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Guias e Dicas
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História da arte, Notas de estudo de Desenho Industrial

Apostila de história da arte. Autoria:desconhecida Fonte: algum lugar da internet

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 13/10/2011

.nouser
.nouser 🇧🇷

4.8

(23)

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Baixe História da arte e outras Notas de estudo em PDF para Desenho Industrial, somente na Docsity! História da Arte: O pintor suíço Paul Klee, disse uma vez que “a arte não limita o visível: cria o visível” . Sua frase sintetiza uma das principais discussões da história da arte, aquela que opõe de um lado os adeptos da imitação e de outro os da invenção. Mais sistemático, o pintor russo Vassili Kandinski definiu três elementos constitutivos de toda obra de arte: o elemento da personalidade, próprio do artista; o elemento do estilo, próprio da época e do ambiente cultural; e o elemento do puro e eternamente artístico, próprio da arte, fora de toda limitação espacial ou temporal. Conceito: De um ponto de vista genérico e com base em qualquer dos teóricos modernos, a arte é pois todo trabalho criativo, ou seu produto, que se faça consciente ou inconscientemente com intenção estética , isto é, com fim de alcançar resultados belos. Se bem que o ideal de beleza seja de caráter subjetivo e varie com os tempos e costumes, todo artista (seja ele pintor, escultor, arquiteto. Ou músico, escritor, dramaturgo, cineasta) certamente investe mais na possível beleza de sua obra do que na verdade, na elevação ou utilidade que possa ter. Nas artes visuais contemporaneamente chamadas artes plásticas, esse tipo geral esteve sempre presente, assim como os outros que eventualmente se lhe acrescentam, isto é, a originalidade, o aspecto critico e muitas outras características. Classificação da arte: Artes espaciais, todas as artes plásticas, distinguindo as bidimensionais como desenho e a pintura, e as tridimensionais, como a escultura e arquitetura. O sentido mais importante para sua apreciação estética é a visão, motivo por que também foram chamadas de “artes visuais”. Artes temporais, todas as artes que implicam um processo no tempo. Costumam distinguir-se as artes sonoras, como a música instrumental (que além disso, é intermitente, isto é, só existe como tal quando é executada) e as artes verbais, que compreenderiam gêneros literários como a poesia e o romance. Artes mistas, as disciplinas artísticas em que intervêm, combinados, elementos pertencentes aos dois grupos anteriores. O teatro por exemplo, ainda que seja um gênero literário, inclui a representação espacial; a dança é ao mesmo tempo espacial ou 1 temporal; e a ópera compreende, além disso, componentes literários, assim como o cinema. Ao longo dos tempos, e à medida que se sucedem às gerações, a arte experimenta mudanças em sua maneira de ser e cabe à história da arte avaliar a importância dessas modificações. Mas a história deve ser, mais do que uma enumeração interminável de fatos, um ordenamento destes (com suas conseqüências). De que toda prioridade seja dada aos realmente mais importantes. Também o historiador da arte deve ordenar por classes os fatos de que dispõe, segundo um critério de qualidade. Quem faz arte? O homem criou objetos para satisfazer as suas necessidades práticas, como as ferramentas para cavar a terra e os utensílios de cozinha . Outros objetivos são criados por serem interessantes ou possuírem um caráter instrutivo. O homem cria a arte como meio de vida, para que o mundo saiba o que pensa, para divulgar as suas crenças (ou as de outros), para estimular e distrair a si mesmo e aos outros, para explorar novas formas de olhar e interpretar objetos e cenas. Por que o mundo necessita de arte? Porque fazemos arte e para que a usamos é aquilo que chamamos de função da arte que pode ser ... feita para decorar o mundo ... para espelhar o nosso mundo (naturalista) ... para ajudar no dia a dia (utilitária)... para explicar e descrever a história... para ser usada na cura de doenças... para ajudar a explorar o mundo. Como entendemos a arte? O que vemos quando admiramos uma arte depende da nossa experiência e conhecimentos, da nossa disposição no momento, imaginação e daquilo que o artista pretendeu mostrar. O que é estilo? Por que rotulamos os estilos da arte? Estilo é como o trabalho se mostra, depois de o artista ter tomado suas decisões. Cada artista possui um estilo único. Imagine se todas as peças de arte feitas até hoje fossem expostas numa sala gigantesca. Nunca conseguiríamos ver quem fez o que, quando e como. Os artistas e as pessoas que registram as mudanças na forma de se fazer arte, no caso os críticos historiadores, costumam 2 horizontalmente sobre elas). E o menir que era monumento megalítico que consiste num único bloco de pedra fincado no solo no sentido vertical. O Santuário de Stonehenge, no Sul da Inglaterra, pode ser considerado uma das primeiras obras da arquitetura que a história registra. Ele representa um enorme círculo de pedras erguidas a intervalos regulares, que sustentam traves horizontais rodeando outros dois círculos interiores. No centro do último está um bloco semelhante a um altar. O conjunto está orientado para o ponto do horizonte onde nasce o sol no dia do solstício de verão, indicio de que se destinava às praticas rituais de um culto solar. Lembrando que pedras eram colocadas umas sobre as outras sem a união de nenhuma argamassa. Instrumentos de pedra polida, enxada e tear; inicio do cultivo dos campos; artesanato; cerâmica e tecidos; construção de pedra; e primeiros arquitetos do mundo. Idade dos metais: aparecimento da metalurgia; aparecimento das cidades; invenção da roda; invenção da escrita; e arado de bois. As cavernas: antes de pintar as paredes da caverna, o homem fazia ornamentos corporais, como colares, e, depois magníficas estatuetas, como as famosas “Vênus”. Existem várias cavernas no mundo que demonstram a pintura rupestre, algumas delas são: Caverna de Altamira: Espanha, quase uma centena de desenhos feitos há 14.000 anos, foram os primeiros desenhos descobertos, em 1868. Sua autenticidade porém só foi reconhecida em 1902. Caverna de Lascaux: França, suas pinturas foram achadas em 1942, têm 17.000 anos. A cor preta por exemplo, contém carvão moído e dióxido de manganês. Caverna de Chauvet: França, há ursos, panteras, cavalos, mamutes, hienas, dezenas de rinocerontes peludos e animais diversos, descoberto em 1994. Gruta de Rodésia: África, com mais de 40.000 anos. 5 MESOPOTÂMIA: Sua arte era designada em grego, menos conhecida que a arte egípcia, não existiam pedreiras no vale e os edifícios eram construídos de tijolos cozidos que se designavam com o tempo. Esses povos não acreditavam que o corpo humano e sua representação deviam ser preservados para que a alma sobrevivesse. Quando os Sumérios governou a cidade de Ur, os reis eram sepultados com toda sua casa, inclusive escravos. No fragmento de uma harpa (2600 aC), em madeira decorada com animais, simetricamente dispostos com precisão como era costume deste povo. Os reis costumavam encomendar monumentos para celebrar vitórias nas guerras. Monumento do rei Naransin, (2270 aC). Exercito Assírio, sitiando uma fortaleza (883 – 859 aC). ARTE EGIPCIA: Uma das principais civilizações da Antiguidade foi a que se desenvolveu no Egito. Era uma civilização já bastante complexa em sua organização social e riquíssima em suas realizações culturais. A religião invadiu toda a vida Egípcia, interpretando o universo, justificando sua organização social e política, determinando o papel de cada classe social e, conseqüentemente, orientando toda a produção artística desse povo. Além de crer em deuses que poderiam interferir na história humana, os egípcios acreditavam também numa vida após a morte e achavam que essa vida era mais importante do que a que viviam no presente. O fundamento ideológico da arte egípcia é a glorificação dos deuses e do rei defunto divinizado, para o qual se erguiam templos funerários e túmulos grandiosos. O faraó era considerado ser divino que dominava o povo e que ao partir desse mundo, voltava para junto dos Deuses dos quais viera. As pirâmides, erguendo-se em direção ao céu, iriam ajudá-los. Acredita-se também que uma cópia fiel da cabeça do rei fosse preservada para ele viver para sempre, as esculturas eram colocadas na tumba, onde ninguém as via. A múmia do rei ficava no centro da pirâmide. Arquitetura: As pirâmides do deserto de Gizé são as obras arquitetônicas mais famosas e foram construídas por importantes reis do Antigo império: Quéops, Quéfren e Miqueninos. Junto a essas três 6 pirâmides está a esfinge mais conhecida do Egito, que representa o faraó Quéfren, mas a ação erosiva do vento e das areias do deserto deu- lhe, ao longo dos séculos, um aspecto enigmático e misterioso. As características gerais da arquitetura egípcia são: -Solidez e durabilidade; -Sentimento de eternidade; -Aspecto misterioso e impenetrável. As pirâmides tinham base quadrangular eram feitas com pedras que pesavam cerca de vinte toneladas e mediam dez metros de largura, além de serem admiravelmente lapidadas. A porta da frente da pirâmide voltava-se para a estrela polar, a fim de que seu influxo se concentrasse sobre a múmia. O interior era um verdadeiro labirinto que ia dar na câmara funerária, local onde estava a múmia do faraó e seus pertences. Os templos mais significativos são: Carnac e Luxor, ambos dedicados ao Deus Amon. Os monumentos mais expressivos da arte egípcia são os túmulos e os templos. Divididos em três categorias: Pirâmide: túmulos reais, destinados ao faraó; Mastaba: túmulo para a nobreza; e Hipogeu: túmulo destinado a gente do povo. Os tipos de colunas dos templos egípcios são divididos conforme seu capitel: Palmiforme: flores de palmeiras; Papiriforme: flores de papiro; e Lotiforme: flor de lótus. Para seu conhecimento: Esfinge: representa corpo de leão (força) e cabeça humana (sabedoria). Eram colocadas na alameda do templo para afastar os maus espíritos. Obelisco: eram colocados à frente dos templos para materializar a luz solar. 7 b) Nas cavidades do corpo eram colocados resinas aromáticas e perfumes. c) As incisões eram costuradas e o corpo mergulhado num tanque com nitrato de Potássio. d) Após 70 dias o corpo era lavado e enrolado numa bandagem de algodão, embebida em betume, que servia como impermeabilização. Quando a grande barragem de Assua foi concluída, em 1970, dezenas de construções antigas do sul do país foram, literalmente, por água abaixo, engolidas pelo Lago Nasser. Entre as raras exceções desse drama do deserto, estão os templos erguidos pelo faraó Ramsés II, em Abu Simbel. Em 1964, uma faraônica operação coordenada pela unesco com recursos de vários países, um total de 40 milhões de dólares, removeu pedra por pedra e transferiu templos e estátuas para um local 61 metros acima da posição original, longe da margem do lago. O maior deles é o Grande Templo de Ramsés II, encravado na montanha de pedra com suas estatuas do faraó de 20 metros de altura. Além de salvar este valioso patrimônio, a obra prestou uma homenagem ao mais famoso e empreendedor de todos os faraós. Queóps, é a maior das três pirâmides, tinha originalmente 146 metros de altura, um prédio de 48 andares. Nove metros já se foram, graças principalmente à ação corrosiva da poluição vinda do Cairo. Para erguê-la, foram precisos cerca de 2 milhões de blocos de pedras e o trabalho de cem mil homens, durante 20 anos. ARTE GREGA: Enquanto a arte egípcia é uma arte ligada ao espírito, a arte grega liga-se à inteligência, pois os seus reis não eram deuses, mas seres inteligentes e justos que se dedicavam ao bem estar do povo. A arte grega volta-se para o gozo da vida presente. Contemplando a natureza, o artista se empolga pela vida e tenta, através da arte, exprimir suas manifestações. Na sua constante busca de perfeição, o artista grego cria uma arte de elaboração intelectual em que predominam o ritmo, o equilíbrio, a harmonia ideal. Eles têm como características: o realismo; amor pela beleza; interesse pelo homem, essa pequena criatura que é “a medida de todas as coisas”; e a democracia. Arquitetura: as edificações que despertaram maior interesse são os templos. A característica mais evidente dos templos gregos, é a simetria 10 entre o pórtico de entrada e o dos fundos. O templo era construído sobre uma base de três degraus. O degrau mais elevado chamava-se estilóbata e sobre ele eram erguidas as colunas. As colunas sustentavam um entablamento eram construídos segundo os modelos das ordens dórica, jônica e corintia. Principal arquiteto Ictino. Ordem Dórica: era simples e maciça. O fuste da coluna era monolítico e grosso. O capitel era uma almofada de pedra. Nascida do sentir do povo grego, nela se expressa o pensamento. Sendo a mais antiga das ordens arquitetônicas gregas, a ordem dórica, por sua simplicidade e severidade, empresta uma idéia de solidez e imponência. Ordem Jônica: representava a graça e o feminino. A coluna apresentava fuste mais delgado e não se firmava diretamente sobre o estilóbata, mas sobre uma base decorada. O capitel era formado por duas espirais unidas por duas curvas. A ordem Dórica traduz a forma do homem e a ordem Jônica traduz a forma da mulher. Ordem Corintia: o capitel era formado com folhas de acanto e quatro espirais simétricas, muito usado no lugar do capitel jônico, de um modo a variar e enriquecer aquela ordem. Sugere luxo e ostentação. Os principais monumentos da arquitetura grega: a) Templos: dos quais o mais importante é o Partenon de Atenas.Na Acrópole, também, se encontram as Cariátides homenageavam as mulheres de Caria. b) Teatros: que eram construídos em lugares abertos (encosta) e que compunham de três partes: a skene ou cena, para os atores; a konistra ou orquestra, para o coro; o koilon ou arquibancada, para os espectadores. Um exemplo típico é o teatro de Epidauro, construído no século IV a.C., ao ar livre, composto por 55 degraus divididos em duas ordens e calculados de acordo com uma inclinação perfeita. Chegava acomodar cerca de 14000 espectadores e tornou-se famoso por sua acústica perfeita. c) Ginásios: edifícios destinados a cultura física. d) Praça: Agora onde os gregos se reuniam para discutir os mais variados assuntos, entre eles; filosofia. 