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Guias e Dicas
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Revista Enfermagem .84 Corem-sp, Notas de estudo de Enfermagem

Revista Enfermagem

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 05/02/2011

daniel-palin-2
daniel-palin-2 🇧🇷

4.8

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Baixe Revista Enfermagem .84 Corem-sp e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 | 1 Publicação Oficial do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo COREN-SP visita RTs do Vale do Ribeira COREN Faz COREN-SP Itinerante: Pesquisa revelará perfil da Enfermagem brasileira Atualidades ano 11 • nº 84 • Fev/2010 Novos caminhos para a Enfermagem paulista 2 | Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 ( ) F az a difer ença no m erca do d e tra balh o. ( ) F oco n a éti ca e no re speit o à v ida. ( ) N o cur rícul o do s me lhore s pro fi ssio nais. ( ) T odas as a ltern ativa s ant erior es. Pós-Gr aduaçã o São Cam ilo Inscrições Abertas Ser um profi ssional atualizado é mais do que ter informação: é abordar as questões importantes da atualidade sob a luz da ética e do respeito à vida. 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O principal objetivo das reuniões é aproximar ainda mais as entidades que representam a enfermagem e, consequentemente, fortalecer a profissão, além de discutir decisões que afetem a categoria. Durante a primeira reunião plenária, após uma breve apresentação de cada uma das 18 entidades presentes, discutiram-se as regras de utilização do CAPE pelas diversas entidades de enfermagem e a contrapartida da oferta de aulas e cursos para os profissionais. Foi unanimidade entre os presentes a importância do CAPE para a sociedade e para os profissionais de enfermagem, assim como a ousadia do COREN-SP neste investimento. Também foram discutidos outros assuntos mais pontuais, como o 2º SEPAGE, o 1˚ Fórum de Enfermagem do COREN-SP, que acontece em maio, o ônibus do COREN- SP Itinerante e a futura TV COREN. A segunda reunião plenária aconteceu no dia 18 de janeiro e uma das principais pautas foi a união das entidades na campanha pelas 30h (Projeto de Lei nº 2295/2000). Houve um consenso sobre a necessidade desta união para demonstrar a força da categoria. Discutiu-se, por exemplo, a possibilidade do aluguel de cinco ônibus, que levariam os profissionais até Brasília à época da votação do projeto na Câmara dos Deputados. Para isso, formou- se uma comissão com representantes do COREN-SP, ABEn-SP, ABESE, SEESP e SINDSAÚDE para a captação e organização de profissionais de enfermagem para deslocamento até Brasília. Também ficou decidida a confecção de camisetas e faixas com frases de impacto para o evento bem como a criação de um logo representando a união das entidades tanto para essa ocasião quanto para futuras. A plenária volta a se reunir em fevereiro, quando se deve discutir o projeto de um possível Fórum Sindical Paulista e os próximos passos da manifestação pelas 30h. C O RE N fa z Representantes das entidades de enfermagem se reúnem no plenário do CAPE Plenária Corporativa discute rumos da enfermagem 6 | Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 Mais uma iniciativa do COREN-SP reuniu centenas de enfermeiros para discutir questões que envolvem a profissão. Desta vez o foco foi o profissional e a equipe, com abordagem que levou em conta as estratégias que compõem equipes competentes e bem-estruturadas e as ações internas voltadas para a valorização profissional. O I Fórum Paulista de RH em Enfermagem aconteceu nos dias 12 e 13 de novembro, na Universidade Paulista – UNIP, em Ribeirão Preto. Os trabalhos foram abertos pelo Assessor de Desenvolvimento Institucional do COREN-SP e responsável pelo PGQ (Programa Gestão com Qualidade), Dr. Sérgio Luz, que destacou a importância em fortalecer a política de gestão de pessoas nas instituições, com ações voltadas ao aprimoramento do colaborador e ao desenvolvimento científico da profissão. “Além de capacitar o profissional, também precisamos criar mecanismos para avaliar a eficiência deste treinamento”, enfatizou. Representando o presidente do COFEN, Dr. Manoel Neri, o Dr. Claudio Souza destacou a importância da iniciativa do COREN-SP em organizar o I Fórum Paulista de RH. “O Conselho Federal de Enfermagem se sente prestigiado e honrado em participar de mais um evento de relevante importância para os profissionais de enfermagem”, comentou. Para encerrar a mesa de abertura, o presidente do COREN-SP, Dr. Claudio Porto, lembrou que em apenas um ano todas as metas e os planos da gestão 2008- 2011 já foram implantados. “Estamos completando um ano de gestão e já colocamos a termo todos os planos, todas as metas que esperávamos alcançar até o fim desta gestão. Este é mais um passo no projeto de melhoria da qualidade da formação do profissional de enfermagem”, complementou. Nos dois dias de palestra, o evento reuniu 370 profissionais que debateram políticas de gestão de pessoas em enfermagem. As palestras foram ministradas por profissionais renomados na área de RH e saúde e destacaram as tendências, as práticas inovadoras e os bons resultados alcançados através de uma política de gestão de pessoas eficiente e alinhada com as necessidades das instituições. “Os temas foram cuidadosamente escolhidos para abranger e atingir a realidade vivida pelos enfermeiros gestores nas instituições de saúde. Nestes dois dias de Fórum, pudemos conhecer experiências bem- sucedidas, políticas de gestão, técnicas de avaliação, além de abrir espaço para que os profissionais tirassem dúvidas e trocassem experiências”, avalia o Dr. Sérgio Luz. Equipes vencedoras e gerenciamento de pessoal No primeiro dia do Fórum (12/11), o ciclo de palestras começou com a Dra. Helen Maria Benito Scapolan Petrolino, Gerente de Desenvolvimento de Enfermagem do Hospital Sírio-Libanês, que trabalhou com o tema ‘Equipes vencedoras, qual o segredo?’. A enfermeira destacou a experiência do hospital em valorizar a aprendizagem e o desenvolvimento profissional dos colaboradores alinhado ao perfil de competência do cargo como um fator primordial para o sucesso da equipe que reflete diretamente na qualidade da assistência. A Dra. Helen apresentou o organograma da instituição, ressaltando que as premissas de gestão do Sírio-Libanês se apoiam na relação de longo prazo, na liderança pelo exemplo, na manutenção de um ambiente de constante aprendizagem e na integração entre áreas e equipes, sempre com foco nos resultados e na eficiência. Os trabalhos continuaram com a palestra Dimensionamento de Pessoal, ministrada pela Dra. Cleide Mazuela Canavezi, vice-presidente do COREN-SP, que destacou que a atividade gerencial do enfermeiro deve prover e manter pessoal de enfermagem qualificado e em número suficiente, garantir a continuidade da assistência (necessidades diretas e indiretas e vigília) e promover assistência livre de danos. A Dra. Cleide ressaltou a necessidade de estabelecer processos Da esq. para a dir. Dr. Claudio Souza, o presidente do COREN-SP, Dr. Claudio Porto, e o Assessor de Desenvolvimento Institucional do COREN-SP e responsável pelo PGQ (Programa Gestão com Qualidade), Dr. Sérgio Luz, na cerimônia de abertura. C O RE N fa z I Fórum Paulista de RH em Enfermagem Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 | 7 de trabalhos que englobem manual de procedimentos, protocolos, rotinas, regimento, modelo gerencial, avaliação e retroavaliação, entre outros. Ainda dentro deste tema, a palestrante abordou a necessidade em se conhecer e implementar indicadores e que o embasamento para todas as ações deve ser a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), que legitima e embasa a prática, e o Sistema de Classificação de Pacientes (SCP), que é uma ferramenta administrativa que proporciona ao Enfermeiro estabelecer o grau de dependência de um paciente para quantificar e qualificar a equipe de Enfermagem, utilizando o Método de Escore de Schein/Rensis Likert. Para demonstrar exemplos práticos de dimensionamento de pessoal várias situações foram simuladas para unidades de atendimento, levando em conta o nível de cuidado de cada paciente, taxa de ocupação, jornada semanal dos profissionais e o tempo de assistência a cada paciente. Na sequência, a Dra. Hilcides Fernanda Ferrari Allucci, apresentou a palestra ‘Avaliação de Desempenho – Estratégia de Desenvolvimento’ em que destacou as novas diretrizes em relação à estratégia e à gestão de pessoas. A quebra de paradigmas trouxe novas competências que passaram a ser valorizadas dentro da instituição. “O modelo de gestão por competências criou parâmetros para desenvolver as pessoas para implantar estratégias. Porém, não podemos esquecer que as competências devem ser contextualizadas e ‘customizadas’ para cada organização”, destacou. Segundo a profissional, a avaliação das competências deve ser realizada 360º, através de um processo que consiste em ler a competência do colaborador (seu subordinado/ par/superior), lembrar uma situação típica e recorrente relativa à competência descrita, avaliar a situação da competência (‘não é desenvolvida’, ‘desenvolvimento’, ‘aplica’ ou ‘excelência’), fazer comentário de cada competência no nível avaliado, realizar feedback e o consenso e, por fim, apresentar plano de ação. O clima informal marcou o talk show ‘Cuidar de quem cuida – cases de sucesso’, que encerrou a programação do dia. Com mediação da Dra. Isabel Cristina Kowal Olm Cunha, Professora Adjunta do Departamento de Enfermagem da Unifesp e Coordenadora Técnica do Projeto Competências COREN-SP, o debate contou com a presença das Enfermeiras Dra. Floracy Gomes Ribeiro, Dra. Maria de Fátima Paiva Brito, Dra. Noemi Marisa Brunet Rogenski e Dra. Rosa Bosquetti. Riscos ocupacionais e avaliação de treinamento No segundo dia de evento (13/11) os trabalhos foram abertos pela Dra. Maria Angélica Giannini Guglielmi, vice-presidente da Associação Nacional de Enfermagem do Trabalho e Conselheira do COREN-SP. A palestrante trouxe o tema ‘Riscos ocupacionais: como evitá-los’, onde abordou o conceito de risco ocupacional e levantou as questões: ‘Em um local idealizado para o cuidar pode haver risco?’ e ‘É possível evitá-los?’. Para respondê-las, Angélica explicou que é preciso uma análise do cenário que englobe os riscos, aspectos culturais e o estilo de vida. “Esta análise é um processo complexo que exige técnicas multidisciplinares”, ressaltou. Na sequência, a palestrante destacou que a base para a criação de um Programa de Promoção, Prevenção e Proteção da Saúde do Trabalhador deve levar em conta princípios de higiene ocupacional; segurança do trabalho; ergonomia; nutrição e aspectos psicossociais. Também é fundamental prever ações de biossegurança com foco No segundo dia de evento, a Dra. Maria Angélica Giannini Guglielmi apresentou a palestra ‘Riscos ocupacionais: como evitá-los’. C O RE N fa z 10 | Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 Após as apresentações, a mesa foi aberta a perguntas do público, para discussão de temas referentes às Comissões. E a participação do público foi intensa. Foram colocados em pauta tópicos desde o gerenciamento de erros, o processo de abertura de sindicâncias e como lidar com erros que não partem da enfermagem, mas dos médicos, até questões sobre o arquivamento das sindicâncias, o processo de sucessão de gestões e problemas com a legibilidade das receitas médicas. Muitas questões do cotidiano das CEEs foram debatidas e, não fosse o tempo ter se esgotado, haveria assunto para horas de discussão. Erro humano e segurança do paciente Após pausa para o almoço, foi a vez de a Profa. Dra. Mavilde da Luz Gonçalves Pedreira emprestar um pouco de seu conhecimento ao público presente. Em palestra agradável e cheia de informações, a professora discutiu a questão do erro humano e da segurança do paciente. A palestrante demonstrou dados sobre segurança ao redor do mundo e explicou que, atualmente, o desejado é que se entenda o erro como consequência de uma série de problemas do sistema, e que a busca pela solução desses problemas seja prioridade – e não apenas a punição a quem erra. Porém, ela ressalta: “Embora não-intencional, todo erro é evitável. A solução é criar processos que tornem mais fácil fazer o certo e mais difícil fazer o errado”. Dra. Mavilde deu destaque a pequenos detalhes que, embora pareçam sem importância, podem representar a diferença entre a vida ou a morte de um paciente. “O erro pode partir do não-atendimento de uma necessidade humana básica”, alertou a professora. Ela exemplificou com o caso de um senhor que precisava de comadre. Ele estava ao lado de outro paciente que teve um bloqueio atrioventricular. Com o plantão