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apostila pneumatica, Notas de estudo de Engenharia de Manutenção

O ar comprimido é, provavelmente, uma das mais antigas formas de transmissão de energia que o homem conhece, empregada e aproveitada para ampliar sua capacidade física. O reconhecimento da existência física do ar, bem como a sua utilização consciente para o trabalho, são comprovados há milhares de anos. O primeiro homem que, com certeza, sabemos se interessou pela pneumática, isto é, o emprego do ar comprimido como meio auxiliar de trabalho, foi o grego ktesibios. Há mais

Tipologia: Notas de estudo

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Baixe apostila pneumatica e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia de Manutenção, somente na Docsity! Escola Técnica SENAI Plínio Gilberto Kroeff - CETEMP Curso Técnico Mecânica de Precisão Pneumática Básica Viviane Dorneles Tobias Mugge São Leopoldo, 6 de Outubro de 2008 Introdução à Pneumática O ar comprimido é, provavelmente, uma das mais antigas formas de transmissão de energia que o homem conhece, empregada e aproveitada para ampliar sua capacidade física. O reconhecimento da existência física do ar, bem como a sua utilização consciente para o trabalho, são comprovados há milhares de anos. O primeiro homem que, com certeza, sabemos se interessou pela pneumática, isto é, o emprego do ar comprimido como meio auxiliar de trabalho, foi o grego ktesibios. Há mais de 2000 anos ele construiu uma catapulta a ar comprimido. Um dos primeiros livros sobre o emprego do ar comprimido como transmissão de energia, data do 10 século D.C e descreve equipamentos que foram acionados com ar aquecido. Dos antigos gregos provem à expressão “PNEUMA” que significa fôlego, vento e, filosoficamente, alma. Derivando da palavra “PNEUMA”, surgiu, entre outros, o conceito de “PNEUMÁTICA”: a MATÉRIA dos movimentos dos gases e fenômenos dos gases. Embora, a base da pneumática seja um dos mais velhos conhecimentos da humanidade, foi preciso aguardar o século XIX para que o estudo de seu comportamento e de suas características se tornasse sistemático. Porém, pode-se dizer que somente após o ano 1950 é que ela foi realmente introduzida na produção indústria. Antes, porém, já existiam alguns campos de aplicação e aproveitamento da pneumática, como, por exemplo, a indústria mineira, a construção civil e a indústria ferroviária (freios a ar comprimido). A introdução, de forma mais generalizada, da pneumática na indústria, começou com a necessidade, cada vez maior, de automatização e racionalização dos processos de trabalho. Apesar de sua rejeição inicial, quase sempre proveniente da falta de conhecimento e instrução, ela foi aceita e o número de campos de aplicação tornou-se cada vez maior. Hoje, o ar comprimido tornou-se indispensável, e nos mais diferentes ramos industriais instalam-se aparelhos pneumáticos. 2 4. Expansibilidade: Ocupa totalmente o volume de qualquer recipiente, adquirindo seu formato. 5. Peso do ar: Como toda matéria o ar tem peso. Um litro de ar, a 0ºC e ao nível do mar, pesa 1,293 x 10-3 Kgf. O ar quente e mais leve do que o ar frio 5 Sistema de Medidas Os sistemas de medidas usados na pneumática são: o internacional (SI) e o técnico. Unidades do Sistema Internacional Grandeza Unidade Símbolo Massa Quilograma Kg Intensidade de corrente Ampére A Tempo Segundo s Temperatura Kelvin K Comprimento Metro m Unidades derivadas Grandeza Unidade Símbolo Força newton (N) 1 N = 1kg.m.s-2 F Pressão pascal (Pa) 1 Pa = 1 N/m2 bar 1 bar =~ 10 N/cm2 p Trabalho joule (J) 1 J = 1 N.m τ Potência watt (w) 1 W = 1 N.m.s -1 P Unidade de pressão nos sistemas • Internacional Pa • Técnico Kgf/cm2 • Inglês Psi ou lb/pol2 (pound square inch) Unidade de força nos sistemas • Internacional newton • Técnico Kgf • Inglês lb (libra força) Conversão: 1 kgf/cm2 = 1 bar (0,981 bar) 1 bar = 14,22 psi 1 bar = 100 000 Pa = 10 Kpa 1 atm = 14,70 psi 6 Exercícios: 1. Converta: 150 bar = psi 300 psi = kgf/cm² 15 atm = psi 195 lb/pol2 = bar 3,5 kgf/cm2 = lb/pol2 35 lb/pol2 = Kgf/cm2 Força, pressão e área Força: É toda causa capaz de modificar o estado de movimento ou causar deformações. É uma grandeza vetorial, e para ser caracterizada devemos conhecer sua intensidade, sentido e direção. Pressão: quando o ar ocupa um recipiente exerce sobre suas paredes uma força igual em todos os sentidos e direções. Ao se chocarem as moléculas produzem um tipo de bombardeio sobre essas paredes, gerando assim um pressão. Vazão: quantidade de fluido que passa através de uma tubulação durante um determinado intervalo de tempo. (Q = V/ t). P= Pressão F= Força A= Área Força = Pressão x Área Pressão = Força / Área Área = Força / Pressão 7 Produção e distribuição de ar comprimido 1. Compressor 2. Resfriador posterior ar/ar 3. Separador de condensados 4. Reservatório 5. Purgador automático 6. Pré-filtro coalescente 7. Secador 8. Purgador automático eletrônico 9. Pré-filtro coalescente grau x 10. Pré-filtro coalescente grau y 11. Pré-filtro coalescente grau z 12. Separador de água e óleo 10 Umidade O ar atmosférico é uma mistura de gases, principalmente de oxigênio e nitrogênio, e contém contaminantes de três tipos básicos: água, óleo e poeira. O compressor, ao admitir ar, aspira também os seus compostos e, ao comprimir, adiciona a esta mistura o calor sob a forma de pressão e temperatura, além de adicionar óleo lubrificante. Componentes com água sofrerão condensação e ocasionarão problemas. Sabemos que a quantidade de água absorvida pelo ar está relacionada com a sua temperatura e volume. Quando o ar é resfriado à pressão constante, a temperatura diminui, então a parcial do vapor será igual à pressão de saturação no ponto de orvalho. Qualquer resfriamento adicional provocará condensação da umidade. Denomina-se Ponto de Orvalho o estado termodinâmico correspondente ao início da condensação do vapor d'água, quando o ar úmido é resfriado e a pressão parcial do vapor é constante. A presença desta água condensada nas linhas de ar, causada pela diminuição de temperatura, terá como conseqüências: • Oxidação da tubulação e componentes pneumáticos. • Dissolução da película lubrificante existente entre as duas superfícies que estão em contato, acarretando desgaste prematuro e reduzindo a vida útil das peças,válvulas, cilindros, etc. • Baixo rendimento da produção de peças. • Arraste de partículas sólidas que prejudicarão o funcionamento dos componentes pneumáticos. • Aumento do índice de manutenção • Impossibilidade da aplicação em equipamentos de pulverização. Portanto, é da maior importância que grande parte da água, bem como dos resíduos de óleo, seja removida do ar para evitar redução de todos os dispositivos e máquinas pneumáticas. Principais componentes de produção e distribuição de ar comprimido: 1. Compressor 2. Resfriador 3. Reservatório 4. Secador 5. Tubulação 6. Unidade de conservação 11 Compressor Compressores são máquinas destinadas a elevar a pressão de um certo volume de ar, admitido nas condições atmosféricas, até uma determinada pressão, exigida na execução dos trabalhos realizados pelo ar comprimido. Função: Simbologia  Captar o ar comprimido;  Aprisionar o ar;  Elevar a pressão; Compressor de Simples Efeito ou Compressor Tipo Tronco Este tipo de compressor leva este nome por ter somente uma câmara de compressão, ou seja, apenas a face superior do pistão aspira o ar e comprime; a câmara formada pela face inferior está em conexão com o carter. O pistão está ligado diretamente ao virabrequim por uma biela (este sistema de ligação é denominado tronco), que proporciona um movimento alternativo de sobe e desce ao pistão, e o empuxo é totalmente transmitido ao cilindro de compressão. Iniciado o movimento descendente, o ar é aspirado por meio de válvulas de admissão, preenchendo a câmara de compressão. A compressão do ar tem início com o movimento da subida. Após obter-se uma pressão suficiente para abrir a válvula de descarga, o ar é expulso para o sistema. Compressor de Duplo Efeito - Compressor Tipo Cruzeta Este compressor é assim chamado por ter duas câmaras, ou seja, as duas faces do