11 Pintura: A pintura grega, encontra-se na arte cerâmica. Os vasos gregos, são também conhecidos não só pelo equilíbrio de sua forma, mas também pela harmonia entre o desenho, as cores e o espaço utilizado para a ornamentação, encontramos vestígios da pintura Egípcia (rosto de perfil, ombros de frente, mas os corpos com diferenças), pesquisavam para pintar, havia movimento. Os pintores fizeram a maior descoberta, o “escorço”, 500 aC (pintar um pé, como é visto de frente). Além de servir para rituais religiosos, esses vasos eram usados para armazenar, entre outras coisas, água, vinho, azeite e mantimentos. Por isso, a sua forma correspondia à função para que eram destinados: Ânfora: vasilha em forma de coração, com o gargalo largo, ornado com duas asas; Hidra: (derivado de Ydor, água) tinha três asas, uma vertical para segurar enquanto corria a água e duas para levantar; Cratera: tinha a boca muito larga, com o corpo em forma de um sino invertido, servia para misturar água com vinho (os gregos nunca bebiam vinho puro), etc. Escultores e pintores, eram de classes inferiores, trabalhavam para sobreviver. Murais e mosaicos, descobertos em Pompéia mostravam a natureza, animais e paisagens. Segundo Sócrates, os artistas, deviam representar a “atitude da alma”, observando como “os sentimentos afetam o corpo em ação”. As pinturas dos vasos representavam pessoas em suas atividades diárias e cenas da mitologia grega. O maior pintor de figuras negras foi Exéquias. A pintura grega se divide em três grupos: 1) figuras negras sobre o fundo vermelho 2) figuras vermelhas sobre o fundo negro 3) figuras vermelhas sobre o fundo branco Escultura: A estatuaria grega representa os mais altos padrões já atingidos pelo homem. Na escultura, o antropomorfismo (esculturas de formas humanas), foi insuperável. As estatua adquiriram, além do equilíbrio e perfeição das formas, o movimento. No Período Arcaico os gregos começaram a esculpir, em mármores, grandes figuras de homens. Primeiramente aparecem esculturas simétricas, em rigorosa posição frontal, com o peso do corpo igualmente distribuído sobre as duas pernas. Esse tipo de estatua é chamado Kouros (palavra grega: 12 a) Circo: extremamente afeito aos divertimentos, foi de Roma que se originou o circo. Dos jogos praticados temos: Jogos circenses – corridas de carros; Ginásios – incluídos neles o pugilato; Jogos de tróia – aquele em que havia torneios a cavalo; Jogos de escravos – executados por cavaleiros concluídos por escravos; Sob a influência grega, os verdadeiros jogos circenses romanos só surgiram pelo ano 264 a.C. Dos circos romanos, o mais célebre é o “Circus Maximus”. b) Teatro: imitado do teatro grego. O principal teatro é o de Marcelus. Tinha cenários versáteis, giratórios e retiráveis. c) Anfiteatro: o povo romano apreciava muito as lutas dos gladiadores. Essas lutas compunham um espetáculo que podia ser apreciado de qualquer ângulo. Pois a palavra anfiteatro, significa teatro de um e de outro lado. Assim era o Coliseu, certamente o mais belo dos anfiteatros romanos. Externamente o edifício era ornamentado por esculturas, que ficavam dentro dos arcos, e por três andares com as ordens de colunas gregas (de baixo para cima: ordem dórica, ordem jônica e ordem corintia). Essas colunas, na verdade eram meias colunas, pois ficavam presas à estrutura das escadas. Portanto, não tinham a função de sustentar a construção, mas apenas de ornamentá-la. Esse anfiteatro de enormes proporções chegava a acomodar 40.000 pessoas sentadas e mais de 5.000 em pé. 5) Monumentos decorativos: a) Arco de Triunfo: pórtico monumental feito em homenagem aos imperadores e generais vitoriosos. O mais famoso deles é o arco de Tito, todo em mármore, construído no Fórum Romano para comemorar a tomada de Jerusalém. b) Coluna Triunfal: a mais famosa é a coluna de Trajano, com seu característico friso em espiral que possui a narrativa histórica dos feitos do imperador em baixo-relevo no fuste. Foi erguida por ordem do Senado para comemorar a vitória de Trajano sobre os dácios e os partos. 6) Moradia: Casas, construídas ao redor de um pátio chamado Átrio. 15 Pintura: O Mosaico foi muito utilizado na decoração dos muros e pisos da arquitetura em gera. A maior parte das pinturas romanas que conhecemos hoje provém das cidades de Pompéia e Herculano, que foram soterradas pela erupção do Vesúvio em 79 a.C. Os estudiosos da pintura existente em Pompéia classificam a decoração das paredes internas dos edifícios em quatro estilos. a) Primeiro estilo: recobrir as paredes de uma sala com uma camada de gesso pintado; que dava impressão de placas de mármore. b) Segundo estilo: Os artistas começaram então a pintar painéis que criavam a ilusão de janelas abertas por onde eram vistas paisagens com animais, aves e pessoas, formando um grande mural. c) Terceiro estilo: representações fiéis da realidade e valorizou a delicadeza dos pequenos detalhes. d) Quarto estilo: um painel de fundo vermelho, tendo ao centro uma pintura, geralmente cópia de obra grega, imitando um cenário teatral. Escultura: Os romanos eram grandes admiradores da arte grega, mas por temperamento, eram muito diferentes dos gregos. Por serem realistas e práticos, suas esculturas são uma representação fiel das pessoas e não a de um ideal de beleza humana, como fizeram os gregos. Retratavam os imperadores e os homens da sociedade. Mais realista que idealista, a estatuaria romana teve seu maior êxito nos retratos. Com a invasão dos Bárbaros as preocupações com as artes diminuíram e poucos monumentos foram realizados pelo estado. Era o começo da decadência do Império Romano que, no séc. V, precisamente no ano de 476, perde o domínio do seu território do Ocidente para os invasores germânicos. Mosaico: Partidários de um profundo respeito pelo ambiente arquitetônico, adotando soluções de clara matriz decorativa, os masaístas chegaram a resultados onde existe uma certa parte de estudo direto da natureza. As cores vivas e a possibilidade de colocação sobre qualquer superfície e a duração dos materiais levaram a que os mosaicos viessem a prevalecer sobre a pintura. Nos séculos seguintes, tornar-se-ão essenciais para medir a ampliação das primeiras igrejas cristãs. 16 ARTE PALEOCRISTÃ: Enquanto os romanos desenvolviam uma arte colossal e espalhavam seu estilo por toda Europa e parte da Ásia, os cristãos (aqueles que seguiam os ensinamentos de Jesus Cristo) começaram a criar uma arte simples e simbólica executada por pessoas que eram grandes artistas. Surge a arte cristã primitiva. Os romanos testemunharam o nascimento de Jesus Cristo, o qual marcou uma nova era e uma nova filosofia. Com o surgimento de um “novo reino” espiritual, o poder romano viu-se extremamente abalado e teve inicio um período de perseguição não só a Jesus, mas também a todos aqueles que aceitavam sua condição de profeta e acreditaram nos seus princípios. Esta perseguição marcou a primeira fase da arte paleocristã: a fase catacumbária, que recebe este nome devido as catacumbas, cemitérios subterrâneos em Roma, onde os primeiros cristãos secretamente celebravam seus cultos. Nesses locais, a pintura é simbólica. Para entender melhor a simbologia: Jesus Cristo poderia estar simbolizado por um círculo ou por um peixe, pois a palavra peixe, em grego ichtus, forma as iniciais da frase: “Jesus Cristo de Deus Filho Salvador”. Outra forma de simbolizá-lo é o desenho do pastor com ovelhas “Jesus Cristo é o Bom Pastor” e também, o cordeiro “Jesus Cristo é o cordeiro de Deus”. Passagens da Bíblia também eram ali simbolizadas, por exemplo: Arca de Noé; Jonas engolido pelo peixe e Daniel na cova dos leões. Ainda hoje podemos visitar as catacumbas de Santa Priscila e Santa Domitila, nos arredores de Roma. Os cristãos foram perseguidos por três séculos, até que em 313 d.C. o imperador Constantino legaliza o cristianismo, dando inicio a 2º fase da arte paleocristã: a fase basilical. Tanto os gregos como os romanos, adotavam um modelo de edifício denominado “Basílica” (origem do nome: Basileu = Juiz), lugar civil destinado ao comércio e assuntos judiciais. Eram edifícios com grandes dimensões: um plano retangular de 4 a 5 mil metros quadrados com três naves separadas por colunas e uma única porta na fachada principal. Com o fim da perseguição aos cristãos, os romanos cederam algumas basílicas para eles usarem como local para as suas celebrações. O mosaico, muito utilizado pelos gregos e romanos, foi o material escolhido para o revestimento interno das basílicas, utilizando imagens 17 encontra-se no seu vasto interior. Um olhar mais atento permite ao visitante ver o trabalho requintado dos artífices bizantinos no colorido resplandecente dos mosaicos agora restaurados; no mármore profundamente talhado dos capitéis das colunas das naves laterais, folhas de acantos envolvem o monograma de Justiniano e de sua mulher Teodora. No alto, sobre um solo de mármore, bordada em filigrama de sombras dos candelabros suspensos, resplandece a grande cúpula. Embora a igreja tenha perdido a maior parte da decoração original de ouro e prata, mosaicos e afrescos, há uma beleza natural na sua magnificência espacial e nos jogos de sombra e luz, um claro-escuro admirável quando os raios de sol penetram e iluminam o seu interior “. ARTE BARBARA: Depois da queda do império romano, mongóis, vândalos, alamos, francos, germânicos e suecos, entre outros povos conhecidos genericamente como bárbaros, avançaram definitivamente sobre a Europa. Estava em curso o século V. Esses grupos, essencialmente nômades, não demoraram a assimilar a cultura e a religião (cristianismo) dos povos conquistados, ao mesmo tempo em que lhes transmitia seus próprios traços culturais, o que deu origem a uma arte completamente diferente, que assentaria as bases para a arte européia dos séculos VIII e IX. O fato de não possuírem um habitat fixo influenciou grandemente os costumes e expressões artísticas dos bárbaros. Era notável sua destreza naquelas disciplinas que permitiam a fabricação de objetos facilmente transportáveis, fossem eles de luxo ou utilitários. Assim, não é de admirar que tenham sobressaído na ourivesaria, na fundição e moldagem de metais, tanto para a fabricação de armas quanto de jóias, e nas técnicas de decoração correspondentes, como a tauxia ou damasquinagem e esmaltação, a entalhadura e filigrana. Todos esses povos tiveram uma origem comum na civilização celta, que desde o século V a.C. até a dominação romana se estabeleceu na Europa de norte a sul e de leste a oeste. Em suas crônicas, os romanos os descrevem como temíveis guerreiros e hábeis fundidores de metais. Uma vez dominados, uma boa parte da população foi assimilada pelo império e outra fugiu para o norte. Somente quando o império começou a ruir foi que conseguiram penetrar em suas fronteiras e estabelecer 20 numerosos reinos, dos quais se originaram, em parte, as nacionalidades européias. A Europa entrou assim num dos períodos históricos mais obscuros, a meio caminho entre a religiosidade, agora em parte aceita, dos primeiros cristãos e a beligerância selvagem dos novos senhores. Mais tarde sofreria também açoite dos vikings dinamarqueses vindos do norte, em perpetua luta contra os francos e os eslavos ocidentais. Por seu lado, a igreja ia ganhando posições com a proliferação de mosteiros exatamente onde os mais temíveis exércitos não conseguiram vencer as batalhas: as ilhas britânicas e o leste da Europa. Escultura: A escultura em pedra foi destinada a decoração de igrejas e batistérios, na forma de relevos planos, capitéis e sarcófagos, seguindo o estilo do império romano. A entalhadura do marfim não foi menos importante. Confirmou-se com a tradição dos dípticos consulares de Bizâncio, cujas formas foram adotadas na confecção de capas de livros evangélicos e Bíblias. Sabe-se que as oficina dos artesãos que trabalhavam com marfim eram numerosas tanto nas Gálias quanto na península itálica, devido à ghrande demanda de exemplares. A experiência de celtas e escitas como ourives inegavelmenteestava ligada à sua experiência como entalhadores. As pedras com entalhes de runas e ídolos nórdicos entre os vikings, saxões e os próprios celtas mostram sua passagem pelos deferentes assentamentos e lugares conquistados. Na península ibérica, a fusão de culturas, como entre fenícios, celtas, visigodos e ibéricos, além de gregos e romanos, deixou importantes amostras de escultura, como os Touros de Guisando ou a Dama de Elche. ARTE ROMÂNICA: Em 476, com a tomada de Roma pelos povos bárbaros, tem inicio o período histórico conhecido, por Idade Média. Neste período a arte tem suas raízes na época conhecida como Paleocristã, trazendo modificações no comportamento humano, com o cristianismo a arte se voltou para a valorização do espírito. Os valores da religião cristã vão impregnar todos os aspectos da vida medieval. A concepção de mundo dominada pela figura de Deus proposto pelo cristianismo é chamada de teocentrismo (teos = Deus). Deus é o centro do universo, e a medida de 21 todas as coisas. A igreja como representante de Deus na terra, tinha poderes ilimitados. Arquitetura: No final dos séculos XI e XII, na Europa, surge a arte românica cuja estrutura era semelhante às construções dos antigos romanos. As características mais significativas da arquitetura românica são: -Abóbadas em substituição ao telhado das basílicas. -Pilares maciços, que sustentavam, e das paredes espessas. -Aberturas raras e estreitas usadas como janelas. -Torres, que aparecem no cruzamento das naves ou na fachada. -Arcos que são formados por 180 graus. A primeira coisa que chama atenção nas igrejas românicas é o seu tamanho. Elas são sempre grandes e sólidas. Daí serem chamadas: fortalezas de Deus. A explicação mais aceita para as formas volumosas, estilizadas e duras dessas igrejas é o fato da arte românica não ser fruto do gosto refinado da nobreza nem das idéias desenvolvidas nos centros urbanos, é um estilo essencialmente clerical. A arte desse período passa, assim a ser encarada como uma extensão do serviço divino e uma oferenda à divindade. A mais famosa é a Catedral de Pisa sendo o edifício mais conhecido do seu conjunto o campanário que começou a ser construído em 1174. Trata-se de torre de Pisa que se inclinou porque, com o passar do tempo, o terreno cedeu. Na Itália, diferente do resto da Europa, não apresenta formas pesadas, duras e primitivas. Pintura e escultura: Numa época em que poucas pessoas sabiam ler, a igreja recorria à pintura e à escultura para narrar histórias bíblicas ou comunicar valores aos fiéis. Não podemos estudá-las desassociadas da arquitetura. A pintura românica desenvolveu-se nas grandes decorações murais, através da técnica do afresco, que originalmente era uma técnica de pintar sobre a parede úmida. Os motivos usados pelos pintores eram de natureza religiosa. As características essenciais da pintura românica foram à deformação e o colorismo. A deformação, na verdade, traduz os sentimentos religiosos e a interpretação mística que os artistas faziam da realidade. A figura de Cristo, por exemplo, é sempre maior do que as outras que o cercam. 