-vacinação através de: Foi visto ainda, a dificuldade de separar os eventos adversos relacionados aos componentes da vacina, e os eventos adversos decorrentes da susceptibilidade do vacinado. Somente com a notificação e a investigação dos casos, será possível dizer se existe associação entre o evento adverso e a vacinação. Até este momento, você identificou como orientar e prevenir os eventos adversos na sala de vacina. Mas como notificar? No capítulo seguinte, vamos conhecer as questões relacionadas ao Sistema Nacional de Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação, destacando a sua principal ação: A Notificação. Realização de triagem criteriosa, ressaltando os aspectos relacionados aos vacinados e aos componentes da vacina, que devem ser observados para evitar a ocorrência dos eventos adversos. Cuidados essenciais quanto ao preparo e aplicação das vacinas. a a Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS24 Evento adverso comum ou esperado: O cliente só deverá retornar à sala de vacina caso o evento comum, ou esperado, ocorra de maneira mais intensa, ou demore muito a passar. Outros eventos adversos: Embora as vacinas estejam entre os produtos de maior segurança de uso, e a ocorrência dos eventos adversos graves seja rara, é importante que, durante a triagem, os clientes sejam orientados para retornarem à unidade de saúde quando ocorrer sinal ou sintoma que não seja comum ou esperado após a vacinação. Em ambas as situações acima citadas, os casos deverão ser notificados e encaminhados ao serviço ou à unidade, imediatamente superior, e os clientes atendidos conforme for necessário. No capítulo 3 você encontrará, relacionados por tipo de vacina, os eventos adversos comuns ou esperados, e outros eventos que devem ser notificados. Os dados das notificações são encaminhados de sua unidade de saúde para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e a Secretaria Estadual de Saúde (SES), onde serão consolidados e identificados os possíveis “surtos”. Um “surto” é mais facilmente percebido quando se recebe a informação de que o evento está ocorrendo em várias unidades de saúde. Por isso, em geral, é identificado quando as informações dos casos de eventos adversos são consolidadas nas SMS ou nas SES. Um “surto” indica que existe um aumento na freqüência de determinado evento adverso, mesmo sendo comum ou esperado, ou que o evento se apresenta de modo mais intenso. O seu aparecimento pode estar indicando a presença de um lote mais reatogênico, ou erros na técnica de aplicação. Por exemplo, “surto” de eventos comuns ou esperados, tais como: muitas crianças retornando à unidade de saúde, com queixa de febre, após terem recebido o mesmo tipo de vacina (possibilidade de lote mais reatogênico). Ou retornando devido a reação local, na forma de abscesso frio ou quente (problemas na técnica de aplicação). Daí a importância do retorno do cliente à sala de vacina e da notificação destes casos! Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 25 Como notificar um evento adverso pós-vacinação? A notificação do evento adverso pós-vacinação deve ser feita através do preenchimento da Ficha de Notificação (ver página nº 29), que se encontra disponível nas unidades de saúde. Os dados a serem preenchidos na Ficha de Notificação são: I. Identificação do Paciente UF (Unidade da Federação): registrar o nome do Estado onde mora o cliente. Regional: escrever o número da Regional de Saúde à qual o Município pertence (se houver). Município: registrar o nome do Município onde mora o cliente. US de notificação: registrar a Unidade de Saúde onde se realiza a notificação. Data de notificação: escrever a data em que o evento adverso está sendo notificado. Nome do paciente: escrever o nome completo da pessoa vacinada. Data de nascimento: escrever a data de nascimento da pessoa vacinada, registrando dia, mês e ano de nascimento. Idade (anos, meses e dias): escrever a idade do cliente em anos e meses. Se menor de 1 ano, registrar em meses e dias. Sexo (masculino, feminino): marcar conforme o sexo do cliente. Responsável: escrever o nome completo do responsável pelo cliente (pai, mãe, ou outro). Endereço completo: escrever o endereço completo do cliente. Bairro ou localidade: escrever o nome do bairro ou localidade onde o cliente reside. Ponto de referência: anotar, com clareza, um ponto de referência para localizar a residência do cliente. Telefone para contato: anotar o número de telefone do cliente ou de um contato. Unidade de Saúde de Aplicação: registrar o nome da Unidade de Saúde onde o cliente foi vacinado, e o endereço completo, indicando bairro, município e estado. F F F F F F F F F F F F F F F Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS26 II. Informações sobre as Vacinas e os Eventos Adversos Imuno: refere-se aos imunobiológicos. Registrar neste campo cada uma das vacinas, ou imunoglobulinas, aplicadas no cliente. Dose: registrar se a dose de cada vacina aplicada foi: única, primeira, segunda, ou terceira dose; e se foi primeiro ou segundo reforço. Data de aplicação: escrever a data de aplicação de cada uma das vacinas administradas ao cliente. Laboratório: escrever o nome do laboratório produtor de cada uma das vacinas aplicadas, segundo os dados que constam no frasco. Lote: escrever o número de lote de cada vacina aplicada. Verificar esse dado no frasco. Evento: escrever o código de cada evento adverso apresentado (Ver código na Tabela de Eventos Adversos, no verso da Ficha de Notificação – páginas 30 e 31 ), associando-o com a respectiva vacina. Em caso de dúvida quanto à associação do evento adverso a uma determinada vacina, registrar a dúvida no item Resumo Clínico e Observações. Na tabela de eventos adversos, você encontrará uma série de eventos de reações locais. Se o evento adverso que você identificou não está descrito, anote no item Evento o código Nº 01 “outras reações locais”, e especifique-o no campo de Resumo Clínico e Observações. As reações locais listadas na tabela de eventos adversos são: abscesso frio; abscesso quente; dor, rubor e calor; enduração; granuloma; nódulo; úlcera maior que 1 cm. A febre deve ser anotada no item Evento com o código Nº 10, se for maior ou igual a 39,50C, e com o código Nº 25, se for menor que 39,50C. Se o evento que você identificou não é uma reação local, e não se encontra na tabela