êmbolo aspiram e comprimem. O virabrequim está ligado a uma cruzeta por uma biela; a cruzeta, por sua vez, está ligada ao êmbolo por uma haste. Desta maneira consegue transmitir movimento alternativo ao 12 Compressor de Parafuso Este compressor é dotado de uma carcaça onde giram dois rotores helicoidais em sentidos opostos. Um dos rotores possui lóbulos convexos, o outro uma depressão côncava e são denominados, respectivamente, rotor macho e rotor fêmea. Os rotores são sincronizados por meio de engrenagens; entretanto existem fabricantes que fazem com que um rotor acione o outro por contato direto. O processo mais comum é acionar o rotor macho, obtendo-se uma velocidade menor do rotor fêmea. Estes rotores revolvem-se numa carcaça cuja superfície interna consiste de dois cilindros ligados como um "oito". Nas extremidades da câmara existem aberturas para admissão e descarga do ar. O ar à pressão atmosférica ocupa espaço entre os rotores e, conforme eles giram, o volume compreendido entre os mesmos é isolado da admissão. Em seguida, começa a decrescer, dando início à compressão. Esta prossegue até uma posição tal que a descarga é descoberta e o ar é descarregado continuamente, livre de pulsações. No tubo de descarga existe uma válvula de retenção, para evitar que a pressão faça o compressor trabalhar como motor durante os períodos em que estiver parado. Irregularidades na compressão Como na compressão o ar é aquecido, é normal um aquecimento do compressor. Porém, às vezes o aquecimento exagerado pode ser devido a uma das seguintes causas: a) Falta de óleo no carter b) Válvulas presas c) Ventilação insuficiente d) Válvulas sujas e) Óleo do carter viscoso demais f) Filtro de ar entupido 15 Resfriador Para resolver de maneira eficaz o problema inicial da água nas instalações de ar comprimido, o equipamento mais completo é o resfriador posterior, localizado entre a saída do compressor e o reservatório, pelo fato de que o ar comprimido na saída atinge sua maior temperatura. O resfriador posterior é simplesmente um trocador de calor utilizado para resfriar o ar comprimido. Como conseqüência deste resfriamento, permite-se retirar cerca de 75% a 90% do vapor de água contido no ar, bem como vapores de óleo; além de evitar que a linha de distribuição sofra uma dilatação, causada pela alta da temperatura de descarga do ar. Um resfriador posterior é constituído basicamente de duas partes: um corpo geralmente cilíndrico onde se alojam feixes de tubos confeccionados com materiais de boa condução de calor, formando no interior do corpo uma espécie de colméia. A segunda parte é um separador de condensado dotado de dreno. Devido à sinuosidade do caminho que o ar deve percorrer, provoca a eliminação da água condensada, que fica retida numa câmara. A parte inferior do separador é dotada de um dreno manual ou automático na maioria dos casos, através do qual a água condensada é expulsa para a atmosfera. Certamente, a capacidade do compressor influi diretamente no porte do resfriador. Função:  Resfriar o ar;  Reter impurezas em suas aletas  Retirar a água do sistema (65% a 80%) 16 Reservatório Em geral, o reservatório possui as seguintes funções • Armazenar o ar comprimido. • Resfriar o ar auxiliando a eliminação do condensado. SIMBOLOGIA • Compensar as flutuações de pressão em todo o sistema de distribuição. • Estabilizar o fluxo de ar. • Controlar as marchas dos compressores, etc. Os reservatórios são construídos no Brasil conforme a norma PNB 109 da A.B.N.T, que recomenda: Nenhum reservatório deve operar com uma pressão acima da Pressão Máxima de Trabalho permitida, exceto quando a válvula de segurança estiver dando vazão; nesta condição, a pressão não deve ser excedida em mais de 6% do seu valor. Manutenção e inspeção obedece a norma NR13. Os reservatórios devem ser instalados de modo que todos os drenos, conexões e aberturas de inspeção sejam facilmente acessíveis, o mesma deve permanecer na sombra, para facilitar a condensação da umidade e do óleo contidos no ar comprimido; deve possuir um dreno no ponto mais baixo para fazer a remoção deste condensado acumulado. Os reservatórios são dotados ainda de manômetro, válvulas de segurança, e são submetidos a uma prova de pressão hidrostática, antes da utilização. 