22 Pintura: Desenvolveu-se nos séculos XII, XIV e no inicio do século XV, quando começou a ganhar novas características que prenunciam o Renascimento. Sua principal particularidade foi a procura do realismo na representação dos seres que compunham as obras pintadas, quase sempre tratando de temas religiosos, apresentava personagens de corpos pouco volumosos, cobertos por muita roupa, com o olhar voltado para cima, em direção ao plano celeste. Os principais artistas na pintura gótica são os verdadeiros precursores da pintura do Renascimento (Duocento): Giotto: a característica principal de seu trabalho foi a identificação da figura dos santos com seres humanos de aparência bem comum. E esses santos com ar de homem comum eram o ser mais importante das cenas que pintava, ocupando sempre posição de destaque na pintura. Assim, a pintura de Giotto vem ao encontro de uma visão humanista do mundo, que vai cada vez mais se firmando até ganhar plenitude no Renascimento. Obras destacadas: Afrescos da Igreja de São Francisco de Assis (Itália) e Retiro de São Joaquim entre os pastores. Jan Van Eyck: procurava registrar nas suas pinturas os aspectos da vida urbana e da sociedade de sua época. Nota-se em suas pinturas um cuidado com perspectiva, procurando mostrar os detalhes e as paisagens. Obras destacadas: O Casal Arnolfini e Nossa Senhora do Chanceler Rolin. RENASCIMENTO: O termo Renascimento é comumente aplicado à civilização européia que se desenvolveu entre 1300 e 1650. Além de reviver a antiga cultura greco-romana, ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica. O ideal do humanismo foi sem dúvida o móvel desse progresso e tornou-se o próprio espírito do Renascimento. Trata-se de uma volta deliberada, que propunha a ressurreição consciente (o re-nascimento) do passado, considerado agora como fonte de inspiração e modelo de civilização. Num sentido amplo, esse ideal pode ser entendido como a valorização do homem 25 (humanismo) e da natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural, conceitos que haviam impregnado a cultura da Idade Média. Características gerais: - Racionalidade - Dignidade do Ser Humano - Rigor Cientifico - Ideal Humanista - Reutilização das artes greco-romana - Perspectiva (ilusão de profundidade) Arquitetura: Na arquitetura Renascentista, a ocupação do espaço pelo edifício baseia-se em relações matemáticas estabelecidas de tal forma que o observador possa compreender a lei que o organiza, de qualquer ponto em que se coloque. “Já não é o edifício que possui o homem, mas este que, aprendendo a lei simples do espaço, possui o segredo do edifício” (Bruno Zevi, Saber ver a Arquitetura) Principais características: - Ordens Arquitetônicas - Arcos de volta-perfeita - Simplicidade na construção - A escultura e a pintura se desprendem da arquitetura e passam a ser autônoma. - Construções: palácios, igrejas, vilas,(casa de descanso fora da cidade), fortalezas (funções militares). Brunelleschi: è um exemplo de artista completo renascentista, pois foi pintor, escultor e arquiteto. Além de dominar conhecimentos de matemática, geometria e de ser grande conhecedor da poesia de Dante. Foi como construtor, porém, que realizou seus mais importantes trabalhos, entre eles a cúpula da catedral de Florença e a Capela Pazzi. Pintura: Principais características: -Perspectiva: arte de figura, no desenho ou pintura, as diversas distâncias e proporções que têm entre si os objetos vistos à distância, segundo os princípios da matemática e da geometria. 26 -Uso do claro-escuro: pintar algumas áreas iluminadas e outras na sombra, esse jogo de contrastes reforça a sugestão de volume dos corpos. -Realismo: o artista do Renascimento não vê mais o homem como simples observador do mundo que expressa a grandeza de Deus, mas como a expressão mais grandiosa do próprio Deus. E o mundo é pensado como uma realidade a ser compreendida cientificamente, e não apenas admirada. -Inicia-se o uso da tela e tinta a óleo. -Tanto a pintura, quanto a escultura que antes apareciam quase que exclusivamente como detalhes de obras arquitetônicas, tornam-se manifestações independentes. -Surgimento de artistas com estilos pessoais, diferentes dos demais, já que o período é marcado pelo ideal de liberdade e, conseqüentemente, pelo individualismo. Os principais pintores foram: Botticelli: os temas de seus quadros foram escolhidos segundo a possibilidade que lhe proporcionavam de expressar seu ideal de beleza. Para ele, a beleza estava associada ao ideal cristão. Por isso, as figuras humanas de seus quadros são belas porque manifestam a graça divina, e , ao mesmo tempo, melancólicas porque supõem que perderam esse dom de Deus. Obras destacadas: A Primavera e O Nascimento de Vênus. Leonardo da Vinci: ele dominou com sabedoria um jogo expressivo de luz e sombra, gerador de uma atmosfera que parte da realidade mas estimula a imaginação do observador. Foi possuidor de um espírito versátil que o tornou capaz de pesquisar e realizar trabalhos em diversos campos do conhecimento humano. Obras destacadas: A Virgem dos Rochedos e Monalisa. Michelângelo: entre 1508 e 1512 trabalhou na pintura de teto da Capela Sistina, no Vaticano. Para essa Capela, concebeu e realizou grande número de cenas do Antigo Testamento. Dentre tantas que expressam a genialidade do artista, uma particularmente representativa é a criação do homem. Obras destacadas: Teto da Capela Sistina e a Sagrada Família. 27 momento. Não só a igreja, mas toda a Europa estava dividida após a reforma de Lutero. Carlos V, depois de derrotar as tropas de sumo pontífice, saqueia e destrói Roma. Reinam a desolação e a incerteza. Os grandes impérios começam a se formar, e o homem já não é a principal e única medida do universo. Pintores, arquitetos e escultores são impedidos a deixar Roma com destino a outras cidades. Valendo-se dos mesmos elementos do renascimento, mas agora com um espírito totalmente diferente, criam uma arte de labirintos, espirais e proporções estranhas, que são, sem dúvida, a marca inconfundível do estilo maneirista. Mais adiante, essa arte acabaria cultivada em todas as grandes cidades européias. Arquitetura: dá prioridade a construção de igrejas de plano longitudinal, com espaços mais longos do que largos, com a cúpula principal sobre o transepto, deixando de lado as de plano centralizado, típicas do renascimento clássico. No entanto, pode-se dizer que as verdadeiras mudanças que este novo estilo introduz refletem-se não somente na construção em si, mas também na distribuição da luz e na decoração. Principais característica: a) Nas igrejas: - Naves escuras, iluminadas apenas de ângulos diferentes, coro com escadas em espiral, que na maior parte das vezes não levam a lugar nenhum, produzem uma atmosfera de rara singularidade. - Guirlandas de frutas e flores, balaustradas povoados de figuras caprichosas são a decoração mais característica desse estilo. Caracóis, conchas e volutas cobrem muros e altares, lembrando uma exuberante selva de pedra que confunde a vista. b) Nos ricos palácios e casas de campo: - Formas convexas que permitem o contraste entre luz e sombra prevalecem sobre o quadrado disciplinado do renascimento. - A decoração de interiores ricamente adornada e os afrescos das abóbadas coroam esse caprichoso e refinado estilo, que, mais do que marcar a transição entre duas épocas, expressa a necessidade de renovação. 30 Principais artistas: Bartolomeo Ammanati, (1511-1592), autor de vários projetos arquitetônicos por toda a Itália, tais como: a construção do túmulo do conde de Montefeltro, o palácio dos Montova, a villa na Porta Del Popolo, a fonte da Piazza della Signoria. Seu interesse pela arquitetura o levou a estudar os tratados de Alberti e Brunelleschi, com base nos quais planejou uma cidade ideal. De acordo com os preceitos dos Jesuítas, que proibiam o nu nas obras de arte, legou a eles todos os seus bens. Giorgio Vasari, (1511-1574), Vasari é conhecido por sua obra literária Le Vite (As vidas), na qual, além de fazer um resumo da arte renascentista, apresenta um relato às vezes pouco fiel, mas muito interessante sobre os grandes artistas da época, sem deixar de fazer comentários mal-intencionados e elogios exagerados. Sob a proteção de Aretino, conseguiu realizar uma de suas únicas obras significativas: os afrescos do palácio Cornaro. Vasari também trabalhou em colaboração com Michelângelo em Roma, na década de 30. Suas biografias, publicadas em 1550, fizeram tanto sucesso que se seguiram várias edições. Passou os últimos dias de sua vida em Florença, dedicado à arquitetura. Palládio, (1508-1580), o interesse que tinha pelas teorias de Vitrúvio se reflete na totalidade de sua obra arquitetônica, cujo caráter é rigorosamente clássico e no qual a clareza de linhas e a harmonia das proporções preponderam sobre o decorativo, reduzido a uma expressão mínima. Somente dez anos depois iria dedicar-se à arquitetura sacra em Veneza, com a construção das igrejas San Giorgio Maggiore e Il Redentore. Não se pode dizer que Palládio tenha sido um arquiteto tipicamente maneirista, no entanto, é um dos mais importantes desse período. A obra de Palládio foi uma referência obrigatória para os arquitetos ingleses e franceses do barroco. Pintura: Nela o espírito maneirista se manifesta em primeiro lugar. São os pintores da segunda década do século XV que, afastados dos cânones renascentistas, criam esse novo estilo, procurando deformar uma realidade que já não os satisfaz e tentando revalorizar a arte pela própria arte. 31 Principais características: a) Composição em que uma multidão de figuras se comprime em espaços arquitetônicos reduzidos. O resultado é a formação de planos paralelos, completamente irreais, e uma atmosfera de tensão permanente. b) Nos corpos, as formas esguias e alongadas substituem os membros bem-torneados do renascimento. Os músculos fazem agora contorções absolutamente impróprias para os seres humanos. c) Rostos melancólicos e misteriosos surgem entre as vestes, de um drapeado minucioso e cores brilhantes. d) A luz se detém sobre objetos e figuras, produzindo sombras inadmissíveis. e) Os verdadeiros protagonistas do quadro já não se posicionam no centro da perspectiva. f) Mas em algum ponto da arquitetura, onde o olho atento deve, não sem certa dificuldade, encontrá-lo. Principal artista: El Greco, (1541-1614), ao fundir as formas iconográficas bizantinas com o desenho e o colorido da pintura Veneziana e a religiosidade espanhola. Na verdade, sua obra não foi totalmente compreendida por seus contemporâneos. Nascido em Creta, acredita-se que começou como pintor de ícones no convento de Santa Catarina, em Cândia. De acordo com documentos existentes, no ano de 1567 emigrou para Veneza, onde começou a trabalhar no ateliê de Ticiano, com quem realizou algumas obras. Depois de alguns anos de permanência em Madri ele se estabeleceu na cidade de Toledo, onde trabalhou praticamente com exclusividade para a corte de Felipe II, para os conventos locais e para a nobreza toledana. Entre duas obras mais importantes estão O Enterro do Conde de Orgaz, a meio caminho entre o retrato e a espiritualidade mística. Homem com a mão no Peito, O Sonho de Filipe II e O Martírio de São Mauricio. Esta última lhe custou a expulsão da corte. Escultura: O maneirismo, segue o caminho traçado por Michelangelo: ás formas clássicas, soma-se o novo conceito intelectual da arte pela arte e o distanciamento da realidade. Em resumo, repetem-se as características da arquitetura e da pintura. Não faltam as formas caprichosas, as proporções estranhas, as superposições de planos, ou 32 Obra destacada: Vocação de São Mateus. Andréa Pozzo: realizou grandes composições de perspectiva nas pinturas dos tetos das igrejas barrocas, causando a ilusão de que as paredes e colunas da igreja continuam no teto, e de que este se abre para o céu, de onde santos e anjos convidam os homens para a santidade. Obra destacada: A Glória de Santo Inácio. A Itália foi o centro irradiador do estilo barroco. Dentre os pintores mais representativos, de outros paises da Europa, temos: Velazquez: além de retratar as pessoas da corte espanhola do século XII procurou registrar em seus quadros também os tipos populares do seu país, documentando 0 dia-a-dia do povo espanhol num dado momento da história. Obra destacada: O Conde Duque de Olivares. Rubens (Espanhol): além de um colorista vibrante, se notabilizou por criar cenas que sugerem, a partir das linhas contorcidas dos corpos e das pregas das roupas, um intenso movimento. Em seus quadros, é geralmente, no vestuário que se localizam as cores quentes, o vermelho, o verde e o amarelo, que contrabalançam a luminosidade da pele clara das figuras humanas. Obra destacada: O Jardim do Amor. Rembrandt (Holandês): o que dirige nossa atenção nos quadros deste pintor não é propriamente o contraste entre luz e sombra, mas a gradação da claridade, os meios-tons, as penumbras que envolvem áreas de luminosidade mais intensa. Obra destacada: Aula de Anatomia. Escultura: Suas características são: o predomínio das linhas curvas, dos drapeados das vestes e do uso do dourado; e os gestos e os rostos das personagens revelam emoções violentas e atingem uma dramaticidade desconhecida no Renascimento. 35 Bernini: arquiteto urbanista, decorador e escultor, algumas de suas obras serviram de elementos decorativos das igrejas, como por exemplo, o baldaquino e a cadeira de São Pedro, ambos na Basílica de São Pedro, Vaticano e o Êxtase de Santa Tereza. Para seu conhecimento: a) Barroco: termo de origem espanhola “Barrueco”, aplicado para designar pérolas de forma irregular. b) Conteúdos: história sacra e antiga, cenas de batalhas, mitologia e retratos. ROCOCÓ: É o estilo artístico que surgiu na França como desdobramento do barroco, mais livre e intimista que aquele, e usado inicialmente em decoração de interiores. Desenvolveu-se na Europa do século XVIII, e da arquitetura disseminou-se para todas as artes. Vigoroso até o advento da reação neoclássica, por volta de 1770, difundiu-se principalmente na parte católica da Alemanha, na Prússia e em Portugal. Os temas utilizados eram cenas eróticas ou galantes da vida cortesã (as fêtes galantes) e da mitologia, pastorais, alusões ao teatro italiano da época, motivos religiosos e farta estilização naturalista do mundo vegetal em ornatos e molduras. O termo deriva do francês rocaille, que significa “embrechado”, técnica de incrustação de conchas e fragmentos de vidro utilizado originariamente na decoração de grutas artificiais. Na França, o rococó é também chamado estilo Luis XV e Luis XVI. Características gerais: - Uso abundante de formas curvas e pela profusão de elementos decorativos, tais como conchas, laços e flores. - Possui leveza, caráter intimista, elegância, alegria, bizarro, frivolidade e exuberante. Arquitetura: Durante o iluminismo, entre 1700 e 1780, o rococó foi a principal corrente da arte e da arquitetura pós-barroca. Nos primeiros anos do século XVIII, o centro artístico da Europa transferiu-se de 36 Roma para Paris. Surgido na França com a obra do decorador Pierre Lepautre, o rococó era a principio apenas um novo estilo decorativo. Principais características: a) Cores vivas foram substituídas por tons pastéis, a luz difusa inundou os interiores por meio de numerosas janelas e o relevo abrupto das superfícies deu lugar a texturas suaves. b) A estrutura das construções ganhou leveza e o espaço interno, foi unificado, com maior graça e intimidade. Principal artista: Johann Michael Fischer, (1692-1766), responsável pela abadia beneditina de Ottobeuren, marco do rococó bávaro. Grande mestre do estilo rococó, responsável por vários edifícios na Baviera. Restaurou dezenas de igrejas, mosteiros e palácios. Escultura: ao contrário do que ocorreu na arquitetura, não é possível traçar uma clara linha divisória entre o barroco e o rococó, quer cronológica, quer estilisticamente. Mais do que nas peças esculpidas, é em sua disposição dentro da arquitetura que se manifesta o espírito rococó. Os grandes grupos coordenados dão lugar a figuras isoladas, cada uma com existência própria e individual, que dessa maneira contribuem para o equilíbrio geral da decoração interior das igrejas. Principais artistas: Johann Michael Feichtmayr, (1709-1772), escultor alemão, membro de um grupo