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Introdução à Saude Publica e Epidemiologia , Notas de estudo de Enfermagem

Introdução à Saude Publica e Epidemiologia

Tipologia: Notas de estudo

2012
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Compartilhado em 30/01/2012

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Baixe Introdução à Saude Publica e Epidemiologia e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE q FACULDADE DE MEDICINA BLOCO DE INTRODUÇÃO À a e EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE PÚBLICA | |! edição] Guia do Aluno O Departamento de Saúde da Comunidade   Introdução à Epidemiologia e Saúde Pública  Pg. 1    Conteúdo  PARTE A. INFORMAÇÃO GERAL .................................................................................................................... 2  Introdução ..................................................................................................................................................... 3  Facilitadores .................................................................................................................................................. 4  Horário .......................................................................................................................................................... 5  Mapa temporal das sessões tutoriais  e práticas .......................................................................................... 9  PARTE B. ACTIVIDADES ............................................................................................................................... 10  Palestras .................................................................................................................................................. 11  Sessões de práticas ................................................................................................................................. 15  Sessões de habilidades............................................................................................................................ 16  O ABC do Epi‐Info .................................................................................................................................... 16  Parte C. TAREFAS para Grupos Tutoriais ..................................................................................................... 17  Sessões Tutoriais: O “coração do PBL” – princípios metodológicos ....................................................... 18  Parte D. Exercícios para sessões práticas ................................................................................................... 28          Introdução à Epidemiologia e Saúde Pública  Pg. 4      Facilitadores1  Coordenador do bloco:    Prof. Doutor Baltazar Chilundo       Palestras  Dra Rosa Marlene Prof. Doutor Martinho Dgedge  Prof. Doutor Baltazar Chilundo  Prof. Doutor César Palha de Sousa  Doutor Samuel Mabunda  Dra. Fátima Abacassamo  Dr. Francisco Mbofana  Dra Fátima Cuembelo  Doutor Jahit Sacarlal          Sessões tutoriais  Dra. Fátima Abacassamo (Docente Responsável) Dr. Alfeu Passanduca  Dra Sónia Machevo  Dra. Eunice Jethá  Dr. Tavares Madede  Dra. Fátima Cuembelo  Dr. Osvaldo Matavel  Prof. Doutor César Palha de Sousa   Prof. Doutor Baltazar Chilundo  Dra Nídia Remane  Dra Maria Benigna  Dra Benvida Chiluvane    Habilidades  Dr Francisco Mbofana (Docente Responsável) Dr. Tavares Madede  Doutor Samuel Mabunda  Dr. Alfeu Passanduca        Práticas  Dra. Fátima Cuembelo (Docente Responsável) Dra. Eunice Jethá  Dr. Tavares Madede  Dra. Fátima Abacassamo  Dr. Osvaldo Matavel  Prof. Doutor Baltazar Chilundo  Dra Sónia Machevo  Dra Benvida Chiluvane  Dr. Alfeu Passanduca  Dra Nídia Remane  Dra Maria Benigna  Secretariado: Sra Maria Adozinda Mutisse e Sra Luisa Huo  Apoio na área informática: Sr Horácio Caliche e Sr Raimundo  Contacto:+258 21428076; ext: 257                                                               1 Participação dos facilitadores por confirmar!!!    Introdução à Epidemiologia e Saúde Pública  Pg. 5    Horário BLOCO DE INTRODUÇÃO À  EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE PÚBLICA    Semana 1  Dia  Hora  Actividade/Título  Local  Segunda‐ feira  8/02/10  7.30 – 8.00    8.00 ‐ 9.30          Introdução ao Bloco    Palestra:  Introdução à epidemiologia  • Definição de saúde e doença   • Conceito e abrangência (abordagem clínica vs  epidemiológica)  • Contexto histórico          12.00 – 14.00  14.00 – 16.00      Terça‐ feira  9/02/10                Palestra:  Introdução à epidemiologia  • Utilidade (usos) de epidemiologia  • Perspectivas da epidemiologia  • Método científico e método epidemiológico  • Relação entre a Epidemiologia e outras ciências  • Terminologia básica em Epidemiologia            12.00 – 14.00  14.00 – 16.00  Grupo tutorial   Tarefa 1: a Saúde como um conceito relativo Grupo     Quarta‐ feira  10/02/10          Palestra:  Interacções  entre  agente‐hospedeiro  e  meio  ambiente  • Causalidade  múltipla  de  doenças  e  cadeia  de  processo infeccioso    12.00 – 14.00  14.00 – 16.00  Prática 1:   John Snow    Quinta‐ feira  11/02/10          Palestra:  Interacções  entre  agente‐hospedeiro  e  meio  ambiente  • História natural da doença e Níveis de  prevenção da doença (1)    12.00 – 14.00  14.00 – 16.00  Prática 2:   Introdução à epidemiologia    Sexta‐ feira  12/02/10    Palestra:  Interacções  entre  agente‐hospedeiro  e  meio  ambiente  • História natural da doença e Níveis de  prevenção da doença (2)    12.00 – 14.00  14.00 – 16.00  tutorial   Tarefa 2: Introdução à epidemiologia      Introdução à Epidemiologia e Saúde Pública  Pg. 6      Semana 2  Dia  Hora  Actividade/Título  Local  Segunda‐feira  15/02/10  7.30 ‐ 9.30      Palestra:  Interacções  entre  agente‐hospedeiro  e  meio  ambiente  • Determinantes de saúde (1)      12.00 – 14.00  14.00 – 16.00  Prática 3: História Natural da Doença e Níveis  de