17 Rede de Distribuição A rede possui duas funções básicas: 1. Comunicar a fonte produtora com os equipamentos consumidores. 2. Funcionar como um reservatório para atender às exigências locais. Um sistema de distribuição perfeitamente executado deve apresentar os seguintes requisitos: Pequena queda de pressão entre o compressor e as partes de consumo; Não apresentar escape de ar; Apresentar grande capacidade de realizar separação de condensado. Visando melhor performance na distribuição do ar, o layout deve ser construído em desenho isométrico ou escala, permitindo a obtenção do comprimento das tubulações nos diversos trechos. O layout apresenta a rede principal de distribuição, suas ramificações, todos os pontos de consumo, incluindo futuras aplicações; qual a pressão destes pontos, e a posição de válvulas de fechamento, conexões, curvaturas, separadores de condensado, etc. Através do layout, pode-se então definir o menor percurso da tubulação, acarretando menores perdas de carga e proporcionando economia. Em relação ao tipo de linha a ser executado, anel fechado (circuito fechado) ou circuito aberto, devem-se analisar as condições favoráveis e desfavoráveis de cada uma. Geralmente a rede de distribuição é em circuito fechado deste anel partem as ramificações para os diferentes pontos de consumo. O Anel fechado auxilia na manutenção de uma pressão constante, além de proporcionar uma distribuição mais uniforme do ar comprimido para os consumos intermitentes, dificulta porém a separação da umidade, porque o fluxo não possui uma direção. Válvulas de fechamento na linha: São de grande importância na rede de distribuição para permitir a divisão desta em seções, especialmente em casos de grandes redes, fazendo com que as seções tornem-se isoladas para inspeção, modificações e manutenção. Assim, evitamos que outras seções sejam simultaneamente atingidas, não havendo paralisação do trabalho e da produção. Material dos tubos: Cobre, latão, aço preto ou galvanizado, plástico. Ligações entre os tubos: Processam-se de diversas maneiras, rosca, solda, flange, acoplamento rápido, devendo apresentar a mais perfeita vedação. Curvatura: As curvas devem ser feitas no maior raio possível, para evitar perdas excessivas por turbulência. Inclinação: As tubulações devem possuir uma determinada inclinação no sentido do fluxo interior. O valor desta inclinação é de 0,5 a 2% em função do comprimento reto da tubulação onde for executada. Drenagem de umidade: devem ser instalados drenos (purgadores), que podem ser manuais ou automáticos, colocados nos pontos mais baixos, distanciados aproximadamente 20 a 30m um do outro. Tomadas de Ar: Devem ser sempre feitas pela parte superior da tubulação principal (bengalas) 20 Circuito aberto Circuito fechado Circuito em malha Inclinação 0,5 a 2% do Comprimento Unidade de Condicionamento (Utilização) Purgadores 21 Unidade de Conservação Para se manter o ar comprimido em boas condições de uso, utilizamos a unidade de conservação. A utilização desta unidade de serviço é indispensável em qualquer tipo de sistema pneumático, do mais simples ao mais complexo. Ao mesmo tempo em que permite aos componentes trabalharem em condições favoráveis, prolonga a sua vida útil é composta de: 1- filtro 2- regulador de pressão 3- lubrificador Simplificado: SIMBOLOGIA 22 Componentes mecânicos de um cilindro 1 Camisa 2 Tampa traseira 3 Tampa dianteira 4 Haste 5 Gaxeta 6 Bucha 7 Retentor 8 Vedação (o’ring) 9 Êmbolo Cilindros de simples ação Os cilindros de simples ação realizam trabalho recebendo ar comprimido em apenas um de seus lados. Em geral o movimento de avanço é o mais utilizado para a atuação com ar comprimido, sendo o movimento de retorno efetuado através de mola ou por atuação de uma força externa devidamente aplicada. A força da mola é calculada apenas para que se possa repor o embolo do cilindro à sua posição