noturno reduzido, ele tocou a campainha para pedir a comadre, e a profissional, ocupada, disse que voltava em alguns minutos para atendê-lo. Passaram-se alguns minutos e ela não voltou. Observando a correria da equipe médica e de enfermagem, o paciente tentou se levantar para ir ao banheiro sozinho. Ele acabou caindo e fraturando o fêmur, teve que passar por uma cirurgia, em que contraiu uma infecção e veio a óbito por sepse. A palestra seguiu com muitos outros exemplos de eventos adversos evitáveis e, ao final, a mensagem que a professora deixou foi categórica: “O foco deve ser primeiro no ser humano, depois na cura”. O evento atraiu mais de 200 profissionais e foi bastante elogiado. Helena Ondina Almeida Braz, do Hospital e Maternidade São Camilo de Santana, fez questão de comentar: “Aqui, resgatamos coisas que se perderam lá atrás. Questões de ética e da própria educação que se recebe em casa. Hoje, procuramos onde está o erro, buscando nas faculdades, nas instituições de saúde, mas a questão é mais profunda do que isso. O problema vem de dentro de casa. São os pais querendo que os professores eduquem seus filhos, é uma questão muito complexa. Então, estudar a ética e a bioética é primordial na área de saúde, na qual precisamos desenvolver o cuidado de pensar sempre no outro”. C O RE N fa z Superintendente Técnica do COREN-SP, Dra. Maria Angélica Rosin Público acompanha mesa-redonda “Aprendendo com os erros” Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 | 11 Desde que foi implantado, o Projeto Competências realizou um grande levantamento que mapeou 11 competências (liderança, comunicação, tomada de decisão, negociação, trabalho em equipe, relacionamento interpessoal, flexibilidade, empreendedorismo, criatividade, visão sistêmica e planejamento e organização) necessárias aos enfermeiros Responsáveis Técnicos (RTs). Estas competências foram reunidas em uma cartilha que vem sendo distribuída e, agora, estão sendo desenvolvidas pelo COREN-SP através de oficinas. “Nas oficinas trabalhamos diretamente com os RTs, com foco no desenvolvimento destas competências”, explica a coordenadora do Projeto Competências, enfermeira Dra. Isabel Cristina Kowal Olm Cunha. Em dezembro do ano passado, o Projeto realizou duas oficinas. A primeira trabalhou com os temas ‘tomada de decisão’ e ‘comunicação’ e a segunda, com as competências ‘negociação’ e ‘liderança’. Os encontros foram conduzidos pelas enfermeiras Dra. Celina Castagnari Marra e Dra. Luzia Helena Vizoná, ambas membros da Equipe de Trabalho do Projeto Competências. Participante das oficinas, a RT do Hospital Itacolomy Butantã Mara Porto ressalta a importância do Projeto Competências para o crescimento profissional, pois agrega mais experiência à rotina de trabalho do gestor. “O Projeto é excelente, pois além do conhecimento teórico proporciona uma grande troca de experiências com outros profissionais”, destaca Mara. Ainda em 2009 o Projeto, em parceria com o Programa de Gestão com Qualidade - PGQ também do COREN-SP, realizou oficinas abordando o tema ‘comunicação’ tanto em São Paulo como em todas as subseções, privilegiando também as enfermeiras RTs do interior. Para estas oficinas, além das enfermeiras já citadas, participaram como instrutoras Dra. Lore Cecília Marx, Dra. Leonice Santos, Dra. Márcia Rodrigues e Dra. Sueli Santos Oliveira, também membros do grupo de trabalho do Projeto. Para o primeiro semestre deste ano haverá outras oficinas para abordar as demais competências. As oficinas acontecem sempre no CAPE, com dois temas por dia em quatro turmas, pois ambos são trabalhados tanto no período da manhã quanto da tarde, ampliando o número de vagas disponíveis. “O resultado tem sido bastante positivo. Já abordamos quatro das 11 competências mapeadas com a participação de 300 profissionais”, complementa Isabel. Paralelamente às oficinas de capacitação para RTs, o grupo de trabalho elaborou um projeto em que vai ouvir, por amostragem em Grupos Focais, os profissionais Técnicos de Enfermagem do estado, com o objetivo de estabelecer as competências e propor os modelos de oficinas para esta categoria. “Também estenderemos o Projeto Competências para os Técnicos de Enfermagem. Após identificar as competências que esta categoria precisa para atuar com qualidade ofereceremos a capacitação”, destaca Isabel. O grande desafio do Projeto para 2010 é levar o programa de capacitação nas 11 competências para todos os 10 mil RTs do Estado de São Paulo. “No início vamos trabalhar com um grupo piloto, os resultados serão avaliados e aprimorados para que, no segundo semestre, o programa possa ser levado para o interior do estado”, revela Isabel. Inscrições e programação disponíveis no site do COREN- SP (www.coren-sp.gov.br). Até o momento, as oficinas capacitaram 300 RTs, em quatro competências. As demais competências serão trabalhadas ainda no primeiro semestre de 2010. A enfermeira Mara Porto ressaltou que, além do conteúdo teórico, as oficinas são uma boa oportunidade de trocar experiências com outros profissionais. Projeto Competências inicia nova etapa 12 | Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 Em mais um projeto da Gestão 2008-2011 do COREN-SP, o Conselho abre as portas de sua sede, em São Paulo, para visitas de estudantes de escolas e universidades de enfermagem, bem como profissionais, instituições, sociedades, associações e empresas. Trata-se do Programa Visite o COREN-SP. O objetivo da visita, que dura aproximadamente duas horas, é esclarecer dúvidas e fornecer informações sobre condutas ético-profissionais e sobre os serviços prestados pelo COREN-SP aos profissionais de enfermagem e à sociedade, além de fortelecer o elo entre o Conselho e a categoria profissional. Para a conselheira Maria Angélica Guglielmi, coordenadora do progra- ma, é importante conscientizar os profissionais e futuros profissionais sobre a importância do papel do COREN na fiscalização e disciplina do exercício profissional, valoriza- ção da categoria e colaboração para o desenvolvimento profissional. “Desta forma, o Conselho está ze- lando pelo bom conceito da profis- são e dos que a exercem”, afirma. Em apenas dois meses, mais de 300 visitantes já passaram pelo Visite o COREN-SP, entre profissionais e estudantes de enfermagem. Felipe Vidal Ferreira, aluno de pós- graduação em enfermagem do trabalho, foi um dos visitantes que passaram pelo programa. Após ser recebido no auditório, no oitavo andar do prédio da sede, Felipe e seus colegas acompanharam a palestra da Dra. Maria Angélica Guglielmi, que apresentou o Conselho, suas funções, deveres e projetos. Depois da palestra, a conselheira abriu espaço para perguntas diversas do público para, depois, apresentar aos visitantes as instalações e os diversos setores que compõem a sede do COREN. E as impressões não poderiam ser melhores. Segundo Felipe, é fundamental para quem já pertence ou que está entrando no mercado de trabalho, conhecer de perto o seu Conselho Profissional. “Adorei a visita. Pude conhecer de fato como funciona o COREN, como o Conselho atua no dia a dia e o que ele oferece para os profissionais de enfermagem. É um Conselho que nos ampara nos momentos em que mais precisamos e que sempre está de portas abertas para o profissional”, elogia. Profissionais do Vale do Ribeira visitam o Conselho Cerca de 30 profissionais do Vale do Ribeira, onde o ônibus do COREN-SP Itinerante esteve no começo de janeiro, estiveram em São Paulo para conhecer de perto as dependências de seu conselho profissional. Além da visita na sede, os convidados do interior do estado também puderam conhecer o Centro de Aprimoramento Profissional de Enfermagem Dra. Wanda de Aguiar Horta – CAPE. Foi também a oportunidade para a primeira demonstração prática do programa de treinamento que simula situações reais de assistência de enfermagem, através dos modernos bonecos adquiridos pelo CAPE. A simulação aconteceu no laboratório e foi transmitida em tempo real – através de áudio e vídeo –, para o auditório principal do Centro, de onde os visitantes puderam observar, discutir e realizar um exercício de observação da cena. Dra. Juracema Azevedo e Dra. Cristina A. S. Oliveira são duas das enfermeiras que estavam no grupo do Vale do Ribeira. Elas deixaram suas impressões sobre a visita. “O nosso Conselho é muito bem estruturado. São coisas assim que mudam e valorizam a imagem da enfermagem. Desde a primeira palestra do Programa Gestão Com Qualidade [PGQ], de que eu participei, eu já saí maravilhada. Lembro que, na época, eu estava meio em dúvida em relação às minhas escolhas, mas a partir dali eu tive certeza: eu sou enfermeira e, se tivesse que escolher de novo, escolheria enfermagem novamente, porque ali eu me senti valorizada como profissional”, contou Juracema. “Com certeza, são coisas deste tipo que aumentam a nossa satisfação em ser enfermeira. Agora estamos vendo as portas do Conselho abertas, estamos vendo o COREN visitar as regiões mais afastadas da capital com o ônibus, entre outras coisas, então isso traz muita valorização profissional”, elogiou Cristina. Até julho deste ano, pelo menos outras quatro visitas de grupos de enfermeiros Responsáveis Técnicos do interior de São Paulo já estão pré-agendadas. O Visite o COREN-SP atende grupos de no mínimo cinco pessoas. Para agendar sua visita, os interessados devem entrar em contato pelo e-mail visiteocoren@coren-sp.gov. br, ou pelo telefone (11) 3225-6372. Para mais informações, acesse: http://www.coren-sp.gov.br/drupal6/node/3923. C O RE N fa z Programa apresenta o COREN para profissionais e estudantes Grupos de profissionais e estudantes podem agendar visitas à sede do COREN-SP Profissionais do Vale do Ribeira acompanham simulação em tempo real no auditório do CAPE Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 | 15 PG Q Cronograma da Edição 2010 Prêmio COREN-SP Gestão com Qualidade A Presidência do COREN-SP, em conjunto com a Assessoria de Desenvolvimento Institucional – ADI, deliberou o cronograma para o Prêmio COREN-SP Gestão com Qualidade – edição 2010. De acordo com o Dr. Sérgio Luz, este ano o COREN-SP premiará duas áreas de atuação da enfermagem: Ensino e Hospitalar. O instrumento de avaliação da Dimensão Ensino já está pronto, serão 120 itens de avaliação. “Neste momento, estamos revendo os últimos detalhes do Manual de Orientação para liberarmos aos RTs (Responsáveis Técnicos) para download”, enfatiza Luz. O 2º Seminário Paulista de Gestão em Enfermagem, que acontecerá nos dias 15,16 e 17 de março de 2010, terá em sua segunda edição uma Sessão Pôster dedicada à divulgação de Boas Práticas em Gestão. Segundo informações da Assessoria de Desenvolvimento Institucional foram recebidos 155 trabalhos de diversos municípios do estado de São Paulo. Na 1ª Fase, os trabalhos serão avaliados por uma comissão de especialistas. Na sequência os trabalhos selecionados participarão da Sessão Pôster e serão avaliados por uma nova Comissão. “Nossa expectativa é selecionar 40 trabalhos para a 2ª Fase”, ressalta o Dr.Sérgio Luz. A relação dos trabalhos selecionados será divulgada até o dia 15.02, no site do COREN-SP – www.coren-sp.gov.br Cronograma – edição 2010 