Prevenção de Doenças    Terça‐feira  16/02/10  7.30 ‐ 9.30    Palestra:  Interacções  entre  agente‐hospedeiro  e  meio  ambiente  • Determinantes de saúde (2)      12.00 – 14.00  14.00 – 16.00  Prática 3: História Natural da Doença e Níveis de  Prevenção de Doenças     Quarta‐feira  17/02/10  7.30 ‐ 9.30    Palestra:  Como fazer o diagnóstico na comunidade     ‐ Classificação das doenças transmissíveis     ‐ Elementos e mecanismos de propagação     ‐ E elementos e mecanismos de prevenção    12.00 – 14.00  14.00 – 16.00  Habilidades:  Epi‐Info      Quinta‐feira  18/02/10  7.30 ‐ 9.30    Palestra:  Usos de números e gráficos na Saúde Pública     ‐ Definição     ‐ Variáveis     ‐ Distribuição e frequências    12.00 – 14.00  14.00 – 16.00  Prática 4: Estatística básica    Sexta‐feira  19/02/10  7.30 ‐ 9.30  Palestra:  Usos de números e gráficos na Saúde Pública     ‐ Representação gráfica     ‐ Análise descritiva das variáveis quantitativas  (medidas de tendência central e medidas de  dispersão)    12.00 – 14.00  14.00 – 16.00  Tarefa 3: Elementos e mecanismos de propagação  de doenças transmissíveis        Introdução à Epidemiologia e Saúde Pública  Pg. 9    Mapa temporal das sessões tutoriais e práticas  Semana  # sessão  Tarefa  Sequência de abordagem  Actores  Moderador (M)  Secretário (S)  Semana 1  Dia 1       M:  S:  Dia 2   Tarefa 1  Apresentação e 1ª discussão  M:      S:  Dia 3  Prática 1  Apresentação e resolução    Dia 4   Prática 1  Correcção    Prática 2  Apresentação e resolução    Dia 5  Tarefa 1  2ª Discussão e conclusões  M:  Tarefa 2   Apresentação e 1ª discussão  S:  Semana 2  Dia 1   Prática 2  Correcção    Prática 3  Apresentação e resolução    Dia 2   Prática 3  Discussão e conclusões    Dia 3  Epi‐Info  ‐    Dia 4   Prática 4  Apresentação e resolução    Dia 5  Tarefa 2  2ª Discussão e conclusões  M:  Tarefa 3  Apresentação e 1ª discussão  S:  Semana 3  Dia 1   Prática 4  Correcção    Prática 5  Apresentação e resolução    Dia 2   Tarefa 3  2ª Discussão e conclusões  M:  Tarefa 4  Apresentação e 1ª discussão  S:  Dia 3  Prática 5  Correcção    Prática 6  Apresentação e resolução    Dia 4   Epi‐Info  ‐    Dia 5  Tarefa 4  2ª Discussão e conclusões  M:  Tarefa 5  Apresentação e 1ª discussão  S:  Semana 4  Dia 1   Prática 6  Correcção    Prática 7  Apresentação e resolução    Dia 2   Prática 7  Discussão e conclusões    Dia 3  Prática 8  Apresentação e resolução    Dia 4   Prática 8  Correcção    Tarefa 5  2ª Discussão e conclusões  M:  S:  Dia 5  Epi‐Info  ‐      VS B. ACTIVIDADES Introdução à Epidemiologia e Saúde Pública Pg. 10   Introdução à Epidemiologia e Saúde Pública  Pg. 11      Palestras  Conteúdo  Dia  Palestrante  Introdução:   • Colheita  das  expectativas  dos  estudantes  • Propósito do Bloco  • Objectivos de aprendizagem  • Conteúdo do Bloco  • Técnicas de Bloco  • Apresentação dos facilitadores e tutores  • Housekeeping  • Avaliação do Bloco (semanal e final)  Dia 1  7.30 – 8.00  Prof. Doutor  Baltazar Chilundo    1. Introdução à epidemiologia  • Definição de saúde e doença   • Conceito  e  abrangência  (abordagem  clínica vs epidemiológica)  • Contexto histórico  8.00 ‐9.30  Prof. Doutor  Baltazar Chilundo   Objectivos de  aprendizagem  Descrever as perspectives que definem saúde e doença;  Distinguir saúde individual da saúde pública;  Identificar as duas tarefas do trabalhador de saúde: tarefas clínicas e  tarefas de saúde da comunidade  Definir epidemiologia;  Distinguir a abordagem epidemiológica da abordagem clínica  Sumarizar a evolução histórica da epidemiologia;  2. Introdução à epidemiologia  • Utilidade (usos) de epidemiologia  • Perspectivas da epidemiologia  • Método científico e método epidemiológico  • Relação entre a Epidemiologia e outras  ciências  • Terminologia básica em Epidemiologia  Dia 2  7.30 ‐9.30  Prof. Doutor  Baltazar Chilundo   Objectivos de  aprendizagem  Listar as características chave e usos da epidemiologia descritiva;  Listar as características chave e usos da epidemiologia analítica;  Listar as três componentes da tríade epidemiológica;  Listar  e  descrever  as  aplicações  primárias  de  epidemiologia  na  prática de saúde pública;  Caracterizar o método epidemiológico como método científico;  Definir o que é: caso esporádico, endemia, surto epidémico, epidemia  e pandemia.    Introdução à Epidemiologia e Saúde Pública  Pg. 14    Conteúdo  Dia  Palestrante  10. Tipos de estudos epidemiológicos:   a. Estudos Observacionais  b. Estudos Experimentais  Dias 13 e 14  7.30 ‐9.30   Prof. Doutor  Martinho Dgedge  Objectivos de  aprendizagem    Reconhecer e analisar distintos estudos epidemiológicos, considerando  o  problema  ou  evento  que  analisam,  os  objectivos  do  estudo  e  os  diversos desenhos que adoptam  Seleccionar o tipo de desenho apropriado para o estudo que se propõe  realizar    11. Amostras e inquéritos:   a. Introdução, inquéritos numa US, população  e amostras  b. Inquéritos na população (prevalência,  demográficos, CAP e utilização de serviços)  Dias 15 e 16  7.30 ‐9.30  Dra. Fátima  Abacassamo    Objectivos de  aprendizagem  Definir os diversos tipos de inquéritos e dar exemplos apropriados em  que cada questionário foi desenhado para responder  o Inquérito de prevalência  o Inquérito demográfico  o Inquérito CAP  Definir amostras e descrever um método de obtenção duma amostra  aleatória  Enunciar as fontes de dados demográficos    12. Como obter informações sobre o estado de saúde da  população/como fazer vigilância epidemiológica  Dias 17 e 18  7.30 ‐9.30  Doutor Jahit Sacarlal  Objectivos de  aprendizagem  Definir o conceito de vigilância epidemiológica;  Identificar o propósito e objectivos da vigilância epidemiológica;  Listar as utilidades da vigilância epidemiológica em saúde pública;    Identificar  e  descrever  as  actividades  básicas  da  vigilância  epidemiológica ao nível local   Listar os atributos usados para avaliar sistemas de vigilância;  Listar as principais etapas para estabelecer um sistema de vigilância;  Descrever o sistema de vigilância epidemiológica de Moçambique          Introdução à Epidemiologia e Saúde Pública  Pg. 15      Sessões de práticas  # Prática  Designação  Objectivos  Prática 1  John Snow  • Replicar como os estudos do John Snow influenciaram a  Saúde Pública e a Epidemiologia de hoje. John Snow é o  marco fundador da epidemiologia (John Snow e a Bomba de  Broad Street e Cólera e companhias de águas de Londres)  Prática 2  Introdução à  epidemiologia  • Familiarizar‐se com cada uma das palavras‐chave que fazem  a definição da epidemiologia  Prática 3  História Natural  da Doença e  Níveis de  Prevenção de  Doenças  • Descrever a história natural da doença atribuída,  nomeadamente, a interacção entre os componentes da  Tríade Epidemiológica durante o período pré‐patogénico e  patogénico.   • Com base na história natural da doença descriminar e  classificar, em fases e níveis, as medidas de prevenção  aplicáveis à referida doença abordando a sua prioridade,  seu custo‐eficácia e efectividade nas condições reais do  nosso país.  Prática 4  Estatística  básica  • Calcular percentagens a partir de números e números a  partir de percentagens  • Construir uma tabela de distribuição de frequência   • Apresentar uma distribuição de frequência na forma de  tabela ou gráfico (histograma)  • Interpretar tabelas e gráficos (incluindo pirâmide  populacional)  • Definir e calcular a média, mediana, Intervalo  interquartil e outras medidas de tendência central e de  dispersão    Prática 5  Medidas de  frequência e  gravidade de  doenças  • Calcular Indicadores (numéricos, razões, proporções e  taxas) relativos às medidas de frequência e gravidade de  doenças  Prática 6  Risco e ODDS  • Distinguir Risco Relativo do Risco Absoluto  Prática 7  Tipos de  estudos e  medidas de  associação  • Calcular e interpretar as medidas de associação,  mediante a construção da Tabela 2x2 e determinação do  Risco Relativo, Odds Ratio    Prática 8  Sistema de  vigilância  • Aplicar os atributos para o funcionamento dum sistema  de vigilância epidemiológica        Introdução à Epidemiologia e Saúde Pública  Pg. 16      Sessões de habilidades  O ABC do Epi‐Info  Docente Responsável: Dr. Francisco Mbofana  A análise de dados e emissão de informações se faz cada vez mais presente nas áreas de saúde  pública, para possibilitar diagnóstico de situação e tomada de decisão rápida, buscando o  melhor controlo de eventos que venham actuar sobre a população. A utilização de programas  estatísticos que possibilitem o trabalho e desenvolvimento de informações de forma rápida  torna‐se assim vital.  O EpiInfo, sendo um programa de domínio público e gratuito, desenvolvido pelo CDC ‐ Centers  for Diseases Control and Prevention (Atlanta – EUA) e a Organização Mundial de Saúde ‐ OMS,  constitui uma excelente ferramenta para processamento e análise da dados, permitindo ao  nível técnico e aos vários profissionais da área de saúde melhor desempenho de suas  actividades.   O Epi Info é um programa integrado desenvolvido para uso em Epidemiologia, mas se aplica também à  pesquisa biomédica em geral. Reúne aplicações de banco de dados (criação, entrada e processamento),  análise estatística, geração de tabelas e gráficos e possibilita ainda algumas tarefas de programação. É  usado para criar e analisar questionários de protocolos de pesquisa.  Possui um conjunto de programas que contém editor de textos que permite a criação de  questionários, programas para criação de bancos de dados, para análise de banco de dados  com resultados estatísticos para uso em Epidemiologia e Saúde Pública e outras finalidades.  Com o ABC do EpiInfo os estudantes deverão estar capacitados a familiarizar‐se com o  instrumento poderoso nas análises estatísticas, na avaliação de dados epidemiológicos de suas  fontes de dados buscando identificar situações de risco para a população.  As sessões decorrerão no departamento de saúde da comunidade em todas as 6ªs feira de duração do  bloco.   Tempo aproximado por sessão: 2 horas          Introdução à Epidemiologia e Saúde Pública  Pg. 19      Faculdade de Medicina ‐ UEM  Problema  desencadeador e  exercícios    BLOCO: PRINCÍPIOS DE EPIDEMIOLOGIA e  SAÚDE PÚBLICA  TAREFA 1   A Saúde como um conceito  relativo  Por: Prof. Doutor Baltazar Chilundo    A. O Sr. SACRAMENTO é um trabalhador da saúde que trabalha num Hospital Rural, no Sul do País, ele  teve uma  formação prévia de nível médio no  Instituto de Ciências de Saúde da Urselândia como  Técnico de Medicina Preventiva. Desde  a  sua  formação,    em 1998,  ele  teve  a oportunidade de  participar  em  vários  seminários  de  actualização,  porém,  dado  o  seu  sonho  de  infância  de  ser  médico, ele candidata‐se e é seleccionado para o Curso Integrado de Medicina, na tão conceituada  Universidade Eduardo Mondlane. Numa das 1ª  s palestras, o  facilitador o  solicita que desse  sua  opinião sobre o conceito de saúde e doença e sua relação com indivíduo e comunidade, resposta  essa que foi prontamente dada pelo Dr. SACRAMENTO. No entanto essa resposta suscitou certas  dúvidas no seio da turma que levou a que o Facilitador mediasse esse debate.  B. O Senhor Jotajota, é o único técnico de medicina geral afecto no distrito Xikhelene, a trabalhar  no centro de saúde‐sede do distrito junto com a enfermeira Merinda. No âmbito de elaboração  do relatório de actividades anual é lhe solicitado pelo director distrital que fizesse a devida  apresentação do volume de tarefas que desempenham. Porém após listar as referidas tarefas,  encontrou dificuldade em distinguir aquelas que correspondem à resolução dos problemas de  saúde da comunidade das inerentes à saúde individual. O(a) senhor(a) participante deste curso  é então solicitado a ajudá‐lo. Tente antes demais reflectir sobre as várias tarefas que são  efectuadas pelos profissionais de saúde nas unidades sanitárias do nível primário.          