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CURSO BÁSICO DE ELETRÔNICA 17:
VOLUME Il
Eletrônica Básica 2
Capítulo 7. Circuitos integrados
5
Capítulo 7
Introdução ao circuitos
eletrônicos.
Circuitos Integrados
KN
AS
7.1 Sinais e circuitos
7.2 Os circuitos integrados
7.3 Como são fabricados os circuitos integrados
7.4 Tipos de circuitos integrados
Curso Prático de Eletrônica Moderna * CEIIT 169
do dispositivo, o logotipo ou
nome do fabricante, a data de
fabricação do chip e outros da-
dos de interesse. Tanto as cáp-
sulas plásticas como as cerâmi-
cas, podem ser de montagem
superficial ou de montagem
por inserção. Neste curso tra-
balharemos preferencialmente
com estas últimas.
Dependendo do tipo de
cápsula utilizada, os circuitos
integrados podem ser DIP, SIP,
SOIC, PLCC, etc. Os chips
DIP (Dual In-line Package),
em particular, que são os mais
conhecidos, constam de duas
filas de terminais e podem ter
de 6 até 64 pinos, dependendo
de sua complexidade e função.
172
O pino 1 é identificado medi-
ante um entalhe ou um ponto
gravado na parte superior da
cápsula. Os demais pinos são
numerados a partir do número
1, em sentido contrário ao dos
ponteiros do relógio, confor-
me indicado na figura 7.4.
Cada pino tem uma função e
características próprias, espe-
cificadas pelo fabricante na
folha de dados do produto.
Os circuitos integrados
são identificados por uma re-
ferência que descreve suas
características e especifica-
ções exatas (LMS555,
CD4047B, ICL7106, XR-
2240, etc.). O prefixo (primei-
ras letras) da referência iden-
tifica geralmente o fabricante,
mesmo que isso não seja uma
regra absoluta. Por exemplo,
AD corresponde a Analog
Devices, DM, LM, LF e LH
a National Semiconductor, CA
eCDaRCA, DS a Dallas Se-
miconductor, HA a Fairchild,
HA a Harris ou Hitachi, MC
a Motorola, ICL a Intersil,
OPA a Burr-Brown, LT e LTC
a Linear Technology, NE a
Signetics, SN a Texas Instru-
ments, ECG a Philips/Sylva-
nia, XR a Exar, etc.
O fabricante também pode
ser identificado pelo logotipo
do mesmo, impresso na cáp-
sula, junto com a referência e
a data, Esta última está repre-
sentada normalmente por um
código de quatro dígitos da
forma XXYY, onde XX cor-
responde ao ano e YY à sema-
na dentro desse ano, Por exem-
plo, o código “9810” signifi-
ca que o chip foi fabricado na
décima semana de 1998, ou
seja, em meados de março des-
se ano. A data permite estimar
a idade do componente e de-
tectar, por experiência, quan-
do provém de um lote defei-
tuoso ou não testado suficien-
temente, Sempre desconfie de
um CI que não tenha um códi-
go de data.
A tecnologia dos circuitos
eletrônicos está atualmente em
pleno auge e os avanços neste
campo são cada vez mais sur-
preendentes. Comparados com
os circuitos produzidos com
* Curso Prático de Eletrônica Moderna
(
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Figura 7.3 Cápsulas comuns de
(a) DIF: (b) PGA. (c), (a) SIP (e) Of
componentes individuais, os cir-
cuitos integrados são menores,
compactos, leves, econômicos
e confiáveis. Além disso, são
fáceis de usar, permitem execu-
tar sistemas modulares e simpli-
ficam enormemente a tarefa de
projeto e construção de qual-
quer projeto eletrônico. Contu-
do, têm também algumas limi-
tações.
Por exemplo, seu tamanho
reduzido limita os níveis de
potência e tensão com os quais
podem trabalhar. Por essa ra-
zão, muitos circuitos integrados
destinados a aplicações de po-
tência são, na realidade, híbri-
dos, ou seja, combinam com-
ponentes individuais e integra-
dos em uma mesma cápsula.