inicial com velocidade suficientemente alta, sem absorver energia elevada. O curso dos cilindros de simples ação está limitado ao comprimento da mola. Por esta razão não são fabricados cilindros de simples ação com atuação por mola com mais de 100 mm. Os cilindros de simples ação são especialmente utilizados em operações que envolvam fixação, expulsão, extração e prensagem entre outras.Os cilindros de simples ação podem ainda ser construídos com elementos elásticos para reposição. É o caso dos cilindros de membrana onde o movimento de retorno é feito por uma membrana elástica presa à haste. A vantagem da membrana está na redução do atrito porém a limitação da força nestes casos se torna uma desvantagem. Estes cilindros são usados especialmente em situações de pequenos espaços disponíveis para operações de fixação e indexação de peças ou dispositivos. Curso máximo 100mm – usado em operações que envolvam fixação, expulsão, extração e prensagem 25 SIMBOLOGIA Cilindros de dupla ação Os cilindros de dupla ação realizam trabalho recebendo ar comprimido em ambos os lados. Desta forma realizam trabalho tanto no movimento de avanço como no movimento de retorno. Um sistema de comando permite ao ar comprimido atingir uma câmara de cada vez, exaurindo o ar retido na câmara oposta. Assim quando o ar comprimido atinge a câmara traseira estará em escape a câmara dianteira e o cilindro avançará. No movimento de retorno o ar comprimido chega a câmara dianteira e a câmara traseira estará em escape. Como não há a presença da mola, as limitações impostas aos cilindros de dupla ação, estão ligadas as deformações da haste quanto a flexão e a flambagem. Os cilindros de dupla ação quando sujeitos a cargas e velocidades elevadas, sofrem grandes impactos, especialmente entre o embolo e as tampas. Diâmetro máximo normal de ∅ 6 à ∅ 320mm, Curso máximo 2000mm e Velocidade de 0,02 à 1m/s 26 SIMBOLOGIA Cilindro de haste passante Com este cilindro pode-se efetuar trabalho em ambos os lados ao mesmo tempo. Pode-se também utilizar um dos lados somente para acionamento de elementos de sinal. Um ponto positivo importante deste tipo de cilindro é o fato de que por possuir dois mancais de apoio para as hastes, ele pode suportar cargas laterais maiores porém por possuir hastes em ambos os lados ele tem sua capacidade de forças reduzidas em relação à cilindros convencionais com uma única haste. SIMBOLOGIA 27 Exemplo: Precisamos elevar uma carga de 500 Kgf com uma talha pneumática. Sabendo que a pressão de trabalho é de 80psi. Qual o diâmetro do cilindro? Força = F x Fc (kgf) Força = área x pressão Pressão = Kgf/cm2 625 = área x 6 625/6 = área 104 cm2 = área área = x r 2 104 = 3,1416 x r2 104 / 3,1416 = r2 33,10 = r2 33,10 = r 5,75 cm = r Elementos de sinal e comando pneumático Os circuitos pneumáticos são constituídos por elementos de trabalho (atuadores), sinal e comando (válvulas). As válvulas são elementos de comando para a partida, parada, direção ou regulagem. Elas comandam também a vazão ou a pressão do fluido armazenado em um reservatório. São classificadas segundo suas funções, e obedecem a norma DIN/ISO 1219 são elas: • Válvulas de Controle Direcional • Válvulas de Bloqueio (Anti-Retorno) • Válvulas de Controle de Pressão • Válvulas de Controle de Fluxo • Válvulas de Fechamento Válvulas direcionais São elementos que influenciam no trajeto do fluxo do ar, principalmente nas partidas, paradas e direção do fluxo. Para conhecermos bem uma válvula, devemos levar em conta os seguintes dados: 1. Número de Posições 2. Número de Vias 3. Tipo de Acionamento 4. Tipo de Retorno 5. Vazão 30 1. Número de Posições É a quantidade de manobras distintas que uma válvula direcional pode executar ou permanecer sob a ação de seu acionamento. São representadas por um retângulo, e este retângulo dividido em quadrados. A quantidade de quadrados representa o número de posições que a válvula pode assumir. 