Introdução à Epidemiologia e Saúde Pública  Pg. 20    1. Aprecie os diagramas de pessoas abaixo. Até que ponto cada uma dessas pessoas está  saudável?     (a)   (b)  (c)   (d)         (e)   (f)   (g)  Estes exemplos mostram que o que nós entendemos como ‘saúde’ não é linear e não possui   significado evidente como parece à apreciação superficial.      1. A seguir está uma lista de afirmações de muitas pessoas acerca do que acham ser  indivíduo saudável.    Tente agrupar essas afirmações em 5 categorias (i. Saudável mentalmente;  ii. Saudável  fisicamente; iii. Estilo de vida saudável; iv. Condições de vida saudáveis; & v. Sem necessidade  de cuidados médicos). Qual a categoria que melhor responde à sua posição actual de saúde?  Porquê?       Para mim, estar saudável significa:  Ter comida suficiente para comer      Não estar com demasiado nem baixo peso  para a minha idade/estatura  Ter um emprego      Sentir me bem comigo mesmo  Não fumar      Viver num casa apropriada  Nunca ir ao hospital      Ter ferias regulares, relaxar, curtir a vida   Trabalhar sem muito stress      Não sentir dores nenhumas  Estar ‘numa boa’ com outras pessoas        Ter uma pele macia, olhos e cabelos   Comer alimentos adequados       Raramente deixar de trabalhar por causa da  doença  Fazer exercícios regulares        Não consumir demasiado  bebidas alcoólicas            Introdução à Epidemiologia e Saúde Pública  Pg. 21    2. Durante 5 min, compare as 6 afirmações abaixo. Pense nas pessoas pobres e aquelas  que têm as suas necessidades básicas satisfeitas. Como relacionaria estas afirmações  com as pessoas de cada grupo? Porquê?    Apresentação e discussão em plenária (5 min)  Ter comida suficiente para comer      Trabalhar sem muito stress  Ter um emprego       Ter férias regulares, relaxar, curtir a  vida  Comer alimentos adequados      Viver num casa apropriada  Conclusão parcial  Que conclusões podemos estabelecer sobre o conceito de saúde? E sobre a doença na  comunidade?       3.  A lista de tarefas que se segue, corresponde às actividades d senhor Jotajota no centro de  saúde. Distinga aquelas inerentes à  resolução de problemas de saúde individual das que  incluem o diagnóstico e manejo de problemas das pessoas na comunidade.  a. Diagnóstico e tratamento de pacientes;  b. Administração de vacinas;  c. Orientação de palestras de educação sanitária;  d. Condução de consultas pré‐natais;  e. Assistência aos partos;  f. Cuidados especiais de doentes com tuberculose e lepra;  g. Detecção de epidemias de doenças na área que serve;  h. Condução de inquéritos para detectar pessoas com doença, mas que não estão a beneficiar de  assistência médica.    4. Ao lado de cada uma das tarefas efectuadas no centro de saúde sede de Xikhelene, listadas  abaixo, marque com um tique ( ) aquelas que pertencem ao trabalho clínico ou ao trabalho de  saúde da comunidade    Medicina clínica Saúde da Comunidade (a). Tratar uma mulher grávida com malária (b). Conduzir um inquérito sobre surdez entre crianças  em idade escolar  (c). Orientar palestras sobre vacinação (d). Aconselhar uma jovem sobre saúde sexual e HIV (e). Fazer um diagnóstico numa paciente com tosse e  febre  (f). Organizar brigadas móveis de vacinação (g). Tratar uma paciente com fratura  (h). Fazer diagnóstico de apendicite  (i). Conduzir um inquérito sobre anemia numa cidade     Introdução à Epidemiologia e Saúde Pública  Pg. 24    decidiu convocar um encontro do seu colectivo técnico para discutir o caso antes de ele partir para  Malovane com as soluções para o DDS.  Os membros mais antigos e experientes, uma vez mais, ficaram muito satisfeitos com esta atitude  do director e colaboraram activamente. Na sua opinião quais foram os aspectos que abordaram e  que enriqueceram os conhecimentos do DPS?    Tendo em conta o problema apresentado, cada aluno deverá considerar os aspectos seguintes:  a) Cadeia epidemiológica:  a. Elementos da cadeia epidemilógica e sua utilidade nas doenças transmissíveis;  b) Fontes de  Infecção;  c) Classificação das fontes de Infecção: Doentes, Portadores Comunicantes, Reservatórios;  d) Vias de eliminação dos microorganismos patogénicos;  e) Vias de transmissão dos microorganismos patogénicos;  f) Portas de eliminação ou  saída do agente;  g) Portas de entrada no novo hospedeiro.      Introdução à Epidemiologia e Saúde Pública  Pg. 25      Faculdade de Medicina ‐ UEM  Problema  desencadeador      BLOCO: PRINCÍPIOS DE EPIDEMIOLOGIA e  SAÚDE PÚBLICA  TAREFA 4   Investigação de tuberculose na  sua cidade  Trabalho original  da UCM (tradução e revisão por Prof. Doutor Baltazar Chilundo e Prof. Doutor César Palha de  Sousa)  A) A equipa de pesquisa do Departamento de Saúde da Comunidade da UEM pretende investigar o  efeito dos contactos domésticos com tuberculose pulmonar no risco de transmissão de tuberculose  na cidade de Maputo. Eles decidem proceder através dum estudo do tipo caso‐controlo. Enquanto  escreviam o protocolo de pesquisa, eles discutiram uma série de aspectos: (i) Neste estudo qual  será a exposição e qual será o desfecho; (ii) o que são casos? (iv) o que são controlos? (v) seria o  ODDS Ratio (Razão dos contrários, Produtos cruzados) a medida apropriada para comparar a  frequência do factor de risco de interesse em casos e controlos?  B) A mesma equipa de investigadores também estava interessada em saber se ao dar Isoniazida (INH)  às pessoas que acabavam de receber tratamento para tuberculose era eficaz na redução da taxa de  recorrência da tuberculose em Maputo, uma cidade que todos sabemos que tem uma prevalência  de HIV elevadíssima (acima dos 20%). Para estudar este fenómeno, eles decidiram fazer um ensaio  randomizado controlado, recrutando pessoas que acabavam de terminar tratamento de  tuberculose. Participantes foram randomizados para receber INH (grupo de intervenção) ou  placebo (grupo de controlo) durante 12 meses depois do término do tratamento de tuberculose.  