de famílias de mestres da moldagem no estuque, distinguiu- se pela criação de santos e anjos de grande tamanho, obras-primas dos interiores rococós. Ignaz Günther, (1725-1775), escultor alemão, um dos maiores representantes do estilo rococó na Alemanha. Suas esculturas eram em geral feitas em madeira e a seguir policromadas. “Anunciação”, “Anjo da guarda”, “Pietá”. Pintura: Durante muito tempo, o rococó francês ficou restrito às artes decorativas e teve pequeno impacto na escultura e pintura francesas. No final do reinado de Luis XIV, em que se afirmou o predomínio 37 Obra destacada: Bonaparte atravessando os Alpes e Morte de Marat. Ingres, sua obra abrange, além de composição mitológica e literária, nus, retratos e paisagens, mas a critica moderna vê nos retratos e nus o seu trabalho mais admirável. Ingres soube registrar a fisionomia da classe burguesa do seu tempo, principalmente no gosto pelo poder e na sua confiança na individualidade. Obra destacada: Banhista de Valpinçon. No Brasil:Pedro Américo e Vitor Meirelles. Para seu conhecimento: a) Forte influência da arquitetura neoclássica foi a descoberta arqueológica das cidades italianas de Pompéia e Herculano que, no ano de 79 a.C., foram cobertas pelas lavas do vulcão Vesúvio. Diante daquelas construções, num erro de interpretação, os historiadores de arte acreditavam que os edifícios gregos eram recobertos com mármore branco, ocasionando a construção de tantos edifícios brancos. Exemplo: Casa Branca dos Estados Unidos. b) As convenções técnicas e expressivas são as mesmas adotadas em todos os paises, o que impede, dificulta ou mesmo desvirtuam a afirmação de peculiaridades individuais e nacionais dos artistas. c) Conteúdos: mitológicos, história sagrada e antiga, épicos. ROMANTISMO: O século XIX foi agitado por fortes mudanças sociais, políticas e culturais causadas por acontecimentos do final do século XVIII, que foram a Revolução Industrial que gerou novos inventos com objetivo de solucionar os problemas técnicos decorrentes do aumento de produção, provocando a divisão do trabalho e o inicio da especialização da mão-de-obra, e pela Revolução Francesa que lutava por uma sociedade mais harmônica, em que os direitos individuais fossem respeitados, traduziu-se essa expectativa na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Do mesmo modo, a atividade artística tornou-se complexa. Os artistas românticos procuraram se libertar das convenções acadêmicas em favor da livre expressão da personalidade do artista. 40 Características gerais: - A valorização dos sentimentos e da imaginação. - O nacionalismo. - A valorização da natureza como princípios da criação artística. - Sentimentos do presente, tais como: liberdade, igualdade e fraternidade. Arquitetura e escultura: Registram pouca novidade. Observa-se, grosso modo, a permanência do estilo anterior, o neoclássico. Vez por outra retornou-se o estilo gótico da época medieval, gerando o neogótico. Há um ecletismo: gótico para fachadas, barroco para igrejas, clássico para museus e palácios. Na escultura, inspiração helenística, domínio da massa. Obra destacada: Edifício do parlamento Inglês. Características da pintura: - Aproximação das formas barrocas. - Composição em diagonal sugerindo instabilidade e dinamismo ao observador. - Valorização das cores e do claro-escuro. - Dramaticidade. - Pinceladas espontâneas, vigorosas, pastosas, rugosidades, asperezas. Temas da pintura: - Fatos reais da história nacional e contemporânea da vida dos artistas. - Natureza revelando um dinamismo equivalente as emoções humanas. - Mitologia Grega. Principais artistas: Goya, nasceu no pequeno povoado de Fuendetodos, Espanha, em 1746. Morreu em Bordeaux, em 1828. Goya e sua mitologia povoada por sonhos e pesadelos, seres deformados, tons agressivos. Senhor absoluto da caricatura do seu tempo. Trabalhou temas diversos: retratos de personalidades da corte espanhola e de pessoas do povo, os horrores da guerra, a ação incompreensível de monstros, cenas históricas e as lutas pela liberdade. 41 Obra destacada: Os fuzilamentos de 3 de maio de 1808. Turner, representou grandes movimentos da natureza, mas por meio do estudo da luz que a natureza reflete, procurou descrever uma certa atmosfera da paisagem . Uma das primeiras vezes que a arte registra a presença da máquina (locomotiva). Obras destacadas: Chuva, vapor e velocidade e o Grande Canal, Veneza. Delacroix, suas obras apresentam forte comprometimento político, e o valor da pintura é assegurada pelo uso das cores, das luzes e das sombras, dando-nos a sensação de grande movimentação. Representava assuntos abstratos personificando-os. Obras destacadas: A liberdade guiando o povo e Agitação de Tanger. Para seu conhecimento: a) A palavra romantismo, designa uma maneira de se comportar, de agir, de interpretar a realidade. O comportamento romântico caracteriza-se pelo sonho, por uma atitude emotiva diante das coisas e esse comportamento pode ocorrer em qualquer tempo da história. b) Romantismo, designa uma tendência geral da vida da arte; portanto nomeia um sistema, um estilo delimitado no tempo. Há uma visão cientifica e dinamismo universa, restaura a liberdade individual, representa a transformação e o sentimento de novas classes sociais, elege-se o sentimento e a imaginação como fontes artísticas criadoras. REALISMO: Entre 1850 e 1900 surge nas artes européias, sobretudo na pintura francesa, uma nova tendência estética chamada Realismo, que se desenvolveu ao lado da crescente industrialização das sociedades. O homem europeu, que tinha aprendido a utilizar o conhecimento cientifico e a técnica para interpretar e dominar a natureza, convenceu- se de que precisava ser realista, inclusive em suas criações artísticas, deixando de lado as visões subjetivas e emotivas da realidade. 42 MODERNISMO: Corrente artística que surgiu na última década do século XIX na Europa, como resposta as conseqüências da industrialização, revalorizando a arte e sua forma de realização. Com diferentes nomes e características próprias de cada país foi se homogeneizando com as realizações das primeiras exposições internacionais nas capitais européias. São comuns as tendências modernistas: a) Deliberação de fazer arte em conformidade com sua época e renuncia a invocação de modelos clássicos. b) Desejo de diminuir a distância entre as artes maiores (arquitetura, pintura e escultura) e as aplicações aos diversos campos da produção econômica (construção civil corrente, decoração vestuário e etc). c) Busca de uma funcionalidade decorativa. d) A aspiração a um estilo ou linguagem internacional ou européia. e) Esforço de interpretar a espiritualidade (ingenuidade, hipocrisia); inspirar e redimir o industrialismo. Alguns artistas e obras: Auguste Rodin Damaide: Escultor francês, obras em “mármore”, podemos encontrar algumas na Pinacoteca do Estado de São Paulo. Gustav Klint: Pintor austríaco. “Sonia Knips”, 1895. Edvard Munch:Pintor alemão. “Ansiedade”, 1894. ARTE NOUVEAU: O modernismo é uma corrente artística que surgiu na última década do século XIX, como resposta às conseqüências da industrialização, revalorizando a arte e sua forma de realização manual. O nome deste movimento deve-se à loja que o alemão Samuel Bing abriu em Paris no ano de 1895: “Art Nouveau”. No resto da Europa difundiram-se diferentes traduções: Modernismo, na Espanha; Jugendistil, na Alemanha; Secessão, na Áustria; e Modern Style, na Inglaterra e Escócia. Com características próprias em cada um desses paises, foram as primeiras exposições internacionais organizadas nas capitais européias 45 que contribuíram para forjar uma certa homogeneidade estilística. A arquitetura foi a disciplina integral à qual se subordinaram as outras artes gráficas e figurativas. Reafirmou-se o aspecto decorativo dos objetos de uso cotidiano, mediante uma linguagem artística repleta de curvas e arabescos, de acentuada influencia oriental. Contrariamente à sua intenção inicial, o modernismo conseguiu a adesão da alta burguesia, que apoiava entusiasticamente essa nova estética de materiais exóticos e formas delicadas. O objetivo dos novos desenhos reduziu-se meramente ao decorativo e seus temas, como que surgidos de antigas lendas, não tinham nada em comum com as propostas vanguardistas do inicio do século. O modernismo não teria sido possível sem a subvenção de seus ricos mecenas. Entre os precursores da arte modernista estava William Morris. Seus desenhos, elaborados com espírito artesanal, se contrapunham à produção industrial. Nos escritórios da empresa criada por ele, a Morris & Co., eram determinadas as formas elegantes e sinuosas, típicas do modernismo, bem como definidos os materiais nobres usados na criação de objetos de uso cotidiano. Sua apresentação na exposição de Bruxelas de 1892 produziu um grande impacto e determinou a difusão desse novo estilo. IMPRESSIONISMO: Foi um movimento artístico que revolucionou profundamente a pintura e deu inicio às grandes tendências da arte do século XX. Havia algumas considerações gerais, muito mais praticas do que teóricas, que os artistas seguiam em seus procedimentos técnicos para obter os resultados que caracterizavam a pintura impressionista. Principais características: - A pintura deve registrar as tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz solar num determinado momento, pois as cores da natureza se modificam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol. - As figuras não devem ter contornos nítidos, pois a linha é uma abstração do ser humano para representar imagens. - As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual que nos causam, e não escuras ou pretas, como os pintores costumavam representá-las no passado. 46 - Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo, com a lei das cores complementares. Assim um amarelo próximo a um violeta produz uma impressão de luz e de sombra muito mais real do que o claro-escuro tão valorizado pelos pintores barrocos. - As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta do pintor. Pelo contrario, devem ser puras e dissociadas nos quadros em pequenas pinceladas. É o observador que, ao admirar a pintura, combina as várias cores, obtendo o resultado final. A mistura deixa portanto, de ser técnica para ser óptica. São duas as fontes mais importantes do impressionismo: a fotografia e as gravuras japonesas (ukiyo-e). A primeira alcançou o auge em fins do século XIX e se revelava o método ideal de captação de um determinado momento, o que era uma preocupação principalmente para os impressionistas. A segunda, introduzida na França com a reabertura dos portos japoneses ao Ocidente, propunha uma temática urbana de acontecimentos cotidianos, realizados em pinturas planas, sem perspectiva. A primeira vez que o publico teve contato com a obra dos impressionistas foi numa exposição coletiva realizada em Paris, em abril de 1874. Mas o público e a critica reagiram muito mal ao novo movimento, pois ainda se mantinham fiéis aos princípios acadêmicos da pintura. Principais artistas: Claude Monet, incessante pesquisador da luz e seus efeitos, pintou vários motivos em diversas horas do dia, a fim de estudar as mutações coloridas do ambiente com sua luminosidade. Obras destacadas: Mulheres no Jardim e a Catedral de Rouen em pleno sol. Auguste Renoir,foi o pintor impressionista que ganhou maior popularidade e chegou mesmo a ter o reconhecimento da critica, ainda em vida. Seus quadros manifestam otimismo, alegria e a intensa movimentação da vida parisiense do fim do século XIX. Pintou o corpo feminino com formas puras e isentas de erotismo e sensualidade, preferia os nus ao ar livre, as composições com personagens do cotidiano, os retratos e as naturezas mortas. 47 cores. Como resultado, elas tendem a exibir um caráter estático. Um exemplo é Uma Tarde de Domingo na Ilha da Grande-Jatte, de Seurat. Embora inicialmente ligado ao impressionismo, Cézanne desenvolve uma pintura que será precursora do cubismo. Van Gogh alia-se ao expressionismo, enquanto Gaugin dá ao impressionismo uma dimensão simbólica que influência o simbolismo e o expressionismo. Como Manet e os impressionistas, Cézanne não procurava contar historias com seus quadros. Ao contrario dos impressionistas que enfatizavam a luz, Cézanne enfatizava a forma e a massa. Ele dizia que desejava “fazer do impressionismo algo sólido e duradouro como a arte dos museus”. Sua procura de novos métodos de pintura levou-o a novas maneiras de estruturar seus temas. O gênio Cézanne para redistribuir as formas influenciou o movimento cubista do inicio do século XX. As pinturas de Paul Gauguin são altamente decorativas. Ele enfatiza cores chapadas, desenhos vigorosos,, formas sem sombreado e linhas curvas. Cézanne evitava retratar emoções em seus quadros. Gauguin, porem, explorava sentimentos profundos mediante suas pinturas, procurava constantemente a pureza e a simplicidade da vida. Van Gogh desejava exprimir seus sentimentos mais íntimos através da arte. Ele acreditava poder realizar esse anseio mediante o uso de cores brilhantes e pinceladas violentas, aplicava suas tintas diretamente sem misturá-las. Suas pinceladas parecem ondas escapeladas de poderoso colorido. O resultado foi uma arte de extraordinária intensidade. Rousseau teve um dos estilos mais originais da história da arte. Ele pintou cenas misteriosas e fantásticas que se parecem com as pinturas surrealistas da década de 1920. Georges Seurat criou um estilo de pintura chamado pontilhismo. Estas pinturas são feitas de pontinhos de cores puras. A cor de cada pontinho contrasta com a cor do pontinho do lado. De uma certa distância, as diferentes cores misturam-se na visão dos observadores. Lautrec pintava cenas da vida noturna dos cafés e das salas de espetáculos de Paris. Música: As idéias do impressionismo são adotadas pela música por volta de 1890, na França. As obras se propõem a descrever imagens e várias peças têm nomes ligados a paisagens, como Reflexos na Água, do 50 compositor francês Claude Debussy (1862-1918), pioneiro do movimento. O impressionismo abandona a música tonal, estruturada a partir da eleição de uma das 12 notas da escala (as sete básicas e os semitons), como principal. Sustenta-se nas escalas modais (definidas a partir da recombinação de um conjunto de notas eleito como básico para as melodias de uma cultura) vindas do Oriente, da música popular européia e da Idade Média. A obra Debussy é marcada por sua proximidade com poetas do simbolismo. Prelúdio para a Tarde de um Fauno, considerado marco do impressionismo musical, ilustra um poema do simbolista Stéphane Mallarmé. Na ópera, Debussy rejeita o formalismo e a linearidade, como em Pelléas et Mélisande. Outro grande nome é o francês Maurice Ravel (1875-1937), autor de A Valsa e Bolero. No Brasil, nas artes plásticas há tendências impressionistas em algumas obras de Eliseu Viscont (1866-1944), Georgina de Albuquerque (1885-1962), Lucílio de Albuquerque (1877-1939) e João Timóteo da Costa (1879-1930). Uma das telas de Visconti em que é evidente essa influência é Esperança (Carrinho de Criança), de 1916 e também nas primeiras telas de Anita Malfati, como O Farol, de 1915. EXPRESSIONISMO: É a arte do instinto, trata-se de uma pintura dramática, subjetiva, “expressando” sentimentos humanos. Utilizando cores patéticas, dá forma plástica ao amor, ao ciúme, ao medo, à solidão, à miséria humana, à prostituição. Deforma-se a figura, para ressaltar o sentimento. Predominância dos valores emocionais sobre os intelectuais. O expressionismo foi a primeira vanguarda artística do século XX que utilizou a deformação da realidade para dar forma à visão subjetiva do artista. Seus quadros foram os primeiros nos quais o objeto representado se distancia totalmente do modelo original. O termo expressionismo (com o sentido de retorcer, em alemão) foi cunhado pelo galerista Georg Levin em 1912. Principais características: - Pesquisa no domínio psicológico. 