 2º SEPAGE recebeu 155 trabalhos sobre Boas Práticas de Gestão para a Sessão Pôster JAN | FEV | MAR Etapa 1 - Liberação dos Critérios para o Prêmio Edição 2010 AGO | SET Etapa 4 - Visita dos avaliadores às Instituições e divulgação das premiadas ABR | MAI Etapa 2 - Inscrição das Instituição Interessadas OUT Etapa 5 - Cerimônia de entrega do Prêmio DEZ Curso preparatório de avaliadores do Prêmio COREN-SP Gestão com Qualidade JUN | JUL Etapa 3 - Seleção das Instituições Candidatas NOV Etapa 6 - Envio do relatório de avaliação das candidatas 16 | Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 C A PA COREN-SP Itinerante: indo aonde a enfermagem está Marli Vosniak e Milton Novaes aguardam atendimento no ônibus do COREN-SP O enfermeiro Josias da Silva aprovou a iniciativa do COREN-SP H ir ot o Yo sh io ta Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 | 17 O ano de 2010 começou com uma grande novidade para a enfermagem paulista. No dia 5 de janeiro, às 8 horas da manhã, tiveram início as atividades do ônibus que vai levar o Conselho de Enfermagem para os quatro cantos do estado: o COREN-SP Itinerante. Compromisso assumido pela gestão 2008-2011, ainda em novembro de 2008, o COREN-SP Itinerante já é realidade para a enfermagem paulista, em especial para os profissionais residentes e atuantes na região do Vale do Ribeira. A primeira parada do ônibus foi na cidade de Pariquera- açu, onde está localizada a instituição de saúde referência para a região - o HRVR, Hospital Regional do Vale do Ribeira, que conta com 315 dos 404 profissionais do município. Antes mesmo do horário marcado para a abertura das portas do ônibus, um pequeno grupo já se concentrava no pátio do Centro de Saúde de Pariquera-açu – local cedido pela Prefeitura Municipal para que o veículo pudesse receber os profissionais. Alguns chegaram cedo, para cumprir com as obrigações legais e conhecer a novidade. Rosélia Maria dos Santos Araújo, do Hospital Regional do Vale do Ribeira, aproveitou o COREN-SP Itinerante para ser poupada de uma longa viagem.“Foi bem prático o COREN ter mandado o ônibus para cá. Eu estava planejando ir para Santos, ia perder o dia todo...”. Assim como Rosélia Maria, milhares de profissionais em todo o estado de São Paulo enfrentam, pelo menos duas vezes, durante suas vidas profissionais, um caminho nem sempre tão curto, em direção à subseção do COREN-SP mais próxima de suas cidades. E foi pensando nestes milhares de profissionais que a Gestão 2008-2011 lançou este projeto inovador, que não apenas poupa muitas pessoas de serem obrigadas a perder um dia de trabalho ou de folga, mas também evita que ainda gastem o valor de passagem – por vezes, também de hospedagem – para manter-se em dia com o que a legislação determina. O Vale do Ribeira, reconhecidamente a região mais carente de uma série de recursos dentre todas as regiões do estado, pareceu aos Conselheiros do COREN-SP ser a escolha natural para iniciar a jornada do ônibus. “São profissionais que já enfrentam dificuldades cotidianamente. Era necessário não apenas esta atenção e carinho para com estes colegas, mas, principalmente, tínhamos a obrigação de demonstrar nosso respeito para com a enfermagem do Vale do Ribeira”, explica o presidente do COREN-SP, Cláudio Alves Porto. A reação dos profissionais ao deparar com a estrutura do COREN-SP Itinerante parece confirmar a crença do presidente do Conselho. “Achei excelente o ônibus. A dificuldade de quem mora no Vale para chegar a São Paulo ou a Santos é grande. Vou falar para todos os colegas virem. Deus sempre vai abençoar. É uma maravilha!”, empolgou-se Luis Alves, que saiu do município de Jacupiranga para buscar os serviços do ônibus em Pariquera-açu. A Técnica de Enfermagem Silvia Andréa dos Santos também só precisou fazer uma viagem curta para ir até o COREN. Vinda de Ilha Comprida, ela aprovou a novidade do Conselho: “Achei ótimo o ônibus ter vindo”. Apoio dos gestores de enfermagem Embora o potencial de benefício aos profissionais da região já fosse algo calculado e imaginado, a iniciativa poderia não ser tão bem sucedida, caso o COREN-SP não pudesse contar com o apoio dos Gerentes e Responsáveis Técnicos de Enfermagem das instituições de toda a região, que, informados pelo Conselho da ida do ônibus, incumbiram-se de realizar toda a divulgação da visita do veículo a toda a sua equipe. Maísa de Sousa, do Centro C A PA Conselheira Marlene Uehara Moritsugo realiza recadastramento no ônibus COREN-SP Itinerante Detalhe do ônibus: homenagem ao dia internacional da profissão 20 | Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 C A PA A enfermagem do Vale do Ribeira iniciou 2010 de um modo inédito e inesperado. Na primeira semana do ano, entre os dias 5 e 8 de janeiro, a região recebeu a visita conjunta do presidente do COREN-SP, Dr. Cláudio Alves Porto, e da presidente da ABEn-SP, Dra. Sarah Munhoz. Ambos estiveram presentes para o lançamento dos trabalhos do ônibus COREN-SP Itinerante e também para um encontro com os Enfermeiros Responsáveis Técnicos (RTs) das instituições de saúde do Vale do Ribeira. O encontro, que é parte integrante do programa “Café com o Presidente”, iniciado pelo Conselho em 2009, convida os RTs para uma conversa franca e aberta, onde a palavra é do profissional. “Viemos ouvi-los e saber o que o COREN pode fazer para auxiliá-los no exercício de suas atividades”, explica o presidente do Conselho. Os questionamentos e necessidades expostas pelos 17 enfermeiros presentes são diversos, muito em razão da diferença de área de atuação – instituição hospitalar, Programa de Saúde da Família, Centro de Saúde, SAMU. No entanto, uma preocupação é comum a todos – a deficiência na formação de novos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Criação de polo de capacitação de docentes O tema da precariedade na formação, tema recorrente em reuniões do “Café com o Presidente” anteriores, também é uma preocupação tanto do Conselho quanto da Associação Brasileira de Enfermagem. A este respeito, Cláudio Porto falou aos presentes sobre a impossibilidade legal de o COREN interferir em qualquer instância do ensino de enfermagem. No entanto, lembrou que existe uma parceria entre COREN-SP e ABEn-SP que visa minimizar as deficiências na formação de quem é responsável por ensinar novos profissionais. “O curso de capacitação e aprimoramento de docentes é um programa conjunto das duas entidades e age onde é legalmente possível, ou seja, capacitando e aprimoramento o enfermeiro docente para as práticas didáticas adequadas à formação de melhores profissionais”. Durante o encontro, Cláudio Porto e Sarah Munhoz se comprometeram a criar um polo de capacitação de docentes de enfermagem para o Vale do Ribeira. Uma ABEn para o Vale Outro tema exposto pelo grupo de RTs foi o desejo de criação de uma associação de enfermagem do Vale do Ribeira, onde seriam contemplados o estudo, o debate e ações voltadas para as peculiaridades da assistência de enfermagem naquela região. A este respeito, os enfermeiros saíram do encontro com o compromisso da presidente da ABEn-SP de mobilização para criação da ABEn-SP, seção Vale do Ribeira. Vale do Ribeira recebe COREN-SP e ABEn-SP Café com o Presidente reuniu Enfermeiros RT’s das instituições de saúde do Vale do Ribeira Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 | 21 COREN-SP 2009: uma revolução para a Enfermagem paulista Comunicação e relacionamento Promessa é dívida. E os conselheiros da Gestão 2008-2011 do COREN-SP honraram o compromisso firmado com a comunidade de enfermagem paulista, trazendo, durante o ano de 2009, uma verdadeira revolução no que tradicionalmente se conhecia da atuação do órgão. Muitas foram as inovações trazidas pela Gestão que, ainda recém-empossada, em novembro de 2008, já deu início aos muitos projetos previstos para os três anos de gestão. “A enfermagem não podia mais esperar”, lembrou, na época, Cláudio Porto, presidente do Conselho e líder do grupo de Conselheiros que, durante 2009, dedicaram todos os seus dias a transformar o COREN-SP em verdadeiro representante da categoria, um órgão pelo qual a enfermagem pode orgulhar-se de fazer parte. E as razões para isso não foram poucas. Relembre, a seguir, algumas das principais ações do COREN-SP em favor dos profissionais, realizados no ano que passou. Apresentar-se aos profissionais; abrir suas portas; comunicar-se; mostrar-se. A Gestão 2008-2011, que destaca a comunicação e a transparência como valores a serem cultivados pelo Conselho, criou em 2009 canais de relacionamento com seu principal público, originando veículos de informação e programas que convidam o profissional a conhecer o COREN-SP e seus gestores de perto. A Revista passou a trazer mais informações, mais páginas, projeto gráfico renovado e um novo nome – Revista Enfermagem. O portal www.coren-sp. gov.br traduz a revitalização total da antiga página do Conselho na internet, oferecendo aos profissionais conteúdo abordando os aspectos éticos e legais necessários ao exercício da enfermagem. O site www.coren-sp.gov.br é mais uma porta aberta do Conselho a toda a categoria. O Café com o Presidente foi uma inovação da gestão. Uma reunião diferente, com pauta livre, onde a palavra pertence não ao anfitrião, mas aos convidados. Em 2009 foram seis os encontros entre o Presidente do Conselho e Enfermeiros Responsáveis Técnicos (RTs) de Enfermagem, da capital e do interior. Revista Enfermagem • Julho/2009 | 1 Publicação Oficial do C onselho Regional de En fermagem de São Paulo quais as diferenças? Parto natural e parto normal: Ministério Público e C OREN-SP assinam termo de coo peração Credibilidade Conheça o mais novo espaço para o desenvolvimen to técnico e científico da Enferm agem CAPE ano 10 • nº 81 • Jul/20 09 22 | Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 C A PA Campanhas Promover a visibilidade e o esclarecimento e o reconhecimento dos profissionais de enfermagem em todo o estado de São Paulo foram as razões que levaram o COREN-SP a desenvolver campanhas publicitárias que expusessem ao grande público, por meio da TV, rádio, jornais e revistas, toda a capacidade e potencial da categoria. O ano de 2009 trouxe para os meios de comunicação quatro grandes campanhas. Durante as comemorações da Semana Brasileira de Enfermagem, o COREN-SP fugiu um pouco à tradicional abordagem de temas de ética e legislação e lançou um desafio aos profissionais, ao chamá-los à responsabilidade de assumir uma postura cidadã, enquanto profissionais que têm anseios e reivindicações. Em seguida, COREN-SP e COFEN apresentaram ao público em geral as vantagens do parto natural e destacaram o enfermeiro obstetra como profissional plenamente apto a conduzir o processo. A inauguração do CAPE – Centro de Aprimoramento Profissional de Enfermagem - também foi alvo de uma campanha publicitária. Foi importante mostrar à sociedade que a enfermagem é uma profissão que investe em sua atualização técnica e científica e que, para isso, pode contar com toda a estrutura de auditórios e laboratórios de técnicas do CAPE. A campanha marcou a primeira participação da atriz Marieta Severo na divulgação das ações do COREN-SP pela enfermagem, que repetiu sua participação na campanha Categorias, explicando à sociedade algumas das diferenças entre os diferentes profissionais de enfermagem. Investir no saber, na atualização e reciclagem de conhecimentos foram bandeiras da Gestão desde seu início. E esta preocupação foi expressa através da promoção de uma série de atividades e desenvolvimento de programas ao longo do ano. Primeiro fruto da reaproximação entre Conselho de Enfermagem e Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn-SP), o Curso de Capacitação e Aprimoramento de Docentes está tornando dezenas de docentes de enfermagem de São Paulo em verdadeiros agentes de formação e transformação dos futuros profissionais que em breve estarão no mercado. A parceria entre COREN-SP e ABEn-SP proporciona aos docentes os melhores instrumentos para o ensino ético e responsável da enfermagem. O PPA, Programa Portas Abertas, é um programa que já se tornou tradição entre muitos profissionais de enfermagem e que em 2009, foi ampliado para os profissionais. Já o Centro de Aprimoramento Profissional de Enfermagem (CAPE) foi a iniciativa mais ousada e avançada do COREN-SP. Inaugurado em agosto de 2009, o CAPE recebeu, em menos de seis meses de funcionamento, 28 eventos científicos. Seus auditórios, salas de aula e laboratórios de técnicas estão equipados com o que há de mais moderno em termos de tecnologia da informação e do ensino. PROFISSIONAIS D E ENFERMAGEM: HOJE GANHAM V OCÊS. E A SOCIEDADE VA I GANHAR SEMPR E. CAPE, o único Cen tro de Aprimoram ento Profissional 100% voltado à E nfermagem, inicia suas atividades. O CAPE é um espaç o único, destinado a aprofundar o conhe cimento técnico, cie ntífico e cultural da Enfermagem. É uma iniciativa do COREN-SP, Conselh o Regional de Enfer magem, mais 40 as sociações, sociedad es, instituições e 4 sindicatos, que vai garantir uma pr ogramação acessíve l de cursos, seminár ios, palestras e ativi dades. Mas a grande novid ade do CAPE é que , pela primeira vez em sua história, a E nfermagem ganha um laboratório de simulação só seu , com bonecos que reagem como seres humanos. Aumenta r a qualidade dos se rviços de Enfermagem é b om para a sociedad e. CAPE. O melhor de cada um pelo be m de todos. “Aperfeiçoar a Enf ermagem é bom p ara o profissional e pa ra a saúde de todo s nós.” Marieta Severo R. Dona Veridiana, 2 98 • Santa Cecília • Tel.: 11 3223-7261 • São Paulo • SP D eB R IT O Anuncio CAPE Cor en 40.4x26.6 final.i ndd 1 24/08/09 13:50 Educação/atualização técnica e científica Enfermeiro coordena a equipede Enfermagem, participa e executaprocedimentos de alta complexidade.Tem formação superior. A cor de suacarteira de identificação é verde. Técnico de Enfermagem realiza aprescrição de cuidados ao paciente demédia complexidade determinados pelo Enfermeiro. Tem formação técnica. A corde sua carteira de identificação é azul. Auxiliar de Enfermagem executaatividades de rotina, garantindo confortoe bem-estar ao paciente. Tem formaçãotécnica básica. A cor de sua carteirade identificação é vermelha. A supervisão da assistência de Enfermagemé privativa do Enfermeiro, que planejae organiza os