Todos participantes foram seguidos para determinar a incidência cumulativa da tuberculose nos  grupos de intervenção e de controlo.    1) Os investigadores encontraram que o risco relativo para tuberculose recorrente entre as pessoas  HIV‐positivo comparado com os pacientes HIV‐negativo foi de 10.7 (IC 95% 1.4‐81.6). Como tu  interpretarias este valor de risco relativo? Como interpretas o Intervalo de confiança?  2) Entre os participantes HIV‐positivo, o risco relativo de TB foi de 0.18 (IC 95%0.04‐0.83) para aqueles  que tomaram INH comparados com aqueles que não tomaram. Como tu interpretarias este valor  de risco relativo? Como interpretas o Intervalo de confiança?  3) Entre os participantes HIV‐positivo, o Risco Relativo para a morte foi de 0.93 (IC 95% 0.51‐1.65)  entre aqueles que tomaram INH comparados com aqueles que não tomaram. Como tu  interpretarias este valor de risco relativo? Como interpretas o Intervalo de confiança?    Introdução à Epidemiologia e Saúde Pública  Pg. 26      Faculdade de Medicina ‐ UEM  Problema  desencadeador      BLOCO: PRINCÍPIOS DE EPIDEMIOLOGIA e  SAÚDE PÚBLICA  TAREFA 5   Investigação de surto  Trabalho original  da UCM (tradução e revisão por Dra. Fátima Cuembelo e Prof. Doutor Baltazar Chilundo)    m  grupo  de  soldados mancebos  recentemente  recrutados  e  colocados  no  quartel  de  Boane  como candidatos a pertencer a uma unidade de guarda‐fronteiras estava a fazer um treino que  incluía marchar para cima e para baixo das montanhas nas redondezas.    A marcha  começou  no  dia  22  Julho  2009  pela  tarde,  todos  os  soldados  encontraram‐se  num  lugar  chamado Mafuaine, ao lado de um cristal claro e um rio fresco. Depois disso, os soldados entraram em  grupos pequenos para locais diferentes, e alguns desses locais tinham pequenos lagos.   Toda a comida consumida tinha sido individualmente empacotada e pasteurizada como parte das regras  dói exército. Contra regulamentos estabelecidos, a água não tratada dos lagos e rios foi bebida.  No dia seguinte todos estavam de volta para o forte dos quartéis comendo a comida habitual.   A  unidade  consistiu  de  122  soldados  (chamados  guarda‐fronteiras)  dos  quais  100  participaram  na  marcha.  Outra  unidade,  com  25  soldados,  compartilhou  os  quartéis  e  a  cantina  com  a  unidade  remanescente dos guarda‐fronteiras.   Na tarde do dia 23 de Julho alguns soldados começaram a sentir‐se indispostos, apresentando diarreia e  febre.  Depois  de  estabelecer  uma  definição  epidemiológica  do  caso  com  base  nos  sintomas  manifestados pelos primeiros soldados que se sentiram doentes, o médico chefe do quartel foi capaz de  confirmar que 81 soldados que estavam na marcha e um da unidade dos guarda‐fronteiras que não foi  para a marcha, desenvolveram a doença gastrointestinal febril enquanto que nenhum soldado fora da  unidade dos guarda‐fronteiras desenvolveu a doença durante aquele período.   O médico chefe pensa que havia uma epidemia da doença gastrointestinal  febril e decide  resumir os  casos por datas e horas. (Tabela 1)   Tabela 1. Ocorrência de casos de acordo com o tempo de início de sintomas   Dia   Manhã   Tarde   Noite   Noite   23  0  1  1  3  24  5  16  13  3  25  4  9  3  1  26  3  1   0  1  27  1  0  0  0  28  2  0  0  0  29  2  0  0  0  30   1  0  0  0  31  1  0  0  0  1  0  0  0  0  2  0  0  0  0    U    Introdução à Epidemiologia e Saúde Pública  Pg. 29      Faculdade de Medicina ‐ UEM  Introdução e  exercícios      BLOCO: PRINCÍPIOS DE EPIDEMIOLOGIA e  SAÚDE PÚBLICA  PRÁTICA 1  John Snow e Cólera    ohn  Snow  (1813  –  1858)  Um  dos mais  influentes  especialistas  de  saúde  pública  do  século  XIX  e  médico  inglês  nascido  em  York,  Inglaterra,  mais  conhecido  por  seu  trabalho  em  cólera  e  anestesiologia, é considerado um dos fundadores da moderna epidemiologia. Auxiliar de cirurgias de  William Hardcastle, graduou‐se na Universidade de Londres (1843). Solteirão convicto, dedicou toda sua  vida aos seus pacientes e a pesquisa médica. Nos anos 1840, desenvolveu pioneiramente equipamentos  empregados  para  aplicação  do  éter  com  segurança  para  pacientes.  Seu  livro  On  Ether  (1847),  permaneceu  como  referência  padrão  até meados  do  século  XX.  Um  dos  pioneiros  da  adopção  da  anestesia e da higiene médica e considerado um dos pais da epidemiologia por ter identificado a cadeia  de  transmissão  do  Vibrio  cholerae,  o  responsável  pela  Cólera.  Demonstrou  (1854)  que  fezes  contaminavam a água e esta era a origem da infecção pela cólera, embora que também sua transmissão  poderia  ocorrer  de  pessoa  para  pessoa  e  através  do  alimento  contaminado.  Deduzindo  ser  um  organismo vivo o causador da doença, onde antes acreditava‐se que a contaminação da cólera ocorria  através  do  ar.  A  aprovação  de  suas  recomendações  sanitárias  preventivas  eliminou  a  cólera  da  totalidade  das  comunidades  inglesas.  Fundou  a  Epidemiological  Society  e morreu  durante  a  terceira  pandemia de cólera asiática (1846‐1863), em Londres.    Agora,  vá procurar mais  informação  acerca da epidemia de  cólera e  as descobertas de  John  Snow e  responda às seguintes perguntas:    1. John Snow antes de se debruçar neste trabalho de investigação já tinha alguns conhecimentos,  qual foi o conhecimento que lhe permitiu a elaboração da hipótese para este estudo?    2. Quem foi a personalidade que influenciou John Snow?    3. O que é que John Snow queria provar especificamente neste trabalho de investigação?    4. Porque que se dá tanta importância em epidemiologia ao trabalho de John Snow tendo havido  posteriormente tantos trabalhos importantes em magnitude e importância?    5. O que chamou atenção a John Snow para iniciar este trabalho de investigação?    6. Qual é a importância para nós os iniciandos na área de epidemiologia em conhecer o estudo de  John Snow?    7. Qual foi o meio de recolha que John Snow adoptou para calcular os seus indicadores.    