51 - Cores resplandecentes, vibrantes, fundidas ou separadas. - Dinamismos improvisados, abruptos, inesperados. - Pasta grossa, martelada, áspera. - Técnica violenta: o pincel ou espátula vai e vem, fazendo e refazendo, empastando ou provocando explosões. - Preferência pelo patético, trágico e sombrio. Observação: Alguns historiadores, determinam para esses pintores o movimento “Pós Impressionista”, os pintores não queriam destruir os efeitos impressionistas, mas sim levá-los mais longe: Gaugin, Cézanne e Van Gogh, Também se destacam Toulouse-Latrec, Munch, Modigliani e James Ensor. . Os três primeiros pintores abaixo estão incluídos nessa designação. Principais artistas: Gaugin, depois de passar a infância no Peru, Gaugin voltou com os pais para a França, mais precisamente para Orleans. Em 1887 entrou para marinha e mais tarde trabalhou na bolsa de valores. Aos 35 anos tomou a decisão mais importante de sua vida: dedicar-se totalmente à pintura. Começou assim uma vida de viagens e boemia, que resultou numa produção artística singular e determinante das vanguardas do século XX. Sua obra, longe de poder ser enquadrada em algum movimento, foi tão singular como a seus amigos Van Gogh ou Cézanne. Apesar disso, é verdade que teve seguidores e que pode ser considerado o fundador do Grupo Navis, que mais do que um conceito artístico, representava uma forma de pensar a pintura como filosofia de vida. Suas primeiras obras tentavam captar a simplicidade da vida no campo, algo que ele consegue com a aplicação arbitrária das cores, em oposição a qualquer naturalismo, como demonstra o seu famoso Cristo Amarelo. As cores se entendem planas e puras sobre superfície, quase decorativamente. No ano de 1891, o pintor parte para o Taiti, em busca de novos temas, para se libertar dos condicionamentos da Europa. Suas telas surgem carregadas da iconografia exótica do lugar, e não faltam cenas que mostram. Um erotismo natural, fruto, segundo conhecidos do pintor, de sua paixão pelas nativas. A cor adquire mais preponderância representada pelos vermelhos intensos, amarelos, verdes e violetas. Quando voltou a Paris, realizou uma exposição individual na galeria de Durand-Ruel, voltou ao Taiti, mas fixou-se definitivamente na ilha Dominique. 52 recuperaram do ferimento, voltou a pintar ao ar livre, em sua casa ao pé dos Alpes. Quando finalmente sua contribuição para a arte alemã foi reconhecida, foi renomeado membro da academia de Berlim, em 1931, para seis anos mais tarde, durante o nazismo, ver sua obra ser destruída e desprestigiada pelos órgãos de censura, Kirchner tentou mostrar em toda a sua produção pictórica uma realidade de pesadelo e decadência. Sensivelmente influenciado pelos desastres da guerra, seus quadros se transformaram num amontoado neurótico de cores contrastantes e agressivas, produto de uma profunda tristeza. No final de 1938 o pintor pôs fim à própria vida. Suas obras mais importantes estão dispersas pelos museus de arte moderna mais importante da Alemanha. Paul Klee,considerado um dos artistas mais originais do movimento expressionista. Convencido de que a realidade artística era totalmente diferente da observada na natureza, este pintor dedicou-se durante toda sua carreira a buscar o ponto de encontro entre realidade e espírito. A exemplo de Kandinski, Klee estudou com o mestre Von Stuck em Munique. Depois de uma viagem pela Itália, entrou em contato com os pintores da Nova Associação de Artistas e finalmente uniu-se ao grupo de artistas do Der Blaue Reiter. Em 1912 viajou para Paris, onde se encontrou co Delaunay, que seria de vital importância para suas obras posteriores. Klee escreveu: “A cor, como a forma, pode expressar ritmo e movimento”. Mas a grande descoberta ocorreria dois anos depois, em sua primeira viagem a Tunis. As formas cúbicas da arquitetura e os graciosos arabescos na terracota deixaram sua marca na obra do pintor. Iniciou uma fase de grande produtividade, com quadros de caráter quase surrealista, criados, segundo o pintor, em cima de “matéria e sonhos”. Entre eles merecem ser mencionados: “Anatomia de Afrodite, Demônios, Flores noturnas e Villa R”. Depois de lutar durante dois anos na primeira guerra, Klee juntou-se em 1924 ao grupo Die vier Blauen, mas antes apresentou suas obras em Paris, na primeira exposição dos surrealistas. Paralelamente, começou a trabalhar como professor em Dusseldorf e mais tarde na escola da Bauhaus em Weimar. Em 1933, Klee emigrou para a Suíça. Sua última exposição em vida aconteceu em Basiléia, em 1940. Além de sua obra pictórica, Kee deixou vários trabalhos escritos que resumem seu pensamento artístico. 55 Amadeo Modigliani: iniciou sua formação como pintor no ateliê de Micheli, em Livorno, sua cidade natal. Em 1902 entrou na academia de Florença e um ano mais tarde na de Veneza. Três anos depois se mudou para Paris, onde teve aulas na academia de Colarossi. Nessa cidade travou conhecimento com os pintores Utrillo, Picasso e Braque. Em 1908 participou do Salão dos Independentes e lá conheceu Juan Gris e Brancusi. Produziu então suas primeiras esculturas motivadas pelas peças de arte africana, chegadas a França das colônias. Esse aspecto de máscara foi uma das constantes nos seus retratos e nus sensuais. Modigliani teve em comum com os cubistas e expressionistas o distanciamento das academias, a revalorização da cor e o estúdio das formas puras. Sua visão tão subjetiva dos seres humanos e a emotividade de suas cores o aproximam mais do reduzido grupo de expressionistas franceses, composto por Rouault e Soutine. Apesar disso, pode-se muito bem dizer que sua obra, elegante, recatada e ao mesmo tempo misteriosa, pertence, juntamente com a dos mestres Cézanne e Van Gogh, para citar alguns, à dos gênios solitários. Grupos expressionistas: O expressionismo vive seu auge a partir da fundação de dois grupos alemães: o Die Brücke (A Ponte), em Dresden, que faz sua primeira exposição em 1905 e dura até 1913; e o Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul), em Munique, ativo de 1911 a 1914. Os artistas do primeiro grupo, como os alemães Ernst Kirchner, Emil Nolde, Karl Schmidt – Rottluff e Max Pechstein, são mais agressivos e politizados. Com cores quentes produzem cenas místicas e paisagens de atmosfera pesada. Os do segundo grupo, entre eles o russo Vassili Kandinski (Rússia), Frans Marc (Ale), August Macke, Paul Klee, Oskar Kokoschka, Egon Schiele na Áustria, e Georges Rouault na França. voltam se para a espiritualidade. Influenciados pelo cubismo e futurismo. Sua visão totalmente pessoal e às vezes agressiva da realidade, se formou mediante uma intensa deformação e abstração das formas e uma acentuação de linhas e contornos. Suas descobertas estilísticas foram decisivas para os movimentos plásticos, tanto abstratos quanto figurativos, que surgiram mais adiante no século XX. Uma das descobertas mais inovadoras foi a aplicação das teorias musicais à composição Plástica. Foram três as etapas que levaram o expressionismo ao amadurecimento: o primeiro o período da arte naif, em que se vislumbrou a importância da arte como meio de expressão dos 56 sentimentos humanos; o segundo, denominado expressionismo puro, cujo tema principal foi a abstração das formas; e finalmente, os períodos anteriores e posteriores à I Guerra Mundial, nos quais atuou como implacável critico da sociedade. Na pintura, a principal característica foi a deformação da realidade sob a óptica dos sentimentos. Não se preocupavam em imitar o modelo da natureza ou o objeto real. Havia ainda uma realidade ainda mais importante: “a da visão subjetiva do artista”. Para o grupo Der Brüque(A Ponte), os temas centrais eram as paisagens de policromia exarcebada e o corpo humano sintetizado em poucas linhas. O que mais se destacaram em suas obras foram a agressividade da cor e a falta de tranqüilidade das formas. Sua preocupação era reformular os temas impressionistas. Os artistas do Die Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul), voltaram-se para a espiritualidade, influenciados pelo cubismo e futurismo, usavam as teorias musicais para conseguir composições de colorido harmonioso e formas totalmente abstratas. Para os expressionistas vienenses, ao contrario, o tema central era o resgate do feio como novo valor estético. Com o expressionismo, conceitos como deformação da realidade, expressividade da cor e abstração das formas passaram a ser os novos princípios da arte. A escultura expressionista é escassa, e a arquitetura é exclusivamente teórica. Contudo os princípios plásticos enunciados pelo expressionismo marcarão a estética de todas as disciplinas artísticas que vão surgir mais adiante. Na América Latina, o expressionismo é principalmente uma via de protesto político, no México os destaques são os muralistas como Diego Rivera, David Siqueiros e Jose Clemente Orozco. No Brasil: Nas artes plásticas, os artistas mais importantes são Cândido Portinari, que retrata o êxodo do Nordeste, Anita Malfatti, Lasar Segall e o gravurista Osvaldo Goeldi. A última grande manifestação de protesto expressionista é o painel Guernica, do espanhol Pablo Picasso. Retrata o bombardeio da cidade basca de Guernica por aviões alemães durante a Guerra Civil Espanhola. A obra mostra sua visão particular da angustia do ataque, com a sobreposição de figuras, como um cavalo morrendo, uma mulher presa em um edifício em chamas, uma mãe com uma criança morta e uma lâmpada no plano central. Cinema: os filmes produzidos na Alemanha após a I Guerra Mundial são sombrios e pessimistas, com cenários fantasmagóricos, exagero na 57 - Pintura por manchas largas, formando grandes planos. Principais artistas: Maurice de Vlaminck, (1876-1958), pintor francês, foi o mais autêntico fauvista, dizia: “Quero incendiar a Escola de Belas Artes com meus vermelhos e azuis.” Adotou mais tarde estilo entre expressionista e realista. André Derain, (1880-1954), pintor francês, dizia: “As cores chegaram a ser para nós cartuchos de dinamite.” Por volta de 1900, ligou-se a Maurice de Vlaminck e Matisse, com os quais se tornou um dos principais pintores fovistas. Nessa fase, pintou figuras e paisagens em brilhantes cores chapadas, recorrendo a traços impulsivos e a pinceladas descontinuas para obter suas composições espontâneas. Após romper com o fovismo, em 1908, sofreu influencias de Cézanne e depois do Cubismo. Na década de 1920, seus nus, retratos e naturezas- mortas haviam adquirido uma entonação neoclássica, com o gradual desaparecimento da gestualidade espontânea das primeiras obras. Seu estilo, desde então, não mudou. Henri Matisse, (1869-1954), pintor francês, nas suas pinturas ele não se preocupa com o realismo, tanto das figuras como das cores. O que interessa é a composição e não as figuras em si, como de pessoas ou de naturezas-mortas. Abandonou assim a perspectiva, as técnicas do desenho e o efeito de claro-escuro para tratar a cor como valor em si mesma. Dos pintores fovistas, que exploravam o sensualismo das cores fortes, ele foi o único a evoluir para o equilíbrio entre a cor e o traço em composição planas, sem profundidade. Foi, também, escultor, ilustrador e litógrafo. Raoul Dufy, (1877-1953), pintor, gravador e decorador francês. Contrastes tonais e a geometrização da forma caracterizam sua obra. Impressionista a principio, evoluiu gradativamente para o fovismo, depois de travar contato com Matisse. Morreu um ano depois de receber o prêmio de pintura da bienal de Veneza. CUBISMO: 60 Historicamente o Cubismo originou-se da obra de Cézanne, pois para ele a pintura deveria tratar as formas da natureza como se fossem cones, esferas e cilindros. Entretanto, os cubistas foram mais longe do que Cézanne. Passaram a representar os objetos com todas as suas partes num mesmo plano. È como se eles estivessem abertos e apresentassem todos os seus lados no plano frontal em relação ao espectador. Na verdade, essa atitude de decompor os objetos não tinha nenhum compromisso de fidelidade com a aparência real das coisas. O pintor cubista tenta representar os objetos em tre dimensões, numa superfície plana, sob formas geométricas, com o predomínio de linhas retas. Não representa, mas sugere a estrutura dos corpos ou objetos. Representa-os como se movimentassem em torno deles, vendo- os sob todos os ângulos visuais, por cima e por baixo, percebendo todos os planos e volumes. Principais características: - Geometrização das formas e volumes. - Renuncia à perspectiva. - O claro-escuro, perde sua função. - Representação do volume colorido sobre superfície planas. - Sensação de pintura escultórica. - Cores austeras, do branco ao negro passando pelo cinza, por um ocre apagado ou um castanho suave. O Cubismo se divide em duas fases: CUBISMO ANALITICO: caracterizado pela desestruturação da obra em todos os seus elementos. Decompondo-a em partes, o artista registra todos os seus elementos em planos sucessivos e superpostos, procurando a visão total da figura, examinando-a em todos os ângulos no mesmo instante, através de sua fragmentação. Essa fragmentação dos seres foi tão grande, que se tornou impossível o reconhecimento de qualquer figura nas pinturas cubistas. CUBISMO SINTÉTICO: reagindo à excessiva fragmentação dos objetos e à destruição de sua estrutura. Basicamente, essa tendência procurou tornar as figuras novamente reconhecíveis. Também chamado de colagem porque introduz letras, palavras, números, pedaços de madeira, vidro, metal e até objetos inteiros nas pinturas. Essa inovação pode ser explicada pela intenção dos artistas em criar 61 efeitos plásticos e de ultrapassar os limites das sensações visuais que a pintura sugere, despertando também no observador as sensações táteis. Principais artistas: Pablo Picasso, tendo vivido 92 anos e pintado desde muito jovem até próximo à sua morte passou por diversas fases. Entretanto, são mais nítidas as fases: azul que representa a tristeza e a melancolia dos mais pobres, e a fase rosa em que pinta acrobatas e arlequins. Depois de descobrir a arte africana e compreender que o artista negro não pinta ou esculpi de acordo com as tendências de determinados movimentos estéticos, mas com uma liberdade muito maior. Picasso desenvolveu uma verdadeira revolução na arte. Em 1907, com a obra Lês Demoiselles d’Avignon, começa a elaborar a estética cubista que, como vimos anteriormente, se fundamenta na destruição de harmonia clássica das figuras e na decomposição da realidade. Podemos destacar, também o mural Guernica, que representa, com veemente indignação, o bombardeio da cidade espanhola de Guernica, responsável pela morte de grande parte da população civil