de eventos adversos, anote no item Evento o código Nº 47 “outros eventos”, e especifique o evento respectivo no campo de Resumo Clínico e Observações. Conversar com o profissional de nível superior para identificar o sinal ou sintoma e proceder a seu registro. Se houver, anexar resultados de exames, parecer do especialista, e outras informações importantes. ATENÇÃO F F F F F F F Tempo decorrido: intervalo entre a aplicação da vacina e o início dos sinais ou sintomas (dias, horas, minutos). ID E N T IF IC A Ç Ã O D O P A C IE N T E D at a de N o tif ic aç ão : / / N o m e do P ac ie nt e: Se xo : ( ) M as cu lin o ( ) F em in in o Re sp o ns áv el : En de re ço C o m pl et o : Te le fo ne p ar a co nt at o : U ni da de d e Sa úd e e A pl ic aç ão : C O N D U TA F R EN TE A O E SQ U EM A V A C IN A L ( ) M an tid o E sq ue m a ( ) C o nt ra -i nd ic aç ão c o m tr o ca d e es qu em a ( ) C o nt ra -i nd ic aç ão s em tr o ca d e es qu em a ( ) Ig no ra do ( ) M an tid o E sq ue m a ( ) C o nt ra -i nd ic aç ão c o m tr o ca d e es qu em a ( ) C o nt ra -i nd ic aç ão s em tr o ca d e es qu em a ( ) Ig no ra do ( ) M an tid o E sq ue m a ( ) C o nt ra -i nd ic aç ão c o m tr o ca d e es qu em a ( ) C o nt ra -i nd ic aç ão s em tr o ca d e es qu em a ( ) Ig no ra do ( ) M an tid o E sq ue m a ( ) C o nt ra -i nd ic aç ão c o m tr o ca d e es qu em a ( ) C o nt ra -i nd ic aç ão s em tr o ca d e es qu em a ( ) Ig no ra do ( ) M an tid o E sq ue m a ( ) C o nt ra -i nd ic aç ão c o m tr o ca d e es qu em a ( ) C o nt ra -i nd ic aç ão s em tr o ca d e es qu em a ( ) Ig no ra do A T E N D IM E N T O M É D IC O Te m po d e o bs er va çã o /h o sp ita liz aç ão : __ __ __ _ di as _ __ __ __ ho ra s _ __ __ __ m in ut o s R E S U M O C L ÍN IC O E O B S E R V A Ç Õ E S __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ D A D O S D O R E S P O N S Á V E L P E LO P R E E N C H IM E N T O D at a de N o tif ic aç ão : _ __ __ __ / __ __ __ _ /_ __ __ _ Te le fo ne : __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ A ss in at ur a do R es po ns áv el / C ar im bo U .S . d e N o tif ic aç ão : Po nt o d e Re fe rê nc ia : FE C H A M EN TO D O C A SO ( ) C o nf ir m ad o ( ) E m in ve st ig aç ão ( ) In de fin id o ( ) D es ca rt ad o ( ) C o nf ir m ad o ( ) E m in ve st ig aç ão ( ) In de fin id o ( ) D es ca rt ad o ( ) C o nf ir m ad o ( ) E m in ve st ig aç ão ( ) In de fin id o ( ) D es ca rt ad o ( ) C o nf ir m ad o ( ) E m in ve st ig aç ão ( ) In de fin id o ( ) D es ca rt ad o ( ) C o nf ir m ad o ( ) E m in ve st ig aç ão ( ) In de fin id o ( ) D es ca rt ad o Id ad e: __ __ _ an o s _ __ __ m es es __ __ __ di as EV O LU Ç Ã O D O C A SO ( ) C ur a se m s eq üe la s ( ) C ur a co m s eq üe la s ( ) Ó bi to ( ) Ig no ra do ( ) C ur a se m s eq üe la s ( ) C ur a co m s eq üe la s ( ) Ó bi to ( ) Ig no ra do ( ) C ur a se m s eq üe la s ( ) C ur a co m s eq üe la s ( ) Ó bi to ( ) Ig no ra do ( ) C ur a se m s eq üe la s ( ) C ur a co m s eq üe la s ( ) Ó bi to ( ) Ig no ra do ( ) C ur a se m s eq üe la s ( ) C ur a co m s eq üe la s ( ) Ó bi to ( ) Ig no ra do ( ) Po st o d e sa úd e ( ) E nf er m ar ia ( ) Pr o nt o -a te nd im en to ( ) U TI Re sp o ns áv el p el o P re en ch im en to : Fu nç ão : Lo ca l d e Tr ab al ho : M un ic íp io : TE M PO D EC O R R ID O EV EN TO (C ó di go n o v er so ) D at a de N as ci m en to : / / Ba ir ro o u Lo ca lid ad e: LO TE D at a de E nt ra da : _ __ __ / __ __ _ /_ __ __ D at a de S aí da : _ __ __ / __ __ _ /_ __ __ Re gi o na l: LA B O R A TÓ R IO D A TA D E A PL IC A Ç Ã O D O SE ( ) Si m ( ) N ão U .F .: IM U N O M IN IS TÉ RI O D A S A Ú D E SE C RE TA RI A D E V IG IL Â N C IA E M S A Ú D E D EP A RT A M EN TO D E V IG IL Â N C IA E PI D EM IO LÓ G IC A C O O RD EN A Ç Ã O G ER A L D O P RO G RA M A N A C IO N A L D E IM U N IZ A Ç Õ ES FI C H A D E N O TI FI C A Ç Ã O D O S EV EN TO S A D V ER SO S PÓ S- VA C IN A IS Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 29 Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS — dezembro/200330 TABELA DE EVENTOS ADVERSOS Código Nome do Evento Adverso Descrição 3 Abscesso frio Tumoração no local de aplicação com flutuação, SEM sinais inflamatórios evidentes. 2 Abscesso quente Tumoração no local de aplicação com flutuação, COM sinais inflamatórios (edema, calor, rubor e dor). 23 Artralgia Dor nas articulações. 39 Ataxia Alteração da marcha. Deve ser avaliada por um profissional habilitado. 57 Atrofia no local da aplicação Retração da pele no local da aplicação. 50 Cefaléia Dor de cabeça. 54 Cefaléia e vômito Dor de cabeça e vômito. 28 Choque anafilático Hipotensão ou choque associado à urticária, edema de face, laringoespasmo. 12 Convulsão afebril Alteração do nível de consciência acompanhada de contrações musculares involuntárias. Em crianças menores podem ocorrer sem contrações evidentes. Sem associação com febre. 11 Convulsão febril Alteração do nível de consciência acompanhada de contrações musculares involuntárias. Em crianças menores, podem ocorrer sem contrações evidentes. Sempre acontecem após período febril. 52 Dificuldade de deambular Dificuldade para caminhar. Deve ser avaliada por profissional habilitado. 29 Dor, rubor e calor Tipo de reação no local de aplicação. 35 Encefalite Inflamação do encéfalo (cérebro) diagnosticada por profissional habilitado, sendo afastadas outras causas conhecidas através de exames complementares. 36 Encefalopatia Distúrbio do Sistema Nervoso Central não explicado por outra causa além da vacinação, ocorrida nos primeiros 7 dias (geralmente nas primeiras 72 hs) após aplicação da DTP-Hib ou da DTP. Assemelha-se clinicamente à encefalite, mas sem evidência de reação inflamatória. 9 Enduração Tipo de reação com endurecimento no local de aplicação. 13 Episódio Hipotônico Hiporresponsivo Palidez ou cianose perioral, hipotonia ("flacidez") e diminuição de resposta a estímulos. 17 Exantema Erupção cutânea generalizada, com ou sem prurido. 10 Febre maior ou igual a 39,5oC Verificada com Termômetro. 58 Granuloma Tipo de reação com formação de "caroço" no local de aplicação (Diagnóstico histopatológico). 56 Icterícia Coloração amarelada da pele e mucosas, mais evidente nos olhos. 41 Lesões generalizadas Lesões semelhantes às da tuberculose decorrentes da disseminação do BCG nos órgãos. 