8. Qual  foi a alteração na  situação que ajudou a  John Snow observar mudança na evolução dos  indicadores?    J   Introdução à Epidemiologia e Saúde Pública  Pg. 30    9. Qual foi o indicador de vitalidade que John Snow utilizou no seu estudo?    10. Porquê que não foi suficiente para John Snow o estudo dos dois distritos em que num, só havia  distribuição  de  água  da  companhia  SOUTHWARK  e  no  outro  da  a  companhia  Lambeth,  prosseguindo  com  a    investigação  em  um  local  onde  as  duas  companhias  forneciam  agua  juntamente?     11. Quando  John  Snow  fez  o  seu  estudo  tratou  de  recrutar  uma  população  extremamente  heterogénea (diferente) diferentes sexos,  idades, distinta situação social, diferentes ocupações  com diferentes fontes de abastecimento de água (as duas companhias em estudo).   12. Qual foi o seu objectivo?    13. Que informação necessitava recolher John Snow para apoiara sua hipótese.    14. Que indicadores ele necessitou comparar para apoiar a sua hipótese.    15. Que avanço trouxe para a ciência a experiência de Snow.    16. Por ultimo que dificuldades  teriam vocês nos vossos    locais de  trabalho  se quisessem  realizar  uma experiência como a de Snow.    Introdução à Epidemiologia e Saúde Pública  Pg. 31      Faculdade de Medicina ‐ UEM  Introdução e  exercícios      BLOCO: PRINCÍPIOS DE EPIDEMIOLOGIA e  SAÚDE PÚBLICA  PRÁTICA 2  Introdução à epidemiologia    xercício 1 (45 min): Como vimos através da abordagem detalhada do conceito de epidemiologia e  não  só,  Epidemiologistas  frequentemente  descrevem  as  seguintes  características  do  indivíduo:  idade, sexo, raça e classe social.  a) Características do hospedeiro (PESSOA)  Idade  ‐ Como você descreve o padrão mostrado na Figura 1?  Taxa de infecção por grupos etários em Moçambique, 2003 0 100 200 300 400 500 600 700 800 <1 1-9 10-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 70+ Idade em anos In fe cç õe s po r 1 00 0 P O P U LA Ç Ã O   Figura 1 – Taxa de infecção por grupos etários em Moçambique. Nota: taxas são calculadas na base do  número de pessoas em cada grupo etário     SEXO e IDADE  Taxa de prevalência HIV por grupos etários e sexo, Moçambique, 2002                                Figura 2‐ Taxa de prevalência HIV por grupos etários e sexo, Moçambique, 2002     E  0 . 0 0 % 5 . 0 0 % 1 0 . 0 0 % 1 5 . 0 0 % 2 0 . 0 0 % 2 5 . 0 0 % 0- 4 5- 9 10 -1 4 15 -1 9 20 -2 4 25 -2 9 30 -3 4 35 -3 9 40 -4 4 45 -4 9 50 -5 4 55 -5 9 60 + D es co nh H o m e ns M ulhe re s   Introdução à Epidemiologia e Saúde Pública  Pg. 34    Tabela 1 – Média de mortes por dia devido ao suicídio e homicídio, Maputo, 2006    Dia  Suicídio  Homicídio  Domingo  66.6  68.0  segunda‐feira  75.0  51.2  terça‐feira  68.8  47.2  quarta‐feira  68.3  43.1  quinta‐feira  68.6  46.7  sexta‐feira  68.1  74.5  sábado  66.4  82.4      Exercício  2  (20 min):  Identifique  6  problemas  de  saúde  que  achar  que  são mais  frequentes  na  sua  província de origem. Em cada um deles descreva:  • A mais provável frequência e padrão;  • Os possíveis determinantes;  • A eventual população afectada;  • Se  tivesse que conduzir uma  investigação para apurar evidências  relacionadas com o problema, o  que faria?    Introdução à Epidemiologia e Saúde Pública  Pg. 35      Faculdade de Medicina ‐ UEM  Introdução e  exercícios      BLOCO: PRINCÍPIOS DE EPIDEMIOLOGIA e  SAÚDE PÚBLICA  PRÁTICA 3  História Natural da Doença e  Níveis de Prevenção de  Doenças    gora  que  já  está  familiarizado  com  os  conceitos  básicos  de  epidemiologia  é  tempo  de  os  consolidar aplicando‐os no contexto de um problema prático.     Assim,  em  relação  à  doença  que  for  atribuída  ao  seu  grupo  como  tema  deste  problema,  use  os  conhecimentos que possui sobre a mesma, para com o seu grupo de  trabalho:     1. Descrever a história natural da doença, nomeadamente, a interacção entre os componentes da  Tríade Epidemiológica durante o período pré‐patogénico e patogénico.       2. Com base na história natural da doença descriminar e classificar, em fases e níveis, as medidas  de  prevenção  aplicáveis  à  referida  doença  abordando  a  sua  prioridade,  seu  custo‐eficácia  e  efectividade nas condições reais do nosso pais.     Para  efectuar  este  trabalho,  apoie‐se  nos  documentos  relativos  a  este  problema,  que  lhe  foram  distribuídos nas  secções  anteriores. Apoie‐se  especialmente,  nos  esquemas  sobre história natural  da  doença, níveis e prioridades de prevenção de doenças.     Cada grupo deverá preparar uma apresentação a ser feita em plenária seguida de discussão.     Bom Trabalho!  A   Introdução à Epidemiologia e Saúde Pública  Pg. 36      Faculdade de Medicina ‐ UEM  Introdução e  exercícios      BLOCO: PRINCÍPIOS DE EPIDEMIOLOGIA e  SAÚDE PÚBLICA  PRÁTICA 4  Estatística básica    scolha a resposta correcta para cada questão apresentada    1. 1. Todas as afirmações a seguir são medidas de tendência central EXCEPTO   A. Media aritmética   B. Media geométrica  C. Mediana  D. Moda  E. Intervalo    2. A medida de tendência central que tem metade das observações abaixo e metade das  observações acima é:  A. Media aritmética   B. Media geométrica  C. Mediana  D. Moda  E. Intervalo    3. A medida de tendência central mais frequentemente utilizada é a:  A. Media aritmética   B. Media geométrica  C. Mediana  D. Moda  E. Intervalo    4. Qual é o erro imperdoável cometido na distribuição da frequência apresentada abaixo   A. Intervalo de classes de tamanhos diferentes  B. Inclusão de uma categoria desconhecida  C. Ausência da coluna para a distribuição das percentagens   D. Sobreposição dos Intervalos de classes  E. Excessivas categorias        E    Introdução à Epidemiologia e Saúde Pública  Pg. 39      Faculdade de Medicina ‐ UEM  Introdução e  exercícios      BLOCO: PRINCÍPIOS DE EPIDEMIOLOGIA e  SAÚDE PÚBLICA  PRÁTICA 5  Medidas de frequência e  gravidade de doenças    1. Durante  os  1ºs  9 meses  de  vigilância  nacional  de    cólera,  o  Departamento  de  Epidemias  e  Endemias recebeu 1068 casos reportados que especificaram os dados por sexo; 893 casos eram  femininos.  