formada por crianças, mulheres e trabalhadores, durante a Guerra Espanhola. “A obra de um artista é uma espécie de diário. Quando o pintor, por ocasião de uma mostra, vê algumas de suas telas antigas novamente, é como se ele estivesse reencontrando filhos pródigos, só que vistos com túnica de ouro.” Pablo Picasso “A arte não é a verdade. A arte é uma mentira que nos ensina a compreender a verdade.” Pablo Picasso Braque, um artista que passou pela fase do cubismo analítico e sintético. O cubismo manifesta-se ainda na arquitetura, especialmente na obra de Corbusier, e na escultura. No teatro, restringe-se à pintura de cenários de peças e balés feitos por Picasso. Literatura, os princípios do cubismo aparecem na poesia. A linguagem é demonstrada em busca da simplicidade e do que é essencial para a expressão. O resultado são palavras soltas, escritas na vertical, sem a continuidade tradicional. O expoente é o francês Guillaume Apollinaire (1880-1918), que influencia toda a poesia 62 fez suas incursões pela escultura, aprofundando a busca do dinamismo, embora se possa afirmar sem dúvida que, nas artes plásticas, o futurismo foi uma arte eminentemente pictórica. O futurismo é a concretização desta pesquisa no espaço bidimensional. Procura-se neste estilo expressar o movimento real, registrando a velocidade descrita pelas figuras em movimento no espaço. O artista futurista não está interessado em pintar um automóvel, mas captar a forma plástica a velocidade descrita por ele no espaço. Principais artistas: Giacomo Balla, em sua obra o pintor italiano tentou endeusar os novos avanços científicos e tecnológicos por meio de representações totalmente desnaturalizadas, embora sem chegar a uma total abstração. Mesmo assim, mostrou grande preocupação com o dinamismo das formas, com a situação da luz e a integração do aspecto cromático. A formação acadêmica de Balla restringiu-se a um curso noturno de desenho de dois meses de duração, na Academia Albertina de Turim, sua cidade natal. Em 1895 o pintor mudou-se para Roma, onde apresentou regularmente suas primeiras obras em todas as exposições da Sociedade dos Amadores e Cultores das Belas Artes. Cinco anos mais tarde fez uma viagem a Paris, onde entrou em contato com a obra dos impressionistas e neo-impressionistas e participou de várias exposições. Na volta a Roma, conheceu Marinetti, Boccioni e Severini. Um ano mais tarde, juntava-se a eles para assinar o Manifesto Técnico da Pintura Futurista. Preocupado, como seus companheiros, em encontrar uma maneira de visualizar as teorias do movimento, apresentou em 1912 seu primeiro quadro futurista, intitulado: “Cão na coleira ou Cão atrelado”. Dissolvido o movimento, Balla retornou às suas pinturas realistas e se voltou para a escultura e a cenografia. Embora em principio Balla continuasse influenciado pelos divisionistas, não demorou a encontrar uma maneira de se ajustar à nova linguagem do movimento a que pertencia. Um recurso dos mais originais que ele usou para representar o dinamismo foi a simultaneidade, ou desintegração das formas, numa repetição quase infinita, que permita ao observador captar de uma só vez todas as seqüências do movimento. Carlo Carra, (1881-1966), junto com Giorgio De Chirico, ele se separaria finalmente do futurismo para se dedicar àquilo que eles próprios dariam o nome de Pintura Metafísica. Enquanto ganhava seu 65 sustento como pintor-decorador, freqüentava as aulas de pintura na Academia Brera, em Milão. Em 1900 fez uma primeira viagem a Paris, contratado para a decoração da Exposição Mundial. De lá se mudou para Londres. Ao voltar, retornou as aulas na Academia Brera e conheceu Boccioni e o poeta Marinetti. Um ano mais tarde assinou o Primeiro Manifesto Futurista, redigido pelo poeta italiano e publicado no jornal Le Figaro. Nessa época iniciou seus primeiros estudos e esboços de Ritmo dos Objetos e Trens, por definição por definição suas obras mais futuristas. Numa segunda viagem a Paris entrou em contato com Apollinaire, Modigliani e Picasso. A partir desse momento começaram a aparecer as referências cubistas em suas obras. Carra não deixou de comparecer às exposições futuristas de Paris, Londres e Berlim, mas já em 1915 separou-se definitivamente do grupo. Juntou-se a Giorgio De Chirico e realizou sua primeira pintura metafísica. Em suas últimas obras retornou ao Cubismo. Publicou vários trabalhos, entre eles “La Pittura Metafísica, 1919 e La Mia Vita, 1943”. Pintor italiano, representante do futurismo e mais tarde da pintura metafísica, influenciou a arte de seu país nas décadas de 1920 e 1930. Umberto Boccioni, (1882-1916), sua obra se manteve sob a influencia do cubismo, mas incorporando os conceitos de dinamismo e simultaneidade: formas e espaços que se movem ao mesmo tempo e em direções contrarias. Nascido em Reggio di Calábria, Boccioni mudou- 0se ainda muito jovem para Roma, onde estudou em diferentes academias. Logo fez amizade com os pintores Balla e Severini. No inicio mostrou-se interessado na pintura impressionista, principalmente na obra de Cézanne. Fez então algumas viagens a Paris, São Petesburgo e Milão. Ao voltar, entrou em contato com Carra e Marinetti e um ano depois se encontrava entre os autores do Manifesto Futurista de Pintura, do qual foi um dos principais teóricos. Foi com a intenção de procurar as bases dessa estética que ele viajou a Paris, onde se encontrou com Picasso e Braque. Ao retornar, publicou o Manifesto Técnico da Pintura Futurista, no qual foram registrados os princípios teóricos da arte futurista: condenação do passado, desprezo pela representação naturalista, indiferença em relação aos críticos de arte e rejeição dos conceitos de harmonia e bom gosto aplicados a pintura. Em 1912, participou da primeira exposição futurista, Suas obras ainda deixavam transparecer a preocupação do artista com os conceitos propostos pelo Cubismo. Os retratos deformados pelas superposições 66 de planos ainda não conseguiam expressar com clareza sua concepção teórica. Um ano mais tarde, com sua obra “Dinamismo de um jogador de futebol”, Boccioni conseguiu finalmente fazer a representação do movimento por meio de cores e planos desordenados, como num pseudofotograma. Durante a Primeira Guerra Mundial, o pintor se alistou como voluntário e ao voltar publicou o livro “Pittura, Scultura Futurista, Dinâmico Plástico” (Pintura, escultura Futurista, Dinamismo Plástico). Morreu dois anos depois, em 1916, na cidade de Verona. ARTE NAIF: É a arte da espontaneidade, da criatividade autêntica, do fazer artístico sem escola nem orientação, portanto é instintiva e onde o artista expande seu universo particular. Claro que, como numa arte mais intelectualizada, existem os realmente marcantes e outros nem tanto. Art naif (arte ingênua) é o estilo a que pertence a pintura de artistas sem formação sistemática. Trata-se de um tipo de expressão que não se enquadra nos moldes acadêmicos, nem nas tendências modernistas, nem tampouco no conceito de arte popular. Esse isolamento situa o art naif numa faixa próxima à da arte infantil, da arte do doente mental e da arte primitiva, sem que, no entanto, se confunda com elas. Assim, o artista naif é marcadamente individualista em suas manifestações mais puras, muito embora, mesmo nesses casos, seja quase sempre possível descobrir-lhes a fonte de inspiração na iconografia popular das ilustrações dos velhos livros, das folhinhas suburbanas ou das imagens de santos. Não se trata, portanto, de uma criação totalmente subjetiva, sem nenhuma referencia cultural. O artista naif não se preocupa em preservar as proporções naturais nem os dados anatômicos corretos das figuras que representa. Características gerais: - Composições planas, bidimensionais, tende à simetria e a linha é sempre figurativa. - Não existe perspectiva geométrica linear. - Pinceladas contidas com muitas cores. Principal artista: 67 François Picabia, (1879-1953), pintor e escritor francês. Envolveu-se sucessivamente com os principais movimentos estéticos do inicio do século XX, como cubismo, surrealismo e dadaísmo. Colaborou com Tristan Tzara na revista Dada. Suas primeiras pinturas cubistas, eram mais próximas de Léger do que de Picasso, são exuberantes nas cores e sugerem formas metálicas que se encaixam umas nas outras. Formas e cores tornaram-se a seguir mais discretas, até que por volta de 1916 o artista se concentrou nos engenhos mecânicos do dadaísmo, de índole satírica. Depois de 1927, abandonou a abstração pura que praticava por anos e criou pinturas baseadas na figura humana, com a superposição de formas lineares e transparentes. Max Ernest, (1891-1976), pintor alemão, adepto do irracional e do onírico e do inconsciente, esteve envolvido em outros movimentos artísticos, criando técnicas em pintura e escultura. No Dadaísmo contribuiu com colagens e fotomontagens, composições que sugerem a múltipla identidade dos objetos por ele escolhidos para tema. Inventou técnicas como a decalcomania e o frottage que consiste em aplicar uma folha de papel sobre uma superfície rigorosa, como a madeira de veios salientes, e esfregar um lápis de cor ou grafite, de modo que o papel adquira o aspecto da superfície posta debaixo dele. ABSTRACIONISMO: A arte abstrata tende a suprimir toda a relação entre a realidade e o quadro, entre as linhas e os planos, as cores e a significação que esses elementos podem sugerir ao espírito. Quando a significação de um quadro depende especialmente da cor e da forma, quando o pintor rompe os últimos laços que ligam a sua obra à realidade visível, ela passa a ser abstrata. O abstracionismo apresenta várias fases, desde a mais sensível até a intelectualidade máxima. Informalismo: predominam os sentimentos e emoções. As cores e as formas são criadas livremente. Na Alemanha surge o movimento denominado “Der Blaue Reiter” (O cavaleiro azul) cujo fundadores são Kandinsky e Frans Marc, entre outros. O pintor russo Kandinski foi o primeiro artista propriamente abstrato. 70 Uma arte abstrata que coloca na cor e forma a sua expressividade maior. Estes artistas se aprofundam em pesquisas cromáticas, conseguindo variações espaciais e formais na pintura, através das tonalidades e matizes obtidos. Eles querem um expressionismo abstrato, sensível e emotivo. Com a forma, a cor e a linha, o artista é livre para expressar seus sentimentos interiores, sem relacioná-los a lembrança do mundo interior. Estes elementos da composição devem ter uma unidade de harmonia tal qual uma obra musical. O fato de os artistas mais representativos da arte moderna européia terem se mudado para os Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial, foi muito significativo para a difusão da arte abstrata. Muitos deles, convidados pelas universidades, deixaram entusiasmados os jovens artistas americanos, lá se fundou a American Abstracts Artists, precursora da vanguarda expressionista abstrata. Donos de galerias e colecionadores apoiaram o desenvolvimento dessas novas tendências e gerou-se um mercado do artístico dinâmico. A arte abstrata encontrou finalmente seu lugar nas galerias e coleções de uma sociedade moderna e pujante, principalmente depois de superada a crise da depressão dos anos 30. Enquanto isso, a Europa do pós-guerra retomou a s tendências abstratas, mas agora sob a ideologia das novas filosofias existencialistas, que entendiam a atuação do artista como um compromisso vital com uma sociedade devastada e desolada pelo terror e pela violência. Pintura: De um lado a pintura abstrata lírica, de conteúdo simbólico e gestual, com uma atitude totalmente animista e subjetiva diante da obra, que parte de Kandinski, e evolui na obra dos expressionistas americanos: Pollock, Kline, De Kooning e Motherwell, entre outros. Também estão nesta categoria as vanguardas do pós-guerra europeu, como o informalismo, representado por Fautrier, Duhuffet e Millares, e mais tarde por Bacon, ou o grupo Dau al Set, no qual se inclui o pintor Tapies. De outro lado, desenvolve-se a pintura abstrata geométrica, totalmente independente da visão subjetiva, que a partir do cubismo evolui para um racionalismo matemático, representado pelas formas e cores puras. É o caso dos neoplásticos da Holanda, como Mondrian ou Van Doesburg, o suprematismo de Malevitch e o cosntrutivismo russo. Também devem ser encluidas aqui as obras de Vsarely e Cruz-Diez. 71 Principais artistas: Wassilly Kandinsky, (1866-1944), pintor russo, antes do abstracionismo participou de vários movimentos artísticos como impressionismo, atravessou uma curta fase fauve e expressionismo.Escreveu livros como em 1911. Sobre o espiritual na arte, em que procurou apontar correspondências simbólicas entre os impulsos interiores e a linguagem das formas e cores, e em 1926. Do ponto e da linha até a superfície, explicação mais técnica da construção e inventividade da sua arte. Dezenas de suas obras foram confiscadas pelos nazistas e várias delas expostas na mostra de “Arte Degenerada”. Franz Marc, (1880-1916), pintor alemão, apaixonado pela arte dos povos primitivos, das crianças e dos doentes mentais, o pintor alemão Marc escolheu como temas favoritos os estudos sobre animais, conheceu Kandinsky, sob a influencia deste, convenceu-se de que a essência dos seres se revela na abstração. A admiração pelos futuristas italianos imprimiu nova dinâmica à obra de Marc, que passou a empregar formas e massas de cores brilhantes próprias da pintura cubista. Os nazistas destruíram várias de suas obras. As que restaram estão conservadas no Museu de Belas Artes de Liège, no Kunstmuseum. Em Basiléia, na Stãdtische Galerie im Lembachhaus, em Munique, no Walker Art Center. Em Minneapolis, e no Guggenheim Museum, em Nova York. Escultura: A escultura abstrata se caracterizou pelo afastamento dos moldes naturalistas, em favor da representação das formas geométricas puras, mais racionais, ou as simbólicas, consideradas uma síntese das formas orgânicas. É preciso, no entanto, falar de peças, objetos e instalações, já que o tridimensional se desenvolveu a partir da combinação de materiais completamente alheios aos que a escultura havia conhecido até então, com exceção do dadaísmo. A partir da arte abstrata o limite entre escultores e pintores se dissolveu ainda mais. Por isso, embora se faça referencia a artistas dedicados principalmente à escultura, como Henry Moore ou Constantin Brancusi, houve muito outros que fizeram experiências 72 Em Portugal dentro do variado leque de expressões artísticas do informalismo, podemos inserir os pintores Fernando Lanhas, considerado o introdutor do abstracionismo em Portugal. João Vieira, Antonio Sena, Eurico Gonçalves; bem como algumas fases de Nadir Afonso, Joaquim Rodrigo, Julio Resende, Menez, João Hogan, Antonio Charrua e Rogério Ribeiro. SUPREMATISMO: É uma pintura com base nas formas geométricas planas, sem qualquer preocupação de representação. Os elementos principais são: retângulos, círculos, triângulos e a cruz. O manifesto do Suprematismo, assinado por Malevitch e Maiakoviski, poeta russo, foi um dos principais integrantes do movimento futurista em seu país, defendia a supremacia da sensibilidade sobre o próprio objeto. Mais racional que as obras abstratas de Kandinsky e Paul Klee, reduz as formas, à pureza geométrica do quadrado. Suas