6 Linfadenomegalia maior que 03 cm não supurada Aumento dos gânglios linfáticos ("ínguas") SEM flutuação ou supuração. 5 Linfadenomegalia maior que 03 cm supurada Aumento dos gânglios linfáticos ("ínguas") COM flutuação ou supuração. Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 31 Código Nome do Evento Adverso Descrição 7 Linfadenomegalia não supurada Aumento dos gânglios linfáticos ("ínguas") SEM flutuação ou supuração. 8 Linfadenomegalia supurada Aumento dos gânglios linfáticos ("ínguas") COM flutuação ou supuração. 22 Meningite asséptica Inflamação das meninges com culturas do LCR negativas. 53 Mialgia Dor muscular. 42 Mielite Inflamação da medula espinhal com diagnóstico por profissional habilitado e realização de exames complementares. 14 Nódulo Tipo de reação com caroço palpável no local da aplicação. 46 Orquite Inflamação dos testículos. 49 Osteomielite Infecção do aparelho ósteoarticular. 47 Outros eventos Sem definição – Usar campo de resumo clínico para especificar o evento. 43 Pancreatite Inflamação do pâncreas diagnosticada por profissional habilitado e realização de exames complementares. 26 Paralisia de membros inferiores Paralisação das pernas. Deve ser avaliada por profissional habilitado. 55 Paresia Diminuição de força de membros ou de um grupo muscular. Deve ser avaliada por profissional habilitado. 15 Parestesia Alteração de sensibilidade na pele (formigamento, dormência). Deve ser avaliada por profissional habilitado. 21 Parotidite Inflamação das parótidas – região submandibular – normalmente acompanhada de febre e mal-estar. 38 Poliomielite associada à vacina Paralisia flácida aguda, que ocorre entre 4-40 dias após aplicação da vacina, sendo constatada seqüela após 60 dias do início do quadro. Nos casos de comunicantes dos vacinados, o período é de 4-85 dias. 48 Polirradiculite (Síndrome de Guillain-Barré) Inflamação das raízes nervosas da medula espinhal caracterizada por dor nos MMII e paralisia ascendente. Deve ser diagnosticada por profissional habilitado e realização de exames complementares. 18 Púrpura trombocitopênica Presença de manchas violáceas na pele de tamanhos variados (puntiformes a equimoses) acompanhada da diminuição do número de plaquetas no sangue. 27 Quelóide Cicatriz elevada e disforme no local da aplicação. 32 Reação de Arthus Reação de hipersenbilidade local importante. 51 Reação de hipersensibilidade após 2 hs Urticária localizada ou disseminada, edema de face, laringoespasmo. 20 Reação de hipersensibilidade até 2 hs Urticária localizada ou disseminada, edema de face, laringoespasmo. 4 Úlcera maior que 01 cm Formação de lesão ulcerada maior que 01 cm no local da aplicação. 24 Visceralização Quadro de disseminação do vírus vacinal da FA com quadro semelhante à doença por vírus selvagem. Deve ser avaliada por profissional habilitado e realização de exames complementares. 01 Outras reações locais Sem definição - Usar campo de resumo clínico para especificar o evento. 25 Febre menor que 39,5oC Verificada com termômetro. Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS34 Estas informações devem ser enviadas, rapidamente, por telefone, fax ou internet ao serviço ou à unidade, imediatamente superior à sua. Caso tenha em mãos a Ficha de Notificação, ela poderá ser enviada diretamente por fax, com as informações que você obteve até esse momento. Uma vez feita a NOTIFICAÇÃO IMEDIATA, deve-se preencher a Ficha de Notificação, ou completá-la, caso a tenha enviado por fax através da via rápida. Este procedimento deve ser feito no menor tempo possível, e a ficha deve ser encaminhada ao serviço ou à unidade, imediatamente superior. Encaminhada a notificação, por qualquer via, procede-se à investigação para o fechamento do caso. A investigação é o procedimento pelo qual se determina se um evento adverso tem relação com a vacinação, ou se é apenas uma associação temporal com a mesma. A investigação é feita por profissionais de nível superior, médico ou enfermeira, e, em casos de eventos mais específicos, o Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE) deve estar envolvido no acompanhamento e na orientação a serem tomados frente a vacinações futuras. Na Ficha de Notificação, os itens evolução do caso, fechamento do caso, e conduta frente ao esquema vacinal, correspondem às atividades específicas da investigação que requerem informações clínicas detalhadas e exames laboratoriais, entre outros, para o fechamento do caso. Mesmo assim, alguns casos podem ficar sem diagnóstico (diagnóstico indefinido). Se necessário, a investigação continuará nas SMS e SES e na Coordenação Geral do PNI. Lembrar que não preencher uma informação na Ficha de Notificação, ou preenchê-la de maneira errada, pode dar como resultado conclusões não verdadeiras durante a investigação da causa do Evento Adverso Pós-Vacinação. Dados da Vacina Vacina aplicada Data de aplicação da vacina Laboratório produtor Lote Dose Evento Adverso relatado ou observado Intervalo entre a aplicação da vacina e o início do evento Observação F F F F Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 35 Qual a importância do Sistema Nacional dos Eventos Adversos Pós-Vacinação? Só conhecendo a ocorrência de um conjunto de eventos adversos pós-vacinação é possível analisar se o evento ocorreu dentro da freqüência esperada, ou não, e determinar se o evento tem relação com a vacinação (componente da vacina ou técnica de aplicação), ou se é apenas uma associação temporal. É por isso que existe o Sistema Nacional de Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação, que se encarrega da normatização das atividades de notificação e investigação, da consolidação e análise dos casos e da divulgação das informações. Normatiza, também, as condutas e ações a serem adotadas para controlar e prevenir os eventos adversos. Além disso, assessora processos de capacitação, bem como realiza supervisões. Através de uma investigação minuciosa, identifica os lotes mais reatogênicos, isto é, que causam mais eventos adversos pós-vacinação, e decide quanto à sua utilização ou suspensão. Mantém, desse modo, a confiabilidade dos imunobiológicos utilizados no PNI junto à população e aos profissionais da saúde, procurando usar vacinas cada vez mais seguras e menos reatogênicas. É por tudo isto que você, trabalhador de nível médio, é tão importante neste processo! Como seria possível monitorar os eventos adversos pós-vacinais sem a sua identificação e notificação? O Sistema Nacional de Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação é um sistema em construção. Seu aperfeiçoamento se dá no dia-a-dia com sua contribuição! Contamos com você! Neste capítulo, abordamos os eventos adversos pós-vacinação, de maneira geral, dando ênfase à importância da notificação, que é uma atividade fundamental para o funcionamento do Sistema Nacional de Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação. No capítulo 3, serão destacados os eventos adversos que podem ocorrer após a aplicação de cada uma das vacinas do calendário de imunizações. Serão relacionados os eventos adversos raros e os mais comuns, as situações em que é indispensável a notificação, e os principais cuidados a serem adotados, na triagem e na aplicação da vacina. Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 39 Evento adverso que contra-indica dose seguinte da vacina e exige notificação. Evento adverso que exige notificação. As vacinas serão apresentadas na seguinte ordem: Tudo foi pensado na tentativa de aproximar-nos do seu dia-a-dia de trabalho. Este capítulo, a semelhança dos anteriores, está sob a forma de perguntas buscando tornar sua leitura fácil e agradável. Esperamos que lhe seja útil! Vamos lá! Vacina contra a Tuberculose - BCG Intradérmica (BCG-ID). Vacina contra a Hepatite B. Vacina contra a Difteria, o Tétano, a Coqueluche e a Infecção pelo Haemophilus influenzae tipo b (DTP-Hib). Vacina Oral contra a Poliomielite (VOP). Vacina contra o Sarampo, a Caxumba e a Rubéola (Tríplice Viral). Vacina contra a Febre Amarela. Vacina contra a Difteria, o Tétano e a Coqueluche (DTP). Vacina contra a Difteria e o Tétano (DT/dT). Vacina contra a Influenza (Gripe). Vacina contra a Infecção pelo Pneumococo. Vacina contra a Raiva Humana. Vacina contra a Febre Tifóide. F F F F F F F F F F F F F F Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 41 No Brasil, até o final dos anos 60, só se aplicava a vacina BCG (Bacilo de Calmette e Guérin) por via oral. Em 1973, iniciou-se, através do Programa Nacional de Imunizações, a aplicação da vacina BCG intradérmica (BCG-ID). A primeira dose desta vacina é indicada, para ser aplicada, prioritariamente, no primeiro mês de vida. uberculoseT Vacina contra a Tuberculose - BCG Intradérmica (BCG-ID) Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS44 Por isso, para atuar na sala de vacina, e aplicar a BCG-ID, o trabalhador deve: O que observar durante o preparo e a aplicação da vacina BCG-ID? Os eventos adversos decorrentes da vacina BCG-ID são, em geral, locais e pouco freqüentes. Na maioria dos casos, estão relacionados a falhas na administração da vacina, devidas a: ATENÇÃO: Quando a vacina BCG-ID é aplicada em pessoas anteriormente vacinadas, ou que tenham contraído a infecção natural (primo-infecção natural), a evolução das lesões pode ser mais rápida e as feridas um pouco maiores. Aplicação profunda. Isto é, a vacina é aplicada na camada subcutânea, quando o correto é aplicá-la na camada superficial (via intradérmica). Dose com maior volume. Deve ser injetado a dose exata, ou seja, 0,1 ml. ∑Passar por um processo de qualificação que o prepare para ser um vacinador de BCG-ID. ∑Valorizar a lavagem das mãos, no mínimo, antes e após o preparo e aplicação de cada vacina. ∑ Durante a reconstituição da vacina, evitar a agitação intensa, e homogeneizá-la cuidadosamente com movimentos circulares, até a sua completa diluição. ∑Introduzir o diluente, vagarosamente, pela parede do frasco. Conferir a quantidade da dose a ser administrada, que deve ser de 0,1 ml, e o local de aplicação – Inserção inferior do músculo deltóide no braço direito. Utilizar seringa e agulha adequadas à técnica de aplicação intradérmica. F F F F F F F F Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 45 Exigem notificação, com exceção da cicatriz quelóide. Geralmente, decorrem de falhas no processo de administração. O cliente deve receber orientação e prescrição de tratamento sintomático. Úlcera com diâmetro maior que 1 cm. Linfadenopatia regional não supurada (íngua): Presença de gânglios enfartados na região próxima à aplicação (região axilar, supra e infraclaviculares), sem a presença de pus. Ocorre principalmente nos três primeiros meses após a aplicação da vacina. Não devem ser puncionados. Linfadenopatia regional supurada: Presença de gânglios enfartados na região próxima à aplicação (região axilar, supra e infraclaviculares), com a presença de pus. Pode ocorrer drenagem espontânea originando fístulas. Ocorre principalmente nos três primeiros meses após a aplicação da vacina. Não devem ser puncionados. Abscesso subcutâneo frio: Associado à técnica incorreta de aplicação da vacina por via intradérmica. Neste caso, a aplicação da vacina ocorre de forma mais profunda, alcançando a camada subcutânea, provocando o abscesso frio. Abscesso subcutâneo quente: Associado à contaminação durante o processo de preparo e aplicação da vacina (infecção secundária). Úlcera maior que 1 cm Linfadenopatia regional não supurada Linfadenopatia regional supurada F E os eventos adversos que podem ocorrer após a vacinação com a BCG-ID? É importante ressaltar que estes eventos: a a a Cicatriz quelóide: Cicatriz geralmente elevada e volumosa, que ocorreria no cliente em outros processos de cicatrização, independente da aplicação da vacina. Não precisa ser notificado. Evento adverso comum ou esperado que exige notificação. Caso ocorra, o cliente deve ser orientado a retornar à unidade de saúde para que seja notificado. Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS46 Assim, podem ocorrer os seguintes eventos resultantes de disseminação do agente vacinal para outras partes do organismo: Que outros eventos adversos podem ocorrer após a vacinação com a BCG-ID? Podem ocorrer casos mais raros, que podem estar relacionados a: Presença de imunodepressão, congênita ou adquirida, no vacinado. Maior ou menor quantidade de bacilos vivos atenuados administrados. Cepa utilizada na fabricação da vacina. Em pele: Lesões semelhantes à tuberculose cutânea, que ocorrem num período de tempo que varia de três meses a 30 anos após a vacinação. Em ossos e articulações: Os sinais e sintomas mais freqüentes são: dor local, inchaço e limitação à movimentação do membro acometido. Ocorre com mais freqüência em membros inferiores. Seu aparecimento varia de seis meses a três anos após a vacinação. São eventos muito raros com a cepa vacinal brasileira. Em órgãos do tórax, abdome e linfonodos: Lesões semelhantes às da tuberculose em pulmões, rins, órgãos genitais, etc. São extremamente raras. Ocorrem, em geral, entre 6 meses a 3 anos após a vacinação. Lesões generalizadas: Lesões semelhantes às da tuberculose disseminada, podendo ser fatais. Podem causar aumento do fígado e do baço e rápida deterioração do estado geral. Geralmente, ocorrem no primeiro ano após a vacinação, e nos indivíduos com comprometimento da imunidade celular, congênito ou adquirido. É importante ressaltar que estes eventos adversos são raros e quando ocorrem: Devem ser sempre notificados. Exigem NOTIFICAÇÃO IMEDIATA. Devem ser tratados pelo médico e acompanhados em sua evolução, até a sua regressão. a a a a a Evento adverso que exige notificação. Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 49 A hepatite B é uma doença sexualmente transmissível, causada pelo vírus da hepatite B, que é 100 vezes mais infectante que o vírus da AIDS. A vacina, além de proteger contra a hepatite B, também previne a hepatite D que, para infectar o homem, precisa da presença do vírus da hepatite B em seu organismo. O desenvolvimento de cirrose e carcinoma hepático podem ser conseqüências graves da hepatite B. epatite BH Vacina contra a Hepatite B Secretaria de Vigilância em Saúde/MS50 A possibilidade de aparecimento dos eventos adversos comuns ou esperados para esta vacina: Eritema (vermelhidão), induração no local da injeção, febre, cefaléia (dor de cabeça), tontura, fadiga e desconforto gastro-intestinal. A necessidade de retorno ao Serviço de Saúde, caso o evento esperado ocorra de maneira mais intensa, demore muito a passar, ou se surgir qualquer outro sinal ou sintoma. O que deve ser observado, e como orientar o cliente, durante a triagem na vacinação contra a hepatite B? Qual a vacina que vem sendo utilizada contra a hepatite B? A vacina é preparada por método de engenharia genética (recombinante). Contém hidróxido de alumínio e timerosal (mertiolate). Deve ser aplicada por via intramuscular. Em adultos e crianças acima de 2 anos, utilizar o músculo deltóide e para os menores de 2 anos, o vasto lateral. A dose deverá ser ajustada conforme a idade. A vacina contra a hepatite B é produzida por técnicas de engenharia genética (vacina recombinante), ou seja, utiliza parte do DNA (gene) do vírus, e não partículas do vírus vivo da hepatite B no processo de sua produção. É uma vacina altamente segura e eficaz. Antes da aplicação da vacina, deve ser verificada com o cliente a existência de história de processo alérgico grave, ao timerosal. Nesses casos o cliente pode apresentar vermelhidão local. ¬O cliente deve ser orientado sobre:∑ F F ESTA ORIENTAÇÃO É A BASE PARA GARANTIR UMA ADEQUADA NOTIFICAÇÃO E POSSIBILITAR A IDENTIFICAÇÃO DE “SURTOS” DE EVENTOS ADVERSOS. Evento adverso comum ou esperado que se apresenta com maior intensidade ou freqüência. Caso o cliente retorne à unidade de saúde com queixa relacionada à vacinação, o evento adverso em questão deve ser notificado. Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação 4 Após a diluição, a vacina contra a hepatite B poderá ser utilizada por até 5 dias, desde que seja conservada adequadamente sob refrigeração, em temperatura de +2oC a +8oC, e em condições adequadas de assepsia. O que observar durante o preparo e a aplicação da vacina contra a hepatite B? Quanto à diluição - Devido à presença do hidróxido de alumínio como adjuvante, antes de aspirar cada dose: É indispensável fazer movimentos giratórios com o frasco, para que a vacina fique mais homogênea e provoque menos reações locais. Quanto à prevenção dos abscessos quentes, é importante que você não deixe de: Lavar as mãos, no mínimo, antes e após o preparo e aplicação da vacina. Observar a técnica asséptica de preparação da vacina (manusear sem contaminar seringa, agulha e frasco da vacina). Quanto à prevenção do abscesso frio, você deve neste caso: Utilizar a via de aplicação correta, com introdução da agulha no terço médio da coxa (vasto lateral), observando o ângulo de aplicação para intramuscular nesta região. No caso do deltóide a aplicação será na face externa superior do braço. Adequar a agulha ao ângulo de aplicação conforme massa muscular da pessoa a ser vacinada. ∑ Localizar visualmente o músculo vasto lateral, fazendo a prega com o dedo indicador e o polegar. Introduzir a agulha no músculo respeitando o ângulo correto. F F F F F F 51 Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 55 A vacina DTP-Hib protege contra a difteria, o tétano, a coqueluche e outras doenças causadas pela bactéria Haemophilus influenzae tipo b, tais como meningite bacteriana, pneumonia, otite, artrite e septicemias. Esta vacina, além de ser eficaz, reduz o número de aplicações injetáveis em crianças menores de 01 ano, já que reúne, em uma única vacina, os componentes imunológicos capazes de proteger contra todas esta doenças. DTP-Hib Vacina contra a Difteria, o Tétano, a Coqueluche e a Infecção pelo Haemophilus influenzae Tipo b Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS56 Episódio hipotônico hiporresponsivo. Manifestação neurológica Apnéia no caso de recém-nascido prematuro extremo (menos de 31 semanas de gestação e ou menos de 1kg de peso ao nascer). Qual a vacina que vem sendo utilizada contra estas doenças? Indicada para menores de 1 ano (a partir de 2 meses de idade), que estejam iniciando o esquema vacinal e que nunca tenham tomado DTP ou Hib. Deve ser administrada em 3 doses, com intervalo de 60 dias, entre as doses. Aos 15 meses deverá ser feito reforço, somente com a DTP (tríplice bacteriana). As contra-indicações absolutas: As precauções como: Nesses casos, deve-se completar ou iniciar o esquema no CRIE, com a vacina tríplice acelular. A Vacina DTP-Hib é uma associação da vacina DTP (tríplice bacteriana) e da vacina contra a infecção causada pelo Haemophilus influenzae Tipo b (Hib). A vacina DTP apresenta-se na forma líquida (diluente). É uma vacina combinada, isto é, contém no mesmo frasco-ampola os toxóides diftérico e tetânico e a bactéria Bordetella pertussis inativada. Contém, ainda, o hidróxido de alumínio como adjuvante