a. Calcule a razão feminino‐masculino  b. Calcule a proporção de casos de cólera que ocorreram em masculinos    2. A  figura  abaixo  representa  10  episódios  de  uma  doença  numa  população  de  20  durante  um  período de 16 meses. Cada  linha horizontal  representa a porção de  tempo  cada pessoa  ficou  doente. A linha começa da data do início e termina na data da morte ou recuperação.    a. Calcule a taxa de incidência de 1 de Outubro de 1990 a 30 de Setembro de 1991, usando  a população existente no ponto médio de tempo(= população total menos aqueles que  morreram antes de 1 de Abril de 1991);  b. Calcule o ponto de prevalência em 1 de Outubro de 1990;  c. Calcule a prevalência de período entre 1 de Outubro de 1990 a 30 de Setembro de 1991.    3. Em 2005, 41595 casos de SIDA foram reportados em Modovolas (província de Moçanlândia). A  população no meio do de 2005 foi estimada em 248710000. Calcule a taxa de incidência de SIDA  em 1990.     4. Num  inquérito envolvendo pacientes com  ITS no CS Benhane, 180 de 300 pacientes  inquiridos  referiram  uso  dum  preservativo masculino  pelo menos  1  vez  durante  os  2 meses  antes  do  inquérito. Calcule o período de prevalência nesta população nos dois últimos meses.      5. De  75  pessoas  que  foram  a  um  piquenique  da  igreja,  46  subsequentemente  desenvolveram  gastroenterite. Calcule a  taxa de ataque de gastroenterite. Note que a  taxa de ataque é uma    Introdução à Epidemiologia e Saúde Pública  Pg. 40    proporção – as pessoas no numerador estão também incluídas no denominador. Esta proporção  é uma medida da probabilidade ou risco de tornar‐se um caso.    6. Se 10 enfermeiras profissionais  observaram 300 clientes num dia dum HDD, qual é o nº médio  de clientes atendidos por enfermeira? Diga o tipo de indicador e classifique‐o sistematicamente.        7. O CS Boa Vida, registou numa consulta pré‐natal durante os meses de Janeiro, Fevereiro, Março,  Abril, Maio e  Junho de 2004  sucessivamente 121, 89, 91, 100, 44 e 68 grávidas nas  suas 1ªs  consultas com teste sífilis (RPR) positivo. Sabendo que no mesmo período fizeram teste de sífilis,  sucessivamente 600, 585, 867, 631, 386 e 494 grávidas na primeira consulta pré‐natal, calcule o  peso  da  sífilis  em mulheres  grávidas  em  cada mês  e  no  1º  semestre  de  2004. Que  tipo  de  indicador se trata e como seria classificado sistematicamente.       8. Se  você  quisesse  medir  a  efectividade  dum  programa  de  educação  em  HIV/SIDA,  usaria  a  incidência ou prevalência como uma medida?       9. As enfermeiras do Distrito Z observaram 3256 pacientes em Março 2004, destas 1,628  foram  referidas  aos  médicos.  Por  outro  lado,  os  médicos  observaram  4500  pacientes  no  total  (incluindo os pacientes referidos). Que  tipo de  indicatores podem ser extraídos destes dados?   Faça o cálculo e interprete o resultado.    10. Se um inquérito mostra que em Janeiro 2006, haviam 250 crianças menores de 5 anos com teste  positivo de HIV, no distrito Valor dum universo de 10000 crianças menores de 5 anos do mesmo  distrito, qual é o peso percentual de HIV neste grupo? Como chamaria esta taxa?  Interprete o  resultado obtido.        11. Se 2300 novos casos de tuberculose foram reportados durante o ano de 2004 numa população  de  400000  pessoas,  calcule  o  peso  percentual  da  doença.  Como  chamaria  esta  taxa?  Como  classificaria sistematicamente este indicador? Interprete o resultado obtido.            Introdução à Epidemiologia e Saúde Pública  Pg. 41      Faculdade de Medicina ‐ UEM  Introdução e  exercícios      BLOCO: PRINCÍPIOS DE EPIDEMIOLOGIA e  SAÚDE PÚBLICA  PRÁTICA 6  Risco, ODDS, porque é que nós  fizemos despistes    esponda às perguntas a‐f analisando os dados da Tabela 6.1 por tempo, lugar e pessoa.  a. Agrupando as datas de início em Intervalos de 7 dias, crie a frequência de distribuição do  número de casos por semana.    b. Utilize as  listas alinhadas na Tablea 6.1 e os dados de população específicos de área na Tabela  6.2 para determinar as taxas de ataque específicas de área. Qual a área da cidade que tem mais  casos? Qual a área que tem a taxa de ataque mais alta?    c. Calcule a razão feminino/masculino nos casos.    d. Calcule as proporções de casos do sexo feminino.    e. Utilize a listas alinhadas e os dados de população específicos de idade e sexo da Tabela 6.3 para  determinar as taxas de ataque específicas de idade e sexo. Que grupos de idade/sexo estiveram  em maior risco? Que grupos de idade/sexo estiveram em menor risco? (Ajuda: A Tabela 6.3 está  limitada a residentes na cidade. Quem deveria incluir no numerador da sua taxa de ataque?)    f. Calcule o risco relativo de pessoas de idade entre 40 a 59 anos em relação a pessoas de idades  entre os 20 e 39 anos de idade.    R   Introdução à Epidemiologia e Saúde Pública  Pg. 44      Faculdade de Medicina ‐ UEM  Introdução e  exercícios      BLOCO: PRINCÍPIOS DE EPIDEMIOLOGIA e  SAÚDE PÚBLICA  PRÁTICA 7  Tipos de estudos  epidemiológicos e medidas de  associação    1. Em 1997 foi realizado, numa Cidade Moçambicana, um estudo sobre a possível relação entre a  malária durante os dois primeiros trimestres de gravidez e a ocorrência de partos prematuros.  Para isso, foram incluídas no estudo mulheres que estavam no inicio do seu terceiro trimestre de  gravidez, das quais 234 tinham tido um ou mais episódios de malária, ao longo dos 6 meses anteriores de  gravidez, e 344 não tinham tido exposição à doença.  As 578 grávidas foram seguidas até à altura do parto  tendo‐se verificado a ocorrência de 88 partos prematuros, dos quais 52 ocorridos em mães que tinham  tido malária durante os dois primeiros trimestres de gravidez.     