características são rígidas e se baseiam nas relações formais e perceptivas entre a forma e a cor. Pesquisa os efeitos perceptivos do quadrado negro sobre o campo negro, nas variações ambíguas de fundo e forma. Principal artista: Kazimir Malevitch, (1878-1935), pintor russo, fundador da corrente suprematista, que levou o abstracionismo geométrico à simplicidade extrema, foi o primeiro artista a usar elementos geométricos abstratos. Procurou sempre elaborar composições puras e cerebrais, destruídas de toda sensualidade. O “quadrado negro sobre o fundo branco” construiu uma ruptura radical com a arte da época. Pintado entre 1913 e 1915, compõe-se apenas de dois quadrados, um dentro do outro, com os lados paralelos aos da tela. A problemática dessa composição seria novamente abordada no “Quadro branco sobre fundo branco”, 1918, hoje no Museu de Arte Moderna de Nova York. EXPRESSIONISMO ABSTRATO: Termo anos 20 com Wassily Kandinski (Cavaleiro Azul). Anos 40 e 50, grupo de artistas norte americanos: William Baziotes, Willen De Kooning, Arshile Goricy, Adolph Gottlich, Philip 75 Guston, Hans Hofmann, Franz Kline, Robert Motherwel, Lee Krasner, Barnett Newman, Jackson Pollock, Ad Reinhardt, Mark Rothko, Clyfford Still e Mark Tobey. Para eles o verdadeiro tema da arte eram as emoções interiores do homem, exploraram gestos, cor, forma, textura, por seu potencial simbólico e romântico. O termo foi introduzido pelo critico Robert Coates em 1946; outros títulos: Escola de N.Y.”;” American – Type paining”; “Action pining” e “color field paining”. Action paining: criado por Harold Rosemberg, 1952 – Engajamento corporal – Pollock, nas pinceladas violentas De Kooning e nas formas ousadas de Klive. Por crescer sob grande depressão II Guerra mundial, perda de fé e nas ideologias. As exposições nos EUA, apresentavam influências das vanguardas Européias(Fauvismo, Cubismo, Dada e Surrealismo, Astecas, Africanos e índios americanos). Complementadas por novas gerações de mestres como: Hofman ( Esc. De Belas Artes Hans Hfman, 1934). Os surrealistas André Breton, André Masson, Roberto Matta,Yves Tanguy e Max Ernest. Momento decisivo do movimento expressionismo abstrato, interesse maior pela psicanálise junguiana. Pollock, submeteu 2 anos 1939/41 de análise junguiana, existência de um “inconsciente coletivo”; arte de engajamento existencialista. A arte e o artista eram exaltados. Arshile Gorky para Breton surrealista, pode ser considerado o 1º expressionismo abstrato, influenciado por Kandinsky e M iro. (abstração orgânica), (formas biofórmicas). De Kooning também pintou abstratos biomórfica, mais conhecido pela atenção que dava a figura humana, especificamente nas imagens da “pin-up americana”, “série mulher”, anos 50. O mais conhecido Jackson Pollock, filme e fotos, (Jack o respingador). Anos 50, tela no chão gotejando tinta, imagens labiritimicas, “energia e movimentos”. A análise junguiana, nutriu sua pintura (míticas, alhares, sacerdotes, totem e xanãs). Paisagem americana, tema constante na obra de Pollock, expressada na pintura de Clyfford Still e Barnett Newman. 76 Mark Rothko: obra madura, executada no auge do continuísmo americano, (espiritualidade e convite à contemplação). Capela Rothko, arte religiosa. DECLARAÇÃO CONJUNTA DE ROTHKO, GOTTILIEB E NEWMAN. “Não existe essa coisa de uma boa pintura sobre o nada. Afirmamos que o tema é fundamental e só é valido quando se mostra trágico e temporal” Em 1948, “O tema dos artistas” foi fundado por Baziotes, Motherwell, Rothko e o escultor Davi Hare. (nossa pintura não era abstrata, mas repleta de temas). Para Rothko: “emoções básicas”. Para Still: “apenas eu e não a natureza” Para Pollock: “Expressa meus sentimentos, mais do que ilustra-los”. Para Newman: “a busca do significado oculto da vida” De Kooning: “pôs alguma ordem em nós” Motherwell: “desposar o universo”. Anos 40 E 50, a Arte Expressionista Abstrata, foi promovida por vários críticos, entre eles Harold Rosemberg e Clement Greemberg. 1951, o movimento alcançou reconhecimento institucional com a exposição Pintura e Escultura abstrata nos EUA (MOMA NY). Aaron Siskind, fotografia abstrata. Escultores: Herbert Ferber, Hare Ibram Lassaw, Seynour Lipton, Reuben Nakiam, Newman Theodore Roszak e David Smiyh (principal). Expressionismo Abstrato, reconhecimento internacional, exposição itinerante (MOMA 1958/9). Diferentes aspectos do expressionismo abstrato alimentaram movimentos variados como: “abstração pós-pictórica”, “Minimalismo” e “arte performática”. CONSTRUTIVISMO: Para o construtivismo, a pintura e a escultura são pensadas como construções, e não como representações, guardando proximidade com a arquitetura em termos de materiais, procedimentos e objetivos. O termo construtivismo liga-se diretamente ao movimento de vanguarda 77 Os princípios do concretismo afastam da arte qualquer conotação lírica ou simbólica. O quadro construído exclusivamente com elementos plásticos, planos e cores, não tem outra significação se não ele próprio. A pintura concreta é “não abstrata”, afirma Van Doersburg, “pois nada é mais real, mais concreto do que uma linha, uma cor, uma superfície”. Max Bill explora essa concepção de arte concreta defendendo a incorporação de processos matemáticos à composição artística e a autonomia da arte em relação ao mundo natural. A obra de arte não representa a realidade, mas evidencia estruturas, planos e conjuntos relacionados, que falam por si mesmos. A noção de arte concreta visa rediscutir a linguagem plástica moderna. Os Suíços, especialmente Max Bill, Richard Pall Lohse, Verena Loewensberg, recolocam o problema bidimensionalidade do espaço pictórico introduzido pelo cubismo ao definir o quadro como suporte sobre o qual a realidade é reconstruída, e passível de ser aprendida de múltiplos ângulos. Assim com os concretos a pintura se aproxima de modo cada vez mais radical da escultura, da arqwuitetura e dos relevos. Da pauta do grupo fazem parte também pesquisas sobre percepção visual, e a defesa da integração da arte na sociedade, pela participação do artista nos vários setores da vida urbana, ênfases Hochschule für Gestaltung – HFG (ESCOLA SUPERIOR DA FORMA), fundada por Max Bill em 19851 na Alemanha, dando continuidade ao projeto Bauhaus. Bill é o principal responsável pela entrada desse ideário plástico na América Latina, especialmente no Brasil e Argentina, após a segunda guerra mundial. A exposição do artista em 1951 no MASP e a presença da delegação suíça na 1º Bienal Internacional de São Paulo, abrem as portas do país para as novas tendências construtivas, que são amplamente exploradas a partir de então. Os prêmios concedidos à escultura “Tripartida” de Max Bill e a tela “formas” de Ivan Serpa, na 1º Bienal, realizada no MAN/SP, são sintomas da atenção despertada pelas novas linguagens pictóricas. O impacto das representações estrangeiras na bienal se relaciona de perto côas modificações verificadas no meio social e cultural brasileiro. Cidades com o Rio de Janeiro e São Paulo iniciam processos de metropolização, alimentados pelo surto industrial e pela pauta desenvolvimentista, que alteram a paisagem urbana. Do ângulo das artes visuais, a criação dos museus de arte e de galerias criam condições para a experimentação concreta nos anos 1950, com o anúncio das novas tendências não figurativas. É importante lembrar nessa direção as 80 exposições 19 Pintores, na Galeria Prestes Maia, em São Paulo, somente do grupo Concreto Paulista; Do Figurativismo ao Abstracionismo, no MAM/SP, em 1949; A. Calder no MASP, em 1949; e Fotoformas, de Geraldo de Barros (1923-1998), no MASP em 1950. O ano de 1952 e a exposição do Grupo Ruptura marcam o inicio oficial do movimento concreto em São Paulo. Criado por Anatol Wladyslaw (1913-2004), Lothar Charoux (1912-19887), Féjer (1923-1989), Geraldo de Barros, Leopold Haar (1910-1954), Luiz Sacilotto (1924-2003), liderado pelo artista critico Waldemar Cordeiro (1925-1973), o grupo propõe em seu manifesto a “renovação dos valores essenciais das artes visuais”, por meio das pesquisas geométricas, pela proximidade entre trabalho artístico e produção industrial, e pelo corte com certa tradição abstracionista anterior. Os desdobramentos da arte concreta na poesia se evidenciam em São Paulo pelo lançamento da revista Noigandres, em 1952, editada pelos irmãos Haroldo de Campos (1929-2003) e Augusto de Campos (1931) e Décio Pignatari (1927). No Rio de Janeiro, alunos do curso de Ivan Serpa no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM/RJ, tendo como teóricos os críticos Mario Pedrosa (1900-1981) e Ferreira Gullar (1930), formam o Grupo Frente, em 1954. Fundado por Aluisio Carvão (1920- 2001), Carlos Val (1937), Décio Vieira (1922-1988), Ivan Serpa, João José da Silva Costa (1931), Lygia Clark (1920-1988), Lygia Pape (1927-2004) e Vicent Ibberson, e ao qual aderem em seguida Hélio Oiticica (1937-1980) e César Oiticica (1939), Elisa Martins da Silveira (1912-2001), Emil Baruch (1920), Franz Weissmann (1911-2005), Abraham Palatinik (1928) e Ruben Ludolf (1932), o grupo concreto carioca prega a experimentação de todas as linguagens, ainda que no âmbito não figurativo geométrico. À investigação paulista centrada no conceito de pura visualidade da forma, o grupo carioca opõe uma articulação forte entre arte e vida, que afasta a consideração da obra com “máquina” ou “objeto”, e maior ênfase na intuição como requisito fundamental do trabalho artístico. As divergências entre Rio e São Paulo se explicitam na Exposição Nacional de Arte Concreta, São Paulo, 1956, e Rio de Janeiro, 1957, inicio da ruptura neoconcreta, efetivada em 1959. NEOPLASTICISMO: Onde as cores e as formas são organizadas de maneira que a composição resulte apenas e expressão de uma concepção geométrica. Resulta às linhas verticais e horizontais e as cores puras (vermelho, 81 azul e amarelo). O ângulo reto é o símbolo do movimento, sendo rigorosamente aplicado à arquitetura. Principal artista: Piet Mondrian, (1872-1944), pintor holandês. Depois de haver participado da arte cubista, continua simplificando suas formas até conseguir um resultado, baseado nas proporções matemáticas ideais, entre as relações formais de um espaço estudado. O artista utiliza como elemento de base, uma superfície plana, retangular e as três cores primárias com um pouco de preto e branco. Essas superfícies coloridas são distribuídas e justapostas buscando uma arte pura. Ele procura, pesquisa e consegue um equilíbrio perfeito da composição, despojado de todo excesso da cor, da linha ou da forma. Em 1940, Mondrian foi para New York, onde realizou a última fase de sua obra: desapareceram as barras negras e o quadro ficou dividido em múltiplos retângulos de cores vivas. É a série dos quadros boogie-woogie. SURREALISMO: Nas duas primeiras décadas do século XX, os estudos psicanalíticos de Freud e as incertezas, políticas criaram clima favorável para o desenvolvimento de uma arte que criticava a cultura européia e a frágil condição humana diante de um mundo cada vez mais complexo. Surgem movimentos estéticos que interferem de maneira fantasiosa na realidade. O surrealismo foi por excelência a corrente artística moderna da representação do irracional e do subconsciente. Suas origens devem ser buscadas no dadaísmo e na pintura metafísica de Giorgio De Chirico. Este movimento artístico surge todas às vezes que a imaginação se manifesta livremente, sem o freio do espírito critico, o que vale é o impulso psíquico. Os surrealistas deixam o mundo real para penetrarem no irreal, pois a emoção mais profunda do ser tem todas as possibilidades de se expressar apenas com a aproximação do fantástico, no ponto onde a razão humana perde o controle. A publicação do Manifesto do Surrealismo, assinado por André Breton em outubro de 1924, marcou historicamente o nascimento do movimento. Nele se propunha a restauração dos sentimentos humanos e do instinto como ponto de partida para uma nova linguagem artística. 82 nítidos e formas sinceras na aparência, mas difíceis de serem elucidadas, embora se apresentem de forma amistosa ao observador. Miro também se dedicou à cerâmica e a escultura, nas quais extravasou suas inquietações pictóricas. Obra destacada: Noitada Esnobe da Princesa. Para seu conhecimento: “O sonho não pode ser também aplicado à solução das questões fundamentais da vida?” (fragmento do manifesto do surrealismo de André Breton, francês que lançou o movimento). No mesmo manifesto, Breton define Surrealismo: “Automatismo psíquico pelo qual alguém se propõe a exprimir, seja verbalmente, seja por escrito, seja de qualquer outra maneira, o funcionamento real do pensamento”. Escultura: deve-se falar em objetos retirados de seu contexto, os surrealistas se dedicaram conscientemente a reunir os objetos mais diferentes, privados de sua funcionalidade, para expressar as necessidades mais intimas do homem. No inicio falavam de dois tipos de objetos: os naturais (vegetais, animais e minerais) e os de uso cotidiano. Exemplo claro do culto ao objeto, foi a exposição de Objetos Surrealistas de 1936. Nela se representaram as mais extravagantes combinações, produto das associações inconscientes de seus atores. Alguns de fácil interpretação e outros complexos. Destaca-se os objetos surrealistas, no limite entre a ironia e a perversão, tentavam abrir a imaginação do espectador para a multiplicidade de relações existentes entre as coisas, Prova disso foram o engenhoso telefone-lagosta, de Dali, ou as combinações de objetos de Miro. ACTION-PAINTING: Ou pintura de ação gestual, criada por Jackson Pollock nos anos de 1947 e 1950 faz parte da arte Abstrata americana. Em 1937, fundou- se nos Estados Unidos, a Sociedade dos Artistas Abstratos. O abstracionismo cresce e se desenvolve nas Américas, chegando à criação de um estilo original. Características da Pintura: 85 - Compreensão da pintura como meio de emoções intensas. - Execução cheia de violência, agressividade, espontaneidade e automatismo. - Destruição dos meios tradicionais de execução, pincéis, trinchas, espátulas e etc. - Técnica: pintura direta na parede ou no chão, em telas enormes, utilizando tinta à óleo, pasta espessa de areia, vidro moído. Principal artista: Jackson Pollock, (1912-1956), pintor americano, introduziu nova modalidade a técnica, gotejando (dripping) as tintas que escorrem de recipientes furados intencionalmente, numa execução veloz, com resultados extraordinários e fantásticos, algumas vezes realizadas diante do público. Desenvolveu pesquisas sobre pintura aromática. Nos últimos trabalhos nessa linha, o artista usou materiais como pregos, conchas e pedaços de tela, misturavam-se às camadas de tinta para dar relevo e textura. Usou freqüentemente tintas industriais, muitas delas usadas na pintura de automóveis. Abstração no Brasil: Surge com maior ênfase nos meados dos anos 50. O curso de abstração no Brasil, A abstração “gravação de Iberê Camargo”, (1914-1994), forma uma geração de gravuristas abstratos, na qual se destacam Antoni Babinski, 1931, Maria Bonomi, 1935 e Mario Gruber, 1927. Outros impulsos vêm da fundação dos Museus de Arte Moderna de São Paulo, 1948 e do Rio de Janeiro, 1949 e da criação da Bienal Internacional de São Paulo, 1951. Entre os pioneiros da abstração no Brasil, destacam-se Antônio Bandeira(1922- 1967), Cícero Dias (1908-) e Sheila Branningan (1914-). Posteriormente artistas como Flavio Shiró, (1928-), Manabu Mabe (1924-1997), Yolanda Mohalyi (1909-1978), Wega Nery (1912-), além de Iberê Camargo, praticam a abstração informal. A abstração geométrica, que se manifesta no concretismo e no neoconcretismo também nos anos 50, encontra praticantes em Tomie Ohtake (1913-). Fayga Ostrwer (1920-), Arcângelo Ianelli (1922) e Sanson Flexor (1907-1971). COBRA: Movimento artístico criado na Holanda, sigla de Copenhague- Bruxelas-Amsterdã, grupo artístico europeu que surgiu entre 1948 e 1951. Ligado esteticamente ao expressionismo figurativo, teve como principais representantes Asger Jorn, Karel Appel e Pierre Alechinski. 