2 posições 3 posições 2. Número de Vias É o número de conexões de trabalho que a válvula possui, são passagens que a válvula tem comunicando o fluído com os diferentes pontos de aplicação ou de escape. São consideradas vias: a conexão de entrada, as conexões de trabalho, e os orifícios de escape. SIMBOLOGIA: As linhas indicam as vias de passagem; As setas indicam o sentido do fluxo; Os bloqueios são indicados dentro dos quadrados com linhas transversais Escape sem silenciador, e com silenciador Para garantir uma identificação e uma ligação correta das válvulas, marcam-se as vias com letras maiúsculas, ou números conforme norma. A regra para identificarmos o número de vias, consiste em separar um dos quadros e verificar quantas vezes os símbolos internos tocam os lados do quadro, obtendo-se assim o número de orifícios e consequentemente o número de vias. 31 3 vias e 2 posições 5 vias e 2 posições 3. Tipo de acionamento Os tipos de acionamentos são diversificados conforme a necessidade do usuário e podem ser: – Musculares - Mecânicos - Pneumáticos – Elétricos - Combinados Estes elementos são representados por símbolos normalizados e são escolhidos conforme a necessidade da aplicação da válvula direcional, os símbolos dos elementos são desenhados horizontalmente nos quadrados. A c io n a m e n to s Muscular Geral Por botão Por alavanca Por pedal Mecânico Apalpador Por mola Por rolete Por rolete escamoteável Elétrico Por eletroimã(solenóide) 1 enrolamento ativo Com 2 enrolamentos ativos no mesmo sentido Com 2 enrolamentos ativos em sentido contrário Pneumático Direto Por acréscimo de pressão Por decrescimo de pressão Indireto Servopiloto positivo Servopiloto negativo Combinado Por eletroimã e válvula de servocomando Por eletroimã ou válvula de servocomando 32 Válvula de escape rápido Válvulas de escape rápido se prestam para aumentar a velocidade nos cilindros. Tempos de retorno elevados, especialmente em cilindros de ação simples, podem ser eliminados dessa forma. A válvula está provida de conexão de pressão (P) e conexão, de escape (R) bloqueáveis. Se tivemos pressão em P, o elemento de vedação adere ao assento do escape. Dessa forma, o ar atinge a saída pela conexão de utilização A. Quando a pressão em P deixa de existir, o ar, que agora retorna pela conexão A, movimenta o elemento de vedação contra a conexão P, e provoca seu bloqueio. Dessa forma, o ar pode escapar por R, rapidamente, para a atmosfera. Evita-se, Com isso, que o ar de escape seja obrigado a passar por uma canalização longa e de diâmetro pequeno, até a válvula de comando. O mais recomendável é colocar o escape rápido diretamente no cilindro ou, então, o mais próximo possível do mesmo. Válvula de retenção Esta válvula pode fechar completamente a passagem em uma direção. Em direção contraria, passa o ar com a mínima queda possível de pressão. O fechamento de uma direção pode ser feito por cone, esfera, placa ou membrana. Símbolos: Válvula de bloqueio se fechando por atuação de uma, força sobre a peça vedante. Com contrapressão. Como por exemplo mola, fechamento quando a pressão de saída é maior ou igual à pressão de entrada. 35 Válvula de pressão São válvulas que influenciam principalmente a pressão e pelas quais podem ser feitas regulagens ou comandos, em dependência da pressão. Distinguem-se: - Válvula reguladora de pressão (redutor de pressão) - Válvula limitadora de pressão (de alivio) - Válvula de seqüência (pressostato) Válvula reguladora de pressão O Regulador tem a tarefa de manter constante a pressão de trabalho (secundária) pré regulada no manômetro, mesmo com a pressão oscilante da rede, a fim de ser fornecida estável para os elementos de trabalho e outros elementos. A pressão de entrada deve ser sempre maior do que a de saída. Válvula reguladora de pressão sem escape A função desta válvula corresponde à descrita anteriormente. A segunda sede no meio da membrana não existe. Portanto, mesmo numa pressão secundária maior, o ar não pode escapar. Válvula reguladora de pressão com escape 36 Para conhecer a descrição da função, vide aula anterior. Neste tipo de válvula teremos, ao contrário da anterior, uma pressão equilibrada. Através da abertura de escape, elimina-se a sobrepressão