a) Que tipo de estudo epidemiológico foi este?    b) De acordo com os resultados deste estudo foi encontrada alguma associação entre a prematuridade e a  ocorrência  de  caso  de malária  durante  os  dois  primeiros  trimestres  de  gravidez  ?      Justifique  a  sua  resposta    c) Qual foi a proporção de partos prematuros atribuíveis ao facto das mães terem tido malária durante a  gravidez ? Justifique a sua resposta      2. Em estudos descritivos de series de casos, varias equipas de investigadores observaram que uma grande  percentagem de mulheres gravidas tinham anemia. Por isso, surge entre estas equipas a necessidade de  verificar se existe uma associação entre a gravidez e a anemia. Por outras palavras, se as mulheres  gravidas têm um risco maior de desenvolver uma anemia do que as mulheres que não estão gravidas.  Assim, as diferentes equipas de investigadores optaram por desenhar diferentes tipos de estudos, para  tentar responder a esta questão:   Equipa 1   Esta equipa decidiu estudar um grupo de 500 mulheres que estão no primeiro trimestre de gravidez, seguir estas  mulheres  e  ver  quantas  delas  poderão  vir  a  desenvolver  anemia  ao  longo  da  sua  gravidez.  Simultaneamente,  estudaram  outro  grupo  de  1200 mulheres  que  não  estavam  gravidas,  para  ver  quantas  delas  desenvolveriam  anemia ao longo do tempo do estudo.     Introdução à Epidemiologia e Saúde Pública  Pg. 45    No fim do estudo verificaram que entre as 500 mulheres gravidas, 205 tinham desenvolvido anemia ao  longo da  gravidez e que entre as mulheres que não estavam gravidas foram 220 as que desenvolveram anemia ao longo do  estudo.   a. Que tipo de estudo foi este ?   b. Qual foi a frequência de anemia que a equipa encontrou entre as mulheres grávidas e as entre as que não  estavam grávidas ?   Equipa 2   Esta equipa decidiu estudar um grupo de 425 mulheres com anemia e verificar quantas delas  tinham  tido uma  gravidez recente. Cada vez que uma mulher com anemia era  incluída no estudo, eram seleccionadas 3 mulheres  sem anemia que eram entrevistadas para se verificar se teriam tido uma gravidez recente.   No fim do estudo verificou‐se que das 425 mulheres com anemia, 205 tinham tido uma gravidez recente. Também  se verificou que das 1275 mulheres sem anemia, 295 tinham estado recentemente gravidas.   c. Que tipo de estudo foi este?   d. Qual foi a proporção de mulheres com anemia e de mulheres sem anemia que tinham estado grávidas  recentemente?  Equipa 3   Esta equipa decidiu estudar as 1700 mulheres que recorreram aos serviços dos Centros de Saúde duma Cidade,  durante um semestre. Foram  todas examinadas para se verificar se  tinham anemia e  foram entrevistadas sobre  uma possível gravidez recente.   No fim do estudo verificaram que entre todas as mulheres estudadas 425 tinham anemia e que 500 tinham estado  gravidas recentemente. Verificaram ainda que entre as que tinham tido uma gravidez recente 205 tinham anemia.   e. Que tipo de estudo foi este?   f. Qual foi a frequência de anemia que a equipa encontrou entre as mulheres que tinham estado grávidas  recentemente e entre as que não tinham tido uma gravidez recente ?     3. Em  2006, na Cidade X que tinha uma população estimada em 260 000 habitantes, foram notificados 18  casos de Raiva humana que resultaram na morte de todos os doentes.   Nessa mesma  Cidade  e  no mesmo  ano,  foi  também  notificada  a  ocorrência  de  512  casos  de Malária  que  resultaram na morte de 54 desses doentes.    a) Calcule a Taxa de Incidência (TI) de cada uma  das doenças, em 2006, na referida Cidade.      Introdução à Epidemiologia e Saúde Pública  Pg. 46    b) Calcule qual foi a Taxa de Letalidade (TL) de cada uma das doenças.    c) Calcule as respectivas Taxas de Mortalidade  especifica (TME).    4. Com o objectivo de avaliar a cobertura vacinal da Cidade do Maputo foram entrevistadas, em Novembro de  1999, as mães de 247 crianças com idades compreendidas entre os 12 e os 23 meses de idade. Destas 174  (81%) tinham completado o seu esquema de vacinação. Também se verificou que 43 crianças, das 247  observadas, tinham nascido fora duma Maternidade, e que destas 16 tinham vacinação incompleta.       a) Que tipo de estudo foi este ?    b) Será que o facto das mães terem parido as suas crianças fora de uma Maternidade, constituiu um  factor de risco para não terem completado as vacinações dos seus filhos?  c) Porquê ?      5. Num estudo em Gotemburgo (Ramstedt et al 1992. Int J STD AIDS 3:117‐22), foram testadas 5741 jovens da  consulta hospitalar de ginecologia para a infecção com Chlamydia trachomatis, uma bactéria que, com a  melhoria dos meios laboratoriais, tem vindo a ser crescentemente associada a infecções genitais  sexualmente transmissíveis. Ao mesmo tempo, perguntou‐se qual a duração da presente relação sexual das  jovens, agrupando‐se as que não têm parceiro sexual estável com as que têm relações de duração inferior a  1 ano. Os resultados foram os seguintes,         a) Qual o risco de uma jovem estar infectada ?   b) Qual o risco de uma jovem com relação de mais de 1 ano estar infectada?   c) Qual o risco relativo de uma jovem com relação inferior a 1 ano ou instável estar infectada?   d) Calcule o OR    6. De 5055 pessoas que tiveram varicela na infância, 6 tiveram uma forma benigna de “zona” (uma doença  causada pelo mesmo vírus) muitos anos mais tarde, e nenhuma teve formas severas desta doença. Num  grupo de comparação, formado por 2872 pessoas que não tiveram varicela na infância, 24 desenvolveram  uma forma severa de varicela quando eram adultas e 52 desenvolveram uma forma benigna desta doença.   a) Qual o risco de desenvolver uma forma benigna de doença (varicela ou zona) em adulto?   b) Qual o RR de uma pessoa que teve varicela na infância desenvolver doença benigna?  
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