Além disso, não é possível in-
tegrar bobinas nem transforma-
Curso Prático de Eletrônica Moderna *
Como
LCC (h) SOIC.
dores e, no estado atual da tec-
nologia, a integração de resis-
tores e capacitores de grande
valor não é eficiente, porque
estes componentes ocupam
muito espaço na pastilha. Por
essa razão, é necessário simu-
lá-los mediante circuitos espe-
ciais.
mos JOS
Atualmente, a maior parte dos
circuitos integrados são fa-
bricados a partir de pastilhas
de silício utilizando um pro-
cesso chamado planar, conce-
bido originalmente em 1958
por Jean A. Hoerni da empre-
sa Fairchild. O silício propri-
amente dito é obtido por sín-
tese do dióxido de silício, o
principal componente da areia.
circu
Uma vez sintetizado, é fundi-
doe se cristaliza em forma de
barras cilíndricas. Cada barra
é cortada em bolachas (wafers)
de 40 a 80 mm de diâmetro e
de 0,15 a 0,50 mm de espes-
sura, figura 7.5. Em seguida,
173
as bolachas são polidas com
um ácido até ficarem brilhan-
tes. Cada chip ocupa em mé-
dia uma área de 2,25 mm? da
bolacha.
Na figura 7.6 resumimos
graficamente o processo típico
de fabricação de um circuito
integrado pelo método planar.
Inicialmente, a bolacha de sili-
cio é submetida a uma etapa de
oxidação, que consistente na
exposição de sua superfície a
vapor ou oxigênio seco em um
forno, a uma temperatura entre
1000º Ce 1200ºC. Ao final des-
ta etapa, figura 7.6a, sobre a
superficie da bolacha forma-se
uma fina camada de óxido de
silício (SiO»), que é um materi-
al vítreo e isolante. Esta cama-
da protege o circuito contra a
poluição ambiental e serve
como superficie para a aplica-
ção de uma película sensível à
luz ultravioleta (UV) chamada
photoresist. Esse processo, fi-
gura 7.6b, denomina-se foto-
proteção e realiza-se em uma
Oxido de silicio
(a)
Photoresist removido
Oxido removido
|
Figura 7.5 Bolachas de silício
máquina centrífuga.
Uma vez formada a pelícu-
la de photoresist, a bolacha é,
então bombardeada com luz
UV utilizando-se um projetor
deslizante muito preciso cha-
mado alinhador ótico, figura
7.6e. O alinhador possui um
dispositivo chamado máscara,
o qual bloqueia seletivamente
a passagem da luz em direção
or óptico
Alinead
FREE
bbb
Photoresist 1
(b) (e)
Figura 7.6 Processo típico de fabricação de um circuito integrado
174
cEkiT
Photoresist removido
/ N / D
E RSA A
(8 (e) (d)
a áreas determinadas de cada
pastilha. As zonas expostas à
luz UV se polimerizam, tornan-
do-se resistentes aos produtos
químicos utilizados nas etapas
seguintes do processo. As áre-
as não expostas, por sua vez,
perdem o photoresist e tornam-
se vulneráveis a esses materi-
ais, figura 7.6d.
Em seguida, formam-se as
regiões P e N da primeira ca-
mada de impureza, injetando-
seletivamente, átomos de
substâncias dopantes como boro
e fósforo por meio de um pro-
cesso chamado difusão. Este
último é executado em um for-
no à uma temperatura entre
HOC e 1200 e consiste da
exposição da bolacha ao vapor
das impurezas, para que seus
átomos penetrem no silício atra-
vés das zonas não expostas.
Antecipadamente, para facilitar
a difusão das impurezas, o SiO»
não exposto é eliminado com
ácido hidrofluorídrico (HF).
Este processo é denominado
Eiiid Luz ultravioleta
+ f x
Máscara
Silício dopado
(a) Metalización
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Eletrônica Básica * 7. Circuitos integrados
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Experimento 7. 1 Ã
Praticando com o
circuito integrado 555
Objetivos
À. Familiarizar-se com o uso e
identificação de circuitos in-
tegrados
2. Observar o comportamento
do circuito integrado 555
como gerador de pulsos
Aspectos práticos
preliminares
0555. figura 1, é um circuito
integrado muito popular, dis-
ponível normalmente em cáp-
sula plástica DIP de 8 pinos,
que é utilizado principalmen-
te como oscilador ou como
temporizador. No primeiro
caso (modo estável) emite em
sua saída uma segúência con-
tínua de pulsos, enquanto que
no segundo (modo monoestá-
vel) apenas emite um pulso.
Semana
Aro
Pais
(Malasia)
Pretijo nda Sd
Encapsulado Ele, utilizaremos o cir-
DIP plástico.