e o timerosal como preservativo. A Hib é uma vacina conjugada, ou seja, contém parte da bactéria Haemophilus influenzae unida a uma proteína, aumentando, assim, sua capacidade de produzir resposta imunológica. Apresenta-se sob a forma liofilizada (pó). Quando se juntam estas vacinas (reconstituição), obtém-se a vacina DTP-Hib. Ela se apresenta em blisters (frascos) contendo 05 ou 10 doses. Esta vacina depois de reconstituída (diluída), deverá ser utilizada, no máximo, até 8 horas. O que deve ser observado, e como orientar o cliente, durante a triagem na vacinação com a DTP-Hib? A idade: Esta vacina, como a DTP, está contra-indicada para crianças a partir dos 7 anos. ∑História de choque anafilático após aplicação da vacina. ∑Encefalopatia aguda grave, subsequente a aplicação da vacina. a F F F a a Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 59 1. Inicialmente, relacionaremos os eventos que: Febre: Geralmente, aparece nas primeiras horas após a aplicação da vacina ou, no máximo, até o dia seguinte. Com a aplicação das doses subseqüentes, tende a aumentar a freqüência das reações febris. Hiperemia (vermelhidão), calor. Endurecimento e edema, acompanhados ou não de dor, podem ocorrer, sendo pouco intensos e restritos ao local da aplicação. Estas manifestações podem comprometer por algum tempo a movimentação do membro e provocar dificuldade ao andar. Nódulo indolor no local da injeção: É reabsorvido, desaparecendo após algumas semanas. Sonolência: Pode manifestar-se, nas primeiras 24 horas após a aplicação da vacina, e persiste por até 3 dias. Anorexia (falta de vontade de comer). É transitória e de leve intensidade. Vômito: Pouco comum, sendo normalmente relatado após a primeira dose da vacina. Os eventos adversos comuns, ou esperados, após a aplicação desta vacina são: Que outros eventos adversos podem ocorrer após a vacinação com a DTP-Hib? Não contra-indicam a aplicação de dose subseqüente. Devem ser notificados. Devem ser adequadamente assistidos. a a a Evento adverso comum ou esperado que se apresenta com maior intensidade ou freqüência. Caso o cliente retorne à unidade de saúde com queixa relacionada à vacinação, o evento adverso em questão deve ser notificado. Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS60 Estes eventos adversos são: Contra-indicam a aplicação de dose subseqüente. ∑Devem ser notificados. Exigem NOTIFICAÇÃO IMEDIATA. ∑Devem ser adequadamente assistidos. 2. A seguir, relacionaremos os eventos adversos raros e graves, os quais, quando ocorrem: Abscessos quentes e frios: São eventos associados à técnica de aplicação, que devem ser notificados e não contra-indicam dose subseqüente da vacina. Choro persistente: Caracteriza-se por um choro contínuo e inconsolável, que pode durar mais de 3 horas. Em geral, aparece nas primeiras 2 a 8 horas após a aplicação da vacina. Reações de hipersensibilidade cutânea: Apresentam-se com urticária, exantema ou aparecimento de petéquias. Convulsão: Caracteriza-se por alteração do nível de consciência, acompanhada de contrações musculares involuntárias. Aparece nos 3 primeiros dias após a aplicação da vacina. Em crianças menores, pode ocorrer convulsão sem contrações evidentes. Contra-indica doses seguintes. Utilizar nas doses subseqüentes: DTP acelular (DTaP) e a vacina Hib contra as infecções pelo Haemophilus influenzae tipo b, disponíveis no CRIE. Episódio Hipotônico Hiporresponsivo (EHH): É de instalação súbita e de curta duração. Há presença de palidez, ou cianose perioral (coloração arroxeada em volta dos lábios), hipotonia (relaxamento da musculatura), diminuição ou ausência de resposta aos estímulos. Contra-indica doses seguintes desta vacina. Utilizar nas doses subseqüentes: DTP acelular (DTaP) e a vacina Hib, disponíveis no CRIE. Estes eventos são: a a a Evento adverso que exige notificação. Evento adverso que contra-indica dose seguinte da vacina e exige notificação. Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 61 Encefalopatia: Distúrbio do sistema nervoso central grave, agudo, que se assemelha clinicamente à encefalite, mas sem evidência de reação inflamatória. Quando acontece após aplicação desta vacina, ou da DTP, pode ocorrer até 7 dias após sua aplicação (geralmente nas primeiras 72 horas). Contra-indica a administração do componente pertussis. Utilizar nas doses subseqüentes: DT(dupla infantil) e Hib, disponível no CRIE. Choque Anafilático: Pode instalar-se nas primeiras 2 horas após a aplicação da vacina (em geral, nos primeiros 30 minutos). Caracteriza-se por hipotensão ou choque associado à urticária, edema de face e laringoespasmo. Contra-indica a administração de todos os componentes desta vacina, e também das vacinas DTP, DT/dT, TT e Hib. Caso o cliente sofra um acidente com risco de contrair o tétano, deve receber o método profilático passivo (imunoglobulina antitetânica). Evento adverso que contra-indica dose seguinte da vacina e exige notificação. Secretaria de Vigilância em Saúde/MS64 Qual a vacina que vem sendo utilizada contra a poliomielite? Por existirem ainda focos da doença, em alguns países da Ásia e da África, é de suma importância que os demais países mantenham altas coberturas vacinais, tanto na vacinação de rotina como nas campanhas. Esta é a forma de impedir a circulação do vírus selvagem, e evitar a doença. Em nosso país, utilizamos a Vacina Oral contra a Poliomielite (VOP), mais conhecida como Sabin, que é composta de vírus vivo atenuado e protege contra os três tipos de poliovírus causadores da poliomielite. Esta escolha é devida a determinadas características: Para situações especiais, está disponível, no Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE), a Vacina Inativada (VIP) contra a Poliomielite. Ser mais simples de administrar. Ter boa aceitação pelos clientes. Provocar a imunização nos contatos dos clientes vacinados. Sua composição é de vírus morto. Está indicada para pessoas com imunodeficiência. É injetável, e administrada por via intramuscular. Dr. Albert Sabin A VOP- vacina oral contra a poliomielite, deve ser adiada, na vacinação de rotina, quando a criança apresentar quadro intenso de vômitos ou diarréia. Esta situação dificulta a fixação e a multiplicação do vírus vacinal no organismo, impedindo que a criança seja protegida contra a doença. F F F F F F Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 