serviços da assistência. Enfermeiro, Técnicoe Auxiliar de Enfermagem. O melhor de cada umpelo bem de todos. COREN-SP é o órgão que fiscaliza e disciplinao exercício profissional de Enfermagem, o quegarante à sociedade uma assistência ética,científica e de qualidade. Só profissionaisinscritos no conselho podem exercer a profissão. É dever do profiss ional exercer a Enferma gem com ética e responsabilidad e. É direito do profiss ional exercer a Enferma gem com liberdade e autonomia. O Conselho Regional de Enfermagem, COREN-S P, aproveita a Semana da Enfermagem para homen agear seus profissionais e convi da cada Técnico, Auxilia r de Enfermagem e Enferm eiro a fazer uma reflexão sobre cidadania. Conhe cer profundamente os dir eitos e os deveres da profissão é exercer uma Enfermag em consciente, responsável e que busca melhorias pa ra todos, sempre. Esse é tam bém o conceito da cidad ania: direitos e deveres que qu ando praticados no dia a dia fazem o mundo melhor e beneficiam a todos. Para conhecer todos os s eus direitos e deveres, acesse www.corensp.org .br Semana da Enferma gem, de 12 a 20 de maio. Cidadania e Enferma gem. Exerça esse direito. É seu dever. D eB R IT O an20.2x26.6 final:L ayout 1 4/22/09 4: 50 PM Page 1 Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 | 25 O que o COREN-SP já planeja para 2010 O presidente do COREN-SP, Cláudio Porto, não nega que muitos dos programas desenvolvidos em 2009 foram pensados como projetos para serem desenvolvidos ao longo dos três anos da gestão. “Quase que realizamos os três anos em apenas um”, comemora. Mas, então, o que esperar para 2010? “Sabemos que a enfermagem paulista ainda tem muitas carências e estamos mapeando cada uma delas, para atuarmos em várias frentes em 2010 e 2011. Alguns novos programas já estão em andamento e teremos muitos outros mais adiante”. Cláudio lembra também que todos os programas bem-sucedidos de 2010 terão continuidade ao longo da gestão. Conheça, abaixo, alguns novos programas que serão desenvolvidos pelo COREN-SP ao longo de 2010. COREN-SP Itinerante O inovador projeto da Gestão 2008-2011 tornou-se realidade já nos primeiros dias de 2010. O ônibus do programa COREN-SP Itinerante fez sua primeira viagem para a região do Vale do Ribeira e realizou o atendimento a centenas de profissionais. (Veja reportagem completa sobre o ônibus na página 16.) CAPE O CAPE funcionará em 2010 em todo o seu potencial, com palestras frequentes, do COREN-SP e de seus parceiros, confirmando sua vocação de centro de aprimoramento 100% voltado para a enfermagem. Lançamento do Prêmio PGQ Assistencial Após estudo aprofundado a respeito da operacionalização e definição de critérios de avaliação – submetidos, inclusive, à consulta pública dos profissionais, através do site –, o Prêmio Gestão com Qualidade será oficialmente lançado, no segundo semestre deste ano, para abertura à participação dos gestores de enfermagem de instituições de saúde de todo o estado. Fórum Paulista de Enfermagem/ Campanha “Segurança do Paciente” O ano de 2010 foi escolhido pelo COREN-SP para tratar de um tema fundamental para a enfermagem: a segurança do paciente. Durante todo o ano, a Revista Enfermagem, o site do COREN-SP, as campanhas publicitárias e a própria Semana de Enfermagem estarão voltados para os diversos aspectos do tema. Nas próximas edições da Revista e no site, estas ações serão amplamente divulgadas. 2º SEPAGE Será realizada em março a segunda edição do Seminário Paulista de Gestão em Enfermagem, que trará novamente para a mesa de debates os principais desafios para os gestores de enfermagem. Mapeamento das competências dos Técnicos Uma nova etapa do Projeto Competências será consolidado em 2010, com o mapeamento das competências necessárias ao Técnico de Enfermagem, para sua atuação com excelência e qualidade. Inauguração de novas subseções Este ano, mais duas regiões ganharão subseções do COREN-SP. Os municípios de Botucatu e Itapetininga, que concentram um grande número de profissionais, serão beneficiados com instalações do COREN-SP. Além destas, os municípios com subseções já estabelecidas receberão novos imóveis. 26 | Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 Único hospital de Porto Ferreira, município a 227 km da capital, o Dona Balbina, mantido pela Irmandade de Misericórdia, experimentou, nos últimos anos, um grande crescimento e melhora nos seus serviços. Hoje quem caminha pelos corredores do hospital nota a diferença. A maternidade ganhou uma ala nova e as mamães já ficam com seus bebês em alojamento conjunto. Um novo centro de diagnóstico por imagem atende à população com equipamentos modernos. O pronto socorro também passou por reformas e o atendimento está mais eficaz, graças ao sistema de acolhimento com classificação de riscos. Todas as mudanças refletem na melhoria dos serviços prestados e no reconhecimento do usuário, que através da Pesquisa de Satisfação do SUS 2008/2009, colocou a instituição em 31º lugar, entre 600 hospitais pesquisados. Dentro deste processo a enfermagem teve papel importante na implantação das mudanças e, ao mesmo tempo, ampliou sua área de atuação dentro do hospital. “As mudanças foram gerais, porém a enfermagem foi o setor que passou pelas maiores alterações”, resume o coordenador de enfermagem Adenilson Alexandre da Silva, que tem doze anos de casa e há três ocupa este cargo. Em três anos o número de enfermeiros passou de cinco para 18 profissionais, que têm autonomia em suas áreas de atuação. A equipe conta ainda com 83 técnicos e três auxiliares. A redução do número de auxiliares se deu em função do estímulo para que estes profissionais se qualificassem ingressando no curso técnico. A base de todo este trabalho está na ação conjunta que une a gestão do hospital e a equipe de Enfermagem em busca de um mesmo fim. O resultado é a valorização da equipe de enfermagem que ganhou autonomia para suas ações e salários mais altos que a média da região. “A administração confia no nosso trabalho, assim temos liberdade para fazer seleção, contratar, demitir e até aplicar as punições, caso necessário. Também temos autonomia perante a equipe médica, o que trouxe para nós mais respeito”, destaca Adenilson. Para que a situação chegasse ao estágio atual, um longo caminho foi percorrido. O primeiro passo foi criar os manuais de sistematização da assistência. “Cada setor conta com sistematização específica, elaborada para aquela área, sempre levando em conta as necessidades do paciente, as ações de enfermagem e a realidade do hospital”, explica Adenilson. Desenvolvidas pela equipe, as fichas de sistematização também contribuíram para que a assistência de enfermagem ficasse ainda mais estruturada. As anotações realizadas pelos profissionais são rigorosas, assim a sistematização da assistência permitiu um maior controle das ações e dos trabalhos desenvolvidos, gerando estatísticas precisas que norteiam as atividades e o dimensionamento de pessoal. A capacitação interna e externa também é um diferencial na equipe do Hospital Dona Balbina. Os enfermeiros participam com frequência de cursos, palestras, seminários e congressos. “Quando notamos alguma deficiência na formação providenciamos o curso que é realizado dentro do próprio hospital. Para os eventos externos fazemos um revezamento e os profissionais que participam funcionam como multiplicadores do conteúdo”, ressalta o coordenador. Com uma equipe coesa e integrada os C ad er no d e G er en ci am en to Enfermagem de Porto Ferreira supera dificuldades e oferece assistência com qualidade Os 18 enfermeiros do Hospital D. Balbina têm autonomia para o desenvolvimento de suas ações. A sintonia entre a equipe reflete positivamente na qualidade da assistência prestada Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 | 27 C ad er no d e G er en ci am en to enfermeiros da instituição trabalham em sintonia com foco na qualidade da assistência prestada. “Lutamos por uma coisa comum e temos compromisso com a nossa profissão, isto é realmente um grande diferencial”, complementa Adenilson. Áreas de atuação Para reorganizar a assistência, a equipe de enfermagem, em um primeiro momento, trabalhou para desenvolver os manuais de normas e procedimentos, bem como as fichas adequadas para as anotações de enfermagem, para todos os setores (maternidade, clínica médica, monitorização, pronto socorro e centro cirúrgico). As outras ações vieram na sequência, de forma complementar. Com dezessete leitos, a maternidade do Hospital Dona Balbina realiza, em média, 70 partos por mês. A unidade conta com uma sala de parto normal, duas de cesárea e uma de pré-parto, além de sala de amamentação para os casos em que a mãe tem alta e o bebê permanece internado. Neste setor a equipe planejou as ações de enfermagem e elaborou o termo de responsabilidade para acompanhante. Dentre as novas ações propostas pelos profissionais também se destaca o alojamento conjunto e a orientação sobre aleitamento materno, além disso, todas as gestantes passam pela sistematização da assistência em enfermagem. “No máximo em 30 minutos após o parto o bebê já está com a mãe, em alojamento conjunto. A Enfermeira ensina a mãe a dar o primeiro banho. Também orientamos pai e mãe quanto à amamentação”, explica a enfermeira obstetra Regiane Faria. Outra iniciativa foi acionar a administração do hospital para conseguir doações de enxovais que são destinados às mães carentes. “Com a credibilidade do hospital frente à população está mais fácil contar com a ajuda da sociedade. Além dos enxovais, uma grande empresa disponibiliza kits com fralda e outros produtos de higiene para todas as mães. Também contamos com um estúdio da cidade que faz fotos dos bebês como brinde”, revela Adenilson. No caso de mães e bebês em condição de vulnerabilidade social, uma parceria com a Prefeitura garante que uma assistente social acompanhe mãe e bebê na hora da alta, prestando o atendimento adequado. Nos setores de clínica médica, monitorização e centro cirúrgico, a assistência ficou mais eficaz a partir da criação dos manuais que sistematizam as ações dos profissionais. “O relatório de enfermagem é feito diariamente. O enfermeiro do dia prescreve os cuidados e o da noite evolui. Tudo sempre muito bem documentado”, explica Adenilson. No pronto socorro a implantação do acolhimento com classificação de risco aperfeiçoou o atendimento, pois proporciona a rápida identificação dos casos mais graves. A triagem do risco é feita pelo enfermeiro, através de consulta, que encaminha para o médico conforme a necessidade e prioridade do paciente. A classificação de risco atribui uma cor para cada caso. Os pacientes em condições mais graves (prioridade 1) são identificados em amarelo, em condições de gravidade moderada (prioridade 2) em verde e a identificação azul é reservada às situações de menor grau de urgência (prioridade 3), que poderiam ser atendidos dentro da rotina das Unidades Básicas de Saúde. Os pacientes classificados na cor vermelha são imediatamente encaminhados para a sala de emergência, pois são os casos de extrema urgência. “Além da melhora no atendimento, o sistema de classificação de risco permitiu comprovar a demanda de atendimento de enfermagem, assim conseguimos contratar mais profissionais”, finaliza Adenilson. A técnica de Enfermagem Josilene Manin executa os primeiros cuidados ao recém-nascido 30 | Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 Cuidar de pacientes com doenças ameaçadoras da vida e que, muitas vezes, estão fora da possibilidade de cura, é a tarefa do profissional que atua em cuidados paliativos. As ações em cuidados paliativos, muitas vezes, têm início antes da fase terminal da doença, e vão se intensificando até os momentos finais de vida. “Mesmo quando a doença atinge uma fase em que não existe mais a chance de cura, sempre tem a possibilidade de controle, cuidado e conforto”. Os cuidados paliativos não se restringem apenas à última semana ou aos momentos finais de vida, existem pacientes que podem ficar em cuidados paliativos por meses e até anos. No momento em que inexiste a possibilidade de cura os cuidados paliativos são as únicas ações recomendadas.