Tanto a fregiiência dos
pulsos no modo estável, como
a duração do pulso no modo
monoestável, são programa-
das externamente por meio de
um ou dois resistores e um
capacitor conectados entre os
pinos 2, 6 e 7. A tensão de ali-
mentação. que pode estar en-
tre 4,5V e 18V, aplica-se en-
tre os pinos 8 (+Vcc) e 1
(GND). O sinal de saída é ob-
tido no pino 3, Os pinos 4 e 5
cumprem funções auxiliares.
À operação deste chip é expli-
cada em detalhes em um capí-
tulo posterior.
Por enquanto examinare-
mos qualitativamente a opera-
ção do 555 no modo estável,
ou seja, como oscilador. Para
cuito da figura 2. Nes-
Logo Referencia E
(National) genérica ta configuração, RI,
Nijanea Punto
Ping
Figura 1. O circuito integrado 555
Pint
R2e Cl determinam à
frequência dos pulsos pre-
sentes na saída (Fo), enquan-
to que o DI permite visuali-
Curso Práctico de Electrónica Moderna «CEIKÉT
Materiais necessários
) 2 - Es
1 Circuito integrado 555
1 Resístor de 10 kQ, 5%, 1/4W
1 Potenciômetro de 1 MQ
1 Resistor de 2200), 5%, 1/4W
1 Capaeitor de 10uF/16V.
1LED
1 Bateria de 9V.
1 Conector de bateria
1 Cronômetro
1 Protoboard
Pontes de fio telefônico Nº 22 ou -
Nº 24 AWG
zar o nível de tensão da mes-
ma (Vo). R3 limita a corrente
através do LED.
Quando a saída é de nivel
alto (Vo=9V), circula corren-
te através de DI e quando é de
nivel baixo (Vo=0V) não o
realiza. Como resultado, o
LED pisca, ou seja, ilumina-
se de forma intermitente, a
uma determinada frequência
(Fo). Esta última é controlada
mediante R2 e é dada pela se-
guinte equação:
Mo
Fo =[RT+ 2R3)61
177
Em nosso caso, RI=10k9,
Cl=10|F e R2 é variável entre
0e 1 M2. Portanto. teoricamen-
te, a fregiiência dos pulsos de
saída é variável entre 0,07 Hz
(R2=1MO)e 14,4 Hz (R2=00).
Isso implica que pode-se produ-
zir desde | piscada a cada 14
segundos (R2=1MS) até 1 pis-
cada a cada 69 milisegundos
(R2=09). Os valores reais obti-
dos na prática dependem da to-
lerância dos componentes utili-
zados.
Procedimento
1. Observe cuidadosamente
seu circuito integrado 555.
Quantos pinos possui? Que
o A
tipo de encapsulamento uti-
liza? Qual é o pino 1? Como
se identificam os demais pi-
nos? Interprete a informação
impressa na parte superior da
cápsula. Qual é a empresa
fabricante? Qual é a referên-
cia exata do dispositivo? Em
que data e em que país foi
fabricado? E
2. Arme sobre o protoboard o
circuito da figura 3. Situe
então o R2 em uma posição
intermediária e instale a ba-
teria (BI). Observe o que
acontece. Notará que o LED
Di pisca a uma certa veloci-
dade ou fregiência. Por quê?
Gire lentamente o potenciô-
metro R2 de um extremo a
outro. Observará que a fre-
Figura 3. Diagrama pictórico da montagem
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AST VCC
DSC ouT
IC1
555
TRG
Figura 2. Circuito experimenta!
para testar a operação do 555 no
modo estável
qiuiência das piscadas varia,
sendo mínima em um extremo
e máxima no outro. Por quê?
3. Utilizando um cronômetro,
trate de calcular de forma
aproximada as frequências
máxima (Fomax) e mínima
(Fomin) dos pulsos produzi-
dos. Para determinar a fre-
quiência mínima, meça o tem-
poque transcorre desde o ins-
tante em que começa uma
piscada até o instante em que
começa a seguinte. O inver-
so deste tempo é a freqiiên-
cia mínima. Por quê?
Para determinar a fre-
quência máxima, conte o
número de piscadas que são
produzidas em um minuto é
divida este número por 60.
O valor resultante é a fre-
quência máxima. Por quê?
Compare os valores obtidos
com os calculados teorica-
mente. Tire suas próprias
conclusões.
CEIKÍT + Curso Práctico de Electrónica Moderna
Electrónica Básica e 7. Circuitos integrados