65 Durante a triagem, procure identificar com o responsável a existência de outras crianças, de até 5 anos de idade, que não tenham sido vacinadas, buscando esclarecimento da situação e alertando para a necessidade de cumprir o calendário vacinal. A Vacina Oral contra a Poliomielite (VOP), está contra-indicada para crianças com imunodeficiência (por exemplo, crianças com câncer ou transplantados). A Vacina Oral contra a Poliomielite (VOP), está contra-indicada para crianças saudáveis que tenham em casa contato com pessoas imunodeficientes. Por ser uma vacina de vírus vivo, o vacinado libera no ambiente o vírus vacinal que se desenvolveu no seu organismo. A pessoa com imunodeficiência que entra em contato com o vírus vacinal, por não conseguir produzir anticorpos (defesa específica contra a doença), tem risco de desenvolver a poliomielite causada por este vírus. O que deve ser observado, e como orientar o cliente, durante a triagem na vacinação contra a poliomielite? Embora, no Brasil, tenhamos uma alta cobertura vacinal contra a poliomielite, é fundamental, localizar e vacinar todos os menores de 5 anos que nunca foram vacinados, ou que têm seu esquema de vacina contra a poliomielite incompleto. Nos casos acima citados (imunodeficiência), está indicado o uso da Vacina Inativada contra a Poliomielite (VIP), que pode ser solicitada ao CRIE de sua região. A Vacina Inativada é constituída de vírus mortos. Não há, assim, nem possibilidade de replicação viral (multiplicação do vírus), nem o risco de provocar o aparecimento da doença. ATENÇÃO: Estas observações são válidas, também, nas campanhas de vacinação. F F F Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS66 Que eventos adversos podem ser associados à vacinação contra a poliomielite? O evento adverso que pode ocorrer após o uso da vacina Sabin (VOP), é a própria doença, a poliomielite. Diferente das demais vacinas, este evento pode acometer à criança vacinada, ou a seus comunicantes (pessoas que têm contato com o vacinado). Vejamos agora a poliomielite que ocorre na criança vacinada e a poliomielite que ocorre no comunicante da criança vacinada: Caso de poliomielite associado ao vacinado: a criança vacinada apresenta quadro agudo de febre, seguido de paralisia flácida aguda, que pode ocorrer de 4 a 40 dias após a aplicação da vacina, apresentando seqüela, compatível com poliomielite, 60 dias após o início do quadro. Caso de poliomielite associado ao comunicante do vacinado: a paralisia flácida aguda surge após contato com criança que tenha sido vacinada até 40 dias antes. O comunicante apresenta quadro agudo de febre, seguido dos sinais de paralisia flácida, os quais podem surgir em 4 a 85 dias após a vacinação, apresentando seqüela, compatível com poliomielite, 60 dias após o início do quadro. Devem ser sempre notificados. Exigem NOTIFICAÇÃO IMEDIATA. Estes eventos são muito raros e quando ocorrem: Vacina Oral contra a Poliomielite (VOP) - Indicada para crianças sem compromentimento imunológico, dando continuidade ao esquema vacinal após o evento adverso, visando proteger a criança contra as demais cepas da Poliomielite (Poliovírus I, II e III). Vacina Inativada (VIP) - Indicada nos casos em que o evento adverso tenha ocorrido em crianças imunodeprimidas. Os contatos menores de 5 anos, também, deverão ter seu esquema vacinal completado com a Vacina Inativada. A continuidade do esquema vacinal deve ser feita com: a a Evento adverso que exige notificação. Devem ser adequadamente assistidos.a Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 69 As doenças prevenidas pela vacina tríplice viral são o Sarampo, a Rubéola e a Caxumba. Essas três doenças são transmitidas de pessoa a pessoa e são capazes de provocar epidemias quando seus vírus circulam em ambientes fechados e/ou de muita aglomeração. ríplice ViralT Vacina contra o Sarampo, a Caxumba e a Rubéola Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS70 O controle de doenças preveníveis pela imunização, como o sarampo, a caxumba e a rubéola, se dá pela proporção de pessoas vacinadas, para que se interrompa a expansão da infecção. Se esta proporção é grande, o agente não pode penetrar e disseminar-se na população, por não haver pessoas susceptíveis (pessoas sem proteção e que podem adoecer). Dados disponíveis apontam que 95% de pessoas imunes (vacinadas) seriam suficientes para se interromper a cadeia de transmissão. No Brasil, a vacina monovalente do sarampo foi instituída em 1973, com a criação do PNI. Em 1992, foi implantado o Plano Nacional de Erradicação do Sarampo, sendo esse compromisso assumido oficialmente em 1994. Desde então, o sarampo tem apresentado tendência progressiva de queda, resultando em expressiva diminuição do número de casos e mortes. A adoção desta medida teve como resultado a inexistência, na população brasileira, do registro de casos autóctones (presença do vírus selvagem) desde o ano 2000. Qual é a importância da vacina tríplice viral? A vacina tríplice viral é composta por 3 vírus vivos atenuados: os vírus do sarampo, da caxumba e da rubéola. Contém pequena quantidade de proteína do ovo (meio de cultivo em embrião de galinha), além de outros elementos. Seu efeito protetor é de longa duração. O sarampo é uma doença grave, que pode atingir qualquer pessoa. Diminui a resistência e causa, freqüentemente, complicações como pneumonia (inflamação nos pulmões) e encefalite (inflamação no cérebro), que podem levar à morte, sobretudo em crianças com menos de 2 anos e desnutridas. A rubéola e a caxumba apresentam os mesmos sintomas do sarampo, como febre, manifestações gripais, entre outros. Na caxumba, além dessas características, há um aumento das glândulas salivares, em especial das parótidas (localizadas abaixo das orelhas). A principal complicação da caxumba é a meningite (inflamação das meninges). Em alguns estados brasileiros, milhares de casos de meningite associados à caxumba eram notificados anualmente. Nos casos de rubéola, a evolução acontece sem maiores complicações, quando contraída fora da gravidez. Se adquirida durante a gestação, principalmente no início, pode acarretar abortos espontâneos, mortes de bebês intra-útero (natimortos) e diversas malformações como surdez, cegueira, retardo mental e problemas cardíacos. Casos como este são denominados de Síndrome da Rubéola Congênita que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ocorrem, a cada ano, mais de 20.000 casos, somente na região das Américas. Embora não exista relação comprovada entre a vacinação contra a rubéola e a ocorrência de malformação congênita, essa vacina não deve ser administrada em gestantes. Se ainda assim for aplicada, não há indicação de interrupção da gravidez. Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 71 Nesse mesmo ano, foi modificada a estratégia de vacinação, sendo suspensa a vacina monovalente do sarampo e antecipada a aplicação da vacina tríplice viral no calendário de rotina, para crianças a partir de 1 ano de idade. A vacina tríplice viral, quando administrada em mulheres em idade fértil (de 12 a 49 anos), inclusive no puerpério e no pós-aborto, tem se mostrado bastante eficaz no controle destas doenças (sarampo, caxumba e rubéola), bem como na prevenção da Síndrome de Rubéola Congênita (SRC). O que deve ser observado, e como orientar o cliente, durante a triagem na vacinação com a tríplice viral? O profissional de saúde deverá sempre perguntar ao cliente ou responsável sobre a ocorrência de qualquer evento adverso anterior. Em mulheres em idade fértil, perguntar sobre a possibilidade de gravidez. Neste caso, estará contra-indicada a vacinação. Deve ser perguntado ao cliente se ele tem ou já apresentou alergia ao ovo de galinha. Pergunte sobre o hábito de comer, por exemplo, alimentos como pão de queijo, biscoitos e doces que contenham ovo. No caso de confirmar alergia a alimentos desse tipo, a vacina deverá ser administrada em ambiente hospitalar, com supervisão médica. Os eventos adversos comuns, ou esperados, para esta vacina como: Dor local, eritema (vermelhidão), enduração, ardência, exantema, prurido (coceira) e febre. A necessidade de retorno ao Serviço de Saúde, caso o evento esperado ocorra de maneira mais intensa, demore muito a passar, ou se surgir qualquer outro sinal ou sintoma. O cliente deve ser orientado sobre: F F F F F ESTA ORIENTAÇÃO É A BASE PARA GARANTIR UMA ADEQUADA NOTIFICAÇÃO E POSSIBILITAR A IDENTIFICAÇÃO DE “SURTOS” DE EVENTOS ADVERSOS. Evento adverso comum ou esperado que se apresenta com maior intensidade ou freqüência. Caso o cliente retorne à unidade de saúde com queixa relacionada à vacinação, o evento adverso em questão deve ser notificado. Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS74 Na vacinação contra o sarampo podem ocorrer os seguintes eventos comuns ou esperados: Quais são os eventos adversos que estão associados ao componente do sarampo existente na vacina tríplice viral? Encefalite e Panencefalite Esclerosante Subaguda (PEESA – doença degenerativa do sistema nervoso central). Devem ser notificadas e adequadamente assistidas. Contra-indicam a aplicação de doses posteriores desta vacina e da tríplice viral. Exigem NOTIFICAÇÃO IMEDIATA. Púrpura trombocitopênica: Caracterizada por manchas violáceas ou arroxeadas na pele, que aparecem até 2 meses após a vacinação. Geralmente, ocorre em crianças que anteriormente apresentaram história de púrpura. Contra-indica dose subseqüente desta vacina e da tríplice viral. Exige NOTIFICAÇÃO IMEDIATA. Choque anafilático. Caracterizado por hipotensão arterial ou choque associado à urticária, edema de face, laringoespasmo. Contra-indica dose subseqüente desta vacina e da tríplice viral. Exige NOTIFICAÇÃO IMEDIATA. São relatados eventos adversos que ocorrem muito raramente, tais como: Cefaléia (dor de cabeça). É um evento de evolução rápida, observado em adolescentes após o sétimo dia de vacinação. Não contra-indica doses subseqüentes da vacina e devem receber tratamento sintomático. Mal-estar geral, coriza e tosse, semelhante aos sintomas de um resfriado comum (período denominado como prodrômico no sarampo). São freqüentes e evoluem favoravelmente, se não houver outras complicações. Não contra-indicam doses subseqüentes da vacina e devem receber tratamento sintomático. Evento adverso comum ou esperado que se apresenta com maior intensidade ou freqüência. Caso o cliente retorne à unidade de saúde com queixa relacionada à vacinação, o evento adverso em questão deve ser notificado. Evento adverso que contra-indica dose seguinte da vacina e exige notificação. Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 75 Que eventos adversos estão relacionados ao componente da caxumba existente na vacina tríplice viral? Quais são os eventos adversos que estão associados ao componente da rubéola existente na vacina tríplice viral? No caso da vacina monovalente contra a rubéola, os eventos adversos são: A linfadenomegalia (íngua) que ocorre de 07 a 21 dias após a vacinação. Não contra-indica doses posteriores da vacina. A artrite (inflamação nas articulações), que é mais intensa e freqüente nos adultos. Aparece, geralmente, de 07 a 21 dias após a vacinação. Caracteriza-se por comprometimento das articulações dos dedos, cotovelos, joelhos e tornozelos, ficando a movimentação destas partes do corpo prejudicada. Neste caso, o evento deve ser notificado e o cliente receber assistência adequada. Algumas reações inflamatórias que aparecem nas pessoas que contraem a doença caxumba podem, também, ocorrer após a vacinação. Estes eventos são raros, sem gravidade. Não contra-indicam dose posterior da vacina. Estas manifestações são: Manifestações neurológicas como: Encefalite e meningite asséptica, sendo esta última a mais comum. A freqüência da meningite varia de acordo com o tipo de vírus vacinal da caxumba utilizado, pois algumas cepas (frações do vírus) são mais reatogênicas que outras (isto é, provocam mais reações). Contra-indicam dose posterior desta vacina e da tríplice viral. Exigem NOTIFICAÇÃO IMEDIATA. Parotidite (inflamação das glândulas parótidas). Este evento deve ser notificado. Além destes eventos descritos acima, o componente da caxumba pode ocasionar: F Ooforite (inflamação dos ovários) e Orquite (inflamação dos testículos). Não precisam ser notificados. A vacina contra a rubéola apresenta-se em 3 formas: Como produto isolado (vacina da rubéola monovalente), associada à vacina do sarampo (vacina dupla viral), ou associada à vacina do sarampo e da caxumba (vacina tríplice viral). Evento adverso que exige notificação. Evento adverso que contra-indica dose seguinte da vacina e exige notificação.
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