“O objetivo não é mais a cura, e sim aliviar o sofrimento físico, mental e espiritual do doente e família, trabalhando de modo colaborativo com vários profissionais de saúde, cada um dentro de suas atribuições”, explica a enfermeira Cibele Andrucioli de Mattos Pimenta, professora titular da Escola Enfermagem da Universidade São Paulo. Cuidado Paliativo é um conceito que propõe um ‘modo de fazer o cuidado’. “O profissional de enfermagem deve adotar uma postura de cuidado e interesse que deixe claro para o paciente que ele não será abandonado no fim da vida e que terá seu sofrimento físico, mental e espiritual aliviado. O profissional deve estar preparado para entender a tristeza de quem sabe que vai morrer e compreender a dor da família que antecipa que vai perder alguém e também para ajudar a família a suportar o luto”, complementa Cibele. Segundo a profissional o paciente também deve saber que nada será feito para antecipar o fim da sua vida, mas que ele e sua família, junto com a equipe, podem decidir não recorrer a intervenções fúteis. O paciente portador de uma doença terminal tem muitas alterações que necessitam de cuidados específicos. Sintomas como dor, fadiga, constipação intestinal, depressão, autoestima baixa, medo e raiva precisam ser controlados para se alcançar melhor qualidade de vida ao paciente, e os profissionais envolvidos com os cuidados paliativos estão capacitados para lidar com estas questões. As ações em cuidados paliativos se estendem também à família que, na maioria das vezes, está desesperançada, cansada e com muita dificuldade de cuidar do doente. “Para a família também é muito difícil, pois ela precisa cuidar de uma pessoa dependente de cuidados de higiene e de alimentação, além ter que aprender os cuidados com sondas, cateteres e medicação. O doente precisa ter os sintomas aliviados e a família tem que ser treinada para cuidar deste paciente, nesta fase tão difícil e desgastante a família necessita de muito amparo”, destaca a enfermeira. Em todo este processo a equipe de enfermagem pode ser muito especial e atuar de forma marcante. “A enfermagem está dentro dos hospitais, nos ambulatórios e também no domicílio. Ela é chave, pois tem habilidade para cuidar dos desconfortos físicos, de cateteres, curativos, sondas e drenos. O enfermeiro também tem formação para demonstrar empatia, ser solidário, educar e amparar no sofrimento”, destaca Cibele. As ações da equipe de enfermagem não se restringem aos pacientes internados, mas se estendem ao domicílio e aos familiares. Desafios da enfermagem A equipe de enfermagem precisa estar preparada para o cui- dado paliativo. “Se o enfermeiro não está preparado, acaba desempenhando um papel limitado que se restringe às ações gerais, corriqueiras, e isto é pouco perto do que a enferma- gem pode fazer”, avalia Cibele. Para a profissional saber que a enfermagem está lá só fazendo os cuidados básicos de admi- nistração de medicamentos e higiene é frustrante. “É possível ampliar o papel clínico do enfermeiro como atuar ativamente na avaliação e controle de sintomas como dor, constipação e fadiga, entre outros, por meio de métodos farmacológicos e não farmacológicos. O enfermeiro deve desenvolver ações planejadas de escuta e apoio ao doente e família, visando a minimizar a solidão e o medo do doente e família, aumentar o sentimento de pertencer, de estar conectado com seus se- melhantes e, se for o caso do paciente, com um ser superior. O enfermeiro e a equipe devem preparar-se para estar jun- to ao doente e família na hora da morte (e não fugir nesse momento tão especial), devem envolver-se com programas educacionais e de apoio aos familiares na fase de luto, antes e depois da morte”, complementa Cibele. A base para a atuação em cuidados paliativos é a formação inicial que o profissional de enfermagem tem, porém, essa base inicial é limitada, precisa ser bastante desenvolvida. “O desafio é capacitar os profissionais para esta atuação ampliada que, de fato, promove conforto físico, alivia o sofrimento psíquico, que faz o outro se sentir reconhecido e respeitado na sua individualidade e dignidade, que permite ao doente e família se sentirem amparados”, destaca. O profissional para a atuação em cuidados paliativos precisa ter vocação e motivação para trabalhar com pessoas que necessitam de intensos cuidados físicos, emocionais e espirituais. Depois, tem que ter o talento, isto é, saber fazer, e para isto a educação é imprescindível. No Brasil já existem cursos e congressos sobre o tema e muitos serviços de saúde estão treinando seus profissio- nais. “Temos alguns programas de capacitação, mas ainda é muito insuficiente. Há necessidade de um grande pro- grama de treinamento de auxiliares, técnicos e enfermeiros em cuidados paliativos”, complementa. Cuidados paliativos exigem formação clínica ampla, lidar com sintomas físicos, com o sofrimento psíquico e espiri- tual, com as alterações do humor e também estar disposto a continuamente se preparar para lidar com a perda, mor- te e luto. “Enquanto a pessoa está viva é possível adotar condutas que aliviem seu sofrimento e tragam significado para a sua vida, e este trabalho traz uma grande satisfação pessoal, pois o profissional sabe que fez a diferença”, fina- liza Cibele. Atuação efetiva no alívio do sofrimento En fe rm ag em q ue fa z a di fe re nç a Para a enfermeira Cibele Pimenta a Enfermagem precisa se preparar para assumir seu papel dentro das ações em cuidados paliativos SEPAGE Seminário Paulista de Gestão em Enfermagem Durante o evento científico vamos difundir as melhores práticas de gestão em enfermagem, além de identificar talentos nas áreas de ensino, atendimento pré-hospitalar, home care, hospitalar, clínica de especialidades, saúde coletiva e ocupacional entre outras. 15, 16 e 17 de março de 2010 - São Paulo. Participe! Para mais informações, acesse o site do evento: www.coren-sp.gov.br/pgq COREN Conselho Regional de Enfermagem Programa Gestão com Qualidade PGQ 32 | Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 En tre vi sta Revista Enfermagem - Ao longo de 2009, o COREN- SP trabalhou, junto aos profissionais da categoria, o tema “cidadania profissional”. Qual a sua visão sobre o que é e como ser um profissional de enfermagem que exerça o seu direito à cidadania? Dr. Coutinho - Primeiro devemos enaltecer a iniciativa do COREN-SP em buscar junto à categoria uma reflexão sobre “cidadania profissional”, que é um tema apaixonante. A formação acadêmica ou técnica busca na pessoa o aprendizado de um ofício que muitas vezes não reflete nesta pessoa o questionar seu universo e suas práticas. Trabalhar no dia a dia para ter um salário no final do mês não pode ser mecânico, sem paixão, sem sonhos. O profissional de enfermagem deve entender o seu papel na sociedade e buscar transformar as pessoas doentes, acamadas, desiludidas, sem esperança para uma realidade possível e de realizações. Isto se faz com dedicação, carinho, capacitação e a busca de melhores salários e condições de trabalho. Antes de sermos profissionais, somos cidadãos que vivenciamos os problemas da sociedade, porque somos parte disso. Assim, necessitamos buscar o respeito, a dignidade e reconhecimento de nossas praticas através das instituições e da sociedade. “É urgente a categoria unir forças.” Antonio José Coutinho de Jesus, ou Dr. Coutinho, nasceu em Linhares e cresceu em Vitória, Espírito Santo. Graduou-se em Enfermagem em 1992, pela Universidade Federal do Espírito Santo. Especializou-se em atendimento domiciliar (home care) pela UFF de Niterói – RJ (2001) e em didática para enfermeiros pela FIOCRUZ/MS (2004). Foi presidente do COREN- ES entre 1999 e 2005 e, desde 2006, é conselheiro do COFEN, onde tem mandato até 22 de abril de 2012. Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 | 35 • Domine os princípios básicos da administração. • Aprenda a trabalhar em equipe, pois as distâncias entre os pares serão cada vez menores. • Não se apegue demasiadamente a detalhes, mas tente ser o melhor naquilo que se propôs a fazer. • Faça do seu trabalho algo que lhe traga prazer, mas pense bastante antes de começar e responda a seguinte pergunta: Será que isso é realmente o que você gostaria de fazer nos próximos anos de sua vida profissional? • Seja otimista, acreditando em si e na capacidade de vencer. • Comece a se interessar por assuntos como marketing, avaliação de mercado, finanças e por coisas diferentes. • Ao verificar os tipos de pessoas empreendedoras, encontrou-se na literatura diferentes tipos de empreendedor, a saber: • Empreendedor artesão: o indivíduo que escolhe instalar um negócio independente para praticar o seu ofício. • Empreendedor social: São empreendedores com uma missão social, que é sempre central e explicita. O empreendedor do negócio do social, que tem na sociedade civil o seu principal foco de atuação e na parceria envolvendo comunidade, governo e setor privado a sua estratégia. Empreendedores sociais, indivíduos que desejam colocar suas experiências para ajudar os outros com finalidades humanitárias. • Empreendedor tecnológico: monta uma empresa para introduzir inovações tecnológicas e obter lucro. • Empreendedor oportunista: o indivíduo que compra e faz crescer empresas, em resposta a uma oportunidade observada. • Empreendedor “estilo de vida”: o indivíduo autônomo ou que começa um negócio por causa da liberdade, ou estilo de vida, que seu empreendimento torna possíveis. • Assim se você prometeu que neste ano de 2010 quer dar uma virada na sua vida procure ajuda profissional de empresas especializadas como o SEBRAE e abra seu olhar para algumas das possibilidades abaixo e lembre-se se você é empreendedor deve já iniciar um de grupo de interesse para a formação do corpo de conhecimento para estas novas habilidades: • Terapias alternativas complementares. • Consultas de enfermagem para orientação de cuidados específicos. • Suporte ao cliente e familiares aos pacientes portadores de doenças crônicas ou fora de possibilidades terapêuticas. • Assistência domiciliar. • Auditoria independente de serviços de enfermagem. • Consultoria em arquitetura e construção de prédios e edifícios para a prestação de assistência a saúde/doença. • Cuidado de pacientes idosos com grupos de atividades físicas, ocupacionais, orientações de saúde, montagem de vilas tipo resorts sob orientação, coordenação e supervisão de enfermeiros. • Especialização em enfermagem forense. • Especialização em enfermagem veterinária. • Especialização em orientação genética. • Especialização para trabalho em plataformas de petróleo – pré-sal. • Unidades de aconselhamento e acompanhamento para droga dependentes. • Pesquisador para novas tecnologias que facilitem o cuidar em enfermagem (alguém já pensou em algo que pudesse fazer o controle de diurese, sem precisar ficar coletando a urina por horas a fio? Será que existe alguma jeito de fazer a higiene do couro cabeludo sem tanta parafernália?) • Especialista em sustentabilidade em ambientes de saúde. • Perícia em documentações de enfermagem. • Alguém tem mais alguma sugestão? Está lançado o desafio, pois o mercado de trabalho já apresenta todos os sinais de um novo tempo onde cada vez mais os trabalhadores serão empreendedores. Neste começo de ano tire a sua armadura profissional e pense um pouco mais em você e nas suas necessidades pessoais, familiares e profissionais. Pare um pouquinho, medite, abra sua mente e busque dentro de você e do mundo que te rodeia ter uma mais visão flexível do que se apresenta. Ao sair desta meditação avalie se o que você escolheu para mais um ano de vida deixa você tranquilo com a consciência que escolheu o caminho mais acertado por iniciativa e decisão própria. Uma última palavrinha refere-se às grandes e rápidas transformações por que o mundo e a sociedade estão passando. E no Brasil, meus caros amigos trabalhadores de saúde, o emprego perene e aposentadoria depois de 30 anos de serviço estão destinados a desaparecer para sempre. Sucesso profissional já mudou de rumo e tem novas palavras de ordem: iniciativa, inovação, empreendedorismo e satisfação pessoal. Feliz ano novo! *Sarah Munhoz é presidente da ABEn-SP, Associação Brasileira de Enfermagem, seção São Paulo. 