Degradação de Nucleotídeos e Gota

acido urico
Relatório Ácido úrico
Introdução
O ácido úrico é um composto orgânico de carbono, nitrogênio, oxigênio e hidrogênio. Sua fórmula química é C5H4N4O3.
O ácido úrico é uma substância produzida pelo nosso organismo quando da utilização de todas as proteínas que nós comemos na alimentação do dia-a-dia. Numa explicação mais simples, pode-se dizer que quando as moléculas de proteínas dos alimentos são partidas em pedaços dentro do nosso organismo para servir de energia, o que sobra de todo esse processo é o ácido úrico.
O ácido úrico é encontrado na urina em pequenas quantidades (o produto de excreção principal é a uréia). Em alguns animais, como aves e répteis é o principal produto de eliminação, e é expulso com as fezes. O alto teor de nitrogênio no ácido úrico é a razão pelo qual o guano é tão valioso como fertilizante na agricultura.
Bebidas alcoólicas, principalmente as fermentadas, e alimentos ricos em purina (ervilhas, feijão, carnes, tomate, frutos do mar etc.) é reconhecidamente uma importante fonte para o aumento do nível de ácido úrico no organismo.Ácido Úrico e Doenças Renais.
Objetivo
Este exame pode ser usado para avaliar os níveis do ácido úrico. Pode ser usada para diagnosticar gota, artrite úrica, insuficiência renal aguda e/ou crônica, calculo renal. Ele é utilizado para medir a concentração de acido úrico no sangue.
Materiais e reagentes
Tubos de ensaio (sangue, soro, teste, padrão)
EPI’S (jaleco, luvas, mascara)
Seringa e agulhas
Centrifuga
Espectrofotômetro
Cronometro
Micropipeta de 500 e 50 microlitros
Algodão, álcool e garrote
Cubeta
Ponteiras para micropipeta
Reagente de trabalho (formado pela mistura do reagente 1 e 2)
Padrão
Procedimento
Identificar o paciente e seus dados
Coleta do material sanguínea de acordo com o POP
Centrifugar por 15 minutos o material sanguíneo
Adicionar 0,02ml soro no tubo teste
Adicionar 0,02ml padrão no tubo padrão
Adicionar 1,0ml reagente trabalho nos 3 tubos(branco, teste, padrão)
Deixar em banho Maria por 10 minutos a 37Cº
Calibrar o espectrofotômetro
Adicionar o conteúdo do tubo branco na cubeta para zerar o espectrofotômetro
Adicionar o conteúdo do tubo teste na cubeta e fazer a leitura
Adicionar o conteúdo do tubo padrão para valores de referencia
Cálculos
Interferentes
Cuidado com o tempo de reação, temperatura de trabalho e pipetagens são extremamente importantes para obtenção de resultados corretos.
Verificar a data e a armazenagem dos reagentes.
Níveis elevados de ascorbato (vitaminaC) produzem interferência negativa.
Amostras hemolisadas produzem interferentes
Conclusão
Os níveis de ácido úrico de referencia são de 1,6 a 6.
Valores altos indicam inflamação do liquido sinovial, articulação.
Considera-se que há hipouricemia, quando o ácido úrico plasmático é inferior a 2,5 mg%. É uma síndrome clínica assintomática com várias causas, pouco conhecida.
A hipouricemia deve ser investigada e tratada para evitar conseqüências desagradáveis como a formação de cálculos de ácido úrico, que ocorre pelas grandes perdas renais de uratos. A hipouricemia pode ser primária (permanente) ou adquirida (intermitente).
Na hipouricemia adquirida, o ácido úrico está muito baixo porque é eliminado em grandes quantidades pela urina. Isto pode ocorrer pelo uso de substâncias uricosúricas que aumentam a perda de ácido úrico pela urina como aspirina em altas doses, benziodarona, citrato, probenecide, ácido ascórbico, estrógenos e outros. Outro tipo de hipourecemia adquirida ocorre com o uso indiscriminado e não controlado de alopurinol, substância inibidora da ação da enzimaxantina oxidase, que transforma a xantina em ácido úrico.
O tratamento da hipouricemia é evitar as causas que levam à diminuição de ácido úrico plasmático.
A hiperuricemia é o termo referente ao estado sangüíneo no qual o ácido úrico no plasma (soro) está acima de 6 mg% nas mulheres e 7 mg% nos homens.
De uma maneira geral, os homens hiperuricêmicos têm o início da elevação do ácido úrico na puberdade, mas os sintomas clínicos surgem de 10 a 20 anos após. A hiperuricemia ocorre em 10-15% da população acima de 40 anos. Geralmente assintomática, a hiperuricemia está relacionada a outras doenças, como: a acidose metabólica, alcoolismo, diabete, gota, hipertiroidismo, oxemia gravídica, policitemia, uso abusivo de diuréticos leucemia, e, em certos casos, de cálculos renais
Também ocorre na ingesta exagerada de proteínas (purinas) e nos exercícios extenuantes. Para explicar a razão por que o ácido úrico está correlacionado à hiperglicemia, descobriu-se que níveis elevados de ácido úrico aumentam a resistência de nossos tecidos à ação da insulina. Por isso, é freqüente ocorrer hiperuricemia e hiperglicemia.
Há 3 doenças renais (nefropatias) importantes, entre outras, provocadas pelas anormalidades do ácido úrico. Nefropatia úrica aguda Nefropatia úrica intersticial crônica Lítiase renal úrica (cálculos renais)
A nefropatia úrica aguda ocorre pela precipitação aguda de uratos dentro dos túbulos renais provocando uma obstrução à passagem da urina. Caracteriza-se por ausência de urina (anúria) ou pequena produção de urina (oligúria), levando o paciente a uma situação de insuficiência renal aguda.
A nefropatia úrica crônica se deve a elevação exagerada e constante dos uratos com precipitação crônica anormal no interstício do rim. É uma doença que impregna todo o tecido do rim, resultando em processo inflamatório generalizado que resulta em fibrose do tecido renal, principalmente na zona central que chamamos de medula do rim. Essa fibrose que torna o rim endurecido traz consigo a perda de massa renal e como conseqüência o rim não filtra bem e surge a insuficiência renal crônica.
Os cálculos renais de ácido úrico representam de 3 a 5% de todos os cálculos, no grande universo da litiáse na qual predominan as pedras de cálcio (90-95%).
Gota é uma doença caracterizada pela elevação de ácido úrico no sangue, o que leva a um depósito de cristais de monourato de sódio nas articulações. É este depósito que gera os surtos de artrite aguda secundária que tanto incomodam seus portadores.