86 Assim como as obras de Jacson Pollock essa pintura é gestual, livre, violenta na escolha de cores e texturas. Principais artistas: Pierre Alechinski, pintor e gravador belga. Um dos mais jovens integrantes do grupo Cobra, marcou sua obra pelo tachismo. Participou da XI Exposição Internacional do Surrealismo, em 1965. Asger Jorn, Pintor dinamarquês. Sua obra é caracterizada pelo uso de cores vivas e formas distorcidas. Sofreu influência dos pintores James Ensor e Paul Klee. Karel Appel, pintor holandês. Criador de uma obra vigorosa e colorida, caracterizada pela figuração rude e simplificada. Realizou também esculturas em madeira e metal. OP ART: A expressão “op-art” vem do inglês, (optical art) e significa “arte óptica”. Defendia para a arte “menos expressão e mais visualização”. Apesar do rigor com que é construída, simboliza um mundo precário e instável, que se modifica a cada instante. Apesar de ter ganhado força na metade da década de 1950, a Op Art passou por um desenvolvimento relativamente lento. Ela não tem o ímpeto atual e o apelo emocional da Pop Art; em comparação, parece excessivamente cerebral e sistemática, mais próxima das ciências do que das humanidades. Por outro lado, suas possibilidades parecem ser tão ilimitadas quanto as da ciência e da tecnologia. Meados dos anos 60, exposição “Olho receptivo”, curador Willian C. Seitz, MOMA/NY, 1965. “abstracionistas perceptuais”; americanos: Richard Anuszkiewicz e Larry Poons. Britânicos Michael Kidner e Bridget Riley, e o franco-hungaro Victor Vasarely. Uso de formas geométricas em preto e branco, efeito de ritmo e distorção, cores constratantes e variações tonais. A arte op, exige a participação do espectador para “completá-la”, tais preocupações ligam a arte op a vários movimentos: Fluxos, Hiper- realismo e GRAV, bem como a teoria da Gestalt. A ilusão do movimento, também Arte Cinética. Durante os anos 80 suas imagens e técnicas foram retomados pelo americano Philip Taaff e o holandês Peter Schuyff. 87 das historietas. Cores brilhantes, planas e limitadas, delineadas por um traço negro, contribuíam para o intenso impacto visual. Com essas obras, o artista pretendia oferecer uma reflexão sobre a linguagem e as formas artísticas. Seus quadros, desvinculados do contexto de uma história, aparecem como imagens frias, intelectuais, símbolos ambíguos do mundo moderno. O resultado é a combinação de arte comercial e abstração. Andy Warhol, (1927-1987). Foi a figura mais conhecida e mais controvertida da Pop Art, mostrou sua concepção da produção mecânica da imagem em substituição ao trabalho manual numa série de retratos de ídolos da música popular e do cinema, como Elvis Presley e Marilin Monroe. Warhol entendia as personalidades públicas como figuras impessoais e vazias, apesar da ascensão social e da celebridade. Da mesma forma, e usando sobretudo a técnica de serigrafia, destacou a impessoalidade do objeto produzido em massa para consumo, como garrafas de Coca-Cola, as latas de sopa Campbell, automóveis, crucifixos e dinheiro. Produziu filmes e discos de um grupo musical, incentivou o trabalho de outros artistas e uma revista mensal. MINIMALISMO: Ny, Entre 1963/5, após exposição de Donald Judd, Robert Morris, Dan Flavin e Carl André. Outros nomes “estruturas primárias, objetos unitários, arte ABC e Coll art. Estruturas geométricas, aparentemente simples. Os artistas minimalistas, deram atenção às obras Construtivistas e Suprematistas Russos que tendiam para Abstração pura, como Kasimir Maliêvitch (quadrado negro). Firmou – se como movimento Com a exposição Estruturas Primárias: jovens escultores. Am. E brit. NY 1966, logo depois passou – se a aplicar o termo a obras de escultura. Como André, Richard Artschwager, Ronald Bladen, Larry Bell, Flavin, Judd, Sol Le Witt, Morris, Beverly Pepper, Richard Serra e Tony Smith; os Britânicos: Sir Anthony Caro, Philip King, Willian Tucker, Tim Scott, e pinturas dos abstracionistas pós-pictóricos. Judd, tornou – se um dos mais interessante comentarista de arte, em 1965, escreveu: “O espaço real é intrinsecamente mais vigoroso e especifico do que a tinta sobre uma tela...nova criação assemelha – se, 90 mais a escultura. Do q a pintura. A cor jamais deixa de ter importância. O que não acontece na escultura.” Judd, se referia a Frank Stella (abstração pós-pictórica), os neodadáistas Robertr Rauchenberg, John Chanberlain e Claes Oldenburg e o Novo realista Yves Klein. Denominadas por ele como “objetos específicos”. Um tema constante é a atuação recíproca entre espaços positivos e negativos em objetos reais e sua interação com o entorno imediato. As caixas cúbicas de Morris, 1965, revelam preocupações semelhantes,... relacionam o minimalismo. Com performance e a Earth art. Comentário dele: “A simplicidade da forma não se equaciona necessariamente com a simplicidade da experiência. As formas unitárias não reduzem os relacionamentos. Elas os ordenam.” Flavin, explorou temas relacionados com espaço e luz., “lâmpadas florescentes”, “Rosa e dourado”, 1968. Escreveu em 1967: “Simboliza seu encolhimento, tornando – se ínfima”, teve em sua obra influencia. De Du Champ e seus readymades (Dada) e os construtivistas. (Monumento a V. Tatlin de Flavin , 1964) e Constantin Brancusi (Colunas infinitas). André se inspirou em Brancusi (esculturas modulares) e em Stella (pinturas de faixa), fez experiências com cores e pesos, usando metais e outros materiais, questionando a posição legitima das esculturas(vertical/horizontal). Começaram aparecer muitos críticos e um público opinativo julgava – na fria, anônima e imperdoável. Os materiais pré-fabricados usados, não pareciam arte. Judd por ex. pode ter mandado fabricar sua obra, mas elas são reconhecidas como “Judds”. Ao restringir os elementos que atuam em cada objeto, criam – se efeitos mais complexos do que mínimos. Recordam a “arte conceitual”. Em anos recentes, tem sido aplicadas à decoração de interiores, mobiliário e artes gráficas e designers de moda. Embora o termo não fosse aplicado à música, até inicio dos anos 70, muitas obras foram associadas ao minimalismo. (harmonia estática, repetição e uso de instrumentos não convencionais). Terry Riley, Steve Reich ou Philip Glass. Embora não exista uma escola minim. Na arquitetura, vários modernistas busca rigor e pureza. (Ludwig Miers van der Roche. “mais é menos”) e o Mexicano Luis Barragan (sua resid. Pureza geométrica. E cores ousadas). 91 A pintura, a escultura e a arquitetura, fundiram – se nas Torres da Cidade – Satélite 1957/8 (Barragan com Mathias Goeritz) . Nos anos 80, no Japão: Kazuo Shinohara, Fulmiko Maki, Arata Isozaki, Tadao Ando, influenciado pelo estado clássico zen-budismo e modernismo europeu. Os arquitetos “HIGH-tech”, tbem acompanham objetivos e técnicas minimalistas. Colaboração do escultor Sir Anthony Caro e o escritório Foster & Partners no projeto “Ponte do milênio”, 2000; Londres. “Ecultitura”: termo utilizado por Caro, a partir de 1989 em seus trabalhos. EARTH ART: Land art ou earthworks, USA, final anos 60, expandiram as fronteiras da arte, quanto aos seus materiais e espaços físicos, se deslocou para fora da cidade, assumindo o meio ambiente como seu material, crescente interesse pela ecologia e conscientização do perigo da poluição e os excessos do consumismo; pode ser uma forma de preservação, pois se um pedaço de terra for consagrado como arte, pode ser mantido intacto. Preservação do espírito humano, espiritualidade dos sítios arqueológicos (cemitérios dos indígenas americanos, os círculos nas plantações e as gigantescas figuras esculpidas nas colinas da Inglaterra). A maioria dos artistas são Americanos e Ingleses, e nota – se forte influência da paisagem(arte britânica) e ligações românticas com o Oeste ( arte Usa). Aristas americanos: Sol Lewitt, Robert Morris, Carl André, Christo e Jeanne – Claude, Walter de Maria,, Nancy Holt, Robert Smithson, Dennis Oppenhein, Richard Serra, Mary miss, James Turrel, Michael Heizer, Alicer Aycock. Europa: Britânicos: Richard Long, Hamish Fulton e Andy Goldsworthy. Holandês: Jan Dibbets. Alguns desses pioneiros também se filiaram ao Minimalismo. Com efeito a earth art pode ser vista como um prolongamento do projeto minimalista. Muitas de suas criações empregam a linguagem geométrica do minimalismo, em forma de imensas esculturas no solo; semelhantes a labirintos de Aycock ou as obras arquitetônicas de Holt, De Maria e Heizer e Turrell. Outras criações que usam fotos, textos e diagramas, tem afinidade com a arte Conceitual (De Maria, Dibbets, Fulton, Goldsworthy, Le Witt, Long e Openhein). E outras com reciclagem de lixo. 92 Anos 70 e 80, USA, artistas como Mary Kelly, Bárbara kruger, Jenny Holzer, Cindy Sherman, questões ligadas à identidade feminina, “Documento pós parto”. Imagens com legendas perturbadoras, sem titulo, seu olhar, comportamento social, como homens olhando para mulheres, Holzer, 1º mulher americana a expor em Bienal de Veneza, 1990, “Proteja – me, daquilo que desejo”. RACIONALISMO: Piet Mondrian, artista holandês, criou um estilo abstrato extremamente simplificado. Como outros pintores abstratos, ele rejeitava motivos que se pudessem identificar. Mondrian também ignorou a textura em suas obras. Ele reduziu a pintura a linhas retas que formavam ângulos retos. Usavam apenas preto, branco e cinza e as cores primarias. Sua pintura influenciou a arte comercial e o desenho industrial moderno. INFORMALISMO, EXISTECIALISMO E TACHISMO: A arte informal engloba um grande leque de direções e ramificações distintas e abrange obras de aspectos e conteúdos muito diversos. Dentro da arte informal pode falar-se de expressionismo abstrato, pintura signico-gestual, gestualismo, action-painting, pintura tachista (do francês “tache” – mancha) e espacialista. Cada uma destas correntes tem o seu caráter especifico, quer pelos “novos” (porque até então alheios à pintura) materiais ou técnicas empregues quer pelas soluções espaciais que apresentam. A arte informal – informalismo pode tirar-se numa categoria muito vasta que é a “obra aberta”, indicada por Umberto Eco. “Trata-se por conseguinte, de enfrentar um tipo de pinturas em que a expressão adquiriu novas e múltiplas possibilidades. Em muitas obras informalistas observa-se a presença de determinados signos e manchas aos quais o artista não deu significado predeterminado quando os criou, mas o espectador pode dotá-los de significados vários ao contemplá-los. Neste sentido o espectador, contribui, de certa maneira, para concluir a obra apresentada como “aberta” à interpretação por parte do artista.” Considera-se que a pintura 95 informalista tve inicio em 1944, ou seja perto do final da 2º Guerra Mundial, tendo ido buscar as suas influencias ao dadaísmo, surrealismo e abstracionismo, em dois focos principais que foram Nova York e Paris, tendo-se posteriormente espalhado por outros lugares dos Estados Unidos e Europa. O termo informed foi adotado na Europa pelo critico francês Michel Tapie, que pretendia eliminar o realce dado pelos americanos ao conceito de action painting e destacar a abolição da “forma” na arte, substituindo-a por zonas de matéria pictórica muito elaboradas que chegavam a criar verdadeiros relevos. Aliás, o vulgarmente considerado iniciador do informalismo europeu foi o pintor francês Jean Fautrier (1898-1964), que em finais da década de 20, realizava já um tipo de trabalho que, apesar de ainda serem figurativos, distinguiam-se pela espessura das suas texturas. ARTE ASSEMBLAGES, AMBIENTES, HAPPENINGS, BODY ART E NOVO DADAISMO: Alguns artistas ligados à Arte Pop e Arte Conceitual, realizaram (e ainda realizam atualmente) obras que se podem inserir nos termos acima indicados e que não se circunscrevem nem ao ambiente plano da tela, nem na escultura tradicional. Claes Oldenburg, Robert Rauchenberg, Georges Segal, Edward Kienholz, Duane Hanson, John de Andréa, Denis Oppenheim, Judd Pfaff, Christo (famoso por seus embrulhos de edifícios). Dos quais o último foi o Parlamento Alemão em 1996, Nam June Paik, Jim Dine, Keith Arnatt, John Cage (músico), Mercê Cunningham (coreógrafo), são os artistas mais representativos destas formas de expressão artística. ASSEMBLAGE ou AMBIENTE, a sua influencia vem do movimento Dada e dos Ready-made, pois misturam em obras tridimensionais deferentes materiais artísticos, com materiais reciclados, detritos e produtos industriais, tirados do seu contexto habitual. HAPPENING (Acontecimento), termo inventado pelo americano Allan Kaprow (1927), no final dos anos 50, para designar um acontecimento que se desenvolve perante o público, centrando a sua atenção no comportamento humano e no meio circundante. É quase uma ligação arte plástica/teatro, mas que não privilegia nenhum dos meios expressivos tradicionais. Como a palavra música ou a cor. 96 BOD ART (arte do corpo), utilização do corpo, por parte de certos artistas, como forma de expressão, transgressão ou manifestação. NEW DADA (Novo Dadaísmo, ou Novo Realismo na Europa), Movimento que, embora com a presença dos mesmos artistas da Arte Pop, pretendia retomar, de uma forma atualizada o espírito do dadaísmo de Marcel Duchjamp, Man Ray e Kurt Schwitters, através da fotomontagem e da colagem de materiais. Antonio Carvalhal, Leonor Soares são exemplos. INTERFERÊNCIA: Como a pintura já não é claramente definível e deixou de ser a única fornecedora de memoráveis imagens visuais. Alguns artistas interferem na paisagem, colocam cortinas, guarda-sóis, embrulhos em locais públicos. Atualmente, ressaltamos Christo, o único artista que se destaca com suas interferências. Obras destacadas: Cartolina no vale, Ponte Neuf (Paris) embrulhada para presente, Guarda-sóis colocados em um vale da Califórnia e mais recentemente o Reichstag (Parlamento Germânico em 1988 – Berlim), que foi envolvido em tecido sintético com duração de duas semanas. INSTALAÇÃO: São ampliações de ambientes que são transformados em cenários do tamanho de uma sala. É utilizada a pintura, juntamente com a escultura e outros materiais, para ativar o espaço arquitetônico. O espectador participa da obra, e não somente à aprecia. Obra destacada: Homenagem a Chico Mendes de artista Roberto Evangelista. ARTE CONCEITUAL: Surgiu nos anos 60 a partir dos Happenings e tem influencia dos Ready-made de Marcel Duchamp. A arte conceitual pode usar meios e materiais não relacionados diretamente com as artes plásticas, como o vídeo, projetores de slides, fotografia e põe em causa as definições de 97
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