36 | Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 Se r É tic o COREN-SP realiza simulação de julgamento de processo ético No último dia 14 de dezembro, o COREN-SP participou de um evento que, em parceria com a Escola Paulista de Medicina – UNIFESP -, promoveu um Julgamento de Processo Ético Simulado com os alunos do terceiro ano do curso superior de enfermagem. Durante uma reunião da Superintendência Técnica do COREN-SP (SUPTE/COREN-SP) com a professora Dra. Regina Issuzu Hirooka de Borba, coordenadora da disciplina de Legislação em Enfermagem da UNIFESP, onde se discutia o ensino da ética, surgiu a ideia de enriquecer o conteúdo programático com a discussão de casos sobre a prática da enfermagem que pudessem levar os professores à construção de um pensar crítico e ético. Com isto, surgiu uma parceria do COREN-SP com a UNIFESP. Com a colaboração das enfermeiras do setor do processo ético, Dra. Fernanda Maria Silva Azevedo e Dra. Cristina Biff, a SUPTE/COREN-SP iniciou um trabalho junto aos alunos do terceiro ano do curso de graduação da UNIFESP. “Foram ministradas palestras sobre o Código de Ética, Comissões de Ética de Enfermagem e Código de Processo Ético, além de orientações sobre ritos inerentes ao julgamento de processos éticos para que a reprodução da realidade fosse bem caracterizada no julgamento simulado”, conta a superintendente técnica do COREN- SP, Dra. Maria Angélica de Azevedo Rosin. Todas as atividades preparatórias do julgamento simulado foram orientadas pela Dra. Regina e pela Dra. Maria Angélica. As duas enfermeiras também presidiram a reunião plenária no ato do julgamento simulado, e os membros da plenária foram os próprios alunos, previamente preparados e com livre direito de expressão sobre os casos expostos. Foram expostos dois casos, elaborados pelos próprios alunos, e cada um dos passos do julgamento – leitura do caso pelo relator, pronunciamento de denunciante e denunciados, votação da culpabilidade e da pena por parte da plenária e anúncio da pena – foi fielmente reproduzido por e para os alunos que lotaram o auditório do Anfiteatro Rosa da faculdade. Alunos acompanham leitura do primeiro processo ético julgado pela reunião plenária simulada Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 | 37 Experiência gerou resultados Após o julgamento, a faculdade realizou uma avaliação junto aos alunos para validar o método de aprendizagem da legislação e ética e verbalizar o que haviam agregado de conhecimentos essenciais para a futura vida profissional. “Eu não conhecia como era realizado este tipo de julgamento. Alguns colegas já tinham ido ao COREN- SP acompanhar o julgamento real e puderam explicar um pouco do funcionamento para o restante da classe. Porém, ainda ficaram algumas dúvidas que eles não souberam esclarecer, e todas elas foram sanadas com esta atividade, pois pudemos vivenciar a situação”, conta o aluno Igor Cintra Sampietri. “A aproximação que nós tivemos com os profissionais do COREN-SP também foi muito valiosa, não só no dia do julgamento, mas em todos os dias da disciplina”, reforça. Pamela Vicente Querido da Silva, também aluna da graduação, considera essencial a união da teoria com a prática: “Durante a disciplina de legislação, apesar de entendermos o conteúdo teórico, a simulação nos mostrou a prática, e isto foi muito enri- quecedor. Seria in- teressante se alunos de outras univer- sidades tivessem a oportunidade de ter este mesmo conte- údo para poder cor- relacionar a teoria e a prática da legislação em enfermagem”, defende a aluna. “Conhecendo a parte mais burocrática e legal da profis- são, você automaticamente passa a elaborar melhor o que vai fazer daqui para a frente, e também toma mais consciência do tamanho da sua responsabilidade, assim como seus direitos e deveres”, conta. Com o sucesso obtido junto aos alunos da UNIFESP, o COREN-SP pretende repetir esta experiência em todo o estado de São Paulo, envolvendo universidades, escolas técnicas e hospitais-escola. “Estamos preparando uma agenda para o segundo semestre de 2010, com instituições de ensino da capital, interior e litoral”, declara a superintendente técnica Dra. Maria Angélica Rosin. Como surgiu a ideia Com a finalidade de divulgar a Lei do Exercício Profissional e Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, a Superintendência Técnica do COREN- SP tem buscado parcerias com as universidades e escolas técnicas de enfermagem. Este relacionamento tem proporcionado a professores e alunos conhecimentos essenciais para o desenvolvimento da prática profissional, dentro dos preceitos legais e éticos, por meio de palestras, discussões com docentes, visitas de alunos e docentes ao COREN-SP para acompanhar o julgamento de processos éticos, entre outras atividades sugeridas pelas próprias escolas. Dra. Maria Angélica de Azevedo Rosin conta que tais ações têm gerado resultados positivos. “O que tem se observado é um crescente interesse pela disciplina de legislação e ética, com resultados positivos na formação de profissionais responsáveis, conscientes e críticos, o que leva a uma aproximação de docentes e estudantes com o COREN-SP”, explicou. Segundo ela, como parte destas ações, a SUPTE/ COREN-SP iniciou uma pesquisa junto às universidades sobre a realização de julgamentos simulados – ideia que foi muito bem recebida pelas coordenadoras dos cursos de graduação, culminando na simulação do dia 14 de dezembro. Os alunos Igor Sampietri e Pamela da Silva aprovaram a atividade 40 | Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 O movimento global em busca de segurança e qualidade nos serviços de saúde não é um fato novo. Proporcionar a população assistência equitativa, com custos reduzidos, é tema prioritário e um grande desafio para a sociedade. Em 1859, Florence Nightingale, enfermeira visionária, dizia “pode parecer talvez um estranho princípio enunciar como primeiro dever de um hospital não causar mal ao paciente”. Muitos anos depois, em 1999, a publicação do relatório “To err is Human: Building a safer health care system, do Institute of Medicine, dos Estados Unidos da América, confirma, que o postulado de Florence, ainda se faz presente em nossos dias, ao demonstrar dados sobre mortalidade relacionada a erros, advindos do cuidado à saúde, que poderiam ser evitados, provendo maior interesse sobre a questão da segurança do paciente em todo o mundo. Certamente, em nenhuma época da história se publicou tanto sobre segurança do paciente como no século XXI, considerando o imenso universo de pesquisa na área de saúde, que se tem oportunidade de identificar. Estamos na “Era da Segurança”, desde 2002 este tema é prioridade para a Organização Mundial de Saúde, sendo fortalecido em 2004, com a criação da Aliança Mundial para Segurança do Paciente, que tem como objetivo facilitar o desenvolvimento de práticas e políticas de segurança do paciente, de forma a se alcançar abrangência mundial. Atualmente, existem cerca de 40 organizações em todo o mundo que fomentam iniciativas para a segurança do paciente e disponibilizam resultados de seus estudos, propostas e estratégias de melhorias na internet. No que concerne a enfermagem, apesar do cuidado centrado no paciente e família trazer em seu cerne a proteção do paciente, e portanto a promoção de sua segurança, ainda teremos de romper barreiras e criar novos paradigmas, pois muitas vezes dedicamos mais tempo de nosso trabalho suprindo demandas oriundas de deficiências do sistema de saúde, como corrigindo falhas na estrutura ou nos processos de trabalho, do que as emanadas do próprio paciente e sua família. Para adequar o cuidado de enfermagem aos paradigmas da “Era da Segurança” é necessário que profissionais de saúde busquem a excelência científica e técnica, realizando cuidados baseados em evidências. Não podemos esquecer, neste contexto, da importância da motivação, eficiência, dedicação, criatividade, competência, responsabilidade e atitude positiva frente ao trabalho em equipe e assertividade na comunicação. Para tanto, é necessário que o trabalho se desenvolva em ambientes com filosofia e recursos que promovam e sustentem melhorias contínuas. Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem possuem enorme influência na promoção da segurança do paciente, por comporem a maior categoria de profissionais da área da saúde no Brasil e no mundo. Todavia, poucos são os profissionais de enfermagem que prestam assistência aos pacientes com o tempo, os recursos e os mecanismos de que necessitam. Evidências científicas indicam que uma instituição que não provê número e condições de trabalho adequadas à enfermagem tem maiores taxas de quedas, úlceras de compressão, erros de medicação, infecção hospitalar e readmissão, aumentando o tempo de permanência nas instituições de saúde e a mortalidade dos pacientes. Os investimentos em saúde devem priorizar as pessoas que são cuidadas e as que cuidam. Profissionais de enfermagem necessitam trabalhar em ambientes que promovam o melhor desempenho de suas funções, oportunizando a verdadeira consecução de cuidados centrados nas necessidades individuais e integrais do paciente e família, de modo que a população possa receber assistência alicerçada pela melhor informação científica, de modo eficaz, efetivo, equânime, respeitoso, qualificado, oportuno e seguro. O COREN-SP, preocupado com a questão da segurança do paciente, dedica o ano de 2010 ao tema, com a realização de campanhas publicitárias e de um grande evento – o 1º Fórum de Enfermagem. Fruto de uma parceria com a tradicional Feira Hospitalar, o Fórum acontece de 25 a 28 de maio, no Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte, em São Paulo. Conheça, na página seguinte, uma prévia da programação do evento. Em breve todas as informações estarão disponíveis no site www.coren-sp.gov.br. Fonte: Pedreira MLG, Harada MJCS. In: Enfermagem Dia a Dia. Segurança do paciente. Prefácio. Ed. Yendis, 2010 C om pr om is so Trabalhando pela segurança do paciente (colaboração da Profª Drª Maria de Jesus Harada) “ Estamos na “Era da Segurança”, desde 2002 este tema é prioridade para a Organização Mundial de Saúde, sendo fortalecido em 2004, com a criação da Aliança Mundial para Segurança do Paciente, que tem como objetivo facilitar o desenvolvimento de práticas e políticas de segurança do paciente, de forma a se alcançar abrangência mundial.” Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 | 41 Destaques do 1˚ Fórum de Enfermagem De 25 a 28 de maio de 2010 - Expo Center Norte - Pavilhão Amarelo Telefones úteis do COREN-SP Sede Atendimento ao profissional (11) 3225-6300 Fax: (11) 3225-6380 Fiscalização (11) 3225-6325 CAPE (11) 3223-7261 Subseções Araçatuba (18) 3624-8783/3622-1636 Fax: (18) 3441-1011 Campinas (19) 3237-0208/3234-1861 Fax: (19) 3236-1609 Marília (14) 3433-5902/3413-1073 Fax: (14) 3433-1242 Presidente Prudente (18) 3221-6927/3222-7756 Fax: (18) 3222-3108 Ribeirão Preto (16) 3911-2818/3911-2808 Fax: (16) 3911-9445 Santos (13) 3289-3700/3289-4351 Fax: (13) 3288-1946 São José do Rio Preto (17) 3222-3171/3222-5232 Fax: (17) 3212-9447 São José dos Campos (12) 3922-8419/3921-8871 Fax: (12) 3923-8417 Telefones úteis do COREN-SP Sede Atendimento ao profissional (11) 3225-6300 Fax: (11) 3225-6380 Fiscalização (11) 3225-6325 CAPE (11) 3223-7261 Subseções Araçatuba (18) 3624-8783/3622-1636 Fax: (18) 3441-1011 Campinas (19) 3237-0208/3234-1861 Fax: (19) 3236-1609 Marília (14) 3433-5902/3413-1073 Fax: (14) 3433-1242 Presidente Prudente (18) 3221-6927/3222-7756 Fax: (18) 3222-3108 Ribeirão Preto (16) 3911-2818/3911-2808 Fax: (16) 3911-9445 Santos (13) 3289-3700/3289-4351 Fax: (13) 3288-1946 São José do Rio Preto (17) 3222-3171/3222-5232 Fax: (17) 3212-9447 São José dos Campos (12) 3922-8419/3921-8871 Fax: (12) 3923-8417 Telefones úteis do COREN-SP Sede Atendimento ao profissional (11) 3225-6300 Fax: (11) 3225-6380 Fiscalização (11) 3225-6325 CAPE (11) 3223-7261 Subseções Araçatuba (18) 3624-8783/3622-1636 Fax: (18) 3441-1011 Campinas (19) 3237-0208/3234-1861 Fax: (19) 3236-1609 Marília (14) 3433-5902/3 13-1073 Fax: (14) 3433-1242 Presidente Prudente (18) 3221-69 7/3222-7756 Fax: (18) 3222-3108 Ribeirão Preto (16) 3911-28 8/3911-2808 Fax: (16) 3911-9445 Santos (13) 3289-3700/3289-4351 Fax: (13) 3288-1946 São José do Rio Preto (17) 3222-3 71/3222-5232 Fax: (17) 3212-9447 São José dos Campos (12) 3922-8419/3921-8871 Fax: (12) 3923-8417 A Enfermagem para a Segurança do Paciente Lançamento do Livro Gestão em Enfermagem: Ferramenta para a Prática Segura Efeitos do Ambiente de Trabalho nos Resultados de Enfermagem e na Mortalidade de Pacientes Gestão em Enfermagem Promovendo Práticas Seguras Aliança Mundial de Segurança do Paciente A Perspectica do Erro Humano na Visão Sistêmica Políticas Públicas para Segurança do Paciente - Visão e Ações dos Poderes Públicos Federal, Estadual e Municipal Perspectiva de Segurança na Saúde do Idoso 1. Políticas Públicas - Ministério da Saúde 2. Aspectos Legais 3. O Idoso Institucionalizado Perspectiva de Segurança na Saúde da Mulher 1. Políticas Públicas - Ministério da Saúde 2. Cuidado durante o Pré-natal 3. Maternidade Segura. Perspectiva de Segurança na Saúde Mental 1. Políticas Públicas 2. O Paciente Hospitalizado 3. Atendimento Ambulatorial Promovendo a Segurança do Paciente durante o Cuidado de Emergência A Segurança em Central de Material Sistematização da Assistência de Enfermagem Ferramenta para a Prática Segura Projeto de Segurança do Paciente - COREN-SP Controle de Infecção e Segurança do Paciente 1) Infecção Relacionada a Cateteres 2) Pneumonia Associada a VPM 3) Infecção do Trato Urinário 4) Infecção de Ferida Operatória Prevenção de Erros de Medicação 1) Incompatibilidade e Interação Medicamentosa 2) Estratégias de Prevenção 3)Participação do Farmacêutico em Visita Clínica Intervenções para Cirurgia Segura O Paciente como Fonte de sua Própria Segurança 1. Ferramenta para a Prática Segura 2. Reflexões Éticas e Aspectos Éticos 3. A Visão do Paciente Sistema de Qualificação do Paciente Processos de Acreditação e a Segurança do Paciente Segurança do Paciente durante a Transferência/Área de Cuidado Segurança do Paciente no Ambiente Domiciliar Ferramentas para a Segurança do Paciente 1- Ambiente de Cuidado 2 - Gestão do Cuidado 3- Cultura Organizacional Experiências Exitosas na Segurança do Paciente * Programação sujeita a alterações. ENFERMAGEM FÓRUM DE COREN - SÃO PAUL O 42 | Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 Pa re ce r Curso de Obstetriz USP-Leste: mais um capítulo... PARECER HOMOLOGADO Despacho do Ministro, publicado no D.O.U. de 11/1/2010, Seção 1, Pág. 19. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO INTERESSADO: Ministério Público Federal/Procuradoria da República no Estado de São Paulo UF: SP ASSUNTO: Solicita, com fulcro no Artigo 8º, inciso II, da Lei Complementar nº 75/93, informações a respeito de cursos em Obstetrícia no Estado de São Paulo. RELATOR: Paulo Speller PROCESSO Nº: 23001.000182/2009-51 PARECER CNE/CES Nº: 339/2009 COLEGIADO: CES APROVADO EM: 12/11/2009 I – RELATÓRIO O Ministério Público Federal/Procuradoria da República no Estado de São Paulo, Divisão de Tutela Coletiva, dirigiu-se à Presidência deste Conselho, por meio do Ofício nº 14.547/2009-MPF-PR/SP, datado de 1º de julho de 2009, para requisitar informações acerca do fato extraído dos autos do Mandado de Segurança nº 2009.61.00.004062-2, impetrado por Patrícia Dias Ferreira, em face do Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo (COREN-SP), conforme trecho transcrito a seguir: Noticia a impetrante que é bacharel em Obstetrícia, pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo – USP, curso devidamente reconhecido pelo Conselho Estadual de Educação em São Paulo. No entanto, teve seu requerimento de registro indeferido pelo COREN-SP sob o argumento de que não haveria amparo legal para a respectiva inscrição. Segundo alegado, o curso de Obstetrícia seria uma especialização da Enfermagem, conforme Parecer COFEN nº 067/2008. Cópia das peças informativas juntadas ao requerimento inicial pode ser conferida às fls. 4-69 do presente processo. Conforme a documentação acostada, a impetrante do citado Mandado de Segurança assevera na petição, às fls. 8-14: Dos Fatos Em dezembro de 2008, após cumpridas todas as exigências curriculares, A impetrante colou grau em Bacharelado em Obstetrícia junto à Escola de Artes, Ciências e Humanidade da Universidade de São Paulo – USP, curso reconhecido conforme Portaria CEE-GP 368/2008, publicada no DO de 26.06.2008 (doc. nos 4/7). De posse de todos os documentos necessários, a bacharel e outras alunas da turma ingressaram no Conselho Regional de Enfermagem objetivando efetuar o registro profissional de direito. Todavia a autoridade inquinada coatora INDEFERIU o pedido destas, sustentando a inexistência de amparo legal para a respectiva Inscrição Profissional. (docs. nos 8 e 9). PROCESSO Nº: 23001.000182/2009-51 No citado Ofício nº 14.547/2009-MPF-PR/SP, a Exma. Procuradora da República, Dra. Adriana da Silva Fernandes, solicita: Pelo exposto e a fim de instruir o presente feito, solicitamos a esse Conselho Nacional de Educação, com fulcro no art. 8º, inciso II, da Lei Complementar nº 75/93, que nos envie informações sobre os fatos narrados, esclarecendo ainda quais os cursos em Obstetrícia, no Estado de São Paulo, estão registrados como graduação perante o Ministério da Educação. Assinalo o prazo de 10 (dez) dias úteis para o envio da resposta, com fulcro no art. 8º, § 5º, da Lei Complementar nº 75/93. Em atenção aos termos e ao prazo estipulado supra, a Secretaria Executiva deste Conselho expediu o Ofício nº 544/SE/CNE/MEC/2009, datado de 13 de julho de 2009, no qual informa àquela Procuradoria quanto à existência de apenas um curso de graduação em Obstetrícia no Estado de São Paulo, que, segundo registro no sítio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), autarquia do Ministério da Educação, é oferecido pela Universidade de São Paulo (USP). No mesmo Ofício, consta informado que, no Estado de São Paulo, existem 168 (cento e sessenta e oito) cursos de Enfermagem e 5 (cinco) cursos de Enfermagem e Obstetrícia. Por fim, o citado Ofício esclarece que, por se tratar de matéria de competência da Câmara de Educação Superior deste Conselho, o expediente do MPF foi autuado e encaminhado à Câmara, cuja reunião estava prevista para o período de 3 a 7 de agosto de 2009, sendo, portanto, necessário a concessão de um prazo maior. Nesta Câmara, o processo foi distribuído a este Conselheiro, em sessão pública, no dia 7/8/2009. Posteriormente, foi enviado novo expediente do MPF (Ofício nº 20.282/2009 MPFPR/SP), ao qual foram anexadas outras peças informativas, reiterando o pedido de informações e solicitando, ainda, que fossem indicadas as diretrizes curriculares para o curso de graduação em Obstetrícia, sua duração, tempo de integralização, [e] carga horária mínima (...). Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 | 45 anuncio coren sexta-feira, 29 de janeiro de 2010 11:34:57 46 | Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 Pesquisa revelará o perfil da Enfermagem brasileira A tu al id ad es A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, da Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/Fiocruz), está organizando uma ação inédita na América Latina que promete retratar fielmente o perfil da enfermagem no país. Trata-se da pesquisa “Perfil da Enfermagem no Brasil”. Coordenado pela diretora de Regulamentação e Gestão do Trabalho da Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, e pesquisadora da ENSP/Fiocruz, Dra. Maria Helena Machado, o projeto é resultado de uma parceria da Escola com a Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), a Federação Nacional de Enfermeiros (FNE) e o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). O estudo visa traçar o perfil sociodemográfico da enfermagem e os aspectos da formação e educação permanente das três categorias profissionais, além de compreender melhor sua dinâmica no mercado de trabalho. Dra. Maria Helena Machado conversou com a Revista Enfermagem sobre a pesquisa. Revista Enfermagem: Como surgiu a ideia do desenvolvimento de uma pesquisa sobre o perfil da enfermagem brasileira? Maria Helena: A ideia de desenvolver uma pesquisa sobre a enfermagem tem aproximadamente dez anos e só não foi concretizada à época, pela existência de conflito envolvendo as entidades representativas da categoria. Entretanto, uma vez que, nesse momento, a enfermagem brasileira tem avançado na busca de uma harmonia, as três principais entidades [COFEN, ABEn e FNE] consideraram importante a retomada da pesquisa. Sinto-me extremamente honrada e orgulhosa de poder participar desse processo, envolvendo todas as entidades da enfermagem; afinal, estamos falando da maior corporação da saúde e pilar do Sistema Único de Saúde. RE: Qual é a importância de uma pesquisa deste tipo? MH: A enfermagem representa não só um grupo de profissionais estratégico para a organização do Sistema de Saúde, como também o maior contingente de profissionais inseridos no setor, com mais de um milhão e trezentos mil profissionais inscritos no Sistema COFEN/ CORENs, entre enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem. Daí a importância da pesquisa para conhecer o perfil desses trabalhadores. Do ponto de vista sociológico, a profissão de enfermagem é uma profissão paradigmática para se estudar qualquer processo de trabalho e compreender a dinâmica do próprio sistema de saúde. Além disso, considero a enfermagem uma profissão nuclear do sistema de saúde, seja na atividade ambulatorial, seja na atividade hospitalar, na gestão, na saúde pública, enfim, é uma profissão fundamental. RE: Qual é o objetivo desta pesquisa? MH: O objetivo da pesquisa é o conhecimento do perfil sociodemográfico, os aspectos da formação, da educação permanente das categorias - enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem -, bem como a sua dinâmica no mercado de trabalho, tanto no que se refere a elementos quantitativos como a elementos qualitativos, permitindo, dessa forma, apontar as tendências e perspectivas para a enfermagem no Brasil. Também pesquisaremos aspectos das condições de trabalho e sua participação nas questões políticas que envolvem a categoria. RE: A pesquisa já está sendo realizada? MH: Ainda não. Estamos concluindo os últimos acertos quanto ao instrumento de pesquisa de campo (questionário) a ser aplicado e esperamos iniciá-la ainda neste ano. A coordenação geral da pesquisa está a cargo da ENSP/Fiocruz, pela experiência que temos nessa área. Dada a complexidade dessa pesquisa, vamos proceder da mesma forma de quando realizamos a Pesquisa Perfil dos Médicos no Brasil, ou seja, teremos uma coordenação nacional institucional composta por nós da Fiocruz e pelas três entidades nacionais da enfermagem: COFEN, ABEn e FNE. Vamos ter também um grande envolvimento de instituições acadêmicas em todas as regiões, nos apoiando em todo o processo, além da inestimável colaboração da Rede Observatório de RH do Ministério da Saúde. RE: Como acontecerá e quanto tempo deve durar a coleta dos dados? MH: Vamos fazer uma seleção por amostragem desse contingente de mais de um milhão de profissionais por estados e regiões, que receberão os questionários e os devolverão à coordenação da pesquisa. Neste processo, vamos construir estratégias que possam dar conta da complexidade do universo pesquisado. Haverá ampla divulgação quando do lançamento da pesquisa, que já tem presença confirmada do Ministro da Saúde e do Secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. A pesquisa terá a duração de dois anos, sendo que já teremos, no primeiro ano de sua realização, resultados preliminares que também serão divulgados. RE: De que forma COFEN, ABEn e FNE contribuirão para este trabalho? MH: As três entidades, juntamente com a Escola Nacional de Saúde Pública, coordenarão todo o processo relacionado à pesquisa, em todas as suas etapas, e é essa parceria entre as instituições envolvidas que garantirá, com certeza, o sucesso da pesquisa. Dra. Maria Helena Machado Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 | 47 A tu al id ad es RE: Como será feita a publicação/divulgação da pesquisa? MH: Faremos um Relatório Final contendo o perfil da enfermagem no Brasil, de cada estado, de cada região e, evidentemente, o perfil nacional. Além da publicação de um livro impresso e em forma de CD, contendo os resultados finais da pesquisa, também se produzirá artigos sobre o tema. Da mesa forma, realizaremos um Seminário Nacional para a apresentação dos resultados alcançados. Nosso desejo é que esse grande acontecimento ocorra nas dependências do Congresso Nacional, entendendo a importância e a centralidade do trabalho da enfermagem para o SUS. RE: Que frutos esta pesquisa pode render para a enfermagem e para a saúde brasileira? MH: Espera-se que o produto deste estudo, que qualifica a oferta e demanda dos trabalhadores, possa contribuir para a formulação de políticas públicas – tanto no setor da saúde quanto no da educação – no que se refere a aspectos da gestão, regulação e educação da enfermagem, tendo em vista a sua inserção no SUS. Além disso, ela poderá também subsidiar as diversas entidades representativas das categorias de enfermagem no delineamento e reordenamento de políticas para o exercício profissional e para a regulação do trabalho na realidade brasileira, apontando tendências e perspectivas, bem como o estabelecimento de uma política de formação, de trânsito profissional, de regulamentação e controle do exercício profissional no Mercosul, o qual prevê o livre trânsito de trabalhadores nos mercados de trabalho dos estados-parte - Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Pesquisa entra em fase de Pré-Teste Durante o 61º Congresso Brasileiro de Enfermagem, realizado em Fortaleza em dezembro de 2009, pesquisadores da ENSP/Fiocruz estiveram presentes, realizando o chamado Pré-Teste dos questionários que serão utilizados na pesquisa. Nos estandes do COREN-SP, COFEN e ABEn Nacional, os pesquisadores pediram para que os profissionais visitantes respondessem ao questionário. O objetivo foi validar o instrumento de pesquisa e, se necessário, modificar questões que não estivessem suficientemente claras para os entrevistados. “Após estes testes e a adequação dos questionários, o próximo passo será definir como trabalharemos a amostragem, de forma a contemplar as três categorias profissionais da enfermagem e todas as regiões do Brasil, cada