do lado secundário. Válvula limitadora de pressão Emprega-se principalmente como válvula de segurança ou de alívio. Não permite o aumento da pressão no sistema, acima dá pressão máxima admissível. Alcançada, na entrada da válvula, a pressão máxima, abre-se a sua salada e. o ar escapa. A válvula permanece aberta até que a mola montada, após alcançar a pressão pré-regulada, em dependência da linha de marcação, a feche. De seqüência A função fundamental é a mesma da válvula limitadora de pressão. Numa pressão maior do que a pré-regulada na mola, a válvula se abre. O ar flui de P para A e pode ser aproveitado como sinal de pilotagem. A saída A somente existe quando alcançada, no canal, de comando Z, uma pressão pré- determinada, maior que a pressão regulada na mola. Um êmbolo de comando abre a passagem de P para A. Estas válvulas usam-se em comandos pneumáticos, quando há necessidade de uma pressão determinada para o processo de comando (comandos em dependência depressão, comandos seqüenciais). Válvula de Controle de Fluxo Válvula reguladora de fluxo unidirecional Também conhecida como "válvula reguladora de Velocidade". Nesta válvula, a regulagem do fluxo é feita somente em uma direção. Uma válvula de retenção fecha a passagem numa direção e o ar pode fluir somente através da área regulada. Em sentido contrário, o ar passa livre através da válvula de retenção aberta. Empregam-se estas válvulas para a regulagem da velocidade em cilindros pneumáticos. 37 3. Comandar um cilindro de simples ação, através de acionamento simultâneo (comando bimanual) ____________ 4. Comando indireto de um cilindro de dupla ação, utilizando uma válvula pilotada e com controle de velocidade do cilindro ____________ ____________________ 40 5.Comando de um cilindro de dupla ação com avanço lento e retorno acelerado _________________ Diagrama trajeto passo 41 Representação dos Movimentos Quando os procedimentos de comando são um pouco mais complicados, é de grande ajuda para o técnico dispor dos esquemas de comando, e seqüências, segundo o desenvolvimento de trabalho das máquinas. Além disso, uma representação clara possibilita uma compreensão bem melhor. 'Exemplo: Pacotes que chegam por uma esteira transportadora de rolos são levantados e empurrados pela haste de cilindros pneumáticos para outra esteira transportadora. Devido a condições de projeto, a haste do segundo cilindro só poderá retornar após a haste do primeiro ter retornado. Seqüência cronológica: 1. A haste do cilindro A avança e eleva o pacote. 2. A haste do cilindro B avança e empurra o pacote para a esteira 3. A haste do cilindro A retorna à sua posição inicial. 4. A haste do cilindro B retorna à sua posição inicial. Indicação Algébrica 1. Cilindro A + 2. Cilindro B + 3. Cilindro A - 4. Cilindro B - Diagrama trajeto-passo 42 Exercícios 1. Um cilindro de simples ação deve, ao acionar o botão, avançar. Ao soltar deve retornar a posição inicial. 2. Um cilindro de simples ação somente deve avançar após o acionamento simultâneo de dois botões. 3. A velocidade do embolo de um cilindro de simples ação deve ser lenta no avanço. 4. A velocidade do embolo de um cilindro de dupla ação deve ser lenta somente no retorno. 5. Acionando a válvula 1 o cilindro A avança ou acionando a válvula 2 os cilindros A e B avançam, ou acionando a válvula 3 o cilindro B avança 45 6. A descida da colher de fundição deve ser efetuada mediante um botão (descida lenta) o comando para a subida da colher deve-se produzir de forma automática acompanhando o nível do produto 7. Acionando uma válvula de botão com trava um cilindro de dupla ação avança e retorna em ciclo automático continuo. Para parar o ciclo, deve-se desacionar a válvula de botão. 8. Movimentação de pecas em uma esteira transportadora. O cilindro A empurra a caixa, o cilindro B eleva a carga, o cilindro C repassa para nova esteira, volta o cilindro C, B e A A+ B+ C+ C- B- A- 46 9. Lógica A- B+ A+ B- 10. Lógica A+ B- A- B+ 11.Faça você a lógica e o circuito dos processos abaixo: 12. 47
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