uma com suas particularidades”, explicou a pesquisadora titular da ENSP/Fiocruz, Ana Luzia Stiebler Vieira. Foram seis meses de trabalho entre o início do projeto e a fase de Pré-Teste. Entidades de enfermagem ressaltam a importância da pesquisa A presidente da ABEn nacional, Dra. Maria Goretti David Lopes, e o presidente do COFEN, Dr. Manoel Neri da Silva, comentaram a importância da pesquisa da ENSP. “Tanto para a enfermagem como para o governo e toda a sociedade, esta pesquisa representa a oportunidade de identificar e reconhecer a maior força de trabalho em saúde, sua realidade, dificuldades e potencialidades na atenção à saúde da população brasileira, para a criação de políticas públicas indutoras de valorização do cuidado, da vigilância e promoção da saúde”, define a Dra. Maria Goretti. Para o presidente do COFEN, a pesquisa levantará dados importantes sobre o mercado para a enfermagem. “Como a pesquisa irá, dentre outros objetivos, analisar a dinâmica atual do mercado de trabalho, certamente apontará as tendências e perspectivas para a enfermagem no Brasil”, explica. As duas entidades também visualizam bons frutos que os dados da pesquisa podem gerar. “Com esta pesquisa, as organizações da enfermagem terão dados suficientes para definir prioridades em suas ações e investir no cumprimento integral de suas finalidades, tornando, cada vez mais, a enfermagem preparada e comprometida com uma assistência de qualidade nos serviços de saúde do país”, analisa Dra. Goretti. “Pensando sempre no desenvolvimento da profissão, e considerando os dados coletados na pesquisa, metas poderão ser traçadas no sentido do crescimento e aperfeiçoamento da profissão, seja no âmbito do ensino, da pesquisa ou do exercício profissional, seja no âmbito da legislação e da norma. Com isso, além da categoria, a sociedade só tem a ganhar”, finaliza Dr. Manoel Neri. Profissionais de enfermagem preencheram o questionário no Pré-Teste 50 | Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 No último dia 9 de novembro, o Centro de Aprimoramento Profissional de Enfermagem (CAPE) recebeu o I Encontro dos Conselhos Profissionais da Área da Saúde do Estado de São Paulo. O encontro fez parte do calendário do Fórum dos Conselhos Atividade Fim da Área da Saúde, o FCAFS. Durante o encontro, o presidente do COREN-SP, Dr. Cláudio Alves Porto, ministrou palestra sobre a importância, responsabilidade e função dos conselhos profissionais junto à sociedade. Claudio Porto usou o exemplo do COREN e do CAPE para reforçar o seu ponto de que os conselhos podem e devem ter como prioridade a prevenção de erros – através do aprimoramento profissional –, e não apenas a punição. “Quando apenas se pune o profissional, os erros se repetem nas mãos de outro, pois o problema muitas vezes não está no profissional em si, mas na má qualidade da formação que ele recebeu. Por outro lado, se investimos no aprimoramento técnico destes profissionais, atacamos o mal pela raiz, de forma que se diminui a chance destes mesmos erros se repetirem”, defendeu. O evento também marcou a posse da nova gestão eleita do FCAFS e, pela primeira vez, quem assumiu a coordenação do Fórum foi a enfermagem, através da enfermeira Dra. Andrea Porto da Cruz, conselheira efetiva do COREN-SP. “Sem dúvida, isto significa uma maior representatividade política da enfermagem e das profissões da saúde, tanto em São Paulo quanto em Brasília, pois o Fórum dos Conselhos Federais da Área da Saúde também tem a enfermagem na coordenação, através da Dra. Ivone Martini, do COFEN”, explicou a enfermeira. Criado há 10 anos, o FCAFS é formado por 14 conselhos profissionais da área da saúde que se reúnem para discutir questões que envolvam a sociedade e os profissionais representados por estes conselhos. O objetivo é sempre que os conselhos cheguem num consenso, ou o mais próximo disso, em busca de uma representatividade política mais forte e uniforme. O FCAFS vem realizando reuniões mensais, onde são discutidas questões importantes da área da saúde, como a qualidade do ensino, as anuidades dos conselhos e o projeto de lei do Ato Médico. Enfermagem assume a coordenação do Fórum dos Conselhos Regionais A tu al id ad es Dra. Andrea Porto apresenta os projetos de sua gestão para o FCAFS Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 | 51 Aula inaugural do TecSaúde discute competências profissionais A tu al id ad es Uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, em parceria com a Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap), o programa TecSaúde já é uma realidade. A cerimônia que marcou a aula inaugural aconteceu no dia 23 de novembro de 2009, no Memorial da América Latina, em São Paulo. O evento contou com a presença de figuras importantes da política e também da enfermagem, como o governador José Serra, o secretário da Gestão Pública, Sidney Beraldo, o secretário da Saúde, Luiz Roberto Barradas, o secretário executivo da Fundap, Geraldo Biazoto, e o presidente do COREN-SP, Cláudio Porto. A aula inaugural foi ministrada pelo conselheiro do CNE – Conselho Nacional de Educação, Prof. Francisco Aparecido Cordão. O professor falou sobre o desafio do desenvolvimento de competências profissionais. Segundo ele, não é a obtenção do diploma ou certificado que garante o pleno exercício profissional. Este vem através da competência profissional, que ele define como “a capacidade de articular, mobilizar e colocar em ação conhecimentos, habilidades, atitudes, valores e emoções para responder aos desafios do dia a dia da vida profissional de maneira eficiente e eficaz”. O conselheiro do CNE também destacou a necessidade de se manter atualizado profissionalmente, através da educação permanente. Ele defende que o aprendizado profissional deve ser visto como educação. “Educação profissional não é treinamento operacional. Educação profissional é educação. Educação para o trabalho. Não basta aprender a fazer – tem que saber por que está fazendo desta maneira e não de outra”, afirmou o professor. Após a aula do Professor Cordão, Dr. Cláudio Porto anunciou a palavra do governador José Serra. O governador reforçou a importância do TecSaúde, e afirmou que, capacitando os profissionais de enfermagem do nível médio, o Programa vai garantir mais qualidade ao atendimento à saúde em São Paulo. “O bom e o mau hospital se diferenciam não pelos médicos que possui, mas exatamente pelo corpo de enfermagem”, definiu José Serra. Ele relembrou seu projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Saúde (Profae), que formou 188.423 auxiliares e 74.934 técnicos em enfermagem, na época em que esteve à frente do Ministério da Saúde, e definiu o TecSaúde como o próximo passo na busca da qualidade dos serviços de saúde. O TecSaúde – Programa de Formação de Profissionais de Nível Técnico para Área de Saúde no Estado de São Paulo tem por objetivo ampliar a formação escolar dos profissionais de saúde, facilitar a entrada deles no mercado de trabalho e melhorar a qualidade dos serviços prestados à população pela rede pública e privada. Leia a matéria completa sobre o programa na página 39 da edição 83 (novembro de 2009) da Revista Enfermagem. Professor Francisco Cordão ministrou a primeira aula do TecSaúde Governador José Serra reforçou a importância da enfermagem para a qualidade da saúde 52 | Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 CAPE recebe I Encontro Paulista de Auxiliares e Técnicos de EnfermagemN ot as A ABRATE (Associação de Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Brasil) e a ABEn-SP (Associação Brasileira de Enfermagem - Seção São Paulo), com o apoio do COREN-SP, promoveram, no dia 17 de novembro de 2009, o I Encontro Paulista de Auxiliares e Técnicos de Enfermagem. Focado nos profissionais de enfermagem do nível médio, o evento teve como tema central a administração de medicamentos, com o objetivo de atualizar os conhecimentos destes profissionais a respeito do assunto. Durante todo o dia, foram sete palestras, que abordaram o tema sob o prisma dos aspectos ético- legais, segurança do paciente, aspectos gerais da administração de medicamentos, vias de administração e suas peculiaridades, tecnologias e dispositivos para a administração e cálculo de medicamentos. ‘A presidente da ABRATE, Tânia de Oliveira Ortega, considerou o evento um sucesso e fez um convite: Estamos com uma programação mensal de eventos no CAPE para os profissionais de nível médio e em 25 de setembro de 2010 realizaremos o I Simpósio Brasileiro para Auxiliares e Técnicos de enfermagem da ABRATE.” Para mais informações sobre os eventos da ABRATE ou sobre como se associar, ligue para (11) 3223-7261, acesse www.abrate-br.org.br ou escreva e-mail para abrate@abrate-br.org.br. O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo – COREN-SP assinou em 21 de julho, a Portaria COREN-SP/ DIR/37/2009, que prorroga até o dia 12 de julho de 2010 a validade das Certidões de Inscrição Definitiva, emitidas pelo Conselho, que venceriam em 12 de julho de 2009. A medida se deu em decorrência de um atraso na confecção do documento de identidade profissional pela Casa da Moeda do Brasil, o que fez com que algumas Certidões de Inscrição Definitiva, com prazo de validade até 12 de julho de 2009, ainda não tivessem sido substituídas pelas respectivas Cédulas de Identidade. A decisão foi tomada durante a 711ª Reunião Plenária do COREN-SP, realizada em 21 de julho de 2009. “Todo profissional inscrito definitivamente no Conselho tem o direito de portar documento hábil que comprove a regularidade de sua inscrição”, justificou o presidente do COREN-SP, Claudio Alves Porto. A Portaria foi publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo do dia 30 de julho de 2009. Está disponível no site do COREN-SP a Portaria nº 1.119, que regulamenta a vigilância de óbitos maternos , para todos os eventos, confirmados ou não, independente do local da ocorrência, que deve ser notificada por profissional de saúde designados pelas autoridades de vigilância em saúde. Esta Portaria e outras leis e normas que regulamentam o exercício da enfermagem e atividades dos profissionais de saúde podem ser encontradas no site www.coren-sp.gov.br COREN-SP prorroga validade de Certidões de Inscrição Definitiva Portaria sobre vigilância de óbitos maternos está no site do COREN-SP Público lota o auditório principal do CAPE durante o encontro Revista Enfermagem • Fevereiro/2010 | 55 O Programa Portas Abertas oferece palestras gratuitas com especialistas de renome. Se você quer ter mais sucesso na carreira de enfermagem, confira a programação e inscreva-se já. Vagas limitadas. Mais informações pelo site: www.coren-sp.gov.br 25/02 • SAE • Urgência e emergência • Desinfecção e esterilização: micobactéria • Saúde pública – Programa saúde da família • Assistência domicilar – Home care • Liderança 03/03 Paulínia Capão Bonito 8h30 – 11h30 13h30 – 16h30 8h30 – 11h30 13h30 – 16h30 de 22/01 a 23/02 DataTema CidadeHorário Período de inscrição de 01/02 a 02/03 10/03 Santo André 8h30 – 11h30 13h30 – 16h30 de 08/02 a 08/03 • Dimensionamento de pessoal com exercícios práticos 18/03 São Paulo8h30 – 16h30 de 02/03 a 17/03 • NR-32 • Diagnóstico de enfermagem • Desinfecção e esterilização: micobactéria • Hanseníase 25/03 08/04 Assis 8h30 – 11h30 13h30 – 16h30 de 23/02 a 23/03 Ubatuba 8h30 – 11h30 13h30 – 16h30 de 08/03 a 06/04 • Bomba de infusão com demonstração prática 14/04 São Paulo8h30 – 16h30 de 29/03 a 12/04 • Urgência e emergência • Diagnóstico de enfermagem 29/04 Votuporanga 8h30 – 11h30 13h30 – 16h30 de 22/03 a 27/04 • Ética e legislação • Liderança 10/06 Itanhaém 8h30 – 11h30 13h30 – 16h30 de 10/05 a 08/06 • Urgência e emergência com demonstração prática 17/06 São Paulo8h30 – 16h30 de 31/05 a 14/06 • Assistência domicilar – Home care 23/06 São Paulo8h30 – 16h30 de 04/06 a 21/06 É NO FUTURO QUE VOCÊ VAI PASSAR O RESTO DA SUA VIDA. PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM GERENCIAMENTO EM ENFERMAGEM. O Centro Universitário Senac oferece cursos de Pós-graduação lato sensu em Gerenciamento em Enfermagem como você não encontra em lugar algum. Com foco na prática, vivência profissional e empreendedorismo, o curso aborda de forma atual os recursos humanos, materiais e físicos da enfermagem, somando habilidades para o desempenho de uma função gerencial mais ampla. O Senac também oferece a mais alta tecnologia, buscando avaliar a eficiência do gerenciamento, otimizando assim o seu aprendizado. Centro Universitário Senac, avaliado pelo I6C/MEC 2008 como o 2º melhor no Estado de São Paulo e o 5º no país. Inscrições abertas. A gente faz diferente hoje para você fazer diferença amanhã. 0800 883 2000 www.sp.senac.br/posgraduacao
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